Aulas (1.º período, 2.ª parte: 36-67)
Aula 36-37 (4 [1.ª, 4.ª, 6.ª] e 5/nov [3.ª])
Correção do questionário (de gramática) sobre «Lisbon Revisited (1923)» (ver Apresentação).
Como
alguém já disse, Álvaro de Campos é o «duplo extrovertido de Pessoa». As
seguintes características encontram-se quer em poemas de Campos quer em muitos
textos ortónimos:
Atitude de autoanálise
Tédio existencial
Inadaptação à vida
Evocação nostálgica da infância
Associação da inconsciência à felicidade
Oposição sonho-realidade
Dor de pensar
Na
coluna à direita dos versos de «Tabacaria» (pp. 133-135), escreve a
característica que cada um deles pode ilustrar (vá lá, não escrevas
abreviadamente, escreve por extenso):
Versos
de «Tabacaria»
|
Motivos Campos
&Ortónimo
|
«Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso
querer ser nada.» (vv. 1-3)
|
Tédio existencial
|
«Olha que não há mais metafísica no mundo
senão chocolates. / Olha que as religiões todas não ensinam mais que a
confeitaria» (vv. 46-47)
|
|
«Que sei eu do que serei, eu que não sei o que
sou? / Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!» (vv. 33-34)
|
|
«Fiz de mim o que não soube, / E o que podia
fazer de mim não o fiz» (vv. 59-60)
|
|
«Falhei em tudo. / Como não fiz propósito
nenhum, talvez tudo fosse nada» (vv. 25-26)
|
|
«Come chocolates, pequena» (v. 44)
|
|
«À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do
mundo» (v. 4)
|
|
«Estou hoje vencido, como se soubesse a
verdade.» (v. 14)
|
|
«Não, não creio em mim» (v. 40)
|
|
«Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
/ Talvez fosse feliz» (vv. 92-93)
|
|
«Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
/ À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, / E à sensação
de que tudo é sonho, como coisa real por dentro» (vv. 22-24)
|
|
«Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata,
que é de folhas de estanho, / Deito tudo para o chão, como tenho deitado a
vida» (vv. 50-51)
|
|
«Deito tudo para o chão, como tenho deitado a
vida» (v. 51)
|
|
«Pudesse eu comer chocolates com a mesma
verdade com que comes» (v. 49)
|
«Na
tabacaria» (p. 136) é um trecho de A
máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe. Aí se alude a Pessoa e ao
poema que acabámos de ver (e te pedira lesses em casa).
Num
comentário-síntese, explica como neste excerto de um romance se usou o poema de
Álvaro de Campos. No teu texto terão de surgir estas sete expressões (sublinha-as
depois; podem ficar no plural): sujeito
poético, poeta, autor, escritor, narrador, personagem, protagonista.
...
TPC — Lança as emendas que fiz à primeira
versão do conto para o concurso Correntes
d’escritas. Depois, traz-me o exemplar com as emendas e a versão limpa. Por
vezes, usei dois signos que nem todos compreenderão: um sinal de cardinal (#)
para introduzir espaço; um vê traçado (aproximadamente: ¥), para tirar espaço
que estivesse a mais. Também posso ter sugerido travessões verdadeiros em vez
de hífens (alt + 0151 costuma dar
bons travessões; inserir Símbolo e,
depois, Carateres especiais, também).
No exemplar passado a limpo, não porás o teu nome (podes é subscrever o texto
já com um pseudónimo); de qualquer modo, estes aspetos para envio dos texto a
concurso vou remetê-los para mais tarde. Quanto ao tipo de fonte (da letra),
tamanho, espaço interlinear, pode ficar ao vosso critério, até para não parecer
que os textos foram trabalhados coletivamente. Em outros concursos, costuma
pedir-se Times New Roman, corpo 12, dois espaços. Creio, porém, que esse
espacejamento é exagerado (bastará 1,5). Preferia que os parágrafos fossem
europeus (ou seja com uma margem inicial e sem grande espaço entre parágrafos;
os americanos é que preferem não fazer margem inicial e separar os parágrafos
com uma linha de espaço). Poria o texto justificado (à direita e à esquerda).
Aula 38-39 (5 [6.ª], 7/nov [3.ª]; este bloco de
aulas não se realizou nas turmas 1.ª, 4.ª, porque calhou em dia de greve)
Para
responderes a perguntas segundo o modelo do grupo I-A dos exames, lê com
atenção os excertos seguintes de «A Passagem das Horas», de Álvaro de Campos.
Sentir
tudo de todas as maneiras,
Viver
tudo de todos os lados,
Ser
a mesma cousa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar
em si toda a humanidade de todos os momentos
Num
só momento difuso, profuso, completo e longínquo.
Eu
quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu
torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo
com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja
uma flor ou uma ideia abstrata,
Seja
uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E
eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me
simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E
são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque
ser inferior é diferente de ser superior,
E
por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo
com alguns homens pelas suas qualidades de carácter,
E
simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E
com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E
há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.
Sim,
como sou rei absoluto na minha simpatia,
Basta
que ela exista para que tenha razão de ser.
Estreito
ao meu peito arfante num abraço comovido
(No
mesmo abraço comovido)
O
homem que dá a camisa ao pobre que desconhece,
O
soldado que morre pela pátria sem saber o que é pátria,
E…
E
o matricida, o fratricida, o incestuoso, o violador de crianças,
O
ladrão de estradas, o salteador dos mares,
O
gatuno de carteiras, o sombra que espera nas vielas –
Todos
são a minha amante predileta pelo menos um momento na vida.
[…]
Multipliquei-me
para me sentir,
Para
me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei,
não fiz senão extravasar-me,
Despi-me,
entreguei-me,
E
há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
Fernando Pessoa, Poesia
dos Outros Eus, edição de Richard Zenith, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007
1. Identifica a fase da
obra do heterónimo pessoano em que se integra o poema, fundamentando
devidamente a tua resposta.
1. O texto insere-se na
fase futurista/sensacionista da obra de Álvaro de Campos, uma vez que se
caracteriza _________.
2. Para Álvaro de Campos, a única realidade é a sensação. Explica como
esta realidade se torna visível no poema.
2. Para o sujeito poético,
o mais importante é _________. Afirma que __________.
3. Identifica os
mecanismos linguísticos e estilísticos utilizados para transmitir a forte carga
emotiva e o sensacionismo dinâmico ao longo do texto.
3. A emotividade e o
dinamismo servem-se, no plano da linguagem e do estilo, dos seguintes recursos:
_________
4. O poema constitui uma intensa e paradoxal autorreflexão. Comprova a
afirmação com elementos textuais.
4. O poema está centrado
no “eu”, que se torna presente, no discurso, através de deíticos de primeira
pessoa, como pronomes (______), determinantes (______) e formas verbais (______).
O sujeito poético reflete sobre o seu sensacionismo que, por ser tão
exacerbado, confere à sua personalidade uma dimensão paradoxal, expressa em
afirmações como as presentes nos versos 12-13 e 16-17 e resumidas no verso
final da composição (que sintetiza metaforicamente a sua veneração por aspetos
distintos, mesmo que contraditórios).
TPC — Lê «Cruz na porta da tabacaria!» (em Gaveta
de Nuvens).
Aula 40 (5 [4.ª], 7/nov [1.ª, 6.ª]; na turma
3.ª, esta aula, que calharia em dia de greve, não se realizou, sendo o seu
conteúdo antecipado para a aula 38-39 desta turma; na turma 6.ª, em vez do jogo
do stop, já realizado antes, redigiu-se Alfabeto Pessoano)
[Jogo do Stop:] Nos sujeitos e nos
complementos diretos não contam eventuais determinantes (a letra será a do nome
ou pronome); no complemento indireto, haverá sempre, é claro, a preposição «a»
(contraída ou não), mas o que conta será o resto; o «por» não conta no caso de
agentes da passiva; no caso de modificadores ou de complementos oblíquos, se
houver preposição inicial, esta não conta para definir a letra inicial. Nos
verbos das frases passivas, o auxiliar não conta (é a inicial do particípio
passado que interessará).
Letra
|
Estrutura
|
|||
I
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Modificador do grupo verbal
|
Complemento oblíquo [País]
|
A
Irene
|
irá
|
no
inverno
|
a
Inglaterra
|
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento indireto
|
Complemento
direto
|
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Predicativo do c. direto
|
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Modificador do grupo verbal [País]
|
|
Modificador do GV [Capital]
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Predicativo do sujeito
|
|
Sujeito
|
Núcleo do Predicado
|
Agente da passiva
|
Modificador do grupo verbal
|
|
Sujeito [Figura artística]
|
Modificador apositivo
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
|
Vocativo
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Complemento indireto
|
|
Sujeito [Figura pública]
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Modificador do grupo verbal
|
|
Sujeito [Desportista]
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Modificador restritivo do nome
|
|
Núcleo do Predicado
|
Complemento direto
|
Complemento indireto
|
Modificador do grupo verbal
|
|
Sujeito [Banda]
|
Núcleo do predicado
|
Agente da passiva
|
Modificador do grupo verbal
|
|
TPC — (1) [só para 12.º
1.ª e 12.º 4.ª:] Resolve as quatro perguntas sobre o trecho de «A Passagem das
Horas», de Álvaro de Campos; (2) [para todas as turmas:] Consoante o teu grupo
na Liga dos Campeões, prepara leitura em voz alta de: [Grupo A:] «Ode triunfal»
(mas só pp. 117-118); [Grupo B:] «Ode triunfal» (mas só pp. 119-120); [Grupo
C:] «Tabacaria» (pp. 133-135); [Grupo D:] «Lisbon Revisited (1923)» (pp.
131-132) + «Aniversário» (pp. 127-128).
Aula 41-42 (11 [1.ª, 4.ª, 6.ª] e 12/nov [3.ª]) Depois de, na p. 79, leres o poema IX de «O Guardador de Rebanhos», de Alberto Caeiro, completa a tabela (sem deixar de reler no manual os passos que cite).
Trechos
|
Vv.
|
Figuras
|
Funcionalidade do
recurso estilístico
|
Sou
um guardador de rebanhos.
|
1
|
______
|
O
sujeito poético aproxima-se da natureza. A afirmação é a primeira premissa do
silogismo constituído pelos três primeiros versos, cuja conclusão será «o sujeito poético é um guardador de
______».
|
Penso
com os olhos e com os ouvidos / E com as mãos e os pés, / E com o nariz e a
boca.
|
4-6
|
Enumeração
|
Com
este inventário de órgãos sensoriais reforça-se o que se estipulara no v. 3
(a ______ do sentir físico).
|
Polissíndeto
|
A
articulação dos termos através da _____ «e» ajuda a representar o eu lírico como ingénuo, simples,
infantil, ao mesmo tempo que acentua o citado predomínio das ______.
| ||
_______
|
Hierarquizam-se
as sensações de acordo com o grau de conhecimento que permitem apreender: as
impressões visuais são a primeira fonte de saber, seguindo-se as auditivas,
as tácteis, as olfativas e, por fim, as gustativas.
| ||
E
com as mãos e os pés / E com o nariz e a boca.
|
5-6
|
_________
/ Paralelismo
|
Através
da arrumação paralelística, consegue-se estilizar, «poetizar», o segmento,
que pretendia também afirmar a simplicidade (caeiriana) do eu.
|
Pensar
uma flor é vê-la e cheirá-la / E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
|
7-8
|
Metáfora
/ ______
|
Exemplifica-se
o que se teorizara antes (o poeta só pensa através das sensações — no caso,
visão, olfato, gosto). No v. 7, a ação sensorial está à direita (pensar = visão e olfato); no verso 8, a ordem é
a contrária (gosto = pensar).
|
Me
sinto triste de gozá-lo tanto,
|
10
|
_______
|
O
quase paradoxo marca talvez a aversão do eu
à perceção mental do gozo.
|
E
fecho os olhos quentes,
|
12
|
Sinestesia
|
Um
pouco forçadamente, talvez se possa considerar haver aqui uma associação do
_____ («quente») à visão («olhos»), que, de novo, tenderia a valorizar o
domínio das ______.
|
Sinto
todo o meu corpo deitado na realidade,
|
13
|
________
|
Sugere-se
a importância do sentir (do «corpo»), que seria a única via de acesso à «realidade».
|
Sei
a verdade e sou feliz.
|
14
|
Paralelismo
/ Bipartição do verso
|
Na
sequência da metáfora anterior, confirma-se a supremacia do ______ sobre o
pensar, assume-se a sensação como a autêntica forma de ______ e única fonte
de felicidade.
|
Resolve o ponto
5 da p. 80:
a.
