Aulas (2.º período, 1.ª parte: 68-110)
Aula 68-69 (6 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 7/jan [3.ª]) Ponto da situação sobre
programa neste começo do 2.º período (ver Apresentação)
Segue-se
o grupo I, parte A, do exame de 2008, 2.ª fase. (Usa-se trecho do cap. XXII de Memorial do Convento, mas as respostas
não implicam conhecimento do enredo.)
GRUPO I
A
Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.
De Montemor a Évora não vão faltar trabalhos.
Voltou a chover, tornaram os atoleiros, partiram-se eixos, rachavam-se como
gravetos os raios das rodas. A tarde caía rapidamente, o ar arrefecia, e a
princesa D. Maria Bárbara, que enfim adormecera, auxiliada pelo torpor
emoliente dos caramelos com que aconchegara o estômago e por quinhentos passos
de estrada sem buracos, acordou com um grande arrepio, como se um dedo gelado
lhe tivesse tocado na testa, e, virando os olhos ensonados para os campos
crepusculares, viu parado um pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do
caminho e atados uns aos outros por cordas, seriam talvez uns quinze.
Afirmou-se melhor a princesa, não era sonho nem
delírio, e turbou-se de tão lastimoso espetáculo de grilhetas, em véspera das
suas bodas, quando tudo devia ser ledice e regozijo, já não chegava o péssimo
tempo que faz, esta chuva, este frio, teriam feito bem melhor se me casassem na
primavera. Cavalgava à estribeira um oficial a quem D. Maria Bárbara ordenou
que mandasse saber que homens eram aqueles e o que tinham feito, que crimes, e
se iam para o Limoeiro ou para a África. Foi o oficial em pessoa, talvez por
muito amar esta infanta, já sabemos que feia, já sabemos que bexigosa, e daí, e
vai levada para Espanha, para longe, do seu puro e desesperado amor, querer um
plebeu a uma princesa, que loucura, foi e voltou, não a loucura, ele, e disse,
Saiba vossa alteza que aqueles homens vão trabalhar para Mafra, nas obras do
convento real, são do termo de Évora, gente de ofício, E vão atados porquê,
Porque não vão de vontade, se os soltam fogem, Ah. Recostou-se a princesa nas
almofadas, pensativa, enquanto o oficial repetia e gravava em seu coração as
doces palavras trocadas, há de ser velho, caduco e reformado, e ainda se
recordará do mavioso diálogo, como estará ela agora, passados todos estes anos.
A princesa já não pensa nos homens que viu na
estrada. Agora mesmo se lembrou de que, afinal, nunca foi a Mafra, que estranha
coisa, constrói-se um convento porque nasceu Maria Bárbara, cumpre-se o voto
porque Maria Bárbara nasceu, e Maria Bárbara não viu, não sabe, não tocou com o
dedinho rechonchudo a primeira pedra, nem a segunda, não serviu com as suas
mãos o caldo dos pedreiros, não aliviou com bálsamo as dores que Sete-Sóis
sente no coto do braço quando retira o gancho, não enxugou as lágrimas da
mulher que teve o seu homem esmagado, e agora vai Maria Bárbara para Espanha, o
convento é para si como um sonho sonhado, uma névoa impalpável, não pode sequer
representá-lo na imaginação, se a outra lembrança não serviria a memória.
José Saramago, Memorial
do Convento, 27.ª ed., Lisboa, Caminho, 1998
atoleiros: lugares de solo mole, pantanoso. || gravetos: galhos
finos e secos de árvore ou arbusto. || ledice: alegria.
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que
se seguem.
1. Vários são os imprevistos da viagem que a princesa
e a sua comitiva fazem, de Montemor a Évora. Refira três desses imprevistos,
fundamentando a sua resposta com elementos do texto.
2. Explicite o sentido do seguinte excerto: «turbou-se
de tão lastimoso espetáculo de grilhetas, em véspera das suas bodas, quando
tudo devia ser ledice e regozijo» (linhas 9 a 11).
3. Identifique um dos
recursos de estilo presentes no último parágrafo do texto e comente a
respetiva expressividade.
4. Divida o texto em
partes lógicas e apresente, para cada uma delas, uma frase que sintetize o respetivo
conteúdo.
[Para fazeres só depois de concluíres e me entregares a outra folha:]
Abre
o manual nas pp. 341-342, em Reprodução do discurso no discurso.
No segundo parágrafo do texto que estivemos a analisar, sublinhei abonações de modalidades de reprodução do discurso.
Na tabela em baixo, classifica cada um dos trechos (com discurso direto, discurso
direto livre, discurso indireto,
discurso indireto livre — mas não é
obrigatório que estejam ilustradas todas as modalidades). Depois, na coluna da
direita, fundamenta a classificação fizeste.
Afirmou-se melhor a princesa, não era sonho nem
delírio, e turbou-se de tão lastimoso espetáculo de grilhetas, em véspera das
suas bodas, quando tudo devia ser ledice e regozijo, já não chegava o
péssimo tempo que faz, esta chuva, este frio, teriam feito bem melhor se me casassem
na primavera. Cavalgava à estribeira um oficial a quem D. Maria Bárbara
ordenou que mandasse saber que homens eram aqueles e o que tinham feito, que
crimes, e se iam para o Limoeiro ou para a África. Foi o oficial em pessoa,
talvez por muito amar esta infanta, já sabemos que feia, já sabemos que
bexigosa, e daí, e vai levada para Espanha, para longe, do seu puro e
desesperado amor, querer um plebeu a uma princesa, que loucura, foi e voltou,
não a loucura, ele, e disse, Saiba vossa alteza que aqueles homens vão
trabalhar para Mafra, nas obras do convento real, são do termo de Évora, gente
de ofício, E vão atados porquê, Porque não vão de vontade, se os soltam fogem,
Ah. Recostou-se a princesa nas almofadas, pensativa, enquanto o oficial
repetia e gravava em seu coração as doces palavras trocadas, há de ser velho,
caduco e reformado, e ainda se recordará do mavioso diálogo, como estará ela
agora, passados todos estes anos.
trecho de Memorial do Convento
|
discurso...
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características
|
já não chegava o péssimo tempo que faz, esta
chuva, este frio, teriam feito bem melhor se me casassem na primavera
|
||
a quem D. Maria Bárbara ordenou que mandasse
saber que homens eram aqueles e o que tinham feito, que crimes, e se iam para
o Limoeiro ou para a África
|
indireto
|
|
e disse, Saiba vossa alteza que aqueles homens vão trabalhar para Mafra,
nas obras do convento real, são do termo de Évora, gente de ofício, E vão
atados porquê, Porque não vão de vontade, se os soltam fogem, Ah
|
Não há travessões
ou aspas (embora maiúsculas isolem falas). Surge um verbo introdutor
(«disse»). Forma das falas originais é mantida.
|
|
como estará ela
agora, passados todos estes anos
|
Veremos
o início de Marie Antoinette, de
Sofia Coppola. É um filme em que encontramos peripécias que nos lembrarão
situações análogas de Memorial do
Convento. Além disso, a história passa-se na corte que inspirou a de D.
João V.
TPC — Lê páginas sobre «Reprodução do discurso no discurso» (GPP) e «Relato do discurso» (NGDP) copiadas em Gaveta de Nuvens.
Aula 70-71 (7 [6.ª], 9 [3.ª], 10/jan [1.ª, 4.ª]) Correção
das perguntas I-A do exame de 2008 (2.ª fase) respondidas em aula anterior.
Solução possível (modelar, por isso talvez
demasiado extensa):
1. Na viagem de Montemor a Évora, a princesa e a
sua comitiva confrontam-se com vários imprevistos: o primeiro é constituído
pelas condições climatéricas adversas que degradam o estado das estradas, assim
dificultando a viagem e aumentando o desconforto dos viajantes: «voltou a chover»
(l. 1); «já não chegava o péssimo tempo que faz, esta chuva, este frio» (l.
11); o segundo tem a ver com os efeitos da chuva no estado da estrada e nos
meios de transporte: «tornaram os atoleiros» (l. 1), «partiram-se eixos,
rachavam-se como gravetos os raios das rodas» (l. 2); o terceiro consiste na
descoberta, pela princesa, de um grupo de homens amarrados uns aos outros,
recrutados à força para irem trabalhar nas obras do convento de Mafra: «viu
parado um pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do caminho e atados
uns aos outros por cordas, seriam talvez uns quinze» (ll. 9-10), que mandou
saber «que homens eram aqueles e o que tinham feito, que crimes, e se iam para
o Limoeiro ou para África» (ll. 13-14); e D. Maria Bárbara acabará por ficar a
saber que «aqueles homens vão trabalhar para Mafra, nas obras do convento real
(...), vão atados (...) porque não vão de vontade, se os soltam fogem» (ll.
17-19).
2. O excerto estabelece um contraste entre o
estado de espírito da princesa D. Maria Bárbara, profundamente incomodada pela
visão daquele grupo de homens amarrados, vítimas de grande violência, roubados
às suas famílias, e o ambiente festivo criado à volta do seu casamento. Tudo
devia ser «ledice e regozijo» (l. 10), mas era-o só no círculo restrito da
corte que integrava o cortejo nupcial; lá fora, o povo, triste, agrilhoado, é
forçado a trabalhar para que um rei vaidoso e megalómano veja cumprida a sua
promessa no prazo marcado.
3. O recurso de estilo mais visível é a
construção anafórica — «Maria Bárbara não viu, não sabe,
não tocou com o dedinho rechonchudo a primeira pedra, nem a segunda, não serviu
com as suas mãos o caldo dos pedreiros, não aliviou com bálsamo as dores que
Sete-Sóis sente no coto do braço quando retira o gancho, não enxugou as
lágrimas da mulher que teve o seu homem esmagado» (ll. 25-29) —, que realça o
contraste entre a indiferença da princesa face à construção do convento e o
sofrimento que essa mesma construção acarreta para trabalhadores e suas
famílias.
4. O texto divide-se em três partes lógicas: os
primeiro e segundo períodos do primeiro parágrafo constituem a primeira parte,
em que se enumeram os contratempos e alguns dos imprevistos surgidos durante a
viagem de D. Maria Bárbara de Montemor a Évora; já a segunda parte inclui o
terceiro período do primeiro parágrafo e todo o segundo parágrafo, que se
referem ao aparecimento de um grupo de homens amarrados a caminho das obras do
convento e ao amor impossível de um jovem oficial pela princesa, a quem presta
informação sobre o «pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do
caminho»; finalmente, a terceira parte é constituída pelo terceiro parágrafo e
nela deparamos com uma reflexão em torno do desinteresse da princesa por um
convento que está a ser construído para celebrar o seu nascimento.
Lê
a ode de Ricardo Reis na p. 104 do manual.
Cumpre o ponto 1 («sintetiza o seu assunto numa
expressão sugestiva [título-frase-slogan-máxima-lema-epígrafe]»), mas evita «A
força do destino».
...
Reescreve o primeiro
verso do poema, trocando apenas cada um dos «cumpre» por outro verbo (com isso
se perceberá que «cumprir» é polissémico e cada uma das formas verbais tem
sentido diferente). Não uses nenhum dos verbos que estão em nota à direita.
...
Ilustra graficamente o
quiasmo nos vv. 3-4:
O uso do quiasmo — a
troca da posição de «cumpre» e «deseja» — acaba por servir para destacar ______.
Comenta o valor
expressivo da comparação nos vv. 5-6.
A comparação dos
homens com «_____» visa acentuar a impossibilidade de se lutar contra o _____.
Que atitude nos é aconselhada
no último quarteto?
É-nos aconselhada uma
atitude de ____.
Respondendo à pergunta
4 [lê-a antes de completares o que ponho
a seguir]:
O texto, como sucede
tanto com Ricardo Reis, é fundamentalmente diretivo. Essa índole imperativa
socorre-se, nos primeiros quatro versos, de um sujeito aparentemente singular
(«cada um [dos homens]»), através do qual se faz uma _______, vincando-se um
facto universal. A mudança para a 1.ª pessoa do plural dá-se quando se
explicita melhor, mais próximo de nós, o efeito do destino (vv. 5-8) e,
sobretudo, quando se usa o conjuntivo enquanto forma de ______. Através de uma
ordem que nos é dada, exacerba-se a impossibilidade de se proceder de outro
modo.
Na p. 110 do manual,
no ponto 1, temos dois textos de José Gomes Ferreira. Analisa um deles (ou
ambos), tendo como termo de contraste — ou de analogia — a escrita, a
ideologia, de Ricardo Reis. Evita, porém, um comentário constantemente
repartido (‘enquanto X é assim, Y é assado’). Sugiro de cem a cento e quarenta
palavras.
TPC — Resolve o ponto 1, de Escrita, no cimo da p. 105. (Nota que o
assunto desta dissertação, embora seja sugerido por citação de Ricardo Reis,
não é, no essencial, literário. Trata-se de um tema ao estilo de grupo III de
exames nacionais.)
Aula 72 (7 [4.ª], 9 [1.ª, 6.ª], 10/jan [3.ª]) Passa o primeiro trecho para discurso
indireto livre.
já não chegava o
péssimo tempo que faz, esta chuva, este frio, teriam feito bem melhor se me
casassem na primavera
Passa o segundo trecho para discurso direto.
a quem D. Maria
Bárbara ordenou que mandasse saber que homens eram aqueles e o que tinham
feito, que crimes, e se iam para o Limoeiro ou para a África
Passa o quarto trecho para discurso indireto.
como estará ela agora,
passados todos estes anos
Socorro-me
mais uma vez da Nova Gramática Didática
de Português. (Obrigado, NGDP.)
1. Identifique os modos de relato de discurso presentes nos
exemplos seguintes.
Texto 1
—
O telefone está a tocar! — disse a mãe.
—
É para mim. Não atendas. — respondeu o filho.
Texto 2
— Manos! O cofre tem três chaves... Eu quero
fechar a minha fechadura e levar a minha chave!
— Também eu quero a minha, mil raios! — rugiu
logo Rostabal.
Rui sorriu. Decerto, decerto! A cada dono do
ouro cabia uma das chaves que o guardavam.
Eça de Queirós, «O Tesouro», Contos.
Texto 3
— «E tu, Chico Calado?» — E o Chico Calado lá
explicou na sua linguagem de trejeitos que gostaria de poder impingir os seus
elixires sem suportar perseguições nem pedradas.
José Gomes
Ferreira, Aventuras de João Sem Medo.
Texto 4
E ele respondeu que nunca na vida fora visto por
um médico, nunca tomara um remédio comprado na farmácia, e não era agora que
havia de mudar.
António
Mota, A Casa das Bengalas.
2. Transponha as frases seguintes para o
discurso indireto, utilizando alguns dos verbos listados abaixo, de forma a não
repetir o verbo dizer.
insistir / anunciar /
exclamar / perguntar / explicar / concordar / prometer / admitir
a) — Vou-me casar para o ano — disse o Carlos.
b) — Amanhã estou lá às 10 horas. Não faltarei — disse a
Joana à irmã.
c) — Tens mesmo de ir à minha casa — disse o Paulo à Eva.
d) — Deve ligar este fio ao vermelho e carregar no botão —
disse o funcionário da loja.
e) — Onde vais amanhã? — disse o Pedro.
f) — Eu menti porque tive medo. Não volta a acontecer, mãe!
— disse o António.
g) — Sim, esta nota é falsa — disse o Duarte ao Rui.
h) — Não aguento mais esta situação! — disse a Maria.
3. Considere a situação
seguinte.
Ontem à noite, houve um assalto na mansão dos Albuquerque.
Alguém roubou as jóias da família durante a noite. O crime está a ser
investigado por um detetive. Para tentar apurar a verdade, o detetive interroga
o mordomo.
Transponha o diálogo para o discurso indireto.
Detetive: de esteve ontem à
noite?
Mordomo: Estive toda a noite
aqui no meu quarto.
Detetive: O que esteve a fazer?
Mordomo: Estive a ver televisão
até às 11 horas e depois comecei a ler um livro porque estava com insónias.
Detetive: Que programa viu na
televisão?
Mordomo: Vi o funeral do
Eusébio e depois peguei num livro.
Detetive: Como se chama o livro?
Mordomo: Ó senhor inspetor, olhe,
era este!
Detetive: Ouviu algum barulho
estranho durante a noite?
Mordomo: Não, não ouvi. Dormi
profundamente durante a noite.
Detetive: Obrigado pela sua
colaboração.
TPC — Resolve este item — que é a parte B do
grupo I do exame que começámos a resolver na última/penúltima aula. (O ideal é
ter já lido toda o Memorial. No
entanto, uma leitura que inclua o quinto capítulo já fornece matéria suficiente
para este comentário.)
A reflexão da princesa
Maria Bárbara — «teriam feito bem melhor se me casassem na primavera» — revela
que outros, e não ela, é que decidiram sobre o seu casamento. O mesmo não se
passa com o casal Baltasar e Blimunda, cuja relação não foi imposta e na qual
ninguém interfere.
