Aulas (61-80)
Aula 61-62 (16/jan [5.ª]; nas turmas mais atrasadas, esta
aula será diluída em outras) Sobre gravações (cfr. Apresentação).
A pouco e pouco temos
revisto as classes de palavras (adjetivo,
verbo, preposição, pelo menos). Calha agora a do pronome. Vamos olhar sobretudo os Pronomes pessoais
(situa-te, por favor, nas pp. 309-310).
Como nos pronomes pessoais
ainda sobrevivem os «casos» latinos (vão apresentando formas diferentes conforme
o papel sintático que desempenhem), também nos interessa lembrar os critérios para distinguir funções
sintáticas (o nosso manual, pp. 321-325, é um pouco incompleto quanto a
isto; ao contrário, o manual de muitos o ano passado, P9, tem boas páginas sobre o assunto — pp. 280-282).
Alguns critérios para distinguir funções sintáticas
— só
das funções que podem interessar agora —
o sujeito
concorda com o verbo. Se experimentarmos alterar o número ou pessoa do sujeito,
isso refletir-se-á no verbo que é núcleo do predicado:
Caiu
a cadeira. → Caíram
as cadeiras
(Para se confirmar que «a cadeira» não
é aqui o complemento direto: → *Caiu-a.)
O complemento direto é
substituível pelo pronome «o» («a», «os», «as»):
Dei um doce ao orangotango. = Dei-o ao
orangotango.
O complemento indireto,
introduzido pela preposição «a», é substituível por «lhe»:
Dei um doce ao orangotango. = Dei-lhe
um doce.
O complemento oblíquo, e
mesmo quando usa a preposição «a» (uma das várias que o podem acompanhar),
nunca é substituível por «lhe»:
Assistiu ao Sporting-Braga. → *Assistiu-lhe.
Para identificarmos um modificador
do grupo verbal, podemos fazer a pergunta «O que fez [sujeito] +
[modificador]?» e tudo soará gramatical:
A Florinda estudou gramática na segunda-feira.
Que fez a Florinda na
segunda-feira? Estudou gramática.
Ao contrário,
se se tratar de um complemento oblíquo, o resultado é
agramatical:
O Acácio foi à Cova da
Moura.
* Que fez o Acácio à Cova da Moura? Foi.
Reconhece-se o complemento
agente da passiva com facilidade. Começa com a preposição «por» e
podemos adotá-lo como sujeito da mesma frase na voz ativa:
A passagem de ano foi
prejudicada pelo fogo. → O fogo prejudicou a passagem de ano.
O predicativo do sujeito
é uma função sintática associada a verbos copulativos (como «ser», «estar»,
«parecer», «ficar», «permanecer», «continuar», mas também «tornar-se»,
«revelar-se», «manter-se», etc.). Atribui uma qualidade ao sujeito ou localiza-o
no tempo ou no espaço.
Os taxistas andam revoltados.
A Violeta está em casa.
Encosta-te a mim
1 Encosta-te a mim,
2 Nós já vivemos cem mil anos
Encosta-te a mim,
4 Talvez eu esteja a exagerar
Encosta-te a mim,
Dá cabo dos teus desenganos
7 Não queiras ver quem eu não sou,
8 Deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
Fiz tudo p'ra sobreviver em nome
da terra,
11 No fundo p'ra te merecer
12 Recebe-me bem,
Não desencantes os meus passos
14 Faz de mim o teu herói,
Não quero adormecer.
16 Tudo o que eu vi,
17 Estou a partilhar contigo
O que não vivi hei de inventar
contigo
Sei que não sei às vezes entender
o teu olhar
20 Mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
Desatinamos tantas vezes
23 Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
Recebe esta pomba que não está
armadilhada
Foi comprada, foi roubada, seja
como for.
26 Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
Em nome da estrada, onde só quero
ser feliz
Enrosca-te a mim, vai desarmar a
flor queimada
Vai beijar o homem-bomba, quero
adormecer.
Tudo o que eu vi,
Estou a partilhar contigo o que
não vivi,
Um dia hei de inventar contigo
Sei que não sei às vezes entender
o teu olhar
Mas quero-te bem, encosta-te a
mim.
Jorge Palma, Voo Noturno
Na tabela estão pronomes pessoais encontráveis em
«Encosta-te a mim». Tendo o cuidado de ir
verificar o contexto em que aparecem os
pronomes na letra da canção, escreve a função sintática de cada um. (Não te
limites a procurar no quadro no manual; tenta mesmo compreender a função do
pronome nas frases em causa.)
verso |
pronome |
função sintática |
comentário que pode
ajudar na decisão quanto à função desempenhada |
1 |
te |
|
Na
3.ª pessoa seria «ele encosta-se». |
1 |
mim |
|
Era
possível trocar por «encosta-te-me». |
2 |
Nós |
|
|
4 |
eu |
|
|
7 |
eu |
|
|
8 |
me |
|
O pronome da 3.ª pessoa não seria «*deixa-lhe» mas
«deixa-o». |
11 |
te |
|
Na
3.ª pessoa seria «para o merecer». |
12 |
me |
|
Na
3.ª pessoa não seria «*recebe-lhe». |
14 |
mim |
|
|
16 |
eu |
|
|
17 |
contigo |
|
|
20 |
te |
|
Há duas interpretações possíveis: ‘quero a ti bem’ (=
‘desejo a ti o melhor’) e ‘quero-te muito’ (= ‘desejo-te muito’). |
23 |
mim |
|
|
26 |
Eu |
sujeito |
|
Ouvida a segunda metade do episódio da série
‘Grandes livros’ acerca das obras de Fernão Lopes, à esquerda destes períodos
escreve V(erdadeiro) ou F(also).
Cerco de Lisboa foi levantado assim que chegou ajuda vinda do
Porto.
Segundo Teresa Amado, foi
o povo de Lisboa que fez regente do reino D. João, Mestre de Avis.
As Crónicas de Fernão Lopes são sobretudo textos de história, mais do
que textos literários.
Segundo Borges Coelho,
apesar de ainda em português medieval, a prosa de Fernão Lopes é moderna porque
é próxima da fala, do diálogo.
Para Teresa Amado, a
história de Fernão Lopes é também uma história de pessoas (não é uma história
exterior, apenas de factos).
Para Alice Vieira, a
história como escrita por Fernão Lopes é como um relato de aventuras, de bons e
maus, de luta pelo poder, apaixonante, uma «reportagem».
Para António Borges
Coelho, Fernão Lopes tem o dom da síntese — numa frase, num grito popular consegue
juntar uma multidão em movimento.
Em 1385, as cortes reúnem
em Coimbra com vista a dar um novo rei a Portugal.
João das Regras defendeu
que a escolha do rei devia resultar de um referendo, semelhante ao que não se
haveria de fazer na Catalunha uns séculos mais tarde.
Segundo Borges Coelho, a Crónica de D. João I é a história da
refundição do estado português.
A desproporção entre o
número de castelhanos e portugueses em Aljubarrota foi ainda inflacionada por
Fernão Lopes.
O herói que emerge na batalha
de Aljubarrota é D. João I.
A estratégia usada para
derrotar os castelhanos em Aljubarrota incluiu a disposição das tropas em
quadrado, um terreno em declive, fossas cheias de cocós de cão mas disfarçadas
com folhagem.
Segundo Jaime Nogueira
Pinto, não haveria Portugal hoje se não tivessem existido D. João e D. Nuno
Álvares Pereira — teríamos sido absorvidos pela Espanha em formação.
As Crónicas foram encomendadas a Fernão Lopes por D. Duarte, filho de
D. João I, também com o fito de legitimar a segunda dinastia.
A convicção de Teresa
Amado é que D. Duarte seria suficientemente inteligente e culto para ter dado
liberdade a Fernão Lopes, sem o condicionar.
Segundo Borges Coelho,
investigação recente tem mostrado como era parcial a perspetiva de Fernão
Lopes.
Segundo Nogueira Pinto,
Fernão Lopes gosta dos portugueses, chegando mesmo a assediá-los.
Borges Coelho lembra que
Fernão Lopes, por hábito de tabelião, procurava documentação («ia às fontes») e
lera os autores que tinham já tratado aqueles episódios.
Para Alice Vieira, dada a
vivacidade que imprime ao relato, parece-nos sempre que Fernão Lopes esteve no
centro dos acontecimentos.
Conheces as
reportagens que são incluídas em telejornais ou programas de informação. A
jornalista faz introdução (descreve o contexto), depois ouve uns populares ou
uns especialistas, volta a sintetizar, pode até dialogar com o pivô no estúdio,
etc. Escreve um desses diretos, no momento do cerco de Lisboa, baseando-te no
texto de Fernão Lopes (pp. 99-102), mas criando também parte do contexto.
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Aula 63-64 (17 [5.ª]; 18 [4.ª], 20/jan [1.ª, 3.ª]) Correção de questionário de compreensão sobre textos nas pp. 105-106 (cfr. Apresentaçã0).
Escreve as formas verbais com o pronome
correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação correta (próclise, mesóclise, ênclise,
consoante a situação).
Devoraremos três javalis |
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Copiarias o teste de Matemática |
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Plagiavas a investigação de Inglês |
|
Esquartejaste os répteis |
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Papas a papinha, bebé bué fofo |
|
As bossas tinham vinho a rodos |
|
Os realizadores pediram os retratos nus |
|
Tinhas escondido as cábulas de Filosofia |
|
— Viram-me em Riade? —
perguntou Martínez |
Martínez perguntou se |
Esbofeteai-o |
Não |
Comiam as tripas quando chovia |
Quando chovia, |
Destruirão o armamento de Tancos |
|
Bebam essa zurrapa |
Peço-lhes que |
O tema «Carta», do grupo
Toranja, está incluído no primeiro álbum da banda, Esquissos, de 2003. Escuta o texto e, logo à primeira audição,
tenta completar os espaços em branco com as palavras em falta.
Não falei contigo
com medo que os ________ (1)
e vales que me achas
________ (2) a teus pés...
Acredito e entendo
que a ________________ (3) lógica
de quem não quer explodir
faça bem ao _________ (4) que és...
Saudade é o ______ (5)
que vou sugando e aceitando
como ________ (6) de verão
nos ________ (7) do teu beijo...
