Wednesday, September 07, 2022

Leituras do 10.º 3.ª

Estes trabalhos são os que tinha no formato devido até quinta/sexta (19/20 de janeiro). Tentarei acrescentar no final os que me tiverem chegado entretanto, mas não garanto que o consiga fazer imediatamente.

 

Ana (10.º 3.ª)

(Bom/Bom (-)) Texto bem escrito, ainda que a obra (Némesis, de Ph. Roth) não tivesse sido lida ainda na íntegra; bem pensada a alusão à mitologia. Entoação um pouco enfática, talvez demasiado rápida e, aqui e ali, como se se estivesse ainda a reconhecer o texto quase pela primeira vez — valia a pena ensaiar mais. Boa imagem. A corrigir: «*entretiam» (seria «entretinham»; verbo «entreter» é derivado de «ter»); «*questionava o porquê» (interrogava-se sobre o motivo).

 

Anna (10.º 3.ª)

(Suf+/Bom-) Texto simples mas sincero e com a abordagem pessoal que se pretendia, embora o livro combinado ainda não tivesse sido lido. Leitura em voz alta clara e na velocidade certa. Imagem aceitável mas pouco ambiciosa (no fundo, só as capas). A corrigir: «retrata o *romance» (seria «a paixão»; «romance», em literatura, é um «formato», na série «conto, novela, romance», géneros do modo narrativo); «*veio-me logo à mente três livros» (vieram-me logo à mente três livros); «*de uma forma que eu não estava à espera» (de uma forma de que eu não estava à espera); «*um género que eu gosto bastante» (um género de que eu gosto bastante).

 

Bea (10.º 3.ª)

(Bom (+)/Bom+, mas entregue no dia 17) Texto pessoal, bem escrito, sobre O Acontecimento, de Annie Ernaux. Leitura em voz alta fluente e sem erros (poderia ser mais expressiva?). Imagem bem composta, embora tivesse pedido que evitassem recurso à net. A corrigir: «*livro o qual» (livro que); «*intrigante» (no contexto, creio que seria «interessante»); «*artroz» (atroz); parece-me ouvir «*distin[gü]isse» (distin[g]isse); não foi este livro que ganhou o Nobel, mas a escritora (o Nobel é atribuído pela obra do autor até à data, não por um livro concretamente).

 

Bia B. (10.º 3.ª)

(Suf+/Suf (+)) Texto não parece ter sido escrito, ou suficientemente fixado no papel, mas improvisado (ou foi a leitura em voz alta que não foi ensaiada?) e, no fundo, trata-se de uma sinopse. Imagem criativa, com sentido estético, mesmo se pouco interpretativa. A corrigir: «*teria-se suicidado» (ter-se-ia suicidado); «*há seis anos atrás, onde» (há seis anos, quando; e uso de «onde», em geral); «*e que todos acreditavam» (e em que todos acreditavam); pronúncia «*susp[en]se» (é «susp[ã]se», porque se trata de galicismo).

 

Carlos (10.º 3.ª)

(Bom+ ou Bom+/Muito Bom) Texto muito bem escrito. Boa, ou mesmo muito boa, leitura em voz alta. Lera bastante Stephen King, o que é bom, mas, em compensação, não avançara até então muito em Numa casca de noz, de Ian McEwan (e teria percebido que, à medida que a intriga se desenrola, o livro torna-se menos «existencialista» e mais policial, no final quase ao estilo dos de King). Imagem aceitável mas pouco interpretativa. A corrigir: «quiçá» (é arcaísmo, e por isso o seu uso se torna, digamos, piroso, quase assinalando que quem usa a palavra quer aperaltar o que está a escrever); «a razão da escolha dos mesmos» (a razão da sua escolha — «mesmo(os)» é uma anáfora que burocratiza o texto).

 

Carol (10.º 3.ª)

(Bom/Bom(-)) Texto sem erros, mas que talvez pudesse estar mais elaborado. Leitura em voz alta deveria ter sido mais ensaiada (ou repetida no processo de gravação). Imagem aceitável (mas, se vejo bem, só com as capas). A corrigir: «*que, apesar de ser um livro antigo, percebe-se melhor a linguagem» (seria «cuja linguagem, apesar de se tratar de um livro antigo, se percebe melhor»; outro problema: Fundação, de Isaac Asimov, não é um livro «antigo»; é uma série de obras, publicada em livro(s) já na segunda metade do século XX); «*pois eles vivem» («eles» quem? ainda não tinhas identificado personagens); «*diferente ao que estou habituada» (diferente daquele a que estou habituada); fiquei com dúvidas sobre se em «quase nunca tem» o verbo «ter» é usado com o sentido de ‘há’.