Fazendo apelo à sua
experiência de leitura de Memorial do
Convento, comente, num texto de oitenta a cento e vinte palavras, a relação
amorosa de Baltasar e Blimunda.
Aula 73-74 (13 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 14/jan [3.ª]) Desta vez, peço-te que só leias as pp. 288-289. Não consultes, portanto, outras folhas do manual com matéria do Memorial do Convento — nem a própria obra, se a tiveres contigo — nem as folhas de glossário gramatical.
Em «para dar
infantes à coroa portuguesa» (ll. 2-3), o sujeito é
a) nulo expletivo.
b) nulo subentendido, reportando-se a D. João.
c) nulo subentendido, reportando-se a D. Maria Ana.
d) «infantes».
«Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não
é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes [...]»
(ll. 5-7) mostra que o narrador
a) é participante e
está a ser irónico.
b) está focalizado
segundo a perspetiva de Baltasar.
c) é objetivo.
d) ainda que
omnisciente, assume uma voz marcada pelos preconceitos de época.
«e inda agora a procissão vai na praça» (ll. 8-9)
significa que
a) o rei ainda teria
mais filhos ilegítimos.
b) só naquele momento
começavam as relações entre rei e rainha.
c) rei e a rainha
teriam vários filhos.
d) uma procissão
atravessava realmente a praça.
No longo
período nas linhas 18-33, é-nos dito que o rei
a) era persistente, embora impotente, ao contrário do que se esperaria
de um jovem.
b) é vigoroso, tem vinte e um anos, mas, por a rainha
ser pouco atraente, não concretiza o ato sexual.
c) tem relações sexuais com a rainha duas vezes por semana, ejaculando
muito esperma.
d) não cumpria os chamados «deveres conjugais», por «cristianíssima
retenção moral».
Ainda no mesmo
período (ll. 18-33), ficamos a saber que a rainha,
a) nas suas relações sexuais, revelava-se humilde e
paciente, pelo que se prolongavam os jogos amorosos com o rei.
b) além de rezar, após o ato sexual ficava o mais
possível imóvel, a fim de aumentar as possibilidades de gerar um filho.
c) rebelde e sensual, não era, porém, suficientemente estimulada por o
ato sexual ser rápido.
d) porque para ela era grande sacrifício ter relações sexuais, durante
o ato rezava e ficava imóvel.
O sujeito de
«fizeram inchar» (l. 32) é
a) nulo indeterminado.
b) «líquidos comuns».
c) nulo subentendido.
d) composto.
«inchar a
barriga de D. Maria Ana» (ll. 32-33) é
a) uma anáfora.
b) uma perífrase para ‘engravidam a rainha’.
c) alusão brincalhona aos iogurtes Actívia.
d) hipérbole.
A basílica que
o rei está a levantar (ao longo do parágrafo das ll. 34-59) é
a) um modelo de brincar.
b) a verdadeira Basílica de S. Pedro.
c) o modelo do Convento de Mafra.
d) o Convento de Mafra.
O pronome
«elas» (l. 52) tem como referente
a) «a ordem e a solenidade» (50).
b) «camaristas» (52)
c) «as vigilantes entidades» (51), cujo antecedente é
«as figuras dos profetas e dos santos» (46).
d) «coisas sagradas» (50).
Na linha 60,
«no» é
a) ‘nu’, porque despiram o rei.
b) uma anáfora (que, precedida de nasal, implica um ene).
c) o pronome «nos» abreviado.
d) uma catáfora cujo referente é «o rei».
A enumeração
nas linhas 60-66 visa
a) enfatizar a importância do ato que se seguiria.
b) mostrar o poder de D. João V.
c) justificar a impotência do rei.
d) caricaturar a repartição de tarefas pelos servidores do rei.
«já não tarda um minuto que D. João V se encaminhe ao quarto da rainha» (ll.
67-68) passa-se
a) em Mafra.
b) na praça de S. Pedro.
c) em Roma.
d) em Lisboa.
O conector que
introduz o último período (l. 69) tem sentido
a) consecutivo.
b) de adição.
c) de oposição.
d) conclusivo.
[Seguem-se perguntas sobre
informações que já não estão explicitadas nestas páginas. Fecha o manual, por
favor, e responde em função da tua leitura dos primeiros capítulos da obra ou
de pouco mais.]
A visita que
se anuncia no último parágrafo do texto (ll. 69-70) visa propor ao rei que
a) prometa ter um filho.
b) seja mais paciente com Maria Ana.
c) faça uma promessa.
d) visite Mafra.
A gravidez da rainha virá a ser atribuída
a
a) um milagre de
franciscano.
b) um milagre do Papa
Francisco.
c) um milagre de
Eusébio.
d) ereção do convento de
Mafra.
A promessa de construção do convento teve
de ser cumprida dado o nascimento de
a) D. Maria Bárbara.
b) D. João V.
c) Baltasar.
d) D. José.
Um amigo de Baltasar chamava-se
a) João Lisboa.
b) João Elvas.
c) José Castelo Branco.
d) João Portalegre.
Sete-Sóis e Blimunda foram casados, ainda
que pouco convencionalmente, por
a) Bartolomeu.
b) Frei Miguel da
Anunciação.
c) Frei António de S.
José.
d) Baltasar.
Blimunda e Baltasar conheceram-se
a) em Mafra, durante a
construção do convento.
b) em Lisboa, no
batizado do infante.
c) durante a guerra.
d) em Lisboa, quando a
mãe de Blimunda era vítima da Inquisição.
Blimunda via por dentro
a) antes de comer pão,
de manhã.
b) depois de beber água.
c) à noite, depois de
jantar.
d) antes de fazer cocó,
de manhã.
Responde a mais este modelo de exame:
Grupo I - A
Lê atentamente o seguinte poema de Ricardo Reis.
Segue
o teu destino,
Rega
as tuas plantas,
Ama
as tuas rosas.
O
resto é a sombra
De
árvores alheias.
A
realidade
Sempre
é mais ou menos
Do
que nós queremos.
Só
nós somos sempre
Iguais
a nós próprios.
Suave
é viver só.
Grande
e nobre é sempre
Viver
simplesmente.
Deixa
a dor nas aras
Como
ex-voto aos deuses.
Vê
de longe a vida.
Nunca
a interrogues.
Ela
nada pode
Dizer-te.
A resposta
Está
além dos Deuses.
Mas
serenamente
Imita
o Olimpo
No
teu coração.
Os
deuses são deuses
Porque
não se pensam.
Pessoa,
Fernando, 2010. Poesia dos Outros Eus. Lisboa: Assírio & Alvim
Apresenta, de forma clara e estruturada, as tuas
respostas aos itens que se seguem.
1.
Identifica o modo verbal predominante no poema e justifica o seu emprego.
2.
Clarifica a mensagem presente nos versos 4 e 5.
3.
Mostra como se concretiza, no poema, a ideia de fatalismo.
4.
Interpreta o conselho que o sujeito poético apresenta na última estrofe.
TPC — Lê, ou relanceia, «O reino das
marionetas» (p. 291). Responde a esta pergunta (Grupo I-B do exame de 2009, 2.ª
fase):
Refira dois dos traços de carácter
de D. João V determinantes na ação de Memorial
do Convento, de José Saramago, fazendo alusões
pertinentes à obra. Escreva um texto de oitenta a cento e vinte palavras.
Aula 75-76 (14 [6.ª], 16 [3.ª], 17/jan [1.ª, 4.ª]) Lê
«Autopsicografia» (p. 34), de Fernando Pessoa — ortónimo — e responde a estes
itens:
1. Na 1.ª quadra é apresentada uma tese. Identifica-a e
explica-a, considerando: a dor fingida pelo poeta (no poema)/a dor sentida pelo
poeta (na vida real); o paradoxo presente nos vv. 3-4.
«_______» é a tese apresentada no poema.
Significa que o poeta finge uma dor que não coincide com a dor sentida na ______.
A dor escrita é uma invenção, uma transfiguração, criada pela ______.
2.
A 2.ª quadra refere-se à sensação/sentimento que o poema provoca nos leitores.
Explicita o que sentem os leitores, considerando o jogo: «as duas (dores) que ele (o poeta) teve» / «a dor lida» / «a (dor) que eles não têm».
Os leitores sentem uma dor que
não é a que o poeta sentiu, nem a que ele _______, mas que é a sua não-dor.
3. Experimenta interpretar as metáforas contidas na última
estrofe, na qual se estabelece a dicotomia «razão»/«coração» (intelecto/emoção). Relaciona essa dicotomia com a tese apresentada na l.ª
estrofe.
A última estrofe apresenta, metaforicamente, a
relação entre ______ e _____. O coração é um comboio de corda, regulado pelas ______.
A razão é uma realidade à parte, mas estimulada (entretida) pelo _____.
4. Interpreta agora o título do poema, considerando os três constituintes
da palavra: auto
+ psico + grafia.
Tendo em conta o significado de cada um dos
elementos que compõem o título, «autopsicografia» remete para _____.
5. Analisa a
estrutura formal do poema.
O poema é constituído por três _____, de versos
_____ (também designados versos de «_____ maior»), com o esquema rimático ___
(portanto, em rima ____).
6. Expõe a
teoria do «fingimento poético»
apresentada neste poema.
De acordo com o poema, a criação poética assenta no _____, na medida em que um poema
não diz o que o poeta ______, mas aquilo que imagina a partir do que
anteriormente sentiu. O poeta é um fingidor, porque escreve uma ____ fingida,
fruto da razão e da imaginação, e não a emoção sentida pelo coração, que apenas
chega ao poema transfigurada, na tal emoção ______ poeticamente, imaginada.
Quanto ao ______, apenas sente a emoção que o poema lhe suscita, que será
diferente da do próprio poema. A poesia, a arte, é a intelectualização da _____.
Nas
pp. 34-35, resolve 2 (2.1: __; 2.2:
__; 2.3: __) e 5 (A, __, __; B, __,
__; C, __, __).
Lê «Isto» (p. 36) e responde às seguintes perguntas, usando as frases
já começadas:
1.
Na l.ª estrofe, o poeta opõe a «imaginação» (razão, intelecto) ao «coração» (emoção). Qual deles utiliza ao escrever?
Ao escrever, o poeta usa _________.
2.
Na 2.ª estrofe, compara todas as suas emoções (sonhos, vivências, ausências,
perdas) a um «terraço».
Como interpretas essa comparação?
As emoções são semelhantes a ______.
3.
Nesse terraço de emoções, o poeta procura
«outra coisa» — a emoção estética. Qual o verso que a refere?
«________».
4.
Para encontrar essa emoção estética, como escreve o poeta? Sobre que escreve?
(Interpreta os quatro primeiros versos da última estrofe.)
O poeta escreve distanciado daquilo que sentiu
anteriormente («_______»), sem _______ («livre do meu enleio»).
5. Mostra a ironia presente neste poema.
O último verso é irónico, _______.
6. Analisa a
estrutura formal do poema.
O poema apresenta grande regularidade formal:
são três estrofes de cinco versos (isto é, três _____), de ___ sílabas
métricas, com o esquema rimático _______ (portanto, de rima ______ e _____).
7. Estabelece a
relação entre os poemas «Isto» e «Autopsicografia».
Os poemas «Autopsicografia» e «Isto» têm como
tema comum o _____. Neles, o poeta expõe o seu conceito de poesia enquanto
intelectualização da ____.
Na p. 37, resolve o ponto 6:
a. ___; b.
___; c. ___. E o ponto 2 de
«Pós-leitura»:
1. ___; 2. ___; 3. ___; 4. ___; 5. ___; 6. ___;
7. ___; 8. ___; 9. ___; 10. ___; 11. ___; 12. ___; 13. ___; 14. ___; 15. ___;
16. ___.
O sketch — que alguns dirão demasiado ordinário — «Sessão de
autógrafos» (Camada de nervos, Canal
Q) tem momentos bastantes instrucionais em torno da língua portuguesa. Mesmo
esses, porém, carecem de revisão cuidadosa. Completa os meus comentários.
Citações e elementos vários
de «Sessão de autógrafos»
|
Comentários
muito eruditos
|
Paratexto
| |
Romance
Águas Profundas. Quão longe vai uma alma
José Sousa Bastos
Bacia Editores
Arquipélago
das Vontades
|
Na capa do livro que o
grande Sousa Bastos está a autografar, a localização do género da obra,
«romance» (que se inclui no modo literário ___), é relativamente incomum
(essa indicação pode surgir na capa mas talvez não no cabeçalho). O subtítulo
(Quão longe vai uma alma) também
não é inusual que apareça na capa, embora só seja obrigatório no ___ (ou
rosto), que, como sabemos, é a página por onde se guia a referenciação
bibliográfica. Note-se o «quão», decerto para ridicularizar o estilo de
Bastos (em vez de «Quão...», ficaria melhor «___ vai longe uma alma». Também
é brincalhão o nome da editora, que costuma, com efeito, ficar na capa e na __.
Não reparei em que página o autor escreve a dedicatória, mas deverá fazê-lo
no frontispício (ou, eventualmente, na página também ímpar que o precede, o
__, onde só costuma estar o título). A referência a Arquipélago das Vontades, outra obra do mesmo autor (subtil
alusão a Saramago e ao Memorial?),
poderia constar numa das ___ (ou orelhas) ou na contracapa.
|
Acento grave
| |
«’Natália’ é com acento para trás?»
|
Sousa Bastos, sabe,
pelo menos, que «Natália», como ____ que é (aparente, porém, já que «ia» é
mais ditongo crescente do que duas sílabas), leva acento na antepenúltima
sílaba. Tem dúvidas sobre se o acento é grave ou ___ (para «circunflexo»,
diria um «chapeuzinho»). Devia saber que, atualmente, só há acentos graves
como resultado da ___ da preposição «a» com alguns determinantes e pronomes
(são poucas palavras: à, __, __, àquela, ___, àquelas, àquilo, àqueloutro,
àqueloutra, àqueloutros, ____).
|
Hífen e conjugações pronominais
| |
«Quero lember-te.»
«Não é uma palavra única: é separada por um
hífen.»
«Mas que é isso do hífen? Ah, aquele alemão!»
«Hitler? Não, é o traço que separa o verbo do
reflexo.»
|
Sousa Bastos confunde
«hífen» e «Hitler». Repare-se que as palavras ___ terminadas em -l, -n,
-r, -x, -ps, têm
sempre acento gráfico (na penúltima sílaba, é claro); «Hitler» não tem acento
por ser um ____. A retificação da fã do escritor não é perfeita. Em
«lamber-te» (ou mesmo em «lember-te») o pronome «te» não é um pronome reflexo
(em «lavo-me» [= ‘eu lavo eu’], «tu barbeias-te», etc., sim, porque há
coincidência dos referentes de sujeito e complemento direto). Já agora, qual
é a função sintática deste «te» de «lamber-te»? É ___. (Se tiveres dúvidas,
experimenta com os pronomes de 3.ª pessoa — «o»/«a» (complemento direto) versus «lhe» (indireto).)
|
«Traz» vs. «Trás» e mais pronominalizações
| |
«’Trás’ (de ‘por trás’) não é com zê é com
esse.»
|
Realmente, todas as
formas do verbo «trazer» são com zê e a preposição ou locuções derivadas
sempre com esse (e acento). Experimenta pronominalizar estas frases: «Traz a fã > Trá-la.» | «Trarei o livro > _____» | «Trazia o livro a Sousa Bastos > ____» | «Traríamos
o Adolfo > _____» | «Traz o livro à Dulce > ____»
|
Orações
| |
«Estou farto dos fãs que têm a mania»; «Só espero que não tenha ficado melindrado»; «Quando me dá o seu número do quarto do
hotel, é com agá».
|
Classifica as orações
em itálico:
subordinada
____________________;
subordinada
____________________;
subordinada
____________________.
|
TPC — Escreve um comentário
de um pouco mais de cem palavras que aproxime os textos A e B da p. 39 — e os
enquadre no tema da «dor de pensar» e, em geral, nas características de Pessoa
ortónimo. (Como estratégia prévia, podes resolver o ponto 1 da mesma página,
mas sem a ele te agarrares depois muito.)
Aula 77 (14 [4.ª], 16 [1.ª, 6.ª], 17/jan [3.ª]) Correção
de questionário sobre texto inicial de Memorial.
(Cfr. Apresentação.)
O
conceito de Marcador discursivo pode ser considerado como um
hiperónimo de unidades discursivas
invariáveis, apresentando
várias funções no plano do texto, como: ligar segmentos maiores ou menores do
discurso; organizar os enunciados em blocos (partes) textuais; contribuir para
a interpretação dos enunciados; indicar o sentido da conexão dos enunciados; introduzir
novos temas e registos discursivos diferentes; facilitar a interpretação do
texto; manter e orientar o contacto do locutor com o interlocutor.
Os marcadores discursivos podem subdividir-se em várias classes:
Estruturadores de
informação
|
Têm
a função de ordenar a informação, assegurando a abertura, o desenrolar e o
fecho de uma série.