___;
b.
___;
c.
___;
d.
___;
e.
___.
Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
Vejo que a morte está onde estou.
Taipais jazigo — tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele, alguém o via,
Ele era fixo. Eu, porque vou,
Não falto; por mim ninguém diria.
Desde ontem a cidade mudou.
Fernando Pessoa, Poemas de Álvaro de Campos, série menor, edição de Cleonice
Berardinelli, Lisboa, INCM, 1992
TPC — Escreve
um «Alfabeto Pessoano» (exemplo: A,
de África do Sul — A sua educação, de
tradição inglesa, decorreu na então colónia britânica. || B, de Bebida — Pessoa
bebia, segundo o próprio, não como uma esponja mas como um armazém de esponjas
e respetivo anexo. || C, de Caeiro — Segundo Fernando Pessoa, era o
Mestre dos outros heterónimos e de Pessoa ele-mesmo. || etc.). || etc. (todas
as letras do alfabeto, incluindo K, W, Y).
Aula 43-44
(12 [6.ª], 14 [3.ª] e
15/nov [1.ª, 4.ª]) Os dois textos de Alberto Caeiro na p. 73 não pertencem a «O
Guardador de Rebanhos», são de «Poemas Inconjuntos». Parecem autorretratos-epitáfios
do heterónimo de Pessoa. Dou-os aqui também, para que preenchas os versos em
falta com texto da tua lavra, de modo a que os poemas pudessem ficar como
autorretrato teu. Evita fazer coisa simplista. Forma não destoará da de Caeiro
(vai olhando bastante para o original) quanto a registo (literário); conteúdo
será o mais possível verdadeiro (enfim, tanto quanto é possível criares já
agora uma quase retrospetiva de vida).
Texto A
Se,
depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não
há nada mais _______________.
Tem
_______________________.
___________________________.
Sou
_____________ de definir.
_____________
como _________.
______________
sem ___________.
Nunca
tive ______________________.
_____________________________.
Compreendi
que __________________;
Compreendi
isto __________________.
Compreender
isto _________________.
Um
dia __________ como a _________.
Fechei
os olhos e __________________.
Além
disso, fui ____________________.
Texto B
Se
eu morrer muito novo, oiçam isto:
Nunca
fui senão _________________.
Fui
____________ como __________,
De
uma ________________________.
Fui
___________ porque não _______,
Nem
_________________________,
Nem
_________________________
_____________________________.
Não
desejei senão ____________ —
____________________________
____________________________
____________________________,
Sentir
_______________________,
E
__________________________.
Resolve
o ponto 7 da p. 74:
a. ___
b. ___
c. ___
d. ___
e. ___
Resolve
o ponto 1 da p. 75, em torno de «A novidade de Alberto Caeiro» (pp. 75-76), do
próprio Fernando Pessoa.
(1) ____________
(2) ____________
(3) ____________
(4) ____________
(5) ____________
(6) ____________
(7) ____________
(8) ____________
(9) ____________
(10) ____________
(11) ____________
(12) ____________
TPC — Lê o texto expositivo «Poesia e
poética de Alberto Caeiro» (pp. 89-90).
Aula 45 (12 [4.ª], 14 [1.ª, 6.ª], 15/nov [3.ª]) Nas
pp. 77-78 dá-se-nos a primeira metade do poema I de «O Guardador de Rebanhos»,
de Alberto Caeiro. Lê esses trinta versos.
Descobre
a estrofe que se segue ao v. 30, recopiando — na ordem que te pareça mais
plausível — os versos que dou baralhados.
Para
andar espalhado por toda a encosta
A
ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
Ou
quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
(Ou
ser o rebanho todo
É
só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol
E
corre um silêncio pela erva fora.
E
se desejo às vezes,
Por
imaginar, ser cordeirinho
___________
___________
___________
___________
___________
___________
___________
___________
A
seguir, dou-te todas as palavras de um dos poemas mais pequenos de «O Guardador
de Rebanhos». É um poema com dois tercetos (apenas seis versos, portanto).
Tenta chegar ao poema original. Agrupei as palavras por classes, mas em
desordem. Os sinais de pontuação são apenas três (aparecendo cada um deles uma
vez): ... / ? / .
||
um | a | um | o | o | as | Aquela | O ||
||
dos ||
||
piano | piano | correr | rios | murmúrio | árvores | senhora | Natureza ||
||
agradável | preciso | melhor | ouvidos ||
||
tem | é | é | é | é | fazem | ter | ter | amar ||
||
não ||
||
Para ||
||
E | Nem | mas ||
||
que | Que | que ||
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
TPC — Resolve o ponto 1/1.1 (Escrita) da p.
80. (Podes, se preferires, trazer esse texto já no início da próxima semana.)
Aula 46-47 (18 [1.ª, 4.ª, 6.ª] e 19/nov [3.ª]) Vai revendo «Poesia e poética de Alberto Caeiro» (pp. 89-90), que te pedira lesses em casa. Em cada item, escolhe a alínea com a melhor opção, circundando a letra respetiva.
Nos
dois primeiros parágrafos (ll. 1-9), refere-se duas contradições do primeiro
poema da série de «O Guardador de Rebanhos»:
a) entre o paradoxo como processo de
representação e a inocência do autor; entre o que se afirma no título e o que
se nega quase a seguir.
b) entre um pensamento poético complexo e a
inocência de Caeiro; entre os procedimentos poéticos e a natureza.
c) entre Caeiro e o guardador de rebanhos; entre
o contacto íntimo com a natureza e a poesia.
d) entre o título e a afirmação no primeiro
verso; entre elaboração do discurso e a alegada ingenuidade do eu poético.
Na l. 3, «que» é
a)
pronome relativo.
b)
conjunção completiva.
c)
conjunção comparativa.
d)
conjunção causal.
No
terceiro parágrafo (ll. 10-19), por um lado, menciona-se um processo (de
negação do que se afirmara antes) já observado no poema I, mas mostra-se ainda
que no poema IX
a) se estabelece uma teoria de raiz
sensacionalista.
b) se marca a importância das sensações e, em
particular, das visuais.
c) se considera a relação entre o poeta e o
mundo como prioritária.
d) a alusão aos sentidos não é aleatória: Caeiro
privilegia, antes de todos eles, a visão.
As
palavras «sensacionista» (l. 13), «olhos» (l. 14), «ouvidos», «mãos», «pés»,
«nariz», «boca» (l. 15), «sentidos» (l. 15), «sentidos» (l. 17), «visão»,
«audição», «tato», «olfato» e «gosto» (l. 19) contribuem para a coesão
a) referencial.
b) lexical.
c) interfrásica.
d) temporoaspetual.
A
oração introduzida por «que» em «Com esse misto de inocência e perversidade que
é a essência mesma da sua forma de estar no mundo» (ll. 21-22) é subordinada
a) substantiva completiva.
b) adverbial causal.
c) adjetiva relativa restritiva.
d) adjetiva relativa explicativa.
No
quarto parágrafo, nas ll. 23-25 são referidas duas aceções de «saber». Por esta
ordem:
a) ‘sabor’ e ‘gosto’.
b) ‘gosto’ e ‘conhecimento’.
c) referencial e conotativo.
d) ‘saber’ e ‘sabor’.
A
palavra «ambíguo» (l. 23) é usada com o sentido de
a) repetido.
b) polissémico.
c) expressivo.
d) inequívoco.
Segundo
o parágrafo inicial da p. 90 (ll. 29-41), Caeiro
a) prefere a religião à metafísica.
b) teria uma religiosidade, por assim dizer,
pagã, fundada nas sensações e na natureza.
c) prefere a metafísica à religião.
d) dá prioridade às sensações
e à natureza, sem, porém, descartar a cultura e a religião convencional.
No
contexto em que ocorrem, os termos «sensações» (l. 29) e «metafísica» (l. 30)
mantêm entre si um relação de
a) equivalência.
b) inclusão.
c) oposição.
d) hierarquia.
A
expressão «sob o signo de», usada na passagem «Caeiro procede a uma espécie de
reconstituição da ideia de Deus, sob o signo da Natureza» (ll. 33-34),
significa
a) dentro de.
b) com a influência de.
c) ao contrário de.
d) a partir de sinais de.
No
parágrafo que abrange as ll. 42-48, a referência à repetição da conjunção
copulativa ilustra como
a) o sujeito poético, sofregamente, se deixa
conduzir pelos sentimentos.
b) os polissíndetos desmentem as características
de Alberto Caeiro.
c) o estilo contradiz a alegada simplicidade de
Alberto Caeiro.
d) a linguagem usada no poema imita a
espontaneidade de Alberto Caeiro.
Com a utilização
de «que» (l. 42), inicia-se uma oração
a)
subordinada adjetiva relativa restritiva.
b)
subordinante.
c)
subordinada substantiva completiva.
d)
subordinada adjetiva relativa explicativa.
Relativamente
à reflexão desenvolvida no parágrafo anterior, o parágrafo iniciado por
«Contudo» (l. 49) apresenta
a) uma consequência.
b) um facto semelhante.
c) uma ideia equivalente.
d) uma posição adversa.
Com o recurso ao
conector «afinal» (l. 59), o enunciador insere um nexo
a)
causal.
b)
conclusivo.
c)
final.
d)
condicional.
No último
período do penúltimo parágrafo, defende-se que
a)
o verso livre faz que a poesia de Caeiro possa ser menos trabalhada.
b)
a «prosa dos meus versos» traduz a informalidade da poesia de Caeiro.
c)
a rima implica um cuidado rítmico que o verso não rimado dispensa.
d)
o verso, mesmo sem rima, obriga já a bastante elaboração poética.
No último
parágrafo (ll. 63-69),
a)
reconhece-se o magistério de Caeiro relativamente aos outros heterónimos.
b)
põe-se em causa a importância de Caeiro.
c)
declara-se atenuada a posição crucial de Caeiro relativamente aos outros
heterónimos.
d) considera-se estar
patente, na poesia de Caeiro, uma conceção contrastante com a do restante
Pessoa.
Lê
o poema XXI de «O Guardador de Rebanhos», de Alberto Caeiro. Depois, responde
aos quatro itens seguintes, que poderiam ser os de um grupo I de exame
nacional.
XXI
Se
eu pudesse trincar a terra toda
E
sentir-lhe um paladar,
E
se a terra fosse uma cousa para trincar,
Seria
mais feliz um momento…
Mas
eu nem sempre quero ser feliz.
