Aulas (2.º período, 1.ª parte: 66-83R)
Aula 66-67 (6 [3.ª, 5.ª], 7 [4.ª], 8/jan [9.ª]) Lê
«Fernando Pessoa: o ciclo das estações» (p. 89), crónica (ou artigo de opinião, como lhe chama o
manual) de José Manuel dos Santos. Completa (segundo o que se lê no texto):
os vários
Pessoas
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meteorologia
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característica
que permite a analogia
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_____
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inverno
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«inverno interior»; «gelo invariável da _____»;
«vento tão mortal e tão alto [...]»; «febre ____»
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Ortónimo — Mensagem
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_____
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«_____ no inverno da História»
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Alberto Caeiro
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_____
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«fatalismo feliz, em que nascemos naturais como
as flores»; «torna a ___, a ___ e a verdade uma e a mesma coisa»
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____
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verão
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«ardor alucinado, doloroso, sexual, fazendo dos
______ um verão explodido»
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Ricardo Reis
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_____
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«numa serena _____, [...] contempla a vida na
luz dourada e triste que antecede o _____»
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Bernardo Soares / LdoD
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_____ |
«todas as estações se perturbam e ____»
|
Responde à pergunta 3, fazendo corresponder estes onze trechos às sete classificações
mais em baixo (que, portanto, podem estar abonadas mais do que uma vez):
1.
«é o silêncio do sol» (l. 29)
2. «um
vento tão mortal e tão alto que nos assombra como um ritual cumprido sob um céu
vazio.» (ll. 10-11)
3.
«como em certos dias dos Açores, todas as estações se perturbam e confundem em
Bernardo Soares e no seu Livro
do Desassossego»
(ll. 24-25)
4. «O
inverno é o remorso do verão» (l. 1)
5.
«em todas as estações por onde passa o comboio que nos leva, [...], e em cuja
carruagem da frente o destino joga um jogo fatal com cartas que têm o nosso
rosto». (ll. 30-32)
6. «Quando
leio Pessoa ele-mesmo» (l. 8)
7. «tornando
desconhecido o que conheço e inesperado o que espero». (ll. 4-5)
8. «na
sua febre fria» (ll. 13-14)
9.
«para olhar o que se esconde e escutar o que emudece» (ll. 28)
10.
«O frio (...) é nos olhos que cintila.» (ll. 26-27)
11. «numa
serena ansiedade saciada» (ll. 17-18)
aliteração — _______
comparação — _______
metáfora — _______
metonímia — _______
antítese — _______
paradoxo — _______
sinestesia — _______
Lê «Eu nunca fiz não sonhar» (pp. 80-82),
do Livro do Desassossego. Como se
dizia na crónica de José Manuel dos Santos, no Livro todas as estações (isto é, todos os Pessoas) surgem, de certo
modo, misturadas, como acontece em certos dias nos Açores.
Tenta localizar no texto de Bernardo Soares passos que pudessem caracterizar o ortónimo ou os
heterónimos. Completa
Ortónimo (sonho/realidade) |
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Ortónimo (dor de pensar) |
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Ortónimo (fingimento poético) |
«Ter de estar aqui escrevendo isto, por me ser
preciso à alma fazê-lo, e mesmo isto, não poder sonhá-lo apenas, exprimi-lo
sem palavras, sem consciência mesmo, por uma construção de mim próprio em
música e esbatimento [...]»
|
Ortónimo (fragmentação do eu) |
«alinho na minha imaginação [...] figuras que
habitam, e são constantes e vivas, na minha vida interior. Tenho um mundo de
amigos dentro de mim, com vidas próprias, reais, definidas e imperfeitas» // .
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Ortónimo (decifração do enigma do ser) |
«Nunca tive outra preocupação verdadeira senão a
minha vida interior. As maiores dores da minha vida esbatem-se quando,
abrindo a janela para dentro de mim, pude esquecer-me na visão do seu
movimento»
|
Álvaro de Campos ou Ortónimo (tédio, nostalgia) |
«Ah, não há saudades mais dolorosas do que as
das coisas que nunca foram! O que eu sinto quando penso no passado que tive
no tempo real, quando choro sobre o cadáver da vida da minha infância ida...»
// . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Álvaro de Campos futurista |
«[...] outros têm uma vida boémia, pitoresca,
humilde. Há outros que são caixeiros-viajantes. (Poder sonhar-me
caixeiro-viajante foi sempre uma das minhas grandes ambições [...])»
|
Alberto Caeiro |
«As flores do jardim da pequena casa de campo
[...] // As hortas, os pomares, o pinhal, da quinta [...] // . . . . .
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Ricardo Reis |
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Finalmente, ouçamos num depoimento de
Cleonice Berardinelli (inserido num bom documentário da Globo acerca de
Fernando Pessoa: cerca do minuto 52-53) como a professora brasileira tipifica
cada um dos heterónimos.
Tendo
visto parte de documentário sobre o Livro
do Desassossego (da série ‘Grandes Livros’), assinala, à esquerda de cada parágrafo,
se a afirmação é V(erdadeira) ou F(alsa).
O Livro do Desassossego foi publicado por Pessoa em 1982.
Bernardo Soares, segundo
Pessoa, era um seu semi-heterónimo por ser mais próximo de si do que os
heterónimos propriamente ditos (Caeiro, Campos, Reis).
Para Valter Hugo Pai, o Livro do Desassossego foi revelador sobretudo
seu hibridismo quanto ao género.
A multiplicidade e a
surpresa que há no Livro não serão,
segundo Inês Pedrosa, características tipicamente pessoanas.
O Livro do Desassossego é constituído por mais de cinco mil textos
soltos.
Para Richard Zenith, uma
característica da prosa do Livro do
Desassossego é a sua sonoridade, como se se tratasse de poesia.
Pessoa terá começado a
escrever o Livro cerca dos cinquenta
e dois anos e não o terminara ainda aos quarenta e sete, quando morreu.
Para José Eduardo Agualusa,
o fascínio do Livro advém de não ser
um livro.
Jerónimo Pizarro alude ao
realismo mágico e a Gabriel García Márquez, para concluir que o leitor de o Livro pode ter uma experiência
fantástica.
Ondjaki compara o Livro do Desassossego a um labirinto de
sonhos cujo dragão fosse Fernando Pessoa.
Para Inês Pedrosa, o Livro do Desassossego é um
mini-challenger.
Para Fernando Cabral
Martins, Bernardo Soares não é um heterónimo mas a personagem que assume a
primeira pessoa do diário que é o Livro.
Richard Zenith faz notar
que as letras de «Bernardo Soares» e de «Willy Quivi Xichi» quase coincidem.
Para a narração do
documentário, o Livro do Desassossego
é uma enciclopédia da decadência com entradas para Deus, vida, política, sexo,
álcool, varandismo.
Para Ondjaki pode-se ler o
Livro começando por qualquer página,
abordando-o ao calhas, como se deve fazer com os exercícios de Matemática.
«Se um homem só escreve
bem quando está bêbado, dir-lhe-ei ‘faça os testes bêbado’» é uma citação do Livro.
