Aulas (2.º período, 2.ª parte: 84-102)
Aula 84-85
(30/jan [9.ª], 3 [3.ª, 5.ª], 4/fev [4.ª]) Correção do texto de opinião sobre
«loucura» (cfr. Apresentação).
O cartoon
que está projetado, do caricaturista António, tem a legenda «Henrique, o
lançador de caravelas». Interpreta-o, partindo da polissemia explorada na sua
legenda.
R.: O cartoon apresenta o Infante D.
Henrique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Agora, já sobre o poema «O
Infante» (p. 106), de Mensagem, de Fernando Pessoa, responde aos seguintes itens:
Justifica o facto de o primeiro texto da
segunda parte de Mensagem ser
dedicado ao Infante D. Henrique.
R.: O Infante D. Henrique
foi o impulsionador das descobertas marítimas portuguesas. A ele cabe o papel
de protagonista primeiro da «Possessio Maris» (Posse do Mar).
O v. 1 sintetiza o entendimento da ação dos
heróis de Mensagem como uma teofania,
isto é, uma revelação divina (não uma «fânia», como dizia Diamantino, em vez de
«epifania»). Explica, relacionando o verso com o resto da estrofe.
R.:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Refere o efeito de sentido produzido com o
complexo verbal «foste desvendando».
R.:
O complexo verbal apresenta a ação como uma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . .
Menciona outro recurso estilístico
que, na segunda estrofe, contribua para o mesmo efeito.
R.:
A atuação do Infante D. Henrique é descrita através de uma _______: é crescente
e universal. Começou por desvendar
«ilhas(s)» e «continente(s)», chegando ao «fim
do mundo» e
dando assim a conhecer «a terra inteira».
Explicita o sentido dos dois últimos versos
da composição.
R.: Nos dois últimos versos, .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Comenta o valor expressivo da utilização da
segunda pessoa ao longo do poema.
R.: Com o uso da segunda
pessoa, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Relativamente a «Horizonte»
(p. 107), ordena as frases que se seguem, de modo a resumires o assunto do
poema. Nota que cada frase corresponde a uma estrofe.
a.
Descrição de um mundo novo, através da visão paradisíaca de um espaço até então
desconhecido.
b.
Interpretação simbólica do horizonte, enquanto representação da ambição e do que
nela existe de expetativa.
c.
Evocação da viagem dos navegadores pelo desconhecido e a consequente descoberta
de novas terras e aquisição de novos conhecimentos.
R.: a = ___; b = ___; c = ___.
Depois de relanceares o poema «Sagres», de Miguel Torga, na p.
191, indica o quarteto que tem mais evidentes relações intertextuais com «O
Infante», de Pessoa.
R.:
É a ______ quadra.
Segundo a notícia, o Livre, pela voz da
deputada Joacine Katar Moreira, defende que «o património das ex-colónias
presente em território português possa ser restituído aos países de origem, de
forma a "descolonizar" museus e monumentos estatais.»
Escreve a conclusão de um texto de opinião
em cujos primeiros parágrafos tivesses exprimido uma perspetiva pessoal sobre a
questão apresentada [países europeus devem devolver aos países que eram suas
colónias objetos de arte, etc., recolhidos nos museus desde essa época?].
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TPC — A exemplo do que tenho vindo a fazer
nestas últimas aulas, porei em Gaveta de
Nuvens mais uma ficha do Caderno de
atividades, já resolvida, em torno de mecanismos de coesão (desta vez, coesãotemporal). Deves ir lendo estas fichas. Lembro ainda que está em curso trabalho
«grande» em torno de poema de Pessoa. Por favor, se não o fizeste ainda, lê as
instruções com cuidado e cumpre o prazo indicado.
Aula 86-86R (3 [9.ª], 4 [5.ª], 6/fev [3.ª, 4.ª]) Entrega
de resposta sobre Maria (numa prova com Frei
Luís de Sousa) e alerta sobre respostas a itens 7. Explicação em torno de quadro
de conjunções e orações (advertências; acrescentos).
Classificação de orações
Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário,
Porto, Porto Editora, 2016, pp. 127 e 134:
Exercícios tirados de Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário,
Porto, Porto Editora, 2016, pp. 248-249, 253:
1. Registe no lugar correto
a natureza e o tipo de da oração sublinhada.
Oração
|
Coordenada | Subordinada |
a) A Maria tem muita pena, mas não pode ir à festa. | Adversativa |
—
|
b) Já te disse que não gosto de filmes de terror. | ||
c) Fiz as malas e parti para Londres. | ||
d) A Cláudia era a rapariga que falava em voz baixa. | ||
e) Queres gelatina ou preferes salada de frutas? | ||
f) Mal o despertador tocou, o Carlos levantou-se. | ||
g) O nevoeiro era tanto que não se via nada. | ||
h) Se não nos despachamos, perdemos o autocarro. | ||
i) Embora já fosse tarde, ele ficou a ouvi-la. | ||
j) Ele não está a dormir, pois a luz está acesa. | ||
k) Como não estavas cá, não ouviste a conversa. | ||
l) Quem não sabe nadar não deve entrar no rio. |
2. Classifique as orações sublinhadas.
a)
Embora ela não cante muito bem, todas a escutam, porque a letra da
canção é muito bonita.b) Caso o Abel te telefone, diz-lhe, por favor, que estarei na escola à hora combinada.
c) Logo que ele chegue, manda-me chamar, que eu tenho de falar com ele antes da sessão.
d) Quem se atrasar perde o espetáculo, pois não pode entrar a meio.
e) A Iva não lavou a loiça nem limpou a casa, mas passou a ferro toda a roupa.
f) Por mais que eu lhe pedisse que viesse connosco, não a consegui convencer.
12.
Faça a correspondência entre cada uma das orações sublinhadas e a função
sintática desempenhada. [Em 8., Modificador = Modificador do grupo verbal.]
O
que se segue são os itens de dois exames que, nos itens 4 e 5 do grupo I,
usaram Frei Luís de Sousa.
[2015, época especial]
CENA VI
ROMEIRO,
TELMO; e MADALENA de fora, à porta do fundo
Madalena — Esposo, esposo!
abri-me, por quem sois. Bem sei que aqui estais: abri.
Romeiro — É ela que me chama.
Santo Deus! Madalena que chama por mim...
Telmo — Por vós!
Romeiro — Pois por quem?...
não lhe ouves gritar: — «esposo, esposo»?
Madalena — Marido da minha
alma, pelo nosso amor te peço, pelos doces nomes que me deste, pelas memórias
da nossa felicidade antiga, pelas saudades de tanto amor e tanta ventura, oh!
não me negues este último favor.
Romeiro — Que encanto, que
sedução! Como lhe hei de resistir!
Madalena — Meu marido, meu
amor, meu Manuel!
Romeiro — Ah!... E eu tão cego
que já tomava para mim!... Céu e Inferno! abra-se esta porta... (Investe para a porta com ímpeto; mas para de
repente.) Não: o que é dito, é dito. (Vai
precipitadamente à corda da sineta, toca com violência; aparece o mesmo irmão
converso, e a um sinal do romeiro ambos desaparecem pela porta da esquerda.)
Almeida
Garrett, Frei Luís
de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 214-216
4.
Analise a evolução do estado de espírito do Romeiro ao longo desta cena.
. . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5.
«Por vós!» (linha 8). Explique esta exclamação proferida por Telmo, tendo em
conta o seu conhecimento da obra.