Podem
apresentar três possibilidades de origem semântica (enumeração, lugar,
tempo).
|
enumeração: em primeiro lugar,
inicialmente, de um lado, em segundo lugar, em seguida, depois, por último, finalmente,
por outro lado, para terminar, em síntese, etc.
lugar: atrás, além, de um
lado, na frente, em cima, à esquerda, etc.
tempo: então, em seguida,
(e) depois, após, na véspera, no dia seguinte, etc.
|
Conectores
|
Têm
a função de ligar enunciados ou sequências de enunciados, estabelecendo uma
relação semântica e pragmática entre os membros da cadeia discursiva.
Morfologicamente,
são unidades linguísticas invariáveis; pertencem às seguintes classes de
palavras: interjeições, advérbios e conjunções.
|
Conectores aditivos ou
sumativos:
além disso, ainda por cima, do mesmo modo, igualmente, etc.
Conectores
conclusivos e explicativos:
por
consequência, logo, portanto, de modo que, donde se segue, etc.
Conectores contrastivos
ou contra-argumentativos:
sem embargo, não obstante, todavia, contudo, de qualquer
modo, em todo o caso
|
Reformuladores
|
Têm a função de explicação e de
retificação.
|
por
outras palavras, ou seja, dizendo melhor, ou antes, etc.
|
Operadores discursivos
|
Têm a função de reforço
argumentativo e de concretização.
|
de
facto, na realidade, por exemplo, mais concretamente, etc.
|
Marcadores conversacionais
|
Têm a função
de manter e orientar o contacto do locutor com o interlocutor.
|
ouve,
você sabe, então, olha, presta atenção, homem,
etc.
|
Como se pôde
verificar, os conectores discursivos
são uma classe dos marcadores discursivos:
o seu significado dá instruções, que vão orientar o recetor na interpretação
dos enunciados, na construção das inferências, no desenvolvimento dos argumentos
e dos contra-argumentos; verificam-se tanto na sua realização oral como na
realização escrita.
O termo conexão corresponde ao encadeamento de enunciados, podendo ser
assegurado por marcadores discursivos e pela pontuação (na escrita).
Todo o texto e tabela em cima são
adaptações de um trecho de Inês Silva & Carla Marques, Estudar Gramática no Ensino Secundário ([Lisboa?], Asa, 2011). Vai
agora à p. 334 do nosso manual, que aborda os conectores de modo já abrangente.
Escreve
texto expositivo-argumentativo com vinte
conectores, um de cada fila do quadro da p. 344. Assegura-te de que se trata
mesmo de conector (por vezes, usamos a mesma expressão mas sem a função de
articulador que interessa aqui — por exemplo, na frase «ficou em primeiro
lugar», «em primeiro lugar» não é conector).
Procura
que o texto não pareça demasiado artificial. Se os articuladores ficarem muito
concentrados, a exposição perderá naturalidade.
Sublinha
os conectores. Depois, sob a redação, copia-os e classifica cada um (segundo a
ideia expressa, conforme as designações no manual).
TPC — Completa redação iniciada em aula.
Aula 78-79 (20 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 21/jan [3.ª]) Correção de tepecê sobre amor de Baltasar e Blimunda (cfr. Apresentação). Leitura de resposta a item de exame nacional (I-B) em torno da teoria do fingimento poético em Pessoa:
O grupo I-B do
exame de 2009 (1.ª fase) implicava resposta que passaria bastante por assunto
que tratámos recentemente, a teoria pessoana do fingimento poético:
Comente a opinião, a seguir transcrita, sobre a
teoria do fingimento poético em Pessoa ortónimo, referindo-se a poemas
relevantes para o tema em análise. Escreva um texto de oitenta a cento e vinte
palavras.
«É na poesia ortónima que o Pessoa ‘restante’, o
que não cabe nos heterónimos laboriosamente inventados, se afirma e
‘normaliza’: é então que ele ‘faz’ de si e os seus poemas são ‘chaves’ para
compreender o seu extraordinário universo literário.»
António Mega Ferreira,
Visão do Século —
As Grandes Figuras do Mundo nos Últimos
Cem Anos, Linda-a-Velha, Visão, 1999
(Para resposta, cfr. Apresentação).
Na
p. 64, lê o poema de Fernando Pessoa (ortónimo) «Deixo ao cego e ao surdo» e
resolve o ponto 4 na mesma página.
a. __________
b. __________
c. __________
Na
página ao lado (65), vê o cartoon para o poderes explicar (oralmente). Lê ainda
os dois excertos (A e B) transcritos quase no pé da página.
Na p. 58, lê
«Não sei quantas almas tenho», para completares a minha síntese:
Cerca
de metade deste poema é uma série de declarações da estranheza do poeta por si
mesmo («Não sei quantas almas tenho»; «_____»; «_____»; «Diverso, móbil e só,
não sei sentir-me onde estou»). Entretanto, os versos «Sou minha própria
paisagem» e «vou lendo / como páginas meu ser» servem de metáfora da
necessidade que o poeta tem de se _____. Também remetem para a fragmentação do
eu, na medida em que parecem supor uma consciência _____ ao próprio poeta (que
o pudesse observar de fora).
Transcrevo
agora uma análise do mesmo poema (tirada de Ângela Campos e Cidália Fernandes, Fernando Pessoa. Poesia em Análise,
Lisboa, Plátano, 2006), a que retirei apenas termos de versificação ou
metalinguísticos. Preenche essas lacunas:
Podemos
encontrar no _____ dois momentos significativos.
No
primeiro momento (as duas primeiras _____), o sujeito poético reconhece‑se como
um ser multifacetado, que continuamente se vai revelando, resultando daí uma
espécie de desencanto consigo mesmo («Nunca me vi nem achei»). Este ser
excessivo vai criar uma grande inquietação no _____ poético («Quem tem alma não
tem calma», «Não sei sentir-me onde estou») e, ao mesmo tempo, uma
distanciação, responsável por uma postura passiva em relação ao desfile dos
outros eus.
O
segundo momento (última _____), introduzido pelo _____ «por isso», constitui
uma sequência relativamente ao primeiro, tentativa de conhecimento de si
próprio como se de um livro se tratasse: «vou lendo / Como páginas, meu ser». O
resultado é, porém, um estranhamento, acabando por responsabilizar Deus pelo
acto de escrita, que lhe pertence. Numa atitude de humildade, o sujeito _____
não atribui a si próprio o mérito do ato de criação. Saliente-se ainda a
atitude de alheamento do poeta, responsável pelo sentimento de solidão.
Os
sentimentos que dominam o sujeito poético são a angústia e a inquietação,
provocados pela incapacidade de controlar as várias manifestações do seu eu. As
______ que melhor documentam este estado de espírito são «Quem tem alma não tem
calma» e «Assisto à minha passagem / Diverso, móbil e só». O _____ que melhor sintetiza
o conteúdo do poema é «Continuamente me estranho».
A
nível formal verifica-se uma certa regularidade _____ (três oitavas), _____
(redondilha maior) e ______ (rima cruzada e emparelhada), a qual nos pode
remeter para a ideia de regularidade de fragmentação do eu poético. Esta
regularidade a nível formal pode justificar-se ainda por uma necessidade de
busca de unidade.
Resolve o ponto
3 da p. 59:
a
= ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___.
Um curto poema de Mário de Sá-Carneiro de há quase exatos cem anos (é de
Fevereiro de 1914) evidencia os mesmos desconhecimento e estranheza do eu face
a si próprio, fragmentação interior que os determina e sentimentos do sujeito
poético em relação à sua personalidade:
Eu
não sou eu nem sou o outro,
Sou
qualquer coisa de intermédio:
Pilar
da ponde de tédio
Que
vai de mim para o Outro.
TPC — A ficha 1 (de modelos de grupo II de
exame) nas pp. 25-26 do Caderno de
atividades é a continuação da citação B, de Maria Luísa Couto Soares, na p.
65 do manual. Ensaia resolvê-la (tens as soluções no final do Caderno; porei reprodução desta ficha e
das soluções aqui,
para aqueles que não têm o caderno de atividades). No manual, lê o texto
expositivo «A poesia de Fernando Pessoa ortónimo» (p. 63).
Aula 80-81 (21 [6.ª], 23 [3.ª], 24/jan [1.ª, 4.ª]) Correção
de tepecê sobre dois traços de D. João V (cfr.
Apresentação).
O narrador de Memorial
do Convento é, em geral, omnisciente,
mas, por vezes, focaliza-se numa personagem (e, então, vemos os acontecimentos
na perspetiva dessa figura).
No
trecho do capítulo V que temos no manual («[Baltasar e Blimunda]», pp. 292-293),
percebemos que essa focalização interna
é feita através da personagem ______, logo que começam a aparecer deíticos que
só fazem sentido se os acontecimentos estiverem a ser vistos por quem está a
ser julgado no ______. Não se confunda esta focalização interna esporádica —
classificação do domínio da ciência do
narrador — com a participação do narrador na história, enquanto personagem.
Nesse outro tipo de classificação, quanto à presença do narrador, diremos que é heterodiegético, embora haja muitas primeiras pessoas, que não
chegam para o implicar como homodiegético
(isto é, como participante na intriga).
Completa,
reportando-te à p. 292:
deíticos
|
nome do sentenciado
|
ato por que é julgado
|
[foi omitido o passo no manual]
|
Simeão
de Oliveira e Sousa
|
não
sendo padre, dava missa
|
«____ que ___ vai» (ll. 21-22)
|
____________
|
___________
|
«aquele»
(l. __)
|
Padre
|
___________
|
«e __ __ __» (l. 26); mas também: «tenho»; «me»; «aqui
vou»; «as minhas»; «comigo»; «ouvi», «minha», «mim», «ali está»; «já me viu»;
etc.
|
____________
|
tem
____ e é, em parte, ____
|
A
focalização interna em Sebastiana termina na antepenúltima linha da p. 292, com
uma sequência em que há discurso direto, ainda que sem a pontuação convencional.
Transcreve
as linhas 39-43, reformulando o texto, de modo a ficar com a disposição mais
clássica do discurso direto. (Evita acrescentar ou omitir palavras. Opera
sobretudo com a pontuação: travessões, parágrafo, etc.)
— Adeus, Blimunda, que
não te verei mais — murmurou Sebastiana.
...
Na
p. 294, responde por escrito (ou pensa na resposta para a defenderes oralmente)
aos pontos 3.1 e 3.2:
3.1 ______
3.2 ______
Na
mesma página, resolve o ponto 6:
a. = ___; b. = ___; c
= ___; d. = ___.
Transpõe
«Baltasar e Blimunda» para o contexto atual.
Em termos de conteúdo:
algum espetáculo ou
reunião de gente — um «Baltasar» (homem com algum tipo de deficiência ou
idiossincrasia física); uma «Blimunda» (rapariga, com algum poder fantástico);
conhecimento e aproximação (favorecidos por um familiar, uma «Sebastiana»);
«primeiro encontro» do
par — em casa; perto, um adjuvante (um «Bartolomeu», que escusa de ser padre);
final sibilino.
Em termos de forma:
passos em discurso
direto livre;
enumerações,
polissíndeto, etc.
TPC — Lê os textos expositivos «Gastar, gastar,
gastar» (pp. 284-285); «Memorial do
Convento: um imaginário marcado pelo tempo» (p. 285); «Sete-Sóis e
Sete-Luas, heróis do pé descalço» (p. 296); e ainda os curtos trechos
enquadrados da p. 295 («O mistério do sete» e «O simbolismo das alcunhas»).
Aula 82 (21 [4.ª], 23 [1.ª, 6.ª], 24/jan [3.ª]) Vamos
até à p. 55, ao poema de Pessoa (ortónimo) «Às vezes, em sonho triste»:
No
v. 1, há uma hipálage. Justifica e explica a expressividade deste recurso.
...
Como
se pode interpretar a presença de duas palavras da mesma família, o advérbio
«longinquamente» (v. 3) e o adjetivo «longínquo» (v. 15)?
...
Explica
como na última estrofe o sujeito poético caracteriza o sonho que foi esboçando
ao longo do poema.
...
Lê
agora o poema «Ó sino da minha aldeia» (p. 50), não sem antes dares também um
relance ao excerto de carta enquadrado no ponto 1.
Elabora
itens («perguntas») a que pudessem corresponder as respostas dadas a seguir
(todas sobre o poema «Ó sino da minha aldeia»). Usa a terceira pessoa do
singular, a forma de tratamento usada nos exames e pelos professores mais
delicados. Usa o estilo formal, mas escorreito, deste tipo de enunciados.
1._________
1. O recurso estilístico presente no primeiro
verso da primeira estrofe é a apóstrofe.
1.1. _______
1.1 Os elementos que evidenciam a existência do
diálogo entre o sujeito poético e o sino são os pronomes pessoais na primeira
pessoa «me, mim», os determinantes possessivos «tua, teu» e as formas verbais
«tanjas, soas».
2. ________
2. O toque do sino é dolente, lento, triste e
vibrante.
2.1 _______
2.1 O toque do sino não é indiferente ao sujeito
poético, atingindo-o no âmago — «Cada tua badalada / Soa dentro da minha alma».
Assim, cada badalada desperta no sujeito poético reminiscências e nostalgia de
um passado distante, real ou imaginário — «Sinto mais longe o passado, / Sinto
a saudade mais perto».
3. ________
3. A caracterização que o sujeito poético faz do
sino corresponde ao seu estado de espírito, daí haver uma identificação entre
os dois. Tal como o toque do sino, o sujeito poético sente-se dolente, triste
e, apesar de errante, tem sempre presente cada badalada. O som do toque do sino
é-lhe tão familiar que «a primeira pancada / Tem um som de repetida».
4. ________
4. Entre o sino e o sonho estabelece-se uma
relação de comparação. Assim, o toque do sino remete o sujeito poético, tal
como o sonho, para um tempo distante, de tal forma que o toque que ele ouve não
é o físico, mas o do seu sonho.
Se
houver tempo, resolve o ponto 1 da p. 51:
1.1 = ____; 1.2 = ____; 1.3 = ____; 1.4 = ____;
1.5 = ____; 1.6 = ____.
TPC — Lê os textos expositivos «O rosto e as
máscaras da heteronímia» (p. 142); «O Dr. Ricardo Reis, Estoico Epicurista» (p.
110).
Aula 83-84 (27 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 28/jan [3.ª]) Desta vez, peço-te que só leias as pp. 297-298 («Que padre é este padre?»). Não consultes, portanto, outras folhas do manual com matéria do Memorial do Convento — nem a própria obra, se a tiveres contigo — nem as folhas de glossário gramatical.
Nas três primeiras linhas (ll. 1-3) há
discurso
a) indireto.
b) direto e indireto.
c) direto livre.
d) indireto livre.
e) direto livre e
indireto livre.
O pronome «lhe» (l. 4) tem como referente
a) ‘a corte’ (4).
b) ‘Baltasar’.
c) ‘Bartolomeu’.
d) ‘curiosidade’ (l. 4).
e) ‘usos’ (4).
A anáfora «outro» (l. 14) reporta-se a
a)
«Sete-Sóis» (13).
b)
«Bartolomeu Lourenço» (15).
c)
«trabalho» (14).
d) «o
padre» (10).
e)
«moço de quinze anos» (18).
Segundo as ll. 9-25, Bartolomeu
a) era aldrabão.
b) tinha qualidades
intelectuais indiscutíveis.
c) prometera muito, mas,
na verdade, falhara.
d) tinha agora quinze
anos.
e) era mais velho que
Baltasar.
O espanto de Baltasar (l. 6) advinha de
Bartolomeu
a) voar.
b) poder ser da
Inquisição e, ao mesmo tempo, conhecer o rei.
c) ter acesso ao rei e,
simultaneamente, conhecer Sebastiana.
d) conhecer Blimunda e o
rei.
e) ser da Inquisição.
Já na p. 298, ficamos a saber que o rei
autorizara Bartolomeu a fazer as suas experiências
a)
numa pedreira.
b) em
Aveiro.
c)
nos arredores de Lisboa.
d)
sob a jurisdição do Santo Ofício.
e) em
Mafra.
[as perguntas seguintes implicam conhecimentos que não estão nas duas
páginas do manual]
No início do texto, o que Bartolomeu
procurara apurar («o teu caso», p. 297, l. 3) era a possibilidade de Baltasar
a)
casar com Blimunda.
b)
ter um espigão novo.
c)
ter uma pensão.
d)
ter uma casa.
e)
ter gancho benzido.
João Francisco era da família de
a) D. João V.
b) Bartolomeu.
c) D. Maria Ana.
d) Baltasar.
e) Blimunda.
Álvaro Diogo era
a)
pai de Blimunda.
b)
irmão de Bartolomeu.
c)
cunhado de Baltasar.
d)
irmão de António Diogo.
e)
irmão de Baltasar.
Bartolomeu Lourenço era
a) músico, padre,
inventor.
b) cientista, orador,
soldado.
c) inventor, voador,
músico.
d) padre, orador,
inventor.
e) jornalista, padre,
jurista.
