Aulas (2.º período, 2.ª parte: 111-130)
Aula
111-112 (10 [1.ª, 4.ª],
11/mar [6.ª, 3.ª])
Trata-se do Grupo II
de um exame nacional, a que acrescentei apenas dois itens.
Leia,
atentamente, o seguinte texto.
Não creio que as classificações acrescentem o que
quer que seja à fruição de uma obra de arte, seja ela literária ou de outra
qualquer natureza; mas também não penso que a prejudiquem. Por isso, ao
terminar a leitura de Memorial do Convento, ainda sob o império da fascinação que ela me provocou, surpreendi-me
a interrogar: que livro é este? Que escreveu, que quis José Saramago escrever?
Um romance histórico? Um romance realista? Uma alegoria? Uma parábola? Uma epopeia?
Um conto de fadas? Uma história de amor? […] A resposta surgiu, inevitável,
irrecusável por assim dizer: Memorial do
Convento é tudo isso, um caleidoscópio, […] um espelho do
real reinventado, diverso e complexo, à imagem e semelhança do mundo e dos
homens que nele habitam e o fazem avançar. […]
Este romance não é apenas um romance histórico, a
sua duração transcende os limites cronológicos do quadro histórico em que à
primeira vista parece encerrar-se […]. A cada passo surgem referências a
acontecimentos que virão a produzir-se muito para além do marco temporal da
história que nos é contada – a propósito dos damascos carmesins e dos panos
verdes que ornamentam o coro da Igreja alude-se ao «gosto português pelo verde
e pelo encarnado, que, em vindo uma república, dará bandeira» […]. É que, neste
romance […], a história não é uma categoria imutável e fixa, mas a contínua
respiração da realidade, rio cujas águas nunca param e nunca se repetem. […]
A luta de classes. De outra coisa não fala este
romance que por isso mesmo é também um romance realista – e uma epopeia. Às
duas epígrafes que o autor lhe antepôs – uma
do Padre Manuel Velho, a outra de Marguerite Yourcenar – poderia ter
acrescentado uma terceira, extraída do conhecido poema de Brecht intitulado
«Perguntas de um Operário Letrado», que começa por estes três versos: «Quem
construiu Tebas, a das sete portas? / / Nos livros vem o nome dos reis. / Mas
foram os reis que transportaram as pedras?» É a uma pergunta análoga que o Memorial dá resposta. Para assegurar a
sua progénie, um rei beato promete erigir um convento de franciscanos na vila
de Mafra. Mas são os servos da gleba que, com o seu sangue e o seu suor hão-de
construí-lo, homens vindos de todos os cantos do país, atraídos pela esperança
de melhor salário, levados à força outros como se gado fossem […].
Com tudo isto, ficou ainda por dizer que o
romance deve muito da sua força narrativa ao estilo incomparável de Saramago,
ao seu perfeito domínio da língua portuguesa, a que este livro é uma permanente
homenagem, à opulência de uma escrita em que o extremo rigor e a liberdade
estreme se conjugam, numa rara aliança
em que nenhum deles é sacrificado pelo outro e antes mutuamente se enriquecem.
Luís Francisco Rebelo, Memorial
do Convento, José Saramago, 25 anos da 1.ª edição: A recepção da crítica na
época, Lisboa, Caminho, s.d.
epígrafe: fragmento de texto, citação curta, máxima, etc.,
colocada em frontispício de livro, no início de uma narrativa, de um capítulo,
de uma composição poética, etc., como orientação de leitura ou objectivos
afins.
progénie: descendência, sucessão.
estreme: pura, radical.
1. Circunda a melhor alínea.
A palavra «que»
(linha 1, a seguir a «Não creio») pertence à classe
a) das conjunções
consecutivas.
b) das conjunções
concessivas.
c) dos pronomes
relativos.
d) das conjunções
completivas.
Segundo o autor, na fruição de uma obra de arte,
classificá-la torna-se
a) inadequado.
b) impossível.
c) indiferente.
d) imprescindível.
O recurso a interrogativas (linhas 4-6) serve ao
autor como
a) introdução à temática que vai desenvolver.
b) questionamento dirigido a outros críticos.
c) rol de suspeitas decorrentes da leitura do livro.
d) efeito meramente retórico e estilístico.
Com o recurso ao termo
«caleidoscópio» (linha 8), o autor vê Memorial do Convento como uma obra
a) obscura na sua multiplicidade.
b) multifacetada como a vida.
c) emaranhada como um labirinto.
d) única na sua singularidade.
Com a transcrição do poema de Brecht (linhas
22-24), o autor pretende sublinhar
a) o testemunho de um autor dramático.
b) a variedade possível de epígrafes.
c) o paralelismo com Memorial do Convento.
d) a semelhança com as anteriores epígrafes.
A palavra «que»
(linha 29) pertence à classe
a) dos pronomes
relativos.
b) das conjunções
completivas.
c) das conjunções
coordenativas.
d) das conjunções
consecutivas.
O antecedente do pronome «que» (linha 31) é
a) «romance» (linha 29).
b) «estilo incomparável» (linha 30).
c) «perfeito domínio» (linha 30).
d) «língua portuguesa» (linha 30-31).
A colocação do pronome «se» (linha 32) em posição
anteposta ao verbo justifica-se pela sua
a) inclusão numa frase em discurso indireto.
b) inserção numa frase subordinada relativa.
c) dependência de uma construção negativa.
d) integração numa frase interrogativa indireta.
2. Associa cada
elemento de A ao único elemento de B que lhe corresponde.
A
1. Com o recurso a «É que» (linha 15),
2. Com o recurso à conjunção «mas» (linha 16),
3. Com a utilização da frase negativa iniciada por «De outra coisa não
fala» (linha 18),
4. Com o recurso ao travessão duplo (linhas 19-20),
5. Com a utilização da forma do verbo auxiliar modal «poderia» (linha
20),
B
a) o enunciador exprime oposição em relação à ideia apresentada
anteriormente.
b) o enunciador narra um acontecimento ilustrativo da ideia exposta.
c) o enunciador nega para afirmar com mais veemência.
d) o enunciador estabelece uma lógica de finalidade.
e) o enunciador exprime uma ideia de conclusão em relação ao referido anteriormente.
f) o enunciador apresenta o conteúdo da frase como uma possibilidade.
g) o enunciador especifica a informação apresentada no segmento textual
anterior.
h) o enunciador explica a ideia expressa desde o início do parágrafo.
1. = ___; 2. = ___; 3. = ___; 4. = ___; 5. =
___.
Em
tepecê recente, vimos como, um pouco como já acontecia em Os Maias, havia em Memorial
uma série de momentos que formavam uma galeria de quadros sociais. O que se
segue é uma tabela acerca do espaço
social já semi-preenchida. Completa as lacunas:
Quadros
|
Personagens/Classes sociais envolvidas
|
Temas e/ou aspectos visados
|
Entrudo, Quaresma
(procissão de penitência) [cap. III]
|
_______
|
a
religião como pretexto para a prática de excessos; sensualidade & misticismo
|
Histórias de milagres
e de crimes
[XIV; II; XVII]
|
___
e povo;
o
frade ladrão
|
superstição
e crendice;
libertinagem
|
Autos-de-fé [V; XXV]
cfr.
leitura em aula
|
_____
|
repressão
____ e política;
fanatismo
|
Baptizados e funerais
régios
[VIII; X]
|
rei
e rainha; nobreza e ______;
(povo
assistindo)
|
luxo
e ostentação;
vida
e morte como espectáculo
|
Elevação a cardeal do
inquisidor [VIII]
|
____
e nobreza;
(povo
_____)
|
luxo
e ostentação
|
Vida conventual [II; VIII]
|
frades
e freiras;
nobreza
|
________;
_________
|
Tourada [IX]
|
______
|
o sangue e a morte como espectáculo
|
Procissão do Corpo de
Deus
[XIII]
|
todas
as classes
|
sobreposição do profano ao _______;
a libertinagem do _____
|
Cortejo de casamento [XXII] *cfr. exame
respondido em aula
|
casal
real, infantes, nobreza, clero;
(povo
assistindo)
|
o casamento na realeza, a vida das mulheres; luxo e
ostentação; contraste com miséria do ____; estado dos ____
|
Lê
«Epopeia» (pp. 154-155), para responderes, na página 155, ao ponto 1:
a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___; f =
___; g = ___.
«Memorial do Convento é — e não é —
uma epopeia.»
Num texto de cerca de 140 palavras, comenta esta
ideia.
Completa
(em geral, com termos de narratologia ou com nomes de personagens):
Tempo do discurso vs.
Tempo da história
|
|
Memorial do Convento
|
Cinema Paraíso
|
Alteração
da ordem dos acontecimentos
|
|
A ______ não é recurso essencial, mas, por
vezes, somos informados de factos anteriores à história que está a ser
narrada: por exemplo, as diligências, por parte dos _____, anteriores a 1711
(já em 1624 e em 1705), para se construir um convento.
As _____ são mais significativas, até porque
costumam ser menos habituais nos romances. Há algumas que remetem para os
nossos dias ou para o século XX genericamente: referência às cores da
bandeira republicana [cap. XII]; a praia como local de lazer [cap. XIII]; cravos
e 25 de abril de 74 [cap. XIII], ida à lua, Junot em Mafra, cinema [cap.