Mas sinto que sabes
que sentes também
que num dia maior
serás __________ (8) sem rede
a pairar sobre o ________ (9)
e tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou _________ (10) feiticeiro
Que a minha bola de ________ (11)
é ________ (12) de papel
Nela te pinto nua
numa __________ (13) minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste
que o teu _________ (14) foi inventado
por _______________ (15) estragados
aos quais te vais moldando...
E todo o teu _____________ (16) estratégico
de _________________ (17) do coração
são ______ (18) como paredes e tetos
cujos _______ (19) vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
por cima de todos os teus __________ (20)
raízes ______________ (21) de
somas ____________ (22)
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
um ______ (23) vicioso
__________ (24) ao teu gesto _________ (25)
e à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou ________ (26) feiticeiro
Que a minha bola de ________ (27)
é _______ (28) de papel
E nela te pinto nua
Numa _________ (29) minha e tua.
Desculpa se te fiz ________ (30) e noite
sem pedir ______________ (31) por escrito
ao _______________ (32) dos Deuses...
mas não fui eu que te _________ (33).
Desculpa se te usei
como __________ (34) dos meus sentidos
pedaço de _____________ (35) perdidos
que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou _______ (36) feiticeiro...
... nela te pinto nua
Numa ___________ (37) minha e tua.
Ainda _________ (38) alguém
O ______ (39) passou-me ao lado
Ainda _________ (40) alguém
Se não te deste a ninguém
magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
Letra e música de Tiago Bettencourt.
[Exercício
tirado de Expressões, 10.º ano, 2011.]
Justifica o título
«Carta».
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Aula 65-66 (23/jan [5.ª, 4.ª]; nas outras duas turmas, esta aula será, a pouco e pouco, retomada aqui e ali) Correção da reportagem em direto do cerco de Lisboa (cfr. Apresentação).
Apresentam-se a seguir apenas duas das versões dos questionários
de gramática (houve ainda outras versões, consoante as turmas, mas com
diferenças irrelevantes).
Questionário
de gramática — Versão com Andeiro
e Andeira
Circunda
a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)
Os modos narrativo e dramático integram, respetivamente, textos
a) em prosa e trágicos.
b) com relato de ação e de teatro.
c) épicos e tristes.
d) em prosa narrativa e em prosa teatral.
A sequência «Deve recolher as fezes do seu cão num
invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio com a mão esquerda, enquanto
deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá do seguinte modo: [...]»
ilustra bem o tipo textual
a) expositivo.
b) preditivo.
c) conversacional.
d) instrucional.
A sequência «O texto argumentativo tem como objetivo
interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente ao mundo que
o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou valores» é exemplo
do tipo textual
a) expositivo.
b) descritivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
Uma apóstrofe é
a) a repetição de uma palavra no início de vários
versos ou frases.
b) um vocativo.
c) a repetição de uma palavra ou expressão no final
de versos ou frases.
d) o sinal usado para marcar sinalefas («morr’amor!»).
A frase em que não há nenhuma metáfora é
a) «O blogue é uma gaveta de textos úteis».
b) «Não havia nuvens na sua alegria».
c) «A tua impertinência funciona como uma seta que
me apontas».
d) «As dificuldades económicas são desafios ou espinhos
ou faróis».
«Perífrase» é dizer
a) de modo alongado o que poderia ser dito de modo
direto e breve.
b) com palavras mais doces o que, denotativamente,
é cru.
c) com palavras mais cruas o que é, denotativamente,
desagradável.
d) algo de modo antitético.
Nas cantigas de amigo e nas cantigas de amor, costuma
haver, respetivamente,
a) um «eu» feminino, um destinatário próximo.
b) um confidente (muitas vezes, natureza, mãe, etc.),
uma «senhor» toda masculina.
c) um rapaz ausente, uma «senhor» que impõe distância.
d) refrão, leixa-prem.
Todos os «a» são preposições em
a) «estou a comer a comida»; «dei a Isabel uma beijoca».
b) «dei a Isabel a um árabe»; «dei-a com todo o gosto».
c) «a Paris vai-se de comboio»; «dou negativa a todos
os que considerarem esta alínea a melhor».
d) «a cavalo dado não se olha o dente»; «a mulheres
não se bate nem com uma flor».
A frase correta é
a) Há bocado havia aqui três cocós de cão.
b) À pouco fui à casa de banho.
c) Há uma sala fechada à três anos.
d) À que tempos que não há sandes de mortadela no bar!
As evoluções persona > pessoa
e persicu > pessicu (que veio a
dar «pêssego») exemplificam uma
a) vocalização.
b) epêntese.
c) assimilação.
d) aférese.
O português do Brasil é
a) uma variedade socioletal do português.
b) a variante sul-americana do português.
c) um dialeto do português.
d) uma língua diferente do português europeu.
Galicismos são
a) empréstimos do inglês.
b) palavras portuguesas provindas do francês.
c) estrangeirismos de origem galesa.
d) palavras da família de «galo» («ovo», «Adán», «crista»,
etc.).
Em Portugal são características mais nortenhas que
sulistas
a) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por vês».
b) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/ ou
/uô/, por /ô/).
c) certa maneira de dizer sibilantes (s- dito quase /ch/); pronúncia como /a/
do e antes de -lh, -ch, ...
(«jo[a]lho», «f[a]cho»).
d) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; o /ü/ (à
francesa).
A introdução de uma vogal entre grupos de
consoantes pouco naturais no português, que acontece muito na variante
brasileira («pineu», «corrupito»), constitui uma
a) crase.
b) epêntese.
c) paragoge.
d) prótese.
A relação que há entre «advérbio» e «nome» é a de
a) hiperonímia.
b) merónimo e holónimo.
c) co-hipónimos.
d) holónimo e merónimo.
A alínea em que não há relação de «hipónimo /
hiperónimo» é
a) Fernão Lopes / português
b) Fernão Lopes / historiador
c) Fernão Lopes / escritor
d) Fernão Lopes / Portugal
A alínea em que há a sequência «merónimo, holónimo
|| hipónimo, hiperónimo» é
a) sala D9, ESJGF || ESJGF, estabelecimento de
ensino
b) Madrid, Espanha || Espanha, Europa
c) estômago, corpo humano || cantor, Toni Carreira
d) cesto, apetrecho de básquete || rede, cesto
As palavras «chão» e «plano», que têm o mesmo
étimo latino (planu-), são
a) homógrafas.
b) convergentes e
homónimas.
c) divergentes.
d) homófonas.
As palavras «rio» («O
rio Tejo desagua no Porto»; étimo: lat. rivum)
e «rio» («Rio com todos os dentes, exceto com os cariados»; étimo: lat. rideo) são
a) parónimas.
b) convergentes e
homónimas.
c) divergentes e
homónimas.
d) divergentes.
São contrações de preposições com artigos todas as
formas na alínea
a) ás, nas, de.
b) à, às, pelos.
c) da, a, naquela.
d) ao, as, dos.
Classifica
quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério
que tenhas usado. Vê o meu exemplo:
Em Riade, Georgina opta por autores árabes. |
Modificador (GV) |
Que faz G em Riade? Opta por autores
árabes. |
Chegaram as manas. |
|
|
Abraça-me, mano. |
|
|
O pajem disse que matavam o idiota do patrão. |
|
|
Prestei ao Presidente as homenagens
devidas. |
|
|
No aeroporto apalparam-te? |
|
|
A Argentina foi derrotada pela Arábia Saudita. |
|
|
Escreve as formas verbais
com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação
correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).
Comeremos três hambúrgueres. |
Comê-los-emos. |
Salvarias a nora de Georgina. |
|
Bebam as coca-colas. |
|
Assassinaste o Andeiro e a Andeira. |
|
Tomai
a hóstia. |
Não |
Questionário de gramática — Versão com bife devorado por vegetariano
Circunda
a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)
Os textos líricos caracterizam-se por serem
a) poéticos.
b) centrados na 1.ª pessoa.
c) em verso.
d) em verso rimado.
No trecho «Responde a esta pergunta, circundando a alínea que seja a mais
a correta. Para isso, deves fazer um círculo em torno da letra respetiva, de
modo claro», predomina o tipo textual
a) expositivo.
b) explicativo.
c) instrucional.
d) preditivo.
No trecho «As narrativas têm ação, personagens, espaço, tempo, narrador
(e este pode ser, quanto à participação na ação, homodiegético — autodiegético,
se for o herói — ou heterodiegético). Também há momentos descritivos», predomina
o tipo textual
a) narrativo.
b) expositivo.
c) instrucional.
d) descritivo.
No terceto «É preciso gostar
/ É preciso amar / É preciso viver» há a figura de estilo que se designa
a) eufemismo.
b) metáfora.
c) anáfora.
d) oxímoro.
Há uma hipérbole em
a) «fumei um cigarro pensativo».
b) «em 1755 boa parte de
Lisboa ficou destruída».
c) «Portugal goleou a
Suíça por 6-1».
d) «este trabalho de gramática
será uma derrocada».
Nas cantigas de amigo, o sujeito poético (o «eu») e o «tu» a quem este se
dirige são, respetivamente,
a) o amigo e um confidente.
b) a amiga e o namorado.
c) a rapariga (a moça) e um confidente.
d) mulher (ou rapariga) e o namorado.
Nas cantigas de amor (relativamente às cantigas de
amigo),
a) o vocabulário é mais díficil e a relação entre o
par amoroso mais próxima.
b) o «eu» é menos espontâneo e o objeto de paixão,
mais inacessível.
c) o «eu» é mais jovem e o confidente é mais velho.
d) o léxico é mais complexo, a relação amorosa mais
concretizável.
A preposição a surge, contraída ou não, em todos os três
segmentos da alínea
a) «Estou a dormir»; «O nascimento
e a morte são tristes»; «Vou à feira».
b) «Ao falar, perdigotava»;
«Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Sandra».
c) «Há três minutos que
não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».
d) «Dei a prenda ao Honório»;
«Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».
Em «Nas redações dos decimanistas da ESJGF havia erros incríveis»
a) há um erro (em vez de «*havia erros» devia ser «haviam erros»).
b) o sujeito é «erros incríveis».
c) não há sujeito nem cocós de cão.
d) o sujeito é «Nas redações dos decimanistas da ESJGF».