Depois da guerra, Baltasar
a) esteve poucos dias em
Lisboa, seguindo logo para Mafra.
b) parou em Lisboa
apenas para comer e seguiu para Mafra.
c) fixou-se em Lisboa,
nunca mais saindo da cidade.
d) passou anos em
Lisboa, até seguir para Mafra.
e) dirigiu-se a Coimbra,
ao encontro de Bartolomeu.
Baltasar chegou a trabalhar como
a) escriba.
b) camareiro-mor.
c) almeida.
d) empresário.
e) talhante.
Aquando da epidemia de febre amarela,
Baltasar e Blimunda
a) instalaram-se em
Coimbra.
b) percorriam as ruas de
Lisboa.
c) fugiram para Mafra.
d) não saíram de casa.
e) adoeceram.
O boato de que passara o Espírito Santo
por cima das obras de Mafra resultara de
a) uma composição de
Domenico Scarlatti.
b) sobre a localidade
ter passado uma passarola.
c) uma visão de D. João
V.
d) Blimunda ter andado
pelo local.
e) intervenção
franciscana.
A «Ilha da Madeira» de que se fala em Memorial do Convento é
a) Madeira e Porto
Santo.
b) um bairro de casas de
madeira.
c) uma oficina.
d) o arquipélago os
Açores.
e) alusão a Cristiano
Ronaldo.
A
certa altura, o narrador
a) informa que, desde a
promessa de edificação do convento, passaram dois anos até que a rainha
engravidasse.
b) insinua que a rainha já estaria grávida antes
mesmo da promessa feita pelo rei.
c) insinua que a rainha poderia ter dormido com
um franciscano.
d) põe a hipótese de Maria Bárbara ser filha de
Madre Paula.
e) diz-nos que a rainha tivera relações sexuais
com o cunhado.
Marta
Maria é
a) uma das Martas das minhas turmas.
b) alguém que fica feliz quando cai granizo.
c) sogra de Blimunda.
d) mãe de Bartolomeu.
e) filha de Maria Ana.
Scarlatti viera para Portugal como
a)
padre e orador.
b)
mestre da infanta.
c)
cozinheiro do rei.
d)
arquiteto do convento.
e)
cantor castrado.
Scarlatti levaria para a quinta onde se
construía a passarola
a) uma rosa.
b) um malmequer.
c) um violino.
d) um cravo.
e) diversas plantas.
Blimunda ficaria encarregada de recolher
a) medos.
b) espíritos.
c) indícios.
d) vontades.
e) cocós de cão.
Resolve
o ponto 7 da p. 298:
a. = ___;
b. = ___;
c = ___;
d = ___;
e = ___.
Resolve
o ponto 1/Pós-leitura, na parte inferior da p. 299 e na p. 300:
1 = _____; 2 = _____; 3 = _____;
4 = _____; 5 = _____; 6 = _____;
7 = _____; 8 = _____; 9 = _____; 10 = _____.
O
texto de Fernando Pessoa na p. 40 («Não sei ser triste a valer») é um poema com
regularidade métrica (heptassilábico, ou seja, em redondilha maior) e — se
descontarmos os últimas seis versos — rimática e estrófica. Tem, é claro,
características típicas da poesia: abordagem metafórica, discurso entrecortado,
ora assertivo ora expressivo; frases relativamente curtas e, por vezes,
paralelas, musicais; exclamações, interrogações.
Transpõe
as «teses» defendidas pelo poeta para um texto na 1.ª pessoa mas de prosa
expositiva. (Extensão não será muito maior do que a do poema. Já comecei o
texto.)
Não consigo assumir os meus estados de espírito
com coerência e verdade. ...
Se
houver tempo, faz o ponto 8 da p. 41:
a = __; b = __; c = __; d = __; e = __; f = __.
TPC — Resolve este item de grupo I-B, saído
numa das quatro provas do ano passado:
«Fazendo apelo à sua
experiência de leitura do romance Memorial do
Convento, de José Saramago, explique em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a sua exposição em dois exemplos significativos.
Escreva um texto de oitenta a cento e trinta palavras».
Aproveita para, ainda antes, leres pequenos
textos ensaísticos no manual acerca de Bartolomeu: «Padre Bartolomeu Lourenço
de Gusmão: uma personagem peculiar» (p. 300); «Sonho, projeto e execução» (p.
313).
Ao responderes, podes ter em conta que, nos critérios de correção
divulgados após a prova, eram estes os níveis definidos para este item:
Critérios específicos de
classificação
• Aspetos de conteúdo = 18 pontos
|
Descritores do nível de desempenho no domínio específico
da disciplina
|
|
6
|
Explica, com pertinência e rigor, em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a exposição em dois exemplos significativos e
fazendo referências que refletem um muito bom conhecimento do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
18
|
5
|
Explica, com pertinência e rigor, em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a exposição em dois exemplos significativos e
fazendo referências que refletem um bom conhecimento do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
15
|
4
|
Explica, com esporádicas imprecisões, em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a exposição em dois exemplos significativos e
fazendo referências que refletem um conhecimento suficiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
OU
Explica, com pertinência e rigor, em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a exposição em apenas um exemplo significativo e
fazendo referências que refletem um conhecimento suficiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
12
|
3
|
Explica, com imprecisões, em que medida os traços de
carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da passarola,
fundamentando a exposição em dois exemplos significativos e fazendo
referências que refletem um conhecimento suficiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
OU
Explica, com esporádicas imprecisões, em que medida os
traços de carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da
passarola, fundamentando a exposição em apenas um exemplo significativo e fazendo
referências que refletem um conhecimento suficiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
9
|
2
|
Explica, com imprecisões, em que medida os traços de
carácter do Padre Bartolomeu de Gusmão o impelem à construção da passarola,
fundamentando a exposição em apenas um exemplo significativo e fazendo
referências que refletem um conhecimento insuficiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
6
|
1
|
Tece comentários gerais sobre os traços de carácter do
Padre Bartolomeu de Gusmão que o impelem à construção da passarola, fazendo
referências que refletem um conhecimento incipiente do romance Memorial do Convento, de José Saramago.
|
3
|
• Aspetos de estruturação do discurso
(7 pontos) e correção linguística (5 pontos) = 12 pontos
Aula 85-86 (28 [6.ª], 30 [3.ª], 31/jan [1.ª,
4.ª]) Resolve estas quatro perguntas do grupo I-A do exame de 2007 (2.ª fase),
em torno de poema de Fernando Pessoa (ortónimo):
GRUPO I - A
Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.
Em toda a noite o sono não veio. Agora
Raia do fundo
Do horizonte, encoberta e fria, a manhã.
Que faço eu no mundo?
Nada que a noite acalme ou levante a aurora,
Coisa séria ou vã.
Com olhos tontos da febre vã da vigília
Vejo com horror
O novo dia trazer-me o mesmo dia do fim
Do mundo e da dor –
Um dia igual aos outros, da eterna família
De serem assim.
Nem o símbolo ao menos vale, a significação
Da manhã que vem
Saindo lenta da própria essência da noite que
era,
Para quem,
Por tantas vezes ter sempre ’sperado em vão,
Já nada ’spera.
Fernando Pessoa, Poesias, 15.ª ed.,
Lisboa, Ática, 1995
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que
se seguem.
1. Caracterize os
momentos temporais representados na primeira estrofe do poema.
2. Refira um dos
sentidos produzidos pela interrogação «Que faço eu no mundo?» (v. 4).
3. Atente nos três
primeiros versos da terceira estrofe. Explicite, sucintamente, a relação entre
a «noite» e a «manhã» estabelecida nos versos 14 e 15.
4. Tendo em conta todo
o poema, identifique duas das razões do sentimento de «horror» referido no
verso 8.
Lê «Apócrifo pessoano» (p. 60). Trata-se
de texto de Fernando Pinto do Amaral, de quem já ouvimos em aula algum outro
poema (quando cada um de vocês escolheu versos de um de três dezenas de poetas
portugueses do século XX).
É um pastiche de Pessoa
(ortónimo). Nessa imitação, mais decisivos até do que a métrica (redondilha
maior) e que o esquema estrófico (quintilhas) — realmente bastante usuais em
Fernando Pessoa ele próprio — são a temática e a linguagem. Há, no entanto,
dois ou três versos em que a ironia parece suplantar a imitação. Copia-os:
_____________________
_____________________
_____________________
Na
p. 54, propõe-se-nos a audição de «Tudo que faço ou medito», poema em três
quartetos, de Fernando Pessoa. Antes de o ouvirmos, tenta copiar o poema —
cujos versos ponho em desordem (à exceção do primeiro) — na sequência devida.
Tudo
que faço ou medito
E
eu sou um mar de sargaço —
Querendo,
quero o infinito.
Fragmentos de um mar de além...
Não
o sei e sei-o bem.
Ao
olhar para o que faço!
Vontades
ou pensamentos?
Fazendo,
nada é verdade.
Que
nojo de mim me fica
Minha
alma é lúcida e rica,
Um
mar onde bóiam lentos
Fica
sempre na metade.
|
Tudo
que faço ou medito
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
Fernando Pessoa, Poesias, Lisboa, Ática, 1942
|
Na
p. 52, lê o poema «Cai do firmamento», do ortónimo. Como verás, é um texto em
que o sujeito poético descreve uma atmosfera exterior — fria e desagradável —
que parece espelhar o seu estado de espírito — de tédio e angústia.
Mantendo a métrica (redondilha menor — ou seja,
pentassílabos), esquema estrófico (quadras) e rimático (rima cruzada), escreve
um poema em que o eu lírico revele um estado de espírito diferente do do
sujeito do poema de Pessoa, ao mesmo tempo que aluda a um cenário exterior que,
como em Pessoa, pareça influenciar esse bom ânimo.
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
______________
TPC — Faz a dissertação correspondente ao ponto 1.1 no fim da
p. 54.
Aula 87 (28 [4.ª], 30 [1.ª, 6.ª], 31/jan [3.ª]) Reveremos
os processos
morfológicos de formação de palavras. É um quadro de classificações
que se assemelha à antiga «formação de palavras por derivação e composição»,
mas, sobretudo no que se refere à composição, com diferenças
razoáveis.
Começamos
pela derivação
e, para já, pela derivação com adição de constituintes morfológicos. Nesta
distinguimos quatro tipos de afixação à forma
de base. (Na parassíntese os dois afixos aglutinaram-se em simultâneo
à forma de base, não existindo as palavras sem o sufixo ou sem o prefixo.)
Começamos
pela derivação,
divisível em derivação com adição de constituintes morfológicos e derivação
sem adição de constituintes morfológicos. Nesta distinguimos quatro
tipos de afixação à forma de base:
derivação com adição de constituintes morfológicos
| |
prefixação
|
reler, incompleto
|
sufixação
|
amável, guerrear
|
prefixação e sufixação
|
desorganização, inesperadamente
|
parassíntese
|
alindar, entristecer
|
Depois,
consideram-se os processos de derivação que não envolvem afixos (ou seja, sem
adição de constituintes morfológicos) No entanto, note-se que um
deles, a derivação
não afixal (aka derivação regressiva), implica ter
havido a ideia — errada, é certo — de que uma dada palavra era já uma derivada
por afixação, dela se podendo deduzir, por subtração dos supostos afixos, uma,
também suposta, palavra primitiva, que é afinal a palavra «derivada
regressivamente» (a derivação não afixal é sobretudo produtiva na formação de
nomes a partir de verbos — esses nomes assim derivados chamam-se deverbais). Já a conversão (ou derivação
imprópria) nada tem a ver com afixos: é apenas a situação em que uma
palavra passa a ser usada numa nova classe.
derivação sem adição de constituintes morfológicos
| |
conversão (derivação imprópria)
|
burro (< burro), um porto (< Porto)
|
derivação não afixal
|
pesca (< pescar), gajo (< gajão),
|
Na
composição
deixaram de se usar termos que terás ainda aprendido no 3.º ciclo
(«justaposição, aglutinação»). Distingue-se a composição morfossintática,
que implica a associação de duas ou mais palavras; e a composição morfológica,
em que se associam dois radicais ou um radical e uma palavra (um radical é uma unidade não autónoma,
frequentemente raiz grega ou latina).
composição
| |
composição morfológica
|
apicultura, socioeconómico
|
composição morfossintática
|
conta-gotas, bomba-relógio
|
Distribui
pelos quadros em cima estas dezasseis palavras:
lambe-botas; vendável; aparafusar; ilegalmente; hipermercado; contradizer;
alcance (< alcançar); guarda-redes; [o] olhar (< olhar); aviso
(< avisar); Rosa; televisão; hipódromo; esfarrapar; rítmico; impor.
Gentilmente
cedido pela Nova Gramática didática de
português (Carnaxide, Santillana, 2011):
1. Atente nas frases apresentadas abaixo e
identifique a classe a que pertencem as palavras destacadas.
a)
— São horas de jantar e o jantar já está na mesa!
b)
As irmãs Silva têm uma silva no jardim.
c)
O inverno é frio e, por vezes, o frio é difícil de suportar.
d) — Ali? O teu ali é muito confuso...
e)
Ele é rápido, mas o cão corre ainda
mais rápido.
f)
— Porquê? Queres saber o
porquê?
1.1 Perante os exemplos apresentados, defina conversão (ou
derivação imprópria).
2. Seguindo o exemplo, crie, para cada
verso dado, uma frase em que a palavra destacada pertença a uma classe
diferente. Identifique a respetiva classe.
[O Porto é uma cidade
lindíssima! O barco atracou num porto
longínquo.]
nome próprio nome
comum
a)
«Se eu fosse um dia o teu olhar» (Pedro Abrunhosa) |
________________________________
b)
«Eu hei de te amar por esse lado escuro» (Rui Veloso/Carlos Tê) |
______________________
c)
«É o poder / que você sabe que tem
bem» (Nelly Furtado) | ___________________________
d)
«Estou num paraíso onde nada vai mudar»
(Beto) | __________________________________
e)
«Pede-me que roube o azul do céu» (Rita Guerra) |
__________________________________
3. Na sopa de letras, encontrará sete pares
de palavras que são exemplos de derivação não afixal (ou derivação regressiva).
Registe-os:
1.
= ________
2
= ________
3
= ________
4
= ________
5
= ________
6
= ________
7
= ________
4. Forme palavras compostas utilizando radicais de origem
latina ou grega.
‘Que
está ao mesmo tempo em todo o lado’ — _________
‘Que
tem duas dimensões’ — ________
‘Que
tem forma de fuso’ — ________
‘Descrição
da vida de alguém’ — _______
‘Ciência
que estuda os fósseis’ — _______
‘Dor
na região lombar’ — _______
‘Medo
de recintos fechados’ — ______
TPC — Relanceia as páginas — de uma ou duas
gramáticas — que sobre «Processos Morfológicos de Formação de Palavras» venha a
pôr [já pus aqui]em Gaveta de Nuvens.
Aula 88-89 (3 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 4/fev [3.ª]) Correção do questionário de compreensão de texto de Memorial feito há uma semana Saramago. (cfr. Apresentação)
Depois
de vermos a entrevista, completa com termos de gramática ou exemplos:
Por retórica ou por convicção, Abel Xavier
assumiu que «treinador», «lutador» e «vencedor» seriam formados por _______
(«treinador» = ‘treina a dor’; «lutador» = ‘luta a dor’; «vencedor» = ‘vence a
dor’).
Na verdade, trata-se de palavras _____,
constituídas pelas ________ «treina(r)», «luta(r)» ou «vence(r)» a que se
acrescentou o ______ -dor. Este
sufixo de nominalização tem o significado de ‘profissão, agente’,
inscrevendo-se num grupo de sufixos que servem para formar nomes agentivos: -ário («empresário», «_____»); -ino («campino», «________»); -eiro («carteiro», «________»); -ista («pianista», «______»); -nte («estudante», «____»).
O ex-treinador do Olhanense comete ainda um
lapso, ao criar a palavra «eficacidade» (em vez de «______»). Porém, foi um
erro com lógica. Entre os vários _______ de nominalização que significam
‘qualidade, estado, propriedade’ estão -idade
(«velocidade») e -ia («alegria»), ao
lado de, por exemplo, -ice («tolice»)
e -ura («ternura»). Só que ao adjetivo
«eficaz» cabe o sufixo nominalizador -ia
(e não ______).
Valor
restritivo e não restritivo dos adjetivos
Quando os adjetivos surgem em posição pós-nominal costumam ter valor restritivo:
Os alunos passaram de ano. vs. Os alunos estudiosos passaram de ano.
A casas são caras. vs. As casas grandes são caras.
(O adjetivo incide sobre a realidade designada
pelo nome, especificando-a, limitando-a, reduzindo-a.)
Estes
adjetivos pospostos ao nome podem aliás ser substituídos por uma oração relativa de valor restritivo:
Os alunos que estudaram passaram de ano.
As casas que são grandes são caras.
Em posição
pré-nominal surgem sobretudo adjetivos que exprimem qualidades, avaliações,
noções associadas a certa subjetividade. Estes adjetivos têm um valor não restritivo:
Um bom aluno.
Um esplêndido dia.
(Neste caso, os adjetivos não restringem a
realidade designada, avaliam-na.)
