Thursday, September 08, 2022

Aulas (81-100)

Aula 81-82 (1 [4.ª], 3 [1.ª, 3.ª], 6/mar [5.ª]) Esta matéria — Atos de Fala (ou atos ilocutórios) — está explicada também nas pp. 136-137 do manual.

Nos atos de fala diretos, a intenção comunicativa fica explícita no que é dito; nos atos de fala indiretos, a intenção comunicativa tem de ser captada pelo interlocutor. Por exemplo, em «Leiam o texto tal» há um ato de fala ______; mas, se, no contexto de uma aula, o professor disser «É na p. 136», temos um ato de fala _____, cuja ________ (‘ordem para se começar a ler’) tem de ser inferida pelos interlocutores.

O entendimento de um ato de fala está dependente do contexto comunicativo. O que possibilita que a frase «É na p. 136» seja percebida como ordem para que se leia é o facto de se estar numa ________ de ________.

Os atos de fala classificam-se segundo o seu objetivo (ou ‘força ilocutória’):

diretivos (pretende-se que o interlocutor atue de acordo com a vontade do locutor) — «Querem abrir os livros na p. 136?»; «Abram os livros na p. 136».

assertivos (assinala-se a posição do locutor relativamente à verdade do que diz) — «Não há dúvida de que esta é a melhor frase»; «Admito que haja aqui um equívoco meu».

expressivos (traduz-se o estado de espírito do locutor relativamente ao que diz) — «Entristece-me que tenha partido»; «Muitos parabéns pelo teu teste».

compromissivos (responsabilizam o locutor relativamente a uma ação futura) — «Não darei aula no dia 29 de fevereiro»; «Prometo entregar os prémios Tia Albertina».

declarativos (aquilo que se diz cria, por si só, uma nova realidade) — «Absolvo-te das falhas cometidas»; «Fica aprovado com catorze valores».

Há que contar com o tipo de frase (interrogativo, imperativo, declarativo, exclamativo) e com o contexto: «Estou constipadíssima», num contexto em que há uma porta aberta, pode ser um ato de fala {escolhe} direto / indireto que corresponda ao objetivo _________ (com a locutora a pretender que _______).

Indica o tipo dos atos de fala. Usarás diretivo / assertivo / expressivo / compromissivo / declarativo:

1. Fala com o diretor de turma. _________

2. Gostei que fizesses cocó no penico. _________

3. Sei que Gedeão era Rómulo de Carvalho,  professor de Física. __________

4. Ficam isentos do pagamento os menores de setenta e três anos. __________

5. A hipótese mais provável é que tenha perdido o comboio. __________

6. Duvido que te interesse. __________

7. Chegarei às onze e sessenta e dois. ________

8. Detesto que me estejam sempre a pressionar. _______

9. Vou pensar no que me propõe. _________

10. É inadmissível que te impeçam de ires ao jogo. ________

[fundado em M. Olga Azevedo, M. Isabel Pinto & M. Carmo Lopes, Exercícios — Gramática Prática de Português — Da Comunicação à Expressão]

Preenche as quadrículas em branco, interpretando os atos de fala dos dois sketches (série Barbosa). Por vezes, previ duas interpretações (uma, direta; a outra, indireta, que aliás é a mais verosímil). No tipo, porás assertivo, diretivo, expressivo, compromissivo (não encontrei exemplo de ato declarativo).

Ato de fala

direto / indireto

tipo (segundo a força ilocutória)

modo verbal, etc.

«Últimos desejos»

Julgava que eras meu amigo...

direto

assertivo

«julgar» + imperfeito do indicativo

indireto

 

Por favor, promete que passas para açúcar mascavado.

direto

 

imperativo + «por favor»

Eu mudo para açúcar mascavado.

direto

 

 

Gostava de ouvir o mar.

 

expressivo

imperfeito do indicativo

indireto

 

Zé Carlos, descansa.

direto

 

 

indireto

expressivo

«Condutor de ambulância»

Pronto. Está bem.

direto

 

advérbio e presente do indicativo

Arranca. Depressa. Já.

direto

diretivo

 

Há aqui indivíduos que devem estar cheios de pressa.

direto

 

«dever» no presente

A sensação que me dá é que está verde há muito tempo

direto

 

«dá-me a sensação» + presente do indicativo

Não podia ir um pouco mais rápido?

indireto

 

imperfeito de «poder» + infinitivo

Morreu.

direto

 

 

indireto

expressivo

O organizador de um livro publicado há uns anos — Jorge Reis-Sá, A minha palavra favorita, 2007 — pediu a intelectuais e figuras públicas, portuguesas e brasileiras, que indicassem a sua palavra favorita e sobre ela escrevessem um texto. Transcrevi o início de alguns dos textos. Nesses exemplos, as palavras escolhidas salientam-se {completa, escrevendo os títulos}:

(1) pela sua aparência (som ou imagem originais): «_____»; «_____»;

(2) por, raras ou erradas, serem palavras quase privativas: «_____»; «_____»;

(3) por se relacionarem com um hábito do autor: «_____»; «_____»;

(4) por lembrarem atitudes que o autor preza: «_____»; «_____».

amanhã (João Lima Pinharanda)

A partir de finais da adolescência, ao experimentar uma caneta ou uma nova inclinação de letra (sempre fui pródigo em arriscar grafismos diversos), ou simplesmente, quando rabiscava, distraído, um papel, escrevia sempre a palavra «AMANHû.

Não me recordo de quando isso («AMANHû) começou nem se a escolha («AMANHû) foi, no seu início, consciente. Frequentemente dava por mim com a palavra escrita («AMANHû), como se se tratasse de um tique. Tomei-a então («AMANHû) como uma espécie de talismã, uma premonição otimista. Pedem-me hoje uma palavra e volto a recordar-me dela («AMANHû), reparo na distância emocional e simbólica que dela («AMANHû) me separa. Já estarei no AMANHà de então? Terá sido por isso que deixei de o/a evocar? Talvez necessite de novo dessa palavra («AMANHû) e dessa ideia («AMANHû), de recuperar o poder que lhe atribuía repetindo-a («AMANHû) até à exaustão como mantra ou ladainha. Desdobro agora a palavra («AMANHû) em componentes que nunca tinha explorado, vejo como nela («AMANHû) se escondem significados inesperados e repito-a («AMANHû) pelo espaço que me resta. [...]

Carvalhelhos (Carlos Costa)

[...] Um inglês distinto. Sozinho numa mesa, abandonado não, mas algo só. Começava por pedir água, simplesmente água, entusiasmado com as dificuldades que aquele estranho idioma parecia levantar. Sílaba a sílaba, lá ia ele, abrindo demasiadamente o A, mas até nem estava mal para uma primeira vez, contorcendo-se para que os lábios já estivessem completamente fechados para aquele U, o U de GU, que quase parecia ser uma parede onde se dava o infernal ricochete que atirava os lábios novamente para um A, que assim se abria ainda mais do que o primeiro. A satisfação com a tarefa cumprida, com aquela á-gu-á arrancada a uma vida inteira virada para outros sons, era agora claríssima no seu rosto. Mas essa água, servida, não quero estar aqui a jurar mas quase seria capaz de o fazer, numa jarra de vidro transparente, revelava-se uma desilusão ao paladar. Eis então que de outra mesa se ouvia algum nativo indicando, com a calma que só uma longa experiência hídrica e linguística pode oferecer, indicando o que deveria ser a escolha certa: Carvalhelhos. E essa sim, essa parecia ser a solução ideal, tal era o prazer que a água mineral em causa aparentemente trazia a quem a provava. Impressionante a coragem desse homem que, sorrindo sorrindo sorrindo, se lançava para o Car, aspirando aquele R complicado só por si mas ainda mais quando posicionado na esquina do V de va; ainda assim o Carva era atingido sem praticamente pestanejar; contudo isso já não posso jurar. Mas o grande momento era sem dúvida o brutal embate com o lh, pior ainda com os dois lhs cruéis, um a seguir ao outro. A vitória daquele Car-va-lhe-lhos final era algo de desmedido, um inacreditável triunfo da vontade que acabava imerso no sabor maravilhoso da tal água cristalina. E aquele homem ficava ali, sozinho numa mesa, abandonado não e algo só agora também não. E enquanto bebia um longo copo de água aquele som parecia ressoar por todo o seu corpo. Era a força dos lhs, a força de um mundo novo, o prazer de um outro prazer, o que quer que seja, mas tudo isso ressoava naquela única e nova palavra: Carvalhelhos. [...]

encertar (Clara de Sousa)

A palavra persegue-me há 20 anos. Até à maioridade fazia parte do meu vocabulário diário devido à mestria culinária da minha mãe, cozinheira profissional, excelente doceira. Sempre que havia bolo eu pedia para o «encertar». Se possível, ainda quente.

Teria perto dos 19, 20 anos quando, confiante no meu vocabulário, decidi dizer bem alto numa festa de aniversário que iria «encertar» o bolo. Olhos arregalaram-se, conversas paralelas começaram, um estranho peso se abateu na sala, perante tamanha calinada. Estava a rapariga já na Faculdade de Letras e o Português... enfim, imperdoável. Ainda por cima queria ser professora da Língua-Mãe. Fui então alertada, à parte, para a asneira. Encetar, Clara. Diz-se encetar o bolo, porque o vais abrir, vais começar...