Houve síncope seguida de crase na evolução
a) lacuna > lagona > lagoa.
b) dolor > door > dor.
c) lege > lee > lei.
d) domina > domna > dona.
São razões para uso do pronome
antes do verbo (contrariamente ao comum, que é a ênclise)
a) tratar-se de português
brasileiro; a afirmativa; um imperativo.
b) uma oração coordenada;
o verbo estar no futuro ou no condicional.
c) uma oração subordinada;
a negativa; a presença de certos advérbios.
d) a mesóclise; o avistamento
de um cocó de cão.
«Empréstimo» e «estrangeirismo»
a) são sinónimos exatos.
b) supõem, respetivamente,
a grafias original e a já aportuguesada.
c) correspondem a palavras
entradas ainda em latim e a palavras estrangeiras em curso de acomodação.
d) podem ser palavras quase
sinónimas, mas «estrangeirismo» tem conotação depreciativa.
A próclise (anteposição do pronome relativamente ao
verbo) justifica-se por haver uma estrutura de subordinação em
a) Não o vi na escola ontem.
b) Comprei-a na feira, quando fui a Carcavelos.
c) Disse que o dava no final da aula.
d) Dar-te-ei todos os beijos que queiras.
São características do português do Brasil
a) perifrástica com gerúndio («está falando»); posposição
de pronome a verbo.
b) omissão de –r
final; abertura maior das vogais átonas.
c) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; 2.ª pessoa como forma de
tratamento.
d) perifrástica com infinitivo (está a falar»);
semivocalização de –l final.
A forma «tivestes» é
a) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de
«Estar».
b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de
«Ter».
c) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito de
«Ter».
d) agramatical (um erro, portanto).
A relação que há entre
«gato» e «rato» é de
a) merónimo e holónimo.
b) co-hipónimos.
c) holónimo e merónimo.
d) hiperónimo e
hipónimo.
Não há relação de «hipónimo
/ hiperónimo» em
a) limonada / bebida
b) Filosofia / 10.º ano
c) Expiação / filme
d) casa de banho /
divisão de casa
Há uma sequência de
«hiperónimo, hipónimo || merónimo, holónimo» em
a) piano, tecla ||
corda, harpa.
b) flor, rosa || bolso,
casaco.
c) Lisboa, Jerónimos ||
braguilha, calças.
d) país, Portugal ||
deserto, areia.
As palavras «adro» e «átrio»,
que têm o mesmo étimo latino (atriu-),
são
a) homógrafas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes.
d) homófonas.
As palavras «chama» («Ela chama pelo gato, miando»; étimo: lat. clamat) e «chama» («A chama de Ronaldo
está a apagar-se»; étimo: lat. flamma-)
são
a) parónimas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes e homónimas.
d) divergentes.
Classifica
quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério
que tenhas usado. Vê o meu exemplo:
Em Riade, Georgina opta por autores árabes. |
Modificador (GV) |
Que faz G em Riade? Opta por autores
árabes. |
O bife foi devorado pelo vegetariano. |
|
|
Dá saudações minhas ao teu irmão. |
|
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Cumprimentámo-nos afetuosamente. |
|
|
Fernão Lopes relata que tudo faltava. |
|
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Mãe, beija-me! |
|
|
Finalmente, veio o frio. |
|
|
Escreve as formas verbais
com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação
correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).
Comeremos três hambúrgueres. |
Comê-los-emos. |
Resolvam estas difíceis questões. |
|
Percebeste a conclusão do texto? |
|
Deolinda, entrega esta folha. |
Não |
Encararias essa hipótese? |
|
Na turma 5.ª [na turma
4.ª, fizeram-se duas tarefas da aula 61-62: questionário de compreensão sobre
2.ª parte de documentário sobre Fernão Lopes e redação de reportagem em direto
do cerco de Lisboa], depois de distribuídas e lidas folhas de exemplares do suplemento
do Público «Fugas», com crónicas gastronómicas («O Gato das Botas») de Miguel
Esteves Cardoso:
Nas crónicas gastronómicas
de Miguel Esteves Cardoso — que saem na Fugas, o suplemento do Público
aos sábados —, o escritor embevece-se com, aparentemente, pouco (um pitéu, algum
requinte de culinária, uns simples pratos tradicionais). Relanceia o exemplar
que te tenha calhado e vê como estes textos ficam entre a apreciação crítica, o
artigo de opinião, a crónica.
Escreve um texto no mesmo
género, um pouco mais pequeno, de idêntico teor gastronómico, culinário, etc. (No
manual a apreciação crítica está explicada na p. 340, mas não será demasiado
útil ires ler agora.)
Foco principal nestes
textos de MEC: um restaurante; um prato; uma refeição (mesmo sem ser em
restaurante); um dado alimento; um ingrediente.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Aula 67-68 (23 [1.ª, 3.ª], 24 [5.ª], 25/jan [4.ª]) Correção de questionário de gramática.
Soluções do
questionário de gramática — Versão
com Andeiro e Andeira
Os modos narrativo e dramático integram, respetivamente,
textos || b) com relato de ação e de teatro.
A sequência «Deve recolher
as fezes do seu cão num invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio
com a mão esquerda, enquanto deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá
do seguinte modo: [...]» ilustra bem o tipo textual || d) instrucional.
A sequência «O texto argumentativo
tem como objetivo interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente
ao mundo que o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou valores»
é exemplo do tipo textual || a) expositivo.
Uma apóstrofe é || b)
um vocativo.
A frase em que não há nenhuma
metáfora é || c) «A tua impertinência funciona como uma seta que me apontas».
«Perífrase» é dizer || a)
de modo alongado o que poderia ser dito de modo direto e breve.
Nas cantigas de amigo e nas
cantigas de amor, costuma haver, respetivamente, || c) um rapaz ausente,
uma «senhor» que impõe distância.
Todos os «a» são preposições
em || d) «a cavalo dado não se olha o dente»; «a mulheres não se bate nem
com uma flor».
A frase correta é || a) Há bocado havia aqui três cocós de cão.
As evoluções persona
> pessoa e persicu > pessicu
(que veio a dar «pêssego») exemplificam uma || c) assimilação.
O português do Brasil é ||
b) a variante sul-americana do português.
Galicismos são || b)
palavras portuguesas provindas do francês.
Em Portugal são
características mais nortenhas que sulistas || b) a «troca dos bês por
vês»; ditongações (/uâ/ ou /uô/, por /ô/).
A introdução de uma vogal
entre grupos de consoantes pouco naturais no português, que acontece muito na
variante brasileira («pineu», «corrupito»), constitui uma || b)
epêntese.
A
relação que há entre «advérbio» e «nome» é a de || c) co-hipónimos.
A
alínea em que não há relação de «hipónimo / hiperónimo» é || d) Fernão
Lopes / Portugal
A
alínea em que há a sequência «merónimo, holónimo || hipónimo, hiperónimo» é || a)
sala D9, ESJGF || ESJGF, estabelecimento de ensino
As
palavras «chão» e «plano», que têm o mesmo étimo latino (planu-), são || c)
divergentes.
As
palavras «rio» («O rio Tejo desagua no Porto»; étimo: lat. rivum) e «rio» («Rio com todos os
dentes, exceto com os cariados»; étimo: lat. rideo)
são || b) convergentes e homónimas.
São contrações de preposições
com artigos todas as formas na alínea || b) à, às, pelos.
Chegaram as manas. |
Sujeito |
Chegou a mana. |
Abraça-me, mano. |
Compl. direto |
3.ª pessoa: Abraça-o / Abraça-*lhe |
O pajem disse que matavam o idiota do patrão. |
Compl. direto |
O pajem disse-o |
Prestei ao Presidente as homenagens
devidas. |
Compl. indireto |
Prestei-lhe |
No aeroporto apalparam-te? |
Compl. direto |
3.ª pessoa: apalparam-no/-na |
A Argentina foi derrotada pela Arábia Saudita. |
Agente da passiva |
ativa: A Arábia Saudita derrotou a Argentina. |
Salvarias a nora de Georgina. |
Salvá-la-ias |
Bebam as coca-colas. |
Bebam-nas |
Assassinaste o Andeiro e a Andeira. |
Assassinaste-os |
Tomai
a hóstia. |
Não a tomeis |
Soluções do questionário de gramática — Versão com bife devorado por vegetariano
Os textos líricos caracterizam-se por serem || b) centrados na 1.ª pessoa.
No trecho «Responde a esta pergunta, circundando a
alínea que seja a mais a correta. Para isso, deves fazer um círculo em torno da
letra respetiva, de modo claro», predomina o tipo textual || c) instrucional.
No trecho «As narrativas têm ação, personagens, espaço,
tempo, narrador (e este pode ser, quanto à participação na ação, homodiegético —
autodiegético, se for o herói — ou heterodiegético). Também há momentos descritivos»,
predomina o tipo textual || b) expositivo.
No
terceto «É preciso gostar / É preciso amar / É preciso viver» há a figura de estilo
que se designa || c)
anáfora.
Há
uma hipérbole em || d)
«este trabalho de gramática será uma derrocada».
Nas cantigas de amigo, o sujeito poético (o «eu») e
o «tu» a quem este se dirige são, respetivamente, || c) a rapariga (a moça) e um confidente.
Nas cantigas de amor (relativamente
às cantigas de amigo), || b) o «eu» é menos espontâneo e o objeto de paixão,
mais inacessível.
A preposição a
surge, contraída ou não, em todos os três segmentos da alínea || b) «Ao falar, perdigotava»; «Às armas, às armas!»; «Não
bastavam os rebuçados a Sandra».
Em «Nas redações dos decimanistas da ESJGF havia erros
incríveis» || c) não há sujeito nem cocós de cão.
Houve síncope seguida de crase na evolução || b) dolor >
door > dor.
São
razões para uso do pronome antes do verbo (contrariamente ao comum, que é a ênclise)
|| c) uma oração subordinada;
a negativa; a presença de certos advérbios.
«Empréstimo»
e «estrangeirismo» || d)
podem ser palavras quase sinónimas, mas «estrangeirismo» tem conotação depreciativa.