 

Carolina (10.º 3.ª)

(Bom ou Bom/Bom(-)) Texto tem o mérito de ser pessoal, reflexivo (interessante a alusão a outras obras do autor via conversa com mãe). Leitura em voz alta fluente e clara (note-se, porém, com hesitação na pronúncia de «Miguel Esteves Cardoso»). Imagem adequada. A corrigir: «*meter no papel» (pôr no papel); «*algo que não sou nem estou muito habituado a conviver»; (algo que não sou nem com que estou muito habituado a conviver); «*fez-me distorcer e refletir sobre isso» (põe em causa essas ideias e fez-me refletir); «*solidárias para o próximo» (solidárias com o próximo).

 

Augusto (10.º 3.ª)

(Suf+, e entregue já no dia 19) Texto é essencialmente de sinopse e de biografia da escritora (há pouca abordagem pessoal; ainda não acabara a leitura do livro de Isabel Allende). Leitura em voz alta com demasiada velocidade, que prejudica a clareza, ainda que mostre ser leitor fluente. Imagem aceitável. A corrigir: «*o nome do navio chamava-se» (o nome do navio era / o navio chamava-se); «*introduzir o autor» (apresentar o autor; «introduzir», neste sentido, é um falso amigo do inglês); «*onde, apesar de ser um romance, este» (o «onde» não foi bem utilizado); «*é uma das autoras chilenas mais famosa» (é uma das autoras chilenas mais famosas); pronúncia de «Allende» (não é *«A[l]ende», mas «A[lh]ende»).

 

Eduardo (10.º 3.ª)

(Bom (-)/Bom) Escrita em geral correta e quase sempre pessoal (mas lera mesmo a obra na íntegra? Pouco se alude à personagem com síndrome de Down, tópico central do livro). Leitura em voz alta em bom ritmo, calma, mas com algumas hesitações aqui e ali (solução: repetia-se até sair bem). Imagem criativa, ainda que esquecendo a inclusão de capa do livro. A corrigir: «*relacionando às nuvens» (relacionando com as nuvens); «*sobressaiu-se um» (sobressaiu um); «*por onde se passa a narrativa» (onde se passa a narrativa / por onde passa a narrativa); «*e fazem uma comparação» (e faz-se uma comparação / o narrador faz uma comparação); «*intitulada de O Meu Irmão» (intitulada O Meu Irmão; o «de» é brasileirismo).

 

Helena (10.º 3.ª)

(Bom(+)/Bom+) Texto mostra que leu efetivamente o livro de Oscar Wilde e o soube interpretar, conjugando referências ao enredo e comentários mais pessoais. Leitura em voz alta sem erros, mas talvez demasiado «pontuada» (nem todas as vírgulas que escrevemos têm de implicar pausa na oralidade; e há pausas na oralidade que não decorrem da pontuação que façamos na folha). Imagem bem concebida. A corrigir: «*que iria se arrepender» (de que se iria arrepender); «*embora não pode» (embora não possa); «*consegue ser bastante difícil» (pode ser bastante difícil).

 

Joana (10.º 3.ª)

(Bom(-)/Bom) Texto inicialmente demasiado apreciativo, mas, entretanto, progressivamente mais pessoal. Leitura nem sempre muito fluente, revelando aqui e ali pouco à-vontade. Boa imagem. A corrigir: «*após o ler» (após lê-lo / depois de o ler); «*uma das maiores verdades nele contido» (uma das maiores verdades nele contidas); «*se a resposta irá ser respondida»; «*não realizei todos os prazeres» (não fruí (desfrutei de) todos os prazeres); «*os tópicos que, sem dúvida, me relacionei mais» (os tópicos com que, sem dúvida, me relacionei mais / os tópicos que, sem dúvida, me atraíram mais).

 

Leonor (10.º 3.ª)

(Bom) Escrita sem erros, mas com alguns lugares comuns (apreciações sobretudo: «fascinante», «incrível»); interessante, porém, a perspetiva de que as idiossincrasias das personagens do passado podem iluminar a nossa vida agora. Leitura em voz alta sem erros. Boa imagem. A corrigir: «*ao longo da história iria suscitar o meu interesse» (a história iria suscitar o meu interesse); «*a boa escrita da mesma» (a sua boa escrita); «*ler sobre as histórias destas personagens são ...» (ler sobre as histórias destas personagens é ...); «*uma realidade bem diferente da maioria das pessoas» (uma realidade bem diferente da da maioria das pessoas); melhorar coesão lexical/referencial, evitando repetir «este livro»; pronúncia do som inicial do apelido da autora é [g] (não como o som do jota).

