Aulas (81-100)
Aula 81-82 (1
[4.ª], 3 [1.ª, 3.ª], 6/mar [5.ª]) Esta matéria — Atos de Fala (ou atos ilocutórios) — está explicada também nas pp. 136-137 do manual.
Nos atos de fala diretos, a intenção comunicativa fica
explícita no que é dito; nos atos de fala indiretos, a intenção comunicativa tem
de ser captada pelo interlocutor. Por exemplo, em «Leiam o texto tal» há um ato
de fala ______; mas, se, no contexto de uma aula, o professor disser «É na p. 136»,
temos um ato de fala _____, cuja ________ (‘ordem para se começar a ler’) tem
de ser inferida pelos interlocutores.
O entendimento
de um ato de fala está dependente do contexto comunicativo. O
que possibilita que a frase «É na p. 136» seja percebida como ordem para que se
leia é o facto de se estar numa ________ de ________.
Os atos de fala classificam-se
segundo o seu objetivo (ou ‘força
ilocutória’):
diretivos
(pretende-se que o interlocutor atue de acordo com a vontade do locutor) —
«Querem abrir os livros na p. 136?»; «Abram os livros na p. 136».
assertivos
(assinala-se a posição do locutor relativamente à verdade do que diz) — «Não há
dúvida de que esta é a melhor frase»; «Admito que haja aqui um equívoco meu».
expressivos
(traduz-se o estado de espírito do locutor relativamente ao que diz) —
«Entristece-me que tenha partido»; «Muitos parabéns pelo teu teste».
compromissivos
(responsabilizam o locutor relativamente a uma ação futura) — «Não darei aula
no dia 29 de fevereiro»; «Prometo entregar os prémios Tia Albertina».
declarativos
(aquilo que se diz cria, por si só, uma nova realidade) — «Absolvo-te das falhas
cometidas»; «Fica aprovado com catorze valores».
Há
que contar com o tipo de frase
(interrogativo, imperativo, declarativo, exclamativo) e com o contexto: «Estou
constipadíssima», num contexto em que há uma porta aberta, pode ser um ato de
fala {escolhe} direto / indireto que
corresponda ao objetivo _________ (com a locutora a pretender que _______).
Indica o tipo dos atos de fala. Usarás diretivo / assertivo / expressivo / compromissivo / declarativo:
1.
Fala com o diretor de turma. _________
2. Gostei que fizesses cocó no penico. _________
3. Sei que Gedeão era Rómulo de Carvalho, professor de Física. __________
4. Ficam isentos do pagamento os menores de setenta
e três anos. __________
6. Duvido que te interesse. __________
7. Chegarei às onze e sessenta e dois. ________
8. Detesto que me estejam sempre a pressionar. _______
9. Vou pensar no que me propõe. _________
10. É inadmissível que te impeçam de ires ao jogo.
________
[fundado
em M. Olga Azevedo, M. Isabel Pinto & M. Carmo Lopes, Exercícios — Gramática Prática de Português — Da Comunicação à
Expressão]
Preenche as quadrículas em
branco, interpretando os atos de fala dos dois sketches (série Barbosa). Por vezes,
previ duas interpretações (uma, direta;
a outra, indireta, que aliás é a
mais verosímil). No tipo, porás assertivo, diretivo, expressivo, compromissivo (não encontrei exemplo de
ato declarativo).
Ato de fala |
direto / indireto |
tipo (segundo a força ilocutória) |
modo verbal, etc. |
«Últimos desejos» |
|||
Julgava que eras meu
amigo... |
direto |
assertivo |
«julgar» + imperfeito do indicativo |
indireto |
|
||
Por favor, promete que
passas para açúcar mascavado. |
direto |
|
imperativo + «por favor» |
Eu mudo para açúcar mascavado. |
direto |
|
|
Gostava de ouvir o mar. |
|
expressivo |
imperfeito do indicativo |
indireto |
|
||
Zé Carlos, descansa. |
direto |
|
|
indireto |
expressivo |
||
«Condutor de ambulância» |
|||
Pronto. Está bem. |
direto |
|
advérbio e presente do
indicativo |
Arranca. Depressa. Já. |
direto |
diretivo |
|
Há aqui indivíduos que
devem estar cheios de pressa. |
direto |
|
«dever» no presente |
A sensação que me dá é
que está verde há muito tempo |
direto |
|
«dá-me a sensação» +
presente do indicativo |
Não podia ir um pouco
mais rápido? |
indireto |
|
imperfeito de «poder» +
infinitivo |
Morreu. |
direto |
|
|
indireto |
expressivo |
O organizador de um livro publicado há uns anos —
Jorge Reis-Sá, A minha palavra favorita,
2007 — pediu a intelectuais e figuras públicas, portuguesas e brasileiras, que
indicassem a sua palavra favorita e sobre ela escrevessem um texto.
Transcrevi o início de alguns dos textos. Nesses exemplos, as palavras escolhidas
salientam-se {completa, escrevendo os títulos}:
(1) pela sua aparência (som
ou imagem originais): «_____»; «_____»;
(2) por, raras ou erradas,
serem palavras quase privativas: «_____»; «_____»;
(3) por se relacionarem com
um hábito do autor: «_____»; «_____»;
(4) por lembrarem atitudes
que o autor preza: «_____»; «_____».
amanhã (João Lima Pinharanda)
A partir de finais da adolescência, ao experimentar uma caneta
ou uma nova inclinação de letra (sempre fui pródigo em arriscar grafismos
diversos), ou simplesmente, quando rabiscava, distraído, um papel, escrevia
sempre a palavra «AMANHû.
Não me recordo de quando isso («AMANHû) começou nem se a
escolha («AMANHû) foi, no seu início, consciente. Frequentemente dava por mim
com a palavra já escrita («AMANHû),
como se se tratasse de um tique. Tomei-a então («AMANHû) como uma espécie de
talismã, uma premonição otimista. Pedem-me hoje uma palavra e volto a recordar-me
dela («AMANHû), reparo na distância emocional e simbólica que dela («AMANHû)
me separa. Já estarei no AMANHÃ de então? Terá sido por isso que deixei de o/a
evocar? Talvez necessite de novo dessa palavra («AMANHû) e dessa ideia
(«AMANHû), de recuperar o poder que lhe atribuía repetindo-a («AMANHû) até à
exaustão como mantra ou ladainha. Desdobro agora a palavra («AMANHû) em
componentes que nunca tinha explorado, vejo como nela («AMANHû) se escondem
significados inesperados e repito-a («AMANHû) pelo espaço que me resta. [...]
Carvalhelhos (Carlos Costa)
[...] Um inglês distinto. Sozinho numa mesa, abandonado não, mas
algo só. Começava por pedir água, simplesmente água, entusiasmado com as
dificuldades que aquele estranho idioma parecia levantar. Sílaba a sílaba, lá ia
ele, abrindo demasiadamente o A, mas até nem estava mal para uma primeira
vez, contorcendo-se para que os lábios já estivessem completamente fechados para
aquele U, o U de GU, que quase parecia ser uma parede onde
se dava o infernal ricochete que atirava os lábios novamente para um A, que
assim se abria ainda mais do que o primeiro. A satisfação com a tarefa
cumprida, com aquela á-gu-á arrancada a uma vida inteira virada para
outros sons, era agora claríssima no seu rosto. Mas essa água, servida, não
quero estar aqui a jurar mas quase seria capaz de o fazer, numa jarra de vidro
transparente, revelava-se uma desilusão ao paladar. Eis então que de outra mesa
se ouvia algum nativo indicando, com a calma que só uma longa experiência hídrica
e linguística pode oferecer, indicando o que deveria ser a escolha certa: Carvalhelhos.
E essa sim, essa parecia ser a solução ideal, tal era o prazer que a água
mineral em causa aparentemente trazia a quem a provava. Impressionante a
coragem desse homem que, sorrindo sorrindo sorrindo, se lançava para o Car, aspirando
aquele R complicado só por si mas ainda mais quando posicionado na
esquina do V de va; ainda
assim o Carva era atingido sem praticamente pestanejar; contudo isso já
não posso jurar. Mas o grande momento era sem dúvida o brutal embate com o lh,
pior ainda com os dois lhs cruéis, um a seguir ao outro. A vitória daquele
Car-va-lhe-lhos final era algo de desmedido, um inacreditável triunfo da
vontade que acabava imerso no sabor maravilhoso da tal água cristalina. E aquele
homem ficava ali, sozinho numa mesa, abandonado não e algo só agora também não.
E enquanto bebia um longo copo de água aquele som parecia ressoar por todo o
seu corpo. Era a força dos lhs, a força de um mundo novo, o prazer de um
outro prazer, o que quer que seja, mas tudo isso ressoava naquela única e nova
palavra: Carvalhelhos. [...]
encertar (Clara de Sousa)
A palavra persegue-me há 20 anos. Até à maioridade fazia parte
do meu vocabulário diário devido à mestria culinária da minha mãe, cozinheira
profissional, excelente doceira. Sempre que havia bolo eu pedia para o «encertar».
Se possível, ainda quente.
Teria perto dos 19, 20 anos quando, confiante no meu
vocabulário, decidi dizer bem alto numa festa de aniversário que iria «encertar»
o bolo. Olhos arregalaram-se, conversas paralelas começaram, um estranho peso
se abateu na sala, perante tamanha calinada. Estava a rapariga já na Faculdade
de Letras e o Português... enfim, imperdoável. Ainda por cima queria ser
professora da Língua-Mãe. Fui então alertada, à parte, para a asneira. Encetar,
Clara. Diz-se encetar o bolo, porque o vais abrir, vais começar...