Encetar? Estamos a brincar! Sabia perfeitamente o que era encetar, fossem conversas ou conversações, conversinhas e conversetas... mas nunca um bolo! Minha mãe da Beira Litoral e meu pai de Trás-os-Montes, ambos diziam «encertar» e tal como eles os seus irmãos e pais, sobrinhos sobrinhas, enteados e vizinhança, todos «encertavam» um bolo! [...]

Roída pela dúvida, mal pude, abri o dicionário, no encalço da minha palavra. Como se fosse uma jóia de valor inestimável transmitida de geração em geração. Letra E, um pouco mais à frente... empapar... encarnado.... encerebrar... só mais um pouco... encer... encer... encerrar. encerro. encestar. Por momentos, o mundo desabou ali mesmo. Nada de «encertar». A minha doce palavra não constava no Dicionário de Língua Portuguesa. [...]

obsidiana (Fernando J. B. Martinho)

«Obsidiana» é uma das palavras que me perseguem e acabei por fazer minhas. Não encontro facilmente uma explicação para isso. Serão restos de uma atração pelos raros vocábulos da poética simbolista? Glosei um dia um verso de António Patrício («Os pinhais plumulavam») num poema que começava assim: «Não há rumor que chegue/ a esta sombra fria de jade/ irisado que dizem ser a morte.» Foi isto em fins dos anos 80. Mas cerca de vinte anos antes tinha feito da obsidiana a palavra axial de um poema incluído em Resposta a Rorschach, 1970: Sagra-te em fogo na obsidiana / o afago da terra / arrefecido no espelho /e afeiçoa as imagens no / enxofre da memória / verde-escuras e cortantes / com / a espessura do caos. [...]

serendipidade (Bruna Lombardi)

(Substantivo.) A capacidade, fenómeno ou agradável surpresa de encontrar algo inesperado durante a busca de alguma outra coisa.

Etimologia — a palavra se origina do conto de fadas persa As Três Princesas de Serendip. Serendip, de origem árabe (Sarandip) dá o nome da ilha de Sri Lanka, no Ceilão e seu uso no Ocidente vem de 361 D.C. Mas o sentido que conhecemos hoje vem da palavra serendipity, inventada no século XVIII, pelo escritor inglês Horace Walpole.

Serendipidade é usada com frequência na ciência, química, medicina, quando buscando um propósito acaba-se descobrindo casualmente alguma nova cura ou invenção.

Um exemplo de serendipidade remonta à época dos descobrimentos, quando Cabral, em busca das Índias, acidentalmente descobre o Brasil.

Serendipidade é um estado na vida. Busca-se uma coisa e encontra-se outra. É a arte de estar aberto ao imprevisto, de se deixar lançar na aventura, de compreender a beleza do desconhecido.

Escolhe a tua palavra de estimação. Será ela o título da redação (que farás em folha solta, a tinta). Nota que se trata de aproveitar uma palavra de que gostes, o que não implica que gostes do seu referente, do objeto que ela designa. O texto centrar-se-á nessa palavra. Podes fazê-lo de vários modos (como acontece nos trechos que leste: lembrar experiência com a palavra; explicar a sua originalidade; etc.).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Em Gaveta de Nuvens lê o capítulo, que marquei a azul, sobre ‘Atos de fala’; também podes reler as pp. 136-137 no manual (e resolver itens no final da p. 137). Quem não chegou a escrever o texto sobre ‘A ética na vida e no desporto’ pode escrever texto mais pessoal sobre as suas experiências em termos de desporto. Texto terá 350-500 palavras e será descarregado (em Word ou GoogleDocs) na Classroom, em ‘A ética na vida e no desporto’.

 

 

Aula 83-84 (6 [1.ª, 3.ª], 7/mar [5.ª, 4.ª]) Questionário sobre parte do excerto 4 da Farsa de Inês Pereira.

Nas pp. 138-139, vai lendo o excerto 4 da Farsa de Inês Pereira e, ao mesmo tempo, escolhendo a melhor alínea dos itens que se seguem, circundando-a (já agora: circundar não é fazer uma cruzinha ao lado). Não consultes outras páginas do manual nem folhas nossas.

Estrofe dos vv. 480-489

No v. 482, «ma» é contração de «me»+«a» (complementos indireto e direto). Este pronome «a» é

a) termo anafórico de «esta senhora» (v. 481).

b) termo antecedente (ou referente) de Inês Pereira.

c) anáfora de «os Judeus» (v. 482).

d) catáfora de «esta senhora» (v. 481).

 

Nos vv. 488-489, a interrogação «Se fosse moça tão bela, / como donzela seria?», tendo em conta que «donzela» significa ‘ainda virgem’, mostra que o Escudeiro

a) vê Inês como uma Nossa Senhora (mas com topezinho da Bershka e brincos da Accessorize).

b) desconfia da descrição de Inês feita pelos judeus.

c) tenta imaginar a beleza de Inês Pereira.

d) sabe que Inês já não é virgem.

 

Estrofe dos vv. 490-498

Nos primeiros quatro versos (490-493) desta estrofe, «moça de vila» significa, no fundo, ‘prostituta’; ‘sinalzinho postiço’ era um pequeno retalho de pano preto que se punha na face (para realçar a brancura da pele); «sarnosa» significava ‘com sarna’ (uma doença). O ato de fala produzido por Brás da Mata (o Escudeiro) nestes versos é

a) compromissivo.

b) declarativo.

c) assertivo.

d) diretivo.

 

Quanto aos vv. 494-498, vale a pena esclarecer que «garrida» é ‘elegante no vestir’ e «honesta» é ‘casta, recatada’. O Escudeiro, nesta parte do seu monólogo, revela

a) preferir uma Inês ousada, sensual, interventiva, a uma Inês conformista.

b) pretender que Inês seja um modelo de mulher do século XXI.

c) não se importar que Inês tenha o seu espaço de intervenção, desde que seja elegante.

d) querer que Inês seja uma mulher muito ‘bem comportada’ e sem expressão própria.

 

Estrofe dos vv. 499-507

«Sisuda» significa ‘prudente, sensata’; «perla» é ‘pérola’. No contexto em causa, «chão» significa ‘simples’ e «menear» abarca todos os movimentos do corpo (não só os das ancas, como se diz no manual); portanto, a Mãe aconselha Inês a não fazer muitos gestos, a não se mexer muito. Além disso, aconselha a filha a, perante o Escudeiro, mostrar-se

a) sensual, atiradiça, atrevida.

b) obscena, ordinária, grosseira que dói.

c) delicada, simpática, cortês.

d) calada que nem uma porta, séria, parada.

 

Toda esta nona (‘estrofe de nove versos’) corresponde a um ato de fala

a) assertivo.

b) diretivo.

c) compromissivo.

d) expressivo.

 

Estrofe dos vv. 508-516

Intervêm o Escudeiro e o seu criado, o Moço. Os parênteses, como já vimos em algumas falas de Inês, significam que se trata de apartes (‘falas dirigidas à audiência’). «Avisa-te» é ‘presta atenção’; «pela ventura» é ‘por acaso’; «mesura» é ‘reverência (como quando alguém se inclina perante o rei)’.

As recomendações do Escudeiro vão no sentido de, quando na presença de Inês, o Moço

a) se comportar com subserviência (relativamente a Brás da Mata).

b) se mostrar um bom camarada do escudeiro.

c) proceder como habitualmente, sem parecer artificial.

d) ser espontâneo, sem ter receio de que pareça desrespeitar o patrão.

 

Nota que «corpo de mi!» corresponde a ‘valha-me Deus!’. Os apartes do Moço mostram que

a) respeita muito o Escudeiro.

b) conhece bem o patrão e por isso troça das suas indicações.

c) receia que o Escudeiro o trate mal.

d) pretende saber exatamente o que deve fazer.

 

Estrofe dos vv. 517-525

Nesta estrofe, os três versos em que o Moço fala servem para

a) ele se queixar de não ter calçado em condições, numa crítica ao patrão.

b) Fernando dizer que, com a pressa, não se pudera calçar.

c) ele se lamentar de os sapatos comprados não lhe servirem.

d) Fernando se mostrar desagradado com os atacadores, que não consegue atar.

 

Sabendo que «faze» era o imperativo singular do verbo «Fazer» e que hoje se usa sobretudo «faz» (sing. «faz tu»; pl. «fazei vós»), em vez de «faze-o» (v. 522) escreveríamos atualmente, em português europeu e português brasileiro, respetivamente,

a) faz-o; o faz (tu).

b) fá-lo; o faça (você).~

c) fa-lo; o faça (tu).

d) faze-lo; faça-o (você).

 

Estrofe dos vv. 526-533

No aparte desta estrofe (vv. 532-533), o Moço diz-nos

a) não ter o Escudeiro nenhum escravo.

b) que o Escudeiro não tem dinheiro.

c) que só se devem casar os ricos, como o Escudeiro.

d) que o Escudeiro só usa multibanco, não tendo dinheiro vivo.

 

No v. 530, «Eu o haverei agora», o pronome «o»

a) é anáfora de «dinheiro (v. 529).

b) tem como referente «preto» (v. 532).

c) é referente de «dinheiro» (v. 529).

d) tem como catáfora «preto» (v. 532).

 

Estrofes dos vv. 534-542, dos vv. 543-551 e dos vv. 552-560

Sobretudo nos dezoito primeiros versos, o Escudeiro

a) gaba-se a Inês.

b) elogia Inês, num discurso cheio de galanteios.

c) elogia Inês mas também a critica.

d) mostra-se desiludido com a aparência de Inês.

