Saturday, August 31, 2019

Aulas (2.º período, 2.ª parte: 84-102)

Aula 84-85 (30/jan [9.ª], 3 [3.ª, 5.ª], 4/fev [4.ª]) Correção do texto de opinião sobre «loucura» (cfr. Apresentação).

O cartoon que está projetado, do caricaturista António, tem a legenda «Henrique, o lançador de caravelas». Interpreta-o, partindo da polissemia explorada na sua legenda.
R.: O cartoon apresenta o Infante D. Henrique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Agora, já sobre o poema «O Infante» (p. 106), de Mensagem, de Fernando Pessoa, responde aos seguintes itens:
Justifica o facto de o primeiro texto da segunda parte de Mensagem ser dedicado ao Infante D. Henrique.
R.: O Infante D. Henrique foi o impulsionador das descobertas marítimas portuguesas. A ele cabe o papel de protagonista primeiro da «Possessio Maris» (Posse do Mar).
O v. 1 sintetiza o entendimento da ação dos heróis de Mensagem como uma teofania, isto é, uma revelação divina (não uma «fânia», como dizia Diamantino, em vez de «epifania»). Explica, relacionando o verso com o resto da estrofe.
R.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Refere o efeito de sentido produzido com o complexo verbal «foste desvendando».
R.: O complexo verbal apresenta a ação como uma  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Menciona outro recurso estilístico que, na segunda estrofe, contribua para o mesmo efeito.
R.: A atuação do Infante D. Henrique é descrita através de uma _______: é crescente e universal. Começou por desvendar «ilhas(s)» e «continente(s)», chegando ao «fim do mundo» e dando assim a conhecer «a terra inteira».
Explicita o sentido dos dois últimos versos da composição.
R.: Nos dois últimos versos, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Comenta o valor expressivo da utilização da segunda pessoa ao longo do poema.
R.: Com o uso da segunda pessoa, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Relativamente a «Horizonte» (p. 107), ordena as frases que se seguem, de modo a resumires o assunto do poema. Nota que cada frase corresponde a uma estrofe.
a. Descrição de um mundo novo, através da visão paradisíaca de um espaço até então desconhecido.
b. Interpretação simbólica do horizonte, enquanto representação da ambição e do que nela existe de expetativa.
c. Evocação da viagem dos navegadores pelo desconhecido e a consequente descoberta de novas terras e aquisição de novos conhecimentos.
R.: a = ___; b = ___; c = ___.
Depois de relanceares o poema «Sagres», de Miguel Torga, na p. 191, indica o quarteto que tem mais evidentes relações intertextuais com «O Infante», de Pessoa.
R.: É a ______ quadra.

Segundo a notícia, o Livre, pela voz da deputada Joacine Katar Moreira, defende que «o património das ex-colónias presente em território português possa ser restituído aos países de origem, de forma a "descolonizar" museus e monumentos estatais.»
Escreve a conclusão de um texto de opinião em cujos primeiros parágrafos tivesses exprimido uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada [países europeus devem devolver aos países que eram suas colónias objetos de arte, etc., recolhidos nos museus  desde essa época?].
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — A exemplo do que tenho vindo a fazer nestas últimas aulas, porei em Gaveta de Nuvens mais uma ficha do Caderno de atividades, já resolvida, em torno de mecanismos de coesão (desta vez, coesãotemporal). Deves ir lendo estas fichas. Lembro ainda que está em curso trabalho «grande» em torno de poema de Pessoa. Por favor, se não o fizeste ainda, lê as instruções com cuidado e cumpre o prazo indicado.


Aula 86-86R (3 [9.ª], 4 [5.ª], 6/fev [3.ª, 4.ª]) Entrega de resposta sobre Maria (numa prova com Frei Luís de Sousa) e alerta sobre respostas a itens 7. Explicação em torno de quadro de conjunções e orações (advertências; acrescentos).
Classificação de orações
Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 127 e 134:


Exercícios tirados de Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 248-249, 253:
1. Registe no lugar correto a natureza e o tipo de da oração sublinhada.
Oração
Coordenada Subordinada
a) A Maria tem muita pena, mas não pode ir à festa. Adversativa
b) Já te disse que não gosto de filmes de terror.

c) Fiz as malas e parti para Londres.

d) A Cláudia era a rapariga que falava em voz baixa.

e) Queres gelatina ou preferes salada de frutas?

f) Mal o despertador tocou, o Carlos levantou-se.

g) O nevoeiro era tanto que não se via nada.

h) Se não nos despachamos, perdemos o autocarro.

i) Embora já fosse tarde, ele ficou a ouvi-la.

j) Ele não está a dormir, pois a luz está acesa.

k) Como não estavas cá, não ouviste a conversa.

l) Quem não sabe nadar não deve entrar no rio.

2. Classifique as orações sublinhadas.
a) Embora ela não cante muito bem, todas a escutam, porque a letra da canção é muito bonita.
b) Caso o Abel te telefone, diz-lhe, por favor, que estarei na escola à hora combinada.
c) Logo que ele chegue, manda-me chamar, que eu tenho de falar com ele antes da sessão.
d) Quem se atrasar perde o espetáculo, pois não pode entrar a meio.
e) A Iva não lavou a loiça nem limpou a casa, mas passou a ferro toda a roupa.
f) Por mais que eu lhe pedisse que viesse connosco, não a consegui convencer.
12. Faça a correspondência entre cada uma das orações sublinhadas e a função sintática desempenhada. [Em 8., Modificador = Modificador do grupo verbal.]

O que se segue são os itens de dois exames que, nos itens 4 e 5 do grupo I, usaram Frei Luís de Sousa.
[2015, época especial]
CENA VI
ROMEIRO, TELMO; e MADALENA de fora, à porta do fundo
Madalena — Esposo, esposo! abri-me, por quem sois. Bem sei que aqui estais: abri.
Romeiro — É ela que me chama. Santo Deus! Madalena que chama por mim...
Telmo — Por vós!
Romeiro — Pois por quem?... não lhe ouves gritar: — «esposo, esposo»?
Madalena — Marido da minha alma, pelo nosso amor te peço, pelos doces nomes que me deste, pelas memórias da nossa felicidade antiga, pelas saudades de tanto amor e tanta ventura, oh! não me negues este último favor.
Romeiro — Que encanto, que sedução! Como lhe hei de resistir!
Madalena — Meu marido, meu amor, meu Manuel!
Romeiro — Ah!... E eu tão cego que já tomava para mim!... Céu e Inferno! abra-se esta porta... (Investe para a porta com ímpeto; mas para de repente.) Não: o que é dito, é dito. (Vai precipitadamente à corda da sineta, toca com violência; aparece o mesmo irmão converso, e a um sinal do romeiro ambos desaparecem pela porta da esquerda.)
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 214-216
4. Analise a evolução do estado de espírito do Romeiro ao longo desta cena.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5. «Por vós!» (linha 8). Explique esta exclamação proferida por Telmo, tendo em conta o seu conhecimento da obra.
[2014, 2.ª fase]
MADALENA — Meu adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu contra esses poderosos? Eles já te querem tão mal pelo mais que tu vales que eles, pelo teu saber – que esses grandes fingem que desprezam... mas não é assim, o que eles têm é inveja! – O que fará, se lhes deres pretexto para se vingarem da afronta em que os traz a superioridade do teu mérito! – Manuel, meu esposo, Manuel de Sousa, pelo nosso amor...
JORGE — Tua mulher tem razão. Prudência, e lembra-te de tua filha.
MANUEL — Lembro-me de tudo, deixa estar. Não te inquietes, Madalena: eles querem vir para aqui amanhã de manhã; e nós forçosamente havemos de sair antes de eles entrarem. Por isso é preciso já.
MADALENA — Mas para onde iremos nós, de repente, a estas horas?
MANUEL — Para a única parte para onde podemos ir: a casa não é minha... mas é tua, Madalena.