A próclise (anteposição do
pronome relativamente ao verbo) justifica-se por haver uma estrutura de subordinação
em || c) Disse que o dava no final da aula.
São características do
português do Brasil || b) omissão de –r
final; abertura maior das vogais átonas.
A
forma «tivestes» é || b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de
«Ter».
A relação que há entre «gato» e «rato» é de || b) co-hipónimos.
Não há relação de «hipónimo / hiperónimo» em || b) Filosofia / 10.º ano
Há
uma sequência de «hiperónimo, hipónimo || merónimo, holónimo» em || b) flor, rosa || bolso, casaco.
As palavras «adro» e «átrio», que têm o mesmo étimo
latino (atriu-), são || c) divergentes.
As palavras «chama» («Ela chama pelo gato, miando»;
étimo: lat. clamat) e «chama» («A
chama de Ronaldo está a apagar-se»; étimo: lat. flamma-)
são || b) convergentes e homónimas.
O bife foi devorado pelo vegetariano. |
Agente da passiva |
ativa: O vegetariano devorou o bife. |
Dá saudações minhas ao teu irmão. |
Compl. indireto |
Dá-lhe saudações minhas |
Cumprimentámo-nos afetuosamente. |
Compl. direto |
3.ª pessoa: cumprimentaram-se / *lhe |
Fernão Lopes relata que tudo faltava. |
Compl. direto |
Fernão Lopes relata-o |
Mãe, beija-me! |
Compl. direto |
3.ª pessoa: beija-o / *lhe |
Finalmente, veio o frio. |
Sujeito |
Finalmente, vieram
o frio e a neve. |
Resolvam estas difíceis questões. |
Resolvam-nas |
Percebeste a conclusão do texto? |
Percebeste-a |
Deolinda, entrega esta folha. |
Não a entregues, Deolinda. |
Encararias essa hipótese? |
Encará-la-ias? |
1.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como
parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
||
Aula |
Questionário sobre «Louvor do livro» (aula 7-8) |
|
Questionário sobre «Amor, via Twitter»
(aula 25-26) |
||
Questionário sobre «Paterson», crónica
de Pedro Mexia (aula 31-32) |
||
Questionário sobre dois depoimentos sobre
Fernão Lopes (aula 45-46) |
||
Questionário sobre textos sobre Fernão Lopes nas
pp. 105-106 (aula 59-60) |
||
Observação direta da eficiência a resolver
as tarefas com textos em todas as aulas |
|
|
Escrita |
||
Aula |
Parágrafos autobiográficos verdadeiros e
falsos (aula 1-2) |
|
Trechos com diferentes tipos textuais (aula 5-6) |
||
Parágrafo inserido em texto de Kalaf com inclusão
de seis palavras dadas (aula 9-10) |
||
Poema segundo o modelo de «Pedro de Santarém»,
de Adília Lopes (aula 11-12) |
||
Continuação de trechos em situação parecida
com a de «Pica do sete» (aula 13-14) |
||
Comentário comparado entre «Olhos nos olhos»
e cantigas de amigo (aula 15-16) |
||
Cantiga de amigo com contexto contemporâneo
(aula 17-18) |
||
Trechos inspirados por bandas sonoras de filmes
(aula 19-20) |
||
Texto em prosa à imagem do poema de Paterson
sobre fósforos (aula 21-22) |
||
Poema com o título «Quedas de água» ou «Cai água» (aula 23-24) |
||
Comentário a «Primeiro Beijo», «O Primeiro
Beijo» e cantigas (aula 31-32) |
||
Poesia a partir de quatro versos tirados de canções
de 1986 (aula 33-34) |
||
Apreciação de pintura de álbum com obras de
um pintor à sorte (aula 35-36) |
||
Lipograma, isto é, texto sem uma letra,
neste caso, o A (aula 47-48) |
||
Conto em cem palavras (aula 45-46) |
||
Texto alfabético sobre ‘mundial’ (aula 41-42
ou 43-44) |
||
Notícia relativa ao episódio «Do alvoroço
que foi na cidade [...]» (aula 51-52) |
||
Comentário a cartoon de Nikola Listes e trechos
de Fernão Lopes (aula 55-56) |
||
* Reportagem em direto do cerco de Lisboa
(aula 61-62) [só no 10.º 5.ª] |
||
* Resumo de parágrafos do cap. 11 da Crónica
de D. João I (aula 49-50) [só no 10.º 4.ª] |
||
Observação direta da capacidade de aproveitar
as várias etapas da redação |
||
Casa |
Parágrafos, com cinco tipos textuais, sobre o
próprio autor (tepecê da aula 3-4) |
|
«Alfabeto Pessoal» (tepecê da aula 28-30) |
||
Poema(s) para Concurso Correntes d’escritas
(tepecê da aula 37-38) |
||
Reformulação do poema para concurso (tepecê da
aula 43-44) |
||
* Acróstico sobre Crónica de D. João I
(tepecê da aula 59-60) [só no 10.º 5.ª] |
||
Compreensão do oral
e Expressão oral (& Educação literária) |
||
Aula |
Observação
direta da atitude de procurar ouvir os outros com atenção (sem falar para o
lado) |
|
Casa |
Gravação, com imagem fixa, sobre leituras (tepecê
da aula 55-56, mas afixado antes) |
|
Resposta na Classroom sobre livros e leituras
a fazer (anunciado na aula 7-8) |
||
Leituras de livros feitas durante todo o semestre |
||
Gramática |
||
Aula |
Questionário sobre alguns conteúdos mais abordados
(aula 63-64 ou 65/66) |
|
Observação direta da atenção nos momentos
em que se trata de ouvir explicações de conteúdos |
||
Casa |
Flexão
de verbos em acróstico do nome completo do autor (tepecê da aula 51-52) |
Há algumas aulas, usámos um discurso de Mr. Bean sobre
uma pintura. Agora, recorreremos de novo a um filme com Rowan Atkinson, Bean em férias, e a um discurso. Desta vez
temos um discurso de agradecimento de prémio,
proferido pela personagem Carson Clay, um egocêntrico realizador de cinema, que
faz uma apreciação ao seu próprio filme, que acabava de ser ovacionado por toda
a plateia do Festival de Cannes.
No texto de Clay há vírgulas desnecessárias
(ou que, em alguns casos, constituem até uma incorreção). Circunda-as. Talvez
possas usar um círculo tracejado para as vírgulas que são prescindíveis mas não
agramaticais e um círculo cheio para as absolutamente erradas.
Algo muito estranho se passa, quando fazemos uma obra de arte.
Por vezes, não nos apercebemos da junção dos elementos, e, quando todos se juntam,
algo de mágico, algo orgânico, acontece, e foi isso que se passou hoje.
Todos disseram que isto não ia resultar. Disseram que era um
enorme risco, mas quero continuar a fazer filmes como este. A combinação do cinema
e do vídeo é algo que já foi feito, anteriormente, mas não, exatamente, desta forma.
Estou contente por a receção ter sido tão fantástica, e estou
feliz por cá estar. Viva a França. Deus vos abençoe.
Todo o filme aproveita muito o ato de filmar com câmara digital.
Por assim dizer, acompanhamos o processo de «enunciação» (a recolha de imagens por Bean, turista em França) sem
sabermos que o enunciado que desse
ato vai resultando (as imagens arquivadas na câmara) há de integrar-se num outro enunciado, o filme falhado de
Clay.
Sublinha as comparações,
recurso decerto destinado a ridicularizar o texto em off.
Anseio esquecer-te. Esquecer os teus beijos, como fruta macia;
o teu riso irrompendo na luz do dia, como prata; o teu sorriso, como a curva do
quarto crescente no céu da noite; a tua beleza luminosa, a tua bondade, a tua
paciência e quanto te agarravas a cada uma das palavras por mim proferidas.
Estás agora nos braços de outro. Quem é ele? Este homem? Tem
porte? Tem encanto? É um amante? Ou um lutador? Que poderes tem ele sobre ti? Dançarão
os teus olhos, quais pirilampos na noite, quando ele vem ao teu encontro? Amaciar-se-á
o teu corpo, enquanto os teus lábios balbuciam o nome dele?
Repara
que tanto o filme produzido por Bean involuntariamente como a entrevista da
Briony já idosa em Expiação funcionam como narrativas encaixadas que,
perto do final, retomam a narrativa primeira, mas com um olhar agora mais
verdadeiro.
Seguiu-se conversa com cada um
dos alunos sobre o trabalho ao longo do período (e, ao mesmo tempo, os outros
viam Bean em férias).
TPC — Completa acróstico
sobre Crónica de D. João I.
Aula 69-70 (6 [1.ª, 3.ª, 5.ª], 7/fev [4.ª]) Os dois textos seguintes foram tirados de Célia Cameira, Fernanda Palma, Rui Palma, Mensagens, 10.º ano, Lisboa, Texto, 2016, pp. 108-109:
Vai
lendo o depoimento de Maria do Rosário Pedreira — «Pôr o dedo na ferida» — e
circundando a melhor alínea de cada item.
O título «Pôr o dedo na ferida» procura fazer uma alusão
a) ao facto de Gil Vicente ter exposto os aspetos negativos da
sociedade do seu tempo.
b) ao ambiente fechado, autoritário, da escola em que a
cronista estudou.
c) ao facto de palavras como «caganeira» (e, decerto, «cocó»)
terem passado a ser ditas em aula.
d) às reações da personagem Inês na Farsa de Inês Pereira.
«era muito diferente da de hoje» (ll. 2-3) é
a) predicativo do sujeito.
b) predicado.
c) frase.
d) período.
O facto a que se reporta «o que, aliás, aconteceu muito mais
depressa do que supúnhamos» (ll. 10-11) foi
a) uma lufada de ar fresco.
b) o castelhano ter surgido misturado com a língua arcaica.
c) a compreensão fácil do português de Gil Vicente.
d) rir à gargalhada.
«Gil Vicente foi mesmo um desbocado» (l. 23) significa que Gil
Vicente
a) era desdentado.
b) não tinha boca.
c) falava muito.
d) criticava muito.
«atual» (l. 33) é
a) predicativo do sujeito.
b) complemento oblíquo.
c) complemento indireto.
d) complemento direto.