 

Nas três estrofes, os versos são, como de costume, heptassílabos (redondilha maior), mas há um verso (o quinto ou sexto de cada estrofe) que é um

a) trissílabo (três sílabas métricas).

b) tetrassílabo (quatro sílabas métricas).

c) pentassílabo (cinco sílabas métricas, isto é, redondilha menor).

d) decassílabo (dez sílabas métricas).

 

O aparte dos dois judeus salienta

a) a eloquência do Escudeiro e a mudez de Inês.

b) o amor imediato e recíproco de Inês e Brás.

c) o não ter corrido bem a declaração do Escudeiro.

d) a falta de jeito do Escudeiro e o descontentamento de Inês.

 

Estrofe dos vv. 561-569

Nesta estrofe, o Escudeiro

a) diz ter posses e qualidades intelectuais.

b) consegue ser mais vaidoso e egocêntrico que o Crisnaldo (aka 7 do Al Nassr).

c) diz-se pobre (mas acrescenta ser escudeiro de marechal) e gaba-se de capacidades de «discrição».

d) mostra-se modesto quando a posses materiais e quanto a capacidades intelectuais.

Responde a estes itens do manual, na p. 143 (terás de relancear partes da Farsa que estão nas páginas anteriores).

3. Explicita a função ...

3. O Escudeiro orienta o Moço para agir de forma coincidente com a sua vontade, para manter as aparências e impressionar Inês, com quem pretende casar por ______. Estes versos mostram a personalidade de Brás da Mata e as suas intenções. Trata-se de um homem arrogante, falso e dissimulado (v. 518) e, ao mesmo tempo, faz promessas ao Moço que sabe não poder ______ (vv. 530-531). O Moço revela-se crítico e irónico nos ______ que vai fazendo, assim denunciando a pelintrice do amo. É também sensato e pragmático, uma vez que não se deixa convencer pelas suas ______ (vv. 532-533).

4. Interpreta as palavras ...

4. A Mãe pretende chamar a atenção de Inês para o facto de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5. Conclui acerca do ...

5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6. Estabelece uma ...

6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Resolve os itens de Gramática na mesma p. 143:

1. [...] associa ...

1.

1. = ___;

2. = ___;

3. = ___;

4. = ___;

5. = ___;

6. = ___;

7. = ___.

2. Transcreve ....

2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

Garth Jennings, Cantar!

Quem, ainda que salientando as dificuldades da empresa, arregimentou um pretendente com o perfil _____ por Inês foram os Judeus.

Quem, ainda que muito a _____, ajudou Moon a chegar à fala com a riquíssima antiga estrela Nana Noodleman foi o carneiro Eddie.

Para Inês, o encontro com o Escudeiro é como uma antestreia: prepara-se como se estivesse a ser _______ por quem lhe pode resolver o seu problema, ter um marido «discreto».

Para Moon, a antestreia que promoveu para convencer Nana a ______ e que preparou para que resultasse em cheio, visa resolver o seu problema, ter dinheiro para pagar ao banco.

Galanteador trapaceiro, o Escudeiro Brás da Mata vai ser a causa da tragédia que cairá sobre Inês, quando o casamento, com que ela tanto sonhara como uma via de ______, se revelar um castigo, por afinal ser maltratada e se tornar ainda menos independente do que antes.

Um galanteador trapaceiro, o rato Mike, vai ser a causa da tragédia que cairá sobre Moon, ao ______ os seus perseguidores até à arca onde estaria guardado o fabuloso prémio do concurso, o que implicaria depois o desastre do espetáculo e o ruir do edifício do teatro.

TPC — Depois de o melhorares, descarrega na Classroom (a que te chamarei em breve), em Word ou GoogleDocs, o texto sobre ‘palavra de estimação’ cuja versão manuscrita devolvi há pouco.

 

 

Aula 85-86 (8 [4.ª], 10/mar [1.ª, 3.ª]) Correção do questionário de leitura sobre excerto 4 da Farsa (cfr. Apresentação).

Regressamos nesta aula ao estudo da flexão verbal. Completa:

Um verbo é ______ {regular/irregular}, quando segue o modelo da sua conjugação (a primeira, de tema em a; a segunda, em ___; a terceira, em ____). Se o verbo apresentar modificações no radical (exemplo: «ouço», apesar de «ouvir») ou na flexão das pessoas («estou» [cfr. «cantas»]; «estás» [cfr. «cantas»]), é ______.

Verbos _______ {impessoais/unipessoais/defetivos} são os que, na sua flexão, não se apresentam em algumas pessoas ou tempos (por exemplo, os verbos «abolir» e «falir» não têm 1.ª pessoa do singular do ______ do Indicativo).

Há também verbos ______ {impessoais/unipessoais/defetivos} — exemplo: «chover», «haver», «amanhecer» —, que são os que não têm _______ {sujeito/pessoa/tempos}.

Há ainda os verbos ______ {impessoais/unipessoais/defetivos}, os que, dado o seu sentido, só se costumam usar na _____ pessoa (exemplo: «cacarejar», «grasnar»).

Por fim, pode igualmente aparecer o termo «verbo abundante», que designa os verbos que têm mais que uma forma possível (em geral, duas formas no ______ ______ — «pago»/«pagado»; «aceite»/«aceitado» —, ou, mais raramente, em outros tempos: «ele _____»/«ele construi»; «comprazesse»/«comprouvesse»; «requere»/«requer»; «______»/«dize»).

Completa, depois de veres os sketches da série Lopes da Silva:

Em «Debate sobre malbaratar», a estranheza de certas formas verbais não se deve apenas aos seus sons — como diz o comentador que, a dada altura, intervém —, antes se pode atribuir ao facto de se tratar de verbos que, na língua atual, se fossilizaram em poucas expressões ______ {idiomáticas/idiotas}, em fórmulas circunscritas a registos e contextos específicos («alijar responsabilidades»; «colmatar falhas»; «enveredar por maus ________ ou por uma carreira»; «untar as mãos»). Acabamos por estranhar a flexão desses verbos, sempre que surjam fora daquelas frases feitas e, ainda por cima, em diálogo (em registo literário, seria diferente). Sem as palavras que os costumam acompanhar, esses verbos parecem-nos quase ______ {agramaticais/corretos}.

Em «Não faleci nada», o caso é parecido. O verbo «falecer» não é defetivo (tem as várias pessoas e tempos), mas, utilizado como verbo intransitivo e em situação de conversa banal, a sua flexão na _____ e na _____ pessoas do Pretérito ______ do ______ («faleci», «faleceste») torna-se inverosímil.

Há vantagens em conhecer os três tempos _______ {primitivos/derivados}, uma vez que estes nos permitem chegar à flexão dos tempos _______ {primitivos/derivados}. Nas tabelas seguintes, preenche as quadrículas vagas.

Tempos derivados do Presente

Presente do Conjuntivo

Verbo

1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo

- Vogal final

+ E (1.ª conjugação) ou + A (2.ª e 3.ª) [= 1.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo]

 

Colmato

Colmat-

Colmate

Malbaratar

 

Malbarat-

Malbarate

Intuir

Intuo

 

Intua

Falecer

Faleço

Faleç-

 

Exceções: ser, dar, estar, haver, ir, querer, saber (cujas primeiras pessoas do singular do Presente do Conjuntivo são:  «seja», « _______ », «esteja», «haja», «_______», «queira», «saiba»).

Imperativo

Verbo

2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo

- S final [= 2.ª pessoa do singular do Imperativo]

Alijar

Alijas

 

Untar

 

Unta

Verbo

2.ª pessoa do plural do Presente do Indicativo

- S final [= 2.ª pessoa do plural do Imperativo]

Enveredar

 

Enveredai

Esbanjar

Esbanjais

 

(Para imperativo negativo ou para outras pessoas, ver Presente do Conjuntivo.)

 

Tempos derivados do Perfeito

Mais-que-Perfeito

Verbo

1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo

-desinência pessoal

+ RA [= 1.ª pessoa do Mais-que-Perfeito]

Fazer

Fizemos

Fize-

 

Ir

Fomos

 

Fora

Colmatar

 

Colmata-

Colmatara

Imperfeito do Conjuntivo

Verbo

1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo

- desinência pessoal

+ SSE [= 1.ª pessoa do Imperfeito do Conjuntivo]

Trazer

Trouxemos

Trouxe-

 

Vir

Viemos

 

Viesse

Ver

 

Vi-

Visse

Futuro do Conjuntivo

Verbo

1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo

- desinência pessoal

+ R [= 1.ª pessoa do Futuro do Conjuntivo]

Poder

Pudemos

Pude-

 

 

Coubemos

Coube-

Couber

Vislumbrar

 

Vislumbra-

Vislumbrar

 

Tempo derivados do Infinitivo

Futuro

Verbo

Infinitivo

+ EI [= 1.ª pessoa do Futuro]

Untar

Untar

 

Vislumbrar

 

Vislumbrarei

Condicional (ou Futuro do Pretérito)

Verbo

Infinitivo

+ IA  [= 1.ª pessoa do Condicional]

 

Intuir

Intuiria

Almejar

Almejar

 

Imperfeito do Indicativo

Verbo

Infinitivo

- Vogal temática e R

+ AVA (1.ª conj.)