Fernando Cabral Martins
defende a utilidade das edições eletrónicas para a leitura do Livro do Desassossego.
Richard Zenith elege como
critério primeiro o uso de tecidos transparentes, para que o Livro fique exposto em toda a sua nudez.
Para Pizarro, o Livro não existe.
Zenith sugere uma edição
em folhas soltas, por exemplo, dentro de caixa de chocolates vazia.
Escreve uma apreciação crítica da
publicidade de «A Nossa Aposta». O teu comentário deve preocupar-se com a análise
do cartaz enquanto veículo publicitário, mas, ao mesmo tempo, revelar conhecimentos
pessoanos. (Não explicites demasiado um juízo valorativo. Um texto deste género
deixa, em parte, que seja o leitor a infira a opinião do crítico.)
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TPC — No manual, relanceia os textos
ensaísticos e os esquemas em torno de Fernando Pessoa (ortónimo, heterónimos, Livro do Desassossego) que ainda não
tenhas lido — excetua-se o Pessoa de Mensagem,
que começaremos a conhecer no final desta semana. Lembro ainda que, durante as
férias, pus em Gaveta de Nuvens informação sobre tarefa grande (com poemade Pessoa) a fazer em janeiro, ao mesmo tempo que reforcei contar que a
leitura de O Ano da Morte de Ricardo Reis
fosse, pelo menos, iniciada.
Aula 68-68R (6 [9.ª], 7 [5.ª], 8/jan [4.ª, 3.ª]) Lê
o excerto e resolve estes itens (tirados de prova a imitar as dos exames).
Maria — Quereis vós saber, mãe,
uma tristeza muito grande que eu tenho? A mãe já não chora, não? Já se não
enfada comigo?
Madalena — Não me enfado contigo
nunca, filha; e nunca me afliges, querida. O que tenho é o cuidado que me dás,
é o receio de que...
Maria — Pois aí está a minha
tristeza: é esse cuidado em que vos vejo andar sempre por minha causa. Eu não
tenho nada; e tenho saúde, olhai que tenho muita saúde.
Madalena — Tens, filha... se Deus
quiser, hás de ter; e hás de viver muitos anos para consolação e amparo de teus
pais, que tanto te querem.
Maria — Pois olhai: passo
noites inteiras em claro a lidar nisto, e a lembrar-me de quantas palavras vos
tenho ouvido, e a meu pai... e a recordar-me da mais pequena ação e gesto — e a
pensar em tudo, a ver se descubro o que isto é, o porque, tendo-me tanto
amor... que, oh! isso nunca houve decerto filha querida como eu!...
Madalena — Não, Maria.
Maria — Pois sim; tendo-me
tanto amor, que nunca houve outro igual, estais sempre num sobressalto comigo?...
Madalena — Pois se te
estremecemos?
Maria — Não é isso, não é isso:
é que vos tenho lido nos olhos... Oh, que eu leio nos olhos, leio, leio!... e
nas estrelas do céu também — e sei coisas...
Madalena — Que estás a dizer,
filha, que estás a dizer? Que desvarios! Uma menina do
teu juízo, temente a Deus... não te quero ouvir falar assim. Ora vamos: anda
cá, Maria, conta-me do teu jardim, das tuas flores. Que
flores tens tu agora? O que são estas? (Pegando nas que ela traz na mão.)
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, ato I, cena IV, Porto,
Porto Editora, 2015
4. Tendo em conta o estudo que fez do Frei Luís de Sousa, especifique as
causas do «cuidado» em que vive D. Madalena com a filha.
[Para
responderes a 4, completa o texto a
seguir com as formas verbais que lhe faltam:]
4.
Os cuidados em que D. Madalena ________ permanentemente com a filha ______-se à
saúde débil de Maria e ao seu temperamento curioso, atento, perspicaz, que _______
levá-la a ________ do mistério que _______ a família. Maria, jovem de treze
anos, ________ de tuberculose, o que ___ percetível logo no início da peça
através de alguns indícios, como o estado febril permanente ou a audição
demasiado apurada. Não menos preocupante, pelo menos para a mãe, ___ o facto de Maria não _____ os mesmos
interesses e brincadeiras de outras jovens da sua idade. Muito precoce, a jovem
_____ uma particular curiosidade por tudo o que diz respeito à História de
Portugal, sobretudo aos factos relativos à batalha de Alcácer Quibir, ao
desaparecimento do Rei, ao seu desejado regresso, à perda da independência
nacional. A sua crença no regresso do passado _______ a mãe, tanto mais que
Telmo, seu aio e amigo, lhe _____ histórias desse tempo que a _______.
Inadvertidamente, poderá ______ D. João, o primeiro marido de D. Madalena, cujo
regresso ______ nulo o segundo casamento e _______ de D. Maria uma filha
ilegítima. A inteligência e curiosidade da filha ____, pois, outra fonte de
preocupação para D. Madalena. ______ Maria do segredo que a mãe ______ com tão
visível angústia? Poderá _____ a descobri-lo, piorando a sua já muito débil
saúde?
5. Explique como se revela, nomeadamente
neste excerto, a perspicácia de Maria.
5. . . . . . . . . . . . . . . . .
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Grupo
I, Parte C (2019, 2.ª fase)
7. Leia o excerto seguinte, retirado de uma fala de
Maria em Frei Luís de Sousa (Ato I,
Cena IV).
«O
que eu sou... só eu o sei, minha mãe... E não sei, não: não sei nada, senão que
o que devia ser não sou...»
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa, ed. de
Maria João Brilhante, Lisboa, Comunicação, 1982, p. 110.
Escreva
uma breve exposição na qual comprove que Maria se afasta daquilo que a família
espera dela.A sua exposição deve incluir:
•
uma introdução ao tema;
•
um desenvolvimento no qual explicite dois aspetos que comprovem que Maria se
afasta daquilo que a família espera dela, fundamentando cada um deles com uma
referência pertinente à obra;
•
uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
[das sugestões nos critérios de correção:
7. Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou
outros igualmente relevantes, para comprovar que Maria se afasta daquilo que a
família espera dela:
— interessa-se
pela leitura/pelas conversas com os adultos, em vez de brincar/de cultivar a
alegria, como lhe sugerem os familiares;
— tem
consciência da situação
política do país,
patente, por exemplo, no orgulho pela ação
patriótica do pai contra o
domínio castelhano/no conhecimento da realidade política
da época;
— revela-se
patriota/sebastianista, como se depreende, por exemplo, do apego aos símbolos
nacionais/da crença no regresso de D. Sebastião/do discurso de oposição aos
«tiranos»;
— revela
preocupação com o bem
comum/idealismo, patente, por exemplo, na referência
às condições
de vida do povo/na vontade de tornar o mundo mais justo (de «emendá-lo»);
— manifesta
desejo de aventura, que se expressa na vontade de combater os castelhanos;
— manifesta
desapego dos bens materiais/desvaloriza o conforto, como se depreende, por
exemplo, da reação que manifesta quando
o pai ateia fogo ao palácio onde a família habita.]
7. . . . . . . . . . . . . . . . .