Muitos
adjetivos podem surgir em qualquer das posições, mas a opção de colocação trará
um sentido ora mais subjetivo (conotativo),
quando antes do nome, ora mais objetivo (denotativo),
quando depois do nome:
Um amigo velho (= ‘idoso’) vs. Um velho amigo (= ‘querido’).
Um homem pobre (= ‘sem dinheiro’) vs. Um pobre homem (= ‘infeliz’).
(À
margem: os adjetivos relacionais não surgem antes do nome nem são graduáveis:
A revolta estudantil vs. *A estudantil revolta. / *A revolta muito estudantil.
O campeonato mundial vs. *O campeonato muito mundial.
/ *O mundial campeonato.)
Relê
o texto — que há tempos pedira relanceasses em casa — «Sete-Sóis e Sete-Luas,
heróis do pé descalço», na p. 296 do manual. O que se segue é o grupo II de um
modelo de prova de exame sobre esse ensaio. Valeria 50 pontos (10 itens x 5
pontos).
1.
Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.7., seleciona a única opção que
permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1
O adjetivo «simpático» (l. 2) é utilizado no primeiro parágrafo no grau
a) normal.
b) comparativo de superioridade.
c) superlativo relativo de superioridade.
d) superlativo absoluto analítico.
1.2
A palavra «pontes» (ll. 6-7) é utilizada com o sentido figurado de
a) construções.
b) ligações.
c) passagens.
d) elevações.
1.3
Em «dando pretexto ao narrador para a crítica política» (l. 9), o constituinte
«ao narrador» desempenha a função sintática de
a) modificador frásico.
b) complemento direto.
c) sujeito.
d) complemento indireto.
1.4
No segmento «da qual sai maneta» (ll. 8-9) o referente de «da qual» é
a) «guerra» (l. 8).
b) «sucessão espanhola» (l. 8).
c) «guerra da sucessão espanhola» (l. 8).
d) «construção da máquina voadora» (ll. 9-10).
1.5
A expressão «Heróis do pé descalço» (l. 17 e 38) significa
a) Heróis sem recursos financeiros.
b) Heróis sem sapatos.
c) Heróis caminhantes.
d) Heróis extravagantes.
1.6
O recurso ao vocábulo de cariz religioso «via-sacra» (l. 26) salienta
a) o sofrimento de Blimunda em busca de
Baltasar.
b) o sacrifício de Baltasar.
c) os meios de procura utilizados por Blimunda
durante a sua viagem.
d) o carácter inconstante e débil de Blimunda.
1.7
Os adjetivos presentes na passagem «uma história invulgar ou insólita, de
personagens modeladas ou redondas» (l. 29) possuem um valor
a) exemplificativo.
b) restritivo.
c) explicativo.
d) conclusivo.
2.
Responde de forma correta aos itens apresentados. [Usa frases completas.]
2.1 Identifica o ato ilocutório concretizado no
sexto parágrafo (ll. 20-21).
2.2 Indica o antecedente de «esta», usado na
linha 23.
2.3 Refere o valor da referência deítica «No
último auto de fé» (l. 25).
Nas
pp. 48 e 49 há dois textos de Pessoa (A e B) e uma crónica de Luís de Sttau
Monteiro. Depois de leres os três textos, escreve um comentário sobretudo
focado no modo como em Pessoa se alude à infância, em que poderás, ainda assim,
fazer algum contraste com o texto de Sttau Monteiro. (Talvez cerca de 130-150
palavras.)
TPC — [Pergunta B do exame de 2010, 1.ª fase:] Comenta a importância de Blimunda na consecução do sonho de voar, em Memorial
do Convento, de José Saramago, fazendo referências pertinentes à obra. Escreve
um texto de oitenta a cento e trinta palavras.
Aula 90-91 (4 [6.ª], 6 [3.ª], 7/fev [1.ª, 4.ª]) Correção
do comentário (grupo I-B) sobre Bartolomeu.
Relê
o texto «O rosto e as máscaras da heteronímia» (p. 142 do manual), que já te
pedira relanceasses em casa.
1.
Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.7., seleciona a única opção que
permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1
O uso das aspas em «desaprender» (l. 6) assinala
a) o uso poético do verbo.
b) a ironia do autor.
c) a frequência da ação.
d) a invulgaridade da ação.
1.2
O recurso estilístico concretizado na expressão «complexa ‘simplicidade’» (l.
7) é
a) a antítese.
b) a hipérbole.
c) o paradoxo.
d) a metáfora.
1.3
No segmento «o intérprete sensível das grandes depressões nervosas» (ll. 12-13)
possui/possuem valor restritivo
a) os adjetivos «sensível» e
«grandes».
b) os adjetivos «grandes» e
«nervosas».
c) todos os adjetivos.
d) apenas o adjetivo
«sensível».
1.4
O constituinte sublinhado em «Alberto Caeiro, desejando-se um simples homem
da natureza» (ll. 26-27) desempenha a função sintática de
a) predicativo do complemento
direto.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento do nome.
d) complemento direto.
1.5
O elemento linguístico «que» sublinhado na passagem «Ricardo Reis, por seu
turno, não mais desejou que viver segundo o ensinamento de todas as culturas,
sinteticamente recolhidas numa sabedoria que vem de longe» (ll. 32-34) é
a) uma conjunção subordinativa completiva.
b) uma conjunção subordinativa causal.
c) uma conjunção subordinativa consecutiva.
d) um pronome relativo.
1.6
O conector «Em suma» (l. 34), introduz, no contexto, um nexo
a) comparativo.
b) conclusivo.
c) consecutivo.
d) causal.
1.7
O termo «ininterrupto» (l. 40) é usado com o sentido de
a) breve.
b) contínuo.
c) interrupto.
d) profícuo.
2.
Faz corresponder a cada segmento textual da coluna A um único segmento textual da coluna B, de modo a obteres uma afirmação adequada ao sentido do texto.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
a. = ___; b. = ___; c. = ___; d. ___; e. ___.
A
a. Com o uso do pronome «Isto» (l. 3),
b. Com o recurso ao conector «por sua vez» (ll.
15-16),
c. Com a utilização da expressão «o Horácio do
nosso tempo» (ll. 18-19),
d. Com o recurso ao pronome «as» (l. 37),
e. Com o uso do advérbio conectivo «todavia» (l.
40),
B
1. o enunciador recupera sinteticamente o
processo anteriormente descrito.
2. o enunciador insere uma ligação adversativa.
3. o enunciador serve-se de um correferente para
evitar a repetição do nome.
4. o enunciador predica algo sobre o sujeito.
5. o enunciador concretiza um processo de
catáfora.
6. o enunciador predica algo acerca do
complemento direto.
7. o enunciador introduz uma consequência.
8. o enunciador introduz uma sequencialização.
Mais
um grupo I-A de uma prova-modelo de
exame:
Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!
Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter...
Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, 'stou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!
Fernando
Pessoa
1. Regista três traços caracterizadores do «eu»,
fundamentando-te no texto.
2. Explicita a relação de sentido
entre o tempo meteorológico e o estado emocional do sujeito poético.
3. Identifica uma expressão
textual que aponte para a fragmentação do «eu», explicando o seu sentido.
4. Comprova a natureza circular do poema.
Tendo
em conta o trecho do filme de Sofia Coppola e o texto «Cem homens e cem
formigas» (pp. 301-302 do manual), de Memorial
do Convento, completa a tabela.
Marie Antoinette
|
Memorial do Convento
|
Nasceu Maria _____, em vez do herdeiro que se
pretendia.
|
Nasceu Maria _____, em vez do herdeiro que se
pretendia.
|
Luís XVI oferece o Petit Trianon a __________.
|
D. João V trata do cumprimento da promessa de
erigir o _______.
|
Maria Antonieta, no seu tempo de lazer,
aproveita a natureza, vê ______ e animais.
|
Maria Ana visita uma série de _______ em
Lisboa.
|
A rainha diverte-se com um nobre sueco, o
Conde ______.
|
A rainha sonha eroticamente com o cunhado, D.
______.
|
O Petit Trianon está implantado no parque de
______, num ambiente campestre e doce. Perto, a rainha e a filha podem fruir
dos jardins e dos animais domésticos, num cenário idílico que traduz a
bondade da vida ____, frugal, campesina.
|
O convento será construído num lugar
privilegiado, no ______, com água doce em abundância e vendo-se ao longe o
mar. Os franciscanos virão a ter terras boas para cultivo — nem mereceriam
eles menos do que têm os frades da ordem de _______.
|
No Petit Trianon ou nas imediações, as festas,
os _____, os pequenos espetáculos teatrais são passatempos habituais.
|
Quando se chega a Mafra,
dir-se-ia haver festejos: «toda aquela gente estava correndo a um lado,
ouvia-se tocar uma trombeta, seria _____, seria guerra».
|
Por analogia com o que se
põe à direita, dir-se-á que os frequentadores do Petit Trianon são _________.
|
Os trabalhadores são comparados com _______.
|
TPC — Em Gaveta
de Nuvens, aqui, estão instruções para um trabalho em torno de Memorial do Convento, correspondente a
uns três tepecês.
Aula 92 (4 [4.ª], 6 [1.ª, 6.ª], 7/fev [3.ª]) Além
dos processos morfológicos de formação
de palavras, arrumáveis grosso modo
em derivação e composição, no domínio da formação de palavras temos de contar
ainda com os chamados «processos irregulares de formação de palavras».
Vamos,
portanto, até à p. 335. Revê as sete definições, e respetivos exemplos, no
ponto 2, «Processos irregulares de formação de palavras». Depois lança no
quadro as palavras «neológicas» seguintes (as que já estão na tabela são as que
pusemos em exercício idêntico há dois anos; as que vais ter de colocar são
retiradas do sketch «Possuído por
vozes da rádio», que veremos depois):
Processos de neologia
|
Exemplos
|
Extensão semântica
|
navegar (na net), chumbo (‘reprovação’)
|
Empréstimo
|
scanear,
pizza
|
Amálgama
|
portunhol,
motel
|
Sigla
|
CEE, ESJGF
|
Acrónimo
|
CRE, ovni
|
Onomatopeia
|
coaxar, tiquetaque
|
Truncação
|
zoo,
nega
(‘nota negativa’), otorrino
|
rádio (< radiofonia) | radialista (rádio + jornalista) | chinfrim | torcicolo (< it.
torcicollo) | fã (< ingl. fan [< fanatic]) | [voz] cava (‘grave’; < cava ‘cavada,
profunda’) | hit (< ingl. hit) RASACO (< Rádio Samora Correia) | baldrocas (balda + trocas) | mala
(fr. malle) | RPD (< Rádio Penhas Douradas)
Os
exercícios seguintes são tirados de Nova
Gramática didática do português:
1.
Os exemplos listados abaixo ilustram um processo irregular de formação de
palavras. Identifique-o. _______________
rato (‘animal’) > rato (‘dispositivo
informático’)
leitor (‘aquele que lê’) > leitor (‘professor universitário’)
portal (‘porta grande’) > portal (‘página da Internet’)
salvar (‘livrar de perigo’) > salvar
(‘guardar’)
2. Distribua as
palavras que se seguem pelo quadro abaixo.
soirée | restaurante | menu |
jeep | bife | lambreta | diesel | airoso | flamenco | maestro | recuerdo | futebol
| confetti | piloto | dobermann | stock | alzheimer | tapa | tablier | muesli
Empréstimos
| |
Galicismos
|
|
Anglicismos
|
|
Italianismos
|
|
Espanholismos
|
|
Germanismos
|
|
3.
Descubra, na sopa de letras, seis palavras formadas por amálgama.
Encontrá-las-á na horizontal e na vertical.
3.1
Defina amálgama.
4.
A lista de palavras apresentada é composta por acrónimos e siglas. Classifique-as
e especifique o seu significado. [Não especifiques por escrito; pensa só.]
a)
PALOP — ________
b)
CD — ________
c)
PSP — ________
d)
BD — _________
e)
OTAN — ________
f)
OMS — _________
g)
ONU — ________
h)
TAP — _________
i)
UE — _________
j)
PME — _________
5. Recorra ao
processo de truncação para formar palavras.
a)
motociclo > _________
b)
fotografia > _________
c)
exposição > _________
d)
zoológico > _________
e)
quilograma > __________
f)
metropolitano > _________
g)
hipermercado > ________
h)
discoteca > ________
6. Proponha uma
onomatopeia para cada caso apresentado.
a)
avalancha — ___________
b)
mergulho — ____________
c)
vidro partido — ___________
d)
chuva — ___________
e)
batida na porta — _____________
f)
vento — _____________
g)
trovão — _____________
h)
queda — _____________
TPC — Em Gaveta
de Nuvens lê o que venha a pôr sobre «Processos irregulares de formação de
palavras» [pus aqui].
Aula 93-94 (10 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 11/fev [3.ª]) Correção do questionário de modelo de grupo II feito na última/penúltima aula e explicações gramaticais (advérbio conectivo vs. conjunção; pronome relativo e outras palavras relativas, orações relativas adjetivas e substantivas). (Cfr. Apresentação.)
Retomando
os Processos
morfológicos de formação de palavras, que estudámos a semana
passada, distribui pelos quadros estas palavras do sketch que acabámos de ver agora («Chatanato») e do da semana
passada («Possuído por vozes da rádio»):
totalidade | psicólogo | invulgar | aeromodelismo | desconhecer | chatice | igualmente | adormecer | sorrir | caixa-de-óculos | [um] chato | visita (< visitar) | gajo
| filatelia
[o seu melhor] acordar | é desagradável
| chinfrineira |os Já Fumega | passatempo | desprevenido |um
transtorno (< transtornar) | telenovela | sintonizar | troca (<
trocar) | transbordar
derivação com adição de
constituintes morfológicos
| |
prefixação
|
|
sufixação
|
|
prefixação e sufixação
|
|
parassíntese
|
|
derivação sem adição de constituintes
morfológicos
| |
conversão (derivação imprópria)
|
|
derivação não afixal
|
|
composição
| |
composição morfológica
|
|
composição morfossintática
|
|
[Agora, um exercício tirado de NGDP:]
1. Seguem-se quatro grupos de palavras
compostas:
grupo
I
|
grupo
2
|
grupo
3
|
grupo
4
|
bar-discoteca
bomba-relógio
peixe-espada
couve-flor
palavra-chave
homem-rã
|
autocarro
filosofia
agricultura
videoconferência
telespetador
afro-americano
|
autarca-deputado
cirurgião-dentista
surdo-mudo
trabalhador-estudante
caixeiro-viajante
tradutor-revisor
|
bate-chapas
salva-vidas
abre-latas
tira-nódoas
saca-rolhas
limpa-vidros
|
1.1 Classifique os
compostos de cada grupo:
1
= ____; 2 = ____; 3 = ______; 4 = ____.
1.2 Flexione essas palavras
no plural. [Basta duas ou três de cada grupo.]
1:
.... 2: ... 3: ... 4: ...
1.2.1
Para cada grupo de palavras, explicite a respetiva regra de formação do plural.
1:
__
2:
__
3:
__
4:
__
Regressemos
ao texto «Cem homens e cem formigas» (p. 301-302). Repara como nele — e ao
longo de todo o romance — o narrador desempenha várias funções. Na tabela, põe
ao lado das transcrições as etiquetas (de tipo de narrador) que lhes convirão.
Narrador heterodiegético (HET)
Narrador aparentemente homodiegético (na
verdade, o uso da 1.ª pessoa do plural não significa particpação enquanto
verdadeira personagem) (HOM)
Narrador reflexivo (REF)
Narrador sentenciador (SENT)
Narrador levemente irónico (IRON)
Narrador omnisciente (que até exibe a faculdade de ir gerindo o enredo)
(OMN)
Trecho de «Cem homens e cem formigas»
|
Narrador
|
«Nem sempre se pode ter tudo» (l. 1)
|
|
«a pobre não emprestes, a rico não devas, a
frade não prometas» (ll. 5-6)
|
|
«porém sosseguemos» (ll. 5-6)
|
|
«Haveremos convento.» (l. 6)
|
|
«El-rei foi a Mafra escolher o sítio onde há
de ser levantado o convento.» (l. 7)
|
|
«um homem pode ser grande
voador, mas é-lhe muito conveniente que saia bacharel, licenciado e doutor, e
então, ainda que não voe, o consideram» (ll. 13-15)
|
|
«estava a abegoaria em abandono, dispersos
pelo chão os materiais que não valera a pena arrumar, ninguém adivinharia o
que ali se andara perpetrando» (ll. 17-20)
|
|
«com todas as disposições, licenças e
matriculações necessárias, partiu o padre Bartolomeu Lourenço para Coimbra» (ll. 25-28)
|
|
«Até à vila de Mafra, aonde primeiro vai, não
tem a viagem história, salvo a das pessoas que por estes lugares moram» (ll. 29-32)
|
|
Lê
depois o trecho ensaístico e o esquema no cimo da p. 303.
Lê
também «O espaço físico: um espaço (simbólico) de construção» (p. 303).