[2014, 2.ª fase]
MADALENA
— Meu adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu
contra esses poderosos? Eles já te querem tão mal pelo mais que tu vales que
eles, pelo teu saber – que esses grandes fingem que desprezam... mas não é
assim, o que eles têm é inveja! – O que fará, se lhes deres pretexto para se
vingarem da afronta em que os traz a superioridade do teu mérito! – Manuel, meu
esposo, Manuel de Sousa, pelo nosso amor...
JORGE
— Tua mulher tem razão. Prudência, e lembra-te de tua filha.
MANUEL — Lembro-me de tudo, deixa estar. Não te inquietes,
Madalena: eles querem vir para aqui amanhã de manhã; e nós forçosamente havemos
de sair antes de eles entrarem. Por isso é preciso já.
MADALENA
— Mas para onde iremos nós, de repente, a estas horas?
MANUEL
— Para a única parte para onde podemos ir: a casa não é minha... mas é tua,
Madalena.
Almeida Garrett,
Frei Luís de Sousa, Lisboa,
Comunicação, 1982, pp. 120-121
Apresente, de forma bem estruturada, as suas
respostas aos itens que se seguem.
4.
Caracterize Manuel, tendo em conta quer as falas de Madalena, quer as decisões
por ele tomadas.
R.:
[Pus já a resposta aconselhada nos cenários de exame; falta só escreveres as
citações que a acompanhavam:]
Madalena
caracteriza o seu marido como homem de mérito, invejado por alguns poderosos
pelo seu valor e saber («__________» – l. __; «__________» – l. __).
As
decisões de Manuel mostram, por seu turno, ser ele um homem de ação, firme e
decidido («________» – l. __); e um homem pragmático («_______» – linha __).
5.
Explique os comportamentos manifestados por Madalena e por Manuel no excerto
transcrito, fundamentando a sua resposta com elementos textuais pertinentes.
Classifica as
orações sublinhadas.
Eu Não Sei Quem Te Perdeu
(Pedro Abrunhosa)
Quando veio, ___________
Mostrou-me as mãos vazias, Subordinante
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo, __________
Eu disse-lhe um segredo:
Não partas nunca mais.
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu
E eu não sei quem te perdeu. __________
Abraçou-me, __________
Como se abraça o tempo, ________
A vida num momento,
Em gestos nunca iguais.
Cantou contra o meu peito ________
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu _________
E eu não sei quem te perdeu. _________
Esta
música é dedicada a todos os que amam, ________
porque quem ama tem medo de perder. ________
Subordinada
substantiva relativa
E eu gostava _______
que vocês hoje fossem a
minha voz
Subordinada substantiva completiva
A cada beijo teu.
Esta noite sou dono do céu
E eu não sei quem te perdeu.
TPC — Lê mais uma ficha corrigida reproduzida do Caderno de atividades
(desta vez, sobre Predicativo do sujeito e Predicativo do complemento direto).
Aula 87-88 (5 [9.ª], 7/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) A
partir da p. 109 temos já poemas da terceira parte de Mensagem («O Encoberto»). Começa por ler os excertos
expositivos em «O Sebastianismo», na p. 110, e em «O Quinto Império», na p. 111.
Depois, completa esta «tradução», do
poema «Quinto
Império» (p. 109). Terás de copiar nos lugares corretos as
paráfrases dos versos de Pessoa (nessas «traduções», não pus a pontuação de
final de verso).
«Traduções» a copiar nas
lacunas (aqui, desordenadas, claro):
Perante a visão que só a alma tem
Senão o destino de esperar pela
morte em vida
É da natureza humana ser
descontente, querer possuir
Passados os quatro Impérios
Surgir à luz do dia
A Europa — todos esses Impérios
acabaram
Pobre de quem vive seguro
Um sonho maior que faça abandonar
todos os confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Gerações passam
O Quinto Império, a Nova Vida
_______________________________________
Pobre de quem, seguro, se contenta
com o pouco que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objetivo
_______________________________________
_______________________________________
Pobre de quem apenas sobrevive e
nada mais deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
_______________________________________
_______________________________________
Num tempo que é feito de gerações
_______________________________________
Mas as forças da guerra,
irracionais, param
_______________________________________
_______________________________________
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
_______________________________________
Ele que começou a gerar-se da noite
(morte)
Grécia, Roma, o Império Cristão
_______________________________________
Acabaram porque tudo se acaba com o
tempo
Falta assim viver o Império da
Verdade
O Quinto Império a que preside D.
Sebastião.
A seguir, também com versos lacunares, pus uma tradução
de «Nevoeiro»
(p. 112), o último poema de Mensagem.
Desta vez, cabe-te criar as paráfrases em falta. («À vitória!» corresponde ao
latino «Valete, Fratres», que subscreve o original mas que o manual omitiu.
Podes ver esse final do poema na edição sobre as mesas, na p. 91.)
Nevoeiro
Nem governante nem leis, nem tempos
de paz ou de conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor
triste
______________________________________
Vida exterior sem luz intensa, sem
fogo de paixão e vontade
______________________________________
Os Portugueses não sabem o que
verdadeiramente querem!
Não conhecem a sua alma — o seu
Destino
_________________________________________
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia
neles, uma ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte
_________________________________________
Portugal é, no presente, como o
nevoeiro.
______________________________________
À vitória!
Só com citações do poema, completa esta análise de
«Nevoeiro».
O poema
inicia-se com uma imagem negativa de Portugal, que estará a «________».
Portugal surge personificado, marcado pela falta de identidade nacional
(acentuada pelos quatro conetores copulativos em «______») e por um estado de
indefinição. A simbologia do título («_______») ajuda nesta caracterização
depreciativa. Também boa parte do léxico da primeira estrofe remete para a
opacidade, embora em contraste com a hipótese de uma luz («_______», «______»,
«______»).
Entretanto,
surge o parêntese «_______», a assinalar a passagem para um clima menos cético.
A oposição de caráter paradoxal «_______» relaciona-se com a linha ideológica
que estrutura Mensagem: a
simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois
pares de anáforas («_______», «_______»; «______», «______») intensificam a
indefinição que envolve Portugal.
O apelo
final («_______») e a saudação em latim («______»), pelo tom exortativo que
encerram revelam a crença na mudança de um Portugal que, no último verso da
segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «________».
No sketch «Gajos que tentam adivinhar»
(série Meireles) há uma personagem que completa frases que o interlocutor
começara. As expressões que o indivíduo impaciente vai tentando adivinhar têm a
mesma função sintática que as
expressões certas. Classifica cada uma das alíneas, usando uma destas funções
sintáticas:
predicado
complemento oblíquo
predicativo do sujeito
predicativo do complemento direto
modificador do grupo verbal
Falar-te-ei
sobre o André |sobre o
primeiro-ministro | sobre o último disco da Shakira| sobre o almanaque Borda d'Água |sobre o Meireles
___________
É
simpático | amarelo | muito
aberto a novas experiências | muito amigo do Rodolfo | acintoso
_____________
Entra
em salas de cinema | em
contradições |em auto-estradas | em discussões
_____________
Faz-me sentir
sportinguista | roxo | apertado
naquelas calças justas | mal
____________
O que é que tu / eu
estou a fazer aqui | comi
ao pequeno-almoço | quero de presente de anos | achas
_____________
Que achas
a propósito da Magda | a
propósito do alargamento da União Europeia |a propósito da falta de
consistência da defesa da seleção | a propósito da maneira de ser do Meireles
____________
Estas estâncias dos Lusíadas
— canto X, 144-146 — são já posteriores à Ilha dos Amores. Relatam
o regresso a Lisboa (144) e incluem depois uma reflexão do poeta.