O que torna «este texto grande literatura» (ll. 42-43) é
a) a mudança surpreendente da linha de ação e certos aspetos
formais.
b) Gil Vicente transformar a vítima em carrasco.
c) Gil Vicente permitir a Inês emendar o pé, além das palavras
ricas e belíssimas.
d) a forma com que se apresenta o conteúdo (versos, palavras ricas,
rima).
Passa agora ao depoimento de Fernando
Alvim — «Se não estou em erro» — e vai também circundando a melhor alínea de
cada item.
«a vossa idade» (l. 3) indica que o narrador — no fundo, identificável
com Fernando Alvim — toma como narratário (como seu destinatário)
a) os ouvintes do seu programa de rádio.
b) os espetadores do seu programa de televisão.
c) quem o leia.
d) estudantes do 10.º ano.
Em «e, talvez, um sentido estético bem mais sofrível que os
anos 80 não pouparam a ninguém» (ll. 3-5), o narrador
a) brinca com o gosto dos adolescentes atuais.
b) brinca com o gosto dos anos oitenta.
c) considera que, antigamente, havia modas melhores.
d) assume que os anos oitenta foram uma época de gastos.
Pelas linhas 5-9 percebemos que Alvim estudou
a) a Farsa de Inês
Pereira pouco antes de ter lido o Auto
da Barca do Inferno.
b) a Farsa de Inês
Pereira bastante antes de ter lido o Auto
da Barca de Inferno.
c) o Auto da Barca do Inferno
antes de ter lido a Farsa de Inês Pereira.
d) as obras de Gil Vicente pouco depois do exame de condução.
«daquelas que vocês tanto gostam» (l. 13)
a) está mal escrito.
b) reporta-se às peças de Gil Vicente.
c) alude a peças de vestuário.
d) diz respeito a selfies
(l. 16).
«moderno» (l. 20) é um
a) predicativo do sujeito relativo ao próprio narrador.
b) predicativo do sujeito relativo à peça de Gil Vicente.
c) predicativo do sujeito relativo a Gil Vicente.
d) complemento direto.
«É certinho» (l. 24) exprime
a) ironia acerca da duração da vida daqueles a quem se dirige.
b) ceticismo quanto à boa natureza dos comportamentos das
pessoas.
c) a índole atitudinal de Brás da Mata.
d) confiança de que os nomes «Inês», «Pereira», «Brás» e
«Mata» sejam dos mais comuns no futuro.
Nas primeiras linhas do terceiro parágrafo (l. 25-...),
assume-se que a Farsa de Inês Pereira
a) critica clero e casamento.
b) luta contra a discriminação entre géneros e o casamento
tradicional.
c) aborda muitos locais.
d) caricatura mais os homens do que as mulheres.
«A sério, ele não se importa» (l. 36) significa que Gil
Vicente
a) merece ser lido.
b) não se importa que o digiram.
c) não se importa de levar pancada.
d) não tinha medo de ridicularizar com quem se cruzava.
Em «O meu fascínio por Gil Vicente sofreu um rombo de que
julguei ser impossível recuperar» (ll. 44-45), «Gil Vicente» refere
a) uma equipa de futebol.
b) Makpoloka Mangonga.
c) o narrador.
d) o importante dramaturgo.
«Ela mesma» (l. 50) é uma
a) catáfora, tendo como referente «a Farsa de Inês Pereira».
b) anáfora, tendo como antecedente «a sua vez».
c) anáfora, tendo como referente «leitura para os pacientes
que aguardam a sua vez».
d) catáfora, tendo como referente «leitura para os pacientes
que aguardam a sua vez».
Critérios
para distinguir funções sintáticas
funções
ao nível da frase
O
sujeito concorda com o verbo.
Se experimentarmos alterar o número ou pessoa do sujeito, isso refletir-se-á no
verbo que é núcleo do predicado:
Caiu
a cadeira. → Caíram as cadeiras (Para se confirmar
que «a cadeira» não é aqui o complemento direto: →
*Caiu-a.)
O predicado pode ser identificado se
se acrescentar «e» + grupo nominal +
«também» (ou «também não») à oração:
O Egas partiu para o
Dubai. → O Egas partiu para o Dubai e o Ivo também (também partiu para o Dubai).
O vocativo distingue-se
do sujeito porque fica isolado por vírgulas e não é com ele que o verbo
concorda. Antepor-lhe um «ó» pode confirmar que se trata de vocativo.
Tu, Teresa, não percebes
nada disto! → Tu, ó Teresa, não
percebes nada disto!
Para distinguir o modificador de frase do modificador
do grupo verbal, pode ver-se que as construções que ponho à direita (a
interrogar ou a negar) são possíveis com o modificador do grupo verbal mas não com
o advérbio que incide sobre toda a frase.
Evidentemente, o povo tem razão. → *É evidentemente que o povo tem razão?
Talvez Portugal ganhe. → *Não talvez Portugal ganhe.
Com um modificador de grupo
verbal o resultado seria gramatical:
Ele come alarvemente.
→ É alarvemente que
ele come?
funções
internas ao grupo verbal
O complemento direto é
substituível pelo pronome «o» («a», «os», «as»):
Dei mil doces ao diabético.
→ Dei-os ao diabético.
O complemento indireto, introduzido
pela preposição «a», é substituível por «lhe»:
Ofereci uma sopa de
nabiças ao arrumador. → Ofereci-lhe uma sopa de nabiças.
O complemento oblíquo, e mesmo quando
usa a preposição «a» (uma das várias que o podem acompanhar), nunca é substituível
por «lhe»:
Assistiu ao jogo contra
as Ilhas Faroé. → *Assistiu-lhe.
Para identificarmos um modificador do grupo verbal, podemos
fazer a pergunta «O que fez [sujeito] + [modificador]?» e tudo soará gramatical:
Marcelo fez um discurso na
segunda-feira.
Que fez Marcelo na segunda-feira?
Fez um discurso.
Se se tratar de um complemento
oblíquo, o resultado já será agramatical:
Dona Dolores foi à Madeira.
*Que fez Dona Dolores à
Madeira? Foi.
O complemento agente da passiva começa
com a preposição «por», precedida por verbo na passiva, e podemos adotá-lo como
sujeito da mesma frase na voz ativa:
A casa foi comprada por
Monica Bellucci. → Monica Bellucci comprou
a casa.
As joias de Kim foram
roubadas pelos ladrões. → Os ladrões
roubaram as joias de Kim.
O predicativo do sujeito é uma função
sintática associada a verbos copulativos (como «ser», «estar», «parecer»,
«ficar», «permanecer», «continuar», mas também «tornar-se», «revelar-se»,
«manter-se», etc.). Atribui uma qualidade ao sujeito ou localiza-o no tempo ou
no espaço.
Os taxistas andam revoltados.
A Violeta está em casa.
O predicativo do complemento direto é uma função sintática associada a
verbos transitivos-predicativos (como «achar», «considerar», «eleger»,
«nomear», «designar» e poucos mais), os que selecionam um complemento direto e,
ao mesmo tempo, lhe atribuem uma qualidade/característica.
A ONU elegeu Guterres secretário-geral.
(Para confirmar que «Guterres» é o complemento direto e «secretário-geral», o
predicativo do complemento direto: → A ONU elegeu-o secretário-geral.)
Eles deixaram a porta aberta.
(→ Eles deixaram-na aberta.)
Cfr., porém, «Comprei o bolo
podre», que pode ter duas interpretações: uma em que todo o segmento «o bolo
podre» é o complemento direto (‘Comprei-o’); e outra em que «o bolo» é o
complemento direto e «podre» é o predicativo do complemento direto (‘Comprei-o podre’).
funções
internas ao grupo nominal
O complemento do nome,
quando tem a forma de grupo preposicional, é selecionado pelo nome (ou seja, é
obrigatório, mesmo se, em alguns casos, possa ficar apenas implícito). Os nomes
que selecionam complemento são muitas vezes derivados de verbos.
A absolvição do réu
desagradou-me. (Seria aceitável «A absolvição desagradou-me» num contexto em
que a referência ao absolvido ficasse implícita.)
A necessidade de
estudar gramática é uma balela. (*A necessidade é uma balela.)
Quando tem a forma de grupo adjetival, o complemento do nome constitui uma unidade com o nome, ficando tão
intimamente ligado a ele, que, na sua ausência, aquele parece ter já outro
sentido. (Reconheça-se que estes casos não são fáceis de distinguir de certos modificadores
restritivos do nome.)
A previsão meteorológica
falhou.
Os conhecimentos informáticos
são úteis.
O modificador restritivo do nome
restringe a realidade que refere, mas não é selecionado pelo nome (não é
«obrigatório»).
Comprei o casaco azul.
Cão que ladra não morde.
O modificador apositivo do nome,
sempre isolado por vírgulas, travessões ou parênteses, não restringe a
realidade a que se refere nem é selecionado pelo nome (a sua falta não
prejudicaria o sentido da frase).
O filme de que te falei, Cinema Paraíso, já foi objeto de
paródias.
O Renato Alexandre, que
é amigo do seu amigo, conhece o Busto.
função
interna ao grupo adjetival
O complemento do adjetivo
é selecionado por um adjetivo (embora seja, frequentemente, opcional).
Ela ficou radiante com
os presentes. (Ela ficou radiante.)
Isso é passível de pena
máxima. (*Isso é passível.)
Seleciona, em cada
conjunto de frases apresentadas nas alíneas abaixo, aquela cujo constituinte
destacado não desempenha a função sintática indicada.
Complemento direto
A Marlene vendeu o barco
na semana passada.
Os velejadores perderam a
regata.
O nadador-salvador atirou a boia ao náufrago.
As focas comem peixe.
Complemento oblíquo
Não te aconselho a fugir.
Ele bateu ao irmão.
Gosto de passear.
Duvido disso.
Complemento agente da
passiva
O Brasil foi descoberto por
Pedro Álvares Cabral.
O Porfírio anseia pelo
teu regresso.
O barco foi desviado da rota pelo vento.
Os papéis foram organizados pela secretária.
Predicativo do complemento
direto
A Luana continua na
mesma empresa.
Os padrinhos estimavam-no como
filho.
O juiz considerou-o inocente.