TPC — [Durante esta semana, o tepecê
consistirá no comentário-análise (em torno de Memorial e canção) que anunciara como tepecê da última ou penúltima
aula e cujas instruções estão em Gaveta
de Nuvens desde sexta-feira, dia 7, aqui. Não deixes de lê-las. Gostaria que uma
primeira versão desse texto me fosse entregue ou enviada ainda dentro desta
semana.]
Aula 95-96 (11 [6.ª], 13 [3.ª], 14/fev [1.ª, 4.ª]) Correção
de tepecê sobre «Blimunda» e de comentário sobre espaços em Memorial.
Entre
o passo que hoje vamos (re)ler de Memorial
do Convento — «Enfim chegou o dia» — e o trecho de Marie Antoinette com que fecharemos a aula é possível encontrar
contrastes, oposições, que procurei resumir na tabela a seguir.
Vai
lendo o texto nas pp. 304-305 e, para já, completando apenas a parte esquerda
do quadro.
Memorial
do Convento,
excertos das pp. 178-184
|
Marie
Antoinette,
últimos vinte minutos
|
«Enfim chegou o dia» é título que marca um
acontecimento histórico: _____.
|
«Enfim chegou o dia» também poderia marcar um
momento histórico: _____.
|
O primeiro parágrafo — que começa por se
centrar na figura do cunhado de Baltasar, Álvaro Diogo, pedreiro, que o
narrador, numa prolepse, antecipa que trabalhará depois como ______ —
dá-nos conta sobretudo da azáfama provocada pela construção de ______.
|
O que se nos mostra é mais ______ do que
ilusão, mais prolegómenos de retirada do que preparativos de alguma bênção ou
inauguração. O povo não surge tanto como mão-de-obra disponível para a
concretização dos caprichos dos reis mas já como ____ aos que estão no poder.
|
No segundo parágrafo, explica-se que uma
tempestade como a que quase destruiu o estádio da Luz, comparável ao sopro do
______, implicara que se tivesse de, em tempo mínimo, ______ (e marcar novo
jogo para o dia da visita de estudo do 12.º 4.ª e do 12.º 6.ª). O rei,
embevecido com essa diligência do seu povo, distribui _____ (do Brasil,
podemos presumir).
|
A fome faz o povo gritar que «não tem pão».
Numa resposta célebre, Maria Antonieta rezinga que «comam ____» (ponho o nome
francês, e galicismo que usamos, não o nome no filme, a tradução inglesa
«cakes» — um pouco à margem: de «cake» retivemos o empréstimo, o anglicismo,
«_____»). Entretanto, ao contrário do Brasil para Portugal, a América não é
para a França fonte de lucros mas de ______.
|
Os terceiro, quarto e quinto parágrafos vincam
a ____ das cerimónias, a grande admiração de todos por alguma coisa que ainda
nem começou mas já se pode ir ______. A reação dos populares a estas
encenações (de rei e clero) é de aparente _____ («ajoelhava à passagem, e,
tendo constantemente motivos para ajoelhar-se [...], já nem se levantava» — lembrando
JJ depois de golo de Kélvin). De certo modo, o rei invadiu um território que
não era dele, mas todos o _______ bem.
|
As atitudes da rainha não são motivo de
admiração reverencial mas de _____, degradando-se a sua imagem pública (desta
vez, numa récita, quando ela aplaude, ninguém ______). O que temos no final
do filme é desolação, num cenário que mostra que tudo já acabou (vejam-se os
estragos no palácio). O povo ______, invade os domínios da realeza (qual arruaceiro
Máxi Pereira à procura de canelas adversárias) e obriga a nobreza a ____.
|
Podes
tentar responder aos pontos 2.1, 2.2. e 3 da p. 306:
2.1 = __ | 2.2 = 1711: ___, ___, ___; 1730: ___,
___, ___, ___; 1739: ___; ___. | 3 = __
Se
houver tempos mortos, vai relanceando o texto expositivo «O tratamento do tempo
em Memorial do Convento» (pp.
306-307). Podes também ir lendo a entrevista de Carlos Vaz Marques a José
Saramago (pp. 308-309).
Responde ao ponto 1.2 da p. 309. No entanto, podes
desenvolver a resposta, referindo-te sobretudo a outros poderes mágicos que
pudesses/pudéssemos ter. (Apesar de a sugestão de um poder mágico
implicar, é claro, um momento de imaginação, de inverosimilhança, gostaria que
a tua exposição-reflexão no resto fosse racional, argumentativa, em registo
formal.)
TPC — [Durante esta semana, o tepecê
consistirá no comentário-análise (em torno de Memorial e canção) que anunciara como tepecê da última ou penúltima
aula e cujas instruções estão em Gaveta
de Nuvens desde sexta-feira, dia 7, aqui. Não deixes de lê-las. Gostaria que uma
primeira versão desse texto me fosse entregue ou enviada ainda dentro desta
semana.]
Aula 97 (11 [4.ª], 13 [1.ª, 6.ª], 14/fev [3.ª]) Eis
uns exercícios — que agradeço penhoradamente a NGDP — sobre classes de palavras. Para já, adjetivos,
advérbios, preposições:
1. Identifique
os adjetivos
presentes no texto e circunde-os.
Medalhas e medalhados
Para que conste, desde há
muito que existem bons atletas portugueses! Ora olhemos para 2006.
Francis Ubikwelu, grande atleta naturalizado
português, ganhou a medalha de ouro nos cem e duzentos metros nas Competições
Europeias de 2006. Naide Gomes conquistou o segundo lugar no salto em
comprimento e João Vieira, o terceiro lugar nos 20 km marcha. Nos Mundiais
Juniores de Triatlo, João Silva ficou em terceiro lugar. Nos Campeonatos do
Mundo de Atletismo para Deficientes, a estafeta 4 x 100 metros portuguesa
obteve o primeiro lugar. Gabriel Potra conquistou o terceiro lugar no pentatlo
para amblíopes. Na Taça do Mundo de Lisboa, o judoca João Neto obteve o
primeiro lugar e Pedro Dias alcançou o segundo, na categoria de 66 kg.
Estes são apenas alguns exemplos de sucesso no
desporto português. Nem só de futebol vive Portugal e é lamentável que tão bons
desportistas não tenham o destaque merecido!
1.1
Classifique os adjetivos que identificou:
qualificativos
— ...
relacionais
— ...
numerais
— ...
2.
Assinale os pares de frases em que a posição do adjetivo qualificativo
implica uma mudança de sentido.
A — O falso
médico fez um mau diagnóstico. / O médico falso
fez um mau diagnóstico.
B — Um rapaz bonito entrou na sala. / Um bonito rapaz entrou na sala.
C — É uma grande
mulher! / É uma mulher grande!
D — Uma jornalista verdadeira participa num debate.
/ Uma verdadeira jornalista
participa num debate.
E — A pobre
mulher trabalha de sol a sol. / A mulher pobre
trabalha de sol a sol.
F — Desejo-te um feliz dia. / Desejo-te um dia feliz.
3.
Partindo das frases seguintes, transforme o nome destacado num adjetivo relacional.
a)
Ele propôs uma transação de comércio.
| transação ____
b)
A empresa fez uma proposta de negócio.
| proposta ____
c)
Gosto de ler literatura para jovens.
|literatura ____
d)
Fiz uma receita de França. |
receita ____
e)
Ela procura produtos da horta.
| produtos ____
f)
Li um romance de Camilo. |
romance ____
g)
Tenho uma casa no campo. |
casa ____
h)
Hoje houve uma revolta de estudantes.
| revolta ____
i)
Ele é um excelente crítico de literatura.
| crítico ____
j)
Gosto da vida na cidade. |
vida ____
4.
Descubra nesta canja de galinha vinte e um advérbios de predicado:
4.1
Distribua os advérbios consoante o seu valor:
valor locativo — ...
valor temporal — ...
valor de modo — ...
5. Usando advérbios interrogativos, formule as
questões para as respostas em baixo.
a)
P: __________
R:
Estou no Estádio da Luz.
b)
P: __________
R:
Chegámos anteontem à tarde.
c) P: __________
R:
Não me sinto nada bem (com toda esta lã de vidro).
d) P: __________
R:
Eles foram ao estádio porque são corajosos e não receiam ficar soterrados.
6. Substitua as
expressões destacadas por advérbios
com o sufixo -mente.
a)
Jornal que se publica todos os dias.
b)
Revista que sai todas as semanas.
c)
Festa que decorreu de modo agradável.
d)
Aluno que faz o exercício com cuidado.
e)
Ator que atua com frequência.
f)
Alguém que avança com cautela.
g)
Criança que age de modo instintivo.
7.
Na sopa de legumes seguinte, descubra dezanove
vegetais (aliás, preposições).
8. Complete as frases seguintes com as preposições adequadas, fazendo contrações sempre que seja
necessário.
a) ____ as refeições, não é
aconselhável entrar __ mar.
b) Quero o trabalho feito ___ quinta-feira. E __
vocês!
c) Não vamos falar mais ___ esse assunto. Que
isto fique só ___ nós!
d) O réu apresentou-se ____ o juiz ___ o
advogado de defesa.
e) Posso ir ____ o Júlio às compras, mãe?
f) Conheço o meu vizinho ____ o dia em que vim
morar ___ esta casa, mas é como se nos conhecêssemos há muito mais tempo.
g) Estou a falar ___ sério!
h) Trabalho nesta empresa ___ 2001.
i) Sou ___ essa política do governo.
TPC — Porei em Gaveta de Nuvens páginas de gramática sobre classes de palavras.
Aula 98-99 (17 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 18/fev [3.ª]) Relendo «Um segredo» (pp. 310-311 do manual), vai completando o que falte.
ll.
|
Trecho de «Um segredo»
|
Paráfrase em registo
neutro
|
O que se deve inferir
|
2-3
|
«Em
tom que facilmente dava a entender não ser essa a matéria importante que ali
se iria tratar»
|
Num
estilo pelo qual se percebia não ser aquele o assunto ___________
|
Scarlatti
tinha ____
|
5-6
|
«Com que a mim não me distinguiu nunca, mas não o digo
por qualquer sentimento de inveja, antes me louvo de ver honrada num seu
filho a nação italiana»
|
Nunca
tive eu a sua sorte, mas até fico contente de o rei dar esse privilégio a um ____
|
Bartolomeu
talvez tenha ficado ____, mas recompõe-se e disfarça muito bem.
|
7-8
|
«Dizem-me
que el-rei é grande edificador, será por causa disso este seu gosto de
levantar com as suas próprias mãos a cabeça arquitetural da Santa Igreja,
ainda que em escala reduzida»
|
O
rei gosta muito de fazer construir (monumentos); talvez por isso também goste
de construções em ______
|
Scarlatti
talvez esteja a ser crítico do ______ e da discricionariedade do rei.
|
10-11
|
«Como se mostram variadas as obras das mãos do homem, são
de som as minhas»
|
Cada
um tem a sua arte, a minha é a ______
|
Scarlatti
identifica-se como _______
|
14-16
|
«Parece apenas um gracioso jogo de palavras, um brincar
com os sentidos que elas têm, como nesta época se usa, sem que extremamente
importe o entendimento ou propositadamente o escurecendo»
|
O
diálogo anterior parece um jogo de linguagem (com quiasmos, metáforas, ...),
mais elegante que claro, como é de uso nesta ________
|
O
narrador lembra que estamos na época _______
|
18-19
|
«Disseram
a verdade do que então viram, depois ficaram cegos para a verdade que a
primeira escondeu»
|
O que ouviu quanto à primeira experiência é verdadeiro
mas, desde aí, tenho sido ______
|
Bartolomeu
mostra-se _________ por não acreditarem em si.
|
20-21
|
«Há
doze anos que isso foi, desde então a verdade mudou muito»
|
Nestes
doze anos, a situação ______.
|
Bartolomeu
insinua __________
|
21-22
|
«A
essa pergunta responderei que, quanto imagino, só a música é aérea»
|
Para
mim, só a _____ se levanta no ar.
|
Scarlatti diz não _______ (para o acicatar a revelar-lhe
mais).
|
24-26
|
«Domenico Scarlatti aproximou-se da máquina, que se
equilibrava sobre uns espeques laterais, pousou as mãos numa das asas como se
ela fosse um teclado, e, singularmente, toda a ave vibrou apesar do seu
grande peso»
|
Scarlatti
tocou na passarola como se estivesse a tocar cravo, e esta, estranhamente,
______
|
A
música e a arte _____
|
33
|
«Baltasar
e Bartolomeu olharam-se perplexos»
|
Baltasar
e Bartolomeu ficaram sem saber como _____
|
Ambos
eram bastante _______
|
34-35
|
«Há um tempo para construir e um tempo para destruir, umas
mãos assentaram as telhas deste telhado, outras o deitarão abaixo, e todas as
paredes, se for preciso»
|
Quando
for necessário, destroem-se telhas e paredes para ______
|
Blimunda
é _________
|
38-39
|
«É
Vénus e Vulcano, pensou o músico, perdoemos-lhe a óbvia comparação clássica»
|
A
Scarlatti, que tem _______ clássica, Blimunda e Baltasar sugerem Vénus e
Vulcano.
|
Bartolomeu, por trabalhar na ________, é como o deus do
Fogo (que era casado com a deusa do Amor e, como Baltasar, deficiente: era
coxo).
|
61-63
|
«e
Domenico Scarlatti ouviu ressoar dentro de si a corda mais grave duma harpa.»
|
Scarlatti
ficou emocionado ao ver _______
|
Os
poderes mágicos de Blimunda tiveram algum reflexo em quem ela olhava ou Scarlatti
_______
|
63-65
|
«Ostensivamente Baltasar levantou o cesto quase vazio com
o seu gancho, e disse, Acabou a merenda, vamos trabalhar»
|
Baltasar,
com alguma _______, interrompeu a conversa.
|
Baltasar
ficou ______
|
70-72
|
«Senhor
Scarlatti, quando o enfadar o paço, lembre-se deste lugar»
|
________
sempre que quiser.
|
_______
confia em Scarlatti.
|
75-78
|
«Senhor Escarlate, disse Baltasar, tomando bruscamente a
palavra, venha quando quiser, se o senhor padre Bartolomeu Lourenço autoriza,
mas, Mas, No lugar da minha mão esquerda tenho este gancho, ou um espigão em
vez dele, sobre o coração uma cruz de sangue»
|
Acato
as decisões do Padre Bartolomeu, mas poderei não ser ______ consigo, Senhor
Scarlatti.
|
Baltasar,
talvez ciumento (ou com medo de que o músico os ____), pretende atemorizar
Scarlatti.
|
78-79
|
«Sou
o irmão de todos, disse Scarlatti, se me aceitarem»
|
Se
permitirem, farei parte deste vosso grupo, como membro ______
|
Scarlatti
procura ______ a sua boa intenção.
|
80
|
«Senhor Escarlate, querendo que eu ajude a trazer o
cravo, não tem mais que dizer»
|
Senhor _______, se quiser, ajudá-lo-ei a transportar o
cravo.
|
Baltasar
já ____ no músico.
|
Resolve
o ponto 8 da p. 312:
a. = ___; b. = ___; c. = ___; d.= ___.
Ouviremos
agora o trecho correspondente ao momento em que principia a jornada aérea. Podes
ter o livro aberto na p. 314 e ir lendo, no cimo, o ponto 1.
Depois,
na mesma página, releremos «Que maravilha é viver e inventar».
Resolve o ponto 2 da p. 314
TPC — (1) Lança emendas no texto que devolvi
hoje (comentário-análise em torno de Memorial
e canção) e envia-mo já corrigido. (2) Como já pedira que fizesses, vai
relanceando as páginas sobre «Classes de palavras» que copiei no blogue. (3) Lê
«Da trindade terrestre ao quarto elemento: um percurso simbólico» (p. 313).
Aula
100-101 (18 [6.ª], 20
[3.ª], 21/fev [1.ª, 4.ª]) Na p. 143, lê o poema «Tenho tanto sentimento», de
Fernando Pessoa, ele-mesmo, para responderes depois às perguntas 1 a 4 na mesma
página. Em alguns dos casos, já iniciei as respostas, mas falta completá-las.
1.1. Na primeira estrofe,
desenvolve-se a oposição «sentimento» (v. 1) / «pensamento» (v. 5), central na obra de Pessoa ortónimo. O
sujeito poético não consegue apenas sentir, ainda que, por vezes, assim lhe
pareça. Contudo, ao analisar-se («ao medir-me», v. 4), compreende que
________
2. Com a mudança de pessoa verbal, da primeira
do singular para a primeira do plural, o eu lírico _________
3. Segundo o sujeito poético, a «única vida que temos» é __________
4. ______
Depois
de leres «Quem foi Pessoa?» (p. 144), responde aos itens 1.1 a 1.7 e 2.1 a 2.3.
1.1 = ____; 1.2 = ____; 1.3 = ____; 1.4 = ____;
1.5 = ____; 1.6 = ____; 1.7 = ____.