Assi foram cortando o mar sereno,
Com
vento sempre manso e nunca irado, Até que houveram vista do terreno
Em que naceram, sempre desejado.
Entraram pela foz do Tejo ameno,
E a sua Pátria e Rei temido e amado
O prémio e glória dão por que mandou,
E com títulos novos se ilustrou.
Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
D’ũa austera, apagada e vil tristeza.
E não sei por que influxo de destino
Não tem um ledo orgulho e geral gosto,
Que os ânimos levanta de contino
A ter pera trabalhos ledo o rosto.
Por isso vós, ó Rei, que por divino
Conselho estais no régio sólio posto,
Olhai que sois (e vede as outras gentes)
Senhor só de vassalos excelentes.
Nô mais = não mais, basta | destemperada = desafinada | Conselho = determinação | sólio = trono
Compara o final de Mensagem com as
estâncias (quase) finais também de Os Lusíadas (sobretudo 145-146). Bastarão
cerca (ou pouco mais) de 100 palavras.
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[No final de ambas as
obras, o texto assume um tom disfórico, com a descrição crítica do povo
português. Contudo, em ambos os poemas, surge um apelo à renovação. Nos Lusíadas,
o poeta lembra a D. Sebastião a qualidade dos seus vassalos. No último poema de
Mensagem, traça-se um retrato sombrio da nação portuguesa, mas
conclui-se com uma exortação à mudança, à ação.]
TPC
— Duas hipóteses: a) [para
quem concorrer ao concurso ‘Ética no desporto e na vida’:] texto, talvez
mais cronístico do que argumentativo, suscetível de caber no tema ‘Ética no
desporto e na vida’ — a computador (ver instruções) e enviando-mo, ao logo da
próxima semana; b) [para quem prefira descartar o concurso:] texto de
opinião à exame, em torno de qualquer defesa à volta do mesmo tema ou de
qualquer tema argumentável sobre desporto, para treino de grupos III, em cerca
de 250 a 350 palavras — escreverão à mão e trar-me-ão em papel, ao longo da
próxima semana.
Aula 89-90 (6/fev [aula só para 12.º 9.ª]) Esta aula
foi diluída na aula 92-93 das várias turmas (abreviando-se algumas das tarefas),
e por isso não se transcreve aqui, já que não diverge muito dessa aula 92-93.
Na aula 92-93 da turma 9 usou-se tema diferente para as dissertações, ouviu-se um
trecho de «E o resto é História».
a) Elas lavaram os pratos.
b) Amanhã faremos o bife.
c) A Vénus e eu comprámos os hipopótamos.
d) O Nakajima telefonou à Yoko e a ti.
e) O meu primo falou aos traficantes.
f) A Iva ofereceu os presentes à aniversariante.
g) Diz a verdade, estúpido!
h) Faria a viagem contigo, Eusébio.
i) Não provarei o cozido.
b) — Amanhã estou lá às 10 horas. Não faltarei — disse a Josefa à irmã.
c) — Tens mesmo de ir à minha casa — disse o Adão à Iva.
d) — Deve ligar este fio ao vermelho e carregar no botão — disse o funcionário da loja.
e) — Onde vais amanhã? — disse o Emanuel.
f) — Eu menti porque tive medo. Não volta a acontecer, mãe! — disse o António.
g) — Sim, esta nota é falsa — disse o Duarte ao Rui.
h) — Não aguento mais esta situação! — disse a Helena.
Aula 91-91R (10 [9.ª], 11 [5.ª], 12/fev [3.ª, 4.ª]) Na
p. 175, lê o poema de Afonso Cruz (que devíamos ter
aproveitado já na semana passada, para que calhasse no dia que lhe serve de
título).
Transcreve, se necessário
com ligeira reformulação, o antecedente (o referente) da anáfora «lo» (v. 2): ___________
Explica a singularidade,
as idiossincrasias, do diário referido na última estrofe.
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Como adivinhamos que o
autor das linhas biográficas no final da página (tiradas da contracapa de Mar) terá sido o próprio Afonso Cruz?
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[Exercício
de Gramática Prática de Português. Da
Comunicação à Expressão. Exercícios:] Reescreve as frases, substituindo as
expressões destacadas pelos pronomes pessoais convenientes:
a) Elas lavaram os pratos.
b) Amanhã faremos o bife.
c) A Vénus e eu comprámos os hipopótamos.
d) O Nakajima telefonou à Yoko e a ti.
e) O meu primo falou aos traficantes.
f) A Iva ofereceu os presentes à aniversariante.
g) Diz a verdade, estúpido!
h) Faria a viagem contigo, Eusébio.
i) Não provarei o cozido.
Mais itens de exame (com orações)
[2015, 1.ª fase:]
9. Identifique a função
sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «E diz que o
olfato perdeu importância em favor da visão» (linha 21).
________
10.
Classifique a oração iniciada por «mesmo se»
(linha 29). [Cresce
todo um comércio ligado ao olfato ambiental, com aromas para as várias divisões
da casa e para o automóvel, líquidos que imitam o odor do pinheiro ou da
lavanda, mesmo se os nossos estilos de vida nos distanciam cada vez mais da
natureza.]
________
[2015, 2.ª fase:]
9. Identifique o valor
da oração subordinada adjetiva relativa introduzida por «que» (linha 10). [A
fidelidade do realizador ao texto começa nessas palavras, ditas por um narrador
que, falando pela voz de Eça, não pretende ser o escritor, nem imitá-lo, mas
apenas contar a história por ele, assim continuando em todo o filme,
introduzindo lugares, personagens, episódios.]
________
[2015, época
especial:]
7. A oração «que vai
começar o embarque» (linha 16) [Quando a voz do altifalante avisa que vai
começar o embarque, não tenho pressa.] é uma oração subordinada
(A)
substantiva relativa. | (B) substantiva completiva. | (C) adjetiva relativa. | (D) adverbial
consecutiva.
8. Identifique o valor
da oração subordinada adjetiva relativa presente em «A mente, ocupada com a
obsessão de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que
começará em breve.» (linhas 7 e 8).
________
9. Identifique a função
sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «Sei que
chegaremos todos ao mesmo tempo.» (linha 18).
________
Itens
de exame (com funções sintáticas)
[2016,
1.ª fase:]
5. Nas expressões «protege-nos dos
riscos» (linha 17) e «A ciência traz-nos constantemente novos riscos» (linhas
28 e 29), os pronomes pessoais desempenham as funções sintáticas de
(A) complemento
indireto e de complemento direto, respetivamente.
(B) complemento
direto e de complemento indireto, respetivamente.
(C) complemento
indireto, em ambos os casos.
(D) complemento
direto, em ambos os casos.
10. Refira
a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «é
inevitável que vivamos permanentemente sob ameaças» (linha 8).
__________
[2016, 2.ª fase:]
8. Identifique
a função sintática desempenhada pela expressão «o rio Saône» (linha 14). [Vai
levando o rio Saône a sua corrente envenenada, e é neste momento que uma gota
de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa, que devagar
vai engrossando e tarda tanto a cair, e não cai enquanto a olho fascinado.]
___________
[2015, 2.ª fase:]
10. Refira a função
sintática desempenhada por «que» (linha 26). [Em Os
Maias de João Botelho, ao contrário do que acontece com
as personagens, e à parte as cenas de interior, filmadas em ambientes da época que ainda hoje mantêm as suas
características — a Casa Veva de Lima, o Grémio Literário —, não encontramos
cenários realistas, que a Lisboa de hoje não permitiria.]