Encetar? Estamos a brincar! Sabia perfeitamente o que era
encetar, fossem conversas ou conversações, conversinhas e conversetas... mas nunca
um bolo! Minha mãe da Beira Litoral e meu pai de Trás-os-Montes, ambos diziam
«encertar» e tal como eles os seus irmãos e pais, sobrinhos sobrinhas, enteados
e vizinhança, todos «encertavam» um bolo! [...]
Roída pela dúvida, mal pude, abri o dicionário, no encalço da
minha palavra. Como se fosse uma jóia de valor inestimável transmitida de
geração em geração. Letra E, um pouco mais à frente... empapar... encarnado....
encerebrar... só mais um pouco... encer... encer... encerrar. encerro. encestar.
Por momentos, o mundo desabou ali mesmo. Nada de «encertar». A minha doce
palavra não constava no Dicionário de Língua Portuguesa. [...]
obsidiana (Fernando J. B. Martinho)
«Obsidiana» é uma das palavras que me perseguem e acabei por
fazer minhas. Não encontro facilmente uma explicação para isso. Serão restos de
uma atração pelos raros vocábulos da poética simbolista? Glosei um dia um
verso de António Patrício («Os pinhais plumulavam») num poema que começava
assim: «Não há rumor que chegue/ a esta sombra fria de jade/ irisado que dizem
ser a morte.» Foi isto em fins dos anos 80. Mas cerca de vinte anos antes tinha
feito da obsidiana a palavra axial de um poema incluído em Resposta a
Rorschach, 1970: Sagra-te em fogo na obsidiana / o afago da terra /
arrefecido no espelho /e afeiçoa as imagens no / enxofre da memória /
verde-escuras e cortantes / com / a espessura do caos. [...]
serendipidade (Bruna Lombardi)
(Substantivo.) A capacidade, fenómeno ou agradável surpresa de
encontrar algo inesperado durante a busca de alguma outra coisa.
Etimologia — a palavra se origina do conto de fadas persa As
Três Princesas de Serendip. Serendip, de origem árabe (Sarandip) dá o nome
da ilha de Sri Lanka, no Ceilão e seu uso no Ocidente vem de 361 D.C. Mas o
sentido que conhecemos hoje vem da palavra serendipity, inventada no
século XVIII, pelo escritor inglês Horace Walpole.
Serendipidade é usada com frequência na ciência, química, medicina, quando
buscando um propósito acaba-se descobrindo casualmente alguma nova cura ou
invenção.
Um exemplo de serendipidade remonta à época dos
descobrimentos, quando Cabral, em busca das Índias, acidentalmente descobre o
Brasil.
Serendipidade é um estado na vida. Busca-se uma coisa e
encontra-se outra. É a arte de estar aberto ao imprevisto, de se deixar lançar
na aventura, de compreender a beleza do desconhecido.
Escolhe a tua palavra
de estimação. Será ela o título da redação (que farás em folha solta, a
tinta). Nota que se trata de aproveitar uma palavra de que gostes, o que não implica
que gostes do seu referente, do objeto que ela designa. O texto centrar-se-á nessa palavra. Podes fazê-lo de vários modos (como
acontece nos trechos que leste: lembrar experiência com a palavra; explicar a
sua originalidade; etc.).
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TPC — Em Gaveta de Nuvens lê o capítulo, que marquei a azul, sobre ‘Atos de
fala’; também podes reler as pp. 136-137 no manual (e resolver itens no final
da p. 137). Quem não chegou a escrever o texto sobre ‘A ética na vida e no
desporto’ pode escrever texto mais pessoal sobre as suas experiências em termos
de desporto. Texto terá 350-500 palavras e será descarregado (em Word ou
GoogleDocs) na Classroom, em ‘A ética na vida e no desporto’.
Aula 83-84 (6 [1.ª, 3.ª], 7/mar [5.ª, 4.ª]) Questionário sobre parte do excerto 4 da Farsa de Inês Pereira.
Nas pp. 138-139, vai lendo
o excerto 4 da Farsa de Inês Pereira e, ao mesmo tempo, escolhendo a
melhor alínea dos itens que se seguem, circundando-a (já agora: circundar não é
fazer uma cruzinha ao lado). Não consultes outras páginas do manual nem folhas
nossas.
Estrofe
dos vv. 480-489
No v. 482, «ma» é contração de «me»+«a» (complementos
indireto e direto). Este pronome «a» é
a) termo anafórico de «esta senhora» (v. 481).
b) termo antecedente (ou referente) de Inês
Pereira.
c) anáfora de «os Judeus» (v. 482).
d) catáfora de «esta senhora» (v. 481).
Nos vv. 488-489, a interrogação «Se fosse moça tão
bela, / como donzela seria?», tendo em conta que «donzela» significa ‘ainda
virgem’, mostra que o Escudeiro
a) vê Inês como uma Nossa Senhora (mas com topezinho
da Bershka e brincos da Accessorize).
b) desconfia da descrição de Inês feita pelos judeus.
c) tenta imaginar a beleza de Inês Pereira.
d) sabe que Inês já não é virgem.
Estrofe
dos vv. 490-498
Nos primeiros quatro versos (490-493) desta estrofe,
«moça de vila» significa, no fundo, ‘prostituta’; ‘sinalzinho postiço’ era um
pequeno retalho de pano preto que se punha na face (para realçar a brancura da
pele); «sarnosa» significava ‘com sarna’ (uma doença). O ato de fala produzido
por Brás da Mata (o Escudeiro) nestes versos é
a) compromissivo.
b) declarativo.
c) assertivo.
d) diretivo.
Quanto aos vv. 494-498, vale a pena esclarecer que
«garrida» é ‘elegante no vestir’ e «honesta» é ‘casta, recatada’. O Escudeiro,
nesta parte do seu monólogo, revela
a) preferir uma Inês ousada, sensual,
interventiva, a uma Inês conformista.
b) pretender que Inês seja um modelo de mulher do
século XXI.
c) não se importar que Inês tenha o seu espaço de
intervenção, desde que seja elegante.
d) querer que Inês seja uma mulher muito ‘bem comportada’
e sem expressão própria.
Estrofe
dos vv. 499-507
«Sisuda» significa ‘prudente, sensata’; «perla» é ‘pérola’.
No contexto em causa, «chão» significa ‘simples’ e «menear» abarca todos os
movimentos do corpo (não só os das ancas, como se diz no manual); portanto, a Mãe
aconselha Inês a não fazer muitos gestos, a não se mexer muito. Além disso,
aconselha a filha a, perante o Escudeiro, mostrar-se
a) sensual, atiradiça, atrevida.
b) obscena, ordinária, grosseira que dói.
c) delicada, simpática, cortês.
d) calada que nem uma porta, séria, parada.
Toda esta nona (‘estrofe de nove versos’) corresponde
a um ato de fala
a) assertivo.
b) diretivo.
c) compromissivo.
d) expressivo.
Estrofe
dos vv. 508-516
Intervêm o Escudeiro e o seu criado, o Moço. Os
parênteses, como já vimos em algumas falas de Inês, significam que se trata de apartes
(‘falas dirigidas à audiência’). «Avisa-te» é ‘presta atenção’; «pela ventura»
é ‘por acaso’; «mesura» é ‘reverência (como quando alguém se inclina perante o
rei)’.
As recomendações do Escudeiro vão no sentido de,
quando na presença de Inês, o Moço
a) se comportar com subserviência (relativamente a
Brás da Mata).
b) se mostrar um bom camarada do escudeiro.
c) proceder como habitualmente, sem parecer
artificial.
d) ser espontâneo, sem ter receio de que pareça
desrespeitar o patrão.
Nota que «corpo de mi!» corresponde a ‘valha-me
Deus!’. Os apartes do Moço mostram que
a) respeita muito o Escudeiro.
b) conhece bem o patrão e por isso troça das suas
indicações.
c) receia que o Escudeiro o trate mal.
d) pretende saber exatamente o que deve fazer.
Estrofe
dos vv. 517-525
Nesta estrofe, os três versos em que o Moço fala servem
para
a) ele se queixar de não ter calçado em condições,
numa crítica ao patrão.
b) Fernando dizer que, com a pressa, não se pudera
calçar.
c) ele se lamentar de os sapatos comprados não lhe
servirem.
d) Fernando se mostrar desagradado com os
atacadores, que não consegue atar.
Sabendo que «faze» era o imperativo singular do verbo
«Fazer» e que hoje se usa sobretudo «faz» (sing. «faz tu»; pl. «fazei
vós»), em vez de «faze-o» (v. 522) escreveríamos atualmente, em português
europeu e português brasileiro, respetivamente,
a) faz-o; o faz (tu).
b) fá-lo; o faça (você).~
c) fa-lo; o faça (tu).
d) faze-lo; faça-o (você).
Estrofe
dos vv. 526-533
No aparte desta estrofe (vv. 532-533), o Moço
diz-nos
a) não ter o Escudeiro nenhum escravo.
b) que o Escudeiro não tem dinheiro.
c) que só se devem casar os ricos, como o Escudeiro.
d) que o Escudeiro só usa multibanco, não tendo dinheiro
vivo.
No v. 530, «Eu o haverei agora», o pronome «o»
a) é anáfora de «dinheiro (v. 529).
b) tem como referente «preto» (v. 532).
c) é referente de «dinheiro» (v. 529).
d) tem como catáfora «preto» (v. 532).
Estrofes
dos vv. 534-542, dos vv. 543-551 e dos vv. 552-560
Sobretudo nos dezoito primeiros versos, o Escudeiro
a) gaba-se a Inês.
b) elogia Inês, num discurso cheio de galanteios.
c) elogia Inês mas também a critica.
d) mostra-se desiludido com a aparência de Inês.