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 120-121
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
4. Caracterize Manuel, tendo em conta quer as falas de Madalena, quer as decisões por ele tomadas.
R.: [Pus já a resposta aconselhada nos cenários de exame; falta só escreveres as citações que a acompanhavam:]
Madalena caracteriza o seu marido como homem de mérito, invejado por alguns poderosos pelo seu valor e saber («__________» – l. __; «__________» – l. __).
As decisões de Manuel mostram, por seu turno, ser ele um homem de ação, firme e decidido («________» – l. __); e um homem pragmático («_______» – linha __).
5. Explique os comportamentos manifestados por Madalena e por Manuel no excerto transcrito, fundamentando a sua resposta com elementos textuais pertinentes.
Classifica as orações sublinhadas.
Eu Não Sei Quem Te Perdeu
(Pedro Abrunhosa)

Quando veio,       ___________
Mostrou-me as mãos vazias,            Subordinante
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.

E pediu-me
Que lhe levasse o medo,                   __________
Eu disse-lhe um segredo:
Não partas nunca mais.

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu
E eu não sei quem te perdeu.           __________

Abraçou-me,        __________
Como se abraça o tempo,   ________
A vida num momento,
Em gestos nunca iguais.

E parou,
Cantou contra o meu peito               ________
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.

E uma asa voa
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu               _________
E eu não sei quem te perdeu.           _________

Esta música é dedicada a todos os que amam,              ________
porque quem ama tem medo de perder.        ________
           Subordinada substantiva relativa

E eu gostava         _______
que vocês hoje fossem a minha voz
          Subordinada substantiva completiva

E uma asa voa
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu
E eu não sei quem te perdeu.
TPCLê mais uma ficha corrigida reproduzida do Caderno de atividades (desta vez, sobre Predicativo do sujeito e Predicativo do complemento direto).


Aula 87-88 (5 [9.ª], 7/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) A partir da p. 109 temos já poemas da terceira parte de Mensagem («O Encoberto»). Começa por ler os excertos expositivos em «O Sebastianismo», na p. 110, e em «O Quinto Império», na p. 111.
Depois, completa esta «tradução», do poema «Quinto Império» (p. 109). Terás de copiar nos lugares corretos as paráfrases dos versos de Pessoa (nessas «traduções», não pus a pontuação de final de verso).
«Traduções» a copiar nas lacunas (aqui, desordenadas, claro):
Perante a visão que só a alma tem
Senão o destino de esperar pela morte em vida
É da natureza humana ser descontente, querer possuir
Passados os quatro Impérios
Surgir à luz do dia
A Europa — todos esses Impérios acabaram
Pobre de quem vive seguro
Um sonho maior que faça abandonar todos os confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Gerações passam
O Quinto Império, a Nova Vida
_______________________________________
Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objetivo
_______________________________________

_______________________________________
Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
_______________________________________

_______________________________________
Num tempo que é feito de gerações
_______________________________________
Mas as forças da guerra, irracionais, param
_______________________________________

_______________________________________
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
_______________________________________
Ele que começou a gerar-se da noite (morte)

Grécia, Roma, o Império Cristão
_______________________________________
Acabaram porque tudo se acaba com o tempo
Falta assim viver o Império da Verdade
O Quinto Império a que preside D. Sebastião.

A seguir, também com versos lacunares, pus uma tradução de «Nevoeiro» (p. 112), o último poema de Mensagem. Desta vez, cabe-te criar as paráfrases em falta. («À vitória!» corresponde ao latino «Valete, Fratres», que subscreve o original mas que o manual omitiu. Podes ver esse final do poema na edição sobre as mesas, na p. 91.)
Nevoeiro
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor triste
______________________________________
Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de paixão e vontade
______________________________________

Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente querem!
Não conhecem a sua alma — o seu Destino
_________________________________________
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte 
_________________________________________
Portugal é, no presente, como o nevoeiro.

______________________________________

À vitória!
Só com citações do poema, completa esta análise de «Nevoeiro».
O poema inicia-se com uma imagem negativa de Portugal, que estará a «________». Portugal surge personificado, marcado pela falta de identidade nacional (acentuada pelos quatro conetores copulativos em «______») e por um estado de indefinição. A simbologia do título («_______») ajuda nesta caracterização depreciativa. Também boa parte do léxico da primeira estrofe remete para a opacidade, embora em contraste com a hipótese de uma luz («_______», «______», «______»).
Entretanto, surge o parêntese «_______», a assinalar a passagem para um clima menos cético. A oposição de caráter paradoxal «_______» relaciona-se com a linha ideológica que estrutura Mensagem: a simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois pares de anáforas («_______», «_______»; «______», «______») intensificam a indefinição que envolve Portugal.
O apelo final («_______») e a saudação em latim («______»), pelo tom exortativo que encerram revelam a crença na mudança de um Portugal que, no último verso da segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «________».
No sketch «Gajos que tentam adivinhar» (série Meireles) há uma personagem que completa frases que o interlocutor começara. As expressões que o indivíduo impaciente vai tentando adivinhar têm a mesma função sintática que as expressões certas. Classifica cada uma das alíneas, usando uma destas funções sintáticas:
predicado
complemento oblíquo
predicativo do sujeito
predicativo do complemento direto
modificador do grupo verbal
Falar-te-ei
sobre o André |sobre o primeiro-ministro | sobre o último disco da Shakira| sobre o almanaque Borda d'Água |sobre o Meireles
___________

É
simpático | amarelo | muito aberto a novas experiências | muito amigo do Rodolfo | acintoso
_____________

Entra
em salas de cinema | em contradições |em auto-estradas | em discussões
_____________

Faz-me sentir
sportinguista | roxo | apertado naquelas calças justas | mal
____________

O que é que tu / eu
estou a fazer aqui | comi ao pequeno-almoço | quero de presente de anos | achas
_____________

Que achas
a propósito da Magda | a propósito do alargamento da União Europeia |a propósito da falta de consistência da defesa da seleção | a propósito da maneira de ser do Meireles
____________
Estas estâncias dos Lusíadas — canto X, 144-146 — são já posteriores à Ilha dos Amores. Relatam o regresso a Lisboa (144) e incluem depois uma reflexão do poeta.
Assi foram cortando o mar sereno,
Com vento sempre manso e nunca irado,
Até que houveram vista do terreno
Em que naceram, sempre desejado.
Entraram pela foz do Tejo ameno,
E a sua Pátria e Rei temido e amado
O prémio e glória dão por que mandou,
E com títulos novos se ilustrou.

Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
D’ũa austera, apagada e vil tristeza.

E não sei por que influxo de destino
Não tem um ledo orgulho e geral gosto,
Que os ânimos levanta de contino
A ter pera trabalhos ledo o rosto.
Por isso vós, ó Rei, que por divino
Conselho estais no régio sólio posto,
Olhai que sois (e vede as outras gentes)
Senhor só de vassalos excelentes.
Nô mais = não mais, basta | destemperada = desafinada | Conselho = determinação | sólio = trono
Compara o final de Mensagem com as estâncias (quase) finais também de Os Lusíadas (sobretudo 145-146). Bastarão cerca (ou pouco mais) de 100 palavras.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[No final de ambas as obras, o texto assume um tom disfórico, com a descrição crítica do povo português. Contudo, em ambos os poemas, surge um apelo à renovação. Nos Lusíadas, o poeta lembra a D. Sebastião a qualidade dos seus vassalos. No último poema de Mensagem, traça-se um retrato sombrio da nação portuguesa, mas conclui-se com uma exortação à mudança, à ação.]
TPC Duas hipóteses: a) [para quem concorrer ao concurso ‘Ética no desporto e na vida’:] texto, talvez mais cronístico do que argumentativo, suscetível de caber no tema ‘Ética no desporto e na vida’ — a computador (ver instruções) e enviando-mo, ao logo da próxima semana; b) [para quem prefira descartar o concurso:] texto de opinião à exame, em torno de qualquer defesa à volta do mesmo tema ou de qualquer tema argumentável sobre desporto, para treino de grupos III, em cerca de 250 a 350 palavras — escreverão à mão e trar-me-ão em papel, ao longo da próxima semana.


Aula 89-90 (6/fev [aula só para 12.º 9.ª]) Esta aula foi diluída na aula 92-93 das várias turmas (abreviando-se algumas das tarefas), e por isso não se transcreve aqui, já que não diverge muito dessa aula 92-93. Na aula 92-93 da turma 9 usou-se tema diferente para as dissertações, ouviu-se um trecho de «E o resto é História».








Aula 91-91R (10 [9.ª], 11 [5.ª], 12/fev [3.ª, 4.ª]) Na p. 175, lê o poema de Afonso Cruz (que devíamos ter aproveitado já na semana passada, para que calhasse no dia que lhe serve de título).


Transcreve, se necessário com ligeira reformulação, o antecedente (o referente) da anáfora «lo» (v. 2): ___________


Explica a singularidade, as idiossincrasias, do diário referido na última estrofe.

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Como adivinhamos que o autor das linhas biográficas no final da página (tiradas da contracapa de Mar) terá sido o próprio Afonso Cruz?

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



[Exercício de Gramática Prática de Português. Da Comunicação à Expressão. Exercícios:] Reescreve as frases, substituindo as expressões destacadas pelos pronomes pessoais convenientes:

a) Elas lavaram os pratos.

b) Amanhã faremos o bife.

c) A Vénus e eu comprámos os hipopótamos.

d) O Nakajima telefonou à Yoko e a ti.

e) O meu primo falou aos traficantes.

f) A Iva ofereceu os presentes à aniversariante.

g) Diz a verdade, estúpido!

h) Faria a viagem contigo, Eusébio.

i) Não provarei o cozido.


Mais itens de exame (com orações)

[2015, 1.ª fase:]

9. Identifique a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «E diz que o olfato perdeu importância em favor da visão» (linha 21).

________

10. Classifique a oração iniciada por «mesmo se» (linha 29). [Cresce todo um comércio ligado ao olfato ambiental, com aromas para as várias divisões da casa e para o automóvel, líquidos que imitam o odor do pinheiro ou da lavanda, mesmo se os nossos estilos de vida nos distanciam cada vez mais da natureza.]

________

[2015, 2.ª fase:]

9. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa introduzida por «que» (linha 10). [A fidelidade do realizador ao texto começa nessas palavras, ditas por um narrador que, falando pela voz de Eça, não pretende ser o escritor, nem imitá-lo, mas apenas contar a história por ele, assim continuando em todo o filme, introduzindo lugares, personagens, episódios.]

________

[2015, época especial:]

7. A oração «que vai começar o embarque» (linha 16) [Quando a voz do altifalante avisa que vai começar o embarque, não tenho pressa.] é uma oração subordinada

(A) substantiva relativa. | (B) substantiva completiva. | (C) adjetiva relativa. | (D) adverbial consecutiva.

8. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente em «A mente, ocupada com a obsessão de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que começará em breve.» (linhas 7 e 8).

________

9. Identifique a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo.» (linha 18).

________

Itens de exame (com funções sintáticas)

[2016, 1.ª fase:]

5. Nas expressões «protege-nos dos riscos» (linha 17) e «A ciência traz-nos constantemente novos riscos» (linhas 28 e 29), os pronomes pessoais desempenham as funções sintáticas de

(A) complemento indireto e de complemento direto, respetivamente.

(B) complemento direto e de complemento indireto, respetivamente.

(C) complemento indireto, em ambos os casos.

(D) complemento direto, em ambos os casos.

10. Refira a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «é inevitável que vivamos permanentemente sob ameaças» (linha 8).

__________

[2016, 2.ª fase:]

8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «o rio Saône» (linha 14). [Vai levando o rio Saône a sua corrente envenenada, e é neste momento que uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa, que devagar vai engrossando e tarda tanto a cair, e não cai enquanto a olho fascinado.]

___________

[2015, 2.ª fase:]

10. Refira a função sintática desempenhada por «que» (linha 26). [Em Os Maias de João Botelho, ao contrário do que acontece com as personagens, e à parte as cenas de interior, filmadas em ambientes da época que ainda hoje mantêm as suas características — a Casa Veva de Lima, o Grémio Literário —, não encontramos cenários realistas, que a Lisboa de hoje não permitiria.]

___________

[2014, 1.ª fase:]

2.1. Identifique a função sintática desempenhada pela palavra «queirosiano» (linha 13). [Mas se é verdade que Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços sociológicos continua queirosiano, parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a sua prosa e os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente inultrapassável.]

___________

[2014, 2.ª fase:]

2.3. Identifique a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «pode inspirar-nos em cada tempo» (linhas 29 e 30). [O magistério crítico de Vieira ainda faz sentido nos dias de hoje e pode inspirar-nos em cada tempo para não desistirmos de construir uma sociedade mais justa e mais fraterna.]