XVII], Fernando Pessoa [cap. XVIII]. Também há prolepses que dão conta de
situações futuras mas pertencentes à própria intriga do romance (vimos há
dias como se antecipava a morte de _____; logo no início alude-se aos
vindouros bastardos de _______: «quando acabar a sua história se hão de
contar por dezenas os filhos assim arranjados»).
|
A _____ é um recurso essencial. A história
é-nos dada in media res — no momento em que o protagonista sabe da
morte de Alfredo —, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo,
constituindo esse flash back a
maior parte do filme. (Salvo erro há um ou dois brevíssimos regressos à
atualidade, só para lembrar que o tempo da ______ não é aquele, até a
história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos
depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)
Não há propriamente _____, a não ser talvez
algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, alude, velada mas
certeiramente, ao futuro de _____.
|
Omissão
e resumo de factos; abrandamento e aceleração do ritmo
|
|
Há ____ (cortes, saltos no relato): «Meses
inteiros se passaram desde então, o ano é já outro» [cap. VIII]; «Encerrados
na quinta, Baltasar e Blimunda assistem ao passar dos dias. Agosto acabou.
Setembro vai em meio» [cap. XVI]. Há ______ (em que um grande lapso de tempo
é dado em poucas pinceladas): «tornou o padre aos estudos, já bacharel, já
licenciado, doutor não tarda...»; a busca de Baltasar por Blimunda também é
dada em resumo/elipse. Estes momentos, como é óbvio, _____ o ritmo da
narrativa.
Ao contrário, haverá zonas em que o relato
parece demorar-se excessivamente, _______ assim a velocidade da narrativa
(por exemplo, a narração da «epopeia da pedra», em que o tempo do discurso
parece mais lento do que o da história).
|
Uma _____ notável consiste no salto dos anos
entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos um
novo ator sob a mão de ______, o que aliás resolve também um problema que se
põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das
personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a _______, que aproveitam aa imagens passadas na sala de
cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão acompanhando a
história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos
estão a ser dados vários anos em poucos minutos).
Ao contrário, uma história contada por Alfredo
a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer _____ o discurso
relativamente ao tempo «real».
|
TPC — Lê (para compreensão) «Os Lusíadas: Uma Visão Global» (pp.
159-160).
Aula
113-114
(13 [3.ª],14 [1.ª, 4.ª],
17/mar [6.ª]) Na p. 156, lê «Os
Lusíadas: poema épico», para preencheres as lacunas:
a = ___; | b = ___; | c = ___; | d = ___; e = ___;
| f = ___; | g = ___; | h = ___; i = ___; | j = ___; | k = ___; | l = ___; m =
___; | n = ___; |o = ___; |p = ___.
Os livros distribuídos são todos do género épico (epopeias,
poemas narrativos em verso sobre assunto merecedor de glorificação). No entanto,
podemos distinguir três tipos:
(1) epopeias estrangeiras (traduzidas em português, em prosa ou em verso).
(2) epopeias portuguesas (menos célebres do que Os Lusíadas, mas, ainda assim, poemas épicos com propósitos
sérios).
(3)
epopeias paródicas ou poemas
herói-cómicos (ainda que escritos segundo as regras da epopeia, têm objetivos
satíricos; o próprio assunto pode ser ridículo).
Procurei
que em cada mesa ficasse um exemplar dos tipos 1 ou 2 (epopeias a sério) e um
exemplar de 3 (epopeias satíricas).
Comecem
por identificar os livros que lhes tenham cabido (assinalando-os na lista):
1
Homero, Ilíada,
trad. de Frederico Lourenço, 2005 [séc.
VIII a.C.]
Homero, Odisseia,
trad. de Frederico Lourenço, 2003 [séc. VIII a.C.]
Virgílio, Eneida,
trad. de Agostinho da Silva, 1997 [séc. I a.C.]
Vergílio, Eneida,
trad. de vários professores da FLUL, 2003
João Franco Barreto, Eneida Portuguesa, 1664
Coelho de Carvalho, A Eneida de Vergilio lida hoje, 1908
Ludovico Ariosto, Orlando Furioso, trad. de Margarida Periquito, 2007 [1516]
Torquato Tasso, Jerusalem Libertada, versão de José Ramos Coelho, 1905 [1581]
Kalevala.
O poema épico da Finlândia, trad. de Orlando Moreira, 2007 [1849]
2
Jerónimo Corte-Real, Sucesso do segundo cerco de Diu, 1546
Vasco Mouzinho de Quevedo, Afonso Africano, 1611
Gabriel Pereira de Castro, Ulisseia ou Lisboa Edificada, 1636
Tomás Ribeiro, D. Jayme, 1862
António José Viale, Bosquejo metrico da historia de Portugal, 1866
Augusto Bacelar, Migueleida. Poema em memoria
do Senhor Dom Miguel de Bragança, 1867
Carlos Alberto Nunes, Os Brasileidas, 1938
3
Camões do Rossio [Caetano da Silva Souto-Maior],
A Martinhada, séc. XVIII
Francisco de Paula de Figueiredo, Santarenaida, 1792
António Diniz da Cruz e Silva, O Hyssope, 1808
João Jorge de Carvalho, Gaticanea ou cruelissima guerra entre os cães e os gatos [...],
1816
[Nuno Pato Moniz], Agostinheida, 1817
J. M. P. [Camilo Aureliano Silva e Sousa], Os Ratos da Alfandega de Pantana, 1849
A
Revolução,
1850
Alexandre de Almeida Garrett, As Viagens a Leixões ou a Troca das Nereidas,
1855
Manuel Roussado, Roberto, 1867
Quatro estudantes de Evora, Parodia ao primeiro canto dos Lusiadas de Camões, 1880
Pedro de Azevedo Tojal, Foguetario, 1904
Marco António, Republicaniadas, 1913
Um velho tripeiro, «A Carrileida». Poema épico-commercial, 1917
Octávio de Medeiros, Affonseida, 1925
Padre Ângelo do Carmo Minhava, Cabrilíada, 1947
Amândio Vilares, Portuscale, s.d.
Relativamente
ao livro do tipo 1 ou 2:
Assunto do
poema
[a própria proposição já os pode ajudar bastante nessa síntese, já que, por
definição, anuncia o que o autor se propõe «cantar»]: ________________
A proposição
vai da estância 1 à ____.
A invocação
vai da estância ___ à ___, sendo esse pedido de inspiração dirigido a ____.
A narração
começa na estância ____.
Nem todos os poemas terão invocação (embora seja
de regra) e, ainda menos, dedicatória
(inovação dos Lusíadas mas que não
era habitual nas epopeias).
Número de cantos
(ou livros): ____.
Tipo de estrofes:
{escolhe} oitavas / [outro:] ____ /
indiferenciadas.
Esquema
rimático:
{escolhe} a-b-a-b-a-b-c-c / [outro:] _____.
Métrica: {escolhe} decassílabos / [outra:] ______.
Relativamente
ao livro do tipo 3:
Assunto do
poema: ______
A proposição
vai da estância 1 à ____.
A invocação
vai da estância ___ à ___, sendo esse pedido de inspiração dirigido a ______.
A narração
começa na estância ____.
Nem todos os poemas terão invocação (embora seja
de regra) e, ainda menos, dedicatória
(inovação dos Lusíadas mas que não
era habitual nas epopeias).
Número de cantos
(ou livros): ____.
Tipo de estrofes:
{escolhe} oitavas / [outro:] ____ /
indiferenciadas.
Esquema
rimático:
{escolhe} a-b-a-b-a-b-c-c / [outro:]
_____.
Métrica: {escolhe} decassílabos / [outra:] _____.
TPC — Prepara leitura em voz alta das três
estâncias de Os Lusíadas na p. 161,
bem como das quatro estâncias na p. 164. (Para conseguires leitura razoável,
não chegará reconheceres as estrofes pouco antes da aula. Pretende-se uma
leitura profissional.)
Aula 115 (13 [1.ª, 6.ª] 14/mar [3.ª]; na turma
4.ª esta aula foi dada como tepecê) Correção do questionário de compreensão
(tipo Grupo-II) feito na penúltima aula. (Ver Apresentação.)
Considera a
afirmação e a instrução apresentadas a seguir:
Afirmação:
O verso de Campos «Ah, seja como for, seja para
onde for, partir!» convoca a linha temática da viagem.
Instrução:
Num texto com
introdução-desenvolvimento-conclusão e em cerca de duzentas, trezentas palavras, elabore uma dissertação acerca da importância
da viagem na existência humana, salientando as vantagens que, no seu entender,
se lhe associam.
Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra,
no mínimo, a dois argumentos,
ilustrando cada um deles com, pelo menos, um
exemplo.
Escreve
a dissertação, cumprindo o «guião» que ponho em baixo. Nota que o que está a
seguir é uma síntese, nenhuma das suas frases aparecerá no teu texto — a
dissertação dará conta das mesmas ideias, seguirá linhas de sentido próximas, o
que é bastante diferente de se estar a aproveitar segmentos textuais deste
guião.