Nas três estrofes, os versos são, como de costume,
heptassílabos (redondilha maior), mas há um verso (o quinto ou sexto de cada
estrofe) que é um
a) trissílabo (três sílabas métricas).
b) tetrassílabo (quatro sílabas métricas).
c) pentassílabo (cinco sílabas métricas, isto é,
redondilha menor).
d) decassílabo (dez sílabas métricas).
O aparte dos dois judeus salienta
a) a eloquência do Escudeiro e a mudez de Inês.
b) o amor imediato e recíproco de Inês e Brás.
c) o não ter corrido bem a declaração do Escudeiro.
d) a falta de jeito do Escudeiro e o
descontentamento de Inês.
Estrofe
dos vv. 561-569
Nesta estrofe, o Escudeiro
a) diz ter posses e qualidades intelectuais.
b) consegue ser mais vaidoso e egocêntrico que o
Crisnaldo (aka 7 do Al Nassr).
c) diz-se pobre (mas acrescenta ser escudeiro de marechal)
e gaba-se de capacidades de «discrição».
d) mostra-se modesto quando a posses materiais e quanto
a capacidades intelectuais.
Responde a
estes itens do manual, na p. 143 (terás de relancear partes da Farsa que
estão nas páginas anteriores).
3. Explicita a função ...
3. O Escudeiro orienta o
Moço para agir de forma coincidente com a sua vontade, para manter as
aparências e impressionar Inês, com quem pretende casar por ______. Estes
versos mostram a personalidade de Brás da Mata e as suas intenções. Trata-se de
um homem arrogante, falso e dissimulado (v. 518) e, ao mesmo tempo, faz
promessas ao Moço que sabe não poder ______ (vv. 530-531). O Moço revela-se crítico
e irónico nos ______ que vai fazendo, assim denunciando a pelintrice do amo. É
também sensato e pragmático, uma vez que não se deixa convencer pelas suas ______
(vv. 532-533).
4. Interpreta as palavras
...
4. A Mãe pretende chamar a
atenção de Inês para o facto de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5. Conclui acerca do ...
5. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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6. Estabelece uma ...
6. . . . . . . . . . . . .
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Resolve os itens de Gramática
na mesma p. 143:
1. [...] associa ...
1.
1. = ___;
2. = ___;
3. = ___;
4. = ___;
5. = ___;
6. = ___;
7. = ___.
2. Transcreve ....
2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Gil Vicente, Farsa de
Inês Pereira |
Garth
Jennings, Cantar! |
Quem, ainda que salientando as dificuldades da
empresa, arregimentou um pretendente com o perfil _____ por Inês foram os Judeus. |
Quem, ainda que muito a _____, ajudou Moon a chegar
à fala com a riquíssima antiga estrela Nana Noodleman foi o carneiro Eddie. |
Para Inês, o encontro com o Escudeiro é como uma
antestreia: prepara-se como se estivesse a ser _______ por quem lhe pode
resolver o seu problema, ter um marido «discreto». |
Para Moon, a antestreia que promoveu para
convencer Nana a ______ e que preparou para que resultasse em cheio, visa resolver
o seu problema, ter dinheiro para pagar ao banco. |
Galanteador trapaceiro, o Escudeiro Brás da Mata
vai ser a causa da tragédia que cairá sobre Inês, quando o casamento, com que
ela tanto sonhara como uma via de ______, se revelar um castigo, por afinal ser
maltratada e se tornar ainda menos independente do que antes. |
Um galanteador trapaceiro, o rato Mike, vai ser
a causa da tragédia que cairá sobre Moon, ao ______ os seus perseguidores até
à arca onde estaria guardado o fabuloso prémio do concurso, o que implicaria
depois o desastre do espetáculo e o ruir do edifício do teatro. |
TPC
— Depois de o melhorares, descarrega na Classroom (a que te chamarei em breve),
em Word ou GoogleDocs, o texto sobre ‘palavra de estimação’ cuja versão
manuscrita devolvi há pouco.
Aula 85-86 (8 [4.ª], 10/mar [1.ª, 3.ª]) Correção do questionário de leitura sobre excerto 4 da Farsa (cfr. Apresentação).
Regressamos nesta aula ao estudo
da flexão
verbal. Completa:
Um verbo é ______ {regular/irregular}, quando segue o modelo da sua conjugação (a primeira, de
tema em a; a segunda, em ___; a terceira,
em ____). Se o verbo apresentar modificações no radical (exemplo: «ouço», apesar de «ouvir») ou na flexão das pessoas («estou» [cfr. «cantas»]; «estás» [cfr. «cantas»]), é ______.
Verbos _______ {impessoais/unipessoais/defetivos} são
os que, na sua flexão, não se apresentam em algumas pessoas ou tempos (por exemplo,
os verbos «abolir» e «falir» não têm 1.ª pessoa do singular do ______ do Indicativo).
Há também verbos ______ {impessoais/unipessoais/defetivos} —
exemplo: «chover», «haver», «amanhecer» —, que são os que não têm _______ {sujeito/pessoa/tempos}.
Há ainda os verbos ______ {impessoais/unipessoais/defetivos},
os que, dado o seu sentido, só se costumam usar na _____ pessoa (exemplo: «cacarejar»,
«grasnar»).
Por fim, pode igualmente
aparecer o termo «verbo abundante», que designa os verbos que têm mais que uma
forma possível (em geral, duas formas no ______ ______ — «pago»/«pagado»; «aceite»/«aceitado»
—, ou, mais raramente, em outros tempos: «ele _____»/«ele construi»; «comprazesse»/«comprouvesse»;
«requere»/«requer»; «______»/«dize»).
Completa, depois de veres os
sketches da série Lopes da Silva:
Em «Debate sobre malbaratar»,
a estranheza de certas formas verbais não se deve apenas aos seus sons — como diz
o comentador que, a dada altura, intervém —, antes se pode atribuir ao facto de
se tratar de verbos que, na língua atual, se fossilizaram em poucas expressões
______ {idiomáticas/idiotas}, em fórmulas circunscritas a registos
e contextos específicos («alijar responsabilidades»; «colmatar falhas»; «enveredar
por maus ________ ou por uma carreira»; «untar as mãos»). Acabamos por estranhar
a flexão desses verbos, sempre que surjam fora daquelas frases feitas e, ainda
por cima, em diálogo (em registo literário, seria diferente). Sem as palavras que
os costumam acompanhar, esses verbos parecem-nos quase ______ {agramaticais/corretos}.
Em «Não faleci nada», o caso
é parecido. O verbo «falecer» não é defetivo (tem as várias pessoas e tempos), mas,
utilizado como verbo intransitivo e em situação de conversa banal, a sua flexão
na _____ e na _____ pessoas do Pretérito ______ do ______ («faleci», «faleceste»)
torna-se inverosímil.
Há vantagens em conhecer os
três tempos _______ {primitivos/derivados}, uma vez que estes nos permitem
chegar à flexão dos tempos _______ {primitivos/derivados}. Nas tabelas seguintes, preenche
as quadrículas vagas.
Tempos
derivados do Presente
Presente do Conjuntivo
Verbo |
1.ª pessoa do singular do
Presente do Indicativo |
- Vogal final |
+ E (1.ª conjugação) ou +
A (2.ª e 3.ª) [= 1.ª pessoa do singular do
Presente do Conjuntivo] |
|
Colmato |
Colmat- |
Colmate |
Malbaratar |
|
Malbarat- |
Malbarate |
Intuir |
Intuo |
|
Intua |
Falecer |
Faleço |
Faleç- |
|
Exceções: ser, dar,
estar, haver, ir, querer, saber (cujas primeiras pessoas do singular do Presente do Conjuntivo
são: «seja», « _______ », «esteja», «haja»,
«_______», «queira», «saiba»).
Imperativo
Verbo |
2.ª pessoa do singular do
Presente do Indicativo |
- S final [= 2.ª pessoa do
singular do Imperativo] |
Alijar |
Alijas |
|
Untar |
|
Unta |
Verbo |
2.ª pessoa do plural do Presente
do Indicativo |
- S final [= 2.ª pessoa do
plural do Imperativo] |
Enveredar |
|
Enveredai |
Esbanjar |
Esbanjais |
|
(Para imperativo negativo ou
para outras pessoas, ver Presente do Conjuntivo.)
Tempos
derivados do Perfeito
Mais-que-Perfeito
Verbo |
1.ª pessoa do plural do
Perfeito do Indicativo |
-desinência pessoal |
+ RA [= 1.ª pessoa do Mais-que-Perfeito] |
Fazer |
Fizemos |
Fize- |
|
Ir |
Fomos |
|
Fora |
Colmatar |
|
Colmata- |
Colmatara |
Imperfeito do
Conjuntivo
Verbo |
1.ª pessoa do plural do
Perfeito do Indicativo |
- desinência pessoal |
+ SSE [= 1.ª pessoa do Imperfeito do Conjuntivo] |
Trazer |
Trouxemos |
Trouxe- |
|
Vir |
Viemos |
|
Viesse |
Ver |
|
Vi- |
Visse |
Futuro do Conjuntivo
Verbo |
1.ª pessoa do plural do
Perfeito do Indicativo |
- desinência pessoal |
+ R [= 1.ª pessoa do Futuro
do Conjuntivo] |
Poder |
Pudemos |
Pude- |
|
|
Coubemos |
Coube- |
Couber |
Vislumbrar |
|
Vislumbra- |
Vislumbrar |
Tempo
derivados do Infinitivo
Futuro
Verbo |
Infinitivo |
+ EI [= 1.ª pessoa do Futuro] |
Untar |
Untar |
|
Vislumbrar |
|
Vislumbrarei |
Condicional (ou
Futuro do Pretérito)
Verbo |
Infinitivo |
+ IA [= 1.ª pessoa
do Condicional] |
|
Intuir |
Intuiria |
Almejar |
Almejar |
|
Imperfeito do
Indicativo
Verbo |
Infinitivo |
- Vogal temática e R |
+ AVA (1.ª conj.) + IA (2.ª ou 3.ª) [= 1.ª
pessoa do Imperfeito] |
Almejar |
Almejar |
Almej- |
|
Falecer |
Falecer |
Falec- |
|
Intuir |
Intuir |
Intu- |
|
Exceções: ser, ter,
vir, pôr (cujas primeiras pessoas do Imperfeito são: «era», «_______»,
«vinha», «________»).