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Completa
com nomes próprios (antropónimos ou
topónimos):
1986 (trechos de episódios 11 a 13)
|
Frei Luís de Sousa (final do ato II e ato III) |
Alguém vindo de fora facilita desfecho favorável/provoca
desfecho trágico
|
|
Rita chega de Londres (é uma «punk», serve
também para mostrar a distância, então maior, entre Portugal e o estrangeiro,
em termos culturais) e procura ajudar Tiago na sua paixão por ______.
Estratégia passa por fingir um namoro, fazendo que Marta, por ciúme, dê
importância a Tiago. Tiago, inicialmente, não percebe Rita, estranha que ela
se disponha a sair com ele. Rita, depois de conhecer a situação (através de
conversas com Tiago na discoteca e no cinema), não hesita em ridicularizar Gonçalo
e provocar ____. Tiago é muito menos assertivo, não hostilizando os seus
colegas.
|
João de Portugal chega da Terra Santa (preso em
Alcácer Quibir, estivera depois vinte anos na Palestina), impedindo assim a
continuação do casamento de ______ de Vilhena e Manuel de Sousa Coutinho. No
entanto, D. João, depois de conhecer toda a situação (através de conversa com
o antigo aio, Telmo) ainda procura reverter o mal que causara, pedindo a
Telmo que negasse a sua identidade, que fizesse que retirassem importância
«àquele impostor». _____ demorou a perceber que aquele romeiro não era um
simples intermediário, era o seu primeiro marido.
|
Famílias e pares conciliam-se/separam-se
|
|
Famílias que estavam desavindas aproximam-se
(Fernando, freitista, e _____, comunista). Pares (que o destino escolhera mas
estavam desencontrados, hesitantes ou menos evidentes) reúnem-se (Marta e
Tiago, Patrícia e Sérgio, Alice e Eduardo, Gonçalo e Não sei Quantas;
professor Zé e namorado). Há uma exceção por razões instrumentais (para se
passar mensagem a favor da emancipação das mulheres): a mãe de Marta, Maria
de Lurdes, separa-se temporariamente de ______, ainda que se perceba que a
relação será restabelecida em breve.
|
Família Sousa Coutinho-Vilhena fica desfeita (e
o seu fruto, ______, morre «de vergonha»). Pares (como estava definido pelo
destino e há muito adivinháramos — cfr. alusões de Telmo, angústias
premonitórias de Madalena) são separados (______ torna-se Frei Luís de Sousa;
Madalena torna Soror Madalena; João percebe que Madalena já não o amava — pelo
meio, há um quiproquó, julgando que Madalena se lhe dirigia quando afinal
falava para Manuel). Há uma exceção, Frei _____, o que se justifica com o
caráter instrumental desta personagem (confidente, «coro», enquadrador na
história).
|
Contexto histórico influencia vida das personagens
|
|
Dia das eleições e acompanhamento dos resultados
pela televisão aproximam personagens e são pano de fundo dos vários desfechos
positivos. Note-se que toda a série decorre sob o signo dessas eleições:
sabe-se, à partida, que, em termos políticos, alguns vão ficar bem e outros
mal. Resultado das presidenciais tem efeito benfazejo: a derrota de Freitas
reaproximará ______ da sua família; ________ reconhece ter tido de se ajustar
a um voto de conveniência (tapa até a cara de Soares) e parece agora menos
monocórdico.
|
Regresso de D. João implica várias desfechos
negativos (separação de Manuel e Madalena; agravar da doença e morte de
Maria). Note-se que toda a peça decorre sob a dúvida do que acontecera na
batalha (está ______ morto, como pareceriam confirmar as buscas que _______ mandara
fazer durante sete anos?): sabe-se, à partida, que o destino se encarregará
de impedir a felicidade daquela família. Desfecho da batalha repercute-se,
vinte e um anos depois, causando o desenlace fatal, a infelicidade definitiva
das personagens.
|
Espaços e instituições característicos da época condicionam
o enredo
|
|
Estamos nos anos oitenta do século XX,
concretamente em janeiro-fevereiro de 1986. Cinema ainda era espaço de
convívio, apesar do fenómeno dos videoclubes (aliás efémero); rádios
clandestinas proliferavam; televisão e noite do escrutínio dos resultados
eleitorais juntavam as pessoas; havia lojas de discos («discotecas»); a
política ainda era vivida como assunto do dia a dia.
|
Estamos na transição entre séculos XVI e XVII,
concretamente em julho-agosto de 1599. Peregrinações são comuns (______ vem
de Jerusalém; _____, ao dar notícia do romeiro, compara-o com peregrinos que
se dirigiam a Compostela); religião condiciona juízo do que se aceitava ou
não; a guerra (Alcácer Quibir) e a perda da independência ainda estão no
espírito das personagens.
|
Ação está concentrada no tempo e no espaço
|
|
Pouco mais do que o dia das eleições (chegada de
_____ e ida ao cinema poderiam ter decorrido entre sexta e sábado; dia das
eleições no domingo). (Se contarmos com todos os episódios da série, a
duração não parece ser poder maior do que o da segunda volta das eleições.)
Não fica claro se se chega a sair de Benfica (cinema seria o Turim, perto da
igreja de Benfica, ou outro na Baixa?; embora houvesse lojas de discos em
Benfica, a que é mostrada na série parece situar-se fora do bairro). Não só
tudo se centra em ______ como há um esforço para localizar o máximo de ação
na própria escola (na realidade, por exemplo, as secções de voto estavam
instaladas na Pedro e não na Secundária de Benfica).
|
Em cerca de um dia (a ação do ato II decorre na
tarde de sexta-feira 4 de agosto de 1599 — 21.º aniversário da batalha de
Alcácer Quibir e também aniversário do casamento de Madalena com João e da
primeira vez que Madalena vira ______ — e os acontecimentos do ato III
correspondem a «alta noite», madrugada e manhã de 5 de agosto). (Se contarmos
com o ato I, a duração é de cerca de uma semana.) Atos II e III decorrem no
palácio de D. João, embora em cenários diferentes: o ato III passa-se numa
«parte baixa do palácio» que comunica com a igreja dos dominicanos, que fica
visível nas cenas finais. (O ato I também se situava em ______, mas no
palácio de Manuel de Sousa Coutinho, que o próprio incendeia.)
|
Classifica os segmentos sublinhados em
termos aspetuais, temporais, modais.
Pensamos
no futuro amanhã
(interpret.: Ana Bacalhau | letra e música: João Só)
O sonho vulgar
De um futuro invulgar
De olhos fixos no teto
De um quarto secreto
A arrumar as estrelas
Em mapas e tabelas
Como se alguém pudesse contê-las,
Vamos conquistando o nosso canto no espaço // valor aspetual: ____
No vaivém de um gesto
Na incerteza de um abraço
Nada de novo debaixo do céu
A não ser tu, a não ser eu
Nada de novo no ecrã
Pensamos no futuro, amanhã // valor temporal: ____
Pensamos no futuro, amanhã
Tens a vida toda pela frente // valor modal: ____ (certeza)
Diz toda a gente
Mas é agora que se torce o futuro // valor temporal: ____
Metido no escuro
Andas a ver mosquitos na outra banda // valor aspetual: _____
Diz quem pode, diz quem manda // valor modal: _____ (permissão)
Vamos conquistando o nosso porto inseguro // valor temporal: ____
O nosso universo
Para lá do muro
Nada de novo debaixo do céu
A não ser tu, a não ser eu
Nada de novo no ecrã
Pensamos no futuro, amanhã // valor modal: ________ (obrigação)
TPC — Relanceia a ficha n.º 1 do Caderno de atividades (que reproduzo aqui já com soluções), sobre
‘Poesia de Fernando Pessoa (ortónimo) + Bernardo Soares’.