2.1 ____________
2.2 ____________
2.3 ____________
No sketch
«Estava balofa» (série Fonseca), surge com muita frequência uma dada classe
de palavras (sobretudo no fim das frases que a senhora mais velha
profere: «balofa», «nojenta», «gorda», «magra», «forte», «inchada», «luzidia»,
«pesadona», «banhosa», «grande»). Qual é essa classe? _____. Podem as palavras
acima ficar antes e depois de nomes? ____ São graduáveis (isto é, flexionáveis
em grau)? ____ Assim sendo, dentro da classe de palavras em que já as
integrámos, pô-las-íamos no subgrupo dos _____ {qualificativos / relacionais /
numerais}.
Algumas das palavras do sketch apareciam graduadas. Faz corresponder um dos graus 1-8
às abonações a-d.
a) muito mais magra
[do que antes]; b) mais magra [do que antes]; c) muito gorda; d) gorda.
(1) superlativo
absoluto analítico; (2) superlativo absoluto sintético; (3) normal; (4)
comparativo de superioridade; (5) comparativo de inferioridade; (6) comparativo
de igualdade; (7) superlativo relativo de superioridade; (8) superlativo
relativo de inferioridade.
a) ___; b) ___; c)
___; d) ___.
Repara em «Parecia porca» / «Parecia uma porca».
Indica a classe das duas palavras «porca». Na
primeira frase, «porca» é _____. Na segunda, _____. Repara que se trata de
palavras diferentes (embora iguais na aparência). Em termos do processo
de formação, o que aconteceu foi o seguinte. Tínhamos «porca»,
pertencente a uma dada classe, a dos _____. Essa palavra levou ao aparecimento
de «porca» agora como palavra de outra classe, a dos _____. Este processo de
formação designa-se ____.
Vejamos ainda outra classe. Indica a
classe das palavras em itálico:
Sentiu-se mal,
com certeza. // mal — ____
Sinto-me bem.
// bem — ____
Em «Sinto-me melhor
[do que como estava antes]», melhor é
um ______ {adjectivo / advérbio} no grau _____. Se «melhor» estivesse no grau
normal, a frase ficava assim: «____».
Atentemos em: a) uma dietazinha; b) as dietas; c) uma dietazona.
Indica a classe das palavras em itálico:
______. Não são apenas os adjectivos ou os advérbios que se podem flexionar em grau. Indica os graus
em que estão as três palavras:
a) ______; b) ______; c) ______.
Em
termos de formação, a) e c) são ______, tendo aliás em comum a
mesma ______, correspondente ao singular de b). Olhando o que se diz sobre os valores de sufixos aumentativos e
diminutivos na p. 352 do teu manual, que valores atribuirias aos sufixos em
a) e em c):
a) ____; c) ____
Já
mais no plano da sintaxe, podemos notar que nas falas da senhora velha
predominam expressões predicativas
que atribuem propriedades ao sujeito: «[A Dona Sandra] está mais magra»; «[A Dona Sandra] estava balofa», «Eu estava
fortezinha»; «Agora, [você] está bem»;
«[Você] parecia uma porca»; «A pele parecia gosma», «[A pele] era como sebo». Estas expressões
predicativas que pus em itálico incluem todas um verbo ________ («estar»,
«ser», «parecer»), seguindo-se um segmento que desempenha a função sintática de
_______.
Há,
ainda assim, casos em que o predicador
é um verbo transitivo: «A Dona
Sandra fez uma dieta». Quanto a funções
sintáticas, diremos que «uma dieta» é o ________, sendo o segmento «fez uma
dieta» o _______.
E
é possível encontrar pelo menos um caso de verbo transitivo-predicativo (ou seja, de verbo que selecciona complemento
direto e predicativo do complemento direto). Com efeito, em «Agora, [eu]
sinto-me melhor», «me» é o __________ e «melhor» é o ________.
TPC — O que se segue é o
Grupo I-A de exame nacional de há poucos anos. O texto usado coincide em boa
parte com o que lemos na última (penúltima) aula, «Um segredo». Não o
transcrevo todo (em parte, por causa dessa coincidência, mas também porque o
item que queria que resolvessem, o quarto,
implica só o último parágrafo).
[...] Baltasar e o padre Bartolomeu Lourenço
olharam-se perplexos, e depois para fora. Blimunda estava ali, com um cesto
cheio de cerejas, e respondia, Há um tempo para construir e um tempo para
destruir, umas mãos assentaram as telhas deste telhado, outras o deitarão
abaixo, e todas as paredes, se for preciso. Esta é que é Blimunda, disse o
padre, Sete-Luas, acrescentou o músico.
Ela tinha brincos de cerejas nas orelhas,
trazia-as assim para se mostrar a Baltasar, e por isso foi para ele, sorrindo e
oferecendo o cesto, É Vénus e Vulcano, pensou o músico, perdoemos-lhe a óbvia
comparação clássica, sabe ele lá como é o corpo de Blimunda debaixo das roupas
grosseiras que veste, e Baltasar não é apenas o tição negro que parece, além de
não ser coxo como foi Vulcano, maneta sim, mas isso também Deus é. Sem falar
que a Vénus cantariam todos os galos do mundo se tivesse os olhos que Blimunda
tem, veria facilmente nos corações amantes, em alguma coisa há de um simples
mortal prevalecer sobre as divindades. E sem contar que sobre Vulcano também Baltasar
ganha, porque se o deus perdeu a deusa, este homem não perderá a mulher.
José Saramago, Memorial do Convento, 11.ª ed., Lisboa, Caminho,
1998
1. Considere o primeiro parágrafo do texto. Descreva
o comportamento de Scarlatti imediatamente antes de ser iniciado no «segredo»,
fundamentando a resposta em três citações do texto.
2. Interprete a resposta do músico: «Quantas
vezes assim mesmo se volta dele» (linhas 6 e 7).
3. Scarlatti e Baltasar têm perceções diferentes
da «ave gigantesca» (linha 15). Explique em que consiste a diferença,
ilustrando o ponto de vista de cada uma destas personagens com uma citação
adequada.
4. No último parágrafo, o narrador assume uma atitude de
comentador. Transcreva do texto dois excertos exemplificativos de tal atitude e
explicite a intenção que pode estar subjacente a esses comentários.
Aula 102 (18 [4.ª], 20 [1.ª, 6.ª], 21/fev [3.ª]) Explicação
sobre nomes contáveis e não contáveis (ver Apresentação).
Retomamos
os exercícios sobre Classes de palavras, tirados da
generosa Nova Gramática Didática de Português.
Aproveito para te aconselhar a leres o capítulo «Classes de palavras», da mesma
gramática, que, ilicitamente (com grande risco meu, portanto), copiei na
íntegra em Gaveta de Nuvens.
Nos
provérbios seguintes, sublinhe as conjunções e as locuções
conjuncionais e classifique-as.
a)
A viagem é mais rápida quando se tem companhia.
b)
A vida é uma escola: enquanto vivemos, aprendemos.
c)
O galo fecha os olhos quando canta porque sabe a música de cor.
d)
Basta uma ovelha ronhosa para perder o rebanho.
e)
Se saudades matassem, muita gente morreria.
f)
Quereis que vos sirva, bom rei? Dai-me do que viva.
g)
Ninguém é tão pobre que não possa dar nem tão rico que não possa receber.
h)
Segue a razão, ainda que a uns agrade e a outros não.
Leia
atentamente a letra da canção que se segue e circunde os nomes comuns que
encontrar. Depois, distribua-os pelas subclasses referidas nas alíneas abaixo:
sei
de cor
cada
traço do teu rosto, do teu olhar
cada
sombra da tua voz e cada silêncio,
cada
gesto que tu faças,
meu
amor sei-te de cor
sei
cada capricho teu e o que não dizes
ou
preferes calar, deixa-me adivinhar
não
digas que o louco sou eu
se
for tanto melhor amor sei-te de cor
sei
por que becos te escondes,
sei
ao pormenor o teu melhor e o pior
sei
de ti mais do que queria
numa
palavra diria
sei-te
de cor
sei
cada capricho teu e o que não dizes
ou
preferes calar deixa-me adivinhar
não
digas que o louco sou eu
se
for tanto melhor
amor
sei-te de cor
sei
de cor
cada
traço do teu rosto, do teu olhar
cada
sombra da tua voz e cada silêncio,
cada
gesto que tu faças
meu
amor sei-te de cor
Paulo Gonzo, «Sei-te de cor»
Nomes
contáveis — _________
Nomes
não contáveis — ________
Preencha
os espaços em branco com uma palavra da classe indicada entre parênteses.
Utilize as palavras fornecidas no quadro abaixo.
finalmente | malta |
cinema | curioso | hoje | à tarde | onde | bastante | não | boa | primeiro |
computador | férias | português | ali | realmente | sempre | turma
______ (advérbio de predicado com valor temporal) acordei com uma _____ (adjetivo qualificativo) sensação. _______
(advérbio conectivo) chegaram as ______
(nome comum não contável)!
A ______ (nome comum coletivo não contável) da _______
(nome coletivo contável) combinou ir
ao _______ (nome comum contável) ver
um filme _____ (adjetivo relacional)
que a professora de Língua Portuguesa tinha recomendado. É o _______ (adjetivo numeral) filme de Manoel de
Oliveira que vou ver, por isso, estou ______ (adjetivo qualificativo).
_______ (locução adverbial de tempo), combinámos ir _____ (advérbio de predicado com valor locativo)
ao parque para nos encontrarmos com o resto do pessoal para dois dedos de
conversa. Este é o sítio _____ (advérbio
relativo) passamos grande parte do tempo juntos.
Além dos programas com os amigos,
também vou passar _____ (advérbio de
quantidade) tempo a dormir, a ver televisão e a jogar no meu ______ (nome comum contável). _____ (advérbio de frase), as férias perderiam
toda a graça se eu _____ (advérbio de
negação) tivesse estas máquinas ______ (advérbio
de predicado com valor temporal) à minha disposição! É claro que haverá muita
coisa para fazer, basta haver imaginação.
Complete o torto
crucigrama com nomes coletivos. Siga as indicações. Conjunto de...
(1)
animais característicos de uma região.
(2)
desportistas.
(3)
prisioneiros.
(4)
foguetes simultâneos.
(5)
atores.
(6)
pinheiros.
(7)
mercadores.
(8)
navios.
(9)
lobos.
(10)
mosquitos ou gafanhotos.
(11)
eleitores.
(12)
plantas características de uma região.
(13)
porcos.
(14)
pássaros.
(15)
pessoas.
(16)
ilhas.
Dos nomes coletivos identificados, indique os não
contáveis.
TPC — Em «Duas mil vontades» (p. 308), vemos
Bartolomeu a aconselhar a Blimunda uma série de acontecimentos sociais
(procissões, touradas, autos de fé) onde recolheria «vontades» mais facilmente.
Depois de relanceares também o item «Pós-leitura» (p. 309) e o enquadrado «O
espaço social em Memorial do Convento»,
escreve um comentário (de cerca de cento e cinquenta palavras) em torno da
importância desses momentos, e de outros similares, no retrato do povo e, em
geral, na economia de Memorial do
Convento.
Aula 103-104 (24 [1.ª, 4.ª, 6.ª], 25/fev [3.ª]) Ouvida esta primeira metade do documentário sobre Memorial do Convento na série ‘Grandes Livros’, circunda a opção certa (entre as que ponho dentro de chavetas:
Começa por se considerar que o convento de Mafra
é o {centro / epicentro / diâmetro / fulcro} de Memorial do Convento.
A primeira cena (da adaptação
feita pelo grupo Éter} tem como personagens {D. João V e D. Nuno da Cunha / D.
João V e um franciscano / Bartolomeu e Baltasar / D. João V e o padre
Bartolomeu}.
Para Carlos Reis, o começo do romance tem alguma
coisa de {surrealista / inesperado / paródico / satírico}.
O narrador do documentário
considera que naquele tempo andavam de mãos dadas os poderes {espiritual e
carnal / temporal e espiritual / espiritual e militar / espiritual e secular}.
Considera ainda que a construção do convento é,
relativamente ao que o autor quer contar, o {fim último / ponto de partida /
âmago / tronco}.
Saramago nasceu em 1922 numa
aldeia {alentejana / ribatejana / minhota / da Côte d’Azur}.
Antes de profissional da escrita, Saramago foi
{mendigo, arrumador de carros, banqueiro/ futebolista, modelo, ator /
serralheiro, funcionário administrativo, desenhador / professor, funcionário
administrativo, publicitário}
O seu primeiro romance foi {A terra do pecado / Terra do pecado / Os Maias
/ Levantado do Chão}
A viúva de Saramago chama-se
{Pilar del Rio / Pila del Rio / Pilar del Mar / Pilar del Ribero}.
Para ela, o marido, ao trabalhar, assemelhava-se
a um {artista ou compositor / artesão ou camponês / operário têxtil e
futebolista / revisor e burocrata}.
Por dia, Saramago escrevia, geralmente, {duas /
três / quatro / cinco} páginas.
Rui Tavares descobre em duas personagens de
livros de José Saramago semelhanças com o escritor, reportando-se a {Levantado do Chão e Ensaio sobre a Cegueira / História
do Cerco de Lisboa e Todos os nomes
/ A viagem do elefante e Ensaio sobre a lucidez / A Caverna e O homem duplicado}.
No fim dos anos cinquenta,
José Saramago trabalhou em {Paris / editora / Espanha / escolas}.
Tornar-se-ia depois, por alturas do 25 de abril,
diretor-adjunto do {Diário de Notícias
/ Voz Ativa / Jornal de Letras / Diário de
Lisboa}
É demitido aos {cinquenta / zero / cento e dez /
cinquenta e três} anos.
Manual de
pintura e caligrafia
é um {manual / ensaio de romance / poema em prosa / flop}.
O primeiro livro em que Saramago subverteu as regras
de pontuação foi {Memorial do Convento
/ Levantado do Chão / As pequenas memórias / A Jangada de Pedra}.
Quando descobriu Memorial do Convento, a então jornalista
e futura mulher de Saramago estava acompanhada de {quatro amigas / cinco amigas
/ três caniches / setenta e oito amigos}.
Carlos Reis destaca no amor de Blimunda e
Baltasar o tratar-se de um amor {físico / intuitivo / carnal / platónico}.
Rui Tavares considera Bartolomeu de Gusmão um {barroco
/ pré-iluminista / aldrabão da pior espécie / padre castiço}.
[Preceitos para Jogo do Stop:] Os determinantes não contam (a letra será a do nome);
preposições, se for caso disso, podem contrair-se com os determinantes; frases
têm de ficar completas (não pode haver só uma oração subordinada, faltando a
subordinante, por exemplo); frase pode ser inútil, estranha — como são as dos
exercícios de gramática tantas vezes —, mas não deve ser «surrealista» ou
demasiado poética.
Letra
|
Estrutura da frase
| |||
B
|
Adjetivo qualificativo
|
Nome próprio de Memorial
|
Verbo no Pretérito perfeito
|
Advérbio de predicado
|
O bravo
|
Bartolomeu
|
barbeou-se
|
bem
| |
|
Adjetivo qualificativo
|
Nome próprio de Memorial
|
Verbo no Pret. imperfeito
|
Advérbio de predicado
|
|
|
|
| |
|
Nomes de desportistas a formarem sujeito composto
|
Verbo transitivo
|
Quantificador numeral
|
Nome comum alusivo a Memorial
|
|
|
|
| |
|
Nome de figura pública
|
Verbo transitivo-predicativo no presente
|
Nome contável
|
Adjetivo como Predicativo do complemento direto
|
|
|
|
| |
|
Advérbio de frase
|
Nome
|
Verbo no Pret. perfeito
|
Advérbio de predicado
|
|
|
|
| |
|
Conjunção subordinativa
|
Nome comum
|
Verbo no Presente (na 3.ª pessoa)
|
Verbo no Presente (na 1.ª pessoa)
|
|
|
|
| |
|
Conjunção subordinativa
|
Nome próprio
|
Verbo no Presente (na 3.ª pessoa)
|
Verbo
|
|
|
|
| |
|
Nome de Memorial
|
Verbo no Imperfeito
|
Conjunção coordenativa
|
Verbo no Pret. imperfeito
|
|
|
|
| |
|
Verbo na 1.ª pessoa do plural
|
Nome
|
Palavra relativa
|
Verbo no Pret. mais-que-perfeito
|
|
|
|
| |
|
Nome de desportista
|
Verbo
|
Preposição
|
Nome
|
|
|
|
| |
|
Composto morfológico
|
Verbo no Pretérito perfeito
|
Conjunção subordinativa completiva
|
Verbo no Pret. imperfeito
|
|
|
|
| |
|
Nome de músico ou banda
|
Verbo derivado por prefixação
|
Nome
|
Adjetivo relacional
|
|
|
|
| |
|
Nome de ator
|
Verbo transitivo
|
Advérbio no superlativo absoluto sintético
|
Composto morfossintático
|
|
|
|
| |
|
Gentílico
|
Verbo copulativo
|
Adjetivo
|
Nome comum contável
|
|
|
|
| |
|
Nome coletivo
|
Verbo transitivo
|
Adjetivo numeral
|
Nome comum derivado por sufixação
|
|
|
|
|
TPC — Vê resto do documentário (aqui).
