Aulas (101-120)
Aula 101-102 (5/abr [4.ª]; nas outras turmas esta aula
será dada mais à frente) Correção do trabalho de gramática (ver Aula
103-104, já que nas outras turmas foi aí que se fez a correção do
questionário). Correção da crónica gastronómica (ver Apresentação).
Relance
a exemplares de «Fugas dos leitores» (Público)
[Só um exemplo aqui:]
As folhas que distribuí
são de um suplemento-revista (Fugas) que sai aos sábados com o Público.
(As crónicas gastronómicas de Miguel Esteves Cardoso, que já relanceámos em
aula, costumam ser a penúltima página deste suplemento.)
A coluna que nos interessa
agora chama-se «Fugas dos leitores». É escrita por leitores e é acompanhada por
uma fotografia, que costuma ser também da autoria de quem escreveu a crónica
de viagem. Os textos têm cerca de três mil caracteres (um pouco mais de quinhentas
palavras).
Ao mesmo tempo que relanceies
os textos que te calharam, verifica a qual dos tipos seguintes correspondem (E,
PT ou ALD) e preenche as linhas em baixo.
[E] — Viagem ao
estrangeiro (com destino a uma dada localidade ou a toda uma região ou mesmo
país).
[PT] — Descrição de
localidade portuguesa visitada em turismo.
[ALD] — Texto sobre
localidade portuguesa que se conhece por vivência familiar (terra dos avós ou
dos pais, lugar onde se costuma passar as férias repetidamente, etc.).
Tipo da crónica: E
/ PT / ALD
Título: ____________________
Localidade (ou região) que é o foco do texto: _____________
País: _______________
Tipo da crónica: E / PT / ALD
Título: ____________________
Localidade (ou região) que é o foco do texto: _____________
País: _______________
Tipo da crónica: E / PT / ALD
Título: ____________________
Localidade (ou região) que é o foco do texto: _____________
País: _______________
Tipo da crónica: E / PT / ALD
Título: ____________________
Localidade (ou região) que é o foco do texto: _____________
País: _______________
Escreve texto ao mesmo
estilo, de crónica de viagem. Pode ser num dos três tipos que enunciei. Texto
deverá ter, para já, umas 300 palavras.
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TPC férias — Aproveita para ler
livros. Já quase no final das férias, devo pôr anúncio de leituras de sonetos a
fazer para efeitos de Liga dos Campeões (aqui).
Aula 103-104 (17 [1.ª, 3.ª, 5.ª], 18/abr [4.ª]) Correção do questionário de gramática [exceto na 4.ª, onde já fora feita na aula 101-102].
Solução
da versão com Paulinho incapaz de marcar golos
Com frequência, a acentuação das esdrúxulas
é esquecida pelos alunos. |
1 — Complemento do nome 2 — Complemento agente da passiva |
Armindo, por favor, com a gentileza que todos te
reconhecem, traz-nos o DVD de O Leitor. |
1 — Vocativo 2 — Complemento direto |
Saoirse Ronan, a Briony de Expiação, também é atriz interveniente
em A Paixão de Van Gogh. |
1 — Modificador apositivo do nome 2 — Predicativo do sujeito |
A fútil Inês Pereira achava o bom do Pero
Marques demasiado simplório. |
1 — Sujeito 2 — Predicativo do complemento direto |
Os sportinguistas consideram Paulinho incapaz
de marcar golos. |
1 — Complemento direto 2 — Complemento do adjetivo |
Hawking, que comunicava por meio dos músculos
da bochecha, sofria de esclerose lateral amiotrófica. |
1 — Sujeito 2 — Complemento oblíquo |
Foi dedicado a Bernardo Sassetti, sentidamente,
um dos últimos discos de Rui Veloso. |
1 — Complemento indireto 2 — Sujeito |
Quando foi para Arzila, o cobarde Brás da Mata
disse ao moço que vigiasse Inês. |
1 — Modificador do grupo verbal 2 — Complemento direto |
No Centro Ismaili, com a sua faca bué
fofa, Abdul agrediu-nos. |
1 — Modificador do grupo verbal 2 — Complemento direto |
Percebes os atos de fala? |
Diretivo |
Declaro-te que não foi culpa minha. |
Assertivo |
Solução
da versão com surto psicótico de Abdul
Para teu bem, Inês, por favor, não dês o sim
ao repelente Brás da Mata. |
1 — Vocativo 2 — Complemento indireto |
Invólucros para recolha de cocós foram oferecidos à
escola por um antigo aluno. |
1 — Sujeito 2 — Complemento agente da passiva |
Kate Winslet, a Hanna Schmitz de O Leitor, foi protagonista de Titanic. |
1 — Modificador apositivo do nome 2 — Predicativo do sujeito |
Porque Maguire é suplente, o capitão tem sido
Bruno, que anda zangado com Crisnaldo. |
1 — Modificador do grupo verbal 2 — Sujeito |
A declaração da UELVA nomeou o nosso mestre
único responsável pelo sorteio da Champions. |
1 — Complemento do nome 2 — Predicativo do complemento direto |
Chegaram anteontem, pelas dezoito e trinta, os livros que a
Hanna pedira. |
1 — Predicado 2 — Sujeito |
Cumprimentei-te junto da porta de
emergência, com a consciência absolutamente tranquila. |
1 — Complemento direto 2 — Modificador do grupo verbal |
Regressaram de Castelo Branco ontem mesmo
os cães da Alzira. |
1 — Complemento oblíquo 2 — Sujeito |
O Moço, descontente com o Escudeiro, sublinhava
que não tinha calçado decente. |
1 — Complemento do adjetivo 2 — Complemento direto |
No dia 18 de abril cá estarei na nossa aula. |
Compromissivo |
Tenho dúvidas de que Abdul tivesse um surto
psicótico. |
Assertivo |
O sketch que veremos serve-nos para tratar
de questões de flexão de formas verbais (pessoa, tempo, modo) e, sobretudo, do Imperativo:
Em
«Instrutor que canta o yodel» (série Meireles) predominam as frases diretivas.
Surgem formas verbais na 2.ª pessoa do singular do _______ («Entra», «Mete uma abaixo, homem», «Faz
inversão de marcha», «Fica sabendo
que em mais de vinte anos», «Está
calado, pá»), mas também da 3.ª pessoa do singular do ______ do Conjuntivo («Fique sabendo que o yodel até ajuda»);
da __ pessoa do _______ do Presente do Conjuntivo («vamos lá a fazer essa inversão de marcha»); e da 2.ª pessoa do
singular do ______ do Indicativo («vais
começar»; «tiras o travão de mão»).
Ou
seja: são vários os tempos que acabam por poder funcionar como Imperativo. Nas
gramáticas mais tradicionais, o Imperativo
surge só com duas pessoas (as segundas, do singular e do plural, para «tu» e
«vós»). Mas, como já quase não usamos «vós» mas antes a terceira pessoa
(«você»), o imperativo acaba por se servir da 3.ª pessoa do Presente do _______,
no singular e no plural: «fique», «fiquem». Para a 1.ª pessoa do plural, serve
também o _________ do Conjuntivo: «fiquemos». Na negativa, o Imperativo
socorre-se das formas do Presente do Conjuntivo. Passa tu para a negativa:
Entra
| ______; Mete | _______; Faz | _______; Está | ________.
Completa o que falta ao mote e às
voltas, que transcrevi já segundo a ordem mais natural do português:
mote, vv. 1-3 || Leanor vai para
fonte, pela verdura, _________. Vai fermosa [= bela] e não segura.
voltas, 4-10 || Na cabeça _____ o
pote [a bilha, a vasilha]; nas mãos
de prata, o ______ [tampo]. [Tem] uma
cinta de escarlata _____, um sainho [colete]
de chamalote [lã]. Traz a vasquinha [saia plissada] de _____ [todos os dias] mais branca que a neve
pura. Vai fermosa e não segura.