Aula 69-70 (9 [9.ª], 10/jan
[3.ª, 4.ª, 5.ª])
Fernando
Pessoa, Mensagem — Paratexto e estrutura
Faz a referência
bibliográfica (autor, título,
cidade da editora, editora, ano da edição).
A primeira fonte destes
elementos deve ser o frontispício (página [3], neste caso). Quando haja dados
de que não possamos certificar-nos pela folha de rosto (o referido
frontispício), recorreremos ao colofão (na última folha), à ficha técnica, à
capa, etc.:
Este livro não numera a
edição. Se o fizesse, esse elemento poderia constar logo após o título. E
poríamos a seguir à data da edição e entre parênteses o ano da 1.ª edição,
1934.
Verifica estas partes
do livro (matéria que se integra no estudo do paratexto):
Capa:
tem um ________ (poema visual) que usa versos de Pessoa e desenha a efígie do
poeta.
Contracapa: reproduz o poema «_________», o primeiro texto de Mensagem; em baixo, vêm os logótipos dos
_________.
Lombada: tem só o ______ da obra.
Colofão (ou, à latina, colofon):
em vez do tradicional «Acabou de imprimir-se a […]», contém uma espécie de
_______.
O anterrosto repete o desenho caligramático da capa. No entanto, há
na p. ____ o que poderia ser o verdadeiro anterrosto, já que a página tem
apenas o título, como é característico das páginas três. Terá sido lapso (e a
ordem das pp. 5 e 3 ter saído mal, sendo a p. 1 uma mera folha de guarda)?
No miolo do livro há, no cabeçalho, o título corrente, nas
páginas ímpares, e nome do autor, nas ______. Nesse espaço, dito dos «títulos
correntes», vem «Índice» na parte do livro que lhe corresponde.
Na p. [7], temos a epígrafe: «________» (‘Bendito Deus
Nosso Senhor que nos deu o Sinal’).
Preenche as quadrículas vagas da tábua seguinte, sobre a estrutura de Mensagem:
Primeira parte / Brasão
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Os Campos
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O dos Castelos
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Ulisses
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|||
Viriato
|
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O Conde D. Henrique
|
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D. Tareja
|
|||
D. Afonso Henriques
|
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D. Dinis
|
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D. João o Primeiro
|
D. Filipa de Lencastre
|
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As Quinas
|
|||
D. Fernando, Infante de Portugal
|
|||
D. Pedro, Regente de Portugal
|
|||
D. João, Infante de Portugal
|
|||
D. Sebastião, Rei de Portugal
|
|||
A Coroa
|
Nun’Álvares Pereira
|
||
[A Cabeça do Grifo:] O Infante D. Henrique
|
|||
[Uma Asa do Grifo:] D. João o Segundo
|
|||
[A Outra Asa do Grifo:] Afonso de Albuquerque
|
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Segunda parte / Mar Português
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O Infante
|
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Padrão
|
|||
O Mostrengo
|
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Epitáfio de Bartolomeu Dias
|
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Os Colombos
|
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Ocidente
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Fernão de Magalhães
|
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Ascensão de Vasco da Gama
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A Última Nau
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Prece
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Os Símbolos
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O Quinto Império
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O Desejado
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As Ilhas Afortunadas
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O Bandarra
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António Vieira
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«Screvo meu livro à beira-mágoa»
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Os Tempos
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Noite
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Tormenta
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Calma
|
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Antemanhã
|
|||
De que tratam as três partes de Mensagem?
A 1.ª parte, «Brasão»,
trata da fase de ________ de Portugal e seu crescimento. A 2.ª parte, «Mar
Português», versa a ________ de Portugal, os Descobrimentos. A 3.ª parte, «O
Encoberto», trata da estagnação da pátria e, profeticamente, do seu ressurgimento.
«Brasão» tem _______ {numeral,
mas por extenso} poemas, repartidos por cinco partes, que aproveitam
classificações heráldicas (campos; castelos, quinas; coroa; timbre). A primeira
destas sub-partes funciona como introdução às dezassete ______, abordadas em
cada poema, que representam características do povo português. A epígrafe de
«Brasão» é «______», um oxímoro (‘Guerra sem guerra’).
A parte «Mar Português» é constituída por ____ poemas e não tem outra
repartição. A epígrafe desta parte, «_______» (‘Posse do mar’), alude à saga
dos descobrimentos. Desta parte já referimos em aula um dos poemas,
precisamente o homónimo da secção, «_______», a propósito da frase tornada
proverbial «Tudo vale a pena, se a alma não é pequena».
A parte «O Encoberto» implica a visão esotérica de Pessoa, uma síntese
de história, mito e profecia. Esta parte situa-se depois do desastre de ______.
Está aliás toda centrada na figura do rei ______, o encoberto. Logo pelos
títulos se vê que a organização, agora, decorre mais do simbolismo, não se
adotando tanto o formato ‘galeria de personagens’. A epígrafe é «_______» (‘Paz
nos céus’), que corresponderá ao estado ideal conseguido com o profetizado
Quinto Império.
Pelo índice, repara nas datas predominantes da elaboração dos
poemas. Os poemas da primeira parte são quase todos posteriores a ______, ou
deste exato ano. Os textos de «Mar Português» são maioritariamente de _____-_____,
a época do sidonismo. Finalmente, o ano mais representado na terceira parte é
1934 (precisamente, o ano da publicação de Mensagem,
penúltimo da vida de Pessoa, quando o Estado Novo se implantava).
Vejamos a estrutura formal, em termos de versificação,
de Mensagem.
Que tipo de estrofe predomina? {circunda os quatro tipos que consideres mais
presentes, após folheares o livro sem grandes demoras} Dísticos, tercetos,
quartetos ou quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas ou
novenas, décimas, centésimas.
Os versos {escolhe} são brancos / têm rima / são
amarelos.
O metro (o número de sílabas métricas) predominante deve ser o {escolhe} o monossílabo, dissílabo,
trissílabo, tetrassílabo, pentassílabo (ou redondilha menor), hexassílabo,
heptassílabo (ou redondilha maior), octossílabo, eneassílabo, decassílabo,
hendecassílabo, dodecassílabo (alexandrino).
O único poema que não tem
título é o terceiro aviso, que está na p. ____. É o único texto em que o
assunto parece ser o próprio poeta.
O último verso de Mensagem é «______», seguindo-se-lhe a
fórmula de despedida latina, «________» (‘Saúde [Força, Felicidade], Irmãos’).