É
preciso ser de vez em quando infeliz
Para
se poder ser natural…
Nem
tudo é dias de sol,
E
a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por
isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente,
como quem não estranha
Que
haja montanhas e planícies
E
que haja rochedos e erva…
O
que é preciso é ser-se natural e calmo
Na
felicidade ou na infelicidade,
Sentir
como quem olha,
Pensar
como quem anda,
E
quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E
que o poente é belo e é bela a noite que fica…
E
que se assim é, é porque é assim.
Fernando
Pessoa, Poesia dos Outros Eus, edição de Richard
Zenith, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.
1. Para o sujeito poético, a sensação é
tudo, valorizando a perceção das coisas tais como são. Transcreve do poema
expressões que provem que os sentidos estão em atividade.
Para o sujeito
poético, é vital sentir, afirmando mesmo que seria mais feliz “se ___________”
(v. 3). Neste poema, é evidente a valorização das sensações, como se pode
constatar através das expressões _______________. Sendo Caeiro um poeta do
“olhar”, verifica-se que dá especial realce às ________.
2. O sujeito poético olha o mundo com
naturalidade e simplicidade. Explica a influência desta atitude no modo de
sentir a vida.
O
sujeito poético aceita as coisas tais como elas são, valorizando a diferença
______ (“montanhas e planícies”, “rochedos e ervas”, vv. 12-13) e os momentos
bons e maus da vida (_____________________). Assim, considera que os aspetos
menos agradáveis da Natureza e da vida são uma realidade que é necessário
sentir e viver.
3. Com o verso “Sentir como quem olha” (v.
16), sintetizam-se algumas características da poesia de Alberto Caeiro.
Refere-as.
Partindo
do verso “Sentir como quem olha” (v. 16), podem apontar-se algumas
características da poesia de Alberto Caeiro, nomeadamente: ______________.
4. Relaciona o último verso com a mensagem
global do poema.
__________________
TPC — Responde a este grupo I-B de um exame
nacional (2007, 1.ª fase):
Tal como em Álvaro de Campos,
também em Alberto Caeiro as sensações são um elemento relevante.
Fazendo apelo à sua experiência de
leitura, exponha, num texto de sessenta [oitenta] a cento e vinte palavras, a
sua opinião sobre a importância das sensações na poesia de Caeiro.
Aula 48-49 (19 [6.ª], 21 [3.ª] e 22/nov [1.ª, 4.ª])
Correção do questionário de compreensão feito na aula anterior (ver Apresentação)
Quer
o poema XIV (que ponho a seguir) de «O Guardador de Rebanhos» quer o XXXVI (p.
81) abordam a futilidade da forma, a desnecessidade do trabalho estilístico em
torno dos textos.
XIV
Não
me importo com as rimas. Raras vezes
Há
duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso
e escrevo como as flores têm cor
Mas
com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque
me falta a simplicidade divina
De
ser todo só o meu exterior.
Olho
e comovo-me,
Comovo-me
como a água corre quando o chão é inclinado,
E
a minha poesia é natural como o levantar-se o vento...
Como justifica o sujeito poético o que começa
por declarar no v. 1?
......
E que o impede de concretizar cabalmente esse
seu conceito de poesia?
......
Agora, relaciona o poema XXXVI (no manual, p.
81) com a «poesia natural» defendida por Caeiro em «Não me importo com as
rimas».
......
Atribui
a cada um dos versos um dos valores elencados na pergunta 4.1 (da p. 82):
Vv.
|
Transcrição
|
Valor temático
|
9
|
Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira.
|
atitude
antimetafísica
|
10
|
E
olho para as flores e sorrio...
|
|
13
|
Mas
sei que a verdade está nelas e em mim
|
|
14
|
E
na nossa comum divindade
|
|
13-14
|
Mas
sei que a verdade está nelas e em mim
E
na nossa comum divindade
|
|
15-16
|
E
levar ao colo pelas Estações contentes
E
deixar que o vento cante para adormecermos
|
|
18
|
E não termos sonhos no nosso sono.
|
|
Resolve
o ponto 6 da p. 82:
a.
= __; b __; c. = __; d = __; e = __.
TPC — Resolve o ponto 1.1 da p. 76 (em cerca
de oitenta a cem palavras).
Aula 50 (19 [4.ª], 21 [1.ª, 6.ª], 22/nov [3.ª]) Nas
pp. 331-333 do manual, temos a matéria relativa a classificação de orações. (Em
Gaveta de Nuvens há uma reprodução de
capítulo de boa gramática sobre o assunto: Coordenação e Subordinação. Como
tenho feito com os assuntos que vamos revendo, vou pôr ainda o mesmo conteúdo
como está noutro bom manual de gramática.)
O
ano passado fizemos estudo razoavelmente detido das subordinadas adjetivas e das subordinadas
substantivas. Quanto às subordinadas
adverbiais, fomos mais breves (usámos, para ilustração, umas temporais, causais, condicionais,
mas não vimos as comparativas, as consecutivas, as concessivas).
Nas
coordenadas, trabalhámos com copulativas, adversativas, disjuntivas;
mas evitámos as conclusivas e as explicativas.
As
coordenadas explicativas —
introduzidas, em geral, por «pois» — poderiam confundir-se com subordinadas
causais (no entanto, as subordinadas causais podem antepor-se à subordinante; e
as coordenadas explicativas são sempre a segunda oração; além disso, nas
subordinadas causais haverá próclise, se for caso disso, e, nas explicativas,
ênclise):
Vou lá às terças depois da aula de Português, / porque
se come bem naquela taberna.
oração
subordinante
/ oração
subordinada adverbial _______
Porque se come bem naquela
taberna, / vou lá às terças depois da aula de Português.
oração
subordinada adverbial _____ / oração
_________
Vou lá às terças depois da aula de Português, / pois come-se bem naquela taberna.
oração
coordenada / oração
coordenada ______
* Vou lá às terças depois da aula de Português, /
pois se come bem naquela taberna.
* Pois
come-se bem naquela taberna, / vou lá às terças depois da aula de Português.
As
coordenadas conclusivas
(introduzidas por «logo» ou «por isso») não oferecem dificuldade, embora
estabeleçam uma causalidade por assim dizer inversa da de uma oração
subordinada causal:
Não estudei nada para o teste, / por isso tive
uma nota bué fraca.
oração
________ / oração coordenada _________
Nas
subordinadas substantivas temos
insistido nas completivas, embora
mais nas finitas («A Alice pretende
/ que o filho se torne saxofonista»)
do que nas não finitas («A Amélia
pretende / comprar um javali meiguinho»),
como aliás com todas as orações.
Não
temos trabalhado muito com as substantivas
relativas (temos sobretudo pensado nas relativas que têm função de
«adjetivo», mas não nestas relativas que não têm antecedente e cumprem função
sintática típica de grupo nominal):
Marco a itálico a subordinada substantiva relativa (e sublinho o pronome relativo).
Classifica a função de cada oração substantiva relativa:
Função sintática da oração relativa sem antecedente
|
Frase
|
Sujeito
|
Quem te ama / é um grande ingénuo.
|
|
Já sei / quem
marcará o golo da Suécia.
|
|
Dei os parabéns / a quem venceu o Prémio Tia Albertina.
|
|
Os lambões só gostavam / de quem lhes trazia bolos.
|
|
Ronaldo jogará / onde Paulo Bento queira.
|
Nas
orações subordinadas adjetivas relativas
temos insistido bastante (e, em particular, na distinção entre restritivas e explicativas).
Quanto
às subordinadas adverbiais, deve
ter-se em conta que cumprem funções sintáticas típicas dos advérbios: modificador de grupo verbal ou modificador de frase). As que estudámos
mais (causais, temporais, finais)
desempenham a função de modificadores do
grupo verbal. As orações concessivas
(introduzidas por «embora», «ainda que», «mesmo que», «apesar de», etc.) e a orações
condicionais têm a função de modificador de frase.
Nestas frases, tiradas do sketch «Isto é um crime de salada» (série Meireles) e em que não
pus pontuação, há cinco vocativos.
Sublinha-os. Em seguida, introduz nas frases a devida pontuação.
Senhor Guarda cheire
o meu hálito
Está bem está meu
badocha
O que é que eu fiz
Senhor Guarda
Para que é que tu
serves meu palhaço
Senhor Guarda acabo
de ser vítima de um roubo
Quantas orações
há em cada uma das frases que pus a seguir? (Podes guiar-te pelo número de
predicados — lembrando-te ainda de que cada predicado terá de ter um verbo.)
(1) Se correr, ainda os apanha.
(2) Quero uma salada, se faz favor.
Em cada período há ___ orações. Os núcleos do predicado da primeira frase
são ______ e ______. Os da segunda frase são ______ e _____
Vejamos agora os sujeitos (classificando-os e identificando-os). Os sujeitos de cada
uma das orações da frase 1 são _______; _______. Os sujeitos das orações da
frase 2 são: _______; _______.
Na frase 1, na segunda oração
(«ainda os apanha»), a função sintática
de «os» é de {escolhe} sujeito /
predicado / complemento direto / complemento indireto / vocativo / modificador.
Na frase 2, na 1.ª oração
(«Quero uma salada»), a função sintática
de «uma salada» é de {escolhe}
sujeito / predicado / complemento direto / complemento indireto / vocativo /
modificador.
Tentemos classificar as orações de cada uma destas
duas frases. Em cada uma das frases há uma oração subordinada e uma oração subordinante
(esta, ao contrário da subordinada, poderia aparecer como frase simples). A
subordinante da frase 1 é _______; a subordinante da frase 2 é ______. As duas
restantes orações (______ e _____), introduzidas pela conjunção subordinativa ______ «____», são orações subordinadas adverbiais {escolhe} temporais / causais / condicionais / finais / concessivas
/ consecutivas / comparativas.
Mais
um exercício tirado do citado Português,
Caderno de Atividades. 12.º ano, Carnaxide, Santillana, 2012:
Faz
corresponder cada frase à classificação das orações que a compõem.
a)
Ainda que esteja mau tempo, terminaremos as obras dentro do prazo estipulado.
b)
Comprámos um carro novo para que a viagem fosse mais agradável.
c)
Se reciclarmos, estaremos a contribuir para a diminuição do aquecimento global.
d)
Como aprecio muito a música clássica, decidi comprar um bilhete para o
espetáculo.
e)
Mal as janelas da casa se abriram, a sala encheu-se de luz.
f)
Foram premiados os alunos que tiveram melhores notas.
g)
Veio à festa quem quis.
h)
Ele estava certo de que teria sucesso no seu novo emprego.
1.
oração subordinada adverbial condicional + oração subordinante
2.
oração subordinada adverbial causal + oração subordinante
3.
oração subordinada adverbial concessiva + oração subordinante
4.
oração subordinante + oração subordinada adverbial final
5.
oração subordinante + oração subordinada substantiva completiva
6.
oração subordinante + oração subordinada substantiva relativa
7.
oração subordinante + oração subordinada adjetiva relativa restritiva
8.
oração subordinada adverbial temporal + oração subordinante
Este
exercício adapta uma tarefa do «Caderno do aluno» de Plural, 12.º ano:
No texto seguinte., já assinalei as palavras relativas (pronomes relativos,
determinantes relativos, advérbios relativos, quantificadores relativos).
Identifica os respetivos antecedentes,
circundando-os:
A Noite do Oráculo, último título do norte-americano
Paul Auster, é um romance que surpreende e cuja ação, a qual
inclui várias histórias encaixadas, nos conduz a uma reflexão sobre o tempo. O
protagonista é um escritor que acaba de recuperar de uma grave doença e
a quem imprevistos diversos acontecem, desde aquele dia de Setembro em que
entrou numa papelaria onde um simpático oriental lhe vendeu o caderno de
capa azul, de fabrico português.