___________
[2014, 1.ª fase:]
2.1. Identifique
a função sintática desempenhada pela palavra «queirosiano» (linha 13). [Mas se
é verdade que Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços
sociológicos continua queirosiano,
parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a sua prosa e
os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente inultrapassável.]
___________
[2014, 2.ª fase:]
2.3. Identifique a função
sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «pode inspirar-nos em cada
tempo» (linhas 29 e 30). [O magistério crítico de Vieira ainda faz sentido nos
dias de hoje e pode inspirar-nos em cada tempo para não desistirmos de
construir uma sociedade mais justa e mais fraterna.]
___________
[2014, época especial:]
2.3. Identifique a função
sintática desempenhada pela expressão «viver e pensar» (linha 25). [Caeiro não
é um filósofo, é um sábio para quem viver
e pensar não são atos separados.]
___________
[2013, 1.ª fase:]
2.3. Identifique a função
sintática desempenhada pela expressão «secreta e insolúvel» (linha 22).
[Permanecerá para sempre secreta e insolúvel.]
___________
[2013, 1.ª fase, data
especial:]
2.3. Identifique
o sujeito da oração «mas com as viagens marítimas tudo mudou» (linhas 17 e 18).
___________
[2013, 2.ª fase:]
1.7.
Na frase «A mãe tentou compensar-me, tentou lutar
contra a minha morte dando-me poesia.»
(linha
36), os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as funções sintáticas de
(A) predicativo do sujeito e
complemento direto.
(B) complemento indireto e
complemento direto.
(C) complemento direto e complemento
indireto.
(D) predicativo do sujeito e complemento indireto.
[2013, época especial:]
2.3. Identifique a função
sintática do pronome pessoal sublinhado em «eu tenho livros que me foram
oferecidos» (linha 26).
___________
Dá um relance aos textos diarísticos de Miguel
Torga, na p. 173, e de Vergílio Ferreira, na p. 171, bem
como ao enquadrado com as características do diário.
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Classifica quanto à função sintática os
segmentos sublinhados (nota que não acrescentei pontuação ao poema, pelo que,
como é normal nestes casos de reprodução de letras de canções, sendo escassa a
pontuação inscrita, nem sempre fica clara a sintaxe que o autor pretendia).
«Palhaços»
(The soaked
lamb [música: Afonso Cruz e Tiago Albuquerque / letra: Gito Lima])
Senhoras,
senhores ________
Meninas,
meninos
Operários,
doutores
Grandes e
pequeninos
A pedido das
melhores famílias________
Quem tem voto
neste assento ________
O circo veio de
malas e mobílias
P’r’acabar com
o lamento ________
Com os animais
habituais
Tem outros
tais, bem especiais
São lobos,
cobras, lagartos ________
Palhaços ricos
e fartos
O circo chegou à
cidade ________
Numa tenda de
pedra e cal
Traz paz,
traz felicidade ________
Até dinheiro e
coiso e tal
Artistas nas
faces das revistas
De pés p’r’ó ar
e vice-versa
Ilusionistas
bem malabaristas
Balões de ar e
de conversa
Já arde o
teto do barraco ________
Não se mexam do
lugar ________
É parte do
grande espetáculo
Ninguém sai até
acabar
O circo chegou à
cidade
Numa tenda de
pedra e cal
Traz paz, traz
felicidade ________
Até dinheiro e
coiso e tal
O circo chegou à
cidade ________
Numa tenda de
pedra e cal
Traz paz, traz
felicidade
Até dinheiro e
coiso e tal
O circo está
instalado
E está mesmo
aqui ao lado. ________
Aula 92-93 (10 [3.ª, 5.ª], 11 [4.ª], 12/fev [9.ª]) Correção
de conclusão de argumentação feita em aula anterior.
A Reprodução do discurso no discurso —
ou Modos de relato do discurso —
está sintetizada nas pp. 23 e 24 do anexo do manual. Para a exercitarmos, socorro-me
mais uma vez da Nova Gramática Didática
de Português. (Obrigado, NGDP.)
1. Identifique os modos de relato de discurso
[discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre] presentes nos exemplos seguintes.
Texto 1
— O telefone está a tocar! — disse a mãe.
— É para mim. Não atendas. — respondeu o filho.
Texto 2
— Manos! O cofre tem três
chaves... Eu quero fechar a minha fechadura e levar a minha chave!
— Também eu quero a minha,
mil raios! — rugiu logo Rostabal.
Rui
sorriu. Decerto, decerto! A cada dono do ouro cabia uma das chaves que o
guardavam.
Eça de Queirós, «O Tesouro», Contos.
Texto 3
— «E
tu, Chico Calado?» — E o Chico Calado lá explicou na sua linguagem de trejeitos
que gostaria de poder impingir os seus elixires sem suportar perseguições nem
pedradas.
José Gomes Ferreira, Aventuras de João Sem Medo.
Texto 4
E ele respondeu que nunca
na vida fora visto por um médico, nunca tomara um remédio comprado na farmácia,
e não era agora que havia de mudar.
António
Mota, A Casa das Bengalas.
2. Transponha as frases seguintes para o
discurso indireto, utilizando alguns dos verbos listados abaixo, de forma a não
repetir o verbo dizer.
insistir | anunciar | exclamar | perguntar |
explicar | concordar | prometer | admitir |
a) — Vou-me casar para o ano — disse o Honório.
b) — Amanhã estou lá às 10 horas. Não faltarei — disse a Josefa à irmã.
c) — Tens mesmo de ir à minha casa — disse o Adão à Iva.
d) — Deve ligar este fio ao vermelho e carregar no botão — disse o funcionário da loja.
e) — Onde vais amanhã? — disse o Emanuel.
f) — Eu menti porque tive medo. Não volta a acontecer, mãe! — disse o António.
g) — Sim, esta nota é falsa — disse o Duarte ao Rui.
h) — Não aguento mais esta situação! — disse a Helena.
Na p. 8 do manual, o excerto de Os Maias interessa-nos por causa
do discurso indireto livre, mas
também para descortinarmos elementos
trágicos.
Lê o texto. Depois, vê as soluções já lançadas
das perguntas 1, 2 e 3 da p. 9, completando as lacunas com termos relativos à
tragédia clássica (a escolher entre estes:
Hybris
(desafio daspersonagens à ordem instituída) || Peripécia (momento em que se
verifica uma alteração no rumo dos acontecimentos) || Anagnórise (reconhecimento ou revelação
de acontecimentos desconhecidos) || Clímax
(momento de maior intensidade da ação) || Catástrofe
(desenlace trágico) || Ágon (conflito vivido pelas
personagens) || Pathos
(sofrimento crescente das personagens) || Ananké (destino) || Catarse (efeito purificador nos
espetadores)
1. Situa o texto na estrutura interna do
romance.
R.:
O texto integra um momento-chave da intriga principal, a revelação de que
Carlos e Maria Eduarda são irmãos. É Guimarães, tio de Dâmaso e recentemente
chegado de Paris, que revela a Ega esse parentesco, preparando-se para lhe
entregar uma caixa com papéis de Maria Monforte.
Podemos
dizer que este momento de Os Maias —
em cuja estrutura encontramos, ao lado de uma feição de painel social, um eixo que tem características de tragédia — corresponderá ao que, nas
tragédias clássicas, se designa _________, na medida em que equivale a um
reconhecimento (Maria Eduarda é a filha de Maria Monforte, logo é a irmã de
Carlos — como em Frei Luís de Sousa
temos a identificação do Romeiro com João de Portugal, por Jorge). Esta
revelação de dados desconhecidos, aliás casual, constitui também a ________,
implicando a mudança do curso da ação.
