Thursday, September 08, 2022

Aula 23-24

Aula 23-24 (24 [1.ª, 3.ª], 25 [5.ª], 26/out [4.ª]) Correção dos textos inspirados em bandas sonoras (incluindo trailers).

Na p. 46 começaremos por ler (ou ouvir) «A cantiga de amor e a cantiga de amigo: espaços, protagonistas e circunstâncias», para poderes preencher o quadro 1 (que copio):

 

Tema comum: _______________ (a)

Cantiga de amigo

Cantiga de amor

Emissor (sujeito poético)

____________ (b)

____________ (c)

Figura feminina

____________ (d)

____________ (e)

Relação «eu»/objeto do amor

____________ (f)

____________ (g)

Outros intervenientes

____________ (h)

não há nenhuns para além do «eu» e da «senhor» (i)

Ambiente, cenário

____________ (j)

[não há referências] (k)

Dá um relance à p. 47 — e a «Mia senhor fremosa», de Nuno Anes Cerzeo —, reparando nos destaques na margem, que confirmam que se trata de cantiga de amor.

A cantiga de amor que ponho a seguir baixo é «Proençaes soem mui bem trobar», de D. Dinis, cuja poesia já conhecemos mas num outro género, o das cantiga de amigo. Copiei uma versão modernizada (por Natália Correia, Cantares dos trovadores galego-portugueses, Lisboa, Estampa, 1970). Excecionalmente, é uma cantiga de amor que também reflete sobre as próprias características deste género trovadoresco, contrastanto o estilo dos principais inspiradores das cantigas de amor — os poetas provençais («proençaes») — com o do trovador — o eu do poema (simplificando, D. Dinis):

Os provençais que bem sabem trovar!

e dizem eles que trovam com amor,

mas os que cantam na estação da flor

e nunca antes, jamais no coração

semelhante tristeza sentirão

qual por minha senhora ando a levar.

 

Muito bem trovam! Que bem sabem louvar

as suas bem-amadas! Com que ardor

os provençais lhes tecem um louvor!

Mas os que trovam durante a estação

da flor e nunca antes, sei que não

conhecem dor que à minha se compare.

 

Os que trovam e alegres vejo estar

quando na flor está derramada a cor

e que depois quando a estação se for,

de trovar não mais se lembrarão,

esses, sei eu que nunca morrerão

da desventura que vejo a mim matar.

Completa primeiro as duas colunas mais à direita; depois, a sobre a letra da canção:

 

D.A.M.A.

poetas provençais

D. Dinis

«Balada do desajeitado»

segundo D. Dinis, em «Proençaes soem mui bem trobar»

Jeito poético?

O sujeito _____ criar frases bonitas.

Têm __________.

[Será ____ do que o dos provençais.]

Amor verdadeiro?

Envergonhado, o sujeito lírico perde o à-‑vontade quando está junto de quem, na verdade, ____.

Só na _______ («na estação da flor [no tempo da frol]») costumam trovar, o que quer dizer que o seu amor será apenas ______.

Sincero, o «eu» pode até morrer de amor: a tristeza, a dor, a _____ estão a ____.

Balada do desajeitado (D.A.M.A.)

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

 

Sei de alguém, por demais envergonhado
Que por ser desajeitado, nunca foi capaz de falar
Só que hoje vê o tempo que perdeu
Sabes que esse alguém sou eu e agora vou te contar

 

Sabes lá o que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais, tu não me tens ligado
E aqui estou eu a ver o tempo passar
A ver se chega o tempo, o tempo de te falar

 

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

 

Podes crer que à noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro para poder desabafar
Mas como sempre chega a hora da verdade
E falta-me à vontade, acabo por me calar

 

Falta-me o jeito, ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais e às vezes até me engasgo
Nada a fazer, e é por isso que eu te conto
Que é tarde para não dizer
Digo como sei e pronto

 

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

 

Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti

Escreve, com caneta, um poema em versos não rimados, alguns a ocuparem boa parte da linha. Não faças estrofes. Poema deve ter pontuação (mesmo, se for caso disso, no final dos versos). O título será «Quedas de água» ou «A água cai».

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TPC — Responde ao que te perguntei via Classroom (mas, por favor, lê mesmo o que aí explico nas instruções bem como o que há muito escrevera sobre as leituras).

 

 

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