11-17 || A ______ descobre a
garganta; o ___________, os cabelos d’ouro. Tem fita de cor d’encarnado. [É]
tão linda que _________ o mundo. Nela chove tanta ______ [beleza], que dá graça [beleza]
à fermosura [beleza]. Vai fermosa e
não segura.
O «Poema da autoestrada», de António Gedeão, alude ao de Camões:
Poema da autoestrada
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.
Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
amarelo de idantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com
ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa, e bem segura.
Como um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da
estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a
terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se
enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que
solta
lembra um demónio com
asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe, Leonor,
se o que lhe chega aos
ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.
António
Gedeão, Obra Completa, 2004
Na esteira de Gedeão, podemos imaginar uma matriz
para criar uma série de textos paralelos, se formos variando os seguintes
elementos do mote:
Leonor |
vai |
para a fonte |
pela verdura |
descalça |
Leonor |
vai
voando |
para
a praia |
na
estrada preta |
na
brasa, de lambreta |
Protagonista |
«ir» ou outro verbo idêntico |
lugar para onde |
lugar por onde |
modo |
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As tuas versões serão em prosa, semelhantes aos três parágrafos em que linearizei o
poema de Camões (e, claro, sem rima).
Além da mudança nos elementos das cinco
colunas, haverá, desde logo, a mudança
de século (XVI > XXI). Tenta que o tipo, a caracterização do protagonista,
revele qualidade na observação. Sê bastante descritivo. O próprio Camões também foi muito fotográfico. Nos nomes,
evita os de colegas.
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TPC — Vai já preparando as
leituras em voz alta de sonetos (vê aqui a distribuição dos sonetos).
#
Aula 105-106 (18 [5.ª], 19 [4.ª], 21/abr [1.ª, 3.ª]) Correções
(ver Apresentação).
Na p. 194, vai lendo «Lá
vai ela, formosa e segura. Scooters da Coleção de João Seixas». Não uses
outras páginas do manual nem outros recursos.
«cantada»
(l. 1) quer dizer
a)
‘criticada’.
b)
‘relatada’.
c)
‘descrita’.
d)
‘musicada’.
A
1.ª pessoa do plural usada em «intitulámos» (l. 4) remete para
a)
os vários organizadores da exposição.
b)
o autor do texto.
c)
o organizador, ou os organizadores, da exposição.
d)
todos os utilizadores de scooters.
O
título da exposição, «Lá vai ela, Formosa e Segura» (l. 4), decorre
a)
da interpretação de verso de Camões.
b)
da inspiração num poema de António Gedeão.
c)
da recuperação de um provérbio popular.
d)
de alusão à rainha consorte do Reino Unido Camila.
«fenómeno
que cruza a Europa e os Estados Unidos» (ll. 9-10) significa ‘fenómeno
a)
comum a Europa e Estados Unidos’.
b)
que vai alternando entre os dois continentes’.
c)
que foi objeto de cancelamento nos Estados Unidos e na Europa’.
d)
que não se impôs nem na Europa nem nos Estados Unidos’.
Em
«A Vespa recebe um destaque pois ganha uma popularidade tal que a torna quase
no seu sinónimo» (ll. 10-13), «seu» tem
como antecedente
a)
«Estados Unidos» (l. 10).
b)
«a Europa e os Estados Unidos» (ll. 9-10).
c)
«scooter» (l. 8)
d)
«Vespa» (l. 10).
Em
«a torna» (l. 12), o pronome encontra-se em próclise (ou seja, anteposto ao
verbo)
a)
por causa do tempo verbal.
b)
por estar numa oração subordinada.
c)
por estar numa oração subordinante.
d)
por o autor ser brasileiro.
O
ato de fala em «Símbolo do bom design italiano, é hoje um clássico do
século XX e um objeto de culto» (ll. 13-15) é
a)
declarativo.
b)
assertivo.
c)
diretivo.
d)
compromissivo.
Nas
linhas 16-20 destacam-se aspetos
a)
orgânicos e de design.
b)
tecnológicos e literários.
c)
gastronómicos e desportivos.
d)
de design e económicos.
O
constituinte «Económica, funcional e bela» (ll. 20-21) desempenha a função sintática
de
a)
modificador de frase.
b)
modificador do grupo verbal.
c)
modificador apositivo do nome.
d)
modificador restritivo do nome.
Nas
linhas 20-25 salienta-se
a)
a qualidade estética da Vespa.
b)
o perigo de picadas de vespas.
c)
a integração da Vespa no design italiano.
d)
a funcionalidade e a beleza da Vespa.
Segundo
as linhas 27-30, a exposição
a)
aposta na mostra de cores e linhas das scooters ao longo dos tempos.
b)
teve a preocupação de pôr a lado a lado scooters e exemplos da moda na
mesma época.
c)
cinge-se aos modelos de scooters ainda que num largo período temporal.
d)
aproveita para estimular conversas entre agentes da moda e utilizadores de scooters.
O
constituinte «de linhas e silhuetas» (l. 28) desempenha a função sintática de
a)
complemento do adjetivo.
b)
complemento oblíquo.
c)
complemento do nome.
d)
complemento direto.
O
constituinte «cerca de 20 peças de moda e cerca de 80 scooters» (ll. 30-31)
desempenha a função de
a)
complemento direto.
b)
complemento oblíquo.
c)
complemento do nome.
d)
sujeito.
O
museu que albergou a exposição é
a)
o Mudo.
b)
o MUDE.
c)
a Coleção João Seixas.
d)
o Lisboa.
Relativamente
a «scooter», «Vespa» é
a)
merónimo.
b)
hiperónimo.
c)
hipónimo.
d)
holónimo.
Tendo
em conta que o étimo de «lambreta» é o italiano «lambretta» (‘pequena’) e que «scooter»
nos chegou do inglês, diremos que estamos perante, respetivamente, um
a)
empréstimo do italiano e um galicismo.
b)
um italianismo e um empréstimo do francês.
c)
um anglicismo e um italianismo.
d)
um empréstimo do italiano e um anglicismo.
O
texto é uma
a)
apreciação crítica.
b)
exposição introdutória à exposição.
c)
narrativa de um evento.
d)
descrição de scooters.
Leituras em voz alta
de sonetos na p. 196
(«Um mover d’olhos, brando e piadoso»; «Leda serenidade deleitosa»)
Com o texto da p. 198 regressamos
à medida velha. Está em redondilha {escolhe} menor/maior, já que os seus versos têm _____ sílabas
métricas, são pentassílabos {confirma,
fazendo a divisão em sílabas métricas do v. 1 }:
Aquela
cativa
O subgénero escolhido
também é típico da poesia camoniana de raiz mais tradicional, já que se trata de endechas (neste caso, quadras agrupadas em oitavas, com rima
emparelhada e ________).
O tom é _______, mesmo se
se trata de amor. Ao longo das cinco estrofes, esse caráter leve assenta
bastante no trocadilho entre «cativa» (‘escrava’, a escrava Bárbara) e «cativo»
(‘aprisionado’, metaforicamente, pela paixão).
Vai copiando os versos de «Aquela cativa» (poema
também conhecido como «Endechas a Bárbara escrava»), mas acrescentando em cada
verso a(s) palavra(s) suficiente(s) para transformar estas redondilhas menores
(pentassílabos) em redondilha maior (heptassílabos). A rima manter-se-á, pelo
que deves intervir apenas no início ou no meio de cada verso.
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TPC — Continua a preparar
leitura em voz alta dos sonetos que te couberam (cfr. aqui).
Aula 107-108 (24 [1.ª, 3.ª, 5.ª], 26/abr [4.ª]) Correções do texto com acrescento de sílabas métricas e do questionário de compreensão (ver Apresentação).
Leituras
em voz alta de sonetos de Camões (segundo dia da fase de grupos).