2. Caracteriza o estado emocional da
personagem Ega, referindo os motivos de natureza pessoal que o justificam.
R.:
Depois da terrível revelação, quando fica sozinho, à espera do Guimarães, Ega
sente uma profunda angústia, misturada com confusão emocional («como um
sonâmbulo»). Mas a certeza do parentesco de Carlos e Maria Eduarda é abalada
pela racionalidade de Ega, que começa a desconfiar («subiu nele uma
incredulidade») de uma história tão incrível, uma «catástrofe de dramalhão». No
entanto, regressando à realidade, o peso da revelação provoca nele um
abatimento que o conduz à aceitação da verdade («Sim, tudo isso era provável»).
A angústia, a
incredulidade e o abatimento devem-se à amizade que une Ega a Carlos e que o
faz antecipar o seu sofrimento (mas o maior grau de _______ virá a ser talvez o
de Afonso) e a ______ que se abaterá sobre os Maias. É discutível qual seja o
momento do ______ (a morte de Afonso, como a de Maria em Frei Luís de Sousa, as duas vítimas maiores da tragédia?), que não
é dissociável da persistência de Carlos na relação com Maria Eduarda, quando já
estava alertado para o seu caráter incestuoso, um verdadeiro momento de ________
da parte do protagonista, que assim ousava enfrentar o que dispusera o destino
(________).
Este papel de Ega (e
Vilaça) é, no caso de Frei Luís de Sousa
desempenhado por Jorge, mas também por Telmo e pelo próprio Manuel, já que é Madalena
que será vista como a maior vítima da dor e também fora ela quem vivera em
conflito (_______) durante toda a peça.
Anota exemplos de discurso indireto livre
no trecho de Os Maias (o da p. 8):
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Vê estes grupos III — que elaborei
segundo o modelo dos últimos exames:
GRUPO III —
hipótese 1
Se
algumas pessoas consideram que a afluência de visitantes estrangeiros é uma
mais-valia da Lisboa destes últimos anos, outras defendem que o crescimento do
turismo pode ter um impacto negativo, apontando os perigos da gentrificação de
que sofrem há muito cidades como Barcelona ou Veneza e se iriam insinuando
também nos centros de Lisboa e do Porto.
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a
problemática apresentada.
No
seu texto:
—
explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o
em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
—
utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
GRUPO III
— hipótese 2
Há
exemplos de movimentos de jovens que configuraram momentos de libertação e
revolta contra os poderes instituídos, influenciando as outras gerações. Há
quem diga que Greta Thunberg e a divulgação da emergência climática terá
impacto idêntico; porém, não são poucos os que associam a jovem sueca ao
controlo de uma agenda que interessaria à chamada «globalização».
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão
apresentada.
No
seu texto:
—
explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o
em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
—
utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
. . . . . . . . . . . . . .
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Classifica as orações sublinhadas:
Amar
pelos dois
(Luísa
Sobral; interpret.: Salvador Sobral)
Se um dia alguém
perguntar por mim,
Diz
que vivi para te amar.
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para
dar.
Meu bem, ouve as minhas
preces:
Peço
que regresses, que me voltes a
querer.
Eu sei que não se ama
sozinho,
Talvez devagarinho
possas voltar a aprender.
Meu bem, ouve as minhas
preces:
Peço que regresses, que
me voltes a querer.
Eu
sei que não se
ama sozinho,
Talvez devagarinho
possas voltar a aprender.
Se o teu coração não
quiser ceder,
[Se] Não sentir paixão,
[Se] não quiser sofrer
Sem fazer planos do que
virá depois,
O
meu coração pode amar pelos dois.
TPC — Duas hipóteses: a) [para quem queira concorrer ao prémio ‘Ética no desporto e na
vida’:] texto, talvez mais cronístico do que argumentativo, suscetível de
caber no tema do concurso (ver Instruções) — a computador e enviando-mo ao
longo da próxima semana; b) [para
quem prefira descartar o concurso:] texto de opinião, à exame, em torno de defesa
do mesmo tema ou de qualquer tema argumentável sobre desporto, para treino de
grupos III, em cerca de 250 a 350 palavras — escreverão à mão e trar-me-ão a
folha.
Aula 94-95 (13 [9.ª], 14/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Vamos dar um relance aos poetas das gerações posteriores à de Pessoa.
O ano passado fizemos umas leituras na diagonal idênticas mas com livros dos
poetas novíssimos, os ainda mais recentes do que estes.
Caberá a cada um dos
alunos um livro de dimensão razoável (por vezes, com a obra completa de um dado
poeta) ou vários pequenos livros (diversas obras soltas de um mesmo autor).
Manuseia-os com o cuidado que se deve ter sempre e, sobretudo, quando os livros
em causa são de quem não gosta de ter livros com os cadernos soltos — por os
terem espalmado —, vincados — por os terem usado sob papéis em que se tivesse
escrito —, com folhas rasgadas — por os terem folheado negligentemente.
O objetivo é
escolher uma estrofe ou duas (mas num total de menos de dez versos).
Não interessa se esses versos são do início, do meio ou do fim de um poema (ou
se até são um poema completo), mas terão de ser seguidos. Transcreverás
os versos na tua folha, muito legivelmente. Depois, lê-los-ás à turma.
Elegeremos o
melhor trecho poético. A nossa classificação incidirá sobre os versos ouvidos,
o que implica que (1) se trate de passos interessantes; (2) a tua leitura
em voz alta seja expressiva. (Ao declamador vencedor caberá um prémio Tia
Albertina, a repartir com o poeta responsável pelo trecho lírico laureado — se
ainda for vivo.)
Depois da
transcrição, escreve a referência bibliográfica, segundo este modelo:
Vieste!
Cingi-te ao peito.
Em
redor que noite escura!
Não tinha rendas o
leito,
Não tinha lavores na
barra
Que era só a rocha
dura...
Muito ao longe uma
guitarra
Gemia vagos harpejos...
(Vê tu que não me
esqueceu)...
E a rocha dura aqueceu
Ao calor dos nossos
beijos!
Tomás
de Alencar, «6 de Agosto», Flores e
martírios, 2.ª ed., Alenquer, Editora Romântica, 1850 [1.ª ed.: 1848], pp.
23-25, p. 24.
Ou
seja: o que transcrevemos está na página 24 do livro Flores e martírios, de Tomás de Alencar, e pertence ao poema «6 de
Agosto». Como o poema ocupa mais páginas do que a passagem citada, indicamos as
páginas do poema, «pp. 23-25», bem como a precisa página em que fica o trecho
transcrito («p. 24»). Pomos também o número da edição, a cidade da editora, a
editora, o ano da publicação (e, entre parênteses retos, a data da edição
original). Se se tratasse da 1.ª edição — ou não houvesse indicações acerca
disso —, bastaria pôr a data (ficaria: ‘Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, Monte de Caparica,
Editora Bulhão Pato, 1848, pp. 27-29, p. 28’ ).
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Se tiveres tempo,
depois de cumprido o que ficou em cima, descreve a situação que se coaduna com
o livro que viste.
Predominam
os versos {circunda} rimados / não
rimados.
Em
geral, {circunda} há /não há uma
métrica fixa (nesse caso, há sobretudo {circunda}
monossílabos / dissílabos / trissílabos / tetrassílabos / pentassílabos /
hexassílabos / heptassílabos / octossílabos / eneassílabos / decassílabos /
hendecassílabos / dodecassílabos).