Os vizinhos tinham-no por
caloteiro.
Os itens
seguintes — sobre funções sintáticas — retirei-os de Desafios. Português. 11.º ano. Caderno de
Atividades (de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda, Patrícia Nunes;
Carnaxide, Santillana, 2011), alterando apenas alguns nomes próprios.
Identifica a função sintática desempenhada pelo constituinte
destacado nas frases:
a) O Adão e a Eva chegaram agora. ____________
b) O filme era muito emocionante. ____________
c) Ofereceram-me um livro muito interessante. ___________
d) O juiz declarou-o culpado. _________
e) O texto foi entregue pela minha aluna. __________
f) A venda das camisolas foi um sucesso. __________
g) O Marciano, que é um excelente dançarino, venceu o concurso. __________
h) Prometemos que regressaríamos daí a dois
anos. ___________
i) É fantástico que venhas connosco. __________
Indica
a função
sintática das expressões sublinhadas, em frases do episódio «Débora vs.
Luciana», de Último a sair. Só tens de preencher a coluna da direita (a
do meio serve apenas para lembrar elementos úteis ao teu raciocínio).
Frase
(em geral de Último a sair) |
A
ter em atenção |
Função
sintática |
Ó pessoal,
podem vir até aqui? |
|
|
Ó pessoal, podem vir até
aqui? |
* que fazem eles até aqui? |
|
Antes que expluda,
é melhor falarmos entre todos. |
oração adverbial temporal |
|
Antes que expluda, é melhor falarmos
entre todos. |
|
|
Basicamente,
é isto. |
* É basicamente que é isto |
|
Vocês acham normal terem-me
nomeado? |
acham normal isso |
|
Vocês acham normal
terem-me nomeado? |
cfr.
verbo transitivo-predicativo |
|
terem-me nomeado |
terem-na /* terem-lhe |
|
Limpo esta merda todas
as semanas. |
Limpo-a |
|
Limpo esta merda todas as
semanas. |
Que faço todas as semanas? |
|
Limpo a merda que vocês
deixam espalhada na cozinha. |
«que» = ‘a merda’, ‘a qual’ |
|
Trato das plantas. |
e a Luciana também |
|
Estou-te a perguntar se és
tu que vais limpar tudo isto. |
|
|
Vê se te acalmas. |
se o acalmas / * se lhe
acalmas |
|
Deixa o Bruno em paz. |
|
|
Olha a gaja que fala com as
árvores. |
oração adjetiva relativa
restritiva |
|
Olha a gaja que fala
com as árvores. |
|
|
Ai, coitadinha, que eu sou tão
especial. |
cfr.
verbo copulativo |
|
Vou mostrar ao mundo a
verdadeira Luciana. |
Vou mostrar-lhe |
|
Olha, filha, verdadeiro é isto. |
cfr.
«verdadeiras são estas» |
|
Pensas que vens aqui falar
assim para as pessoas. |
= isso / substantiva completiva |
|
Sónia, gostas de partir
pratos? |
* Que faz ela de partir pratos?
Gosta |
|
Débora e Luciana, que são
ambas tripeiras, discutem. |
|
|
Por causa da nomeação de
Débora gerou-se grande discussão. |
|
|
Por causa da nomeação de
Débora gerou-se grande discussão. |
|
|
— O Roberto uniu-nos —
disseram Débora e Rui. |
|
|
— Os quartos e a casa de banho
foram limpos por mim. |
|
|
A Susana também é capaz de
partir de pratos. |
|
|
A mãe da Luciana não a
educou assim. |
|
|
Débora não fez sequer uma queixa
dos colegas. |
|
|
TPC — Sobre funções sintáticas
podes consultar em Gaveta de Nuvens ‘Funções sintáticas’. De qualquer
modo, o manual trata este assunto nas pp. 321-325.
Aula 71-72 (7 [5.ª], 8 [4.ª], 10/fev [1.ª, 3.ª]) Correção do questionário de compreensão de depoimentos sobre Farsa de Inês Pereira, por Rosário Pedreira e Fernando Alvim (cfr. Apresentação).
Letra |
Estrutura |
|||
I |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Modificador do grupo verbal |
Complemento oblíquo
[País] |
A Irene |
irá |
no inverno |
a Inglaterra |
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento indireto |
Complemento direto |
|
|
|
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|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Predicativo do c. direto |
|
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Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo
verbal [País] |
|
|
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|
Modificador do GV
[Capital] |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Predicativo do sujeito |
|
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|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo
verbal |
|
|
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|
Sujeito [Figura artística] |
Modificador apositivo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
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|
|
Vocativo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
|
|
|
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|
Sujeito [Figura pública] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo
verbal |
|
|
|
|
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|
Sujeito [Desportista] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador restritivo do
nome |
|
|
|
|
|
|
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
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|
Sujeito [Banda] |
Núcleo do predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo
verbal |
|
|
|
|
|
|
Modificador de frase |
Sujeito [Escritor] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
|
|
|
O primeiro a terminar a frase corretamente ganha 3 pontos; o
segundo, 2; o terceiro, 1. A cada frase que se revele errada é atribuído um ponto
negativo (-1 ponto).
Depois de
leres a sinopse do Auto da Índia, cria a sinopse de uma das outras peças
de Gil Vicente que pus na folha.
[Sinopse de] Auto da Índia
— A criada pergunta à ama se ela chora por o marido ter embarcado para a Índia.
Ela responde que não: chora por lhe dizerem que ele já não parte. A criada vai
saber o que há de certeza. Regressa com a notícia de que ele embarcou. A patroa
alegra-se, porque irá agora gozar muito. Entra um castelhano, que se desfaz em
galanteios à mulher do embarcadiço. As suas jactâncias são ridículas. A ama diz
que se retire e volte à noite, batendo com pedrinhas na janela, que ela
abrir-lhe-á a porta. Sai o castelhano. Entra Lemos, que soube do embarque do
marido e vem fazer pândega com ela. O castelhano atira as pedrinhas combinadas
à vidraça. A ama acorre e diz-lhe que se retire, pois o irmão está com ela. O
castelhano barafusta, profere ameaças de fanfarrão. A criada aparece, ofegante:
o marido acaba de chegar! Entra o marido: a mulher finge-se alegre, diz-lhe que
sofreu muito com a ausência dele; e saem ambos de visita à nau.
Mais peças de Gil Vicente:
Auto da Alma; Auto da Feira; Comédia do Viúvo; Floresta
de Enganos; Nau de Amores; Triunfo do Inverno; O Velho da
Horta; Auto das Ciganas; Juiz da Beira; Farsa dos
Almocreves
. . . . . . . . . . . . .
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TPC — Lê ficha do Caderno
de atividades (já corrigida) sobre ‘Funções sintáticas’ que porei em Gaveta
de Nuvens.
Aula 73-74 (13 [1.ª, 3.ª, 5.ª], 14/fev [4.ª]) Na metade superior da p. 122 tens a didascália da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. À esquerda está o texto da didascália da peça como ficou na Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente (1562); à direita, a reprodução da didascália numa folha volante (1523). Copia a didascália (versão à esquerda), mas fazendo as alterações necessárias (e apenas essas) para que o texto fique em português moderno. Será mais a ordem das palavras e a sintaxe que serão reformuladas (o léxico nem tanto).
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A Farsa de Inês Pereira tem versos rimados
e heptassilábicos (ou seja, com sete sílabas métricas; também se diz que
estão em redondilha maior). Nas linhas a seguir faz a divisão em sílabas
métricas de três versos, mostrando que se trata de heptassílabos (cfr. exemplo
no ecrã). Usa o verso correspondente ao teu número na turma e ainda mais dois —
se fores do n.º 1 a 10: (i) o teu número; (ii) o teu número + 10; (iii) o teu
número + 20; se fores de 11 a 20: (i) o teu número; (ii) o teu número + 10; (iii)
o teu número - 10; se o teu número for de 21 em diante: (i) o teu número; (ii) o
teu número - 10; (iii) o teu número - 20.
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Quanto às estrofes, são nonas
(nove versos); e o seu esquema rimático é
A-B-B-__-C-__-__-__-__
Escreve em português atual um monólogo equivalente ao de Inês
nos vv. 1-36 (Farsa de Inês Pereira, p.
123 do manual). Mensagem manter-se-á, mas em registo adequado a um contexto dos
tempos de hoje, com uma rapariga que também se queixasse da tarefa que
estivesse a fazer. Texto será em prosa (e deixar de haver versos faz que as
frases já sejam diferentes mesmo que não houvesse também a mudança, diacrónica,
do português). Nota que transpor para a língua atual não é apenas trocar
palavras por outras, mas encontrar as expressões que seriam verosímeis num
contexto contemporâneo equivalente.
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Aula 75-76 (14 [5.ª], 15 [4.ª], 17/fev [1.ª, 3.ª]) Correção do trabalho com sinopses de peças de Gil Vicente (cfr. Apresentação).
[Sinopses de peças de Gil Vicente cujos títulos estavam no trabalho de há
duas aulas]
AUTO DAS CIGANAS. — Representado a D. João
III em Évora, em 1521. Escrito em castelhano. Entram quatro
ciganas—Martima, Cassandra, Lucrécia e Giralda. Falam no dialeto da sua raça.
Saúdam os fidalgos, e pedem esmola: pão, camisa, saia, toucado. Vêm quatro
ciganos — Liberto, Cláudio, Carmélio, Aurício. São negociantes de gado cavalar;
e cada um pretende impingir o seu. Cláudio quer trocar um cavalo; Aurício, um potro;
Carmélio, dois burricos. Cantam. As ciganas sabem ler a «buena-dicha», e vendem
feitiços para se conquistarem todos aqueles bens que se desejam. Dirigem-se às
damas aí presentes na representação do auto. Leem a sina de uma e das outras,
tecendo cómicas alusões aos amores de cada qual. Cassandra lastima-se de não
receber nada de tão distintas senhoras. E retiram-se.