Nesta parte final do ano,
vamos ler mais textos do modo literário narrativo. Até aqui passámos
sobretudo pelos modos lírico (cantigas
trovadorescas, Camões lírico) e dramático
(Farsa de Inês Pereira). Dentro do modo narrativo tivemos Fernão Lopes
e chegaremos aos géneros epopeia e
ao relato de viagem; mas, para já,
vejamos um conto.
Na parte do filme O leitor que estivemos a ver, a
protagonista aprendia a ler precisamente com um texto que é excelente exemplo
da técnica dos grandes contos, «A senhora do cãozinho», de Tchékhov (ou Chekov). No filme, a
tradução do título do original, russo, surge como ‘A dama do cachorrinho’, mas
a mais recente tradução portuguesa (Anton Tchékhov, Contos, II, Lisboa, Relógio d’Água, 2001), de Nina Guerra e
O
que se segue é o início de «A senhora do cãozinho». No entanto, a alguns
parágrafos foi retirado o lado direito das linhas.
Vai
lendo o conto e completando o que está em falta, na medida do que possas
adivinhar e em estilo próximo do do original. Não acertarás em tudo (ou mesmo
em nada), mas procura que as frases fiquem com sentido e gramaticalmente
corretas. Tenta também que o que fores escrevendo não tenha extensão demasiado
diferente da da parte suprimida das linhas (mas, claro, a letra manuscrita
ocupa sempre mais espaço que a impressa).
TPC — Relanceia este glossário de termos relativos à lírica de Camões. [Devo pôr proximamente em Gaveta de
Nuvens caderno de encargos para os próximos tempos. Para já, os que têm
tarefas em atraso, como as que fui referindo nas sínteses, devem aproveitar estes
feriados, de 25 de abril e de 1 de maio, para as concluir e entregar. Ir fazendo
as leituras de livros que tenham em curso também é boa ideia para todos.]
Aula 109-110 (2 [5.ª, 4.ª], 5/mai [3.ª, 1.ª]) Correção do trabalho com «A senhora do cãozinho» truncado (ver Apresentação).
Na
p. 216 temos um texto que ainda representa a vertente tradicional da lírica camoniana (em «medida
velha»); ao lado, na p. 217, estão dois textos que ilustram o Camões lírico clássico (e, portanto, em «medida
nova»). Veremos ainda um sketch que não exemplifica nenhuma das vertentes,
aliás nem sequer a poesia de Camões.
Depois de leres
os poemas, completa as colunas relativas aos textos.
|
«Verdes são os campos» |
«A fermosura desta fresca serra» |
«Alegres campos,
verdes arvoredos» |
«Filósofo matarruano» |
Modo |
_________ |
lírico |
_________ |
[dramático] |
Género |
cantiga |
____________ |
_________ |
sketch |
Metro |
_________ (redondilha menor) |
decassílabo |
_________ |
------------- |
Esquema rimático |
mote: A-B-C-B voltas: D-E-E-D-D-__-F-__ G-H-H-G-G-B-C-__ |
A-B-B-A A-B-B-A __-__-__ D-E-C |
A-B-B-A A-B-B-A C-D-E __-__-__ |
------------- |
Destinatário(s) |
campo, ___, gado |
______ («te», «sem ti») |
______, árvores, águas,
montes, penedos, ... |
[entrevistador] |
A natureza serve para... |
_____ com os olhos da amada (também verdes e
belos) |
realce da ausência da _____ (sem ela, até a beleza
da natureza magoa o poeta) |
contraste com o espírito do poeta (a _____ da
paisagem não impede que o «eu» a regue com «lágrimas saudosas») |
putativa _____ de «tetinhas» pelo matarruano |
Sentimento |
_____, amor |
_____, saudade |
desilusão («lembranças ____») |
_____ fetichista, luxúria |
Tipo de natureza |
pastoril (bucólica), mediterrânica, correspondente
a um ________ |
pastoril (_____), mediterrânica, cor-respondente
a um locus amœnus, ainda que com mar
e serra |
mediterrânica, cor-respondente a um locus amœnus
mesmo se com «silvestres montes» e «___ penedos» |
a de um locus amœnus (campo, pássaros, árvores,
abelhas, ____, mel); mar, algas, corais, golfinhos, ... |
Na
p. 218, lê o enquadrado «A representação da natureza». Responde a 1:
____.
Agora vai até à
p. 196. O
soneto «Um mover d’olhos, brando e piadoso» faz um retrato de mulher em termos
petrarquistas (cfr. p. 200; e p. 230, quarto parágrafo). Ao longo do
poema, a anáfora — com o artigo indefinido «um» e «uma» — contribui para esta
idealização da mulher. Completa a tabela:
Elementos
físicos e morais |
Expressões
caracterizadoras |
o olhar |
«brando e _______» |
o sorriso |
«________ e honesto, / quási forçado» |
o rosto |
«doce e _______»; «de qualquer alegria _______» |
o desembaraço |
«_______ e vergonhoso» |
a postura |
«gravíssim[a] e _________» |
a bondade |
«pura»; «manifesto indício da alma, limpo e
_______» |
o ousar |
«_________» |
o medo |
«_________» |
o ar |
«_________» |
o sofrimento |
«_______ e obediente» |
Leituras
em voz alta
Vamos procurar analogias entre Cantar 2
e Os Lusíadas (que estudaremos em breve):
Início
de Cantar 2 |
Os
Lusíadas, canto I |
No começo há um encaixe: estamos a assistir a um
______. Só depois, quando nos é dada uma imagem dos bastidores e de Moon,
percebemos que aquelas peripécias (de uma adaptação de Alice no país das maravilhas,
de Lewis Carroll) não pertenciam ao _____ nível narrativo. |
No começo também ainda não temos a ação propriamente
dita. Primeiro, há a ______ (poeta anuncia o que vai «cantar»), a Invocação
(pede inspiração às Tágides, ninfas do Tejo) e a Dedicatória (a D. Sebastião).
Só na estância 19 é que entramos na Narração, e ficamos a saber que as ______
navegam já no Índico. |
O tópico desta parte é a presença entre a
assistência ao espetáculo de uma caça-talentos, a cadela ____, estando Buster
Moon e o seu grupo ansiosos com o veredito da importante crítica. ______ vai anotando
os gestos da canina «scouter», informando Moon. A certa altura, porém, Suki
abandona a sala, o que preocupa Moon, que ainda procura convencê-la a ficar
e, depois a irá seguir no meio do trânsito, com risco de algum acidente _____. |
O tópico desse começo da
Narração, porém, nem vai ser bem a viagem, porque, a partir do final da
oitava 19, passamos ao ‘plano da mitologia’ e assistimos ao Consílio dos
deuses no _____ (convocados por Mercúrio, por ordem de Júpiter), com o debate
entre _____ (que não quer que os portugueses cheguem à Índia, por recear perder
o seu estatuto no Oriente) e Vénus (que defende os portugueses, que lhe _____
o seu amado povo romano, dadas a coragem e a língua). |
O passo termina com Moon a não se ______ com a
sentença, exarada pela cadela «olheira», de que o seu grupo não era suficientemente
bom, e mostrando-se decidido a provar que não era assim, o que vai obrigar a troupe
a viajar para outra ______, a sofisticada Redshore. |
O Consílio (estrofes 19-41) termina com Marte,
antigo apaixonado de Vénus, a ______ igualmente os portugueses, sustentando que
se cumprisse a determinação de Júpiter, que reafirma que os portugueses, povo
valoroso, seriam ajudados na «costa ______ como amigos», e seguiriam depois a
«sua longa rota». |
TPC — [para as turmas 1.ª
e 4.ª, a quem se esqueceu de o fazer, recordo o tepecê anterior:] Lança na
Classroom, com as correções que eu tenha introduzido, o texto da «Fuga»; [para
as turmas 3.ª e 5.ª:] Escreve e descarrega na Classroom crónica para «Fugas
dos leitores».