___________

[2014, época especial:]

2.3. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «viver e pensar» (linha 25). [Caeiro não é um filósofo, é um sábio para quem viver e pensar não são atos separados.]

___________

[2013, 1.ª fase:]

2.3. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «secreta e insolúvel» (linha 22). [Permanecerá para sempre secreta e insolúvel.]

___________

[2013, 1.ª fase, data especial:]

2.3. Identifique o sujeito da oração «mas com as viagens marítimas tudo mudou» (linhas 17 e 18).

___________

[2013, 2.ª fase:]

1.7. Na frase «A mãe tentou compensar-me, tentou lutar contra a minha morte dando-me poesia.»

(linha 36), os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as funções sintáticas de

(A) predicativo do sujeito e complemento direto.

(B) complemento indireto e complemento direto.

(C) complemento direto e complemento indireto.

(D) predicativo do sujeito e complemento indireto.

[2013, época especial:]

2.3. Identifique a função sintática do pronome pessoal sublinhado em «eu tenho livros que me foram oferecidos» (linha 26).

___________


Dá um relance aos textos diarísticos de Miguel Torga, na p. 173, e de Vergílio Ferreira, na p. 171, bem como ao enquadrado com as características do diário.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Classifica quanto à função sintática os segmentos sublinhados (nota que não acrescentei pontuação ao poema, pelo que, como é normal nestes casos de reprodução de letras de canções, sendo escassa a pontuação inscrita, nem sempre fica clara a sintaxe que o autor pretendia).

«Palhaços»

(The soaked lamb [música: Afonso Cruz e Tiago Albuquerque / letra: Gito Lima])



Senhoras, senhores                          ________

Meninas, meninos

Operários, doutores

Grandes e pequeninos



A pedido das melhores famílias________

Quem tem voto neste assento          ________

O circo veio de malas e mobílias

P’r’acabar com o lamento  ________



Com os animais habituais

Tem outros tais, bem especiais

São lobos, cobras, lagartos ________

Palhaços ricos e fartos



O circo chegou à cidade     ________

Numa tenda de pedra e cal

Traz paz, traz felicidade     ________

Até dinheiro e coiso e tal



Artistas nas faces das revistas

De pés p’r’ó ar e vice-versa

Ilusionistas bem malabaristas

Balões de ar e de conversa



Já arde o teto do barraco   ________

Não se mexam do lugar     ________

É parte do grande espetáculo

Ninguém sai até acabar



O circo chegou à cidade

Numa tenda de pedra e cal

Traz paz, traz felicidade     ________

Até dinheiro e coiso e tal



O circo chegou à cidade     ________

Numa tenda de pedra e cal

Traz paz, traz felicidade

Até dinheiro e coiso e tal



O circo está instalado

E está mesmo aqui ao lado.              ________






Aula 92-93 (10 [3.ª, 5.ª], 11 [4.ª], 12/fev [9.ª]) Correção de conclusão de argumentação feita em aula anterior.

A Reprodução do discurso no discurso — ou Modos de relato do discurso — está sintetizada nas pp. 23 e 24 do anexo do manual. Para a exercitarmos, socorro-me mais uma vez da Nova Gramática Didática de Português. (Obrigado, NGDP.)

1. Identifique os modos de relato de discurso [discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre] presentes nos exemplos seguintes.

Texto 1

— O telefone está a tocar! — disse a mãe.

— É para mim. Não atendas. — respondeu o filho.

Texto 2

— Manos! O cofre tem três chaves... Eu quero fechar a minha fechadura e levar a minha chave!

— Também eu quero a minha, mil raios! — rugiu logo Rostabal.

Rui sorriu. Decerto, decerto! A cada dono do ouro cabia uma das chaves que o guardavam.

Eça de Queirós, «O Tesouro», Contos.

Texto 3

— «E tu, Chico Calado?» — E o Chico Calado lá explicou na sua linguagem de trejeitos que gostaria de poder impingir os seus elixires sem suportar perseguições nem pedradas.

José Gomes Ferreira, Aventuras de João Sem Medo.

Texto 4

E ele respondeu que nunca na vida fora visto por um médico, nunca tomara um remédio comprado na farmácia, e não era agora que havia de mudar.

António Mota, A Casa das Bengalas.

2. Transponha as frases seguintes para o discurso indireto, utilizando alguns dos verbos listados abaixo, de forma a não repetir o verbo dizer.

     insistir     anunciar     exclamar     perguntar
     explicar     concordar     prometer     admitir



a) — Vou-me casar para o ano — disse o Honório.

b) — Amanhã estou lá às 10 horas. Não faltarei — disse a Josefa à irmã.

c) — Tens mesmo de ir à minha casa — disse o Adão à Iva.

d) — Deve ligar este fio ao vermelho e carregar no botão — disse o funcionário da loja.

e) — Onde vais amanhã? — disse o Emanuel.

f) — Eu menti porque tive medo. Não volta a acontecer, mãe! — disse o António.

g) — Sim, esta nota é falsa — disse o Duarte ao Rui.

h) — Não aguento mais esta situação! — disse a Helena.


Na p. 8 do manual, o excerto de Os Maias interessa-nos por causa do discurso indireto livre, mas também para descortinarmos elementos trágicos.

Lê o texto. Depois, vê as soluções já lançadas das perguntas 1, 2 e 3 da p. 9, completando as lacunas com termos relativos à tragédia clássica (a escolher entre estes:

Hybris (desafio daspersonagens à ordem instituída) || Peripécia (momento em que se verifica uma alteração no rumo dos acontecimentos) || Anagnórise (reconhecimento ou revelação de acontecimentos desconhecidos) || Clímax (momento de maior intensidade da ação) || Catástrofe (desenlace trágico) || Ágon (conflito vivido pelas personagens) || Pathos (sofrimento crescente das personagens) || Ananké (destino) || Catarse (efeito purificador nos espetadores)

1. Situa o texto na estrutura interna do romance.

R.: O texto integra um momento-chave da intriga principal, a revelação de que Carlos e Maria Eduarda são irmãos. É Guimarães, tio de Dâmaso e recentemente chegado de Paris, que revela a Ega esse parentesco, preparando-se para lhe entregar uma caixa com papéis de Maria Monforte.

Podemos dizer que este momento de Os Maias — em cuja estrutura encontramos, ao lado de uma feição de painel social, um eixo que tem características de tragédia — corresponderá ao que, nas tragédias clássicas, se designa _________, na medida em que equivale a um reconhecimento (Maria Eduarda é a filha de Maria Monforte, logo é a irmã de Carlos — como em Frei Luís de Sousa temos a identificação do Romeiro com João de Portugal, por Jorge). Esta revelação de dados desconhecidos, aliás casual, constitui também a ________, implicando a mudança do curso da ação.