As estrofes {circunda}
não seguem / seguem um padrão fixo (há composições em {circunda} dísticos / tercetos / quadras / quintilhas / sextilhas /
oitavas / décimas).
{Circunda}
Não há / Há composições póeticas estandardizadas (soneto, quadra popular,
etc.).
Se
quisesse designar o tema que agrega a maioria destes textos, diria que são
poemas sobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Talvez encontre
em alguns destes poemas influências de Fernando Pessoa (e heterónimos) — ou de
Cesário Verde, quem sabe — ou, ao menos, linhas comuns de abordagem. Por
exemplo, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Poeta (nascido entre 1900 e 1974)
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lido por...
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minha nota
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nota do mestre
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lugar
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José Régio (1901-1969)
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Vitorino Nemésio
(1901-1978)
|
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António Gedeão
(1906-1995)
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Miguel Torga (1907-1995)
|
||||
José Blanc de Portugal
(1914-2001)
|
||||
Sophia
de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
|
||||
Jorge de Sena
(1919-1978)
|
||||
João José Cochofel
(1920-1982)
|
||||
Raul de Carvalho
(1920-1984)
|
||||
Carlos de Oliveira
(1921-1981)
|
||||
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
|
||||
Mário
Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)
|
||||
Natália Correia
(1923-1992)
|
||||
Sebastião da Gama
(1924-1952)
|
||||
Alexandre O’Neill
(1924-1986)
|
||||
João Rui de Sousa
(1928)
|
||||
Herberto Helder (1930-2015)
|
||||
Armando Silva Carvalho
(1931)
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Ruy Belo (1933-1978)
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António Osório (1933)
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Pedro Tamen (1934)
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Manuel Alegre (1936)
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Alberto Pimenta (1937)
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Fernando Assis Pacheco
(1937-1995)
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Fiama Hasse Pais
Brandão (1938-2007)
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Luiza Neto Jorge
(1939-1989)
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João Miguel Fernandes
Jorge (1943)
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||||
Joaquim Manuel
Magalhães (1945)
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Al Berto (1948-1997)
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Nuno Júdice (1949)
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Ana Luísa Amaral
(1956)
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Fernando Pinto do
Amaral (1960)
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Adília Lopes (1960)
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Pedro Mexia (1972)
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Manuel de Freitas
(1972)
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Escreve um
comentário crítico sobre os versos que escolheste (podes aludir ao poema no seu
todo, se achares importante; ou até ao conjunto do que leste, mas sempre a
pretexto da análise dos versos que transcreveste). Inclui citações.
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O filme de que veremos hoje o início — Sylvia, realizado por Christine Jeffs —
é sobre a poetisa americana Sylvia Plath (1932-1963) e a relação
conturbada com o marido, o poeta inglês Ted
Hughes. Esta importante escritora é contemporânea da geração do meio, se considerarmos
que são três as que compõem a lista de poetas pós-Pessoa. (Podemos estabelecer que
há três gerações na tabela e tomar os três poetas que teremos de ler mais
atentamente, os que vêm no manual — Miguel
Torga, Eugénio de Andrade, Ana Luís Amaral —, como referência para
cada uma dessas gerações. Plath nasceu não muito depois de Eugénio de Andrade,
mas morreu ainda antes de nasceram os mais novos da lista, já que se suicidaria
com apenas trinta e um anos.)
TPC — Se já tens a redação para o concurso corrigida por mim,
lança as emendas e envia-me a nova versão (sempre a Arial, corpo 12, 1 espaço
de entrelinha).
Aula 96-97 (17 [3.ª, 5.ª], 18 [4.ª], 19/fev [9.ª]) Na
p. 211, lê «Coisas de partir», de Ana
Luísa Amaral.
Relativamente aos seis primeiros
versos, explica, por palavras tuas, qual é, no fundo, o objetivo do eu do
poema.
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Nos versos 7-12, gera-se
um receio («o meu alarme nasce»). Explica o novo problema.
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Na última quintilha
chega-se a uma solução. [Lê a resposta
que ponho a seguir.]
Através de palavras que exprimem o amor, o
sujeito poético sugere que corpo amado e poema se fundam, sejam um só.
Resolve o item 7 na p.
212:
A
= ___; B = ___; C = ___; D ___; E = ___.
Os poemas de Fernando Pessoa sobre
a arte poética — «Autopsicografia»
(p. 34) e «Isto» (p. 36) — versam questão semelhante à que se põe em «Coisas de
partir». Compara as duas perspetivas (pessoana e do sujeito do poema de Ana
Luísa Amaral).
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Lê o poema de Ana Luísa Amaral na
p. 213-214. Depois, escreve uma nova «Pequena ode, em anotação quase
biográfica», que remeta para um sujeito poético que, como se costuma dizer, por
exemplo, dos poemas de Sylvia Plath, seja marcadamente confessional (isto é,
identificável com o autor, ou seja, contigo). Manter-se-ão alguns dos versos (e
partes de versos) bem com as duas últimas estrofes (as na p. 214) que já não
copiei.
Pequena
ode, em anotação quase biográfica
Bom dia, _______________________
por essa saudação e de manhã,
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______________________________
______________________________
Bom dia, _______________________
______________________________
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o tempo
Bom dia, _______________________
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______________________________
que nunca mais se visse
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Bom dia, _______________________
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______________________________
todos os dias
Bom dia, _______________________
quantas mais vezes te direi bom dia,
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______________________________
Bom dia, _______________________
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______________________________
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desalinho
https://www.rtp.pt/play/p3076/e378001/o-som-que-os-versos-fazem-ao-abrir
TPC — Em Gaveta
de Nuvens relanceia ficha do Caderno
de atividades corrigida sobre Reprodução do discurso no discurso.
Aula 98-98R (17 [9.ª], 18 [5.ª], 19/fev [3.ª, 4.ª]) Explicação
do seu enquadramento e audição da parte III de «O Sentimento dum Ocidental»
(por Sinde Filipe).
Perguntas e soluções tiradas, com poucas
adaptações, de uma sebenta sobre Cesário Verde (da autoria de Auxília Ramos e
Zaida Braga, a quem agradeço o auxílio e o zaido):
1.
Refira as coordenadas espácio-temporais em torno das quais esta parte do poema
se estrutura.
[completa com as transcrições em falta]
O poema desenvolve-se
acompanhando o deambular do sujeito poético pelas ruas da cidade — «____» (v. 2), «____» (v. 3), «Cercam-me as lojas» (v. 5) — num determinado período
do dia, a noite — «____» (v. 1). O próprio título desta terceira parte de «O Sentimento
dum Ocidental», «___», remete para esse momento em que a luz natural já
desaparecera e ficara apenas a iluminação artificial usada à época.
2.
Ao longo do poema há referências a determinados tipos sociais. Indique-os.
[risca o que tiver sido acrescentado indevidamente]
São vários os tipos
sociais que «povoam» o texto: as impuras (v. 2), as burguesinhas (v. 9), a
mulher «magnética» (v. 27; «a lúbrica pessoa», v. 25), a adolescente de tranças (v. 28) e a velha de bandós (v.
29) constituem o leque feminino de personagens. A par, surgem outras figuras
como o forjador (v. 14), o «ratoneiro imberbe» (v. 20), os
caixeiros (v. 36), o cauteleiro (l. 39) e o «velho professor», agora um pobre pedinte (vv. 43-44), depois dos
péssimos exames que os seus alunos da ESJGF fizeram (precisamente porque ele os
distraía a lerem frases absurdas como esta).
3.