A partir daí, tudo quanto lhe
acontece é extraordinário e desconcertante.
Nos exemplos seguintes, distingue
as orações subordinadas adjetivas
relativas explicativas (E) e as orações subordinadas adjetivas relativas restritivas (R).
Paul
Auster, que visitou Lisboa em 1995, pretende voltar.
Ele
quer ver os quadros de Bosh que estão no Museu de Arte Antiga.
Entrevistámos
o romancista, que nos recebeu na sua casa, em Nova Iorque.
O
escritor, com quem tivemos uma interessante conversa, é também argumentista.
Ele é um
escritor a quem a crítica costuma elogiar e cujos romances têm grande sucesso
em Portugal.
A
Noite do Oráculo é o título do romance que fala de um caderno de fabrico
português.
O
protagonista é um escritor que admira muito Fernando Pessoa.
TPC — (1) Se ainda não ma entregaste, traz
agora a versão reformulada do conto (cfr. tepecê da aula 36-37). Na primeira
aula da próxima semana, gostaria de tratar das identificações dos contos a enviar
(posso enviar ao concurso todos os textos, desde que tenha os elementos
necessários). O elemento que implica mais cuidado é a fotocópia do BI/CC (a trazer-me, portanto, segunda ou terça-feira,
sem falta, caso lhes interesse que eu envie o texto para a Póvoa de Varzim — e
gostava de enviar, pelo menos, os textos Muito Bons e Bons). (2) Vai estudando
gramática (por exemplo, lendo as páginas de bons manuais de gramática que tenho
copiado em Gaveta de Nuvens; sugiro,
desta vez, que relanceiem as relativas a ‘coordenação e subordinação’).
Aula 51-52 (25 [1.ª, 4.ª, 6.ª] e 26/nov [3.ª]) Os itens que se seguem tratam de crónica, de
O rapaz choroso referido no primeiro parágrafo ia
num carro conduzido por um
a) professor e
advogado.
b) encenador
profissional.
c) economista e
professor.
d) economista e
advogado.
O «miúdo de quinze anos» é
a) um rapaz
conhecido do autor.
b) o próprio
narrador, mais novo.
c) o destinatário
do texto.
d) o protagonista
desta crónica.
O uso do presente do
Indicativo nos primeiros parágrafos («Estamos»; «chora»; «vai»; etc.) resulta
de
a) simultaneidade
entre ato de enunciação e o que se relata (o enunciado).
b) esse tempo
verbal poder adequar-se à expressão do futuro.
c) intenção de se
exprimir aspeto durativo da ação.
d) vontade de se
dar um facto passado como se fosse presenciado na atualidade.
«Não é o que está a pensar, chiça» (primeiro
parágrafo, ll. 4-5) previne
a) inferência de
que o aluno era «graxista».
b) conjetura de que
o professor tivesse batido no aluno.
c) que os leitores
pensem que o aluno tinha reprovado.
d) possibilidade de
se julgar estar em causa um ato pedófilo.
No segundo período do segundo parágrafo, em «O
puto inconsolável é este vosso escriba e aquela não seria a
última vez que choraria num banco traseiro de um automóvel», as duas palavras
sublinhadas são
a) deíticos
espaciais.
b) deítico espacial
e catáfora, respetivamente.
c) pronomes.
d) deítico espacial
e deítico temporal.
«déficit»,
«superávit», «balanças comerciais», «import/export» são
a) aceções de uma
palavra.
b) uma família de
palavras.
c) um campo
lexical.
d) hiperónimos.
«Oh Captain, my Captain» é uma citação
a) inventada no
filme Clube dos Poetas Mortos.
b) de verso de Walt
Whitman.
c) de fala de peça
de Shakespeare.
d) de trecho de
Álvaro de Campos.
No começo do quinto parágrafo, «Continuo a
tratá-lo assim, artigo definido em destaque, embora ele mo desaconselhe»,
significa que o professor
a) lhe pedia para o
tratar sem artigo.
b) lhe pedira para
usar tratamento mais informal.
c) lhe pedira que o
tratasse por tu.
d) preferia o uso
de «stor» ao uso, mais académico, de «professor».
No quarto parágrafo, em «Numa sociedade cada vez
mais individualista [...], é com orgulho que o considero meu mestre», «meu
mestre» é:
a) complemento
direto.
b) modificador
restritivo do nome.
c) predicativo do
complemento direto.
d) vocativo.
«artigo definido em destaque» (quinto parágrafo)
traduz que, para o narrador, aquele professor
a) não se confunde
com os outros.
b) é o mais definido.
c) é o mais
indefinido.
d) é um entre
vários.
«apercebo-me de que o tempo é maleável» (no final
do quinto parágrafo) alude à circunstância de
a) o narrador
facilmente se transportar para o passado.
b) o protagonista
ser capaz de desenvolver diversíssimas atividades.
c) se ter esbatido a diferença etária entre as
duas personagens.
d) a personagem estar disposta a mudar de vida
radicalmente.
No
penúltimo parágrafo, o segmento «John Keating amargurado» alude
a) à amargura do professor de
Clube dos Poetas Mortos e à sua
semelhança com o professor do cronista.
b) às semelhanças entre Keating e António.
c) à angústia do protagonista de Clube dos Poetas Mortos.
d) à rebeldia comum aos dois professores e à
angústia de António.
O
adjetivo «Previsível» (penúltima linha do penúltimo parágrafo) é
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) sujeito.
d) modificador restritivo do nome.
No
sétimo parágrafo, em «E, quando desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15
anos [...]», a vírgula após a conjunção «e»
a) está incorreta.
b) está correta, porque isola-se depois uma
oração subordinada adverbial.
c) está correta, porque fazemos realmente uma
pausa a seguir à conjunção.
d) está incorreta, porque não
estabelecemos qualquer pausa entre as duas conjunções («e» e «quando»).
Neste
mesmo sétimo parágrafo, o narrador revela
a) saudade dos tempos de adolescente.
b) indecisão quanto à melhor forma de ajudar um
amigo.
c) tristeza quanto ao que o destino trouxera ao
ex-professor.
d) angústia por ter estragado uma amizade de
tantos anos.
O
título «Muda de vida», relativamente a «Carpe Diem», pode funcionar como
a) tradução livre.
b) decalque irónico.
c) tradução literal.
d) metáfora.
Tal como Alencar caracterizava o naturalismo, para Keating
certo ensino da literatura era
a) cocó.
b) demasiado subjetivo ainda que meritório.
c) discutível.
d) pertinente mas demasiado rebuscado.
Lê o texto de Alberto Caeiro na p. 83 do manual,
o XXV de «O Guardador de Rebanhos» e responde a este grupo I-A de exame nacional.
1.
Identifique três pormenores das bolas de sabão que os sentidos captam e
justifique com elementos do poema.
2. Explique a
identificação das bolas de sabão com «uma filosofia toda».
3.
Refira duas expressões que revelem a efemeridade das bolas de sabão e,
naturalmente, das coisas.
4. Indique o modo e
o tempo das formas verbais «são» (vv. 3, 6, 9) e «passa» (vv. 11 e 12) e refira
os seus valores expressivos.
TPC — [Ver em Gaveta de Nuvens instruções para tarefa sobre poema de Pessoa (aqui), a
entregar até 10 de dezembro.]
Aula 53-54
(26 [6.ª], 28 [3.ª],
29/nov [4.ª], 2/dez [1.ª]) Sob o signo
de Clube dos Poetas Mortos, faremos
um rápido sarau de poesia portuguesa do século XX. Vamos percorrer os poetas
das gerações posteriores à de Pessoa.
Caberá a cada um um livro de poesia. Manuseia-o com
o cuidado que se deve ter sempre (e, sobretudo, quando o livro em causa é de
quem não gosta de ter livros com os cadernos soltos — por os terem espalmado —,
vincados — por os terem usado sob papéis em que se tivesse escrito —, com
folhas rasgadas — por os terem folheado negligentemente).
O objetivo é escolher uma estrofe ou duas
(mas num total de menos de dez versos). Não interessa se esses versos
são do início, do meio ou do fim de um poema (ou se até são um poema completo),
mas terão de ser seguidos. Transcreverás os versos na tua folha (muito
legivelmente, por favor). Depois, lê-los-ás à turma.
Elegeremos o melhor trecho poético. A nossa
classificação incidirá sobre os versos ouvidos, o que implica que (1) se trate
de passos interessantes; (2) a leitura em voz alta seja
expressiva.
Ao «diseur» vencedor
caberá um prémio Tia Albertina, a repartir com o poeta responsável pelo trecho
lírico laureado — se ainda for vivo.
Depois da transcrição, escreve a referência
bibliográfica, segundo este modelo:
Vieste! Cingi-te ao
peito.
Em redor que noite
escura!
Não tinha rendas o
leito,
Não tinha lavores na
barra
Que era só a rocha
dura...
Muito ao longe uma
guitarra
Gemia vagos
harpejos...
(Vê tu que não me
esqueceu)...
E a rocha dura aqueceu
Ao calor dos nossos
beijos!
Tomás de Alencar, «6
de Agosto», Flores e martírios, 2.ª
ed., Alenquer, Editora «A Romântica», 1850 [1.ª ed.: 1848], pp. 23-25, p. 24.
Ou seja: o que
transcrevemos está na página 24 do livro Flores
e martírios, de Tomás de Alencar, e pertence ao poema «6 de Agosto». Como o
poema ocupa mais páginas do que a passagem citada, indicamos as páginas do
poema, «pp. 23-25», bem como a precisa página em que fica o trecho transcrito
(«p. 24»). Pomos também o número da edição, a cidade da editora, a editora, o
ano da publicação (e, entre parênteses retos, a data da edição original). Se se
tratasse da 1.ª edição — ou não houvesse indicações acerca disso —, bastaria
pôr a data (ficaria: ‘Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, Monte de Caparica, Editora Bulhão Pato, 1848,
pp. 27-29, p. 28’ ).
_______________________
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Se tiveres tempo, depois de cumprido o que ficou em
cima, descreve a situação que se coaduna com o livro que viste.
Predominam os versos {circunda} rimados / livres.
Em geral, {circunda} há /não há uma métrica fixa
(nesse caso, há sobretudo {circunda}
monossílabos / dissílabos / trissílabos / tetrassílabos / pentassílabos /
hexassílabos / heptassílabos / octossílabos / eneassílabos / decassílabos /
hendecassílabos / dodecassílabos).
As
estrofes {circunda} não seguem /
seguem um padrão fixo (há composições em {circunda}
dísticos / tercetos / quadras / quintilhas / sextilhas / oitavas / décimas).
{Circunda} Não há / Há composições
poéticas estandardizadas (soneto, quadra popular, etc.).
Se quisesse designar o
tema que agrega a maioria destes textos, diria que são poemas sobre .......
Talvez encontre em
alguns destes poemas influências de Fernando Pessoa (e heterónimos) — ou de
Cesário Verde, quem sabe — ou, ao menos, linhas comuns de abordagem. Por
exemplo, .....