Aula 111-112 (3 [4.ª], 8/mai [5.ª, 3.ª, 1.ª]) Vai até à p. 191. O poema «Erros meus, má fortuna amor ardente» pode exemplificar a chamada medida nova. Com efeito, cada verso seu tem dez sílabas métricas, como a escansão do primeiro verso nos mostra {procede a essa divisão em sílabas métricas}:
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Também coerente com a vertente clássica, renascentista, da
lírica camoniana é o tipo de composição: um _______ (catorze versos,
distribuídos duas quadras e dois tercetos). Neste caso, o esquema rimático é: A
B B A | A _ _ _ | C _ _ | _ _ _.
Quanto a tema, o texto exprime, em termos complexos, a
_______ do poeta com o seu percurso de vida (e, talvez, sobretudo com as
desilusões amorosas).
Na p. 190 temos «O
dia em que nasci, moura e pereça», em que o sujeito poético volta a exprimir em
termos céticos, desiludidos, o seu percurso de vida.
Para dar ideia da pouca conta em que tem o seu fado, apela a que
se não volte a repetir o dia do seu nascimento (que esse dia «mo[r]ra e pereça,
/ não o queira jamais o tempo dar, não
torne mais ao mundo») e amaldiçoa-o com uma série de prognósticos pejorativos,
se tiver o desplante de voltar («se tornar»):
Se
esse dia voltar, o sol sofrerá um ______; haverá sinais apocalíticos; nascerão
_______; choverá ________; as mães não reconhecerão os _______; toda a gente,
sem perceber o que acontece, ficará a chorar, pálida, a pensar que o mundo
________.
Vai até à p. 202. O
soneto «Amor é um fogo que arde sem se ver» é constituído, nas suas duas quadras
e primeiro terceto, por versos que se podem considerar ora oxímoros (ou paradoxos)
ora antíteses. É difícil discernir entre estas classificações. Tudo
dependerá do grau de impossibilidade — se o verso for mais ilógico, teremos um oxímoro
se o verso apostar apenas num contraste mas que até é compreensível, será
apenas uma antítese. Não vale a pena estares a tentar classificá-los com
estes termos, mas tenta ordenar os versos 1 a 11 em função de o que afirmam ser
«mais impossível» ou «relativamente aceitável».
Os versos «tendencialmente oxímoros» (mais impossíveis) seriam
os vv. ______.
Os versos «tendencialmente antíteses» (mais exequíveis) seriam
os vv. ______.
Leitura
em voz alta de sonetos
Dicionário da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011 (mas abonações acrescentadas):
exergásia [z] n.f. recurso
estilístico que consiste na repetição de uma ou mais ideias por palavras
diversas, mas sinónimas, cujo significado sobe gradualmente, como em “passava a
vida a imaginar, a fantasiar, a idear delícias”; sinonímia [«Em Eça abundam as hipálages,
mas também se encontra uma ou outra exergásia»] (Do gr. exergasía, ‘aperfeiçoamento, trabalho de
composição’)
garança n.f. 1 botânica
um dos nomes vulgares da granza (planta tintorial) [«Menos cantadas do que as
rosas, das garanças se extrai um vermelho afinal mais vivo»] 2 cor vermelha obtida desta planta [«A sua
face ganhou um matiz entre carmim e garança»] (Do frânc. wratja, ‘id.’, pelo fr. garance, ‘id.’)
turgimão n.m. 1 intérprete oficial de uma legação ou
embaixada europeia, nos países do Oriente [«O imperador japonês agradeceu ao turgimão
os bons serviços na tradução do contrato firmado»] 2 [fig.] alcoviteiro [«Desconfia do que te diga o turgimão
desbocado»] (Do ár. tarjúman, ‘intérprete’)
turificar v.tr. 1 incensar [«Turificámos a sala, reduzindo assim o cheio a
mofo»] 2 [fig.] adular;
lisonjear [«Para obter os favores do patrão, Ernesto turificava-o»] (Do
lat. turificare, ‘id.’)
Luís Fernando Veríssimo,
«Falsos Verbetes», Expresso,
29-10-2005:
Depois de leres a crónica de Luís
Fernando Veríssimo
e de relanceares os quatro verbetes
(verdadeiros) tirados de um Dicionário de Língua Portuguesa, redige um verbete de palavra inventada (criada por ti
— portanto, não dicionarizada e nem mesmo conhecida de qualquer falante; vamos
supor que se destinaria a cumprir o que Luís Fernando Veríssimo diz fazerem os
grandes editores de dicionários). Palavra deve ter aparência plausível,
considerado o padrão português, e ter três aceções (sentidos).
Não te esqueças de incluir no verbete
a abreviatura da classe gramatical (n. =
nome; adj. = adjetivo; adv. = advérbio; v. = verbo; interj.
= interjeição) e, se for caso disso, de categorias (f. = feminino; m.
= masculino; inv. = invariável; tr. transitivo; intr. =
intransitivo; etc.) ou outras classificações (fig. = sentido figurado;
lat. = latim; ár. = árabe; fr. = francês; frânc = frâncico; gr. = grego; ...; pop.
= popular; gír. = gíria; arc. = arcaico; téc. = técnico;
...). Inclui também uma abonação
— isto é, uma frase exemplificativa, entre aspas — de cada aceção. No final do verbete, podes pôr etimologia, mas esta já não será obrigatória. (Nota
que um dicionário comum de língua não inclui nomes próprios. Portanto, não podes
criar topónimos, antropónimos, enfim, tudo o que escreveríamos com maiúscula
inicial.)
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Encargos — Os que ainda não fizeram o
trabalho de gravação acerca de leituras — o que o era para ser feito em
janeiro — vão ser chamados a uma secção da Classroom onde poderão descarregar o
ficheiro vídeo, até ao final do próximo fim de semana. Leiam, por favor, as
instruções da tarefa, vejam os exemplos que dou e até os dos colegas que fizeram
o trabalho nessa altura (podem até ver os comentários que comecei agora a lançar
— ainda só estão os do 10.º 3.ª). Repito: leiam as instruções, porque não aceitarei
trabalhos que não cumpram o que está aí estipulado.
— Para todos: começa a ser tempo de se ir
escrutinando o que sugeri fosse feito para se melhorar. Muitas vezes, indiquei
a necessidade de estudarem gramática. Está na altura de fazerem
essas revisões
(as funções sintáticas são sempre um ponto forte do que vier a testar, mas
haverá outros assuntos que temos dado ou que daremos agora).
Livros
Preenche aqui: o que tenhas lido este
ano letivo ou ainda estejas a ler (não incluas obras lidas em inglês; se
estiveres a ler livros literários mas sugeridos em Filosofia, refere-os também,
mas explicitando isso mesmo).
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Se achas que podes ainda ler (i) um
conto (ou pequenos contos) de livro de contos; (ii) algumas crónicas em livro de
crónicas; (iii) algum livro relativamente curto ou suficientemente
entusiasmante para o conseguires fazer neste último mês; (iv) [etc.]; diz-mo aqui e eu tratarei de te emprestar alguma
obra no estilo que indiques.
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TPC — Descarrega na Classroom (que abrirei para o efeito e a
que te chamarei no final desta aula) a nova versão da «Fuga» (isto é, o texto já
com as emendas que lancei no impresso devolvido há pouco).
Aula 113-114 (9 [5.ª, 4.ª], 12/mai [3.ª, 5.ª]) Sobre verbetes corrigidos (ver Apresentação). Explicação sobre modalidades (e valores modais).