+ IA (2.ª ou 3.ª)

[= 1.ª pessoa do Imperfeito]

Almejar

Almejar

Almej-

 

Falecer

Falecer

Falec-

 

Intuir

Intuir

Intu-

 

Exceções: ser, ter, vir, pôr (cujas primeiras pessoas do Imperfeito são: «era», «_______», «vinha», «________»).

 

Podes ter o manual aberto nas pp. 146-147 (e, depois, nas pp. 148-149), enquanto veremos encenações correspondentes a esse excerto 5 da Farsa de Inês Pereira. Como te lembrarás, víramos a peça até ao momento em que Inês se casara com o Escudeiro (Brás da Mata). Vê-la-emos agora já casada.

[Assistência a trechos da Farsa (correspondentes às pp. 146-149 do manual)]

Sintetiza o que se passa, em termos de intriga (enredo), neste excerto 5 da Farsa de Inês Pereira. Cerca de 150 palavras e incluindo duas citações da peça. A tinta (sem medo de riscar).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Em Gaveta de Nuvens, lê ficha (corrigida) do Caderno de Atividades sobre ‘Atos de fala’.

 

 

Aula 87-88 (13 [1.ª, 3.ª], 14/mar [4.ª, 5.ª]) Correção de resumo do excerto 5 feito na aula anterior e de tepecê de há duas aulas, sobre ‘Atos de fala’ (cfr. Apresentação).

Solução possível para o resumo pedido na aula passada (sobre excerto 5):

Casada, Inês, que agora se julga livre, retoma espontaneamente os bordados e o canto amoroso. Brás da Mata, porém, revela-se-lhe então na sua tirania.

Confrontada com uma autoridade que não admite réplica, Inês fica, de novo, prisioneira (proibida de sair de casa, de cantar, de ir à missa, de ver e falar com quem quer que seja, vigiada pelo criado do marido). 

Quando o marido tirano parte para África, em busca de uma nobilitação impossível, a voz de Inês volta, porém, a ouvir-se em canto e em monólogo reflexivo.

Por carta de seu irmão, vem Inês a saber da morte, nada gloriosa, do marido, às mãos de um pastor e quando fugia da batalha. Despedido o moço, Inês viúva declara querer «tomar, / pera boa vida gozar, / um muito manso marido».

Muito a propósito, logo aparece Lianor Vaz, que lhe lembra que Pero Marques «herdou / fazenda de mil cruzados».

Completa esta síntese da parte da Farsa que vimos hoje, correspondente ao último excerto da peça («Excerto 6», pp. 160-162). (O que falta são sempre transcrições do próprio texto de Gil Vicente. Procura-as no texto, não na ficha de quem esteja a teu lado.)

Inês diz a Pero que gostava de sair («Marido, e ______ eu agora / que há muito que não saí?»). Pero, ingénuo, julga que Inês quer fazer cocó, já que «sair» significaria também ‘defecar’ e dispõe-se a deixá-la sozinha («eu me sairei pera _____»). Desfeito o equívoco — no fundo, houve uma situação cómica gerada por ambiguidade da linguagem —, Inês lá explica que o que pretende é «ir ______ onde eu quiser», o que Pero autoriza sem quaisquer restrições.

Inês encontra um Ermitão que lhe revela ser um seu antigo apaixonado, desde os tempos de criança, quando ela «era ainda ______». Reconhecendo-o («sois aquele que um dia / em casa de minha tia, / me mandastes _______»), Inês compromete-se a visitá-lo na ermida. Após este primeiro encontro com o Ermitão, o marido diz-lhe para se ajeitar: «Corregei vós esses ______, / e ponde-vos em feição», o que já indicia a infidelidade de Inês.

Inês consegue que o bom — e cornudo — do Pero Marques a conduza até ao local do encontro amoroso, sob a justificação de o Ermitão ser um homem santo. Assim, o marido submisso leva-a ao encontro do amante, carregando-a às costas quando atravessam um rio. Durante a travessia, cantam uma canção carregada de ironia, na qual Inês chama o marido «______», «______» e «cuco» (metáforas com animais sobretudo portadores de belas cornaduras que significariam ‘enganado’ ou ‘atraiçoado’). Pero Marques limita-se a repetir o refrão, «Pois assim se fazem as _______». Fica realçada a infidelidade de Inês e a ingenuidade e submissão de Pero e, consequentemente, ilustra-se o provérbio que servira de mote, «mais quero ______ que me leve que cavalo que me derrube».

Atentando no seu paralelismo, estabelece a correspondência entre os vários momentos desta parte final da Farsa e os anteriores.

Parte final:

a) Inês canta com alegria o seu casamento, o qual lhe permite uma total liberdade. = ____.

b) Lianor Vaz propõe Pero Marques para marido de Inês, e esta aceita-o. = ____.

c) Reflexão de Inês sobre as vantagens do casamento com Pero Marques. = ____.

d) Lianor Vaz casa Pero Marques e Inês, sem cerimónia nem festa. = ____.

e) Inês vive feliz, com total liberdade, e é infiel ao seu marido. = ____.

Excertos anteriores:

1) Lianor Vaz propõe Pero Marques para marido de Inês e esta rejeita-o (vv. 176-257).

2) Reflexão de Inês sobre as desvantagens do casamento com o Escudeiro (vv. 834-862).

3) Inês e Brás da Mata casam-se, com cerimónia e com festa (vv. 703-752).

4) Inês vive infeliz e sem liberdade com o Escudeiro (vv. 776-825).

5) Inês canta com tristeza a sua vida de cativeiro e trabalho (vv. 1-36).

Gil Vicente pôs em cena personagens que encarnavam os elementos no ditado, ou provérbio, abaixo (que, recordemos, lhe fora dado enquanto mote sobre que deveria criar uma peça, para provar que era mesmo o autor das suas obras). Faz a correspondência com as personagens que os representam, escrevendo os seus nomes nas linhas vagas:

«Mais  quero  asno  que  me  leve  que  cavalo  que me derrube»

                      _____        ___                ________      Inês  

Sinopse da Farsa de Inês Pereira — Esta farsa visa ilustrar o ditado «Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube». Inês Pereira é muito vaidosa, e propõe-se a gozar a vida. A mãe censura-a pela sua mândria. Leonor Vaz informa que um clérigo costuma assaltá-la, para verificar se ela é fêmea ou macho. Veio para entregar uma carta de Pero Marques a Inês, que se aborrece com a leitura da insípida missiva. A alcoviteira e a mãe aconselham-na a casar com homem rico. Inês Pereira recebe a visita do pretendente. A mãe deixa-os sós; e Pero Marques sai envergonhado de estar só com ela. A mãe volta. Inês declara-lhe que não aceita aquele simplório, e só casará com quem tanja e cante. Vêm os judeus casamenteiros, que lhe arranjam marido a gosto: um escudeiro pelintra, mas cantador. Inês casa-se com ele. O escudeiro torna-se ciumento, encerra-a em casa, escraviza-a. O escudeiro morre longe, na Mourama. Inês regozija-se. Pero Marques, trazido pela alcoviteira Leonor Vaz, casa-se com ela. Um ermitão diz galanteios a Inês, que vai recrear-se com ele à ermida, levando-a o marido às cavaleiras.

Escreve a sinopse de uma peça que, como fez Vicente com «Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube», ilustrasse um provérbio, dado como mote. Escolhe esse provérbio-mote relanceando os dicionários que farei circular. O contexto da peça — de que escreverás apenas a sinopse — não tem de ser quinhentista.

Sinopse da Farsa . . . . . . . . . . . . — Esta farsa visa ilustrar o ditado «. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .». . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — No manual, dá um relance às páginas 154-155 (com um questionário resolvido). Vai também lendo na diagonal as pp. 156-159, sobre ‘Complemento do nome’ e sobre ‘Complemento do adjetivo’.

 

 

Aula 89-90 (15 [4.ª], 17 [1.ª, 3.ª], 20/mar [5.ª]) Correção de trabalho da aula anterior (sinopse; cfr. Apresentação).

Nas pp. 166-167, lê o texto «Entre marido e mulher mete sempre a colher». O título aproveita um provérbio popular («________________»), que é alterado, de tal modo que poderia servir enquanto slogan de uma campanha contra a __________.

Responde às perguntas 2 a 10 (pp. 167-168):

2. = ___ | 3. = ___ | 4. = ___ | 5. = ___ | 6. = ___ | 7. = ___

8.           a. _______________;

               b. _______________;

               c. _______________;

               d. _______________;

               e. _______________;

               f. _______________;

               g. _______________.

9. ______________________

10. A oração «que este tipo de violência pode assumir» (l. 33) é subordinada ________. É introduzida por _______ e desempenha a função sintática de _______.

Relaciona o texto que lemos com a Farsa de Inês Pereira e com Cantar! (a porco-espinho Ash?; a porca Rosita?; o rato Mike?; ...).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Completa o texto em baixo com os termos seguintes:

público-alvo / comercial / consumo / registos de língua / slogan / campanha / produto / institucional / causa / cidadania / conotações

Os sketches que acabámos de ver («Agência publicitária de Chelas» e «Pare de estalar os dedos», ambos da série Lopes da Silva) servem para exemplificar dois tipos de publicidade: a comercial e a institucional.

«Agência publicitária de Chelas» seria um exemplo de publicidade a incitar ao ______, encomendada por empresas, destinada a vender um ______ ou marca, designável como publicidade ______. Já o conjunto «Pare de estalar os dedos» ridicularizava a publicidade ______, aquela que é da iniciativa do governo ou de associações não-lucrativas, que visa informar, despertar consciências, a adesão a uma _____, enfim, educar para a _____.