Regressando à tabela na outra folha, põe um
visto ao lado dos poemas que estejam no nosso manual (pp. 102-112 e 122).
Esta matéria, ‘Texto e textualidade — Coesão e
coerência’, está nas pp. 18-19 e 21 do anexo do manual. Embora seja um
dos poucos conteúdos específicos do 12.º ano, até já falámos bastante da coesão textual (nos 10.º e 11.º anos) e
também já explicara a coerência textual
(no 10.º ano). Este quadro, que terão algures, resume o assunto:
Coesão e Coerência textuais
Coesão
textual
coesão
gramatical
coesão frásica:
ordenação das palavras e funções sintáticas; concordância;
regências.
coesão interfrásica:
mecanismos de coordenação ou subordinação; conectores;
pontuação.
coesão temporo-aspetual:
correlação de modos e tempos verbais; advérbios e expressões
preposicionais com valor temporal; articuladores indicadores de ordenação;
datas e outras marcas temporais.
coesão referencial:
recurso a anáforas, catáforas, elipses; deíticos.
coesão
lexical:
uso de
repetições; sinonímia; antonímia; hiperonímia, hiponímia; holonímia, meronímia.
Coerência
textual
coerência
lógico-conceptual
observa três
princípios:
princípio da não contradição:
não deve haver a afirmação de uma ideia e, em simultâneo, o
seu oposto.
princípio da não tautologia ou não redundância:
as ideias não devem ser repetidas.
princípio da relevância:
as ideias devem estar relacionadas com a temática do texto.
coerência
pragmático-funcional
versa a relação texto-situação.
A violação dos princípios em que assenta a coerência
textual terá como consequência a incompreensão ou a surpresa pela
falta de sentido do que se lê. No entanto, podem as infrações à coerência
textual serem propositadas, ou para se inovar em termos literários ou para se
obterem efeitos humorísticos. Correntes literárias como a surrealista (mas
também os autores modernistas, como Pessoa) aproveitaram frequentemente o inesperado
dessas quebras da lógica do texto.
Recurso constante dos Gato Fedorento são as
beliscaduras na coerência. Preenche as quadrículas com os títulos dos sketches (em geral, da série Barbosa):
Deputado
dirige-se à assembleia / Homem que repete frases do Sandokan / Qual papel? / O
médico hipocondríaco / Conversas com empregados de mesa / Indivíduo na
bagageira / Estenógrafo fadista / Super-irritante / Velha que faz apartes
longuíssimos
Classificação do «problema» | Sketch | Explicação da infração |
Coerência afetada por não se cumprir princípio da relevância | Parte do discurso não concorre para o foco temático do relato. | |
O longo comentário intercalado não se integra no diálogo inicial (e as ovações finais parecem ir contra o resto do contexto) | ||
Coerência afetada por não se cumprir princípio da não contradição | Quando supúnhamos estar perante um programa de televisão, abre-se um cenário novo, incompatível com o anterior. | |
Indiferença perante situação estranhíssima vai contra o que é expectável no mundo real. | ||
Coerência afetada por não se cumprir princípio da não tautologia (ou não redundância) | «Deputado dirige-se à Assembleia» | Não há informação nova ao longo do discurso. |
O protagonista assume não renovar as informações, limitando-se a repetir. | ||
Além do incumprimento do princípio de não tautologia, há também falhas de coesão lexical e referencial (substituição da palavra repetida). | ||
Coerência
afetada por inadequação pragmático-funcional
|
Registo infantil (passos e berlindes) não é apropriado a uma consulta médica (há também contradição: médico quer ser doente). | |
Registo linguístico (com oscilações entre o jargão do direito e a linguagem corrente) e confusão de modos e tipos textuais tornam a situação inverosímil. |
[Contracapa de uma edição
de Mensagem:]
Cria a contracapa de um livro que fosse uma
antologia da poesia (incluindo prosa poética) de Fernando Pessoa e heterónimos.
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TPC — No manual, lê as pp. 98-100 e relanceia
também o quadro na p. 101.
Aula 71-72 (13 [3.ª, 5.ª], 14
[4.ª], 15/jan [9.ª]) Na p. 102
do manual, lê o «O dos castelos»,
o primeiro poema de Mensagem.
Para dançar e jantar fora
A tua mãe não nos ia
Marcar hora
E se eu pedisse licença
Para te levar à lua
O teu pai não me ia pôr na rua
Mas não é a preferência
Da tua ascendência
Que vai fazer que olhes para mim com paixão
E é isso que eu quero
E é por isso que espero
Que as estrelas entrem em conjugação
Quanto é que falta para chegar a noite
Quanto é que falta para chegar o verão
Quanto é que falta para chegar a hora
Em que o tempo para e dispara o coração
Se eu te levasse a um concerto
Não se dava o desconcerto
De discordares da minha opção
Nascemos do lado errado
E acusam-nos do pecado
De ouvirmos outra canção
Mas não é a trivialidade
De uma ou outra afinidade
Que vai fazer que olhes para mim com paixão
E é só isso que eu quero
E é por isso que espero
Que as estrelas entrem em conjugação
Quanto é que falta para chegar a noite
Quanto é que falta para chegar o verão
Quanto é que falta para chegar a hora
Em que o tempo para e dispara o coração
D. SEBASTIÃO
’Sperai! Caí no areal e na hora adversa
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.
Resolve a pergunta 1 da mesma p. 102,
acrescentando à resposta que se segue os topónimos
(nomes de lugares) ou gentílicos
(designações de povos) em falta.
1. A _____
é descrita no poema como se de uma figura feminina se tratasse. Assim, na
descrição do continente europeu, corpo cujos braços são a ______ e a ______,
sobressai a cabeça «cujo rosto é ______». Nessa cabeça, os cabelos são
«românticos», sonhadores, toldam o rosto, adensando o mistério que envolve a
figura. Os olhos são «_____», marca da herança clássica e civilizacional que
este atributo conota, e o olhar que deles se desprende é «esfíngico», indagador
do desconhecido, e «fatal», pois a procura desse desconhecido é motivada pelo
destino.
Responde
à pergunta 2 (e lê a resposta que dou à pergunta 3).
2. . . . . . . . . . . . . .
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3. Portugal
é o rosto da Europa que contempla o desconhecido. Ora, esse desconhecido é o
Ocidente, o mar a desvendar para tornar possível o paradoxo de construir o «futuro
do passado». É a Portugal que cabe, pois, a missão predestinada de construção
do futuro.
Como se fez em 1, resolve a pergunta 4,
acrescentando os nomes de lugares.
4.
«O dos castelos» é
______, definido no poema como o rosto da ______________, o olhar e guia da _____,
_____ cujo brasão ostenta os
castelos, referenciais do passado, mas cuja missão é a construção do futuro.
Lembremos que este é o primeiro poema da primeira parte de Mensagem, que remete para a fundação da
nacionalidade inscrita no brasão.
Passa à p. 215. Ana Luísa Amaral escreveu «Europa», que tem com
«O dos Castelos» óbvia relação de intertextualidade.
O quadro no item 4, na p. 216, assinala
algumas expressões em que o poema alude ao texto de Pessoa, desdizendo-o, de
certo modo.