[INTRODUÇÃO]
1.° parágrafo — Viagens como
oportunidade de aprendizagem, tanto na alegria como nos dissabores A existência
humana como metáfora de viagem
[DESENVOLVIMENTO]
2.º parágrafo — primeiro argumento:
Viagens alargam horizontes, conhecimentos,
contactos com novas realidades, culturas distintas (quando se visitam novos
países e/ou continentes, reconhecem-se novas línguas, hábitos, costumes e
comportamentos sociais)
— um exemplo:
provérbio «Em Roma sê romano», como exemplo da necessidade de adaptação às
culturas visitadas.
3.° parágrafo — segundo argumento:
Viagens podem ganhar um sentido de evasão,
sonho, imaginação, para construir mundos alternativos
— um exemplo:
uma situação de tensão, de conflito (penosa) pode dar lugar a uma estratégia de
superação do problema: viagem libertadora (nem que seja psicológica)
[CONCLUSÃO]
4.° parágrafo — tópico de fecho:
Viagem liberta o ser humano do espaço e do tempo
que o definem como ser.
TPC — Faz (vai fazendo e verificando as
soluções) as duas primeiras fichas no Caderno
de Atividades (‘Classes de palavras (e flexão)’, ‘Funções sintáticas’), pp.
3-8. Reproduzirei essas fichas aqui e aqui.
Aula 116-117 (17 [1.ª, 4.ª], 18 [6.ª], 20/mar [3.ª]) Copia as estrofes 19-20 e 42 do canto I (p. 161), repondo a ordem mais natural das palavras (desfazendo hipérbatos ou anástrofes) e substituindo eventuais perífrases (e antonomásias) pelo referente mais habitual de cada nome.
19-20 — [Os marinheiros
portugueses] ...
[21-41 = Consílio]
42 — ...
Resolve os itens
3 e 4 da p. 162:
3.1.
...
4
= ___; ___.
Depois
de ouvirmos algumas estâncias correspondentes ao consílio no Olimpo, resolve o
ponto 1.1 (pp. 162-163):
a
= __; b = __; c = __; d = __; e = __; f = __; g = __.
Os Lusíadas
|
Cinema Paraíso
|
A
«narração» (parte do poema épico) e a ordem na narrativa
| |
As estâncias que hoje vimos
correspondem ao início da narração
(I, 19). Sucedem à proposição (I,
1-3) — em que o poeta enuncia o que se propõe «______» (os navegadores que
dilataram o império; os reis que contribuíram para a expansão da fé; todos os
homens que por feitos grandiosos se imortalizaram), à invocação (I, 4-5) — em que pede inspiração às _______ (não por
acaso, entidades míticas portuguesas) — e à dedicatória (I, 6-18; cfr.
p. 214 do manual) — a D. Sebastião, a quem o poeta louva (pelo que representa
para a independência de Portugal e para o aumento da mundo cristão; pela
ilustre ascendência; pelo império de que é senhor), a quem apela para que o
leia (vinca que a obra não versará heróis e factos _______, como as epopeias
anteriores, mas matéria histórica) e a quem incita a continuar os feitos
gloriosos dos portugueses (nomeadamente, combatendo os mouros). Já dissemos
que se trata de um começo in media res,
com a ação já a meio da viagem, no Índico.
|
O filme que estamos a ver não teve,
naturalmente, o equivalente das primeiras dezoito estâncias dos Lusíadas (proposição; invocação;
dedicatória). Entrámos logo na narração, sendo-nos igualmente dada a
ação in media res — o protagonista
é um quarentão que vive em Roma que sabe ter morrido um amigo da sua
infância. Pode parecer que se trata de um momento da ação mais _____ do que
«médio». Porém, isso até tem algum paralelismo com Os Lusíadas, se considerarmos que o que vai ser recuperado no
poema épico não é apenas a primeira metade da viagem mas toda a _____ de
Portugal.
|
Exemplos
da influência das epopeias clássicas
| |
A intervenção dos deuses no
destino dos homens está amplamente documentada nas epopeias da Antiguidade, o que também sucede nos Lusíadas. A narração começa com o plano central, o da viagem, mas só durante uma estrofe
(I, 19), passando-se logo ao plano
mitológico, com o Consílio no Olimpo (I, 20-41). _____ pretende dar
conhecimento da sua determinação de ajudar os navegantes portugueses e elogia
as proezas históricas do povo português e a sua coragem. Esta decisão gera
controvérsia: Baco teme que seja destruído o prestígio que tem no _______; no
entanto, Vénus e _______ defendem os portugueses.
|
No passo do filme que vimos
hoje há talvez duas alusões a motivos de uma das epopeias da Antiguidade, a Odisseia.
Quando o Totó jovem regressa a Giancaldo, fica sozinho na praça e só um ___ o
reconhece (no poema narrativo de Homero também o cão, Argus, se apercebe da
chegada de ____ a Ítaca, mesmo estando este disfarçado de mendigo). A mãe de
Salvatore como Penélope para o marido, Ulisses. Sabia que o filho regressaria
e esperou-o longamente, tal como Penélope esperou o esposo, apesar de assediada
por outros. A mãe de Totó tricotava uma peça que se desfiaria à chegada do
filho, enquanto _______ tecia o que todas as noites desfazia, para evitar firmar
compromisso com os seus pretendentes.
|
O
fecho da narrativa segunda e a retoma da narrativa primeira
| |
Em Os
Lusíadas, o momento que equivale ao fecho
do encaixe que serve para dar conta do que ficou para trás e em que se
retoma a narrativa primeira chega no final do canto V e no começo do canto
VI, que correspondem ao fim do discurso do Gama ao rei de _______ (uma longa
analepse —cantos III a V — que serviu para contar a história de Portugal e
metade do eixo da viagem) e à partida de Melinde, para se fazer o que falta
da viagem (de Melinde à ____ e, depois, o regresso a Portugal).
|
O momento do filme a que chegámos no final
desta aula corresponde ao fecho da
analepse que recordou toda a infância, adolescência e juventude de
Salvatore, até à saída de Giancaldo. O truque fílmico — uma espécie de
quiasmo — da justaposição de _____ a sair de Giancaldo e avião a chegar ao
aeroporto na Sicília funciona como uma _____, cortando uns vinte e cinco anos
da vida do protagonista, e delimita o ponto em que retomámos a ação
«contemporânea» da narração.
|
Resolve
o ponto 1 da p. 163 (resumo de «O
significado da mitologia n’Os Lusíadas»
em 80-100 palavras). ....
TPC — Nas pp. 56-57 do Caderno Atividades («Textos de reflexão») — reproduzi-las-ei no
blogue — são dados nove temas para dissertação. Escolhe um deles (exceto talvez
B, C e D) e elabora um guião para tratamento desse tema, segundo o formato que
usámos para ‘Viagem’. Nota bem: só quero o «guião», não é preciso chegares a
fazer a dissertação.
Aula 118 (18 [4.ª], 20 [6.ª, 1.ª], 21/mar [3.ª]) Relendo as estâncias 103-105 do canto I (p. 164), resolve
as seguintes perguntas do manual (p. 165). Lê mesmo as perguntas, não te fiques
por olhar só para os esboços de respostas.
2. ...
3. Vasco da Gama não
contava com hostilidades, uma vez que se mostrava «____» (104, v. 2), ou seja, satisfeito com a possibilidade de
naquelas paragens vir a encontrar um «____»
(104, v.
3), isto é, cristão.
4.1 A propósito da
emboscada preparada aos portugueses, o poeta reflete sobre _____. Tais
reflexões provocam-lhe ____.
4.1.1.
A repetição anafórica da interjeição «______»
(vv. 5-6) e a hipérbole utilizada nas expressões
«____» (v.
5) e «_____» (v. 6) contribuem para
enfatizar o desencanto do sujeito poético.
4.2 A metáfora que designa o homem é ______.
4.2.1. Na última estância, a repetição do quantificador existencial «____» e do advérbio relativo «______» concorre para ampliar,
em quantidade e extensão, os perigos a que está sujeito o Homem, quer no «____» (v. 1), quer na «____» (v. 3). Desse modo, a
metáfora «____» serve, no contexto da
epopeia, para realçar a desproporção existente entre os heróis e as
dificuldades que terão de enfrentar para cumprir os seus objetivos. Assim, vai
sendo construído o seu retrato de excecionalidade.
No
recente, e estronço, teste intermédio, uma das duas opções dadas para o grupo
I-B aproveitava as estâncias 105 e 106 do canto I, as duas últimas na p. 164 do
manual. (Vale a pena lembrar que, no exame a sério, por um lado, neste grupo-I
não haverá alternativas para opção — dadas no intermédio apenas para se poder
atender aos ritmos diversos de cada escola —, e, por outro, sairá matéria do
11.º ano — ao contrário, na parte I-A ficará haverá texto de autor do 12.º
ano). Reproduzo essas duas perguntas e as respostas sugeridas oficialmente:
1. Relacione a interrogação final (versos 13 a 16)
com as exclamações que a antecedem (versos 5 a 12).