«O
desensofador» (série Lopes da Silva) |
modalidade |
Ui! |
|
Não lhe vou mentir: está
muito complicado... |
|
Vai ser preciso desmontar:
tenho de tirar a almofada. |
|
Tenho de fazer a verificação do forro a nível do
extravio de acepipes. |
|
Não pode recolocar agora? |
|
Não posso voltar cá. |
|
Tenho um serviço num
dentista que deve ser demorado. |
|
Que horror: parece impossível!
|
|
Parece incrível como há
gente assim em pleno século XXI... |
|
E posso colocar eu a almofada? |
|
Por mim, pode. |
|
Pode só virar o fecho éclair
ao contrário... |
|
Pode meter mal a almofada... |
|
A única coisa que pode acontecer é desfigurar o sofá para
sempre. |
|
Posso oferecer-lhe uma cerveja? |
|
Devemos ter cuidado com chaves e
naperons — o mundo tornou-se complicado para os sofás. |
|
Na p. 278, lê o texto em «Praticar» e resolve 1 e 2:
1. ______________
2. _____
Depois de ouvires «Fiscal das danças ridículas»
(série Lopes da Silva), preenche a coluna do meio, relativa ao ato ilocutório
(assertivo, expressivo, diretivo, compromissivo, declarativo):
Passo de «Fiscal das danças
ridículas» ou de separadores |
Ato ilocutório |
Descrição útil para tipificar
ato |
[Incorreu
na prática de danças ridículas.] Vai ter de abandonar o estabelecimento. |
|
Frase
deôntica dita por um «fiscal de danças ridículas». |
Vi-o
a efetuar uma espécie de um comboiinho. |
|
Relato,
relativamente a que o enunciador se responsabiliza, de um acontecimento anterior. |
O
que é que eu fiz? |
|
Interrogação
dirigida ao fiscal. |
Não
posso pactuar com comboiinhos! |
|
Frase
na 1.ª pessoa, dita com ênfase, com indignação. |
Não
vou fechar os olhos a uma situação como a que o vi fazer. |
|
Frase
com complexo verbal (ir + infinitivo
do verbo principal) com valor de futuro próximo. |
Não
perca a atualização das notícias sobre a seleção nacional. |
|
Frase com uso do conjuntivo, correspondente a imperativo
negativo. |
Ao
contrário do que fora anunciado, Paulo Ferreira não jantou o prato de peixe. |
|
Informação,
relato de uma circunstância, negando-se informação anterior. |
Vamos ter oportunidade de ouvir uma entrevista com Dona
Maria da Conceição Ferradinha, uma alentejana que viu o autocarro da seleção
duas vezes. |
|
Frase
com complexo verbal (ir + infinitivo
de verbo principal) com valor de futuro próximo. |
Ui,
tantos episódios! |
|
Frase
exclamativa, com algum teor descritivo, mas sobretudo admirativa. |
Agora
é calcar! |
|
Frase
de teor apelativo, ainda que sem uso de modo imperativo. |
Eu
estou a perder a cabeça! |
|
Descrição
de estado de espírito, sublinhada com nervosismo evidente. |
Itens de exame em torno de atos ilocutórios
[2014, 1.ª fase]
2.3.
Classifique
o ato ilocutório presente em «Como um dia veremos.» (linha 29). [É por isso que, para além do culto que a obra de
Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve
reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça
desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender,
ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que
não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.]
R.: ____________________
[2013, 1.ª fase]
1.7. Na frase «E, após isso, ninguém
lerá uma só palavra posta por mim num pedaço de papel.» (linhas 9 e 10), o
autor realiza um ato ilocutório
(A) compromissivo. | (B) declarativo.
| (C) expressivo. | (D) diretivo.
[2013, 2.ª fase]
2.2.
Classifique
o ato ilocutório presente em «A sua poesia ainda tem segredos para si?» (linha
21).
R.:
__________________
Escreve um
soneto mais otimista do que «Erros meus, má fortuna,
amor ardente» (p. 191). Diria mesmo: um poema na direção emocional contrária,
um poema em que desespero, lamento, desilusão dessem lugar a alegria,
entusiasmo, fruição.
Respeitarás um esquema rimático ABBA ABBA CDE CDE. Os versos
de rima B terminarão em –aram, como
podes ver a seguir. Manterás também as poucas palavras que registei nas linhas,
mas, como se vê, podes trocar-lhes género e número e, se quiseres, optar por
«se juntaram» em vez de «se conjuraram». Não te preocupes com a métrica. E,
claro, o soneto não tem de se reportar a Camões.
(Ao escolheres as primeiras rimas, tem em conta que ficas
obrigado a obedecer-lhes
___ meu(s)/minha(s), boa(s)/bom/bons
__, amor __ A
Em minha(s)/meu(s) _____ se conjuraram/juntaram B
__________________________________ B
__________________________________
A
__________________________________ A
__________________________________ B
__________________________________ B
__________________________________ A
__________________________________ C
__________________________________ D
__________________________________ E
__________________________________ C
__________________________________ D
__________________________________
E
TPC — Porei em Gaveta de
Nuvens ficha do Caderno de atividades sobre Valor modal, já
corrigida. Não deixes de a ver. Se ainda ainda não o entregaste, não esqueças também
o texto de «Fuga».
Aula 115-116 (10 [4.ª], 15/mai [1.ª, 3.ª, 5.ª]) Na p. 262, tens as duas últimas estrofes do canto I de Os Lusíadas, as estâncias 105-106. Deixo-te as respetivas paráfrases (mas vai lendo também as estâncias propriamente ditas; e, antes de tudo, o enquadrado «Reflexão... em contexto»):
[105] O recado que traziam era amistoso, mas encobria o veneno [da
traição], porque as intenções eram hostis, como [se provou quando] se descobriu
o ardil. Oh! Grandes e gravíssimos perigos [ameaçam os mortais!] Quão pouco
seguro é o caminho da vida! [Como é possível] que a vida tenha tão pouca
segurança, [mesmo] naquilo em que pomos as nossas esperanças!
[106] No mar tantas tormentas e tantos perigos, tantas vezes a morte
iminente! Na terra tanta luta, tantas traições, tanta cruciante fatalidade!
Onde poderá acolher-se um débil humano? Onde poderá ter segura a curta vida,
sem que o tranquilo Céu se arme e se irrite contra um tão humilde verme da terra?]
Como ainda se percebe
pelos primeiros versos da est. 105, em Mombaça os portugueses tinham sido alvo
de uma emboscada por parte dos mouros, apesar de estes parecerem muito
hospitaleiros.
1 Os acontecimentos vividos
em Mombaça suscitam ao poeta algumas reflexões, que ocupam as estâncias 105-106.
Refere os motivos dessas considerações e os sentimentos que lhe despertam.
A propósito da emboscada
preparada aos portugueses, o poeta reflete sobre . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . Tais reflexões provocam-lhe . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . .
1.1
Aponta recursos estilísticos utilizados
na estância 105 para realçar as suas emoções.
A repetição anafórica de «___»
(vv. 5-6) e a hipérbole utilizada nas expressões
«__________»
(v. 5) e «___________» (v. 6) contribuem para
enfatizar o desencanto do sujeito poético.
2 Transcreve a metáfora usada na estância 106 para
designar o Homem.
A metáfora que designa o
homem é ________________.
Na prova nacional intermédia de 2013-2014, duas perguntas aproveitavam
as estâncias 105 e 106 do canto I. Reproduzo esses dois itens e as respostas
sugeridas oficialmente. Porém, retirei à resposta 1 as formas verbais e, à
resposta 2, as preposições e contrações (de preposição e determinante).
Completa-as.
1.
Relacione a interrogação
final (est. 106, vv. 5-8) com as exclamações
que a antecedem (est. 105, vv. 5-8, est. 106, vv. 1-4).
A interrogação
presente nos quatro versos finais ___________ da reflexão do poeta sobre a
fragilidade da condição humana e da sua perplexidade perante a impossibilidade
aparente de ____________ um lugar seguro, onde o ser humano, «bicho da terra
tão pequeno» (est. 106, v. 8), se ____________ a salvo.