Podes ter o manual aberto
nas pp. 146-147 (e, depois, nas pp. 148-149), enquanto veremos encenações correspondentes
a esse excerto 5 da Farsa de Inês Pereira. Como te
lembrarás, víramos a peça até ao momento em que Inês se casara com o Escudeiro
(Brás da Mata). Vê-la-emos agora já casada.
[Assistência a trechos da Farsa (correspondentes às pp. 146-149 do
manual)]
Sintetiza o que se passa,
em termos de intriga (enredo), neste excerto 5 da Farsa de Inês Pereira.
Cerca de 150 palavras e incluindo duas citações da peça. A tinta (sem medo de
riscar).
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TPC — Em Gaveta de Nuvens,
lê ficha (corrigida) do Caderno de Atividades sobre ‘Atos de fala’.
Aula 87-88 (13 [1.ª, 3.ª], 14/mar [4.ª, 5.ª]) Correção de resumo do excerto 5 feito na aula anterior e de tepecê de há duas aulas, sobre ‘Atos de fala’ (cfr. Apresentação).
Solução possível para o resumo pedido na
aula passada (sobre excerto 5):
Casada,
Inês, que agora se julga livre, retoma espontaneamente os bordados e o canto
amoroso. Brás da Mata, porém, revela-se-lhe então na sua tirania.
Confrontada
com uma autoridade que não admite réplica, Inês fica, de novo, prisioneira (proibida
de sair de casa, de cantar, de ir à missa, de ver e falar com quem quer que
seja, vigiada pelo criado do marido).
Quando o
marido tirano parte para África, em busca de uma nobilitação impossível, a voz
de Inês volta, porém, a ouvir-se em canto e em monólogo reflexivo.
Por carta
de seu irmão, vem Inês a saber da morte, nada gloriosa, do marido, às mãos de
um pastor e quando fugia da batalha. Despedido o moço, Inês viúva declara
querer «tomar, / pera boa vida gozar, / um muito manso marido».
Muito a
propósito, logo aparece Lianor Vaz, que lhe lembra que Pero Marques «herdou /
fazenda de mil cruzados».
Completa esta síntese da
parte da Farsa que vimos hoje, correspondente
ao último excerto da peça («Excerto 6», pp. 160-162). (O que falta são sempre
transcrições do próprio texto de Gil Vicente. Procura-as no texto, não na ficha
de quem esteja a teu lado.)
Inês diz a Pero que
gostava de sair («Marido, e ______ eu agora / que há muito que não saí?»). Pero,
ingénuo, julga que Inês quer fazer cocó, já que «sair» significaria também ‘defecar’
e dispõe-se a deixá-la sozinha («eu me sairei pera _____»). Desfeito o equívoco
— no fundo, houve uma situação cómica gerada por ambiguidade da linguagem —,
Inês lá explica que o que pretende é «ir ______ onde eu quiser», o que Pero
autoriza sem quaisquer restrições.
Inês encontra um Ermitão
que lhe revela ser um seu antigo apaixonado, desde os tempos de criança, quando
ela «era ainda ______». Reconhecendo-o («sois aquele que um dia / em casa de minha
tia, / me mandastes _______»), Inês compromete-se a visitá-lo na ermida. Após este
primeiro encontro com o Ermitão, o marido diz-lhe para se ajeitar: «Corregei vós esses ______, / e ponde-vos em
feição», o
que já indicia a infidelidade de Inês.
Inês consegue que o bom —
e cornudo — do Pero Marques a conduza até ao local do encontro amoroso, sob a
justificação de o Ermitão ser um homem santo. Assim, o marido submisso leva-a
ao encontro do amante, carregando-a às costas quando atravessam um rio. Durante
a travessia, cantam uma canção carregada de ironia, na qual Inês chama o marido
«______», «______» e «cuco» (metáforas com animais sobretudo portadores de
belas cornaduras que significariam ‘enganado’
ou ‘atraiçoado’).
Pero Marques limita-se a repetir o refrão,
«Pois assim se fazem as _______». Fica realçada a infidelidade de Inês e a ingenuidade e
submissão de Pero e, consequentemente, ilustra-se o provérbio que servira de
mote, «mais quero ______ que me leve que cavalo que me derrube».
Atentando no seu paralelismo, estabelece a
correspondência entre os vários momentos desta parte final da Farsa e os anteriores.
Parte final:
a)
Inês canta com alegria o seu casamento, o qual lhe permite uma total liberdade.
= ____.
b)
Lianor Vaz propõe Pero Marques para marido de Inês, e esta aceita-o. = ____.
c)
Reflexão de Inês sobre as vantagens do casamento com Pero Marques. = ____.
d)
Lianor Vaz casa Pero Marques e Inês, sem cerimónia nem festa. = ____.
e)
Inês vive feliz, com total liberdade, e é infiel ao seu marido. = ____.
Excertos anteriores:
1) Lianor Vaz propõe Pero Marques para marido de
Inês e esta rejeita-o (vv. 176-257).
2) Reflexão de Inês sobre as desvantagens do
casamento com o Escudeiro (vv. 834-862).
3)
Inês e Brás da Mata casam-se, com cerimónia e com festa (vv. 703-752).
4)
Inês vive infeliz e sem liberdade com o Escudeiro (vv. 776-825).
5) Inês canta com tristeza a sua vida de cativeiro e
trabalho (vv. 1-36).
Gil Vicente
pôs em cena personagens que encarnavam os elementos no ditado, ou provérbio,
abaixo (que, recordemos, lhe fora dado enquanto mote sobre que deveria criar uma
peça, para provar que era mesmo o autor das suas obras). Faz a correspondência
com as personagens que os representam, escrevendo os seus nomes nas linhas
vagas:
«Mais quero asno que me
leve que cavalo que me
derrube»
_____ ___ ________ Inês
Sinopse da Farsa de Inês Pereira — Esta farsa visa ilustrar o ditado «Mais
vale asno que me leve que cavalo que me derrube». Inês Pereira é muito vaidosa,
e propõe-se a gozar a vida. A mãe censura-a pela sua mândria. Leonor Vaz
informa que um clérigo costuma assaltá-la, para verificar se ela é fêmea ou
macho. Veio para entregar uma carta de Pero Marques a Inês, que se aborrece com
a leitura da insípida missiva. A alcoviteira e a mãe aconselham-na a casar com
homem rico. Inês Pereira recebe a visita do pretendente. A mãe deixa-os sós; e
Pero Marques sai envergonhado de estar só com ela. A mãe volta. Inês
declara-lhe que não aceita aquele simplório, e só casará com quem tanja e
cante. Vêm os judeus casamenteiros, que lhe arranjam marido a gosto: um
escudeiro pelintra, mas cantador. Inês casa-se com ele. O escudeiro torna-se
ciumento, encerra-a em casa, escraviza-a. O escudeiro morre longe, na Mourama.
Inês regozija-se. Pero Marques, trazido pela alcoviteira Leonor Vaz, casa-se
com ela. Um ermitão diz galanteios a Inês, que vai recrear-se com ele à ermida,
levando-a o marido às cavaleiras.
Escreve a sinopse de uma peça que, como fez
Vicente com «Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube», ilustrasse
um provérbio, dado como mote. Escolhe esse provérbio-mote
relanceando os dicionários que farei circular. O contexto da peça — de que
escreverás apenas a sinopse — não tem de ser quinhentista.
Sinopse da Farsa . . . . . . . . . .
. . — Esta farsa visa ilustrar
o ditado «. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .». . . . . . . . .
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TPC
— No manual, dá um relance às páginas 154-155 (com um questionário resolvido).
Vai também lendo na diagonal as pp. 156-159, sobre ‘Complemento do nome’ e
sobre ‘Complemento do adjetivo’.
Aula 89-90 (15 [4.ª], 17 [1.ª, 3.ª], 20/mar [5.ª]) Correção de trabalho da aula anterior (sinopse; cfr. Apresentação).
Nas pp. 166-167, lê o
texto «Entre marido e mulher mete sempre a colher». O título aproveita
um provérbio popular («________________»), que é alterado, de tal modo que
poderia servir enquanto slogan de uma campanha contra a __________.
Responde às perguntas 2 a 10
(pp. 167-168):
2. = ___ | 3. = ___ |
4. = ___ | 5. = ___ | 6. = ___ | 7. = ___
8. a. _______________;
b.
_______________;
c.
_______________;
d.
_______________;
e.
_______________;
f.
_______________;
g.
_______________.
9. ______________________
10. A oração «que este tipo
de violência pode assumir» (l. 33) é subordinada ________. É introduzida por
_______ e desempenha a função sintática de _______.
Relaciona o texto que lemos
com a Farsa de Inês Pereira e com Cantar! (a porco-espinho Ash?; a
porca Rosita?; o rato Mike?; ...).
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Completa o texto em baixo
com os termos seguintes:
público-alvo / comercial /
consumo / registos de língua / slogan / campanha / produto / institucional / causa
/ cidadania / conotações
Os sketches que acabámos de ver («Agência publicitária de Chelas» e «Pare
de estalar os dedos», ambos da série Lopes da Silva) servem para exemplificar dois
tipos de publicidade: a comercial e a
institucional.