Ao conceber a campanha para a Super Sumo, a Agência Criativa de Chelas não adaptou a sua estratégia ao verdadeiro _____ do produto em causa. Essa adaptação às pessoas suscetíveis de consumir o refrigerante determinaria que se evitassem palavras de _____ muito marcados em termos sociais ou situacionais. Quando o empresário manifesta a vontade de que houvesse outra linha diretora da ______, com mais «classe», os publicitários de Chelas limitaram-se a fazer figurar «requinte» no ______. O episódio termina com um quiproquó (um mal-entendido) motivado pelas ______ policiais da expressão «está referenciada».

Roubei a um manual (Célia Cameira, Fernanda Palma, Rui Palma, Mensagens, 10.º ano, Lisboa, Texto, 2016, p. 47) slogans que ficaram célebres porque se sabe terem sido criados por poetas que também trabalharam em publicidade. Tenta adivinhar o produto ou instituição a que se destinavam:

Slogan

Entidade ou produto

Autor

Há mar e mar, há ir e voltar.

 

Alexandre O’Neill

Mais seguro, mais futuro.

 

Ary dos Santos

Primeiro, estranha-se; depois, entranha-se.

 

Fernando Pessoa

Não por acaso, estes slogans têm rima (em -ar, em -____ e em -anha-se). Quanto à métrica, só há um slogan em que os dois versos não são isométricos (isto é, não têm o mesmo número de sílabas métricas). Com efeito, os versos de _______ são um tetrassílabo e um pentassílabo; nos outros dois slogans, temos dois versos _____ e dois versos tetrassilábicos.

Na p. 236 repara em quatro cartazes, todos com publicidade institucional (por isso, mais do que publicitar um produto, parecem promover uma mensagem, fazer um apelo moral). Completa:

Entidade responsável

Imagem

Slogan

Ideia que se pretende transmitir

Quercus

Quatro animais, cada um no seu habitat

 

 

 

 

 

Uma gota de água pintada a branco no meio de dezenas por preencher

 

 

Devemos reduzir o consumo de água.

 

Pacto Português para os Plásticos

 

Vamos reinventar o plástico. Obrigado por reduzir

 

Projeto Mobilizar

 

Aposte numa mobilidade com ZERO POLUIÇÃO

 

 

Cria slogans (não de brincadeira mas originais e eficazes) para...

Livrarias (frequência de) ou promoção da leitura:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Promoção do novo teatro de Buster Moon (ou do teatro em geral):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Escola Secundária José Gomes Ferreira (inscrição na):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Um dado produto alimentar ou marca [explicita qual:

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Redige guiões para estes anúncios (pedidos na página que não chegámos a fazer em aula):

Procurando responder à mensagem que o empresário queria que a publicidade inculcasse — «É cool beber Super Sumo; e quem não bebe não é cool» — e mantendo um formato televisivo, cria o anúncio (enfim, melhor do que o da ACC — e sem ser a gozar).

Guião simplificado (descrição da cena no filme, incluindo o que haja de diálogos):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Slogan (frase que fecharia o anúncio, depois repescada para a campanha por cartazes):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Se te sobrar tempo, pensa em anúncio que incluísse um dos slogans da p. 47 (o de O’Neill versava a segurança nas praias; o de Ary, uma empresa de seguros; o de Pessoa, a Coca-Cola).

Guião simplificado (descrição da cena no filme, incluindo o que haja de diálogos):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Slogan (frase que fecharia o anúncio — uma das seguintes, que circundarás):

Há mar e mar, há ir voltar. / Mais seguro, mais futuro / Primeiro, estranha-se; depois, entranha-se.

 

 

Aula 91-92 (20 [1.ª, 3.ª], 21/mar [4.ª, 5.ª]) Podes situar-te na p. 322, na pequena secção dedicada ao Predicativo do complemento direto. Vai resolvendo os itens que ponho a seguir.

1. Sublinha o predicativo do complemento direto [ao lado, fui escrevendo os grupos que, em cada alínea, desempenham essa função; conselho: circunda primeiro o complemento direto]; já resolvi a alínea a:

a) Os populares aclamaram D. João I rei de Portugal. (predicativo do complemento direto é grupo nominal)

b) Álvaro Pais achou o esquema perfeito. (grupo adjetival)

c) As cortes têm-no como salvador da pátria. (grupo preposicional)

d) Os habitantes de Lisboa tratavam a rainha por «aleivosa». (grupo preposicional)

1.1 Copia das frases do exercício 1 os verbos que selecionam a função sintática de predicativo do complemento direto: a) aclamar; b) ____; c) ter (por); d) ________.

2. Sublinha o predicativo do complemento direto; [já pus a itálico o complemento direto]; já resolvi a primeira alínea:

a) Álvaro Pais designou para a missão um pajem.

b) Todos acharam o Mestre mais capaz.

c) A história julgará o Conde Andeiro como cúmplice.

d) O Mestre nomeou Álvaro Pais mentor da arruada.

3. Completa as frases de modo a incluir um predicativo do complemento direto [resolvi duas alíneas e, parcialmente, uma outra; faltam dois predicativos do complemento direto]:

a) Os populares creem Brahimi um mágico.

b) D. João supôs a situação vantajosa.

c) Os castelhanos julgaram os portugueses _________.

d) O povo proclamou ________________.

4. A pronominalização do que está sublinhado em a) não é possível, porque aí o complemento direto é maior. Tenta-a em b) (onde é possível pronominalizares só o complemento direto, mantendo a seguir o predicativo do complemento direto):

a) Álvaro Pais estudou o esquema perigoso. > *Álvaro Pais estudou-o perigoso.

b) Álvaro Pais achou o esquema perigoso. > Álvaro Pais ___________.

5. Transforma as frases de modo a substituíres o complemento direto e o predicativo do complemento direto por uma oração substantiva completiva [já resolvi a primeira alínea e avancei um pouco na segunda]:

a) O rei de Castela considerou Lisboa perdida. > O rei de Castela considerou que Lisboa estava perdida.

b) O Mestre estimava a batalha ganha no final do dia. > O Mestre estimava que _______.

c) O cronista declarou o Mestre a salvação de Portugal. > O cronista declarou ______.

Há umas aulas pedira que lesses em casa as pp. 156-157 (sobre complemento do nome) e 158-159 (sobre complemento do adjetivo). Abre o livro aí.

Na p. 157 resolve «Praticar»:

1. Sublinha os complementos do nome:

a. O primeiro marido de Inês dissimulou o seu caráter agressivo e autoritário.

b. A jovem esposa não escondeu o medo das ameaças de Brás da Mata.

c. A decisão de escolher um marido «pacífico» foi tomada por Inês depois do desaparecimento de Brás da Mata.

d. Pero Marques recebeu uma parcela da herança do pai.

e. A descrição do ataque do clérigo por Lianor Vaz mostrou a Inês a insegurança das mulheres solteiras.

2. Seleciona a única frase que não integra um complemento do nome: _____.

Na p. 159 resolve «Praticar»:

1. Seleciona as frases que incluem complemento do adjetivo e sublinha-o.

a. Atento à realidade do seu tempo, Gil Vicente denuncia a hipocrisia social dos membros da baixa nobreza.

b. Embora critique a dissimulação do amo, o Moço torna-se conivente com as mentiras do Escudeiro.

c. A carta que Inês recebe do seu irmão deixa-a feliz.

d. Desiludida com o «marido avisado», a jovem viúva reconsidera a proposta desinteressada de Pero Marques.

e. A alcoviteira presente na vida de Inês ao longo da ação confronta-a com a necessidade de rever as suas convicções sobre o casamento.

2. Identifica a única frase em que existe complemento do adjetivo: _____.

O cómico em O Inimigo Público resulta quase sempre de um facto insólito mas verídico da atualidade (que é exagerado ou cruzado com outros, tornando-se mais risível pelo absurdo da hipérbole ou transposição para outro contexto).

Integraríamos este processo no tipo de cómico dito de situação (cfr. situação irreal criada), mas, muitas vezes, a brincadeira começa pelo exagero de uma característica de uma personagem que esteve em foco nos dias anteriores, o que se pode associar ao cómico de caráter (ou de personagem).

Tenta reconhecer o facto da atualidade que levou a que o Inimigo Público resolvesse criar a notícia — no fundo, a parte verdadeira da notícia do IP. Escolhe notícias que percebas — como acompanham pouco os jornais ou a televisão, é natural que muitas destas brincadeiras lhes escapem. Depois, vê (1) se houve cruzamento com outro facto verídico; (2) se houve apenas um exagero da circunstância real já por si insólita (e em que consistiu esse exagero ou transposição inesperada); (3) se houve ainda algum outro processo que tornasse a notícia cómica.

Título da notícia

 

Facto verídico que fez que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira)

 

Estratégia usada para tornar cómica a notícia do Inimigo Público.

(Tem em conta as situações 1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.)

 

 

Título da notícia

 

Facto verídico que fez que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira)

 

Estratégia usada para tornar cómica a notícia do Inimigo Público.

(Tem em conta as situações 1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.)