A interrogação presente nos quatro versos finais
decorre da reflexão do poeta sobre a fragilidade da condição humana e da sua
perplexidade perante a impossibilidade aparente de encontrar um lugar seguro,
onde o ser humano, «bicho da terra tão pequeno» (v. 16), se encontre a salvo.
Nas exclamações dos versos 5 a 12, o poeta refere
os «grandes e gravíssimos perigos» (v. 5) a que o homem está sujeito, tanto no
mar como na terra, na permanente incerteza do futuro («caminho de vida nunca
certo» – v. 6).
2. Explique de que modo a mitificação do herói em Os
Lusíadas é ilustrada pelas estâncias transcritas.
A mitificação do herói é ilustrada no excerto, na
medida em que é referido e valorizado o esforço que leva os portugueses não só
a ultrapassarem os perigos graves, no mar e na terra, como também a assumirem a
fragilidade da condição humana.
Consciente da desproporção existente entre o
«fraco humano» (v. 13) e o «Céu sereno» (v. 15), o poeta acentua e enaltece a
grandeza heroica daqueles que enfrentam forças adversas e, assim, se elevam ao
nível dos deuses.
Liga
dos Campeões
TPC — Estuda a prova no Caderno de atividades a pp. 72-75 (reproduzi-la-ei em Gaveta de Nuvens). Vai vendo as
soluções, mas não deixes também de pensar como resolverias cada questão. Estas
estrofes do canto III, embora não estejam no manual principal, fazem parte das
que o programa recomenda.
Aula 119-120 (21 [1.ª, 4.ª], 24 [6.ª], 25/mar [3.ª]) Lê «A mitificação do herói n’Os Lusíadas» (p. 190 do manual). Para responderes a cada um dos itens seguintes, circunda a melhor alínea.
O
uso das aspas no primeiro parágrafo deve-se
a)
à demarcação de uma fala.
b)
à identificação de uma tradução.
c)
à delimitação de uma citação.
d)
à marcação de uma definição.
O
sujeito da primeira frase do segundo parágrafo é
a)
composto.
b)
subentendido.
c)
indeterminado.
d)
expletivo.
O conector «pois» (l. 4) apresenta um valor
a) explicativo.
b)
conclusivo.
c)
causal.
d)
consecutivo.
O segmento «A lenda invade a Epopeia, porque as
indefinições, o desconhecimento, a transmissão oral, que abarca gerações, criam
uma aura de misticismo» (ll. 8-9) integra três orações, uma das quais
subordinada
a)
final.
b)
substantiva completiva.
c)
adjetiva relativa explicativa.
d)
substantiva relativa.
«a
Epopeia» cumpre a função sintática de
a)
complemento indireto.
b)
complemento oblíquo.
c)
modificador do grupo verbal.
d)
complemento direto.
Com o uso do pronome «a» (l.
9) para recuperar o referente «Epopeia» (l. 8), o enunciador serve-se da
a)
anáfora.
b)
catáfora.
c)
elipse.
d)
correferência não anafórica.
O
termo «anacrónica» (l. 10) é usado com o sentido de
a)
futurista.
b)
atual.
c)
passadista.
d)
virtual.
Em termos estilísticos, para além de uma
enumeração, o segmento «o desejo dos povos de exaltar, supervalorizar,
deificar, imortalizar os seus heróis» (ll. 11-12) apresenta ainda
a) uma personificação.
b) um polissíndeto.
c) uma gradação.
d) uma anáfora.
O
referente retomado pelo pronome «eles» (l. 12) é
a)
«os seus heróis» (l. 12).
b)
«povos» (l. 11).
c)
«bizarros» (l. 11».
d)
«O mito» (l. 11).
«aqueles»
(l. 23) pertence à classe dos
a)
determinantes demonstrativos.
b)
pronomes indefinidos.
c)
determinantes relativos.
d)
pronomes demonstrativos.
Na
expressão «vão-se valorizando» (l. 25) a ação é perspetivada como
a)
acabada.
b)
pontual.
c)
progressiva.
d)
habitual.
«seus»
(l. 25) pertence à classe dos
a)
determinantes possessivos.
b)
pronomes possessivos.
c)
pronomes pessoais.
d)
pronomes indefinidos.
O elemento «que» utilizado em «acreditando que
os seus valores servem a coletividade» (ll. 25-26) pertence à classe
a) dos pronomes relativos.
b) das conjunções subordinativas completivas.
c) das conjunções subordinativas consecutivas
d) das conjunções subordinativas causais.
Com
o recurso aos travessões nas linhas 31 e 32, o enunciador pretende
a)
separar uma citação d’Os Lusíadas.
b)
introduzir um argumento dedutivo.
c)
isolar uma enumeração exemplificativa.
d)
demarcar um comentário pessoal.
O particípio passado «votadas» (l. 32), usado
com valor adjetival, é utilizado com o sentido de
a) «eleitas».
b) «dedicadas».
c) «imunes».
d) «submetidas».
O
constituinte sublinhado no segmento «O herói, apesar dos nomes reais e
históricos, é coletivo» (l. 37) apresenta um valor
a)
adversativo.
b)
consecutivo.
c)
explicativo.
d)
concessivo.
«dois»
(l. 38) é um
a) quantificador existencial.
b) adjetivo numeral.
c) quantificador numeral.
d) quantificador universal.
A
palavra «personagens-tipo» (ll. 38-39) é
a) um composto morfológico.
b) um composto morfossintático.
c) uma amálgama.
d) uma truncação.
O grupo nominal «Nuno Álvares Pereira» (l. 39)
desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento direto.
d) modificador apositivo do
nome.
A palavra «que» (l. 40) pertence à classe
a) dos pronomes relativos.
b) das conjunções
completivas.
c) conjunções comparativas.
d) conjunções consecutivas.
Relê
«Nove anos, milhares de léguas» (p. 317). São os últimos parágrafos de Memorial do Convento, embora com alguns
cortes (além de que as primeiras cinco linhas ainda são da transição de
penúltimo para o último capítulo). As perguntas são do Grupo I do exame de há
uns anos (mantive até a numeração):
2. Releia a narrativa, a
partir de «e andando e buscando» [ll. 8-13].
2. 1. Identifique duas das
vozes aí presentes, exemplificando cada uma das vozes por si indicadas com duas
transcrições do texto.
2.2. Explicite duas das
funções das falas contidas neste excerto.
3. Refira cinco [três] dos
traços caracterizadores de Blimunda, fundamentando-se no texto.
Escreve umas três linhas finais alternativas (a
partir de «novo.») à conclusão de Saramago (cerca de 40 palavras). Não optes
por finais estapafúrdios fora do restante registo, embora possas criar um
desfecho igualmente mágico.
Conclusão
| |
Memorial do Convento
|
Cinema Paraíso
|
O desfecho é precedido
de elipse ou resumo significativo, dando-se uma viagem e, posteriormente, o
regresso ao ponto de partida.
| |
Blimunda procurou Baltasar durante nove anos,
que nos são dados em poucas páginas, andou por todo o país (e «alguma vez
atravessou a raia de Espanha») mas em _____ é que reencontrará o companheiro.
|
Salvatore viveu em Roma
durante décadas, que são elididas no filme, passa os limites da Península
Itálica (Giancaldo é na Sicília) mas é ao regressar a _______ que
redescobrirá os filmes que eram a sua companhia.
|
Antes da conclusão —
quase uma catarse —, há um reconhecimento de personagens (embora não
exatamente uma anagnórise).
| |
Blimunda reconhece Baltasar, que, com a barba
enegrecida, «prodígio cosmético da fuligem», parece mais jovem (entre os
supliciados está o _____ António José da Silva, aka «O Judeu»).
|
Salvatore depara-se com o antigo _______, mais
velho, e vemos o louco da praça, também já diferente mas com as mesmas
manias.
|
Há disforia mas também
a noção de que se conservou uma memória de quem ou do que se amava — entre o
que se guarda e o objeto da paixão há relação metonímica.
| |
Por um lado, Baltasar morre; por outro,
Blimunda consegue resgatar uma sua parte, a sua ___.
|
A infância de Totó morreu com
o enterro de Alfredo e a destruição do cinema, mas Salvatore resgata parte
desse passado, os fotogramas dos ______.
|
O espaço, ou o contexto,
em que se iniciara a paixão repete-se, num momento que podemos conotar com
uma destruição redentora.
| |
De novo, um _______, em Lisboa.
|
O _____, implodido, em Giancaldo.
|
O final é uma epifania
— uma revelação —, já que se descobre o que antes ficara escondido.
| |
Pela primeira vez, Blimunda, premonitoriamente
em ____, vê o «interior» de Baltasar.
|
Salvatore vê agora as imagens que antes tinham
sido cortadas e que, quando muito, vira às escondidas nas sessões de
visionamento para censura pelo ___.
|
A narrativa não fica
em aberto mas também não é uma típica narrativa fechada.
| |
Algumas das linhas de ação ficaram _______
(passarola, construção do convento, talvez a própria paixão), mas não sabemos
o destino de todas as personagens (que será agora de Blimunda?).
|
A linha de ação da paixão pelo cinema e a da
memória da infância ficaram ____, mas haverá alguma indefinição ainda no que
se refere à paixão Salvatore-Elena.
|
TPC — Prepara leitura em voz alta das estâncias nas pp. 166-167
e 168-169.