«Agência publicitária de Chelas»
seria um exemplo de publicidade a incitar ao ______, encomendada por empresas,
destinada a vender um ______ ou marca, designável como publicidade ______. Já o conjunto «Pare de estalar os dedos»
ridicularizava a publicidade ______, aquela que é da iniciativa do governo ou de
associações não-lucrativas, que visa informar, despertar consciências, a adesão
a uma _____, enfim, educar para a _____.
Ao conceber a campanha para
a Super Sumo, a Agência Criativa de Chelas não adaptou a sua estratégia ao verdadeiro
_____ do produto em causa. Essa adaptação às pessoas suscetíveis de consumir o
refrigerante determinaria que se evitassem palavras de _____ muito marcados em termos
sociais ou situacionais. Quando o empresário manifesta a vontade de que houvesse
outra linha diretora da ______, com mais «classe», os publicitários de Chelas limitaram-se
a fazer figurar «requinte» no ______. O episódio termina com um quiproquó (um mal-entendido)
motivado pelas ______ policiais da expressão «está referenciada».
Roubei a um manual (Célia
Cameira, Fernanda Palma, Rui Palma, Mensagens, 10.º ano, Lisboa, Texto, 2016,
p. 47) slogans que ficaram célebres porque se sabe terem sido criados
por poetas que também trabalharam em publicidade. Tenta adivinhar o produto ou
instituição a que se destinavam:
Slogan |
Entidade ou produto |
Autor |
Há mar e mar, há ir e voltar. |
|
Alexandre O’Neill |
Mais seguro, mais futuro. |
|
Ary dos Santos |
Primeiro, estranha-se; depois, entranha-se. |
|
Fernando Pessoa |
Não por acaso, estes
slogans têm rima (em -ar, em -____ e em -anha-se). Quanto à métrica,
só há um slogan em que os dois versos não são isométricos (isto é, não têm o mesmo
número de sílabas métricas). Com efeito, os versos de _______ são um tetrassílabo
e um pentassílabo; nos outros dois slogans, temos dois versos _____ e dois versos
tetrassilábicos.
Na p. 236 repara em quatro
cartazes, todos com publicidade institucional (por isso, mais do que publicitar
um produto, parecem promover uma mensagem, fazer um apelo moral). Completa:
Entidade responsável |
Imagem |
Slogan |
Ideia que se pretende transmitir |
Quercus |
Quatro animais, cada um no seu habitat |
|
|
|
Uma gota de água pintada a branco no meio de dezenas
por preencher |
|
Devemos reduzir o consumo de água.
|
Pacto Português para os Plásticos |
|
Vamos reinventar o plástico. Obrigado por
reduzir |
|
Projeto Mobilizar |
|
Aposte numa mobilidade com ZERO POLUIÇÃO
|
|
Cria slogans
(não de brincadeira mas originais e eficazes) para...
Livrarias (frequência de)
ou promoção da leitura:
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Promoção do novo teatro de
Buster Moon (ou do teatro em geral):
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Escola Secundária José
Gomes Ferreira (inscrição na):
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Um dado produto alimentar
ou marca [explicita qual:
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TPC
— Redige guiões para estes anúncios (pedidos na página que não chegámos a fazer
em aula):
Procurando responder à mensagem
que o empresário queria que a publicidade inculcasse — «É cool beber Super Sumo; e quem não bebe não é cool» — e mantendo um formato televisivo, cria o anúncio (enfim, melhor
do que o da ACC — e sem ser a gozar).
Guião simplificado (descrição da cena no filme, incluindo o que haja
de diálogos):
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Slogan (frase que fecharia o anúncio, depois repescada para a campanha
por cartazes):
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Se te sobrar
tempo, pensa em anúncio que incluísse um
dos slogans da p. 47 (o de O’Neill versava a segurança nas praias; o de Ary,
uma empresa de seguros; o de Pessoa, a Coca-Cola).
Guião simplificado (descrição da cena no filme, incluindo o que haja
de diálogos):
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Slogan (frase que fecharia o anúncio
— uma das seguintes, que circundarás):
Há mar e mar, há ir voltar. / Mais seguro, mais futuro / Primeiro,
estranha-se; depois, entranha-se.
Aula 91-92 (20 [1.ª, 3.ª], 21/mar [4.ª, 5.ª]) Podes situar-te na p. 322, na pequena secção dedicada ao Predicativo do complemento direto. Vai resolvendo os itens que ponho a seguir.
1. Sublinha o predicativo do complemento direto [ao lado, fui escrevendo os
grupos que, em cada alínea, desempenham essa função; conselho: circunda
primeiro o complemento direto]; já resolvi a alínea a:
a) Os populares aclamaram D. João I rei de Portugal. (predicativo do complemento direto é grupo nominal)
b) Álvaro Pais achou o esquema
perfeito. (grupo adjetival)
c) As cortes têm-no como salvador
da pátria. (grupo preposicional)
d) Os habitantes de Lisboa
tratavam a rainha por «aleivosa». (grupo
preposicional)
1.1 Copia das frases do exercício 1 os verbos que selecionam a função
sintática de predicativo do complemento direto: a) aclamar; b) ____; c) ter
(por); d) ________.
2. Sublinha o predicativo
do complemento direto; [já pus a itálico o complemento direto]; já resolvi a primeira alínea:
a) Álvaro Pais designou para a missão um pajem.
b) Todos acharam o Mestre mais capaz.
c) A história julgará o Conde Andeiro como cúmplice.
d) O Mestre nomeou Álvaro Pais mentor da arruada.
3. Completa as frases de modo a incluir um predicativo do
complemento direto [resolvi duas alíneas
e, parcialmente, uma outra; faltam dois predicativos do complemento direto]:
a) Os populares creem Brahimi
um mágico.
b) D. João supôs a situação vantajosa.
c) Os castelhanos julgaram
os portugueses _________.
d) O povo proclamou ________________.
4. A pronominalização do que está sublinhado em a)
não é possível, porque aí o complemento direto é maior. Tenta-a em b) (onde é possível pronominalizares só o complemento direto, mantendo
a seguir o predicativo do complemento direto):
a) Álvaro Pais estudou o esquema perigoso. > *Álvaro
Pais estudou-o perigoso.
b) Álvaro Pais achou o
esquema perigoso. > Álvaro Pais ___________.
5. Transforma as frases de modo a substituíres o complemento
direto e o predicativo do complemento direto por uma oração substantiva
completiva [já resolvi a primeira alínea e avancei um pouco na segunda]:
a) O rei de Castela considerou Lisboa perdida. > O rei de
Castela considerou que Lisboa estava perdida.
b) O Mestre estimava a
batalha ganha no final do dia. > O Mestre estimava que _______.
c) O cronista declarou o
Mestre a salvação de Portugal. > O cronista declarou ______.
Há umas aulas pedira que lesses em casa as pp.
156-157 (sobre complemento do nome)
e 158-159 (sobre complemento do
adjetivo). Abre o livro aí.
Na p. 157 resolve «Praticar»:
1. Sublinha os complementos
do nome:
a. O primeiro marido de Inês
dissimulou o seu caráter agressivo e autoritário.
b. A jovem esposa não escondeu o medo das ameaças de Brás da
Mata.
c. A decisão de escolher um marido «pacífico» foi tomada por
Inês depois do desaparecimento de Brás da Mata.
d. Pero Marques recebeu uma parcela da herança do pai.
e. A descrição do ataque do clérigo por Lianor Vaz mostrou a
Inês a insegurança das mulheres solteiras.
2. Seleciona a única frase que
não integra um complemento do nome: _____.
Na p. 159 resolve «Praticar»:
1. Seleciona as frases que
incluem complemento do adjetivo e sublinha-o.
a. Atento à realidade do seu
tempo, Gil Vicente denuncia a hipocrisia social dos membros da baixa nobreza.
b. Embora critique a dissimulação do amo, o Moço torna-se
conivente com as mentiras do Escudeiro.
c. A carta que Inês recebe do seu irmão deixa-a feliz.
d. Desiludida com o «marido avisado», a jovem viúva reconsidera
a proposta desinteressada de Pero Marques.
e. A alcoviteira presente na vida de Inês ao longo da ação confronta-a
com a necessidade de rever as suas convicções sobre o casamento.
2. Identifica a única frase em
que existe complemento do adjetivo: _____.
O cómico em O Inimigo Público resulta quase sempre de um facto insólito mas
verídico da atualidade (que é exagerado ou cruzado com outros, tornando-se mais
risível pelo absurdo da hipérbole ou transposição para outro contexto).
Integraríamos este processo no tipo de cómico dito de situação (cfr. situação irreal criada), mas, muitas vezes, a brincadeira
começa pelo exagero de uma característica de uma personagem que esteve em foco
nos dias anteriores, o que se pode associar ao cómico de caráter (ou de personagem).
Tenta
reconhecer o facto da atualidade que levou a que o Inimigo Público resolvesse criar a notícia — no fundo, a parte
verdadeira da notícia do IP. Escolhe
notícias que percebas — como acompanham pouco os jornais ou a televisão, é natural
que muitas destas brincadeiras lhes escapem. Depois, vê (1) se houve cruzamento
com outro facto verídico; (2) se houve apenas um exagero da circunstância real já
por si insólita (e em que consistiu esse exagero ou transposição inesperada); (3)
se houve ainda algum outro processo que tornasse a notícia cómica.
Título da notícia |
|
Facto verídico que fez
que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira) |
|
Estratégia usada para
tornar cómica a notícia do Inimigo Público.
(Tem em conta as
situações 1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.) |
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Título da notícia |
|
Facto verídico que fez
que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira) |
|
Estratégia usada para
tornar cómica a notícia do Inimigo Público.