Nas exclamações dos
versos 105, 5 a 106, 4, o poeta ____________ os «grandes e gravíssimos perigos»
(est. 105, v. 5) a que o homem _________ sujeito, tanto no mar como na terra,
na permanente incerteza do futuro («Caminho da vida nunca certo», v. 6).
2.
Explique de que modo a mitificação do herói em Os Lusíadas é
ilustrada pelas estâncias transcritas.
A mitificação ___
herói é ilustrada ___ excerto, ___ medida ___ que é referido e valorizado o
esforço que leva os portugueses não só ___ ultrapassarem os perigos graves, ___
mar e ___ terra, como também ___ assumirem a fragilidade ___ condição humana.
Consciente ___
desproporção existente ___ o «fraco humano» (est. 106, v. 5) e o «Céu sereno»
(v. 7), o poeta acentua e enaltece a grandeza heroica daqueles que enfrentam
forças adversas e, assim, se elevam ___ nível ___ deuses.
Na p. 263, lê
«Em destaque» («A reflexão do poeta no final do Canto I: o “bicho da terra tão
pequeno”») e «Escrita — Exposição sobre um tema». Redige depois a exposição
aí pedida.
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Classificação da fase de grupos da Liga dos Campeões
Turma 1.ª
|
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
1 |
Laura (18,5) |
Miguel (15,75) |
Alex (15,5) |
Neves (18) |
2 |
Margarida (17) |
Cristian (15) |
Inês (13,75) |
Bea (16) |
3 |
Macedo (15) |
Ester (14,75) |
Matilde Ch. (14) |
João (15) |
4 |
Constança (14,5) |
Alice (14,5) |
Joana (13) [13,75] |
Cecília (14,75) |
5 |
Matilde S. (13,5) [13,5] |
Mada (13,75) |
Tiago (13) [13] |
André (13) |
6 |
Clara (13,5) [12,5] |
Bernardo (13) |
Duarte (11) |
Leandro (12,5) |
7 |
Rodrigo (13) |
Leo (11) |
Lucas (9) |
|
[Classificação usada para desempate, a da pré-eliminatória]
Turma 3.ª
|
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
1 |
Helena
(17) |
Letícia (18,5) |
Carlos (17) |
Leonor (16) [17,5] |
2 |
Eduardo
(16,75) |
Rodrigo (17,25) |
Ribeiro (16) |
Joana (16)[14,75] |
3 |
Carolina (15,25) |
Ana (16,5) |
Henrique (14,75) |
Artur (14) [13,25] |
4 |
Bia B. (14,5) |
Mariana R. (15,5) |
Tiago N. (14,5) |
Gonçalo (14) [13] |
5 |
Bea (14) [18] |
António (13) |
Mariana (13,5) |
Carol (13) |
6 |
Marta (14) [17] |
Diogo (9) [12] |
Augusto (13,25) |
Afonso (12,5) |
7 |
Talia (14) [13] |
Zé (9) [9,5] |
Tiago E. (10,5) |
Neuza (10) |
8 |
Anna (13) |
|
|
|
[Classificação usada para desempate, a da pré-eliminatória]
Turma 4.ª
|
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
1 |
Lourenço (16) |
Marta (18) |
Afonso (15) |
Margarida R. (18) |
2 |
Joana C. (15,5) |
Mariana A. (17,5) |
Gonçalo (15) |
Ranya (17) |
3 |
Joana B. (15) |
Carolina (17) |
Francisco (14) |
Leonor Maria (16,25) |
4 |
Sofia (14,75) |
Margarida N. (16) |
Miguel (13) |
Santi (16) |
5 |
Eliana (14,5) |
Leonor (15,5) |
Ana (11,5) |
André (13,5) |
6 |
Leonor F. (14,5) |
Mariana R. (14,75) |
Martim (11,5) |
João (13) |
7 |
Lara (10,5) |
Sarah (14) |
Rafa (9) |
Manuel (11) |
8 |
Elton (9,5) |
|
|
|
Turma 5.ª
|
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
1 |
Matias
(17) |
André (15) |
Rafaela (13,5) |
José (16,75) |
2 |
Tiago M. (14) |
Salvador (14,75) [14] |
Rosa (13) [13,75] |
Miguel (15,75) |
3 |
Ana (13) |
Leonor (14,75) [13,5] |
Rodrigo (13)[12,75] |
Sara (15) |
4 |
Frederico (12,75) |
Gonçalo S. (12) [13,25] |
Rita A. (12,5) |
Giuliana (14,75) |
5 |
Duarte (11) [13,5] |
Tiago C. (12) [13] |
Rita S. (12) |
Joana (9,5) [11] |
6 |
Guilherme (11) [12,5] |
João (9,5) |
Matilde (11,5) [14,5] |
Gonçalo F. (9,5) [10,75] |
7 |
Santiago (9) |
Luna (9) |
Tomás (11,5) [13,5] |
|
[Classificação usada para desempate, a da pré-eliminatória]
Liga dos Campeões — Fase final
Leitor Odd |
Eu |
Mestre |
Leitor
Odd |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
Oitavos de final |
||||||
(A1) |
|
|
(B4) |
|
|
[α] |
(C1) |
|
|
(D4) |
|
|
[β] |
(B1) |
|
|
(A4) |
|
|
[γ] |
(D1) |
|
|
(C4) |
|
|
[δ] |
(A2) |
|
|
(B3) |
|
|
[ε] |
(C2) |
|
|
(D3) |
|
|
[ζ] |
(B2) |
|
|
(A3) |
|
|
[η] |
(D2) |
|
|
(C3) |
|
|
[θ] |
Quartos de final |
||||||
|
|
(ζ) |
|
|
[ι] |
|
(β) |
|
|
(ε) |
|
|
[κ] |
(γ) |
|
|
(θ) |
|
|
[λ] |
(δ) |
|
|
(η) |
|
|
[μ] |
Semi-finais |
||||||
(ι) |
|
|
(κ) |
|
|
[ν] |
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
[ξ] |
Final |
||||||
(ν) |
|
|
(ξ) |
|
|
|
Liga Europa
Leitor Odd |
Eu |
Mestre |
Leitor Odd |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
Primeira pré-eliminatória |
||||||
(A8) |
|
|
(D7) |
|
|
[α] |
(B8) |
|
|
(C7) |
|
|
[β] |
Segunda pré-eliminatória |
||||||
(A6) |
|
|
(B7) |
|
|
[γ] |
(C6) |
|
|
(D7 ou α) |
|
|
[δ] |
(B6) |
|
|
(A7) |
|
|
[ε] |
(D6) |
|
|
(C7 ou β) |
|
|
[ζ] |
Quartos de final |
||||||
(A5) |
|
|
(ζ) |
|
|
[η] |
(B5) |
|
|
(δ) |
|
|
[θ] |
(C5) |
|
|
(γ) |
|
|
[ι] |
(D5) |
|
|
(ε) |
|
|
[κ] |
Semi-finais |
||||||
(η) |
|
|
(κ) |
|
|
[λ] |
(θ) |
|
|
(ι) |
|
|
[μ] |
Final |
||||||
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
|
TPC — Como talvez distribua
as leituras a preparar para as fases a eliminar proximamente, vai vendo no blogue,
para, se for caso disso, poderes ir ensaiando as estâncias de Os Lusíadas
que te calhem.
Aula 117-118 (16 [5.ª, 4.ª], 20/mai [3.ª, 1.ª]) Devolução de soneto antónimo de «Erros meus, má fortuna, amor ardente», já anotado ou corrigido.
Nas pp. 264-266, lê o final do canto V, as estâncias 92-100, já depois de o Gama terminar o seu longuíssimo discurso ao
Rei de Melinde. Ao mesmo tempo, completa as paráfrases de cada estância
(tirei-as da edição de Campos Monteiro). Por vezes, as palavras em falta na
«tradução» são idênticas às de Camões, outras vezes correspondem a atualização
do vocabulário ou descodificação de alguma figura de estilo. O itálico marca os
acrescentos (feitos para facilitarem a compreensão).