Poeta (nascido entre 1900 e 1974)
|
lido por...
|
minha nota
|
nota do mestre
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lugar
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José Régio
(1901-1969)
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Vitorino Nemésio
(1901-1978)
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António Gedeão
(1906-1995)
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Miguel Torga
(1907-1995)
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|
José Blanc de
Portugal (1914-2001)
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|
Sophia
de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
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Jorge de Sena
(1919-1978)
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João José Cochofel
(1920-1982)
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Raul de Carvalho
(1920-1984)
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Carlos de Oliveira
(1921-1981)
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Eugénio de Andrade
(1923-2005)
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Mário
Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)
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Natália Correia
(1923-1992)
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Sebastião da Gama
(1924-1952)
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Alexandre O’Neill
(1924-1986)
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João Rui de Sousa
(1928)
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Herberto Helder
(1930)
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Armando Silva
Carvalho (1931)
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Ruy Belo (1933-1978)
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António Osório
(1933)
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Pedro Tamen (1934)
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Manuel Alegre (1936)
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Alberto Pimenta
(1937)
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Fernando Assis
Pacheco (1937-1995)
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Fiama Hasse Pais
Brandão (1938-2007)
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Luiza Neto Jorge
(1939-1989)
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João Miguel
Fernandes Jorge (1943)
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Joaquim Manuel
Magalhães (1945)
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Al Berto (1948-1997)
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Nuno Júdice (1949)
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Ana Luísa Amaral
(1956)
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Fernando Pinto do
Amaral (1960)
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Adília Lopes (1960)
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Pedro Mexia (1972)
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Manuel de Freitas
(1972)
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Antes
de vermos mais um trecho de Clube dos
Poetas Mortos, de Peter Weir, o poema de Walt Whitman que o protagonista,
John Keating, citava logo na sua apresentação aos alunos.
Logo
percebemos como Álvaro de Campos e os futuristas foram influenciados pelo poeta
americano:
Ó CAPITÃO! MEU CAPITÃO!
Ó capitão! meu capitão! terminou a nossa
terrível viagem,
O navio resistiu a todas as tormentas, o prémio
que buscávamos está ganho,
O porto está próximo, oiço os sinos, toda a
gente está exultante,
Enquanto seguem com os olhos a firme quilha, o
ameaçador e temerário navio;
Mas,
oh coração! coração! coração!
Oh
as gotas vermelhas e sangrentas,
Onde
no convés o meu capitão jaz,
Tombado,
frio e morto.
Ó capitão! meu capitão! ergue-te e ouve os
sinos;
Ergue-te — a bandeira agita-se por ti, o
cornetim vibra por ti;
Para ti ramos de flores e grinaldas guarnecidas
com fitas — para ti as multidões nas praias,
Chamam por ti, as massas agitam-se, os seus
rostos ansiosos voltam-se;
Aqui
capitão! querido pai!
Passo
o braço por baixo da tua cabeça!
Não
passa de um sonho que, no convés,
Tenhas
tombado frio e morto.
O
meu capitão não responde, os seus lábios estão pálidos e imóveis,
O
meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,
O
navio ancorou são e salvo, a viagem terminou e está concluída,
O
navio vitorioso chega da terrível viagem com o objetivo ganho:
Exultai, ó praias, e tocai, ó sinos!
Mas eu com um passo
desolado,
Caminho no
convés onde jaz o meu capitão,
Tombado,
frio e morto.
Walt Whitman, Folhas de Erva [Leaves of
Grass, 1855], II, trad. de Maria de Lourdes Guimarães, Lisboa, Relógio
D’Água, 2002, p. 599
TPC — [Lembro que estão em Gaveta de Nuvens (aqui) as instruções acerca de
trabalho, a entregar até 10 de dezembro, em torno de poema de Fernando Pessoa.]
Aula 55 (26 [4.ª], 28 [1.ª, 6.ª], 29/nov [3.ª]) A
terminação mos da 1.ª pessoa do
plural (andamos, andámos, andaremos, andámos, andávamos, andarmos,
andaríamos) não é nenhum pronome, é um sufixo
que nos dá informação sobre pessoa/número (dantes, chamávamos-lhe desinência pessoal) que integra a
palavra. Não há, é claro, nenhum hífen a separá-lo do verbo.
Basta
flexionarmos a forma verbal nas outras pessoas para termos a certeza de que é
uma palavra única:
quando eu fizer
quando tu fizeres
quando ele fizer
quando nós _____________
quando eles fizerem
É
verdade que também há expressões com o pronome -mos (contração de me + os), que deverá ficar separado do verbo
por um hífen. Exemplo: «Tens os lápis? Dá-______.»
Podes
experimentar substituir pela 3.ª pessoa do complemento indireto (lhe):
Dá-_____.
Podes
substituir por um nome a parte do complemento direto:
Dá-me os
lápis.
É
mais comum o pronome -nos. (E nota
que não há nenhum sufixo nos,
portanto nos depois de verbo será
decerto -nos.) Este pronome nos pode ser complemento indireto ou
direto: «Dá-nos o lápis.» / «Deixa-nos sozinhos»
É
substituível por lhe ou por o.
Dá-lhe
o lápis. / Deixa-o sozinho.
Há
ainda um outro pronome -nos, que
resulta de -os estar a seguir a uma
nasal e precisar de uma consoante de ligação:
«Comam os kínderes» pronominaliza-se assim:
[*Comam-os] > ______
As
formas do Pretérito Imperfeito do Conjuntivo terminam em asse, esse, isse (repara que são palavras graves,
como se vê de o a e o e serem tónicos): andasse, comesse, partisse:
Para
verificar que é uma forma verbal simples, flexiona-se:
se eu _____
se tu andasses
se ele _____
se nós andássemos
se eles andassem
A
diferença relativamente às formas (indeterminadas) com um pronome -se é notável pelo som (a ou e
finais — mesmo seguidos de hífen — são átonos):
anda-se || _____ || parte-se
Outro erro frequente relaciona-se com pronomes que estão em
ênclise (portanto, depois dos
verbos) depois de formas que terminavam em -r,
-s, -z. Repara que a terminação do verbo cai (-r, -z, -s > Ø), passando o pronome a ter um l inicial (o, os, a, as
> lo, los, la, las).
Pronominalizemos
o complemento direto:
Vou comer as castanhas. > Vou ______.
Tu bebes o leite com deleite. > Tu _______
com deleite.
Amália vai amar aquela mala. > Amália vai ______.
Fez o merdelim do tepecê. > ______.
Nota
que, frequentemente, é preciso pôr acento gráfico na vogal antes do hífen.
Problemas
mais sofisticados vêm da mesóclise
(que se usa apenas com o Futuro e com o Condicional).
Pronominalizemos
os complementos diretos:
Entornarei o vinho sobre o linho impecável da
mesa. || _______ sobre o linho impecável da mesa.
Devoraria com gula trinta javalis meigos se
tivesse dentes capazes. || ______ com gula se tivesse dentes capazes.
Amarão todas as moças bonitas do mundo. || ______.
Pontapearemos os dinossauros com charme. || ______
com charme.
Traríamos o passaporte dos duendes. || _____.
Diria o sermão. || ____.
Diluiria o diluente. || ____.
Corrijamos
estas formas incorretas:
* Comerá-se bem neste talho. || _____ bem neste
talho.
* Zangarias-te comigo. || ______ comigo.
* Veremos-vos no inferno. || ____ no inferno.
Complete-se,
tendo em conta o que fica dentro dos parênteses:
Se eu _____ («Olhar» no Imperfeito do
Conjuntivo) para cima, veria um céu toldado.
_____ («Olhar» na 3.ª pessoa do Presente do
Indicativo e pronome de indeterminação) e vê-se só hipocrisia e penicos de
prata.
Se _____ («Comer» na 1.ª pessoa do plural do
Imperfeito do Conjuntivo) dicionários, não ficávamos com mais vocabulário.
Vês estas belas osgas? _____ (Imperativo de
«Levar» + complemento direto pronominalizado) ao dentista.
Levamos as aulas muito a sério. _____ («Levar»
na 1.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo + complemento direto
pronominalizado) mais a brincar.
De
novo uns exercícios que roubo à Nova
Gramática didática de português (Carnaxide, Santillana, 2011), pp. 146-147:
TPC — [Lembro que estão em Gaveta de Nuvens (aqui) as instruções acerca de
trabalho, a entregar até 10 de dezembro, em torno de poema de Fernando Pessoa.]
Aula 56-57 (2 [4.ª, 6.ª], 3 [3.ª], 4/dez [1.ª]) Correção do questionário de compreensão (sobre «Muda de vida») (Ver Apresentação.)
Grupo I-A de modelo de
exame sobre poema XXV de «O Guardador [...]» (p. 83)
[Sugestões de resolução
Conselhos úteis a
respostas para exame]
1. Os sentidos veem estas bolas
atravessadas pela luz, translúcidas (v. 3), “Claras” (v. 4), “com uma
precisão redondinha e aérea” (v.
7), que passam “como a brisa” (v.
11), mal se vendo “no ar lúcido” (v.
10).
A resposta exige três pormenores, embora se
possam encontrar outros. Neste caso, deve mostrar a cor e a forma das bolas de
sabão que o sentido da visão é capaz de apreender: a transparência (ao recorrer
ao advérbio “translucidamente”), a claridade (presente
no adjectivo “claras”) e a “precisão redondinha e aérea”.
Complementada com o sentido do tacto, a visão
revela que passam “como a brisa”. O sujeito poético vê as
bolas levantarem voo, mas por se confundirem com a transparência do ar (“algumas mal se veem no ar lúcido”), quase só percebe o seu
movimento tal como sucede quando a brisa toca os sentidos. O termo “lúcido” aqui significa que é cristalino, límpido, luzente, e, por
isso, estas bolas, por serem transparentes, confundem-se com o ar, sendo mais
difícil distingui-las.
2. “As bolas de sabão (...) / São
translucidamente uma filosofia toda”
(vv. 1 e 3), porque são bolas translúcidas, transparentes e límpidas, que em si
mesmas contêm a verdadeira sabedoria. “São aquilo que são” (v. 6), na sua simplicidade
natural. Não fazem pensar em nada mais.
As bolas são feitas de sabão e a sua filosofia
está nessa capacidade de se revelarem translúcidas. Nesta questão, convém
mostrar que as bolas de sabão devem ser contempladas como elas são, observadas
no presente sem complexidade, tal como faz a criança. Não há nada para além
daquilo que se vê. As bolas revelam-se na sua translucidez. São lúcidas (cintilantes
e transparentes) como o ar e felizes com a sua existência.
Ao juntar o advérbio de modo “translucidamente”, o
Poeta procura mostrar que o que capta são bolas feitas de sabão e que a sua
filosofia está nessa capacidade de se revelarem translúcidas.
3. As expressões que revelam a efemeridade
são as que mostram as bolas de sabão “passageiras como a Natureza” (v. 4) ou “como a brisa
que passa” (v. 11).
Na identificação destas duas expressões é
importante atender ao sentido de efemeridade, de brevidade, de fugacidade.
Assim, o adjectivo “passageiras” pode significar
fugazes, momentâneas; o nome “brisa” reforçado com a forma
verbal “passa” remete para a aragem ou o sopro de ar que aparece e desaparece
de seguida. Também, a forma verbal
“aligeira” em “qualquer coisa se aligeira em nós” (v. 13) pode ser
identificada com fugacidade ao sugerir
abrevia, torna breve.
Nota — Quando se pede uma
expressão não é conveniente transcrever a frase toda ou a estrofe (no caso de
poemas), sob pena de haver penalização por não saber distinguir a parte da
enunciação que se pretende.
4. As formas verbais
“são” e
“passa” encontram-se no modo
indicativo e no tempo presente. Com o indicativo, o poeta enuncia o facto real
das bolas que observa; com o presente, dá conta da actualidade das mesmas bolas
e do momento de captação.