(Tem em conta as situações
1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.) |
|
Agora centra-te na última
página do exemplar mais antigo . Na secção de entrevistas de rua (vox
populi) — «Inquérito» — há com certeza, entre as personagens aí
ficticiamente inquiridas, tipos sociais, ou
sócio-psicológicos, que se pretende caricaturar. Aponta os tipos aí aproveitados (nota que não
é a definição que figura no jornal mas o que consigamos perceber pelo conjunto
de nome, retrato, respostas dadas e até, no caso de pessoas reais, por
conhecimento prévio nosso). Se a personagem entrevistada não corresponder a um
tipo, põe apenas um traço.
nome da personagem |
tipo social (ou psicológico) que se quer caricaturar |
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TPC e outros encargos — (i) Para escalonar sorteio de Liga dos Campeões da Leitura em Voz Alta,
prepara leitura em voz alta dos seguintes textos (o que implica que os tenhas lido
em casa, percebido, investigado, ensaiado):
— para os da fila de mesas mais à esquerda da sala (a fila
encostada à janela): «Texto A» e «Texto B» nas pp. 118- 119;
— para os da fila de mesas em que estão o meu computador e o
meu projetor: «Texto C» e «Texto E» nas pp. 120-121;
— para os da fila de mesas à direita da minha (ou à esquerda
da fila encostada à parede): «A representação do quotidiano» (p. 145) e «A
dimensão satírica (2)» (p. 153);
— para os da fila de mesas que estão encostadas à parede, mais
à direita da sala, portanto: «As personagens: caracterização e relações entre
elas» (pp. 164-165).
(ii) Traz-me na próxima aula os
livros que te tenha emprestado quer os tenhas lido quer não (excluo disto os
livros que tenha emprestado já neste semestre).
(iii) Quem ainda não entregou o
trabalho de gravação só o poderá fazer até ao final do próximo fim de semana.
(iv) Vou fechar também no
final desta semana as secções da Classroom destinadas à ‘Palavra de estimação’
e a ‘Ética na vida e no desporto’ (ou texto pessoal sobre desporto).
Aula 93-94 (22 [4.ª], 24 [3.ª, 1.ª], 27/mar [5.ª]) Situa-te nas pp. 340-341. Não consultes outras páginas. Escolhe a melhor alínea.
Nas pp. 340-341, com «Cheira a
novo espírito», por Mário Rui Vieira, temos um exemplo de texto
a) de apreciação crítica.
b) de síntese.
c) de música.
d) descritivo.
O texto em causa faz a recensão de um álbum de
Billie Eilish intitulado
a) Darkroom.
b) «Cheira a novo espírito».
c) Cheira a novo espírito.
d)
When we all fall asleep, where do we go?.
O título «Cheira a novo espírito» parece destacar
uma qualidade do álbum:
a) o aroma.
b) a originalidade.
c) a capacidade de se adaptar ao modelo em vigor.
d) a espiritualidade.
Quanto ao subtítulo, «A sapiência [...] anos»,
destaca
a) a precocidade da cantora.
b) o facto de a artista ser baixa.
c) a grande altura da cantora.
d) o doutoramento de Billie Eilish.
No primeiro período do texto (ll. 3-5),
a) contrasta-se o percurso anterior de Eilish,
ainda inseguro, com o seu primeiro LP.
b) faz-se notar que, ainda que se trate do
primeiro LP, Eilish já tem currículo.
c) considera-se que, apesar dos seus dezassete
anos e da natural falta de experiência, o LP convence.
d) salienta-se que Billie Eilish consegue um êxito
com este que é o seu primeiro longa-duração.
Este primeiro período (ll. 3-5) é um ato de fala
a) declarativo.
b) assertivo.
c) compromissivo.
d) diretivo.
«de êxito» (l. 5) é
a) complemento oblíquo.
b) complemento do nome.
c) complemento do adjetivo.
d) modificador do grupo verbal.
Em «A nossa resposta a todas estas questões,
depois de escutados com redobrada atenção os 14 temas que compõem o álbum, é um
estrondoso e redondo sim» (ll. 10-12), «todas estas questões» reporta-se a
a) duas perguntas que estão no texto no manual e
outra ou outras que terão sido cortadas.
b) três perguntas que estão no texto no manual e
outra ou outras que terão sido cortadas.
c) três perguntas que estão no texto no manual.
d) duas perguntas que estão no texto no manual.
«um estrondoso e redondo sim» (l. 12) mostra que o
recenseador crítico
a) desconfia do real valor da artista.
b) assume que ainda não é seguro que Billie Eilish
consiga corresponder a todas as expetativas.
c) ficou absolutamente convencido com a qualidade
do álbum.
d) gostou dos catorze temas que compõem o álbum mas
tem reticências quanto ao valor de Eilish.
No primeiro parágrafo da p. 341 (ll. 13-16) destaca-se
a necessidade de haver artistas «selvagens», que seriam os que
a) seguem as normas estipuladas com docilidade.
b) não têm medo de ir contra o que estabelece o
modelo geral.
c) se irritam quando os alunos chegam atrasados.
d) têm entradas à Pepe, Otamendi ou Coates.
«artistas “selvagens”» (l. 14) desempenha a função
sintática de
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) complemento do adjetivo.
d) sujeito.
«refrão orelhudo» deve querer dizer ‘refrão
a) que fica no ouvido’.
b) que usa aqueles aparelhos da Acústica Médica publicitados
por locutores quase reformados’.
c) desagradável’.
d) difícil’.
O segundo período do segundo parágrafo da p. 341
a) destaca a produção pela casa editora.
b) salienta o caráter, muito pessoal, da produção.
c) dá importância à maneira de trabalhar, coletivamente,
de Billie Eilish.
d) dá relevo à novidade das melodias.
Na l. 25, o pronome «os» — em «combate-os» — é
a) termo antecedente de «monstros no armário» (l.
25).
b) anáfora de «monstros no armário» (l. 25).
c) catáfora de «maus sentimentos» (l. 26).
d) termo anafórico de «maus sentimentos» (l. 26).
«para expurgar maus sentimentos» (l. 26) é
a) complemento do nome.
b) complemento do adjetivo.
c) complemento oblíquo.
d) modificador apositivo do nome.
O «que» na penúltima linha do texto (l. 30) é um
pronome relativo e desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) complemento do nome.
[Turmas 1.ª, 3.ª, 4.ª:]
Nas crónicas gastronómicas de Miguel Esteves Cardoso — que saem na Fugas, o
suplemento do Público aos sábados —, o escritor embevece-se com,
aparentemente, pouco (um pitéu, algum requinte de culinária, uns simples pratos
tradicionais). Relanceia os exemplares que te tenham calhado e vê como estes
textos ficam entre a apreciação crítica, o artigo de opinião, a crónica. Foco
principal nestes textos de MEC: um restaurante; um prato; uma refeição (mesmo
sem ser em restaurante); um dado alimento; um ingrediente.
Escreve um texto no mesmo
género, um pouco mais pequeno, de idêntico teor gastronómico.
[Turma 5.ª:] Escreve
a apreciação crítica pedida no ponto 5. de «Praticar» na p. 341.
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TPC
— Em Gaveta de Nuvens lê as fichas do Caderno de atividades, já
corrigidas, de ‘Complemento do nome’ e de ‘Complemento do adjetivo’.
Aula 95-96 (26 [1.ª, 3.ª], 27/mar [4.ª, 5.ª]) Correção de questionário de compreensão de apreciação crítica (cfr. Apresentação).
Leituras em voz alta para...