 

Letícia (10.º 3.ª)

(Bom+/Muito Bom-, ou mesmo Muito Bom-, mas entregue no dia 18) Texto muito bem escrito, conjugando abordagem literária e pessoal. Também muito boa leitura em voz alta, não só não cometendo erros como calibrando perfeitamente o ritmo e a entoação adequados à locução do texto. Boa imagem. A corrigir: «*sutilmente» (subtilmente); «*um dos únicos exemplares» (um dos poucos entre as exemplares); «Há quase um ano atrás» (os puristas costumam dizer que o «atrás», nestes casos, é pleonasmo; ficaria só «Há quase um ano»); «*é, ademais, ...» (além disso é —«ademais» parece-me um falso amigo castelhano).

 

Mariana Rodrigues (10.º 3.ª)

(Suf+/Bom-) Texto parece pouco planificado, pouco «escrito», entrecortado (ao estilo de entrevista oral), abusando-se de apreciações («escrita muito boa», «super-interessante»), que parecem justapostas com o fito de ir preenchendo o tempo de gravação, ainda que demonstrem igualmente conhecimento do livro. Leitura em voz alta sem a respiração suficiente entre as frases; sobretudo, a partir de certo momento, parece não haver leitura mas o tal oral espontâneo. Imagem em desenho, criativa, embora sem capa do livro (O Acontecimento, de Annie Ernaux). A corrigir: «*Este foi publicado ...» (teria de ser «O livro foi publicado ...»: está tão longe o antecedente da anáfora «este», que não a podemos usar); «muito básico» enquanto elogio (diria que a conotação do termo costuma ser pejorativa, equivalente a ‘demasiado simples’).

 

Marta (10.º 3.ª)

(Bom+/Bom(+)) Texto mostra boa leitura do livro e transmite aos outros vontade de o lerem, embora tenha leves problemas de sintaxe (que advêm de, e muito bem, se ter tentado um nível de linguagem e uma vivacidade que, aqui e ali, não se consegue depois gerir sem falhas). Leitura em voz alta clara e sem erros. Boa imagem, com a vantagem de se articular com a explicitação, no texto, do significado dos elementos que a integram. A corrigir: «*alarmar que» (avisar que); «*reteram» (retiveram; «reter» é derivado de «ter»); «*se tratam» (se trata); «ao invés» (em vez de); «meter os óculos» (usar os óculos / pôr os óculos); «*uma personalidade difícil de lidar» (uma personalidade com que era difícil lidar); no início, não percebo «no escolhido e apadrinhado» (cuidado com certo estilo, só no início, um pouco pomposo).

 

Rodrigo (10.º 3.ª)

(Bom) Texto escrito talvez devesse ser mais elaborado, mas é sincero, pessoal, revelando boa compreensão da obra. Leitura em voz alta podia ter sido mais ensaiada (resulta bem o estilo vivo, irónico, com apartes, mas esse estilo também exige que seja mais afinada a leitura, já que esta passa a implicar uma espécie de representação dramática). Imagem pertinente, contribuindo para a explicação textual. A corrigir: «*então não tinha ideia do que esperava tê-lo quando escolhi lê-lo» (não parece bem, mas não tenho a certeza de ter ouvido bem); «*que ele fez» (que o autor fez; não havia antecedente próximo para a anáfora); «no fim das contas» (no fim de contas / afinal); «todos os eventos importantes que Peter conta» (em todos os eventos importantes que Peter Carey conta).

 

Artur (10.º 3.ª)

(Bom-) Comentário # [só mais tarde].

 

Diogo (10.º 3.ª)

(Bom-) Comentário # [só mais tarde].

 

Gonçalo (10.º 3.ª)

(Bom) Comentário # [só mais tarde].

 

Ribeiro (10.º 3.ª)

(Suficiente) Comentário # [só mais tarde].

 

Afonso (10.º 3.ª)

(#) Comentário # [só mais tarde].

 

Tiago N. (10.º 3.ª)

(Bom -) Comentário # [só mais tarde].

 

António (10.º 3.ª)

(#) Comentário # [só mais tarde].

 

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