2. Caracteriza o estado emocional da personagem Ega, referindo os motivos de natureza pessoal que o justificam.

R.: Depois da terrível revelação, quando fica sozinho, à espera do Guimarães, Ega sente uma profunda angústia, misturada com confusão emocional («como um sonâmbulo»). Mas a certeza do parentesco de Carlos e Maria Eduarda é abalada pela racionalidade de Ega, que começa a desconfiar («subiu nele uma incredulidade») de uma história tão incrível, uma «catástrofe de dramalhão». No entanto, regressando à realidade, o peso da revelação provoca nele um abatimento que o conduz à aceitação da verdade («Sim, tudo isso era provável»).

A angústia, a incredulidade e o abatimento devem-se à amizade que une Ega a Carlos e que o faz antecipar o seu sofrimento (mas o maior grau de _______ virá a ser talvez o de Afonso) e a ______ que se abaterá sobre os Maias. É discutível qual seja o momento do ______ (a morte de Afonso, como a de Maria em Frei Luís de Sousa, as duas vítimas maiores da tragédia?), que não é dissociável da persistência de Carlos na relação com Maria Eduarda, quando já estava alertado para o seu caráter incestuoso, um verdadeiro momento de ________ da parte do protagonista, que assim ousava enfrentar o que dispusera o destino (________).

Este papel de Ega (e Vilaça) é, no caso de Frei Luís de Sousa desempenhado por Jorge, mas também por Telmo e pelo próprio Manuel, já que é Madalena que será vista como a maior vítima da dor e também fora ela quem vivera em conflito (_______) durante toda a peça.

Anota exemplos de discurso indireto livre no trecho de Os Maias (o da p. 8):

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vê estes grupos III — que elaborei segundo o modelo dos últimos exames:

GRUPO III hipótese 1

Se algumas pessoas consideram que a afluência de visitantes estrangeiros é uma mais-valia da Lisboa destes últimos anos, outras defendem que o crescimento do turismo pode ter um impacto negativo, apontando os perigos da gentrificação de que sofrem há muito cidades como Barcelona ou Veneza e se iriam insinuando também nos centros de Lisboa e do Porto.

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a problemática apresentada.

No seu texto:

— explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;

— utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

GRUPO IIIhipótese 2

Há exemplos de movimentos de jovens que configuraram momentos de libertação e revolta contra os poderes instituídos, influenciando as outras gerações. Há quem diga que Greta Thunberg e a divulgação da emergência climática terá impacto idêntico; porém, não são poucos os que associam a jovem sueca ao controlo de uma agenda que interessaria à chamada «globalização».

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.

No seu texto:

— explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;

— utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Classifica as orações sublinhadas:

Amar pelos dois

(Luísa Sobral; interpret.: Salvador Sobral)

Se um dia alguém perguntar por mim,

Diz que vivi para te amar.

Antes de ti, só existi

Cansado e sem nada para dar.



Meu bem, ouve as minhas preces:

Peço que regresses, que me voltes a querer.

Eu sei que não se ama sozinho,

Talvez devagarinho possas voltar a aprender.



Meu bem, ouve as minhas preces:

Peço que regresses, que me voltes a querer.

Eu sei que não se ama sozinho,

Talvez devagarinho possas voltar a aprender.



Se o teu coração não quiser ceder,

[Se] Não sentir paixão, [Se] não quiser sofrer

Sem fazer planos do que virá depois,

O meu coração pode amar pelos dois.

TPC — Duas hipóteses: a) [para quem queira concorrer ao prémio ‘Ética no desporto e na vida’:] texto, talvez mais cronístico do que argumentativo, suscetível de caber no tema do concurso (ver Instruções) — a computador e enviando-mo ao longo da próxima semana; b) [para quem prefira descartar o concurso:] texto de opinião, à exame, em torno de defesa do mesmo tema ou de qualquer tema argumentável sobre desporto, para treino de grupos III, em cerca de 250 a 350 palavras — escreverão à mão e trar-me-ão a folha.






Aula 94-95 (13 [9.ª], 14/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Vamos dar um relance aos poetas das gerações posteriores à de Pessoa. O ano passado fizemos umas leituras na diagonal idênticas mas com livros dos poetas novíssimos, os ainda mais recentes do que estes.

Caberá a cada um dos alunos um livro de dimensão razoável (por vezes, com a obra completa de um dado poeta) ou vários pequenos livros (diversas obras soltas de um mesmo autor). Manuseia-os com o cuidado que se deve ter sempre e, sobretudo, quando os livros em causa são de quem não gosta de ter livros com os cadernos soltos — por os terem espalmado —, vincados — por os terem usado sob papéis em que se tivesse escrito —, com folhas rasgadas — por os terem folheado negligentemente.

O objetivo é escolher uma estrofe ou duas (mas num total de menos de dez versos). Não interessa se esses versos são do início, do meio ou do fim de um poema (ou se até são um poema completo), mas terão de ser seguidos. Transcreverás os versos na tua folha, muito legivelmente. Depois, lê-los-ás à turma.

Elegeremos o melhor trecho poético. A nossa classificação incidirá sobre os versos ouvidos, o que implica que (1) se trate de passos interessantes; (2) a tua leitura em voz alta seja expressiva. (Ao declamador vencedor caberá um prémio Tia Albertina, a repartir com o poeta responsável pelo trecho lírico laureado — se ainda for vivo.)

Depois da transcrição, escreve a referência bibliográfica, segundo este modelo:

Vieste! Cingi-te ao peito.

Em redor que noite escura!

Não tinha rendas o leito,

Não tinha lavores na barra

Que era só a rocha dura...

Muito ao longe uma guitarra

Gemia vagos harpejos...

(Vê tu que não me esqueceu)...

E a rocha dura aqueceu

Ao calor dos nossos beijos!

Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, 2.ª ed., Alenquer, Editora Romântica, 1850 [1.ª ed.: 1848], pp. 23-25, p. 24.

Ou seja: o que transcrevemos está na página 24 do livro Flores e martírios, de Tomás de Alencar, e pertence ao poema «6 de Agosto». Como o poema ocupa mais páginas do que a passagem citada, indicamos as páginas do poema, «pp. 23-25», bem como a precisa página em que fica o trecho transcrito («p. 24»). Pomos também o número da edição, a cidade da editora, a editora, o ano da publicação (e, entre parênteses retos, a data da edição original). Se se tratasse da 1.ª edição — ou não houvesse indicações acerca disso —, bastaria pôr a data (ficaria: ‘Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, Monte de Caparica, Editora Bulhão Pato, 1848, pp. 27-29, p. 28’).

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Se tiveres tempo, depois de cumprido o que ficou em cima, descreve a situação que se coaduna com o livro que viste.

Predominam os versos {circunda} rimados / não rimados.

Em geral, {circunda} há /não há uma métrica fixa (nesse caso, há sobretudo {circunda} monossílabos / dissílabos / trissílabos / tetrassílabos / pentassílabos / hexassílabos / heptassílabos / octossílabos / eneassílabos / decassílabos / hendecassílabos / dodecassílabos).

As estrofes {circunda} não seguem / seguem um padrão fixo (há composições em {circunda} dísticos / tercetos / quadras / quintilhas / sextilhas / oitavas / décimas).