Apuramento da constituição
dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões
10.º 1.ª
Fila da janela
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Alice |
|
|
Mada |
|
|
Matilde S. |
|
|
Tiago |
|
|
Lucas |
|
|
Margarida |
|
|
Clara |
|
|
Ester |
|
|
Segunda fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
André |
|
|
Macedo |
|
|
|
|||||
Cecília |
|
|
Neves |
|
|
Constança |
|
|
Cristian |
|
|
Terceira fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Bernardo |
|
|
Alex |
|
|
Joana |
|
|
Laura |
|
|
Inês |
|
|
Rodrigo |
|
|
Leandro |
|
|
Miguel |
|
|
Fila da parede
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
João |
|
|
Bea |
|
|
Leo |
|
|
|
|
|
Matilde Ch. |
|
|
|
|
|
Duarte |
|
|
|
|
|
Apuramento da constituição
dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões
10.º 3.ª
Fila da janela
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Zé |
|
|
Mariana |
|
|
Joana |
|
|
Henrique |
|
|
Leonor |
|
|
Tiago N. |
|
|
Ribeiro |
|
|
Ana |
|
|
Segunda fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Anna |
|
|
Talia |
|
|
|
|||||
Helena |
|
|
Tiago E. |
|
|
Bia |
|
|
Gonçalo |
|
|
Terceira fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Marta |
|
|
Afonso |
|
|
Letícia |
|
|
Eduardo |
|
|
Mariana R. |
|
|
Bea |
|
|
Diogo |
|
|
Neuza |
|
|
Fila da parede
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Carlos |
|
|
Artur |
|
|
Carol |
|
|
Carolina |
|
|
António |
|
|
Rodrigo |
|
|
Augusto |
|
|
|
|
|
Apuramento da constituição
dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões
10.º 4.ª
Fila da janela
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Afonso |
|
|
|
|
|
Francisco |
|
|
Gonçalo |
|
|
André |
|
|
Elton |
|
|
Carolina |
|
|
Eliana |
|
|
Segunda fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Lourenço |
|
|
Leonor |
|
|
|
|||||
João |
|
|
Lara |
|
|
Joana B. |
|
|
Martim |
|
|
Terceira fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Joana C. |
|
|
Manuel |
|
|
Margarida R. |
|
|
Margarida N. |
|
|
Marta |
|
|
Ana |
|
|
Mariana A. |
|
|
Mariana R. |
|
|
Fila da parede
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Sofia |
|
|
Sarah |
|
|
Santi |
|
|
Ranya |
|
|
Miguel |
|
|
Rafa |
|
|
Leonor Maria |
|
|
Leonor F. |
|
|
Apuramento da constituição
dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões
10.º 5.ª
Fila da janela
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
André |
|
|
Ana |
|
|
Gonçalo S. |
|
|
Guilherme |
|
|
Miguel |
|
|
Rafaela |
|
|
Luna |
|
|
Tiago C. |
|
|
Segunda fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Duarte |
|
|
|
|
|
|
|||||
Rita S. |
|
|
Rita A. |
|
|
Joana |
|
|
Tiago M. |
|
|
Terceira fila
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Frederico |
|
|
|
|
|
José |
|
|
Leonor |
|
|
Rodrigo |
|
|
Rosa |
|
|
Tomás |
|
|
João |
|
|
Fila da parede
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Aluno |
Nota minha |
Nota do mestre |
Giuliana |
|
|
Gonçalo F. |
|
|
Matias |
|
|
Matilde |
|
|
Salvador |
|
|
Santiago |
|
|
Sara |
|
|
|
|
|
Alguns adjetivos que podem selecionar Complemento do adjetivo
aborrecido (com) abundante (em) adaptado (a) admissível (a/em) agradável (de) alérgico (a) alheio (a) amável (com) anexo (a) ansioso (por) anterior (a) apto (a) atento* (a) ausente (de) ávido (de) baseado (em) benéfico (a) cansado (de) capaz* (de) cercado (de/por) certo (de) cheio (de) |
compatível* (com) conciliável* (com) condescendente (com) confiante (em) conivente (com) consciente* (de) contemporâneo (de) contente* (com) convencido (de) convergente (com) crente (em) desejoso (de) difícil (de) digno* (de) disponível* (para) distante (de) divergente (de) doente (por) entendido (em) estranho (a) experiente* (em) fácil (de) |
feliz* (por) fiel* (a) hábil (em) hostil (a) ignorante (de) iludido* (com) impossível (de) imune (a) indeciso (em) indispensável (a/para) inerente (a) interessado (em) leal* (a) livre (de) necessário* (a/para) nocivo (a) orgulhoso (de) originário (de) parecido (com) passível (de) posterior (a) predisposto (a) |
prejudicial (a) preocupado (com) presente (em) pronto (a) propenso (a) propício (a) próximo (de) radiante (a/com) receoso (de) recetivo(a) resistente (a) satisfeito* (com) seguro (de) semelhante (a) sensível* (a) simpático (com) solúvel* (em) surpreendido (com) suscetível (a/de) triste (com) unânime (em) útil* (a) |
* E respetivos antónimos derivados por prefixação (“desatento
(a)”. “incapaz (de)”, “incompatível (com)”, ...)
Alguns verbos que selecionam Complemento
oblíquo
abdicar (de) |
concorrer (a) |
entrar (em) |
precisar (de) |
abster-se (de) |
confiar (em) |
esquecer-se (de) |
recordar-se (de) |
abusar (de) |
contar (com) |
falar (de) |
recorrer (a) |
acabar (com) |
convencer-se (de) |
fugir (de) |
renunciar (a) |
aceder (a) |
crer (em) |
gostar (de) |
residir (em) |
acreditar (em) |
cuidar (de) |
importar-se (com) |
sair (de) |
aderir (a) |
delegar (em) |
insistir (em) |
simpatizar (com) |
afastar-se (de) |
depender (de) |
interessar-se (por) |
sofrer (de) |
aludir (a) |
descer (de) |
interferir (em) |
subir (a) |
apaixonar-se (por) |
desconfiar (de) |
investir (em) |
suspeitar (de) |
apoderar-se (de) |
descrer (de) |
ir (a/para) |
transformar (em) |
aspirar (a) |
desistir (de) |
livrar (de) |
vir (de) |
assistir (a) |
dirigir-se (a/para) |
munir-se (de) |
viver (em) |
atrever-se (a) |
discordar (de) |
necessitar (de) |
voltar (a/de) |
candidatar-se (a) |
dispor (de) |
olhar (por) |
votar (em) |
cansar-se (de) |
dispor-se (a) |
participar (em) |
zelar (por) |
chegar (a) |
dotar (de) |
partir (para) |
|
concordar (com) |
duvidar (de) |
pensar (em) |
|
Verbos copulativos (selecionam Predicativo
do sujeito)
ser, estar, continuar,
ficar, parecer, permanecer, revelar-se, tornar-se, andar [no sentido de ‘estar’], ...
Verbos transitivos predicativos (selecionam
Predicativo do complemento direto)
achar, chamar, considerar,
declarar, deixar [“deixou aberta a porta”], designar, eleger, julgar, nomear, proclamar,
supor, ter (por), tornar, tratar (por), ...
Alguns nomes que podem selecionar Complemento do nome, cfr.
manual, p. 156
Escreve o texto pedido na p. 151, em
1.1 («uma breve exposição na qual comproves que, como refere
o texto, Inês é uma “personagem dinâmica”»). Não deixes de ler o excerto transcrito
em 1 (de Cristina Almeida Ribeiro).
Não te preocupes em seguir a organização
do texto que é sugerida a partir de «A tua exposição deve incluir».
Ao contrário, deves incluir na tua
exposição um complemento do nome, um complemento do adjetivo, um complemento
oblíquo, um predicativo do sujeito, um predicativo do complemento
direto. (Sublinharás cada um destes constituintes, pondo também uma sigla
que os identifique.)
A tinta.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Como sucede
em tantos filmes e narrativas, O Leitor — o filme que começámos a
ver na última aula — inicia-se em época mais recente (Berlim, 1995), recuando
depois ao passado, numa analepse de
quase quarenta anos (Neustadt, 1958). O pretexto para a analepse, neste caso, é
um elétrico avistado da janela.
Como
se verá, em O Leitor não faltam
citações de autores da literatura universal:
Autor |
Obra |
Data |
País |
Personagens |
Género |
Horácio |
Epodos |
|
Roma |
|
Poesia
lírica |
Safo |
Fragmento
16 |
séc. VII a.C. |
Grécia |
|
Poesia
lírica |
G. E. Lessing |
Emilia Galotti |
1772 |
Alemanha |
Emilia
Galotti |
Drama |
Homero |
Odisseia |
séc. VIII a.C. |
Grécia |
Ulisses, Penélope, Telémaco |
Poema
épico |
Mark
Twain |
Aventuras de
Huckleberry Finn |
1884 |
EUA |
Huckleberry
Finn, Tom
Sawyer |
Novela
de aventuras |
D.
H. Lawrence |
O amante de Lady Chatterley |
1928 |
Reino
Unido |
Constance Chatterley, Clifford Chatterley, Oliver Mellors |
Novela
passional, psicológica |
Hergé |
[série de Tintin] |
1929-... |
Bélgica |
Tintin,
Haddock, Milou |
BD |
Anton
Tchékhov |
A senhora do cãozinho |
1899 |
Rússia |
Dimitri
Gurov, Ana Siergueievna |
Conto |
Lev Tolstói |
Guerra e Paz |
1865-1869 |
Rússia |
Pedro
Bezukov, entre muitas |
Romance-fresco |
Aula 97-98 (29/mar [4.ª], 31/mar [1.ª, 3.ª], 3/abr [5.ª]) Correção de acróstico sobre Crónica de D. João I; e de comentário feito na aula anterior.
[Exemplo de comentário:]
Com efeito, também nós,
inicialmente, considerámos Inês pcduma personagem plana.
Nessa primeira impressão, coincidente cacom o «primeiro ato» da
farsa, Inês parecia psuma verdadeira personagem-tipo.
Ilustraria o tipo vicentino da rapariga fútil (leviana, como diz Cristina
Almeida Ribeiro). Procedia de modo previsível, obedecendo apenas ao seu
capricho, casar com um homem «discreto» (galanteador e que soubesse tocar
viola). Não faz caso dos conselhos da mãe e de Lianor. Não pondera a hipótese cnde
Pero ser um bom partido e acredita cona retórica de Brás da
Mata. É uma caricatura cnda rapariga casadoira, só
preocupada cacom as aparências.
No entanto, a má
experiência do casamento com o escudeiro faz que Inês se torne objetiva, fria.
Transforma-se conuma personagem mais complexa. Assim, depois
que casa de novo, agora com Pero Marques, temos até dificuldade cnem
definir a sua psicologia: mantém-se ansiosa capor
divertimento, desejosa cade namoricos, mas, dir-se-ia,
não abdica code certo espírito de desforra. Achamo-la pcdpróxima
de Georgina (que também preferiu um asno).
Leituras
em voz alta
F de Fernando — ...
...
A ...
...
R de Rúben
Semedo — Se for verdade que o ex-Fofó (que
todos dizem «discreto no falar»)
sequestrou e
maltratou alguém, podemos dizer que é uma espécie de Brás da Mata.
S ...
...
A ...
...
D de Disparate
— Pero Marques reaparece como personagem de Juiz da Beira, onde, mais do que
para ilustrar o
tipo do simplório, surge como pretexto de uma série de ações disparatadas.
E ...
...
I ...
...
N de Nonas
(ou Novenas) — Quase nem reparamos que a Farsa, pertencendo ao modo
dramático, é,
ainda assim, teatro em verso (as suas estrofes têm nove versos, são nonas).
Ê ...
...
S ...
...
P ...
...
E ...
...
R ...
...
E ...
...
I de Inesinha
— ...
...
R ...
...
A ...
...
TPC — Faz (completa)
acróstico de Farsa de Inês Pereira.