A resposta deve contemplar não só a
identificação do modo indicativo e do tempo presente, mas também o seu valor
expressivo. Sabendo que o indicativo enuncia factos reais e que o presente dá
conta da sua actualidade, o poeta tinha de recorrer a este modo e a este tempo
para mostrar a verdade daquelas bolas que observa e mostrar a intenção de
captar esse real sem equívocos.
Todo o poema é enunciado no indicativo para
exprimir factos como certos e reais, neste caso, as bolas de sabão que são uma
realidade captada pelos sentidos. E o tempo é o presente para indicar que tais
factos são actuais e constituem uma verdade universal, ou seja, as bolas de
sabão são uma realidade presente e a sua realidade não pode ser subvertida.
Lê
«A poesia de Ricardo Reis» (p. 93). Depois, resolve o item 1.4.1 (p. 94):
a. carpe
diem = ____ || b. aurea mediocritas
= ____ || c. fatum = ____.
Para
perceberes a alusão a epicurismo e a
estoicismo, lê agora «Epicurismo» e
«Estoicismo» (pp. 94-95).
Em
função do que pudeste perceber dos dois textos, na lista seguinte marca as
características com E (de Epicuro — para epicurismo),
Z
(de Zenão — para estoicismo), C
(de Conhé — para maluquice estúpida).
desvalorização de conceptualização e abstrações
obsessão por mitos
resistência às intempéries
indiferença pelos deuses
indiferença por Jorge Jesus
atitude de fuga das «agitações» do mundo
vício do jogo
procura da ataraxia
defesa da corporalidade
apologia do sexo desenfreado
aceitação do destino
descrença na Virgem Maria
apologia das sensações
defesa da antipatia
defesa da apatia
indiferença pela morte
Lê agora a ode
de Ricardo Reis na p. 96 (texto A):
Os primeiros quatro versos constituem uma
crítica àqueles que ....
Nos restantes quatro versos (5-8), fica
justificada aquela crítica. O sujeito poético lembra que ...
Portanto, a maneira inteligente de vivermos é ...
O
texto B é uma ode mais difícil, cuja
tese, porém, é idêntica à do poema anterior, embora mais detalhada. De cada
terceto se pode deduzir um conselho (ou uma máxima de vida). Escreve esses
conselhos que o sujeito poético parece estipular:
vv.
1-3: ______
vv.
4-6: ______
vv.
7-9: ______
Aula 58-59 (3 [6.ª], 5 [3.ª], 6/dez [1.ª, 4.ª]) Correção
de redação (à grupo I-B de exame, sobre Campos), tepecê antigo e devolvido
agora.
Lê
o excerto da crónica «O arroz-doce quente» (p. 97), de Miguel Esteves Cardoso.
Depois, responde ao ponto 1.1:
.....
Ouçamos
agora uma boa declamação (de Luís Lima Barreto) do poema — de Ricardo Reis —
cujo primeiro verso é «Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio» (p. 97).
Responde
ao ponto 1.1.1 (p. 97):
.....
Relativamente
ao ponto 1 (no final da p. 98), circunda as boas opções aqui mesmo:
No início do poema, o sujeito lírico, situado
num espaço bucólico/urbano, apela, através da
perífrase/apóstrofe presente no primeiro verso, à presença de Lídia, a quem
exorta/desencoraja
a observar o rio e a sua corrente como antíteses/metáforas da vida e da sua
transitoriedade. A constatação da brevidade da vida é aceite de modo
sereno/perturbado
e conduz ao desejo de fruir os momentos e assumir compromissos, mesmo
físicos/psicológicos, como a hipótese (marcada pelo recurso aos parênteses) de
enlaçar as mãos.
Responde
ao ponto 2 da p. 99:
2.1
.....
2.2
.....
Resolve
7./7.1: A = estrofes ___ | B = estrofes ___ | C = estrofes ___ | D
= estrofes ___.
Resolve
8 (mas não uses: «porque», «dado que», «embora», «ainda que», «para que»):
a.
_______
b.
_______
c.
_______
As
crónicas gastronómicas de MEC — que saem semanalmente na p. 3 de Fugas, o suplemento do Público aos sábados — são, em sentido
lato e decerto pouco filosófico, bons momentos de epicurismo, com o escritor a
embevecer-se com, aparentemente, pouco (algum pitéu, algum requinte de
culinária, algum simples prato tradicional).
Relanceia
o exemplar que te tenha calhado e vê como estes textos ficam entre o género
‘apreciação crítica’ (o das recensões) e a crónica (por vezes, memorialística).
Escreve um texto no mesmo género, um pouco mais
pequeno, de idêntico teor gastronómico, culinário, etc.
Aula 60 (3 [4.ª], 5 [1.ª, 6.ª], 6/dez [3.ª]) Mais
uns exercícios tirados de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda, Patrícia Nunes, Caderno de Atividades. Português. 12.º ano,
Carnaxide, Santillana, 2012. (Pode ser útil teres o nosso manual aberto nas
páginas relativas às orações: pp. 331-333.)
Assinala
a hipótese correta em cada item:
Na
frase «Limpámos a casa, arrumámos os quartos e fizemos o jantar.», a oração destacada
classifica-se como...
oração coordenada assindética. || oração
coordenada copulativa. || oração coordenada disjuntiva. || oração coordenada
conclusiva.
Na
frase «Choveu tanto que o telhado da casa abateu.», a oração destacada classifica-se como...
oração subordinada
substantiva completiva. || oração subordinada adjetiva relativa restritiva. ||
oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial
consecutiva.
Na
frase «Caso o projeto seja aprovado, iniciaremos o trabalho no próximo mês.», a oração destacada
classifica-se como...
oração subordinada adverbial consecutiva. ||
oração subordinada adverbial concessiva. || oração subordinada adverbial
causal. || oração subordinada adverbial condicional.
Na
frase «Os animais
que nasceram recentemente no Jardim Zoológico atraíram muitos
visitantes.», a oração
destacada classifica-se como...
oração subordinante. || oração subordinada
adjetiva relativa restritiva. || oração subordinada adjetiva relativa
explicativa. || oração coordenada.
Na
frase «Ele fala melhor do que escreve.», a oração destacada classifica-se como...
oração subordinada
substantiva completiva. || oração subordinada adverbial concessiva. || oração
subordinada adverbial consecutiva. || oração subordinada adverbial comparativa.
Na
frase «Enquanto víamos o filme,
comíamos pipocas.», a oração destacada dassifica-se como...
oração subordinante. || oração subordinada
adverbial causal. || oração subordinada adverbial temporal. || oração
subordinada adverbial concessiva.
Na
frase «Este quadro é o mais bonito, portanto vou levá-lo.», a oração destacada classifica-se como...
oração coordenada explicativa. || oração
subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial consecutiva. ||
oração coordenada conclusiva.
Na
frase «O livro cujo autor foi premiado
está à venda nesta livraria.», a oração destacada classifica-se como...
oração subordinada adjetiva
relativa explicativa. || oração subordinada adjetiva relativa restritiva. ||
oração subordinada substantiva relativa. || oração subordinada substantiva
completiva.
Delimita
e classifica as orações das frases que se seguem.
Dado que a exposição é muito interessante,
amanhã visitaremos o museu.
Ele considera que este texto é muito atual.
Ele deparou com vários obstáculos ao longo do
caminho, contudo nunca desistiu.
Embora não o conheça pessoalmente, julgo que é
um bom profissional.
A ginasta esforçou-se tanto que conseguiu vencer
a prova.
Assim que a campainha tocou, abri a porta.
Entrei no carro, pus a chave na ignição e liguei
os faróis.
A professora deu instruções
detalhadas, a fim de que os alunos não tivessem dúvidas na realização do
trabalho.
Do
Caderno de Atividades. Português. 11.º
ano (Carnaxide, Santillana, 2011):
Liga
as afirmações da coluna A às hipóteses da coluna B que lhes correspondam:
A
propósito de «C Certinho» (série Zé
Carlos), completa esta síntese. Haverá vantagem em relanceares a p. 340
(«Registo formal e informal»), embora o ideal fosse vermos as pp. 296-297 do
manual do 10.º ano («Variação e normalização linguística»).
A letra da canção assenta em dois tipos de
transgressão da adequação discursiva.
Dado tratar-se de um rap, não esperávamos muitas
das palavras e sintaxe usadas, que são mais características do uso _____ do que do uso _____:
«fornicar», «extremo vigor», «proporcionar», «envereda pelo banditismo»,
«furtar», «redunda em libertinagem», «descarta», «numismática».
Também o registo
é mais _____ do que é habitual neste género de canções, embora haja algumas
raras marcas de _____ ou expressões mais coloquiais, familiares (as
interjeições «ui», «ei» e «hum»; léxico do calão, como «_____»; expressões que
talvez sejam relativamente ______: «vestida para o pecado», «ninguém me tira»,
«[fazer-se] esquisita»; «é do melhor que há»; «da pesada»).
Podemos dizer que, exceto nestes poucos casos
mencionados, se segue o padrão, a
____, não havendo incorreções, nem as marcas de variedade linguística (social, ____, até geográfica) que associamos
ao rap.
Em termos de tratamento, usa-se uma fórmula ___, «amigos», que implica o uso da
___ pessoa do plural (pessoa verbal correspondente a ‘vocês’), que funciona
como plural do tratamento em ‘tu’, porque, mesmo em registos formais,
praticamente não se usa hoje em dia o ‘vós’ (a verdadeira __ pessoa do plural).
Quanto a variedades
(ou variantes) do português, há um termo que é mais típico da variante ______:
«cafageste». Entretanto, tenho dúvidas quanto à origem de «curtir» na aceção em
que surge (será talvez também da variedade sul-americana).
Do
Caderno do Aluno do manual Plural. 12.º ano (Lisboa, Lisboa editora,
s.d.):
As
frases que seguem apresentam incorreções, não são coesas. Lê-as e estabelece
com as afirmações 1-9 as correspondências que explicam o erro gramatical que
lhes retira coesão. Transforma as frases em frases coesas.
A. Os jovens gostam de ler livros nas férias de
aventuras.
B. Os
Lusíadas é
o nome da epopeia que escreveu Camões.
C. Se ele escrevesse outras epopeias também a leríamos.
D. Quem escreveu Os Lusíadas é Luís de Camões.
E. A obra de Luís de
Camões e de Fernando Pessoa existe na biblioteca.
F. A Mensagem de Fernando Pessoa é
um livro que eu gosto.
G. Fernando Pessoa
respondeu para Mário de Sá-Carneiro numa breve carta.
H. A Mensagem é uma obra-prima, mas é
um grande livro.
I. Ele sempre utilizou.
J.
Devido aos seus problemas, a Ana esteve sempre sobre observação.
1. A
conjunção adversativa utilizada estabelece uma relação não adequada entre as
duas frases.
2. O sujeito deve preceder
o verbo.
3. O verbo gostar rege a
preposição de.
4. O verbo da frase não
rege a preposição utilizada.
5. Os elementos da frase
não estão corretamente ordenados.
6. O tempo verbal
utilizado não deve ser o presente.
7. Uso incorreto da
preposição.
8. Falta o complemento
direto, uma vez que o verbo é transitivo.
9. Não há concordância
entre o pronome e o nome.
10. Não há concordância
entre o sujeito e o predicado
As
frases transcritas em baixo apresentam incoerências sintáticas. Explica o erro gramatical que lhes
retira a coerência. Transforma-as em frases coerentes.
Tratam-se,
de uma maneira geral, de apartamentos lindíssimos.