{Circunda} Não há / Há composições póeticas estandardizadas (soneto, quadra popular, etc.).

Se quisesse designar o tema que agrega a maioria destes textos, diria que são poemas sobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Talvez encontre em alguns destes poemas influências de Fernando Pessoa (e heterónimos) — ou de Cesário Verde, quem sabe — ou, ao menos, linhas comuns de abordagem. Por exemplo, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



Poeta (nascido entre 1900 e 1974)
lido por...
minha nota
nota do mestre
lugar
José Gomes Ferreira (1900-1985)




José Régio (1901-1969)




Vitorino Nemésio (1901-1978)




António Gedeão (1906-1995)




Miguel Torga (1907-1995)




José Blanc de Portugal (1914-2001)




Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)




Jorge de Sena (1919-1978)




João José Cochofel (1920-1982)




Raul de Carvalho (1920-1984)




Carlos de Oliveira (1921-1981)




Eugénio de Andrade (1923-2005)




Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)




Natália Correia (1923-1992)




Sebastião da Gama (1924-1952)




Alexandre O’Neill (1924-1986)




António Ramos Rosa (1924-2013)




David Mourão Ferreira (1927-1996)




João Rui de Sousa (1928)




Herberto Helder (1930-2015)




Armando Silva Carvalho (1931)




Ruy Belo (1933-1978)




António Osório (1933)




Pedro Tamen (1934)




Manuel Alegre (1936)




Alberto Pimenta (1937)




Fernando Assis Pacheco (1937-1995)




Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)




Luiza Neto Jorge (1939-1989)




João Miguel Fernandes Jorge (1943)




Joaquim Manuel Magalhães (1945)




Al Berto (1948-1997)




Nuno Júdice (1949)




Ana Luísa Amaral (1956)




Fernando Pinto do Amaral (1960)




Adília Lopes (1960)




Pedro Mexia (1972)




Manuel de Freitas (1972)





Escreve um comentário crítico sobre os versos que escolheste (podes aludir ao poema no seu todo, se achares importante; ou até ao conjunto do que leste, mas sempre a pretexto da análise dos versos que transcreveste). Inclui citações.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O filme de que veremos hoje o início — Sylvia, realizado por Christine Jeffs — é sobre a poetisa americana Sylvia Plath (1932-1963) e a relação conturbada com o marido, o poeta inglês Ted Hughes. Esta importante escritora é contemporânea da geração do meio, se considerarmos que são três as que compõem a lista de poetas pós-Pessoa. (Podemos estabelecer que há três gerações na tabela e tomar os três poetas que teremos de ler mais atentamente, os que vêm no manual — Miguel Torga, Eugénio de Andrade, Ana Luís Amaral —, como referência para cada uma dessas gerações. Plath nasceu não muito depois de Eugénio de Andrade, mas morreu ainda antes de nasceram os mais novos da lista, já que se suicidaria com apenas trinta e um anos.)


TPC — Se já tens a redação para o concurso corrigida por mim, lança as emendas e envia-me a nova versão (sempre a Arial, corpo 12, 1 espaço de entrelinha).






Aula 96-97 (17 [3.ª, 5.ª], 18 [4.ª], 19/fev [9.ª]) Na p. 211, lê «Coisas de partir», de Ana Luísa Amaral.

Relativamente aos seis primeiros versos, explica, por palavras tuas, qual é, no fundo, o objetivo do eu do poema.
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Nos versos 7-12, gera-se um receio («o meu alarme nasce»). Explica o novo problema.
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Na última quintilha chega-se a uma solução. [Lê a resposta que ponho a seguir.]
Através de palavras que exprimem o amor, o sujeito poético sugere que corpo amado e poema se fundam, sejam um só.
Resolve o item 7 na p. 212:
A = ___; B = ___; C = ___; D ___; E = ___.
Os poemas de Fernando Pessoa sobre a arte poética — «Autopsicografia» (p. 34) e «Isto» (p. 36) — versam questão semelhante à que se põe em «Coisas de partir». Compara as duas perspetivas (pessoana e do sujeito do poema de Ana Luísa Amaral).
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Lê o poema de Ana Luísa Amaral na p. 213-214. Depois, escreve uma nova «Pequena ode, em anotação quase biográfica», que remeta para um sujeito poético que, como se costuma dizer, por exemplo, dos poemas de Sylvia Plath, seja marcadamente confessional (isto é, identificável com o autor, ou seja, contigo). Manter-se-ão alguns dos versos (e partes de versos) bem com as duas últimas estrofes (as na p. 214) que já não copiei.
Pequena ode, em anotação quase biográfica
Bom dia, _______________________
por essa saudação e de manhã,
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Bom dia, _______________________
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o tempo

Bom dia, _______________________
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que nunca mais se visse
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Bom dia, _______________________
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todos os dias

Bom dia, _______________________
quantas mais vezes te direi bom dia,
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Bom dia, _______________________
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desalinho
https://www.rtp.pt/play/p3076/e378001/o-som-que-os-versos-fazem-ao-abrir
TPC — Em Gaveta de Nuvens relanceia ficha do Caderno de atividades corrigida sobre Reprodução do discurso no discurso.