Aula
121-122 (24 [1.ª, 4.ª],
25 [6.ª], 27/mar [3.ª]) Vai até às pp. 166-167 do manual, que contêm trechos da
visita do rei de Melinde à nau de Vasco da Gama e o princípio do longo discurso
do capitão português.
Troca
os seguintes segmentos — mais estilísticos — do texto dessas estrofes por
outros que consideres mais denotativos, preenchendo a terceira coluna. Na
coluna à direita, sem porfiar demasiado, ensaia pôr a figura de estilo que
estivesse em causa (se houver).
Canto II
| |||
101, 1-2
|
«Já
no batel entrou do Capitão / o Rei»
|
O
Rei [de Melinde] já _____
|
Hipérbato
|
2
|
«O
Rei, que nos seus braços o levava»
|
O
rei que o ______
|
|
6
|
«o
gesto e o modo»
|
o
semblante e a atitude
|
|
108, 1-2
|
«Em
práticas o Mouro diferentes se deleitava»
|
O
Rei de Melinde comprazia-se com conversas sobre assuntos _______
|
|
3-4
|
«[Guerras]
/ C’o povo havidas que a Mafoma adora»
|
Guerras
______
|
|
5-6
|
«gentes
de toda a Hispéria última»
|
habitantes
[povos] da ____
|
|
8
|
«húmidos
caminhos»
|
vias
_______
|
|
109, 1
|
«valeroso
Capitão»
|
__________
|
|
3
|
«Da
terra tua o clima e região»
|
o
clima __________
|
|
4
|
«distintamente»
|
pormenorizadamente
|
|
8
|
«são
de preço»
|
são
notáveis [dignas de apreço]
|
|
110, 2
|
«Mar
irado»
|
mar
_______
|
|
Canto III
| |||
1, 4
|
«Neste
peito mortal»
|
Neste
______
|
Metonímia
|
2, 2
|
«a
gente Lusitana»
|
os
________
|
|
3-4
|
«do
Tejo / O licor de Aganipe corre»
|
A
água da _____ corre ______
|
|
3, 5-6
|
«que
conte declarando / De minha gente a grão genealosia»
|
que
conte a [história da minha pátria], expondo ______
|
|
5, 7-8
|
«Primeiro
tratarei da larga terra, / Despois direi da sanguinosa guerra»
|
Primeiro
tratarei da ______, depois direi da _______.
|
|
As
linhas a seguir são a diluição em prosa (por Amélia Pinto Pais, «Os Lusíadas» em Prosa) da parte que
estivemos a descarnar (transição de canto II para canto III) mas também das
estrofes ques estão nas pp. 168-169 do manual (est. 42-54 do canto III). Preenche
os espaços com nomes próprios, verbos ou quantificadores numerais.
[final do
canto II]
O Rei de
Melinde mostra-se curioso
Durante
a noite, houve festas e muitos fogos de artificio, quer em terra, quer nas
naus. E foi assim, em clima de grande alegria, que o Rei de _____ se deslocou à
nau capitaina, onde estava ______, muito bem vestido. De resto, dera igualmente
ordens para que as naus estivessem muito bem decoradas e festivas, para bem
receber o ilustre visitante.
Após
breves palavras de receção, conversou-se sobre muitas coisas. Mas o Rei de
Melinde estava particularmente interessado em que Vasco da Gama lhe dissesse de
onde era e lhe contasse os grandes feitos da História de ______ e também como
tinha sido a sua viagem de ______ até ali.
[início do
canto III]
Nova
invocação
Antes de começar a contar-vos o que Vasco da
Gama contou ao Rei, bem me é preciso que tu, _____, musa inspiradora da poesia
épica, me ajudes. Por isso, ajuda-me neste meu propósito de cantar a gente _____.
Se o não fizeres, poderei pensar que tens receio de que Orfeu, teu filho, perca
a fama de grande músico e poeta, perante o perigo que eu represento.
Discurso
de Vasco da Gama
— Não me é fácil, ó Rei, cumprir o que me pedes.
É que não fica bem ser eu próprio a louvar a minha gente, o que poderá ser
suspeito; por outro lado, receio que para tudo contar qualquer longo tempo curto seja; quanto a isso,
procurarei ser breve, indo contra o que devo. Além disso, a verdade é que não
poderei ______ naquilo que disser, dado que, acerca de feitos tão grandes, por
mais que eu diga, muito há de ficar ainda por dizer. Assim sendo, vou _____-te
de acordo com o seguinte plano: primeiro, direi o que pretendes saber sobre o
meu país e a sua situação geográfica; depois, falar-te-ei dos grandes feitos
militares da nossa História.
[canto
III, estrofes 42-56 (Batalha de Ourique)]
Entretanto, já o príncipe Afonso iniciara uma
série de lutas contra os Mouros. Uma das grandes batalhas ocorreu em _____, em
que o exército de cinco reis mouros era em força muito maior do que o dos Portugueses.
Na manhã do dia do combate, contudo, um milagre sucedeu. ____ crucificado apareceu a _____, dando-lhe confiança na vitória. E, de facto, após duradouro combate, os Mouros foram desbaratados e Afonso aclamado como primeiro Rei de _______ independente. Em memória do milagre, fez Afonso desenhar na sua bandeira _____ escudos azuis, representando os ______ reis vencidos; dentro de cada um dos _____ escudos fez desenhar os ____ dinheiros pelos quais Judas traíra Cristo.
Frase
com a figura de estilo
|
Interpretação
em linguagem denotativa
|
[O homem
é] um bicho da terra tão pequeno (I, 106)
|
‘Os homens são ______’.
|
Tomai as
rédeas vós do Reino vosso (I, 15)
|
‘______ o Reino’
|
O meu
filho é uma jóia de moço
|
‘O meu filho _______’
|
Vem apagar
o fogo, que estou a arder
|
‘Vem fazer amor comigo, que estou com muito desejo
sexual’
|
[De que tamanho é a tua] mangueira?
[Agarra-te ao] varão.
|
‘órgão sexual masculino’
|
Andas sempre a bombar
|
‘Andas sempre a praticar atos sexuais’
|
Completa (preenchendo as linhas):
metáfora
|
termo-base
|
segundo termo da
associação (usado conotativamente)
|
aspeto comum que permite
a analogia
|
Os Lusíadas
| |||
um bicho
da terra tão pequeno (I, 106)
|
homem
|
bicho da terra pequeno
|
________
|
Tomai as
rédeas vós do Reino vosso (I,
15)
|
tomar ... do Reino
|
________
|
as rédeas significam controlo, exercício do poder (sobre cavalo ou sobre
país), o que se quer pedir a D. Sebastião
|
«O
meu filho é uma jóia de moço»
| |||
O meu
filho é uma jóia
de moço
|
Filho
|
jóia
|
_______
|
«Não
faça trocadilhos com o meu nome»
| |||
De que tamanho é a tua mangueira?
|
órgão sexual masculino
|
_______
|
têm forma aproximável e são condutores de
líquido
|
Vem apagar
o fogo (que estou a arder)
|
satisfazer desejo sexual
|
apagar o fogo (enquanto atividade de bombeiro)
|
________
|
Andas sempre a bombar
|
________
|
bombar (‘introduzir ou extrair por meio de
bomba’)
|
sentido de ‘introdução’ é comum ao ato sexual
e à atividade em termos denotativos
|
Agarra-te bem ao varão
|
órgão sexual masculino
|
__________
|
formas aproximáveis [no próprio sketch se tenta, porém, negar a
analogia]
|
Nos sketches
reconhecem-se duas metonímias (e
forjei outras duas). Completa:
Frase com a metonímia
|
Termo conotativo
|
Interpretação denotativa
|
Explicação da metonímia
|
Leu Camões
|
Camões
|
‘os textos de Camões’
|
________
|
As velas
navegavam no Índico
|
velas
|
‘________’
|
parte serve para se inferir o todo
|
Andas metido nos diabetes
|
_____
|
‘na prática de te injetares com insulina’
|
a doença — que é o motivo pelo qual se injeta
a insulina —serve para designar a atividade que é uma sua consequência
|
Soldado da paz
|
pás, pás (enquanto onomatopeia)
|
‘dar palmadas nas nádegas’
|
_______
|
Note-se que «soldados da paz» (por ‘bombeiros’)
e «órgão sexual masculino» (por ‘pénis’) são {escolhe} eufemismos / perífrases / hipérboles.
TPC — Prepara leitura em voz alta das
estâncias dos Lusíadas nas pp.
172-173 e 174-175.
Aula 123 (25 [4.ª], 27 [3.ª, 6.ª], 28/mar [5.ª]) Correção
do questionário em torno «A mitificação do herói n’Os Lusíadas» (v. Apresentação).
Audição
de um dos programas radiofónicos «Histórias assim mesmo», de Mafalda Lopes da
Costa (TSF), sobre «A lenda do milagre de Ourique».
Situando-te
nas pp. 168-169, responde às seguintes perguntas de ‘Leitura, Compreensão’ (p.