92 Quão doce
não é o louvor e a justa glória dos nossos
feitos, quando os vemos ____________! Todo o homem de nobres sentimentos se
esforça por _______ ou igualar em fama os antepassados ilustres. As emulações produzidas pela história dos outros
dão lugar, muitas vezes, a gloriosos feitos. A quem se propõe à __________ de
obras valiosas, muito o incita e estimula o louvor alheio.
93 Alexandre Magno tinha
em menos apreço os feitos gloriosos de Aquiles na _______ que os maviosos
versos do seu cantor. Só a estes encarecia e fazia jus. Os famosos troféus de
Milcíades tiravam o sono ao _________ Temístocles, que afirmava nada lhe ser
tão agradável como as vozes que _________ as
suas façanhas.
94 Vasco da Gama esforçou-se por mostrar que essas expedições navais exalçadas por todo mundo
não _________ tamanha glória e fama
como a sua, que assombrou o _____ e a terra. Sim, mas Octaviano Augusto, que
tanto prezou e recompensou, com dádivas, mercês, favores e honrarias o poeta
Vergílio, foi quem fez ecoar o nome de Eneias e alastrar a ________
de Roma.
95 A terra portuguesa produz também Cipiões, Césares, Alexandres
e ________; mas não lhes concede, a esses heróis, aqueles dotes cuja falta
os torna rudes e incultos. Octaviano, entre as mais angustiosas conjunturas,
compunha ________ eruditos e formosos. Fúlvia poderia confirmar este asserto, quando António a trocou por
_________.
96 Júlio
César subjugou toda a Gália, e os trabalhos da guerra não o impediram
de cultivar as letras; antes, sustentando numa mão a _______ e
noutra a lança, conseguiu ________ a eloquência do Cícero. De Cipião Emiliano sabemos nós que tinha grande prática
de literatura teatral. E Alexandre Magno lia as obras de Homero tanto a miúdo que
nunca lhe saíam da ________ do leito.
97 Enfim, não houve general romano, grego, ou mesmo bárbaro,
que não fosse ao mesmo tempo ilustrado e _________; só entre os portugueses não
acontece assim. Não o digo sem vergonha; porque o motivo de não serem muitos heróis
portugueses cantados em _________ é não serem os versos apreciados por
eles, pois que quem desconhece a arte poética não pode _________.
98 Por isso, e não por falta de
inspiração, não há também em Portugal
Vergílios nem ________; nem haverá, se este costume persistir, pios Eneias ou
bravos _________. E ainda o pior de tudo é que o destino fez os nossos guerreiros tão soberbos e tão bruscos,
tão ________ e tão apoucados de inteligência, que pouco ou nada se importam com
isso.
99 Pode o nosso Gama ________ às Musas portuguesas o intenso amor da pátria
que as levou a dar aos seus descendentes fama e nomeada, cantando
os seus gloriosos e ________ trabalhos; visto que nem
ele, nem quem da sua
geração usa o seu nome, usufrui tanto a amizade de Calíope, ou das ninfas do
Tejo, que estas se dignassem abandonar as
telas de oiro para o _________.
100 Porque o único estímulo e o único
propósito das Tágides gentis são o ______ fraternal que elas dedicam
aos portugueses
e o desinteressado prazer de dar a todos os seus feitos militares o louvor que estes
merecem. Não obstante, ninguém deixe de ter a alma sempre disposta para os ________ empreendimentos; pois que por esta, ou por
qualquer outra forma, nunca _________ o seu prémio nem o seu valor.
Podendo socorrer-te dos valores modais (modalidade) apontados na p. 277, preenche a coluna à direita. De
qualquer modo, os termos a usar serão:
epistémica
(valor de certeza) || epistémica (valor de probabilidade)
|| deôntica (valor de obrigação) || deôntica (valor de permissão) || apreciativa.
Frase de Último a sair, passo de traição de
Débora |
Modalidade (valor de ...) |
Pões-me
creme? [Débora para Bruno] |
deôntica
(valor de obrigação) |
Podes
pôr-me creme, faz favor. [Débora para Bruno] |
|
Posso.
[Bruno para Débora] |
|
Então
não posso. [Bruno para Débora] |
|
As
tuas mãos são uma coisa, Bruno! [Débora
para Bruno] |
|
São
super-fortes! [Débora para Bruno] |
|
Eu
até me estou a sentir mal. [Bruno para Débora] |
|
O
Unas é que devia estar a fazer isto...
[Bruno] |
|
Não
te preocupes. [Débora para Bruno] |
|
O
quintal ainda não é aí. [Débora para Bruno] |
|
E
o vizinho não tem de saber de
nada. [Débora para Bruno] |
|
Se calhar, posso
espalhar por mais sítios? [Bruno para Débora] |
|
Claro.
[Débora para Bruno] |
|
É
isso. [Débora para Bruno] |
|
Está
ótimo! [Débora para Bruno] |
|
Tens
uma melga aqui. [Unas para Débora] |
|
Posso matá-la? [Unas para
Débora] |
|
Granda
melga! Bem! [Bruno para Unas] |
|
[...]
quando podes ter o original [Bruno
para Débora] |
|
Se calhar, até quero o original.
[Débora para Bruno] |
|
Tipo duas
melgas que voavam mais ou menos
assim. [Bruno] |
|
Unas, isso é aquela conversa que não interessa a ninguém.
[Débora] |
|
Recorda as
estâncias 1 a 3 dos Lusíadas (p. 248),
que constituem a Proposição. Pensa
agora num assunto a que pudesses consagrar um poema épico (ou a paródia de um
poema épico), para, de seguida, escreveres a proposição dessa epopeia.
Assumimos que as estâncias
serão oitavas, como as de Os Lusíadas, e adotaremos o mesmo
esquema rimático — A-B-A-B-A-B-C-C —,
embora este esquema não impeça, naturalmente, que as exatas rimas sejam
diferentes de estrofe para estrofe. Quanto à métrica, deves tentar que os
versos sejam, aproximadamente,
decassilábicos. (Faremos uma proposição com duas estrofes apenas. Os Lusíadas têm mais uma terceira oitava
em que ainda se apresenta o assunto da epopeia.)
[Assunto do poema épico, ou herói-cómico, seria: _______________]
Canto I
1.
As ______ e os ________ assinalados (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (C)
_____________________________ (C)
2.
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
Cantando espalharei por toda a parte, (F)
Se a tanto me ajudar o engenho e a arte. (F)
TPC — Prepara as leituras em
voz alta de estâncias de Lusíadas segundo a tabela em baixo. No blogue,
tentarei deixar leitura minha, só para advertir dificuldades (mas sem investir
na interpretação, o que, porém, vocês devem fazer). Também no blogue está parte
de uma edição de Os Lusíadas com explicações/traduções estrofe a estrofe,
que talvez lhes possa ser útil no caso de querem compreender bem o passo em
causa. (Na Liga Europa, se o jogo que indico em certas turmas não se pode
realizar, o clube sobrante não tem de preparar a leitura.)
Liga
dos Campeões, oitavos de final
A1 vs.
B4 p. 248, I, 1-3; p. 250, I,
4-5; p. 252, I, 6
C1 vs.
D4 p. 252, I, 7-12
B1 vs.
A4 p. 253, I, 13-18
D1 vs.
C4 p. 262, I, 105-106; pp. 264-265,
V, 90, 92-94
A2 vs.
B3 pp. 265-266, V, 95-100
C2 vs.
D3 p. 269-270, VII, 78-83
B2 vs.
A3 pp. 270-271, VII, 84-87; p.
274, VIII, 96-97
D2 vs. C3 p.
275, VIII, 98-99; pp. 279-280, IX, 88-91
Liga Europa,
pré-eliminatórias
A8 vs.
D7 p. 280, IX, 92-95
A6 vs.
B7 pp. 283, X, 145-148
C6 vs.