Aula 98-98R (17 [9.ª], 18 [5.ª], 19/fev [3.ª, 4.ª]) Explicação do seu enquadramento e audição da parte III de «O Sentimento dum Ocidental» (por Sinde Filipe).
Perguntas e soluções tiradas, com poucas adaptações, de uma sebenta sobre Cesário Verde (da autoria de Auxília Ramos e Zaida Braga, a quem agradeço o auxílio e o zaido):
1. Refira as coordenadas espácio-temporais em torno das quais esta parte do poema se estrutura.
[completa com as transcrições em falta]
O poema desenvolve-se acompanhando o deambular do sujeito poético pelas ruas da cidade — «____» (v. 2), «____» (v. 3), «Cercam-me as lojas» (v. 5) — num determinado período do dia, a noite — «____» (v. 1). O próprio título desta terceira parte de «O Sentimento dum Ocidental», «___», remete para esse momento em que a luz natural já desaparecera e ficara apenas a iluminação artificial usada à época.
2. Ao longo do poema há referências a determinados tipos sociais. Indique-os.
[risca o que tiver sido acrescentado indevidamente]
São vários os tipos sociais que «povoam» o texto: as impuras (v. 2), as burguesinhas (v. 9), a mulher «magnética» (v. 27; «a lúbrica pessoa», v. 25), a adolescente de tranças (v. 28) e a velha de bandós (v. 29) constituem o leque feminino de personagens. A par, surgem outras figuras como o forjador (v. 14), o «ratoneiro imberbe» (v. 20), os caixeiros (v. 36), o cauteleiro (l. 39) e o «velho professor», agora um pobre pedinte (vv. 43-44), depois dos péssimos exames que os seus alunos da ESJGF fizeram (precisamente porque ele os distraía a lerem frases absurdas como esta).
3. Escolha uma das figuras femininas referidas e estabeleça uma comparação, apontando semelhanças e diferenças, com outras figuras femininas cesarianas.
[completa com profissões]
Das várias figuras femininas referidas, talvez a mulher «magnética» (v. 27) seja aquela que permite estabelecer mais aproximações e mais pontos de afastamento com outras figuras femininas da imagética cesariana. Assim, pela sua sensualidade, mas ao mesmo tempo pelo seu estudado distanciamento, ela aproxima-se da milady de «Deslumbramentos»; a sua futilidade coloca-a no polo oposto ao das mulheres do povo tão frequentes em Cesário: a ______ de «Num Bairro Moderno», as ____ de «Cristalizações», a _____ de «Contrariedades».
4. Este poema aborda alguns dos temas-chave da poesia cesariana. Justifique a afirmação, apoiando-se também em excertos textuais.
[completa com os números do versos]
Este excerto quase constitui uma súmula dos temas fulcrais da poesia de Cesário. Assim, para além da variedade de figuras femininas presentes, as outras «personagens» ora são um meio de o poeta expressar a sua solidariedade pelos excluídos (o velho professor), ora um meio de concretizar a pintura da cidade, que aqui aparece, como é constante nos poemas de Cesário, como símbolo de dor, sofrimento, solidão, até de vencidismo — «Mas tudo cansa!» (v. ___). Por oposição, surge, implicitamente, uma ténue alusão ao campo, modelo de saúde, vida, força — «Um cheiro salutar e honesto a pão no forno» (v. ___). Finalmente, dever-se-á ainda referir as fugas imaginativas presentes na segunda e na décima estrofes («Eu penso / Ver círios laterais, ver filas de capelas», vv. _____; «Tornam-se mausoléus as armações fulgentes», v. ___).
5. Indique de que forma se concretiza, ao longo do poema, o carácter sensorial do texto.
[completa com tipos de sensações]
Todo o poema e, por isso, toda a descrição da cidade assentam numa sucessão de sensações, desde as _____ («Um sopro que arrepia os ombros quase nus», v. 4), as _____ («ao chorar doente dos pianos», v. 11; «Da solidão regouga um cauteleiro rouco», v. 39; «Pede-me sempre esmola», v. 43), as ______ («exala-se, inda quente / Um cheiro salutar e honesto a pão no forno», vv. 15-16; «Flocos de pós de arroz pairam sufocadores», v. 35) ao claro predomínio das _____ («E a vossa palidez romântica e lunar!», v. 24).
6. Comente o facto de alguns críticos literários considerarem «O Sentimento dum Ocidental» como uma espécie de epopeia de sinal negativo.
[responde, mesmo sem citações]
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Mais uma tarefa que agradeço à Gramática Didática de Português (Santillana, 2011):
1. Identifique as figuras de estilo presentes nos excertos seguintes.
a) Tentei uma brecha naquela impenetrável muralha de palavras, já cansada de andar para cá e para lá no corredor, enquanto a minha mãe, da sala perguntava, pela 756.ª vez, quem era.
Alice Vieira, Chocolate à Chuva.
b) Bastava a ponta dos meus dedos sobre a mesa, e logo o coração da mesa respondia, batendo pausadamente ao ritmo do meu.
Alice Vieira, Chocolate à Chuva.
c) Na primavera / o sol / faz o ninho / no beiral da minha casa.
Francisco Duarte Mangas; João Pedro Mêsseder, «Ave», Breviário do Sol.
d) São como um cristal, / as palavras. / Algumas, um punhal, / um incêndio. / Outras, / orvalho apenas.
Eugénio de Andrade, «As Palavras», Antologia Breve.
e) [...] aquela menina casadoira, / que mora junto ao largo, / vem à varanda ver a Lua.
Manuel da Fonseca, «Noite de Verão», Obra Poética.
f) Perdido num sonho: / o sol, o deserto... / Na linha dos olhos /— tão longe, tão perto — / ondula... a miragem?
Francisco Duarte Mangas; João Pedro Mêsseder, «Ave», Breviário do Sol.
g) Já descoberto tínhamos diante, / Lá no novo Hemisfério, nova estrela,
Luís de Camões, Os Lusíadas.
h) Viva a Mademoiselle! Viva a minha precetora! Viva o papá que mandou a outra ir embora! Viva! Viva!
Augusto Gil, Gente de Palmo e Meio.
i) Fidalgo: — Esta barca onde vai ora, que assi está apercebida? / Diabo: — Vai pera a ilha perdida e há-de partir logo ess’ora.
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno.
j) Não há ninguém mais rico no mundo. Sou riquíssimo. Sou podre de rico. Cheiro mal de rico.
José Gomes Ferreira, Aventuras de João sem Medo.
k) Batizei quase todos os poemas que escrevi. Certo dia, coloquei-os pela ordem alfabética dos títulos e deixei-os sobre a mesa a repousar, cansados de tanto trabalho com as palavras.
João Pedro Mêsseder, De Que Cor é o Desejo?
l) Que medonho sítio!
Irene Lisboa, Uma Mão Cheia de Nada e Outra de Coisa Nenhuma.
m) — Senhor João Sem Medo: cá o meco chama-se Zé Porco... Este meu sócio é o Chico Calado, mudo de nascença... E aquele tem a alcunha de «Louro» porque passa a vida a beberricar pelas tabernas, onde improvisa cada versalhada de se lhe tirar o chapéu. // «Sim, senhor... — pensou João Sem Medo. — Linda coleção!»
José Gomes Ferreira, Aventuras de João sem Medo.
n) — Não acredito — disse Gil. — Você não tem fibra para ensinar a esgadanhar um bocado de Liszt a essas monas filhas de tubarões da finança e medíocres cortesãs.
Agustina Bessa-Luís, Contos Impopulares.
o) E erguendo a cabeça do bordado explicou-se melhor: / — Quando Deus quer, até os cegos veem.
Carlos de Oliveira, Uma Abelha na Chuva.
p) Cessem do sábio Grego e do Troiano / As navegações grandes que fizeram; / Cale-se de Alexandre e de Trajano / A fama das vitórias que tiveram; / Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
Luís de Camões, Os Lusíadas.
q) Meio-dia / O Sol tem os seus / Caprichos: não gosta / Que o olhem / Olhos nos olhos.
Francisco Duarte Mangas; João Pedro Mêsseder, Breviário do Sol.
r) Que, da ocidental praia lusitana
Luís de Camões, Os Lusíadas.
s) Era um céu alto, sem resposta, cor de frio.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares.
t) Uma árvore tem raízes, tem tronco, tem ramos, tem folhas, tem varas, tem flores, tem frutos. Assim há-de ser o sermão: há-de ter raízes fortes e sólidas, porque há-de ser fundado no Evangelho; há-de ter um tronco, porque há-de ter um só assunto e tratar uma só matéria; deste tronco hão-de nascer diversos ramos, que são diversos discursos, mas nascidos da mesma matéria e continuados nela.
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes.
u) Enquanto os vermes iam roendo esses cadáveres amarrados pelos grilhões da morte.
Alexandre Herculano, Eurico, o Presbítero.
v) Eu não posso senão ser / desta terra em que nasci.
Jorge de Sena, «Quem A Tem».
w) O céu tremeu, e Apolo, de torvado, / Um pouco de luz perdeu, como enfiado.
Luís de Camões, Os Lusíadas.