Completa:
O desenho de Agim Sulaj —
à direita do poema de Ana Luísa Amaral — concorda mais com o poema «Europa» do
que o «O dos Castelos»’. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . .
Vê estes grupos III — todos os da
geração de exames dos programas em vigor:
GRUPO
III (2019, 1.ª fase)
Se
algumas pessoas consideram que o acesso rápido e livre à informação é uma
mais-valia na sociedade atual, outras defendem que esta facilidade pode ter um
impacto negativo, tanto em termos pessoais como sociais.
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a
problemática apresentada.
No
seu texto:
—
explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o
em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
—
utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
GRUPO
III (2019, 2.ª fase)
Tradicionalmente,
a casa era o espaço de domínio feminino; por seu lado, o homem movia-se
predominantemente num espaço exterior, fora de casa.
Será
que, na atualidade, esta visão do mundo está já ultrapassada?
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão
apresentada.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
GRUPO
III (2018, 1.ª fase)
«Há
palavras que nos beijam Como se tivessem boca.»
Alexandre
O’Neill, Poesias Completas, 4.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 2005, p. 64.
«São
como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio.»
Eugénio de
Andrade, Antologia Breve, 6.ª ed., Porto, Fundação Eugénio de Andrade,
1994, p. 35.
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o poder das
palavras nas relações humanas.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
GRUPO
III (2018, 2.ª fase)
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o impacto
do progresso técnico na qualidade de vida do ser humano, no futuro.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
TPC — Vê a ficha do Caderno de atividades sobre Coerência textual (que porei, já
resolvida, aqui).
Aula 73-73R (13 [9.ª], 14 [5.ª], 16/jan [4.ª, 3.ª]) A parte B do exame nacional de há dois anos (2018, 1.ª fase) tinha como
texto a analisar a cena X do ato
II de Frei Luís de Sousa, de Almeida
Garrett.
Como sabes, o ato II passa-se já no palácio que fora do primeiro marido
de Madalena, João de Portugal. A deslocação para esta casa (tornada necessária
porque Manuel incendiara o palácio onde viviam, também em Almada, contribuíra
para aumentar as angústias de Madalena, que já não eram poucas). Esta cena X acontece
depois de Manuel, Maria e Telmo saírem para Lisboa (iam visitar uma parenta e agradecer
ao Arcebispo diligências junto do poder) e antes da entrada de João de Portugal
(identificado só como Romeiro).
(A cena IX fora um pequeno aparte de Jorge — só com este em palco — e a
cena XI incluirá o criado Miranda, que virá anunciar a chegada de um romeiro.)
Grupo I, Parte B
Leia o texto.
Madalena
(falando ao bastidor) — Vai, ouves, Miranda? Vai e deixa-te lá estar até
veres chegar o bergantim; e quando desembarcarem, vem-me dizer para eu ficar
descansada. (Vem para a cena.) Não há vento e o dia está lindo. Ao menos
não tenho sustos com a viagem. Mas a volta... quem sabe? o tempo muda tão
depressa...
Jorge
— Não, hoje não tem perigo.
Madalena
— Hoje... hoje! Pois hoje é o dia da minha vida que mais tenho receado... que
ainda temo que não acabe sem muito grande desgraça... É um dia fatal para mim:
faz hoje anos que... que casei a primeira vez; faz anos que se perdeu el-rei D.
Sebastião; faz anos também que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa.
Jorge
— Pois contais essa entre as infelicidades de vossa vida?
Madalena
— Conto. Este amor — que hoje está santificado e bendito no Céu, porque Manuel
de Sousa é meu marido — começou com um crime, porque eu amei-o assim que o
vi... e quando o vi — hoje, hoje... foi em tal dia como hoje! — D. João de
Portugal ainda era vivo. O pecado estava-me no coração; a boca não o disse...
os olhos não sei o que fizeram; mas dentro da alma eu já não tinha outra imagem
senão a do amante... já não guardava a meu marido, a meu bom... a meu generoso
marido... senão a grosseira fidelidade que uma mulher bem nascida quase que
mais deve a si do que a seu esposo. — Permitiu Deus... quem sabe se para me
tentar?... que naquela funesta batalha de Alcácer, entre tantos, ficasse também
D. João...
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa, edição
de Maria João Brilhante, Lisboa, Comunicação, 1982.
5.
Explique em que medida a afirmação «o tempo muda tão depressa...» (linhas 5 e
6), proferida por Madalena, pode constituir um presságio de tragédia.
. . . . . . . . . . . .
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6.
Ao longo do excerto, Madalena repete oito vezes a palavra «hoje». Justifique os
sentimentos manifestados por Madalena na sua última fala e relacione-os com a
repetição dessa palavra.
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Na coluna à direita, escreve o nome do princípio infringido (não tautologia; não contradição; relevância)
— todos de ordem lógico-conceptual — ou assinala, se for esta a afetada, coerência pragmático-funcional. Se a coerência
textual não estiver prejudicada, nada escrevas. (Para o caso de ser
necessário, vê o esquema em baixo.)
Trecho (que
infringe...
|
princípio
de... ou área)
|
Na última quadra o poeta conclui o poema.
|
|
O maneta foi à manicura para tratar das suas dez
belas unhas de gel.
|
|
Sob o sol da meia-noite, o cego lia um jornal
sem letras.
|
|
O poema é constituído por quadras. A esse tipo
de estrofes chamamos quartetos.
|
|
Os três mosqueteiros eram quatro.
|
|
Não choveu, porque houve seca.
|
|
Segundo Pennac, com efeito, «os leitores têm o
direito de amar os protagonistas dos livros». [Pouco depois do enunciado da pergunta respetiva.]
|
Não tautologia
|
[A meio de
um comentário a um texto, opiniões próprias sobre o mesmo assunto ou
paralelos com a vida corrente.]
|
|
Exmo. senhor Diretor de Finanças. | O requerente
vem informar que está chateado com a situação criada pelo art.º 3, do decreto
45678, de 31 de março. Ainda falou com a sua querida Belinha ontem sobre o
mesmo assunto.
|
|
Ganhámos, mas é preciso é levantar a cabeça e
continuar a trabalhar.
|
Coerência textual
coerência lógico-conceptual observa três princípios:
princípio da
não-contradição:
não deve haver a
afirmação de uma ideia e, em simultâneo, o seu oposto.
princípio da não-tautologia
ou não-redundância:
as ideias não
devem ser repetidas.
princípio da relevância:
as ideias devem
estar relacionadas com a temática do texto.
coerência pragmático-funcional versa a relação texto-situação.
Aproveito uns exercícios sobre Coesão
textual tirados da Nova
Gramática didática de português (Carnaxide,
Santillana, 2011), pp. 306-307, em que introduzi pouquíssimas
reformulações:
1. Lê o texto e repara nas formas que dizem
respeito aos «dinossauros». Em baixo, completa os itens, referindo qual é a
relação entre aquelas formas e dinossauros, determinando ainda se o seu uso
corresponde a um mecanismo de coesão lexical ou de coesão
referencial.
Os
Dinossauros
Em tempos, já houve a
«mania dos dinossauros».