D7 ou α pp. 284-285, X, 149-153
B6 vs.
A7 p. 285, X, 154-156; p. 255,
IX, 52
D6 vs.
C7 ou β pp. 255-256, IX, 53, 66-68
Esta fase das duas ligas
deve começar na terça, 23 (10.º 4.ª e 10.º 5.ª), e na sexta, 26 (10.º 1.ª e 10.º 3.ª).
Aula 119-120 (17 [4.ª], 22/mai [1.ª, 3.ª, 5.ª]) Correção de texto argumentativo sobre «Bicho da terra tão pequeno». Enquadramento do passo a ler a seguir na ação de Os Lusíadas (VIII, 96-99).
Reconstitui as quatro estâncias cujos
dísticos recortados tens no envelope. Deves aproveitar o que já sabes acerca do
esquema rimático seguido nas estrofes de Os Lusíadas (a-b-a-b-a-b-c-c). Os
recortes A, B, C, D são os primeiros, respetivamente, da primeira, segunda, terceira e quarta estância.
Os restantes dísticos estão todos muito bem desordenados.
A |
Nas
naus estar se deixa, vagaroso, |
|
Até
ver o que o tempo lhe descobre; |
B |
A
Polidoro mata o Rei Treício, |
|
Só
por ficar senhor do grão tesouro; |
C |
Este
rende munidas fortalezas; |
|
Faz
trédoros e falsos os amigos; |
D |
Este
interpreta mais que sutilmente |
|
Os
textos; este faz e desfaz leis; |
E |
Que
corrompe este encantador, e ilude; |
|
Mas
não sem cor, contudo, de virtude! |
F |
Este
deprava às vezes as ciências, |
|
Os
juízos cegando e as consciências. |
G |
Pode
o vil interesse e sede imiga |
|
Do
dinheiro, que a tudo nos obriga. |
H |
Este
corrompe virginais purezas, |
|
Sem
temer de honra ou fama alguns perigos; |
I |
Veja
agora o juízo curioso |
|
Quanto
no rico, assi como no pobre, |
J |
Que
não se fia já do cobiçoso |
|
Regedor,
corrompido e pouco nobre. |
K |
Pode
tanto em Tarpeia avaro vício |
|
Que,
a troco do metal luzente e louro, |
L |
Entrega
aos inimigos a alta torre, |
|
Do
qual quási afogada em pago morre. |
M |
Até
os que só a Deus omnipotente |
|
Se
dedicam, mil vezes ouvireis |
N |
Este
a mais nobres faz fazer vilezas, |
|
E
entrega Capitães aos inimigos; |
O |
Entra,
pelo fortíssimo edifício, |
|
Com
a filha de Acriso a chuva d’ouro; |
P |
Este
causa os perjúrios entre a gente |
|
E
mil vezes tiranos torna os Reis. |
Faz uma releitura das
estâncias nas pp. 274-275 (Os Lusíadas, VIII, 96-99). Identifica a
estância (96, 97, 98 ou 99) correspondente a cada síntese:
a) O poder corruptor do
dinheiro: na amizade, na fidelidade, na integridade. Os bens materiais são mais
fortes do que os valores morais de cada um. = ___
b) O poeta exemplifica como
a ambição pode corromper os mais poderosos: no Direito, na Monarquia e, até, no
Clero. = ___
c) O poeta dá exemplos de
histórias trágicas da Antiguidade Clássica, para demonstrar que o «vil metal»
leva a cometer, desde sempre, as maiores atrocidades. = ___
d) O poder do dinheiro
tanto corrompe pobres como ricos. = ___
Convém perceberes a cadeira anafórica
em que assentam estas estrofes finais do antepenúltimo canto dos Lusíadas. Ao referente — ao termo
antecedente — «dinheiro» (est. 96, v. 8) sucedem-se vários termos
anafóricos (uns sete pronomes demonstrativos «este» e um grupo nominal
«este encantador [este feiticeiro]», todos correferentes, é claro).
Depois, preenche a tabela, copiando as transcrições do texto que podem abonar
cada uma das afirmações da coluna à esquerda.
O
poder corruptor do dinheiro percorre todas as camadas sociais. |
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
A
deterioração dos valores da classe nobre é destacada pelo poeta. |
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
O
dinheiro influencia a compreensão das situações. |
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
Nem
os membros religiosos (os sacaninhas!) escapam à influência negativa do
dinheiro. |
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
O
domínio do dinheiro pode influenciar situações legais. |
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . |
Sob
influência do dinheiro, o ser humano pratica ações desleais. |
«Faz tredoros e falsos os
amigos; / Este a mais nobres faz viver vilezas, / E entrega Capitães aos
inimigos» (est. 98, vv. 2-4); «Este causa os perjúrios entre a gente / E mil
vezes tiranos torna os Reis» (99, vv. 3-4). |
Vamos continuar a procurar analogias entre Cantar
2 e Os Lusíadas.
Trecho
deCantar 2 |
Os
Lusíadas, III-VIII |
O objetivo de Moon (ou, melhor, do seu grupo —
podemos considerar que o herói é _________) é fazer um grande espetáculo em Redshore
City. |
O objetivo de Vasco da Gama (ou, melhor, dos portugueses
— podemos considerar que o herói é _______) é difundir a fé e expandir o reino.
|
Depois de ter tido de ________ uma série de hesitações
dos artistas (provocadas por descrença no êxito da aventura ou fraca
autoestima), Moon, com a ajuda preciosa de ________ (que argumenta ter até encontrado
babysitter para os seus leitões), consegue que todos entrem na camioneta que
os levará à grande cidade. |
Depois de terem tido de ________ uma série de obstáculos
(provocados por Baco) com a ajuda preciosa de Vénus, aportaram em Melinde, onde
o Gama (cantos III-V) narrou ao rei local a primeira parte da viagem e episódios
da história de Portugal (uma analepse que resolve o problema de termos
encontrado as naus já no ______, o tal começo in media res). |
Chegados a Redshore, conseguiram introduzir-se em
zonas reservadas da Crystal Tower, até chegarem à fala com o lobo-magnata _______.
É ele que avaliará o resultado, como prometera num cartão: «Não faças ______,
Moon. Senão, ...». |
Chegados à ______, foram bem recebidos inicialmente.
Há até novo relato de factos da história de Portugal (a pretexto de figuras em
bandeiras), ao Samorim e ao Catual (espécies de rei-governador e regedor-polícia
locais), desta vez por Paulo da Gama, irmão de _____. |
Porém, de _________ dependerá a concretização do
espetáculo. Havia ______ anos que desaparecera da vista do público, desde que
morrera a mulher e se recolhera numa mansão inexpugnável. Para tentar
convencer Clay a regressar, Miss Crawley, num espampanante carro vermelho,
desloca-se à fortaleza do leão misantropo, não se esquecendo de levar uma
cesta de fruta como presente, mas é brutalmente __________, regressando a Redshore
City cheia de mazelas. |
Porém, _____ volta a interferir, divulgando
falsidades sobre as intenções dos portugueses naquelas terras. Por sua
influência, altera-se o comportamento do Catual, que, para deixar partir os navegantes
portugueses, lhes exige a entrega de mercadorias. É esta atitude interesseira
que inspira ao poeta, no final do canto VIII, uma reflexão sobre o poder do
_______. As fazendas exigidas pelo Catual acabam por ser ________ pelo Gama e
a armada inicia o regresso a Portugal. |
Entretanto, a jovem loba ______, filha de Crystal,
aproveita as vertigens de Rosita para se _________ na preparação do
espetáculo. |
Entretanto, _______ prepara uma surpresa aos seus
protegidos lusitanos, uma ilha maravilhosa habitada por ninfas, que ________ os
amores dos marinheiros. |
TPC —
Prepara leituras em voz alta. Lá para o final da semana tentarei pôr áudio (está
aqui) para advertir dificuldades.
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