 

Agora centra-te na última página do exemplar mais antigo . Na secção de entrevistas de rua (vox populi) — «Inquérito» — há com certeza, entre as personagens aí ficticiamente inquiridas, tipos sociais, ou sócio-psicológicos, que se pretende caricaturar.  Aponta os tipos aí aproveitados (nota que não é a definição que figura no jornal mas o que consigamos perceber pelo conjunto de nome, retrato, respostas dadas e até, no caso de pessoas reais, por conhecimento prévio nosso). Se a personagem entrevistada não corresponder a um tipo, põe apenas um traço.

nome da personagem

tipo social (ou psicológico) que se quer caricaturar

 

 

 

 

 

 

 

 

TPC e outros encargos (i) Para escalonar sorteio de Liga dos Campeões da Leitura em Voz Alta, prepara leitura em voz alta dos seguintes textos (o que implica que os tenhas lido em casa, percebido, investigado, ensaiado):

— para os da fila de mesas mais à esquerda da sala (a fila encostada à janela): «Texto A» e «Texto B» nas pp. 118- 119;

— para os da fila de mesas em que estão o meu computador e o meu projetor: «Texto C» e «Texto E» nas pp. 120-121;

— para os da fila de mesas à direita da minha (ou à esquerda da fila encostada à parede): «A representação do quotidiano» (p. 145) e «A dimensão satírica (2)» (p. 153);

— para os da fila de mesas que estão encostadas à parede, mais à direita da sala, portanto: «As personagens: caracterização e relações entre elas» (pp. 164-165).

(ii) Traz-me na próxima aula os livros que te tenha emprestado quer os tenhas lido quer não (excluo disto os livros que tenha emprestado já neste semestre).

(iii) Quem ainda não entregou o trabalho de gravação só o poderá fazer até ao final do próximo fim de semana.

(iv) Vou fechar também no final desta semana as secções da Classroom destinadas à ‘Palavra de estimação’ e a ‘Ética na vida e no desporto’ (ou texto pessoal sobre desporto).

 

 

Aula 93-94 (22 [4.ª], 24 [3.ª, 1.ª], 27/mar [5.ª]) Situa-te nas pp. 340-341. Não consultes outras páginas. Escolhe a melhor alínea.

 

Nas pp. 340-341, com «Cheira a novo espírito», por Mário Rui Vieira, temos um exemplo de texto

a) de apreciação crítica.

b) de síntese.

c) de música.

d) descritivo.

 

O texto em causa faz a recensão de um álbum de Billie Eilish intitulado

a) Darkroom.

b) «Cheira a novo espírito».

c) Cheira a novo espírito.

d) When we all fall asleep, where do we go?.

 

O título «Cheira a novo espírito» parece destacar uma qualidade do álbum:

a) o aroma.

b) a originalidade.

c) a capacidade de se adaptar ao modelo em vigor.

d) a espiritualidade.

 

Quanto ao subtítulo, «A sapiência [...] anos», destaca

a) a precocidade da cantora.

b) o facto de a artista ser baixa.

c) a grande altura da cantora.

d) o doutoramento de Billie Eilish.

 

No primeiro período do texto (ll. 3-5),

a) contrasta-se o percurso anterior de Eilish, ainda inseguro, com o seu primeiro LP.

b) faz-se notar que, ainda que se trate do primeiro LP, Eilish já tem currículo.

c) considera-se que, apesar dos seus dezassete anos e da natural falta de experiência, o LP convence.

d) salienta-se que Billie Eilish consegue um êxito com este que é o seu primeiro longa-duração.

 

Este primeiro período (ll. 3-5) é um ato de fala

a) declarativo.

b) assertivo.

c) compromissivo.

d) diretivo.

 

«de êxito» (l. 5) é

a) complemento oblíquo.

b) complemento do nome.

c) complemento do adjetivo.

d) modificador do grupo verbal.

 

Em «A nossa resposta a todas estas questões, depois de escutados com redobrada atenção os 14 temas que compõem o álbum, é um estrondoso e redondo sim» (ll. 10-12), «todas estas questões» reporta-se a

a) duas perguntas que estão no texto no manual e outra ou outras que terão sido cortadas.

b) três perguntas que estão no texto no manual e outra ou outras que terão sido cortadas.

c) três perguntas que estão no texto no manual.

d) duas perguntas que estão no texto no manual.

 

«um estrondoso e redondo sim» (l. 12) mostra que o recenseador crítico

a) desconfia do real valor da artista.

b) assume que ainda não é seguro que Billie Eilish consiga corresponder a todas as expetativas.

c) ficou absolutamente convencido com a qualidade do álbum.

d) gostou dos catorze temas que compõem o álbum mas tem reticências quanto ao valor de Eilish.

 

No primeiro parágrafo da p. 341 (ll. 13-16) destaca-se a necessidade de haver artistas «selvagens», que seriam os que

a) seguem as normas estipuladas com docilidade.

b) não têm medo de ir contra o que estabelece o modelo geral.

c) se irritam quando os alunos chegam atrasados.

d) têm entradas à Pepe, Otamendi ou Coates.

 

«artistas “selvagens”» (l. 14) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) complemento indireto.

c) complemento do adjetivo.

d) sujeito.

 

«refrão orelhudo» deve querer dizer ‘refrão

a) que fica no ouvido’.

b) que usa aqueles aparelhos da Acústica Médica publicitados por locutores quase reformados’.

c) desagradável’.

d) difícil’.

 

O segundo período do segundo parágrafo da p. 341

a) destaca a produção pela casa editora.

b) salienta o caráter, muito pessoal, da produção.

c) dá importância à maneira de trabalhar, coletivamente, de Billie Eilish.

d) dá relevo à novidade das melodias.

 

Na l. 25, o pronome «os» — em «combate-os» — é

a) termo antecedente de «monstros no armário» (l. 25).

b) anáfora de «monstros no armário» (l. 25).

c) catáfora de «maus sentimentos» (l. 26).

d) termo anafórico de «maus sentimentos» (l. 26).

 

«para expurgar maus sentimentos» (l. 26) é

a) complemento do nome.

b) complemento do adjetivo.

c) complemento oblíquo.

d) modificador apositivo do nome.

 

O «que» na penúltima linha do texto (l. 30) é um pronome relativo e desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) sujeito.

c) complemento oblíquo.

d) complemento do nome.

[Turmas 1.ª, 3.ª, 4.ª:] Nas crónicas gastronómicas de Miguel Esteves Cardoso — que saem na Fugas, o suplemento do Público aos sábados —, o escritor embevece-se com, aparentemente, pouco (um pitéu, algum requinte de culinária, uns simples pratos tradicionais). Relanceia os exemplares que te tenham calhado e vê como estes textos ficam entre a apreciação crítica, o artigo de opinião, a crónica. Foco principal nestes textos de MEC: um restaurante; um prato; uma refeição (mesmo sem ser em restaurante); um dado alimento; um ingrediente.

Escreve um texto no mesmo género, um pouco mais pequeno, de idêntico teor gastronómico.

[Turma 5.ª:] Escreve a apreciação crítica pedida no ponto 5. de «Praticar» na p. 341.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Em Gaveta de Nuvens lê as fichas do Caderno de atividades, já corrigidas, de ‘Complemento do nome’ e de ‘Complemento do adjetivo’.

 

 

Aula 95-96 (26 [1.ª, 3.ª], 27/mar [4.ª, 5.ª]) Correção de questionário de compreensão de apreciação crítica (cfr. Apresentação).

Leituras em voz alta para...

Apuramento da constituição dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões

10.º 1.ª

Fila da janela

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Alice

 

 

Mada

 

 

Matilde S.

 

 

Tiago

 

 

Lucas

 

 

Margarida

 

 

Clara

 

 

Ester

 

 

 

Segunda fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

André

 

 

Macedo

 

 

 

Cecília

 

 

Neves

 

 

Constança

 

 

Cristian

 

 

 

Terceira fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Bernardo

 

 

Alex

 

 

Joana

 

 

Laura

 

 

Inês

 

 

Rodrigo

 

 

Leandro

 

 

Miguel

 

 

 

Fila da parede

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

João

 

 

Bea

 

 

Leo

 

 

 

 

 

Matilde Ch.

 

 

 

 

 

Duarte

 

 

 

 

 

 

Apuramento da constituição dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões

10.º 3.ª

Fila da janela

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

 

 

Mariana

 

 

Joana

 

 

Henrique

 

 

Leonor

 

 

Tiago N.

 

 

Ribeiro

 

 

Ana

 

 

 

Segunda fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Anna

 

 

Talia

 

 

 

Helena

 

 

Tiago E.

 

 

Bia

 

 

Gonçalo

 

 

 

Terceira fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Marta

 

 

Afonso

 

 

Letícia

 

 

Eduardo

 

 

Mariana R.

 

 

Bea

 

 

Diogo

 

 

Neuza

 

 

 

Fila da parede

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Carlos

 

 

Artur

 

 

Carol

 

 

Carolina

 

 

António

 

 

Rodrigo

 

 

Augusto

 

 

 

 

 

 

Apuramento da constituição dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões

10.º 4.ª

Fila da janela

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Afonso

 

 

 

 

 

Francisco

 

 

Gonçalo

 

 

André

 

 

Elton

 

 

Carolina

 

 

Eliana

 

 

 

Segunda fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Lourenço

 

 

Leonor

 

 

 

João

 

 

Lara

 

 

Joana B.

 

 

Martim

 

 

 

Terceira fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Joana C.

 

 

Manuel

 

 

Margarida R.

 

 

Margarida N.

 

 

Marta

 

 

Ana

 

 

Mariana A.

 

 

Mariana R.