Ainda
existe muitas pessoas que precisam de casa.
No
futuro haverão muitas casas tão boas como essas.
Fazem
dez anos que mudei para a casa onde vivo.
Em
Portugal precisam-se muito de casas novas.
A
casa é muito boa, porém gostei bastante dela.
Em todas as casas há excelentes roupeiros, por conseguinte
o Filipe não comprou nenhuma.
Eu
perguntei a ele se queria ser meu namorado.
Aula 61-62 (9 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 10/dez [3.ª]) Pronominaliza o complemento direto (exemplos: «Come a papa, Joana!» > «Come‑a, Joana!»; «Não agridas os enfermeiros» > «Não os agridas»). Podes ter de usar próclise, mesóclise ou ênclise, consoante a frase que te seja dada.
Matem os fantasmas amarelos.
|
|
Comerás os rebuçados de peixe.
|
|
Olhemos este panorama esplendoroso.
|
|
Diz-lhe que ilumine o palácio.
|
Diz-lhe que
|
Classifica as orações sublinhadas (e apenas
essas). Poderás ter de usar: coordenada,
subordinada, subordinante; assindética,
copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa; restritiva, explicativa. (Não explicitarás «finita»
ou «não finita».)
Depois, se estivesse bom tempo, dava um salto à
praia.
|
|
A Lucinda estava tão concentrada na prova
intermédia,
que não viu os mutantes.
|
|
| |
O homem do talho dissera-lhe nesse momento que
a carne de cavalo era mais nutritiva e mais barata.
|
|
O Leonardo, cuja sogra não gosta da
Princesa Letícia, parece bom rapaz e revela constantemente a sua
humildade.
|
|
| |
Se a prova de Matemática coincidir com o
Portugal-Gana,
podem levar rádios para a sala de exame.
|
|
Emborquei uma garrafa de tinto, dei conta
de um arroz-doce quentíssimo, portanto vomitei tudo.
|
|
|
Indica as funções sintáticas dos segmentos
sublinhados (podem aparecer: sujeito,
predicado, complemento direto, complemento
indireto, complemento oblíquo, modificador de frase, modificador do grupo verbal, modificador apositivo, modificador restritivo, complemento do nome, vocativo, predicativo do sujeito, predicativo
do complemento direto).
Lídia, enlacemos os pés.
|
|
Andar ao sol é agradável.
|
|
Não me convidem para sonhos desses.
|
|
Imagino-o ministro dentro de cinco
anos.
|
|
Contra o Gana, jogaremos com ganas.
|
|
A brasuca, a bola do mundial, é amiga
dos seus amigos.
|
|
Só agora reparo que não usei «cocó» neste
trabalho de gramática.
|
|
Versão 2
Pronominaliza o complemento direto (exemplos:
«Come a papa, Joana!» > «Come‑a, Joana!»; «Não agridas os enfermeiros» >
«Não os agridas»). Podes ter de usar próclise, mesóclise ou ênclise, consoante
a frase que te seja dada.
Auxiliem as viúvas daquele homem.
|
|
Quero que comprem a cabrinha.
|
Quero que
|
Proporíamos a moção.
|
|
Comamos estas elegantes enguias.
|
|
Classifica as orações sublinhadas (e apenas
essas). Poderás ter de usar: coordenada,
subordinada, subordinante; assindética,
copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa; restritiva, explicativa. (Não explicitarás «finita»
ou «não finita».)
Comi a tarte, bebi a sangria, pois
confio inteiramente no cozinheiro da prestigiada casa de pasto.
|
|
| |
O meu coração amava tanto, que parou para
sempre.
|
|
| |
E, chegando casa, punha logo as pantufas.
|
|
Repito-te mais uma vez que os tepecês são a
verdadeira felicidade.
|
|
Para que os alunos não pressionem os
professores no portão da ESJGF, as reuniões de notas serão na Pedro.
|
|
A casa onde vive a Amanda não cheira
bem, mas esta bonita rapariga é bastante asseada.
|
|
|
Indica as funções sintáticas dos segmentos
sublinhados (podem aparecer: sujeito,
predicado, complemento direto, complemento
indireto, complemento oblíquo, modificador de frase, modificador do grupo verbal, modificador apositivo, modificador restritivo, complemento do nome, vocativo, predicativo do sujeito, predicativo
do complemento direto).
Pobre ceifeira, dás-me um pouco da
tua felicidade?
|
|
Quem desdenha quer comprar.
|
|
Cumpriu as ordens do professor com imensa
reverência.
|
|
Põe ali o livro.
|
|
Achei o Arouca superior ao Benfica.
|
|
A Bimby, a maior invenção de todos os
tempos, merecia uma epopeia.
|
|
Este é um dos poucos testes de gramática que
não têm a palavra «cocó».
|
|
Depois de leres os três tercetos que constituem a ode de
Ricardo Reis «Coroai-me de rosas» (p. 101), resolve o ponto 1 no cimo da mesma
página (usa redação acabada, perfeita; cingindo-te ao que é perguntado mas
esgotando a solução possível, ainda que sem repetições).
......
Passa
à ode «As rosas amo dos jardins de Adónis», ainda na p. 101. Compara o texto no
manual (o que Pessoa/Reis publicou na revista Athena) com a versão inicial manuscrita (reproduzida a seguir,
estrofe a estrofe). Transcreve os passos diferentes e escreve uma rápida
apreciação tua (qual a melhor lição, o que perdeu ou ganhou). Quando houver
alternativas acrescentadas pelo poeta ainda no manuscrito, consideramos que a
1.ª versão é o que está na linha. (Não ligues às diferenças de ortografia.)
...
Versões
|
O que se
obteve em termos estilísticos, etc.
|
______________
|
|
As rosas amo
| |
Essas ________
|
|
Essas volucres
| |
Que _________
|
|
Que em o dia
| |
___________ dia
|
|
Em esse dia
|
Versões
|
O que se
obteve em termos estilísticos, etc.
|
[Não há diferenças]
|
------------------------------------
|
Versões
|
O que se
obteve em termos estilísticos, etc.
|
___________
|
|
voluntariamente
| |
___________
|
|
O pouco que duramos
|
Resolve
os pontos 1.1 e 1.2 de Leitura/Compreensão (p. 101, em baixo).
1.1 ....
1.2 volucres = ___; eterna = ___; voluntariamente
= ___.
Aula 63-64 (10 [6.ª], 12 [3.ª], 13/dez [1.ª, 4.ª]) Lê
o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen na p. 100. Tem algumas semelhanças
óbvias com odes de Ricardo Reis — a que alude — e particularmente com «Vem
sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio» (pp. 97-98),. Descartando as
semelhanças formais (quartetos com um/dois versos mais curtos; vocativo «Lídia»,
uso da 1.ª pessoa do plural), ocupa-te apenas com o contraste em termos de
ideologia.
Embora
ambos os textos reconheçam a fugacidade da vida, o poema de Sophia, ao contrário
do de Ricardo Reis, .....
Passa
ao texto de Ricardo Reis «Prefiro rosas, meu amor, à pátria» (p. 102). Depois
de leres o poema, resolve o ponto 1.1, completando o texto informativo «As
rosas e a pátria (pp. 102-103).
1 — _______; 11
— ________;
2 — _______; 12
— ________;
3 — _______; 13
— ________;
4 — _______; 14
— ________;
5 — _______; 15
— ________;
6 — _______; 16
— ________;
7 — _______; 17
— ________;
8 — _______; 18
— ________;
9 — _______; 19
— ________;
10 — ______; 20
— ________.
Aparentemente,
o protagonista de «À média e à belga» (Lopes da Silva) faz a apologia da «aurea
mediocritas» (‘dourada mediania’) — conceito horaciano que vimos coadunar-se
com a filosofia epicurista-estoicista de Ricardo Reis.
Na
verdade, porém, o sketch pretende
apenas brincar com uma característica das expressões
idiomáticas (expressões que adquiriram um significado comum, não literal,
que já não resulta da soma dos lexemas originais). Estas expressões figuradas
comportam‑se já como um lexema (palavra) único, independente. Por isso, se quisermos
encontrar equivalentes com base na troca de algum dos elementos que a
constituíram originalmente, o resultado será ____.
Neste
caso, uma das personagens pretende graduar as expressões, julgando chegar assim
a aceções atenuadas da expressão inicial. Em vez de «à grande e à francesa»,
que significa ‘____’ {consulta verbete},
executaria as ações «___», expressão que não está dicionarizada (e, claro, não
existe). Como a expressão «do bom e do melhor» significa ‘_____’ {consulta verbete}, a personagem cria um
«do mais ou menos e do ___», que corresponderia a ‘____’. Finalmente, em
vez de «és boa!» (que corresponde à aceção n.º __ no verbete de «bom»), exclama
«___».
Outro
idiomatismo que surge no episódio é «tirar a barriga de misérias», que
significa ‘________’ {vê verbete}.
Não existe, entretanto, a expressão «ter a barriga ____», que, supostamente,
teria o sentido de ‘ter comido razoavelmente’.
Dada a quantidade de aceções que vemos em cada
verbete em cima, percebemos que estas três palavras são claramente _____.
Transforma a ode de Reis «As rosas amo dos
jardins de Adónis» (a) num trecho de extenso poema sensacionista de Campos; (b)
num poema de Caeiro.
Haverá aproveitamentos temáticos do texto de
Reis — enfim, perceber-se-á a inspiração inicial apenas, já que nem a ideologia
poderá ser a mesma —, mas o essencial será que chegues a bons «pastiches»
(imitações) de Campos e de Caeiro.
TPC — Lê o texto «O Dr. Ricardo Reis,
estoico epicurista» (p. 110-111).
Aula 65 (10 [4.ª], 12 [1.ª, 6.ª], 13/dez [3.ª]) «Pode dizer-se que a televisão é prejudicial às crianças?». Desenvolve o tema acima enunciado num texto expositivo-argumentativo.
A televisão só é
prejudicial se for vista em demasia.
| |
Argumentos
|
Contra-argumentos
|
Através da televisão, as
crianças podem contactar com realidades que, de outro modo, desconheceriam.
Exemplo: O Teodoro vive a três quilómetros da aldeia
isolada onde se situa a escola que frequenta. Só de mês a mês vai à cidade
com os pais.
|
A criança que vê muitas horas de televisão
torna-se pouco criativa.
Exemplo:
|
A falta de convívio é, apesar de tudo, suprida
pela televisão.
Exemplo: A Fernanda está há um
mês de cama porque sofreu uma fratura grave.
|
A criança isola-se das
outras e perde hábitos de convívio.
Estudo e leitura são esquecidos.