JUIZ DA BEIRA. — Representada a D. João
III em Almeirim, em 1525. Escrita em português. Pero Marques declara que é juiz
em terras de Viseu. Inês Pereira, sua mulher, é quem soletra as Ordenações. Um
porteiro anuncia uma arrematação. Pero Marques manda-lhe apregoar a audiência,
que ele está ali para realizar. O porteiro põe um banco. Entram um ferreiro e Vasco
Afonso. Conversam os dois. Ana Dias vem à audiência queixar-se que lhe violaram
a filha. O juiz decreta disparates, e ordena que lhe traga sete ou oito
testemunhas. Entra um sapateiro de calçado velho. É judeu cristão-novo, a queixar-se
de que Ana Dias — que é alcoviteira — lhe seduziu a filha. O juiz nada resolve.
Um escudeiro chega, acompanhado dum moço. Queixa-se da alcoviteira Ana Dias,
que o burlou: apaixonando-se ele por uma moura, ela apanhou-lhe dois cruzados e
tudo quanto tinha. O moço queixa-se do escudeiro, que não lhe paga. O juiz só
profere disparates. Entram quatro irmãos: o Preguiçoso, que só dorme e ronca; o
Bailador, que tem a mania da dança; o Amoroso, sempre louquinho de paixão; e o
Brigoso, valentaço e cobardolas. Disputam os quatro irmãos, por causa do asno
que foi do pai e que todos querem herdar. O juiz resolve citar o asno para comparecer
na audiência, e então decidirá a quem pertence.
O VELHO DA HORTA. — Representada a D.
Manuel em 1512. Escrita em português. Entra o Velho na horta, rezando o
padre-nosso em latim e português. Vem uma rapariga comprar «cheiros para a
panela». O Velho fica endoidecido de amor. A rapariga zomba da senil e grotesca
paixão. Sai a rapariga. Um parvo, criado do Velho, vem chamá-lo para comer, mas
ele não o atende. Irrita-se a mulher do Velho, increpando-o por outra vez
perder o siso, de amores. Branca Gil, alcoviteira, oferece-se ao Velho para
seduzir a rapariga. A proposta é aceite com alegria. O Velho deixa-se espoliar
pela intrujona; e assim se arruína. O alcaide e quatro beleguins prendem a
alcoviteira, e açoitam-na. Outra moça, vinda à horta comprar couves e cheiros,
diz ao Velho que a rapariga por quem ele se apaixonara tinha casado pouco
antes. O Velho lamuria-se por se ver na penúria.
NAU DE AMORES. — Representada em 1527 a
D. João III e a D. Catarina, em Lisboa. Em português e em castelhano. Entra a
cidade de Lisboa, e saúda o rei D. João III e D. Catarina. Vem um pajem do
príncipe da Normandia, e diz-lhe que o amo lhe quer falar. Combinam o encontro.
Chegam o príncipe e quatro fidalgos. O príncipe venera a Fama. Pede, por isso,
a Lisboa que lhe empreste uma nau em que vá buscar a Ventura, que lhe dê a
Fama. Lisboa responde que a nau é dos reis. O príncipe roga-lhe então que o
autorize a construir na sua «ribeira» a nau desejada. Fazem uma nau, cantando.
Entra um frade — que maluca de amores — a dizer sandices. Entram sucessivamente
um pastor castelhano e um negro, ambos a queixarem-se dos males que o Amor lhes
inflige. Também um velho, que chega, quer ir na nau. Dois fidalgos entram,
lamentando-se de paixão: querem partir na nau. Um parvo sermoneia tontices com
o frade louco. Finalmente, o príncipe aventureiro embarca, e o Amor manobra a
nau para os mundos misteriosos da Quimera.
COMÉDIA DO VIÚVO. — Representada ao
príncipe D. João, em 1514. Escrita em castelhano. Um viúvo entra a chorar-se
por lhe ter morrido a mulher. Um frade apazigua-lhe as dores apontando-lhe o
infortúnio de todos os que vivem. Um compadre, pelo contrário, faz da sua
esposa um retrato hediondo. As duas filhas do viúvo, Melícia e Paula, exprimem
a dor de lhes ter morrido a mãe. O príncipe da Uxónia corteja as duas irmãs,
filhas do viúvo. Chama-se D. Rosvel o apaixonado. Com o fim de lhes falar, o príncipe
finge-se trabalhador ignorante. O viúvo contrata-lhe os serviços; e ele
subordina-se a rudes trabalhos por amor delas. Por fim, descobre a sua
identidade às duas donzelas, que lhe suplicam, atónitas, as abandone. Mas um
irmão de D. Rosvel, o príncipe D. Gilberto, vem à sua procura. Os dois
príncipes encontram-se, e D. Rosvel diz ao irmão o seu amor, acabando os dois
príncipes por casar: D. Rosvel com Paula; D. Gilberto com Melícia.
FLORESTA DE ENGANOS. — Representada ao rei D.
João III em Évora, no ano de 1536. É a última composição teatral de Gil
Vicente. Em português e em castelhano. Um filósofo aparece com um parvo
acorrentado à perna. O filósofo discursa, e o parvo repete. Mas o parvo adormece,
enquanto o filósofo medita. Por fim, o filósofo anuncia a comédia e diz o
argumento da Floresta de Enganos. Entra um mercador. Um
escudeiro reveste-se de mulher viúva, e «engana-o»: vende-lhe umas tenças
atrasadas, que não eram tenças mas burlas. Cupido está amoroso de Grata Célia;
e, para lhe falar, «engana» Apolo para que este obrigue o pai da princesa, o
rei Telebano, a conduzir Célia à serra Mineia e a deixá-la sozinha ali, em
penitência. Uma jovem esperta «engana» também um doutor de leis, que se porta
como alarve. Cupido rende homenagem à princesa Célia, que prefere os rouxinóis
aos seus galanteios; e acaba por «enganar» Cupido, convencendo-o de que o ama.
Chega o príncipe da Grécia com cinco duques peregrinos. Pouco depois chega a Ventura,
peregrina também. A Ventura consorcia os jovens amorosos — a princesinha Grata
Célia e o príncipe da Grécia. Cantos. E finda a comédia.
AUTO DA FEIRA. — Entra o deus Mercúrio,
que profere dislates contra os astrólogos. Vem o Tempo, que arma tenda com
várias coisas: virtudes e temores de Deus. Um Serafim chama a feirar as
igrejas, os mosteiros, os sacerdotes, os papas, os príncipes, e incita-os a que
lhes comprem «grande soma de temor de Deus». Um Diabo também arma tenda com
«artes de enganar e coisas para esquecer o que devia lembrar», e outros
malefícios. Entra Roma, que tenciona «comprar paz, verdade e fé»; o Diabo tenta-a,
mas Roma recusa-se a comprar mais as «sujas mercancias» e «porquidades», que
lhe comprara dantes. Roma saiu. Entram dois lavradores, que discutem os méritos
e defeitos das consortes, cada um descontente com a que tem. Estas aparecem;
eles ocultam-se. Também elas resmungam contra os maridos. As duas mulheres vão
à Feira: oferece-lhes o Tempo consciência, mas elas preferem luxos. Chegam nove
moças dos montes e três mancebas. Também elas se negam a comprar virtudes ao
Serafim. Finalmente, de pé, entoam todos uma formosa cantiga em honra da
Virgem. E assim finda a peça. O Auto da Feira é dos mais típicos na
obra vicentina, porque ressalta nele, à luz meridiana, os intuitos erásmicos do
autor. A corrupção de Roma surge ali patente. Dos autos conhecidos, nenhum
excedeu as ousadias quase heterodoxas deste. Foi representado a D. João III em
Lisboa, nas matinas do Natal de 1527. Escrito em português.
AUTO DA ALMA. — Discorre Santo
Agostinho sobre a necessidade duma estalagem para as almas repousarem: a
Igreja. Entram o Anjo Custódio e a Alma. O Anjo diz à Alma líricas expansões de
ternura, animando-a a abandonar vaidades e riquezas. Vem o Diabo e desenvolve
os seus poderes de sedução na Alma, que mal lhe resiste: vestidos, chapins,
colar de oiro, anéis, brincos, os mil faustos com que o Diabo costuma tentar os
homens. O Anjo luta contra a influência maléfica do Diabo, e ampara a alma até
às portas da Igreja. Ela toma um dos lugares à mesa da Igreja, ajudada pelo
Anjo. Santo Agostinho, Santo Ambrósio, S. Jerónimo e S. Tomás trazem quatro
bacias de cozinha, com iguarias, para salvação da Alma: os açoutes, a coroa de
espinhos, os cravos — emblemas da penitência. S. Jerónimo apresenta-lhe um
crucifixo; e cantam o «Te Deum laudamus» diante do altar. A inspiração e o
lirismo subiram às mais lúcidas esferas no Auto da Alma, profundo na sua significação
simbólica e na sua linguagem poética. Julgamo-lo um dos melhores autos de Gil
Vicente — vaga prelibação do Fausto de Goethe. Representado a
D. Manuel por desejo da rainha D. Leonor, em Lisboa, na Semana Santa de 1508.
Escrito em português.
FARSA DOS ALMOCREVES. — Foi representada ao rei
D. João III em Coimbra, em 1526. Escrita em português. O capelão roga ao
fidalgo que lhe pague as soldadas em débito. O fidalgo ilude-o com balofas promessas
de o empregar no paço, no serviço do rei. O pajem do fidalgo anuncia-lhe o
ourives, que vem reclamar o pagamento das dívidas. O fidalgo intruja o ourives,
como tinha já intrujado o capelão. Chega o almocreve, Pero Vaz, com carrego
para o fidalgo. Entrega-lho, e exige a paga; mas o fidalgo desgasta-se no
paleio, e não lhe paga ceitil. Chega um 2.° fidalgo, a quem o 1.º fidalgo (o
caloteiro) se gaba de ter dado, pouco antes, enormes quantias ao ourives e ao
almocreve... Falam de amores. O 1.º fidalgo declara que só amará mulher rica, o
2.º fidalgo repreende-o por tão vil interesseirismo. Assim termina.
Assistência a parte de vídeo com Farsa de Inês Pereira (cena de Lianor Vaz).
Resolve o ponto 1 de Gramática,
no fim da p. 124:
A
frase em que o pronome «que» não é complemento direto é a ______.
Resolve o ponto 5 da p.
128:
.