169, em baixo; p. 170, em cima).
Por
favor, não sejas demasiado liminar (partindo do princípio, errado, de que os
outros inferirão o que não quiseste explicitar com mais pormenor) nem trapalhão
na escrita.
Levarei
comigo uns cinco questionários destes, selecionados pelo nosso estimado, e
aleatório, colaborador, Sr. Random ou por algum critério objetivo da minha
lavra.
1. ...
2.1 [responde conjuntamente
a 2.1 e 2.1.1] ...
2.2 [funda-te na estância
44] ...
3. [tem em conta,
sobretudo, as estâncias 46 e 50] ...
6. [porei eu a resposta,
mas fica o espaço para copiares o slide] ...
TPC — Lê (para compreensão) os textos
ensaísticos «A conceção camoniana da história» (p. 171) e «As reflexões do
poeta n’Os Lusíadas: críticas e conselhos
aos portugueses» (p. 181).
Aula
124-125 (28 [1.ª, 4.ª],
31/mar [6.ª], 1/abr [3.ª]) Correção das perguntas sobre o episódio de Ourique (v. Apresentação).
Nas
pp. 172-173, lê o poema de Miguel Torga «A Largada» e relê as estâncias 87-89
do canto IV de Os Lusíadas, para
redigires uma resposta à pergunta 1.1.3 (p. 172):
1.1.3 ....
...
Completa
agora estas respostas às perguntas de Leitura/Compreensão na p. 173 (não deixes
de ler as perguntas):
1.1 [como terás percebido, o «santo templo que nas praias do mar está
assentado, que o nome tem da terra, pera exemplo, donde Deus foi em carne ao
mundo dado» é a capela de Belém (no Restelo)] A perífrase usada para designar
a igreja de Belém associa esta ao local de nascimento de Cristo, o que remete
para a ideia de que os portugueses ______
1.2 A apóstrofe «______» (v. _) destina-se a captar a atenção do monarca de
______ para a situação descrita, num momento de grande tensão emocional que
poderia ter condicionado o sucesso da viagem. ______ empenha-se em fazer sentir
ao seu interlocutor que os portugueses não se revelam apenas fortes
fisicamente, mas demonstraram grande dureza de ânimo e força de vontade para
concretizar a missão incumbida pelo seu rei.
2. «______» acorrera ao local para
ver partir «______» e «_____» (est. 88, v. 2) ou para «_____» (est. 88, v. 3).
2.1 Os presentes entendiam
que, sendo a viagem um «_____» (est. 89, v. 1),
estaria desde logo condenada ao fracasso. Sentiam os marinheiros já «______» (est. 89, v. 2) ou, na melhor das hipóteses, sabiam que não
os iam «_____» (est. 89, v. 8).
Reproduzem-se aqui a
respostas aos pontos 1.1 e 2 de Oralidade (p. 173):
1. Grupo 1 | Caracterização física e psicológica do velho:
Fisicamente, trata-se
de um velho, de «aspeito venerando»
(est. 94, v. 1). Em termos psicológicos, possui um «saber só de experiências feito»
(est. 94, v. 7) e um «experto peito»
(est. 94, v. 8), apresentando-se «descontente»
(est. 94, v. 4) com o projeto dos Portugueses.
As características apontadas encontram-se
diretamente enunciadas no texto. Indiretamente, pela sua postura é possível
constatar o seu ar de reprovação face à empresa das Descobertas e o seu
carácter austero/imponente: «meneando três vezes a cabeça» (est. 94, vv. 3-4) e
«a voz pesada um pouco alevantando» (est. 94, v.5).
Grupo 2 | Sentimentos humanos reprovados
O Velho do Restelo
reflete sobre a constante insatisfação do Homem, reprovando-a. A «mísera sorte» ou «estranha condição» do Homem
conduzem-no a tentativas frustradas de ultrapassar os seus limites, fazendo-o
cair em erros e sofrer as consequências dos seus atos. Deste modo, o Velho
reprova a vaidade humana que se consubstancia na necessidade de poder, fama e
glória que o conduz a aventuras insanas.
Grupo 3 | Críticas ao Homem, em geral:
O Velho do Restelo critica a «vã cobiça» (est. 95, v. 1), a ambição e o
desejo de glória e de «Fama» (est. 95, v. 2). A posição do Velho prende-se com
o facto de considerar que esses sentimentos e os atos que eles determinam serão
fonte de desgraças: «desamparos e
adultérios» (est. 96, v. 2), ruína económica («Sagaz consumidora conhecida / De fazendas, reinos e de impérios!»,
est. 96, vv. 3-4), perigos e mortes («desastres», est. 97, v. 1; «Que perigos, que mortes lhe destinas», est.
97, v.3) e ilusões («Que promessas de reinos e de minas / De ouro, que
Ihe farás tão facilmente? / Que famas lhe prometerás? Que histórias? / Que
triunfos? Que palmas? Que vitórias?», est. 97, 5-8).
Grupo 4 | Críticas ao Portugueses e alternativa à viagem à Índia:
O Velho do Restelo dá
voz a todos aqueles que, na época e em nome do bom senso, criticavam as
aventuras marítimas, incertas e carregadas de perigos e desgraças, defendendo a
tranquilidade e preferindo que a expansão se fizesse pela ampliação das
conquistas militares no Norte de África e não pela expansão para Oriente. Deste
modo, o Velho representa uma postura mais conservadora quanto ao futuro da
nação lusitana.
A personagem
apresenta como alternativa às viagens dos Descobrimentos para Oriente a luta
contra os Mouros no Norte de África. Tal alternativa justifica-a com o facto de
os Portugueses pretenderem expandir a fé cristã e alcançar riquezas, objetivos
que poderão concretizar deslocando-se para um local perto e já conhecido — o
Norte de África (estâncias 100 e 101).
O Velho do Restelo
considera negligente a atitude de enfrentar desnecessariamente perigos
desconhecidos e abandonar os perigos urgentes da nação, ameaçada pelos mouros.
Por outro lado, sente que as grandes navegações acentuam a desorganização
social do país (101, 3-4).
2. Ainda se utiliza,
atualmente, a expressão «ser um Velho do Restelo» para designar metaforicamente
uma pessoa «conservadora,
antiquada, ultrapassada, parada no tempo, que resiste à mudança, para quem
qualquer empreitada parece impossível de realizar
e que apregoa a desgraça».
TPC — (Em tepecê anterior já ficara pedida a
preparação da leitura das estâncias nas pp. 174-175.) Prepara também a leitura
em voz alta das estâncias nas pp. 178-179.
Aula 126-127 (31/mar [1.ª, 4.ª], 1 [6.ª], 3/abr [3.ª]) Questionário(s) de gramática:
Turmas 1.ª
e 4.ª
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
A
Lu andou ao sol, ficou doente, foi internada.
|
|
A
Amélia, que foi minha namorada, está bonita.
|
|
Estava já com fome, pois almoçara apenas insetos.
|
|
O professor anunciou que os alunos estavam aprovados.
|
|
Saiu,
depois que a noite chegou.
|
|
Estava
tanto calor, que todos se despiram.
|
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
A
ideia foi-lhe apresentada por Harriet.
|
|
Camões
dedicou o livro a Sebastião.
|
|
Irritei-te
desnecessariamente.
|
|
Salvatore
gostava de Elena.
|
|
A secretária elegeu a pesca do salmão como a solução
ideal.
|
|
Pôs o telemóvel sob a carteira para enganar o
professor.
|
|
Indica
a classe (e a subclasse) das palavras sublinhadas. (O período em que se
integram é legível na vertical.)
Ela
|
pronome
pessoal
|
pretendia
que
|
|
as
pessoas viviam bem
|
|
em Lisboa, embora
|
|
a olhassem de soslaio.
|
|
Indica o
processo de formação.
amável
|
derivação
por sufixação
|
perda
|
|
cronómetro
|
|
esvoaçar
|
|
supermercado
|
|
Turmas 1.ª
e 4.ª
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Cantas
tão bem, que fico logo alegre.
|
|
Mal
entrou,
o ambiente ficou diferente.
|
|
O Vicente, que é um bom homem, tem dívidas
tremendas.
|
|
O diretor avisou que as matrículas estavam encerradas.
|
|
Não
tinha dinheiro, portanto não comprei nada.
|
|
Chegou,
viu e venceu.
|
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
Camões
pediu inspiração a Calíope.
|
|
A
família de Elena foi para a Toscânia.
|
|
A pesca do salmão no Iémen foi impulsionada pelo xeque.
|
|
Vou
pôr a mesa quando chegar o salmão.
|
|
O
povo não nomeou D. João V seu governante.
|
|
Leva-me
ao Iémen.
|
|
Indica
a classe (e a subclasse) das palavras sublinhadas. (O período em que se
integram é legível na vertical.)