Então, toda a gente
adorava esses monstros e não
parava de dizer «— Que seres
fantásticos!», que os peluches desses répteis
eram «queridos», «fofinhos» e mais uma série de inutilidades.
Pergunto-me: o que é que
se achou de tão espetacular nesses bichos?
Eles são feios até dizer
basta e, ainda por cima, estão extintos. Em vez de se adorar tais criaturas, porque não se olha
para espécies em vias de extinção? Pensemos no Tamagochi, no Nenuco e em tantas
outras coisas pelas quais muitas pessoas perderam a cabeça. Agora, estão
esquecidos nos armários ou mesmo «extintos de brincadeiras». Os dinossauros foram pelo mesmo
caminho...
Enfim, foram febres da
nossa sociedade que já passaram e que deram muitos lucros, que é o que parece
interessar!
a) «monstros» —
substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;
b) «seres» — substituição
por um ______; mecanismo de coesão lexical;
c) «répteis» —
substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão _____;
d) «bichos» — substituição
por um ______; mecanismo de coesão _____;
e) «eles» —
pronominalização (uso de uma _____); mecanismo de coesão referencial;
f) Ø [estão extintos] —
recurso a uma elipse; mecanismo de coesão _______;
g) «criaturas» — substituição
por um hiperónimo; mecanismo de coesão ______;
h) «dinossauros» —
repetição; mecanismo de coesão ______.
2. Os pronomes destacados nas frases
seguintes asseguram a sua coesão referencial. Diz a que se
refere cada um dos pronomes.
a) O Jaime conhecia muito bem o Eleutério. Ele conhecia-o tão bem que lhe ofereceu um presente
invulgar.
b) O rapaz viu a carrinha que estava estacionada à
beira da estrada.
c) O Marcelino viu o
Henrique no cinema e este disse-lhe que já tinha
visto aquele filme.
d) O teu computador e o meu deviam ser substituídos.
e) Quaisquer que sejam as
dúvidas, esclarecê-las-ei!
f) Gosto muito de ler Eça
de Queirós. Tenho vários livros dele.
3. Assegura a coesão interfrásica
dos enunciados seguintes, ligando as orações com os conectores adequados.
a) Fui cedo para a bilheteira. Consegui bilhete.
b) Eram oito horas. Ele
chegou a casa.
c) Ele estava maldisposto.
Comera uma salada russa.
d) Comi um bolo. Bebi um
sumo.
e)
Consegui marcar os bilhetes para o concerto na Casa da Música. Não arranjei
lugares para Guimarães.
4. Seleciona do quadro abaixo os marcadores
discursivos adequados para completar os enunciados que se seguem.
efetivamente | depois | antigamente | agora | primeiro | ou seja
a) ___ tomei o pequeno-almoço, ______ escovei os
dentes.
b) ______ pensava que tudo
era fácil, mas, ______, penso que é mais complicado.
c) Adoro citrinos, ______,
laranjas, limões, limas. _______, são os meus frutos preferidos.
5. Conjuga os verbos entre parênteses por
forma a assegurar a coesão temporo-aspetual.
a) Ontem não saí de casa.
____ (ficar) o dia inteiro a
descansar e a trabalhar, porque _____ (ter)
uma semana complicada. ____ (dormir),
____ (ver) televisão, ____ (ler) um pouco e ______ (estudar) bastante, exceto a porcaria do
Português.
b) Um dia, ______ (visitar) a Islândia para _____ (assistir) a uma aurora boreal. É claro
que _____ (haver) muito mais para
ver.
E, de novo, uma tarefa sobre
coerência
textual (da Nova Gramática
didática de português, Carnaxide,
Santillana, 2011, p. 306):
Restabelece
a coerência
nos enunciados apresentados.
a) Deite a gelatina numa
cama, de modo a ficar com cerca de 1 cm de descanso. Prepare a
gelatina de morango de acordo com as instruções da perfumaria, mas utilizando
apenas 1 dl de sopa a ferver e 2 dl de água fria.
b) Primeiro, entrei em
casa da Etelvina; depois, cheguei lá.
c) Têm
duas hipóteses: ou calam-se ou calam-se!
d) O
dueto a solo foi fantástico!
e) D.
Afonso Henriques foi o primeiro rei do Condado Portucalense.
f) Venci,
vi e cheguei.
Classifica
os constituintes sublinhados quanto à função sintática que desempenham.
Quanto
é que falta?
(João Só)
Se eu te fosse buscar
Para dançar e jantar fora
A tua mãe não nos ia
Marcar hora
E se eu pedisse licença
Para te levar à lua
O teu pai não me ia pôr na rua
Mas não é a preferência
Da tua ascendência
Que vai fazer que olhes para mim com paixão
E é isso que eu quero
E é por isso que espero
Que as estrelas entrem em conjugação
Quanto é que falta para chegar a noite
Quanto é que falta para chegar o verão
Quanto é que falta para chegar a hora
Em que o tempo para e dispara o coração
Se eu te levasse a um concerto
Não se dava o desconcerto
De discordares da minha opção
Nascemos do lado errado
E acusam-nos do pecado
De ouvirmos outra canção
Mas não é a trivialidade
De uma ou outra afinidade
Que vai fazer que olhes para mim com paixão
E é só isso que eu quero
E é por isso que espero
Que as estrelas entrem em conjugação
Quanto é que falta para chegar a noite
Quanto é que falta para chegar o verão
Quanto é que falta para chegar a hora
Em que o tempo para e dispara o coração
TPC — Relanceia, em Gaveta de Nuvens, páginas de uma gramática, sobre coerência ecoesão textual (marco a azul). Também podes usar o anexo do manual, pp. 18-19 e
21.
Aula 74-75 (16 [9.ª], 17/jan [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Correção
de apreciações críticas de anúncio (cfr. Apresentação)
Na p. 105, lê «D. Sebastião, Rei de Portugal», o primeiro de quatro poemas de Mensagem,
de Fernando
Pessoa, dedicados a D. Sebastião. Só este, porém, está ainda na 1.ª
parte (portanto, em «Brazão», de que é a quinta «Quina»). Os outros três poemas
sobre Sebastião ficam já na 3.ª parte («D. Sebastião», «O Desejado», «O
Encoberto»).
Completa só com formas verbais esta análise do poema (de uma edição cuja
consulta aconselho vivamente — está aliás indecentemente copiada aqui na
íntegra — e que tem ao lado de cada poema uma sua explicação: Fernando Pessoa, Mensagem, edição especial comemorativa
do 75.º aniversário da morte de Fernando Pessoa, comentada por Auxília Ramos e
Zaida Braga, Vila Nova de Famalicão, Centro Atlântico, 2010):
_______-se como um louco, porque quis uma grandeza aparentemente
indevida — «Qual a Sorte a não dá» —, D. Sebastião admite com
orgulho essa loucura e _______ a ideia de que nem a morte a extinguiu ou poderá
extinguir. O «ser que houve», esse _______ nos areais
de Alcácer Quibir, o «ser que há», esse não é perecível,
porque o sonho também o não é.