Exemplo:
|
Introdução
|
O tempo passado em
frente da televisão por grande número de crianças constitui motivo de
preocupação para pais e educadores. Vejamos alguns prós e contras deste
hábito.
|
Argumento
|
Não esqueçamos, antes
de mais, ser graças à televisão que, nas regiões isoladas, os mais pequenos
podem contactar com realidades que, de outro modo, desconheceriam.
|
Exemplo
|
Vejamos, por exemplo,
o que se passa com o Teodoro: com nove anos, vive a três quilómetros da
pequena aldeia onde se situa a escola que frequenta. Só de mês a mês vai à
cidade com os pais. Durante meia hora por dia, os pais autorizam-no a ver os
programas de que mais gosta: alguns desenhos animados; programas sobre a
fauna e a flora de diversos cantos do mundo; alguma pornografia; «Fátima
Lopes». Não há dúvida que a televisão constitui para ele uma forma de se
libertar do isolamento, e, ainda, de contactar com realidades que lhes
despertam a curiosidade e que, de outro modo, desconheceria.
|
Enunciação de
transição
|
À
vantagem enunciada poderíamos, é claro, contrapor aspetos negativos.
|
Contra-argumento
|
Vendo televisão, a
criança isola-se das outras, perde hábitos de convívio, não pode torturar
outras crianças, esquece a leitura e, frequentemente, o estudo.
|
Argumento + exemplo
|
Mas, não esqueçamos, o
pequeno ecrã também pode ser uma companhia importante: é o caso da Fernanda,
há um mês de cama por ter sofrido fracturas várias num acidente, incluindo
uma unha encravada.
|
Articulação
com enunciados anteriores
|
A televisão tem, como
vemos, as suas virtualidades. E os inconvenientes que existem relacionam-se
com um consumo exagerado.
|
Conclusão
|
Para concluir,
podemos, então, dizer que a televisão só será prejudicial se vista em
demasia.
|
[adaptado
de: Maria Olga Azeredo, Maria Isabel Pinto & Maria do Carmo Lopes,
Gramática
Prática de Português. Da Comunicação à Expressão, Lisboa, Lisboa Editora,
2009]
Não
te peço que escrevas o texto, mas que o planifiques em frases soltas, que devem
seguir o modelo ilustrado na outra folha (em torno de «televisão e criança»).
Eis o grupo III do exame nacional de 2007 (2.ª fase):
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre aquilo
que é afirmado no excerto a seguir transcrito, relativamente à influência da
arte nas pessoas. Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a
dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
Nós também somos «feitos»
pelos livros que nos marcaram, pelos filmes que vimos e pelas músicas de que
gostamos.
Manuel
Gusmão, «As Palavras Fazem o Mundo», in Ler,
n.º 54, 2002
Somos
feitos pelos livros que nos marcaram, pelos filmes que vimos e pelas músicas de que
gostamos.
| |
Argumentos
|
Contra-argumentos
|
Exemplo:
|
Exemplo:
|
Exemplo:
|
Exemplo:
|
Introdução
|
Argumento
|
Exemplo
|
Enunciação
de transição
|
Contra-argumento
|
Argumento
+ exemplo
|
Articulação
com enunciados anteriores
|
Conclusão
|
Nas
provas de exame, o grupo III consiste numa dissertação sobre um tema dado.
Trata-se de texto argumentativo-expositivo relativamente aberto. Esta parte do
exame costuma exigir entre duzentas
e trezentas palavras.
Escolhe
um destes quatro temas (os das duas
fases do exame nacional do ano passado — exececionalmente, houve quatro provas)
e redige a resposta (em folha solta, a tinta, riscando bastante; pondo no final
o total de palavras).
GRUPO III
A juventude é uma fase da vida frequentemente
associada à esperança e à vontade de mudança.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre o
papel dos jovens enquanto agentes de transformação da sociedade.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
GRUPO III
Na exposição 360° Ciência Descoberta, organizada pela
Fundação Calouste Gulbenkian, citava-se a seguinte afirmação de Garcia de Orta:
«O que hoje não sabemos amanhã saberemos».
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre a
importância da crença no progresso para o desenvolvimento civilizacional.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
GRUPO III
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre a
importância da infância na construção da identidade individual.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
GRUPO III
O artigo 1.° da Declaração Universal dos
Direitos do Homem proclama que todos os seres humanos devem agir uns para com
os outros em espírito de fraternidade.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre a
importância da fraternidade na sociedade contemporânea.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
TPC — Conclui (e revê) texto que estiveste a
fazer.
Aula 66-67 (16 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 17/dez [3.ª, 6.ª]; [na
turma 6.ª, o conteúdo desta aula foi desenvolvido em duas sessões])
Solução do trabalho de gramática
versão com
nome à esquerda
Matem os fantasmas amarelos.
|
Matem-nos.
|
Comerás os rebuçados de peixe.
|
Comê-los-ás.
|
Olhemos este panorama esplendoroso.
|
Olhemo-lo.
|
Diz-lhe que ilumine o palácio.
|
Diz-lhe que o ilumine.
|
Depois,
se estivesse bom tempo, dava um salto à praia.
|
subordinante
|
A Lucinda estava tão concentrada na prova
intermédia,
que não viu os mutantes.
|
subordinante
|
subordinada adverbial consecutiva
| |
O homem do talho
dissera-lhe nesse momento que a carne de cavalo era mais nutritiva e mais
barata.
|
subordinada substantiva completiva
|
O Leonardo, cuja sogra
não gosta da Princesa Letícia, parece bom rapaz e revela
constantemente a sua humildade.
|
subordinada adjetiva relativa explicativa
|
coordenada copulativa
| |
Se a prova de Matemática
coincidir com o Portugal-Gana, podem levar rádios para a
sala de exame.
|
subordinada adverbial condicional
|
Emborquei uma garrafa de
tinto, dei conta de um arroz-doce quentíssimo, portanto vomitei
tudo.
|
coordenada assindética
|
coordenada conclusiva
|
Lídia, enlacemos os pés.
|
vocativo
|
Andar ao sol é agradável.
|
sujeito
|
Não me convidem para sonhos desses.
|
complemento oblíquo
|
Imagino-o ministro dentro de cinco
anos.
|
predicativo do complemento direto
|
Contra o Gana, jogaremos com ganas.
|
modificador do grupo verbal
|
A brasuca, a bola do
mundial, é amiga dos seus amigos.
|
modificador apositivo
|
Só agora reparo que não
usei «cocó» neste trabalho de gramática.
|
complemento direto
|
versão com
nome à direita
Auxiliem as viúvas daquele homem.
|
Auxiliem-nas.
|
Quero que comprem a cabrinha.
|
Quero que a comprem.
|
Proporíamos a moção.
|
Propô-la-íamos.
|
Comamos estas elegantes enguias.
|
Comamo-las.
|
Comi a tarte, bebi a
sangria, pois confio inteiramente no cozinheiro da prestigiada casa de
pasto.
|
coordenada assindética
|
coordenada explicativa
| |
O meu coração amava tanto, que parou para
sempre.
|
subordinante
|
subordinada adverbial consecutiva
| |
E, chegando a casa, punha logo as pantufas.
|
subordinante
|
Repito-te mais uma vez que
os tepecês são a verdadeira felicidade.
|
subordinada substantiva completiva
|
Para que os alunos não
pressionem os professores no portão da ESJGF,
as reuniões de notas serão na Pedro.
|
subordinada adverbial final
|
A casa onde vive a Amanda não cheira
bem, mas esta bonita rapariga é bastante asseada.
|
subordinada adjetiva relativa restritiva
|
coordenada adversativa
|
Pobre ceifeira,
dás-me um pouco da tua felicidade?
|
vocativo
|
Quem desdenha quer comprar.
|
sujeito
|
Cumpriu as ordens do
professor com imensa reverência.
|
modificador do grupo verbal
|
Põe ali o livro.
|
complemento oblíquo
|
Achei o Arouca superior ao Benfica.
|
predicativo do complemento direto
|
A Bimby, a maior invenção de todos os
tempos, merecia uma epopeia.
|
modificador apositivo
|
Este é um dos poucos testes de gramática que
não têm a palavra «cocó».
|
modificador restritivo
|
Leitura
| ||
Aula
|
Questionário sobre «Heróis de papel e tinta»
(aula 1-2)
|
|
Questionário sobre textos acerca da génese dos
heterónimos* (aula 21-22)
| ||
Questionário sobre «Poesia e poética de
Alberto Caeiro»* (aula 46-47)
| ||
Questionário sobre «Muda de vida» (aula 51-52)
| ||
Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos
| ||
Escrita
| ||
Aula
|
Dissertação sobre «Qual é o teu herói» (aula 1-2,
mas só na turma 3.ª)
|
|
Poema visual (aula 8-9)
| ||
Comparação entre «Gato que
brincas na rua» e «Ele canta, pobre ceifeira» (aula 13-14)
| ||
Redação de dois textos curtos em prosa a
partir de inícios de poemas dados (18-19)
| ||
Ode (à maneira de Campos) com assunto
escolhido por cada um (aula 23-24)
| ||
Comentário contrastivo a «Aniversário»
(crónica) e poema de Campos (aula 28-29)
| ||
Poema autobiográfico segundo molde de Caeiro
(aula 43-44)
| ||
Trecho de crónica gastronómica/apreciação
crítica (aula 58-59)
| ||
Perceção
da capacidade de redigir para depois ler de imediato
| ||
Casa
|
Dissertação em torno de frase de Daniel Pennac
(tepecê da aula 3-4)
| |
Comentário a poema de Ary dos Santos (tepecê
da aula 5 [feito em aula na turma 3.ª])
| ||
Comentário acerca de sentir/pensar em frases e
quadras de Pessoa (tepecê da aula 10)
| ||
Comentário contrastivo
entre textos com gatos (Graça Moura e Pessoa) (tepecê da aula 13-14)
| ||
Comentário sobre «Pensar de mais» (tepecê da
aula 16-17)
| ||
Dissertação sobre mito (tepecê da aula 18-19)
| ||
Criação e justificação de
título para «Tenho uma grande constipação» (tepecê da aula 21-22)
| ||
Comentário comparativo entre poema de Régio e
de Campos (tepecê da aula 23-24)
| ||
Conto para concurso Correntes d’escritas
(tepecê da aula 25)
| ||
Dissertação a partir de verso do poema
«Aniversários» (tepecê da aula 28-29)
| ||
Reformulação do conto (tepecê da aula 25)
| ||
Nota de apresentação para contracapa de
antologia de Campos (tepecê da aula 31-32)
| ||
Comentário sobre Campos «filho indisciplinado
da sensação» (tepecê da aula 33-34)
| ||
Comentário a «Tabacaria», enquanto «epopeia da
frustração» (tepecê da aula 35)
| ||
Criação de «Alfabeto Pessoano» (tepecê da aula
41-42)
| ||
Comentário sobre processo heteronímico e
Caeiro anti-cartesiano (tepecê da aula 45)
| ||
Comentário sobre Caeiro e sensações (tepecê da
aula 46-47)
| ||
Comentário sobre a atitude antimetafísica de
Caeiro (tepecê da aula 48-49)
| ||
Dissertação sobre tema de um dos quatro exames
do ano passado (tepecê da aula 65)
| ||
Compreensão oral/Produção oral
| ||
Aula
|
Leitura em voz alta de poemas de Álvaro de
Campos (marcada no tepecê da aula 40)
|
|
Leitura expressiva de passo de poema
contemporâneo (aula 53-54)
| ||
Casa
|
Texto gravado, incluindo poema de Pessoa ou
heterónimos (tepecê da aula 51-52)
| |
Gramática
| ||
Aula
|
Questionário a partir de «Lisbon revisited»
(aula 33-34)
|
|
Questionário em torno de pronominalizações,
orações, funções sintáticas (aula 61-62)
| ||
Perceção
da atenção em momentos em que se trata de ouvir professor em explicações de
conteúdos
| ||
Atitudes
| ||
As
chamadas atitudes (assiduidade e pontualidade; participação e
empenho; autonomia e responsabilidade; organização e avaliação do trabalho) —
nos critérios de avaliação do Departamento de Português correspondentes a 10%
da classificação — ficam já distribuídas, em 3,333333333333333333333333%, por
escrita, leitura e gramática.
|
TPC de férias — No início do 2.º período,
iremos já fazendo questionários que implicam terem lido (ou já estarem a ler e
bastante avançados) Memorial do Convento
de José Saramago.
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