Ele integrava
|
pronome
pessoal
|
a
equipa que
|
|
vencera
justamente
|
|
os
colegas de Paris,
|
|
mas não parecia.
|
|
Indica o
processo de formação.
amável
|
derivação
por sufixação
|
encurtar
|
|
infraestrutura
|
|
chave
[(= ‘solução’)]
|
|
piscicultura
|
|
Turmas 3.ª
e 6.ª
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
És
de tal modo irritante, que te odeio.
|
|
Diria
que este trabalho de gramática é facílimo.
|
|
Quem não saiba gramática
reprovará.
|
|
Conhé,
que jogava à baliza, era o meu ídolo.
|
|
Se
pudesse, via esta pergunta no telemóvel.
|
|
Soube-lhe bem, apesar de que os ovos estavam
estragados.
|
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
O
rei melindano ouviu atentamente.
|
|
Gostas
do ‘Tia Albertina’ que te dei?
|
|
O
Gama vinha de Lisboa.
|
|
Jonas considerava a pesca de salmão no Iémen uma
loucura.
|
|
Trata-me
bem, por favor.
|
|
O chato discurso foi ouvido pelo coitado do rei.
|
|
Indica
a classe (e a subclasse) das palavras sublinhadas. (O período em que se
integram é legível na vertical.)
Ela
|
pronome
pessoal
|
tinha
um carro que
|
|
todos os colegas invejavam,
|
|
quando
|
|
a viam sair.
|
|
Indica o
processo de formação.
amável
|
derivação
por sufixação
|
esclarecer
|
|
saca-rolhas
|
|
biologia
|
|
[o]
jantar
|
|
Turmas 3.ª
e 6.ª
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Camões
escreve tão bem, que não o suporto.
|
|
Declaramos
que nos opomos a isso.
|
|
Comeu o bolo, bebeu a aguardente, trincou a noz.
|
|
Sempre
que chove,
a ESJGF fica alagada.
|
|
Odeio
quem não sabe orações substantivas.
|
|
Ainda que o Benfica perca,
lá estarei no Marquês.
|
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
As
Tágides deram-lhe inspiração.
|
|
O bom do Gama foi enganado pelo rei de Mombaça.
|
|
Vi Harriet, mas abandonei-a.
|
|
O
rei ouviu o discurso com atenção.
|
|
Harriet
tinha Jones por ingénuo.
|
|
Vasco
da Gama foi à Índia.
|
|
Indica
a classe (e a subclasse) das palavras sublinhadas. (O período em que se
integram é legível na vertical.)
Ele integrava
|
pronome
pessoal
|
aquela turma, numa
|
|
escola
onde,
|
|
com sorte, se estudava
|
|
ou se brincava.
|
|
Indica o
processo de formação.
amável
|
derivação
por sufixação
|
[o]
ataque
|
|
arruivado
|
|
arqueologia
|
|
homem-rã
|
|
Nas pp. 174-175, lê o final do canto V, quando o Gama vai
terminando o seu discurso. Ao
mesmo tempo, estrofe a estrofe, completa as paráfrases de cada estância
(tirei-as da edição de Campos Monteiro). Por vezes, as palavras em falta na
«tradução» são idênticas às de Camões, outras vezes correspondem a atualização
do vocabulário ou descodificação de alguma figura de estilo. O itálico marca
acrescentos (para melhor compreensão).
70 E calcula agora quão miseráveis
e quão ____
andaríamos todos, por climas e mares desconhecidos, e sob _____ inclementes,
inimigos da natureza humana; já tão quebrantados pelas privações e
tempestades, e tão cansados do longo esperar, quanto _____ a desesperar de todo,
71 vendo já putrefactos e avariados os ______, tornados nocivos e perniciosos
para os nossos
enfraquecidos organismos, e não colhendo, além disso, uma alegria
que nos alimentasse a ______, embora iludindo-nos! Cuidas tu que, se este grupo
de militares, que me acompanha, não fosse ______, porventura persistiria tanto tempo na obediência ao seu
rei e ao seu comandante?
72 Cuidas que se
não teriam já ______ contra o seu capitão, se ele os
contrariasse, fazendo-se piratas, levados pelo ______, pela fome e pela cólera?
Grandemente experimentados estão eles já, por certo, visto que nem as grandes fadigas a
que têm sido submetidos os fizeram desviar daquela alta virtude
portuguesa que consiste na _____ lealdade e na obediência.
86 Podes agora ______, ó rei, se houve
um dia no mundo homens que se atrevessem a
semelhante _______. Supões acaso que tanto Eneias como Ulisses houvessem
dilatado a tal ponto as suas viagens? Ousou alguém, por mais versos
que a seu respeito se escrevessem, ver, do profundo mar, a ______ parte do que
eu tenho visto a poder de valor e de ciência, e do que espero ver ainda?
89 deixem-nos fantasiar e inventar ventos soltos dos odres,
Calipsos enamoradas, Harpias que lhes conspurquem a comida, e descidas aos
_______; que, por muito que se aperfeiçoem nessas mentirosas fábulas, tão bem
delineadas, as verdades _____ e cruas que eu venho de contar sobrepujam todos esses sublimes ________».
90 Todos os ouvintes, extasiados, pendiam ainda da boca do ______ Capitão quando ele pôs termo à extensa
_______ dos altos, grandes e sublimes feitos dos portugueses. Então,
o rei de Melinde elogiou o ânimo nobilíssimo dos reis de Portugal, notabilizados em tantas
guerras, e a histórica valentia, a lealdade de coração e a _______ do povo português.
92 Quão doce não é o louvor e a justa glória dos nossos feitos,
quando os vemos _____! Todo o homem de nobre sentimentos se esforça por ______
ou igualar em fama os antepassados ilustres. As emulações produzidas pela história dos
outros dão lugar, muitas vezes, a gloriosos feitos. A quem se propõe à ______
de obras valiosas, muito o incita e estimula o louvor alheio.
93, 1-4 Alexandre Magno tinha em menos apreço
os feitos gloriosos de Aquiles na ______ que os maviosos ______ do seu cantor.
Só a estes encarecia e fazia jus.
94, 1-4 Vasco da Gama esforçou-se por mostrar
que essas antigas
expedições
navais exalçadas por todo mundo não _______ tamanha glória e tão alta fama como a sua, que
assombrou o ______ e a terra.
95, 1-6 A terra portuguesa produz também Cipiões, Césares,
Alexandres e ______; mas não lhes concede, a esses heróis, aqueles dotes cuja
falta os torna rudes e incultos. Octaviano, entre as mais angustiosas
conjunturas, compunha versos ______ e formosos.
97 Enfim, não houve general romano, grego,
ou mesmo bárbaro,
que não fosse ao mesmo tempo ilustrado e _______; só entre os portugueses não
acontece assim. Não o digo sem vergonha; porque o motivo de não serem muitos heróis portugueses
cantados em
______ é não serem os versos apreciados por eles, pois que quem desconhece a arte poética não pode _______.
99 Pode o nosso Gama _______ às Musas portuguesas o intenso amor da
pátria que as levou a dar aos seus descendentes fama e nomeada, cantando
os seus gloriosos e _______ trabalhos; visto que nem
ele, nem quem da sua
geração usa o seu nome, usufrui tanto a amizade de Calíope, ou das ninfas do
Tejo, que estas se dignassem abandonar
as telas de oiro para o ______.
Responde a estas
perguntas:
1.1
(p. 174) = est. ____, v. ___.
1.3
(p. 176) ...
2.1
(p. 176) ...
TPC — Responde ao ponto 1 da página 177
(umas 150 palavras ou até um pouco menos).
Aula 128 (1 [4.ª], 3 [1.ª, 6.ª], 4/abr [3.ª])
[Nas turmas 3.ª e 6.ª, em vez do que se descreve em baixo, far-se-á o que está
previsto para a aula 129-130, que estas turmas não terão.]
Leituras em voz alta.
Aula
129-130 (4/abr [1.ª,
3.ª]) [As turmas 3.ª e 6.ª, que estão com uma aula a menos, não têm esta
sessão, cujo conteúdo, porém lhes será dado na aula 128]
Soluções do trabalho de gramática (turmas 3.ª e 6.ª — as
duas versões)
És
de tal modo irritante, que te odeio.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
Diria
que este trabalho de gramática é facílimo.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Quem não saiba gramática
reprovará.
|
subordinada
substantiva relativa
|
Conhé,
que jogava à baliza, era o meu ídolo.
|
subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Se
pudesse, via esta pergunta no telemóvel.
|
subordinante
|
Soube-lhe bem, apesar de que os ovos estavam
estragados.
|
subordinada
adverbial concessiva
|
O
rei melindano ouviu atentamente.
|
modificador
do grupo verbal
|
Gostas
do ‘Tia Albertina’ que te dei?
|
complemento
indireto
|
O
Gama vinha de Lisboa.
|
complemento
oblíquo
|
Jones considerava a pesca de salmão no Iémen uma
loucura.
|
predicativo
do complemento direto
|
Trata-me
bem, por favor.
|
complemento
direto
|
O chato discurso foi ouvido pelo coitado do rei.
|
complemento
agente da passiva
|
tinha
um carro que
|
pronome
relativo
|
todos os colegas invejavam,
|
quantificador
universal
|
quando
|
conjunção
subordinativa temporal
|
a viam sair.