Escolha uma das figuras femininas referidas e estabeleça uma comparação,
apontando semelhanças e diferenças, com outras figuras femininas cesarianas.
[completa com profissões]
Das várias figuras
femininas referidas, talvez a mulher «magnética» (v. 27) seja aquela que
permite estabelecer mais aproximações e mais pontos de afastamento com outras
figuras femininas da imagética cesariana. Assim, pela sua sensualidade, mas ao
mesmo tempo pelo seu estudado distanciamento, ela aproxima-se da milady de «Deslumbramentos»; a sua
futilidade coloca-a no polo oposto ao das mulheres do povo tão frequentes em
Cesário: a ______ de «Num Bairro Moderno», as ____ de «Cristalizações», a _____ de
«Contrariedades».
4.
Este poema aborda alguns dos temas-chave da poesia cesariana. Justifique a
afirmação, apoiando-se também em excertos textuais.
[completa com os números do versos]
Este excerto quase
constitui uma súmula dos temas fulcrais da poesia de Cesário. Assim, para além
da variedade de figuras femininas presentes, as outras «personagens» ora são um
meio de o poeta expressar a sua solidariedade pelos excluídos (o velho
professor), ora um meio de concretizar a pintura da cidade, que aqui aparece,
como é constante nos poemas de Cesário, como símbolo de dor, sofrimento,
solidão, até de vencidismo — «Mas tudo cansa!» (v. ___). Por oposição, surge,
implicitamente, uma ténue alusão ao campo, modelo de saúde, vida, força — «Um
cheiro salutar e honesto a pão no forno»
(v. ___).
Finalmente, dever-se-á ainda referir as fugas imaginativas presentes na segunda
e na décima estrofes («Eu penso / Ver círios laterais, ver filas de capelas», vv. _____; «Tornam-se mausoléus as armações fulgentes», v. ___).
5.
Indique de que forma se concretiza, ao longo do poema, o carácter sensorial do
texto.
[completa com tipos de sensações]
Todo o poema e, por isso, toda a descrição da cidade assentam numa
sucessão de sensações, desde as _____ («Um sopro que arrepia os ombros quase nus», v.
4), as _____ («ao chorar doente dos pianos», v. 11; «Da solidão
regouga um cauteleiro rouco», v. 39; «Pede-me sempre esmola», v. 43), as ______ («exala-se, inda quente / Um cheiro salutar e honesto a pão no forno», vv. 15-16; «Flocos
de pós de arroz pairam sufocadores», v. 35) ao claro
predomínio das _____ («E
a vossa palidez romântica e lunar!», v. 24).
6.
Comente o facto de alguns críticos literários considerarem «O Sentimento dum Ocidental» como uma espécie de epopeia de sinal negativo.
[responde, mesmo sem citações]
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Mais
uma tarefa que agradeço à Gramática
Didática de Português (Santillana, 2011):
1.
Identifique as figuras de estilo presentes nos excertos seguintes.
a) Tentei uma brecha
naquela impenetrável muralha de palavras, já cansada de andar para cá e
para lá no corredor, enquanto a minha mãe, da sala perguntava, pela 756.ª
vez, quem era.
Alice Vieira,
Chocolate à Chuva.
b) Bastava a ponta dos
meus dedos sobre a mesa, e logo o coração da mesa respondia, batendo
pausadamente ao ritmo do meu.
Alice Vieira,
Chocolate à Chuva.
c) Na primavera / o sol / faz o ninho / no
beiral da minha casa.
Francisco Duarte Mangas; João Pedro
Mêsseder, «Ave», Breviário
do Sol.
d) São como um cristal, / as palavras. / Algumas,
um punhal, / um incêndio. / Outras, / orvalho apenas.
Eugénio de Andrade, «As Palavras», Antologia Breve.
e) [...] aquela menina
casadoira, / que mora junto ao largo, / vem à varanda ver a Lua.
Manuel da
Fonseca, «Noite
de Verão», Obra
Poética.
f) Perdido num sonho: / o sol, o deserto... / Na
linha dos olhos /— tão longe, tão perto — / ondula... a miragem?
Francisco Duarte Mangas; João Pedro
Mêsseder, «Ave», Breviário
do Sol.
g) Já descoberto tínhamos diante, / Lá no novo
Hemisfério, nova estrela,
Luís de Camões, Os Lusíadas.
h) Viva a
Mademoiselle! Viva a minha precetora! Viva o papá que mandou a
outra ir embora! Viva! Viva!
Augusto
Gil, Gente de Palmo e Meio.
i) Fidalgo: — Esta barca onde vai ora, que assi
está apercebida? / Diabo: — Vai pera a ilha perdida e há-de partir logo
ess’ora.
Gil
Vicente, Auto da Barca do Inferno.
j)
Não há ninguém mais rico no mundo. Sou riquíssimo. Sou podre
de rico. Cheiro mal de rico.
José
Gomes Ferreira,
Aventuras de João sem Medo.
k)
Batizei quase todos os poemas que escrevi. Certo dia, coloquei-os pela ordem
alfabética dos títulos e deixei-os sobre a mesa a repousar, cansados de
tanto trabalho com as palavras.
João Pedro Mêsseder, De Que Cor é o Desejo?
l) Que medonho sítio!
Irene
Lisboa, Uma Mão Cheia de Nada e Outra de Coisa
Nenhuma.
m)
— Senhor João Sem Medo: cá o meco chama-se Zé Porco... Este meu sócio é o Chico
Calado, mudo de nascença... E aquele tem a alcunha de «Louro» porque passa a
vida a beberricar pelas tabernas, onde improvisa cada versalhada de se lhe
tirar o chapéu. // «Sim, senhor... — pensou João Sem Medo. — Linda coleção!»
José
Gomes Ferreira,
Aventuras de João sem Medo.
n) — Não acredito —
disse Gil. — Você não tem fibra para ensinar a esgadanhar um bocado de Liszt
a essas monas filhas de tubarões da finança e medíocres cortesãs.
Agustina
Bessa-Luís,
Contos Impopulares.
o)
E erguendo a cabeça do bordado explicou-se melhor: / — Quando Deus quer, até os
cegos veem.
Carlos
de Oliveira,
Uma Abelha na Chuva.
p) Cessem
do sábio Grego e do Troiano / As navegações grandes que fizeram; / Cale-se
de Alexandre e de Trajano / A fama das vitórias que tiveram; / Que eu canto o
peito ilustre Lusitano,
Luís de Camões, Os Lusíadas.
q) Meio-dia / O Sol tem os
seus / Caprichos: não gosta / Que o olhem / Olhos nos olhos.
Francisco Duarte Mangas; João Pedro
Mêsseder, Breviário
do Sol.
r) Que, da ocidental praia lusitana
Luís de Camões,
Os Lusíadas.
s) Era um céu alto, sem
resposta, cor de frio.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares.
t) Uma
árvore tem raízes, tem tronco, tem ramos, tem folhas, tem varas, tem flores,
tem frutos. Assim há-de ser o sermão: há-de ter raízes fortes e sólidas, porque
há-de ser fundado no Evangelho; há-de ter um tronco, porque há-de ter um só
assunto e tratar uma só matéria; deste tronco hão-de nascer diversos ramos, que
são diversos discursos, mas nascidos da mesma matéria e continuados nela.
Padre
António Vieira,
Sermão de Santo António aos Peixes.
u) Enquanto os vermes iam
roendo esses cadáveres amarrados pelos grilhões da morte.
Alexandre
Herculano, Eurico, o Presbítero.
v) Eu não posso senão
ser / desta terra em que nasci.