 

 

 

Fila da parede

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Sofia

 

 

Sarah

 

 

Santi

 

 

Ranya

 

 

Miguel

 

 

Rafa

 

 

Leonor Maria

 

 

Leonor F.

 

 

 

Apuramento da constituição dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões

10.º 5.ª

Fila da janela

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

André

 

 

Ana

 

 

Gonçalo S.

 

 

Guilherme

 

 

Miguel

 

 

Rafaela

 

 

Luna

 

 

Tiago C.

 

 

 

Segunda fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Duarte

 

 

 

 

 

 

Rita S.

 

 

Rita A.

 

 

Joana

 

 

Tiago M.

 

 

 

Terceira fila

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Frederico

 

 

 

 

 

José

 

 

Leonor

 

 

Rodrigo

 

 

Rosa

 

 

Tomás

 

 

João

 

 

 

Fila da parede

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Aluno

Nota minha

Nota do mestre

Giuliana

 

 

Gonçalo F.

 

 

Matias

 

 

Matilde

 

 

Salvador

 

 

Santiago

 

 

Sara

 

 

 

 

 

 

Alguns adjetivos que podem selecionar Complemento do adjetivo

aborrecido (com)

abundante (em)

adaptado (a)

admissível (a/em)

agradável (de)

alérgico (a)

alheio (a)

amável (com)

anexo (a)

ansioso (por)

anterior (a)

apto (a)

atento* (a)

ausente (de)

ávido (de)

baseado (em)

benéfico (a)

cansado (de)

capaz* (de)

cercado (de/por)

certo (de)

cheio (de)

compatível* (com)

conciliável* (com)

condescendente (com)

confiante (em)

conivente (com)

consciente* (de)

contemporâneo (de)

contente* (com)

convencido (de)

convergente (com)

crente (em)

desejoso (de)

difícil (de)

digno* (de)

disponível* (para)

distante (de)

divergente (de)

doente (por)

entendido (em)

estranho (a)

experiente* (em)

fácil (de)

feliz* (por)

fiel* (a)

hábil (em)

hostil (a)

ignorante (de)

iludido* (com)

impossível (de)

imune (a)

indeciso (em)

indispensável (a/para)

inerente (a)

interessado (em)

leal* (a)

livre (de)

necessário* (a/para)

nocivo (a)

orgulhoso (de)

originário (de)

parecido (com)

passível (de)

posterior (a)

predisposto (a)

prejudicial (a)

preocupado (com)

presente (em)

pronto (a)

propenso (a)

propício (a)

próximo (de)

radiante (a/com)

receoso (de)

recetivo(a)

resistente (a)

satisfeito* (com)

seguro (de)

semelhante (a)

sensível* (a)

simpático (com)

solúvel* (em)

surpreendido (com)

suscetível (a/de)

triste (com)

unânime (em)

útil* (a)

* E respetivos antónimos derivados por prefixação (“desatento (a)”. “incapaz (de)”, “incompatível (com)”, ...)

 

Alguns verbos que selecionam Complemento oblíquo

abdicar (de)

concorrer (a)

entrar (em)

precisar (de)

abster-se (de)

confiar (em)

esquecer-se (de)

recordar-se (de)

abusar (de)

contar (com)

falar (de)

recorrer (a)

acabar (com)

convencer-se (de)

fugir (de)

renunciar (a)

aceder (a)

crer (em)

gostar (de)

residir (em)

acreditar (em)

cuidar (de)

importar-se (com)

sair (de)

aderir (a)

delegar (em)

insistir (em)

simpatizar (com)

afastar-se (de)

depender (de)

interessar-se (por)

sofrer (de)

aludir (a)

descer (de)

interferir (em)

subir (a)

apaixonar-se (por)

desconfiar (de)

investir (em)

suspeitar (de)

apoderar-se (de)

descrer (de)

ir (a/para)

transformar (em)

aspirar (a)

desistir (de)

livrar (de)

vir (de)

assistir (a)

dirigir-se (a/para)

munir-se (de)

viver (em)

atrever-se (a)

discordar (de)

necessitar (de)

voltar (a/de)

candidatar-se (a)

dispor (de)

olhar (por)

votar (em)

cansar-se (de)

dispor-se (a)

participar (em)

zelar (por)

chegar (a)

dotar (de)

partir (para)

 

concordar (com)

duvidar (de)

pensar (em)

 

 

Verbos copulativos (selecionam Predicativo do sujeito)

ser, estar, continuar, ficar, parecer, permanecer, revelar-se, tornar-se, andar [no sentido de ‘estar’], ...

 

Verbos transitivos predicativos (selecionam Predicativo do complemento direto)

achar, chamar, considerar, declarar, deixar [“deixou aberta a porta”], designar, eleger, julgar, nomear, proclamar, supor, ter (por), tornar, tratar (por), ...

 

Alguns nomes que podem selecionar Complemento do nome, cfr. manual, p. 156

 

Escreve o texto pedido na p. 151, em 1.1 («uma breve exposição na qual comproves que, como refere o texto, Inês é uma “personagem dinâmica”»). Não deixes de ler o excerto transcrito em 1 (de Cristina Almeida Ribeiro).

Não te preocupes em seguir a organização do texto que é sugerida a partir de «A tua exposição deve incluir».

Ao contrário, deves incluir na tua exposição um complemento do nome, um complemento do adjetivo, um complemento oblíquo, um predicativo do sujeito, um predicativo do complemento direto. (Sublinharás cada um destes constituintes, pondo também uma sigla que os identifique.)

A tinta.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

Como sucede em tantos filmes e narrativas, O Leitor — o filme que começámos a ver na última aula — inicia-se em época mais recente (Berlim, 1995), recuando depois ao passado, numa analepse de quase quarenta anos (Neustadt, 1958). O pretexto para a analepse, neste caso, é um elétrico avistado da janela.

Como se verá, em O Leitor não faltam citações de autores da literatura universal:

Autor

Obra

Data

País

Personagens

Género

Horácio

Epodos

30 a.C.

Roma

 

Poesia lírica

Safo

Fragmento 16

séc. VII a.C.

Grécia

 

Poesia lírica

G. E. Lessing

Emilia Galotti

1772

Alemanha

Emilia Galotti

Drama

Homero

Odisseia

séc. VIII a.C.

Grécia

Ulisses, Penélope, Telémaco

Poema épico

Mark Twain

Aventuras de Huckleberry Finn

1884

EUA

Huckleberry Finn,

Tom Sawyer

Novela de aventuras

D. H. Lawrence

O amante de Lady Chatterley

1928

Reino Unido

Constance Chatterley, Clifford Chatterley, Oliver Mellors

Novela passional, psicológica

Hergé

[série de Tintin]

1929-...

Bélgica

Tintin, Haddock, Milou

BD

Anton Tchékhov

A senhora do cãozinho

1899

Rússia

Dimitri Gurov,

Ana Siergueievna

Conto

Lev Tolstói

Guerra e Paz

1865-1869

Rússia

Pedro Bezukov, entre muitas

Romance-fresco

 

 

Aula 97-98 (29/mar [4.ª], 31/mar [1.ª, 3.ª], 3/abr [5.ª]) Correção de acróstico sobre Crónica de D. João I; e de comentário feito na aula anterior.

[Exemplo de comentário:]

Com efeito, também nós, inicialmente, considerámos Inês pcduma personagem plana. Nessa primeira impressão, coincidente cacom o «primeiro ato» da farsa, Inês parecia psuma verdadeira personagem-tipo. Ilustraria o tipo vicentino da rapariga fútil (leviana, como diz Cristina Almeida Ribeiro). Procedia de modo previsível, obedecendo apenas ao seu capricho, casar com um homem «discreto» (galanteador e que soubesse tocar viola). Não faz caso dos conselhos da mãe e de Lianor. Não pondera a hipótese cnde Pero ser um bom partido e acredita cona retórica de Brás da Mata. É uma caricatura cnda rapariga casadoira, só preocupada cacom as aparências.

No entanto, a má experiência do casamento com o escudeiro faz que Inês se torne objetiva, fria. Transforma-se conuma personagem mais complexa. Assim, depois que casa de novo, agora com Pero Marques, temos até dificuldade cnem definir a sua psicologia: mantém-se ansiosa capor divertimento, desejosa cade namoricos, mas, dir-se-ia, não abdica code certo espírito de desforra. Achamo-la pcdpróxima de Georgina (que também preferiu um asno).

Leituras em voz alta

Completa, usando o que já conheças ou que ainda possas investigar acerca de Gil Vicente e da Farsa de Inês Pereira. Faz trabalho criativo e cuidadoso. Alguns conselhos que dei para Alfabeto Pessoal e para acróstico com Crónica de D. João I são úteis ainda.

F     de Fernando ...

        ...

A     ...

        ...

R     de Rúben SemedoSe for verdade que o ex-Fofó (que todos dizem «discreto no falar»)

        sequestrou e maltratou alguém, podemos dizer que é uma espécie de Brás da Mata.

S      ...

        ...

A     ...

        ...

 

D     de DisparatePero Marques reaparece como personagem de Juiz da Beira, onde, mais do que

        para ilustrar o tipo do simplório, surge como pretexto de uma série de ações disparatadas.

E     ...

        ...

 

I      ...

        ...

N     de Nonas (ou Novenas)Quase nem reparamos que a Farsa, pertencendo ao modo

        dramático, é, ainda assim, teatro em verso (as suas estrofes têm nove versos, são nonas).