|
pronome
pessoal
|
esclarecer
|
derivação
por parassíntese
|
saca-rolhas
|
composição
morfossintática
|
biologia
|
composição
morfológica
|
[o]
jantar
|
conversão
|
Camões
escreve tão bem, que não o suporto.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
Declaramos
que nos opomos a isso.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Comeu o bolo, bebeu a aguardente, trincou a noz.
|
coordenada
assindética
|
Sempre
que chove,
a ESJGF fica alagada.
|
subordinada
adverbial temporal
|
Odeio
quem não sabe orações substantivas.
|
subordinada
substantiva relativa
|
Ainda que o Benfica perca,
lá estarei no Marquês.
|
subordinada
adverbial concessiva
|
As
Tágides deram-lhe inspiração.
|
complemento
indireto
|
O bom do Gama foi enganado pelo rei de Mombaça.
|
complemento
agente da passiva
|
Vi Harriet, mas abandonei-a.
|
complemento direto
|
O
rei ouviu o discurso com atenção.
|
modificador
do grupo verbal
|
Harriet
tinha Jones por ingénuo.
|
predicativo
do complemento direto
|
Vasco
da Gama foi à Índia.
|
complemento
oblíquo
|
aquela turma, numa
|
determinante
demonstrativo
|
escola
onde,
|
advérbio
relativo
|
com sorte, se estudava
|
preposição
|
ou se brincava.
|
conjunção
coordenativa disjuntiva
|
[o]
ataque
|
derivação
não afixal
|
arruivado
|
derivação
por parassíntese
|
arqueologia
|
composição
morfológica
|
homem-rã
|
composição
morfossintática
|
Soluções do trabalho de gramática (turmas 1.ª e 4.ª — as
duas versões)
A
Lu andou ao sol, ficou doente, foi internada.
|
coordenada
assindética
|
A
Amélia, que foi minha namorada, está bonita.
|
subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Estava já com fome, pois almoçara apenas insetos.
|
coordenada
explicativa
|
O professor anunciou que os alunos estavam aprovados.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Saiu,
depois que a noite chegou.
|
subordinada
adverbial temporal
|
Estava
tanto calor, que todos se despiram.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
A
ideia foi-lhe apresentada por Harriet.
|
complemento
agente da passiva
|
Camões
dedicou o livro a Sebastião.
|
complemento
indireto
|
Irritei-te
desnecessariamente.
|
complemento
direto
|
Salvatore
gostava de Elena.
|
complemento
oblíquo
|
A secretária elegeu a pesca do salmão como a solução
ideal.
|
predicativo
do complemento direto
|
Pôs o telemóvel sob a carteira para enganar o
professor.
|
modificador
do grupo verbal
|
pretendia
que
|
conjunção
subordinativa completiva
|
as
pessoas viviam bem
|
advérbio
de predicado
|
em Lisboa, embora
|
preposição
|
a olhassem de soslaio.
|
pronome
pessoal
|
perda
|
derivação
não afixal
|
cronómetro
|
composição
morfológica
|
esvoaçar
|
derivação
por parassíntese
|
supermercado
|
derivação
por prefixação
|
Cantas
tão bem, que fico logo alegre.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
Mal
entrou,
o ambiente ficou diferente.
|
subordinada
adverbial temporal
|
O Vicente, que é um bom homem, tem dívidas
tremendas.
|
subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
O diretor avisou que as matrículas estavam encerradas.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Não
tinha dinheiro, portanto não comprei nada.
|
coordenada
conclusiva
|
Chegou,
viu e venceu.
|
coordenada
assindética
|
Camões
pediu inspiração a Calíope.
|
complemento
indireto
|
A
família de Elena foi para a Toscânia.
|
complemento
oblíquo
|
A pesca do salmão no Iémen foi impulsionada pelo xeque.
|
complemento
agente da passiva
|
Vou
pôr a mesa quando chegar o salmão.
|
modificador
do grupo verbal
|
O
povo não nomeou D. João V seu governante.
|
predicativo
do complemento direto
|
Leva-me
ao Iémen.
|
complemento
direto
|
a
equipa que
|
pronome
relativo
|
vencera
justamente
|
advérbio
de predicado
|
os
colegas de Paris,
|
preposição
|
mas não parecia.
|
conjunção
coordenativa adversativa
|
encurtar
|
derivação
por parassíntese
|
infraestrutura
|
derivação
por prefixação
|
chave
[(= ‘solução’)]
|
extensão
semântica
|
piscicultura
|
composição
morfológica
|
Tarefas
corrigidas ao longo do 2.º período
Leitura
|
Aula
|
Questionário sobre «D.
João, quinto do nome na tabela real» e sobre conhecimento de Memorial (aula 73-74)
|
Questionário sobre «Que padre é este padre?» e
conhecimento de Memorial (aula
83-84)
|
Questionário sobre «O rosto e as máscaras da
heteronímia» (aula 90-91)
|
Questionário sobre texto de
Luís Francisco Rebelo acerca de Memorial,
grupo II de exame (aula 111-112)
|
Questionário sobre «A mitificação do herói n’Os Lusíadas» (aula 119-120)
|
Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos
|
Casa
|
[A leitura de dois dos
textos dos questionários fora pedida em tepecê; a de Memorial do Convento fora pedida para as férias de Natal.]
|
Escrita
|
Aula
|
Grupo I-A de exame sobre o passo da comitiva
de Maria Bárbara (aula 68-69)
|
Análise contrastiva entre poemas de José Gomes
Ferreira e de Ricardo Reis (aula 70-71)
|
Transposição de «Baltasar e Blimunda» para
atualidade (aula 80-81)
|
Comentário sobre dois poemas de Pessoa e uma
«redação da Guidinha» (aula 88-89)
|
Comentário em torno do espaço em «Cem homens,
cem formigas» (aula 93-94)
|
Reflexão sobre consequências de se ter um
poder mágico como o de Blimunda (aula 95-96)
|
Comentário sobre Memorial enquanto «epopeia» (aula 111-112)
|
Dissertação segundo guião dado, sobre «viagem»
(aula 115)
|
Perceção
da capacidade de redigir para depois ler em aula
|
Casa
|
Dissertação sobre um de
quatro temas de exame recente (tepecê da última/penúltima aula do 1.º
período)
|
Dissertação sobre destino, a propósito de
frase de Ricardo Reis (tepecê da aula 70-71)
|
Comentário acerca de amor de Baltasar e
Blimunda (tepecê da aula 72)
|
Comentário acerca de dois traços do caráter de
D. João V (tepecê da aula 73-74)
|
Comentário em torno de dois textos de Pessoa
na p. 39 (tepecê da aula 75-76)
|
Conclusão de texto iniciado em aula, com uso
obrigatório de vinte conectores (tepecê da aula 77)
|
Comentário em torno de Bartolomeu (tepecê da
aula 83-84)
|
Dissertação acerca da inadaptação à vida
(tepecê da aula 85-86)
|
Comentário em torno de Blimunda e da passarola
(tepecê da aula 88-89)
|
Análise de canção em analogia com trecho de Memorial (tepecê anunciado na aula
90-91)
|
Reformulação do anterior (tepecê da aula
98-99)
|
Item I-A, 4 de exame, sobre narrador enquanto
comentador em Memorial (tepecê da
aula 31-32)
|
Comentário em torno de acontecimentos sociais
em Memorial do Convento (tepecê da
aula 102)
|
Criação de novo título para Memorial e sua justificação (tepecê da
aula 105-106)
|
Comentário a grupo I-B de ficha no CdA, sobre história e Memorial (tepecê da aula 107)
|
Comentário sobre contrastes do século XVIII em
Memorial (tepecê da aula 108-109)
|
Criação de guião para uma dissertação sobre um
dos temas no CdA (tepecê da aula
116-117)
|
Comentário a «Portugueses e leitura», de MEC,
e V, 92-99, de Camões (tepecê da aula 126-127)
|
Compreensão oral/Produção oral
|
Aula & Casa
|
Leitura em voz alta de estâncias de Os Lusíadas (marcadas no tepecê da
aula 113-114 e passim)
|
Gramática
|
Aula (& estudo em casa)
|
Questionário (orações, funções sintáticas,
classes de palavras, formação) (aula 126-127)
|
Perceção
da atenção em momentos em que se trata de ouvir professor em explicações de
conteúdos
|
|
Assiduidade & pontualidade
|
Assistência
a A pesca de salmão no Iémen, ao
mesmo tempo que conversas com cada um dos alunos (avaliação).
TPC (férias) — (i) Lê um livro [explicarei em aula ou em GdN]; (ii) Cria
um «Alfabeto de Memorial», a exemplo
dos que fizemos para Pessoa (com inteligência — e sem plágios); (iii) Vai vendo
como podes ter à mão Felizmente há luar!.
Para (i), sugiro algum dos livros indicados nas áreas «Contrato de leitura» (há
uma em cada capítulo do manual: pp. 18-19, 141, 272, 320); ou qualquer livro de
teatro ou qualquer romance histórico; ou, afinal, qualquer livro (ou mesmo
conto grande/novela) com valor literário. Livro tem de estar escrito em
português, mas pode ser tradução de algum autor estrangeiro. (Quem não leu Os Maias, poderia tentar qualquer
romance/novela de Eça.)
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