Aula 99-100 (3 [1.ª, 3.ª], 4/abr [5.ª, 4.ª]) Num dos episódios finais de Último a sair, Rui Unas e Bruno Nogueira ensaiam clichés para usarem assim que um deles seja expulso. Quando, às vezes, lhes critico o uso de lugares comuns em redações, estou a pensar, no fundo, no que se vai designando agora mais como «cliché» (< fr. cliché, ‘chapa ‘).
Classifica
a função sintática que desempenham os constituintes sublinhados.
Clichés de despedida (e supostos
clichés) |
Funções sintáticas |
Se tu saíres, eu também saio. |
modificador (de frase) |
A casa não será a mesma coisa sem ti, Rui. |
|
Eu fico lá fora, à tua
espera, meu. |
|
Até a barraca
abana. |
|
A casa, sem ti, vai ficar
muita vazia, meu. |
|
Foi o país e o mundo. |
|
Que dizem os teus
olhos? |
|
Eles só passam as imagens
que lhes convêm. |
|
Quando
lavas os pés, vais
mesmo lá abaixo ou esfregas os pés um no outro? |
modificador (do grupo
verbal) |
Outros trechos |
Funções sintáticas |
Faltam aqui coisas,
tipo... |
|
Estás a ver, correu-me
mal. |
|
Só havia uma hipótese de
ele não sair. |
|
Unas e Bruno consideram
Roberto incapaz de tal coisa. |
|
Unas e Bruno consideram
Roberto incapaz de tal coisa. |
|
Classifica o ato ilocutório presente em cada uma
das intervenções (de Último a sair,
expulsão de Débora):
Intervenções |
Atos de fala |
Eliminada.
(no gráfico) |
|
Os
portugueses acabaram de decidir. |
|
Fogo,
meu! (dito por Luciana Abreu) |
|
Baza! |
|
Vou
ser a única mulher aqui na casa. (Luciana,
chorosa) |
|
Tem
dois minutos para abandonar a casa. |
|
Ah!
Lindo, lindo, lindo! (Roberto Leal a
ver Débora a abraçar Unas) |
|
Porque
é que fizeste isso, Débora? (por Unas) |
|
Só
tenho pena de não ter comido o açoriano. |
|
Amo-te
Débora! (por Débora) |
|
*
Sim, vou descongelar duas portadas para o jantar do César. |
|
Questionário
de gramática — Versão com Paulinho
incapaz de marcar golos
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função
sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de
frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome; complemento
do nome; complemento do adjetivo) as expressões sublinhadas. Não é
obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que
apareçam mais do que uma vez.
Com frequência, a
acentuação das esdrúxulas é esquecida pelos alunos. |
1 — 2 — |
Armindo, por favor, com a gentileza que todos te reconhecem,
traz-nos o DVD de O Leitor. |
1 — 2 — |
Saoirse Ronan, a
Briony de Expiação, também é atriz
interveniente em A Paixão de Van Gogh.
|
1 — 2 — |
A fútil Inês Pereira achava o bom do Pero Marques demasiado simplório. |
1 — 2 — |
Os sportinguistas
consideram Paulinho incapaz de marcar golos. |
1 — 2 — |
Hawking,
que comunicava por meio dos músculos da bochecha, sofria de esclerose lateral
amiotrófica. |
1 — 2 — |
Foi dedicado a
Bernardo Sassetti, sentidamente, um dos últimos discos de Rui Veloso. |
1 — 2 — |
Quando foi para Arzila, o cobarde Brás da Mata disse ao moço que vigiasse Inês.
|
1 — 2 — |
No Centro Ismaili, com a sua faca bué fofa, Abdul agrediu-nos. |
1 — 2 — |
Classifica
o ato de fala quanto ao objetivo ilocutório (declarativo, compromissivo,
assertivo, expressivo, diretivo):
Percebes os atos de fala? |
|
Declaro-te que não foi
culpa minha. |
|
Versão com surto psicótico de Abdul
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função
sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de
frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome; complemento
do nome; complemento do adjetivo) as expressões sublinhadas. Não é
obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que
apareçam mais do que uma vez.
Para teu bem, Inês,
por favor, não dês o sim ao repelente Brás da Mata. |
1 — 2 — |
Invólucros para recolha
de cocós foram oferecidos à
escola por um antigo aluno. |
1 — 2 — |
Kate Winslet, a Hanna
Schmitz de O Leitor, foi protagonista
de Titanic. |
1 — 2 — |
Porque Maguire é suplente, o capitão tem sido Bruno, que anda zangado com
Crisnaldo. |
1 — 2 — |
A
declaração da UELVA nomeou o nosso mestre único responsável pelo sorteio da Champions. |
1 — 2 — |
Chegaram anteontem, pelas
dezoito e trinta,os livros que a Hanna
pedira. |
1 — 2 — |
Cumprimentei-te
junto da porta de emergência, com a consciência absolutamente tranquila. |
1 — 2 — |
Regressaram de Castelo
Branco ontem mesmo os cães da Alzira. |
1 — 2 — |
O Moço, descontente com
o Escudeiro, sublinhava que não tinha calçado decente. |
1 — 2 — |
Classifica
o ato de fala quanto ao objetivo ilocutório (declarativo, compromissivo,
assertivo, expressivo, diretivo):
No dia 17 de abril cá
estarei na nossa aula. |
|
Tenho dúvidas
de que Abdul tivesse um surto psicótico. |
|
Liga
dos Campeões —
Sorteio
10.º
1.ª
Potes de ... |
Alunos |
Baiernes, Reais,
Peessegês e Portos [1 (19-16,5)] |
Miguel, Laura, Neves,
Alex |
Liverpuis, Barcelonas,
Sevilhas e Chélsis [2 (16-14,5)] |
Bea, Alice, Margarida,
Inês |
Benficas, Spórtingues,
Ínteres e Chaquetares [3 (14-13)] |
Cecília, Constança, João,
Joana, Ester, Matilde Ch., Matilde S., Macedo, Mada, Tiago, Cristian |
Marselhas, Céltiques,
Rângeres e Zagrebes [4 (13-os que não
chegaram a ler)] |
Clara, Duarte, Leo,
Lucas, André, Leandro, Rodrigo, Bernardo |
10.º
3.ª
Potes de ... |
Alunos |
Baiernes, Reais,
Peessegês e Portos [1 (18-16,5)] |
Bea, Letícia, Leonor,
Marta, Ana, Carlos |
Liverpuis, Barcelonas,
Sevilhas e Chélsis [2 (15-13,5)] |
Joana, Carol, Rodrigo,
Augusto, Mariana R., Helena, Henrique, Anna |
Benficas, Spórtingues,
Ínteres e Chaquetares [3 (13,5-12,5)] |
Artur, Tiago N.,
Carolina, Gonçalo, Talia, António, Mariana |
Marselhas, Céltiques,
Rângeres e Zagrebes [4 (12-8)] |
Neuza, Diogo, Ribeiro,
Afonso, Eduardo, Tiago E., Zé, Bia |
10.º
4.ª
Potes de ... |
Alunos |
Baiernes, Reais,
Peessegês e Portos [1 (17-16)] |
Joana B., Sofia, Gonçalo,
Margarida R., Carolina, Marta |
Liverpuis, Barcelonas,
Sevilhas e Chélsis [2 (16-14,5)] |
Ranya, Afonso, Rafa,
Leonor, Leonor F., Leonor Maria |
Benficas, Spórtingues,
Ínteres e Chaquetares [3 (14-12,5)] |
Joana C., Lourenço,
Martim, Margarida N., Sarah, Santi, Miguel |
Marselhas, Céltiques,
Rângeres e Zagrebes [4 (12-os que não
chegaram a ler)] |
André, João, Ana, Lara,
Mariana A., Mariana R., Eliana, Manuel, Elton, Francisco |
10.º
5.ª
Potes de ... |
Alunos |
Baiernes, Reais,
Peessegês e Portos [1 (15,5-14)] |
Frederico, Miguel,
Matilde, Salvador, Tiago M. |
Liverpuis, Barcelonas,
Sevilhas e Chélsis [2 (14-13,5)] |
Giuliana, Rosa, Leonor,
Sara, Tomás, Duarte, André, Ana |
Benficas, Spórtingues,
Ínteres e Chaquetares [3 (13,5-12)] |
Gonçalo S., Tiago C.,
Rodrigo, Guilherme, Rita A., José |
Marselhas, Céltiques,
Rângeres e Zagrebes [4 (11,5-os que
não chegaram a ler)] |
Santiago, Joana, Rita S.,
João, Matias, Gonçalo F., Luna, Rafaela |
Nota importante — Alunos do mesmo país (carteira) não podem ficar no mesmo
grupo.
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
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Apurados para os oitavos de final (os quatros
primeiros de cada grupo) |
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Apurados para a Liga Europa (quintos, sextos,
sétimos, oitavos) |
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Como se trata de fase em poule, a classificação de cada grupo resultará
das pontuações de vários «jogos», incluindo leitura em voz alta mais ou menos
expressiva, em geral a preparar em casa. São apurados para a fase final da Liga dos Campeões os quatro primeiros
de cada grupo, seguindo-se eliminatórias, segundo estrutura muito inteligente
(A1 × B4; B1 × A4; ...). Restantes clubes (isto é, alunos) ficam apurados para a Liga Europa. Este outro troféu será
disputado logo em eliminatórias, definidas também segundo as classificações
obtidas na fase preliminar da Liga dos Campeões. Os derrotados nos oitavos de
final da Liga dos Campeões também se incorporarão numa eliminatória posterior
da Liga Europa.
TPC férias — Aproveita para ler
livros (vê agora se ainda se convém que te empreste algum). Já quase no final
das férias, devo pôr anúncio de leituras de sonetos a fazer para efeitos de
Liga dos Campeões (por favor, consulta blogue; e tem manual contigo).
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