Aula 105-106 (25 [6.ª], 27 [3.ª], 28/fev [1.ª, 4.ª]) Na
p. 286, vai lendo «Esta é a história de Memorial
do Convento...» (p. 286) e, como se pede no ponto 1, completando as lacunas
com nomes próprios ou comuns:
1. ___; 6.
___;11. ___;
2. ___;7. ___; 12. ___;
3. ___;8. ___; 13. ___;
4. ___;9. ___;
5. ___;10. __;
Passa
ao texto em fundo rosa nas pp. 280-281 («Saramago. Morreu o escritor que
inventou Blimunda»), para resolveres as escolhas múltiplas 1.1 a 1.9 (pp.
281-282).
1.1.
___; 1.2. ___; 1.3. ___; 1.4. ___; 1.5. ___; 1.6. ___; 1.7. ___; 1.8. ___; 1.9.
___.
Na
p. 287, atenta no verbete para ‘memorial’ do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, reparando nas quatro
aceções aí anotadas. Lê depois os dois trechos ensaísticos no enquadrado «Memorial do Convento: o título».
Em
escrita muito castigada, responde a estas duas perguntas:
Explica — desenvolvendo-a — esta questão posta
por Carlos Reis (no último dos trechos no final da p. 287):
«este “memorial do convento” privilegiará o que
numa certa memória se reteve acerca do Convento, da sua origem, da sua
construção e dos que nela trabalharam; mas não será ele também um memorial pelo
Convento?».
Pensa em um outro título que pudesse ter o livro
de Saramago. Indica esse título e justifica a tua escolha à luz dos aspetos da
narrativa que esse título vincasse.
...
Memorial do Convento
|
Cinema Paraíso
|
Ambos os títulos
incluem referência a um espaço, mais propriamente a um edifício, a saber:
| |
___________ (de Mafra)
|
_____________
|
Ambas as obras têm
feições de memorialismo.
| |
Logo o título inclui uma expressão que parece
evocar o género memorialístico. Com efeito,
a palavra «_________» tem três aceções possíveis: ‘exposição sumária para
esclarecer questão prática’; ‘obra em que estão relatados factos memoráveis’;
‘monumento comemorativo’, o que confirma que a narrativa tem índole ________
e, em sentido lato, memorialística.
|
O filme é claramente de _______ de infância.
Nas primeiras cenas foi dado o motivo da recordação do crescimento do
protagonista numa vila siciliana (a notícia da morte do adulto protetor de
então, Alfredo). A _______ entra como pano de fundo (para já, há diversas
alusões à segunda guerra mundial).
|
Ambas as obras se movem
entre a história (do XVIII ou do XX), a ficção e a sociedade.
| |
No caso de Memorial,
devemos ter em conta que, no rosto, ou frontispício, há a indicação
«romance». Enfim, não será muito errado considerar este um romance histórico,
com uma intenção também de intervenção ______.
|
O filme não deixa de retratar situações que
revelam preocupações de ordem _______, ainda que, por estarem filtradas pela
perspetiva memorialística, nos pareçam menos programáticas do que as do livro
de Saramago.
|
Em ambas as narrativas,
a construção do edifício é uma das linhas de ação.
| |
A construção do convento implica boa parte do
enredo, marcando temporalmente a ação (por exemplo: em 1717, bênção da
primeira pedra; em 1730, a _______).
|
Os vários estados do edifício (o primeiro
cinema, a destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o
protagonista regressa) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção da
________.
|
Em ambas as narrativas,
o edifício (ou o espaço em que se situa), além de ser o foco da linha de ação
principal, é cruzado pela intriga das outras linhas de ação.
| |
Passarola passa por Mafra; família de _______
vive em Mafra; Blimunda e Baltasar vão viver para Mafra; etc.
|
A _______ da parte amorosa acaba também por
aproveitar o cinema (salvo erro, um primeiro beijo do protagonista vai aí
decorrer).
|
Ambos os edifícios se
relacionam com a vertente sociológica, o retrato da vida dos desfavorecidos.
| |
Em Memorial,
a construção do convento é a causa da exploração dos trabalhadores e até da
_______ de personagens (Francisco Marques, Álvaro Diogo), embora também seja fonte
de emprego temporário.
|
Em Cinema
Paraíso, o edifício causa a _______ de Alfredo, tornando-se depois ocupação
semi-profissional do protagonista. É no adro em frente que se contratam os
trabalhadores à jorna.
|
TPC — Termina respostas iniciadas em aula.
Aula 107 (25 [4.ª], 27 [1.ª, 6.ª], 28/fev [3.ª]) Explicações
sobre determinantes, pronomes, quantificadores.
Ainda
da Nova Gramática Didática de Português:
Complete as
frases com determinantes das subclasses indicadas.
a)
________ (det. artigo definido) pessoas deviam praticar algum exercício físico.
b)
Comprei o _______ (det. possessivo) presente na loja perto da minha escola.
c)
________ (det. artigo indefinido) dia vou até ao México.
d)
________ (det. demonstrativo) casas são mais antigas do que estas.
Faça
corresponder o tipo de determinantes à afirmação que lhes diz respeito.
Classifique
as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A — Os quantificadores
são palavras que quantificam os elementos de um conjunto.
B — Qualquer é um quantificador
existencial.
C — Ambos é um quantificador
universal.
D — Um quantificador existencial expressa uma quantidade não
exata de elementos de um conjunto.
E — Os numerais ordinais
são um tipo de quantificadores.
F — Na frase «Fiz tudo quanto pude», a palavra
quanto é um quantificador interrogativo.
Complete
as frases seguintes com as palavras a negro,
antecedidas dos quantificadores adequados. Siga o exemplo e faça as alterações
que achar necessárias.
sumos | quadros | anos | pessoas | pão | gaivotas
Tenho fome! Vou comprar algum pão.
a) _______________________ foram pintados por
Renoir.
b) Nunca tinha visto __________________ à volta
de um barco! Deve vir cheio de peixe.
c) Eu conheço ________________ capazes de ajudar
os outros sem esperar nada em troca.
d) Comprei _________________ para beber ao
jantar; um para ti, outro para mim.
e) _______________________ viveste em Angola?
São frases do sketch
«General e soldados» (Meireles). Entre as palavras sublinhadas, distingue determinantes (demonstrativos,
possessivos, indefinidos, [relativos], [interrogativos], artigos definidos,
artigos indefinidos), pronomes
(pessoais, indefinidos, demonstrativos, [possessivos], [relativos],
[interrogativos]), quantificadores (existenciais,
numerais, [universais], [relativos], [interrogativos]). Entre parênteses retos,
pus as subclasses que não aparecem representadas nas frases. Sublinhei um único
adjetivo numeral. No caso dos
pronomes pessoais, tenta também indicar a função sintática que está em causa.
Eu já vos disse que eles são anões?
eu = ___ | vos = ___
| eles = ___
Este pau sozinho matou trinta alemães.
este = ___ | trinta =
___
Este pau fez a segunda guerra mundial.
este = ___ | a = ___
| segunda = ___
Meu general, temos outra dúvida.
meu = ___ | outra =
___
Nós também somos muitos, soldado Meireles.
nós = ___ | muitos =
____
Os inimigos dispõem unicamente de canhões, algumas metralhadoras e três
mísseis.
os = ____ | algumas =
____ | três = ____
São os
soldados mais cobardolas que alguma vez vi na minha vida.
os = ____ | alguma =
____ | minha = ____
Isso é verdade.
isso = ___
Eles são trinta mil.
eles = ___ | trinta
mil = ___
Somos só nós os
três.
nós = ___ | os = ___
| três = ___
Ainda bem que faz essa
pergunta.
essa = _________________
São uma
vergonha para o exército!
uma = ____ | o = ____
Ainda
da NGDP (no segundo item, inseri três
alíneas e tirei outras tantas).
Leia
atentamente a letra da música que se segue e identifique a classe a que
pertencem os elementos destacados.
Eu
queria ser astronauta,
O
meu país não deixou,
Depois
quis ir jogar à bola,
A
minha mãe não deixou.
Tive
vontade de voltar à escola,
Mas
o doutor não deixou,
Fechei
os olhos e tentei dormir,
Aquela
dor não deixou...
Ó
meu anjo da guarda,
Faz-me
voltar a sonhar,
Faz-me
ser astronauta,
E
voar...
O
meu quarto é o meu mundo,
O ecrã é a janela,
Não choro em frente à minha
mãe,
Eu que gosto tanto dela.
Mas esta dor não quer
desaparecer
Vai-me
levar com ela...
Ó meu anjo da guarda,
Faz-me
voltar a sonhar,
Faz-me
ser astronauta,
E
voar...
Acordar,
meter os pés no chão.
Levantar,
pegar no que tens mais à mão,
Voltar
a rir, voltar a andar,
voltar, voltar...
Voltarei...
(8x)
Acordar,
meter os pés no chão,
Levantar,
pegar no que tens mais à mão,
Voltar
a rir, voltar a andar, voltarei...
Tim, «Voar»
queria
= __
minha
= __
vontade
= __
O
= __
Não
= __
Eu
= ___
tanto
= __
Mas
= __
Ó
= __
a = __
Transforme
as frases simples que se seguem em frases complexas recorrendo a uma palavra
relativa (pronome relativo, advérbio relativo, quantificador relativo,
determinante relativo).
a) O João frequenta a minha faculdade. A minha
faculdade fica em Entrecampos.
b) Os meus amigos compraram um carro. Eles
trabalharam durante as férias para juntar dinheiro.
c) O Nuno viajou. Falei-te ontem do Nuno.
d) Alguns iogurtes têm bolor. As tampas desses
iogurtes registam prazos de validade ultrapassados.
e) O Arnaldo comeu bastantes amoras. O Arnaldo
comeu as amoras que lhe agradavam.
f) A Irondina vive numa vila. Nessa vila há um
monstro.
TPC — Estuda/treina a
resolução de toda a ficha 5 de modelos de exame no Caderno de Atividades (pp. 84-87; soluções na p. 95).
Entregar-me-ás apenas a resposta I-B.
(Reproduzirei a ficha aqui, para o caso de haver quem não tenha Caderno
de Atividades.)
Aula 108-109 (6 [3.ª], 7/mar [1.ª, 4.ª], 10/mar [6.ª]) Lê «Nova vida» (p. 315) e responde às duas perguntas de «leitura — compreensão»:
1. ...
2. No excerto, a intervenção
de José Pequeno junto do abegão, em favor de Baltasar, é integrada no discurso
do narrador, primeiro em discurso indireto, depois em discurso indireto livre
e, finalmente, em discurso direto livre:
discurso indireto: «_______»;
discurso indireto livre: «_______»;
discurso direto livre: «________».
De
seguida, ouviremos o longo parágrafo a que se alude na página 316, ponto 1.
Depois
de ouvido o episódio, e atentando no verbete de «ara» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, 2004), interpreta a pintura
de José Santa Bárbara (p. 316). Identifica o momento ilustrado na imagem e
justifica o título.
Responde
ao ponto 1.3:
Através da enumeração alfabética dos nomes dos
operários, o narrador ...
Lê
a «A epopeia da pedra», na mesma p. 316.
Compara
o passo de Memorial do Convento
(1982) que trata da «epopeia da pedra» e o filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, também de 1982.
Memorial do Convento, cap. XIX
|
Fitzcarraldo
|
Tanto o passo do
romance como o filme são epopeias de um transporte,
| |
de pedra de _____ para _____,
|
de barco de um rio ao outro,
|
feito por humildes
| |
operários vindos de ______
|
índios arregimentados
|
ao serviço de um
megalómano,
| |
________.
|
Fitzcarraldo.
|
Ocorre a morte, por
esmagamento, de
| |
________,
|
um índio,
|
tudo a pretexto de um
capricho de ordem estética,
| |
uma ___ esculpida numa _____.
|
uma ópera na selva.
|
TPC — (1) Lê os textos ensaísticos nas pp.
318-319. (2) Escreve um pequena dissertação (cerca de 150-200 palavras) a
partir da seguinte afirmação:
«Memorial
do Convento evidencia os contrastes existentes no século XVIII, período em
que coexistem práticas retrógradas, a par de algumas tentativas de modernização
e de abertura a novas mentalidades.»
Aula 110 (6 [1.ª, 6.ª], 7 [3.ª], 11/mar [4.ª]) Conjunções,
Coordenação e subordinação, Pronomes, Coesão
[Exercício
de Gramática Prática de Português. Da
Comunicação à Expressão. Exercícios:]
Completa
o texto com as conjunções e locuções conjuncionais desta lista:
mas / por mais que / que
/ embora / que / se / logo / sempre que / para que
____ muitos já não vivam no campo, ___ há mais trabalho,
toda a família vem ajudar. ____ este ano, na altura das colheitas, os
lavradores verificaram ____ a fruta era tanta ____ a
família só não chegava. ____, contrataram mais pessoas ____ tudo fosse apanhado
a tempo. ____ não tivessem tido essa ideia, ____ trabalhassem, não teriam
conseguido.
Classifica
as conjunções e locuções conjuncionais que ficaram nos espaços em cima (já
exemplifiquei com a primeira):
Conjunções
e locuções
|
Coordenativas
|
Subordinativas
|
Embora
|
|
concessiva
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Transforma
as seguintes frases numa só frase complexa, utilizando diversas conjunções
coordenativas.
D. Quixote
de La Mancha
é um livro muito conhecido em todo o mundo. Eu nunca o li. Também não vi o
filme. Gostaria de o ver. Vou comprá-lo. Seja caro, seja barato.
[Exercício
tirado de Estudar Gramática no Ensino
Secundário:]
Atente
nas frases e pontue-as adequadamente (de acordo com o tipo de oração
subordinada relativa nelas presente). Depois, indique ao lado de cada uma se se
trata de uma oração adjetiva relativa restritiva
ou explicativa:
A casa que Carlos da Maia veio habitar em Lisboa
chama-se Ramalhete.
Afonso que durante muitos anos vivera em Santa
Olávia decidiu vir morar com o neto em Lisboa.
O Ramalhete que durante anos estivera ao
abandono sofreu profundas obras para se adequar aos gostos de Carlos.
Afonso ficou triste porque a vista maravilhosa
para o rio que tanto o encantara outrora estava diferente.
A água que corria em fio caía agora numa
cascatazinha deliciosa.
[Exercício
tirado de Estudar Gramática no Ensino
Secundário:]
Atenta
nos seguintes excertos de Memorial do
Convento:
«A arca donde os retiram cheira a incenso, e os
veludos carmesins que os envolvem,
separadamente, para que não se trilhe o rosto da estátua na aresta do pilar,
refulgem à luz dos grossíssimos brandões.» (p. 12)
«Perguntou el-rei, É verdade o que acaba de dizer-me sua eminência»
(p. 14)
«Então D. João, o quinto de seu nome, assim
assegurado sobre o mérito do empenho, levantou a voz para que claramente o
ouvisse quem estava [...]» (p.
14)
«Prometo, pela minha palavra
real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a
rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em que estamos [...]» (p. 14)
Coluna A
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Coluna B
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Coluna C
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envolventes
/ pesados / ...
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grupo
nominal
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substantiva
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adjetiva
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Na
coluna A, substitua as orações
subordinadas relativas por expressões não frásicas. Na coluna B, identifique a classe de palavras que
utilizou em cada substituição.Na coluna C,
especifique o tipo de oração subordinada relativa (substantiva; adjetiva).
[Exercício
de Gramática Prática de Português. Da
Comunicação à Expressão. Exercícios:] Reescreve as frases, substituindo as
expressões destacadas pelos pronomes pessoais convenientes:
a)
Elas lavaram os
pratos.
b) Amanhã faremos o bife.
c)
A Vénus e eu comprámos
os hipopótamos.
d)
O Eduardinho telefonou à
Júlia e a ti.
e) O meu primo falou aos traficantes.
f) A Iva ofereceu
os presentes à aniversariante.
g) Diz a
verdade, estúpido!
h) Faria a viagem contigo, Eusébio.
i)
Não provarei o cozido.
Este
texto foi escrito por Fabiano, guarda-redes suplente do Porto, na sua página de
Facebook. Como já alguém notou, tem demasiadas vírgulas (mais do que os jogos
em que o guarda-redes brasileiro joga efetivamente). Emenda a pontuação (e
apenas esta), circundando o que esteja a mais e acrescentando o que falte):
«A vida de goleiro, é difícil. Mais difícil
quando se dá tudo no treinamento, e raramente, joga. Sinto-me triste, por este
acontecimento, em minha carreira, de goleiro. Falta de confiança? Veremos em
Agosto, o que poderá vir... Valeu.»
TPC — Experimenta ir resolvendo a ficha sobre
‘Coordenação e subordinação’ no Caderno
de Atividades (pp. 9-12), olhando também as soluções. Pus reprodução da
ficha/soluções aqui, para o caso de não terem o Caderno de Atividades.
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