Ê     ...

        ...

S      ...

        ...

 

P     ...

        ...

E     ...

        ...

R     ...

        ...

E     ...

        ...

I      de Inesinha — ...

        ...

R     ...

        ...

A     ...

        ...

TPC — Faz (completa) acróstico de Farsa de Inês Pereira.

 

 

Aula 99-100 (3 [1.ª, 3.ª], 4/abr [5.ª, 4.ª]) Num dos episódios finais de Último a sair, Rui Unas e Bruno Nogueira ensaiam clichés para usarem assim que um deles seja expulso. Quando, às vezes, lhes critico o uso de lugares comuns em redações, estou a pensar, no fundo, no que se vai designando agora mais como «cliché» (< fr. cliché, ‘chapa ‘).

Classifica a função sintática que desempenham os constituintes sublinhados.

Clichés de despedida (e supostos clichés)

Funções sintáticas

Se tu saíres, eu também saio.

modificador (de frase)

A casa não será a mesma coisa sem ti, Rui.

 

Eu fico lá fora, à tua espera, meu.

 

Até a barraca abana.

 

A casa, sem ti, vai ficar muita vazia, meu.

 

Foi o país e o mundo.

 

Que dizem os teus olhos?

 

Eles só passam as imagens que lhes convêm.

 

Quando lavas os pés, vais mesmo lá abaixo ou esfregas os pés um no outro?

modificador (do grupo verbal)

Outros trechos

Funções sintáticas

Faltam aqui coisas, tipo...

 

Estás a ver, correu-me mal.

 

Só havia uma hipótese de ele não sair.

 

Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de tal coisa.

 

Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de tal coisa.

 

Classifica o ato ilocutório presente em cada uma das intervenções (de Último a sair, expulsão de Débora):

Intervenções

Atos de fala

Eliminada. (no gráfico)

 

Os portugueses acabaram de decidir.

 

Fogo, meu! (dito por Luciana Abreu)

 

Baza!

 

Vou ser a única mulher aqui na casa. (Luciana, chorosa)

 

Tem dois minutos para abandonar a casa.

 

Ah! Lindo, lindo, lindo! (Roberto Leal a ver Débora a abraçar Unas)

 

Porque é que fizeste isso, Débora? (por Unas)

 

Só tenho pena de não ter comido o açoriano.

 

Amo-te Débora! (por Débora)

 

* Sim, vou descongelar duas portadas para o jantar do César.

 

 

Questionário de gramáticaVersão com Paulinho incapaz de marcar golos

Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome; complemento do nome; complemento do adjetivo) as expressões sublinhadas. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.

Com frequência, a acentuação das esdrúxulas é esquecida pelos alunos.

1 —

2 —

Armindo, por favor, com a gentileza que todos te reconhecem, traz-nos o DVD de O Leitor.

1 —

2 —

Saoirse Ronan, a Briony de Expiação, também é atriz interveniente em A Paixão de Van Gogh.

1 —

2 —

A fútil Inês Pereira achava o bom do Pero Marques demasiado simplório.

1 —

2 —

Os sportinguistas consideram Paulinho incapaz de marcar golos.

1 —

2 —

Hawking, que comunicava por meio dos músculos da bochecha, sofria de esclerose lateral amiotrófica.

1 —

2 —

Foi dedicado a Bernardo Sassetti, sentidamente, um dos últimos discos de Rui Veloso.

1 —

2 —

Quando foi para Arzila, o cobarde Brás da Mata disse ao moço que vigiasse Inês.

1 —

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No Centro Ismaili, com a sua faca bué fofa, Abdul agrediu-nos.

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Classifica o ato de fala quanto ao objetivo ilocutório (declarativo, compromissivo, assertivo, expressivo, diretivo):

Percebes os atos de fala?

Declaro-te que não foi culpa minha.

 

 

Versão com surto psicótico de Abdul

Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome; complemento do nome; complemento do adjetivo) as expressões sublinhadas. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.

Para teu bem, Inês, por favor, não dês o sim ao repelente Brás da Mata.

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Invólucros para recolha de cocós foram oferecidos à escola por um antigo aluno.

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Kate Winslet, a Hanna Schmitz de O Leitor, foi protagonista de Titanic.

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Porque Maguire é suplente, o capitão tem sido Bruno, que anda zangado com Crisnaldo.

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A declaração da UELVA nomeou o nosso mestre único responsável pelo sorteio da Champions.

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Chegaram anteontem, pelas dezoito e trinta,os livros que a Hanna pedira.

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Cumprimentei-te junto da porta de emergência, com a consciência absolutamente tranquila.

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Regressaram de Castelo Branco ontem mesmo os cães da Alzira.

1 —

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O Moço, descontente com o Escudeiro, sublinhava que não tinha calçado decente.

1 —

2 —

Classifica o ato de fala quanto ao objetivo ilocutório (declarativo, compromissivo, assertivo, expressivo, diretivo):

No dia 17 de abril cá estarei na nossa aula.

Tenho dúvidas de que Abdul tivesse um surto psicótico.

 

 

Liga dos Campeões — Sorteio

10.º 1.ª

Potes de ...

Alunos

Baiernes, Reais, Peessegês e Portos

[1 (19-16,5)]

Miguel, Laura, Neves, Alex

Liverpuis, Barcelonas, Sevilhas e Chélsis

[2 (16-14,5)]

Bea, Alice, Margarida, Inês

Benficas, Spórtingues, Ínteres e Chaquetares

[3 (14-13)]

Cecília, Constança, João, Joana, Ester, Matilde Ch., Matilde S., Macedo, Mada, Tiago, Cristian

Marselhas, Céltiques, Rângeres e Zagrebes

[4 (13-os que não chegaram a ler)]

Clara, Duarte, Leo, Lucas, André, Leandro, Rodrigo, Bernardo

10.º 3.ª

Potes de ...

Alunos

Baiernes, Reais, Peessegês e Portos

[1 (18-16,5)]

Bea, Letícia, Leonor, Marta, Ana, Carlos

Liverpuis, Barcelonas, Sevilhas e Chélsis

[2 (15-13,5)]

Joana, Carol, Rodrigo, Augusto, Mariana R., Helena, Henrique, Anna

Benficas, Spórtingues, Ínteres e Chaquetares

[3 (13,5-12,5)]

Artur, Tiago N., Carolina, Gonçalo, Talia, António, Mariana

Marselhas, Céltiques, Rângeres e Zagrebes

[4 (12-8)]

Neuza, Diogo, Ribeiro, Afonso, Eduardo, Tiago E., Zé, Bia

10.º 4.ª

Potes de ...

Alunos

Baiernes, Reais, Peessegês e Portos

[1 (17-16)]

Joana B., Sofia, Gonçalo, Margarida R., Carolina, Marta

Liverpuis, Barcelonas, Sevilhas e Chélsis

[2 (16-14,5)]

Ranya, Afonso, Rafa, Leonor, Leonor F., Leonor Maria

Benficas, Spórtingues, Ínteres e Chaquetares

[3 (14-12,5)]

Joana C., Lourenço, Martim, Margarida N., Sarah, Santi, Miguel

Marselhas, Céltiques, Rângeres e Zagrebes

[4 (12-os que não chegaram a ler)]

André, João, Ana, Lara, Mariana A., Mariana R., Eliana, Manuel, Elton, Francisco

10.º 5.ª

Potes de ...

Alunos

Baiernes, Reais, Peessegês e Portos

[1 (15,5-14)]

Frederico, Miguel, Matilde, Salvador, Tiago M.

Liverpuis, Barcelonas, Sevilhas e Chélsis

[2 (14-13,5)]

Giuliana, Rosa, Leonor, Sara, Tomás, Duarte, André, Ana

Benficas, Spórtingues, Ínteres e Chaquetares

[3 (13,5-12)]

Gonçalo S., Tiago C., Rodrigo, Guilherme, Rita A., José

Marselhas, Céltiques, Rângeres e Zagrebes

[4 (11,5-os que não chegaram a ler)]

Santiago, Joana, Rita S., João, Matias, Gonçalo F., Luna, Rafaela

Nota importante — Alunos do mesmo país (carteira) não podem ficar no mesmo grupo.

Grupo A

Grupo B

Grupo C

Grupo D

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apurados para os oitavos de final (os quatros primeiros de cada grupo)

 

 

 

 

 

Apurados para a Liga Europa (quintos, sextos, sétimos, oitavos)

 

 

 

 

 

Como se trata de fase em poule, a classificação de cada grupo resultará das pontuações de vários «jogos», incluindo leitura em voz alta mais ou menos expressiva, em geral a preparar em casa. São apurados para a fase final da Liga dos Campeões os quatro primeiros de cada grupo, seguindo-se eliminatórias, segundo estrutura muito inteligente (A1 × B4; B1 × A4; ...). Restantes clubes (isto é, alunos) ficam apurados para a Liga Europa. Este outro troféu será disputado logo em eliminatórias, definidas também segundo as classificações obtidas na fase preliminar da Liga dos Campeões. Os derrotados nos oitavos de final da Liga dos Campeões também se incorporarão numa eliminatória posterior da Liga Europa.

TPC férias — Aproveita para ler livros (vê agora se ainda se convém que te empreste algum). Já quase no final das férias, devo pôr anúncio de leituras de sonetos a fazer para efeitos de Liga dos Campeões (por favor, consulta blogue; e tem manual contigo).

 

 

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