Itens de provas de exame com figuras de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.

[2015, 1.ª fase]
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.

[2015, 2.ª fase]
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.

[2014, 1.ª fase]
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo

[2013, época especial]
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia

[2016, 1.ª fase, item do grupo I]
1. Explique o sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz com a hipocrisia do mundo? (Pausa) Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].

[2016, época especial, item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.

[2016, época especial, item do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Cenário de resposta do item 1 do exame de 2016, 1.ª fase
As antíteses expressam a oposição entre os valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo, Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da reflexão anterior, Matilde interroga-se ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de resposta do item 4 do exame de 2016, época especial
A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Cenário de resposta do item 5 do exame de 2016, época especial
Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um comportamento condenável.
Assumida esta condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.
Freitaslobice
Figura(s) de estilo
Courtois: um pássaro gigante que apareceu a voar.

Penteia a bola e acaricia-a.

Jogada construída e inventada pelo caldeirão do feiticeiro Hazard.

Dois braços e quatro pernas — mas haverá quem jure ter visto quatro pernas e quatro braços.

Olhos de matador, dentes de coelho.

Há a velocidade da luz, há a velocidade do som e há velocidade de Robben.

Valbuena, o Astérix de cabelo curto.

Neste momento, na Austrália, estão todos os cangurus aos saltos.

À medida que arrancava, ia ultrapassando a população russa.

Não tem nenhuma hipótese de ganhar um concurso de beleza.

É um poema de futebol em velocidade.

A forma de perder tem de ser igual à de ganhar e vice versa.

Classifica as orações sublinhadas:

TPC — Relê o que vou destacar em Gaveta de Nuvens sobre figuras deestilo.


Aula 99-100 (20 [9.ª], 21/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Para encontrarmos um motivo que oponha a poesia de Ana Luísa Amaral às de Miguel Torga e Eugénio de Andrade, talvez pudéssemos centrarmo-nos no que mais influencia cada uma das três escritas. Ana Luísa Amaral aproveita mais a poesia de outros escritores — os seus poemas têm muitas vezes marcas de intertextualidade evidentes —, o que é associável ao facto de ser professora de literatura e ter investigado poetisas como Emily Dickinson e Sylvia Plath (mas também Pessoa é, por vezes, objeto de trabalho intertextual). Os poemas de Ana Luísa Amaral são de amor e do quotidiano.
Miguel Torga e Eugénio de Andrade estão mais isolados, são mais independentes ou menos cosmopolitas. No caso de Miguel Torga, a escolher um inspirador constante da sua poesia, talvez devêssemos apontar a terra, a natureza, um certo Portugal.
De Torga já conhecemos «Sísifo» (p. 190) e «Sagres» (191). Lê agora «Orfeu Rebelde» (p. 187).
Explica o título, associando-o à «teoria» que o sujeito elabora acerca da sua poesia.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ao assistirmos ao início do documentário Miguel Torga, o meu Portugal, vai verificando as citações de Miguel Torga postas em caixas na p. 193 (item 4).
Ordena-as segundo a ordem que têm no filme:
1.ª = G; 2.ª = ___; 3.ª = ___; 4.ª = ___; 5.ª = ___; 6.ª = ___.
Diz qual é a estúpida citação que está a mais na lista: ___.
Quanto ao item 3 (na p. 192), assinala com V ou F:
I — Eduardo Lourenço afirma que
A. Miguel Torga analisou Portugal sem o conhecer.
B. Miguel Torga fez o retrato de Portugal.
C. Miguel Torga retratou um Portugal integrado na Europa.
D. Nos portugueses, Miguel Torga admirava a autenticidade, a força e a inocência.
E. Aquilino Ribeiro e Miguel Torga são os grandes retratistas de Portugal.
II — António Barreto afirma que
F. Miguel Torga mostrou a Natureza de uma região do país.
G. O sofrimento é uma dominante na obra de Miguel Torga, mas não na sua poesia.
H. A pobreza, a inveja, o desconhecimento de si mesmos são alguns dos defeitos dos portugueses revelados por Miguel Torga.
I. Miguel Torga desejava que os portugueses fossem capazes de olhar a realidade e não vivessem a olhar para as glórias passadas.
III — José Manuel Mendes afirma que
J. Miguel Torga considera Portugal o reino das sombras.
Lê «Regresso» (p. 186), bem como o texto crítico «A terra-mãe acolhe o poeta». Escreve um comentário acerca de «Regresso». Inclui citações do poema e também do texto crítico em baixo na mesma página.
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TPC — A partir do Carnaval considero que já houve tempo para irem avançados em O Ano da Morte de Ricardo Reis.


Aula 101-102 (27 [9.ª], 28/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Iremos hoje ler poemas de Eugénio de Andrade, talvez um poeta mais virado para si próprio e para o amor do que Miguel Torga e Ana Luísa Amaral.

Depois de leres «Adeus», p. 201, mostra como o poema se pode esquematizar em dois momentos, «antigamente» e «hoje». Comprova ainda que os valores das formas verbais, em termos de aspeto e de tempo, acompanham esses dois estados de alma do «eu» e do «tu» do texto. (Escreve a tinta.)
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O trecho do documentário que vamos ver — Eugénio de Andrade. O poeta — inclui uma declamação, pelo autor, de «As palavras interditas» (v. p. 205 do manual). Também ouviremos poemas à mãe (cfr. com o que temos na p. 203 e «Casa na chuva», p. 204).
O último poema de Ariel, de Sylvia Plath, tem o título «Words». Copio a tradução de Maria Fernanda Borges (Lisboa, Relógio d’Água, 1996):
Palavras

Machados,
Após cada pancada sua a madeira range,
E os ecos!
São ecos que viajam
Do centro para fora como cavalos.

A seiva
Brota como lágrimas, como a
Água a esforçar-se
Por recompor o seu espelho
Sobre a rocha

Que pinga e se transforma,
Uma caveira branca
Comida pelas ervas daninhas.
Anos mais tarde
Encontro-as no caminho —

Palavras secas e indomáveis,
Infatigável som de cascos no chão.
Enquanto
Do fundo do charco estrelas fixas
Governam uma vida.
Embora o tópico seja semelhante — «palavras interditas» (Andrade) vs. «palavras» (Plath) —, o foco último de cada um dos poemas talvez não seja o mesmo: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Aproveita para ler os textos ensaísticos e as sínteses (estas estão nas pp. 194, 207, 225) no manual acerca dos três poetas que temos vindo a analisar (Miguel Torga, Eugénio de Andrade, Ana Luísa Amaral).


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