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Redige começo de texto
para concurso de PNED (cfr. Apresentação):
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Gil Vicente, Farsa de
Inês Pereira |
Garth
Jennings, Cantar! |
representado em ____,
1523 |
realizado nos EUA, em 2016 |
ação: Portugal, séc. XVI, no campo |
ação: num país fictício, séc. XXI, numa ______ |
Género:
aparentado com a comédia ou com a tragédia? |
|
Na didascália inicial usa-se a classificação «_____
de folgar». |
Num site de cinema encontramos a classificação «_____
musical de animação». |
Podemos considerar que em ambas as obras há comédia,
em sentido lato, porque tudo se ajeita no final, mesmo o que parecia
comprometido durante boa parte do filme ou da peça. O percurso é o mesmo: (i)
demanda de um objetivo; (ii) consecução; (iii) desastre-queda (aparência de
tragédia); (iv) recuperação até ao triunfo final. (Nas tragédias, ao contrário,
tudo termina ____.) |
|
Conceção
das personagens: planas ou redondas? |
|
Muito mais _____ do que redondas. Há «tipos», as
personagens são caricaturais (a rapariga casadoira, vaidosa e fútil; o
escudeiro fanfarrão, egoísta e cobarde; o pacóvio honesto, ignorante mas
generoso). Pretende-se passar uma lição moral («mais vale asno que me leve que
cavalo que me _____»). E ficamos contentes quando percebermos que os maus não
têm sorte. |
Muito mais _____ do que redondas As personagens têm
perfis que correspondem a estereótipos (a elefanta tímida com medo do palco; o
rato chico-esperto ambicioso; a mãe porca que desiste da carreira para tratar
dos seus filhos, aliás dos seus leitões). E percebemos que os bons vencerão e
que os maus vão regenerar-se, e passar para o lado dos bons, ou _____. |
Funcionalidade
das personagens |
|
O problema de Inês é aborrecer-se em casa. Quer
ter uma vida mais _____, mas para isso tem de casar com alguém sofisticado. Adjuvantes de Inês são a mãe e a alcoviteira
Lianor Vaz. Esta vai tratar de lhe encontrar pretendentes, que se _____ perante
Inês. |
O problema de Moon são as _____. Quer manter o
seu teatro, mas tem de conseguir um grande êxito e cria um concurso de
talentos. A adjuvante de Moon é Miss Crawley. Desastrada, faz
que haja uma multidão de candidatos ao concurso, que se ______ perante o
coala. |
TPC
— Na Classroom, em trabalho para que os chamarei, deves descarregar texto já
com uma versão melhorada e completa, em Word, do artigo-exposição que hoje iniciaste.
Imprimirei depois eu esse trabalho e trá-lo-ei com emendas minhas, à mão. Nessa
altura, lançá-las-ás em nova versão que descarregarás na Classroom.
Aula 77-78 (22 [4.ª], 24 [1.ª, 3.ª], 27/fev [5.ª]) Entrega das primeiras versões dos textos para Concurso do PNED; distribuição de formulários para preparação das candidaturas.
Assistência a parte do
vídeo com encenação de Farsa de Inês
Pereira (vv. 258-373/405).
Preenche as tabelas com
exemplos de Programa do Aleixo e Farsa de Inês Pereira.
Personagens
Processos
de caracterização |
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Direta |
autocaracterização |
|
heterocaracterização |
|
|
Indireta |
|
Conceção |
|
modelada ou redonda |
|
plana |
|
tipo |
|
Inês
Principal
defeito: ...
Principal
qualidade: ...
Lema
de vida: ...
Está
na peça para: ...
Pero
Principal
defeito: ...
Principal
qualidade: ...
Lema
de vida: ...
Está
na peça para: ...
Lianor
Principal
defeito: ...
Principal
qualidade: ...
Lema
de vida: ...
Está
na peça para: ...
Mãe
Principal
defeito: ...
Principal
qualidade: ...
Lema
de vida: ...
Está
na peça para: ...
Escreve comentário
comparativo entre a letra da canção «Antes de ela dizer que sim» e a cena da Farsa
em que intervêm Inês e Pero Marques (vv. 258-364). Inclui duas citações do
texto e duas citações da cantiga. Pelo menos, 150 palavras. A caneta.
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Classifica quanto à função
sintática os segmentos sublinhados:
Antes Dela [aliás, porque não pode haver contração: de
ela] Dizer Que Sim (Bárbara Tinoco)
Ele não sabe o nome
dela
Tem medo de perguntar
Ela é como atriz de novela _______
Que ele gosta de ver sonhar
Ela não sabe o nome dele
Tem medo de perguntar
E, se as promessas coradas _______
Foram bebida a falar,
E ele não contou
Mas ela não escondeu
Com quem a noite passou, _______
Jura ela o seu Romeu
Ele quer mais
Ela também
Talvez por isso nesse dia
Ele foi vê-la à luz do dia ________
Ele gosta das formas dela ________
E ela diz que ele tem bom ar
O mundo finge não saber ________
Que ele não é rapaz de fiar
Ela tem um novo sorriso
Mas medo de o partilhar ________
Ele gosta mais do que é preciso
De a desafiar
Ele, que sabia de cor _________
As moças mais fáceis,
Engates mais rascas;
Ela, que ficava em casa fechada _________
Com medo de ser
Só mais um rabo de saias;
Ele agora diz que a ama, _________
Dormem juntos só a dormir
Gosta dela de pijama
E ela de o corrigir…
Ela
agora diz que o ama,
Dormem
juntos só a dormir,
Gosta
dele desarmado,
E
ele de a ver despir.
E
as velhinhas, na cidade,
Sussuram no meu tempo não era assim,
Oh
onde já se viu dois enamorados,
Com
cara de parvos,
Antes
de ela dizer que sim.
Mas
ele ainda se lembra,
De
descer aquelas escadas,
Ganhar
coragem, perguntar,
E
como raio tu te chamas.
Ela
fingiu-se de irritada,
Ofendida
pela trama, __________
Reuniu
coragem para o amar, _________
Perguntou
e tu como raio te chamas.
TPC
— Na secção da Classroom que abrirei só para esse efeito, descarrega uma versão
já emendada do texto que te devolvi (sobre ‘Ética na vida e no Desporto’).
Aula 79-80 (27 [1.ª, 3.ª], 28/fev [5.ª, 4.ª]) Correção do comentário comparativo escrito na aula anterior.
Na p. 135, definem-se tipos
de cómico. Lê essas definições e, depois de assistires a trecho de Último a sair — «O milagre de Bruno» —,
faz corresponder às descrições 1 a 7 as seguintes siglas para os três tipos de
cómico: S(ituação), C(aráter), L(inguagem).
1. Bruno Nogueira apanhado a
andar com relativo à vontade quando ainda usava cadeira de rodas no dia
anterior. Facto de, à pergunta sobre o que se estava a passar, responder que
comia um iogurte muito bom (e fingir não ter reparado estar em pé sem
auxílios).
2. Credulidade (ingénua mas também «beata») de Roberto Leal,
que aceita todas as explicações de Bruno acerca do milagre, mesmo as mais ridículas.
3. Descrição pormenorizada que Bruno faz da apresentação
atual de Nossa Senhora («topezinho da Bershka», «brincos da Accessorize», «mandou
alinhar a direção»).
4. Descaramento de Bruno ao inventar mentiras à medida que
Roberto lhe pede pormenores ou estranha a situação inicial.
5. «Aaaaaah» muitíssimo alongado de Bruno (para ganhar tempo
para pensar na mentira).
6. «Ganda Bruno», «já lerparam», «estive a esgalhar mais
três», «metem os outros num chinelo» no discurso de Nossa Senhora como reportado
por Bruno Nogueira (e «chuta» deste para a Virgem).
7. «Posso te dar um beijo?» — pergunta Roberto Leal. «Onde?
Não vale a pena» — responde Bruno.
Em «A
história de Bruno» (Último a sair),
encontra aspetos de cada tipo de cómico:
De situação — Quando Bruno julgava poder mentir sem ser
desmascarado (por nenhum dos presentes conhecer Angola), Luciana, que conhece
Angola, pergunta-lhe _______ em que tudo se passara.
De linguagem — ________ angolano cunhado por Bruno
(caricaturando certos nomes de localidades angolanas).
De caráter — ________, enquanto mitómano (mentiroso compulsivo); e todos
os outros, demasiado ________, embevecidos com a história obviamente inventada.
Vai ouvindo a canção cuja
letra pus atrás. Relaciona essa canção («Os
maridos das outras», de Miguel Araújo) — a sua moralidade — com o tópico
essencial da parte da Farsa que estivemos
a ver hoje (pp. 132-133). Inclui, pelo menos, uma citação da peça.
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«Os maridos
das outras» (Miguel
Araújo)
Toda a gente sabe que
os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer.
São muito pouco astutos, muito pouco astutos.
Toda a gente sabe que os homens são brutos.
Toda a gente sabe que os homens são feios
Deixam conversas por acabar
E roupa por apanhar.
E vêm com rodeios, vêm com rodeios.
Toda a gente sabe que os homens são feios.
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação.
Dóceis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as
amigas da mulher.
E tudo os que os homens não...
Tudo que os homens não...
Tudo que os homens não...
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são.
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Gostam de músicas de que ninguém gosta
Nunca deixam a mesa posta.
Abaixo de bicho, abaixo de bicho.
Toda a gente sabe que os homens são lixo.
Toda a gente sabe que os homens são animais
Que cheiram muito a vinho
E nunca sabem o caminho.
Na na na na na na, na na na na na.
Toda a gente sabe que os homens são animais.
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação.
Amáveis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as
amigas da mulher.
E tudo os que os homens não...
Tudo que os homens não...
Tudo que os homens não...
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são.
Se
terminares cedo, resolve o ponto 2 na p. 134 (mas decidindo apenas os
adjetivos aplicáveis a Pêro): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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E,
em Escrita, o ponto 1.1 (da mesma p. 134):
(a) ________ (c) _________
(b) rico, ____, conhecido (d) eloquente, com capacidades _____, galante
Divide
em sílabas métricas os vv. 365, 366, 432, 443:
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
TPC — Lê (basta ler, não é preciso responder às perguntas),
em torno da Farsa, «As personagens:
caracterização e relações entre elas» (pp. 164-165).
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