Jorge de Sena, «Quem
A Tem».
w) O céu tremeu, e
Apolo, de torvado, / Um pouco de luz perdeu, como enfiado.
Luís de Camões, Os Lusíadas.
Itens de provas de exame com figuras de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A)
a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma
sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça
de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o
resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso
volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18)
[«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no
seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis
que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a
autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um
eufemismo
[2013, época especial]
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As
casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de
que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor
como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de
pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um
Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As
letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
[2016, 1.ª fase, item do
grupo I]
1. Explique
o sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no
início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes,
para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos,
para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam
leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não
seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz
com a hipocrisia do mundo? (Pausa)
Quem
é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em
paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].
[2016, época especial, item
do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial, item
do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui
devorant plebem meam, ut cibum panis.
Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção crítica do pregador presente nas
linhas que se lhe seguem.
Cenário de
resposta do item 1 do exame de
2016, 1.ª fase
As antíteses expressam a oposição entre os
valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade
político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo,
Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta
defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da
reflexão anterior, Matilde interroga-se
ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com
a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique
uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de
resposta do item 4 do exame de 2016, época especial
A metáfora «São o
pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os
socialmente frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros
alimentos, também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da
metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos
e, por outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem
tréguas.
Cenário de
resposta do item 5 do exame de 2016, época especial
Com
o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de
consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um
comportamento condenável.
Assumida esta
condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um
comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.
Freitaslobice
|
Figura(s) de estilo
|
Courtois: um pássaro gigante que apareceu a
voar.
|
|
Penteia a bola e acaricia-a.
|
|
Jogada construída e inventada pelo caldeirão
do feiticeiro Hazard.
|
|
Dois braços e quatro pernas — mas haverá quem
jure ter visto quatro pernas e quatro braços.
|
|
Olhos de matador, dentes de coelho.
|
|
Há a velocidade da luz, há a velocidade do som
e há velocidade de Robben.
|
|
Valbuena, o Astérix de cabelo curto.
|
|
Neste momento, na Austrália, estão todos os
cangurus aos saltos.
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À medida que arrancava, ia ultrapassando a
população russa.
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Não tem nenhuma hipótese de ganhar um concurso
de beleza.
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É um poema de futebol em velocidade.
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A forma de perder tem de ser igual à de ganhar
e vice versa.
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Classifica as
orações sublinhadas:
TPC — Relê o que vou destacar em Gaveta de Nuvens sobre figuras deestilo.
Aula
99-100 (20 [9.ª], 21/fev
[3.ª, 4.ª, 5.ª]) Para encontrarmos um motivo que oponha a poesia de Ana
Luísa Amaral às de Miguel Torga e Eugénio de Andrade,
talvez pudéssemos centrarmo-nos no que mais influencia cada uma das três
escritas. Ana Luísa Amaral aproveita
mais a poesia de outros escritores — os seus poemas têm muitas vezes marcas de
intertextualidade evidentes —, o que é associável ao facto de ser professora de
literatura e ter investigado poetisas como Emily Dickinson e Sylvia Plath (mas
também Pessoa é, por vezes, objeto de trabalho intertextual). Os poemas de Ana
Luísa Amaral são de amor e do quotidiano.
Miguel Torga e Eugénio de Andrade estão
mais isolados, são mais independentes ou menos cosmopolitas. No caso de Miguel
Torga, a escolher um inspirador constante da sua poesia, talvez
devêssemos apontar a terra, a natureza, um certo Portugal.
De Torga já conhecemos «Sísifo» (p. 190)
e «Sagres» (191). Lê agora «Orfeu Rebelde»
(p. 187).
Explica o título,
associando-o à «teoria» que o sujeito elabora acerca da sua poesia.
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Ao assistirmos ao início do documentário Miguel Torga, o meu Portugal, vai
verificando as citações de Miguel Torga postas em caixas na p. 193 (item 4).
Ordena-as segundo a ordem que têm no filme:
1.ª = G; 2.ª = ___; 3.ª = ___; 4.ª = ___; 5.ª = ___; 6.ª = ___.
Diz qual é a estúpida citação que está a mais na
lista: ___.
Quanto ao item 3 (na p.
192), assinala com V ou F:
I — Eduardo Lourenço afirma que
A.
Miguel Torga analisou Portugal sem o conhecer.
B.
Miguel Torga fez o retrato de Portugal.
C.
Miguel Torga retratou um Portugal integrado na Europa.
D.
Nos portugueses, Miguel Torga admirava a autenticidade, a força e a inocência.
E.
Aquilino Ribeiro e Miguel Torga são os grandes retratistas de Portugal.
II — António Barreto afirma que
F.
Miguel Torga mostrou a Natureza de uma região do país.
G.
O sofrimento é uma dominante na obra de Miguel Torga, mas não na sua poesia.
H.
A pobreza, a inveja, o desconhecimento de si mesmos são alguns dos defeitos dos
portugueses revelados por Miguel Torga.
I.
Miguel Torga desejava que os portugueses fossem capazes de olhar a realidade e
não vivessem a olhar para as glórias passadas.
III — José Manuel Mendes afirma que
J. Miguel Torga considera Portugal o reino das
sombras.
Lê «Regresso» (p. 186), bem como o texto
crítico «A terra-mãe acolhe o poeta». Escreve um comentário
acerca de «Regresso». Inclui citações do poema e também do texto crítico em
baixo na mesma página.
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TPC — A partir do Carnaval considero
que já houve tempo para irem avançados em O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Aula
101-102 (27 [9.ª],
28/fev [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Iremos hoje ler poemas de Eugénio de Andrade,
talvez um poeta mais virado para si próprio e para o amor do que Miguel Torga e Ana Luísa Amaral.
Depois de leres «Adeus», p. 201, mostra como o poema se pode esquematizar em dois
momentos, «antigamente» e «hoje». Comprova ainda que os valores das formas
verbais, em termos de aspeto e de tempo, acompanham esses dois estados de alma
do «eu» e do «tu» do texto. (Escreve a tinta.)
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O trecho do documentário que vamos ver — Eugénio de Andrade. O poeta — inclui uma
declamação, pelo autor, de «As palavras
interditas» (v. p. 205 do manual).
Também ouviremos poemas à mãe (cfr.
com o que temos na p. 203 e «Casa na chuva», p. 204).
O último poema de Ariel, de Sylvia Plath, tem o título «Words».
Copio a tradução de Maria Fernanda Borges (Lisboa, Relógio d’Água, 1996):
Palavras
Machados,
Após
cada pancada sua a madeira range,
E
os ecos!
São
ecos que viajam
Do
centro para fora como cavalos.
A
seiva
Brota
como lágrimas, como a
Água
a esforçar-se
Por
recompor o seu espelho
Sobre
a rocha
Que
pinga e se transforma,
Uma
caveira branca
Comida
pelas ervas daninhas.
Anos
mais tarde
Encontro-as
no caminho —
Palavras
secas e indomáveis,
Infatigável
som de cascos no chão.
Enquanto
Do
fundo do charco estrelas fixas
Governam
uma vida.
Embora o
tópico seja semelhante — «palavras interditas» (Andrade) vs. «palavras» (Plath) —, o foco último de cada um dos poemas
talvez não seja o mesmo: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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TPC — Aproveita para ler os textos
ensaísticos e as sínteses (estas estão nas pp. 194, 207, 225) no manual acerca
dos três poetas que temos vindo a analisar (Miguel Torga, Eugénio de Andrade,
Ana Luísa Amaral).
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