Indo mais além neste discurso
de «elogio da loucura», D. Sebastião _____ aqueles que o ouvem a herdarem a sua
loucura. Trata-se de uma espécie de apelo à continuidade do seu sonho de grandeza.
Num remate de natureza
tanto reflexiva como desafiadora, o poeta ______-se sobre o que ______ o homem
dos restantes animais: é o sonho que permite que o homem seja mais que um «Cadáver adiado». É o sonho que eleva o homem e o faz _________ a
própria morte. D. Sebastião surge, então, como, uma espécie de Messias que _____ a boa nova da salvação.
Faz corresponder cada segmento de A a um único segmento de B, de modo a obteres uma afirmação
adequada: a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___.
Lê o texto que se segue, sobre ‘loucura’, um excerto de editorial de
Sofia Barrocas (que fui buscar ao manual Expressões,
12.º ano, como fiz com o exercício anterior):
A loucura aterroriza-nos e
fascina-nos. Sentimos um medo indisfarçável de um dia atravessarmos a
fronteira — às vezes tão ténue — que nos separa daquilo a que chamamos «o mundo
real», onde vivemos de acordo com as normas de um mal definido conceito de
«normalidade», e mergulharmos nessa realidade distorcida (achamos nós) a que
optámos por chamar loucura. E no entanto... quando olhamos os «nossos loucos»
com um misto de comiseração, respeito e fascínio não podemos por vezes deixar
de pensar se os loucos não seremos nós, se não serão «eles» que estão certos,
ao escudarem-se numa realidade só deles [...]. São personagens intrigantes,
fascinantes, desconcertantes, acarinhadas [... ] como símbolos vivos de alguma
coisa que não sabemos definir bem. Vale a pena conhecê-los. Quanto mais não
seja pelas questões que nos obrigam a pôr aos nossos «eus» mais escondidos.
Sofia Barrocas, «Nota de
abertura», Notícias
Magazine, n.° 934, 18 de abril de 2010
Verifica se o entendimento da loucura expresso no poema de Pessoa
coincide, total ou parcialmente, com o apresentado no trecho do editorial.
.
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Vai dando um relance aos outros poemas que
tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp. 71, 74 e 76 da
edição de Mensagem que estamos a usar
em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71), para depois responderes
a um item.
PRIMEIRO
D. SEBASTIÃO
’Sperai! Caí no areal e na hora adversa
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.
Já depois de lido o «D.
Sebastião» reproduzido em cima (o na p. 71; primeiro da 3.ª parte de Mensagem — designada ‘O Encoberto’ — e
primeiro também de «Os Símbolos»), completa a síntese a seguir, usando só preposições (não contraídas com
determinantes) e conjunções.
D. Sebastião adquire ____ Mensagem um
valor simbólico que ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da
determinação ___ da coragem que ele corporiza que funcionam _____ mito
inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a
realidade»: «É Esse que regressarei».
O
Sebastianismo ___ Mensagem
não se liga, pois, ao caso específico ____ concreto de D. Sebastião, que não
poderá, obviamente, voltar, _____ à ideologia que lhe está subjacente. ______
do «ser que houve» ___ que ficou no
«areal» ______ a «morte», regressará a força inspiradora _____ D. Sebastião necessária
ao ressurgimento anímico da nação.
No poema de Fernando Pessoa, D. Sebastião é
o protótipo da loucura.
«Todos os homens são
doidos e, apesar das precauções, só diferem entre si em virtude das proporções.
Este mundo está cheio de loucos e quem não os queira ver deve fechar-se e
partir o espelho.» (Nicolas
Boileau)
Partindo da citação de Nicolas Boileau,
redige um texto de opinião, com um
mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, no qual apresentes uma reflexão sobre a loucura.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo,
no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um
exemplo significativo.
TPC — Prossegue a dissertação sobre loucura começada em aula, acrescentando
mais um argumento e respetivo(s) exemplo(s).
Aula 76-77 (20 [3.ª, 5.ª], 21 [4.ª], 22/jan [9.ª]) Os itens seguintes
dizem respeito ao poema «Ulisses» — o terceiro de Mensagem —, na p. 103 do manual. Vai lendo o texto e escolhendo a
melhor resposta. Não consultes outras páginas do manual.
a) Na frase «O Irondino, o Sancho e o Gualter foram a Braga.», usa-se a vírgula para...
b) Na frase «O Mário nunca, nunca chega a horas.», usa-se a vírgula para...
c) Na frase «Camões, príncipe dos poetas, viveu no século XVI.», usa-se a vírgula para...
d) Na frase «O Gustavo anda a ler Fernando Pessoa e eu, um romance de Saramago.», usa-se a vírgula para...
e) Na frase «Tu, Jorge, vais ao Porto esta semana.», usa-se a vírgula para...
f) Na frase «Ele era, dizia-se, um bom jardineiro.», usa-se a vírgula para...
g) Na frase «Se fores a Londres, visita o Museu Britânico.», usa-se a vírgula para...
h) Na frase «Os alunos, que faltaram à aula, ficaram a estudar para o teste.», usa-se a vírgula para...
8. separar os elementos repetidos.
b) — Ó Mateus que horas são?
c) — Quem é aquela senhora.
d) A Agostinha disse. Vou para a escola.
e) Se voltas a ter esse tipo de comportamento.
f) Socorro. Estou preso aqui dentro.
5. A hipótese mais provável é que tenha perdido o
comboio. _____
No
primeiro verso («O mito é o nada que é tudo») há
a) uma metonímia e uma metáfora.
b) uma metáfora e um oxímoro.
c) uma comparação e uma antítese.
d) um polissíndeto e uma aliteração.
O
valor aspetual predominante em «O mito é o nada que é tudo» é o
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) genérico.
«que
abre os céus» (v. 2) é oração subordinada
a) adjetiva relativa e modificador restritivo do
nome.
b) substantiva completiva e complemento direto.
c) adverbial concessiva e modificador de frase.
d) adverbial temporal e modificador do grupo
verbal.
Nos
vv. 2-5, ilustra-se a relevância dos mitos através da alusão
a) ao Sol, que é mudo mas brilhante.
b) a Deus, nu mas vivo.
c) ao Céu.
d) a Cristo crucificado, a luz que a todos
ilumina.
No
primeiro verso da segunda estrofe, o deítico «Este» corresponde a
a) ‘o mito’.
b) ‘o mesmo sol que abre os
céus’.
c) ‘Ulisses’.
d) ‘o corpo morto de Deus’.
«que
aqui aportou» (v. 6) é oração subordinada
a) adjetiva relativa restritiva e modificador
restritivo do nome.
b) adjetiva relativa explicativa e modificador
apositivo do nome.
c) substantiva relativa e sujeito.
d) adjetiva relativa explicativa e complemento do
nome.
Em
«que aqui aportou» (v. 6) o valor aspetual predominante é
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) iterativo.
O
advérbio «aqui» (v. 6) — um deítico — vale por
a) ‘Ítaca’.
b) ‘Troia’.
c) ‘Grécia’.
d) ‘Lisboa’.
«Foi
por não ser existindo» (v. 7) deve ser um hipérbato de
a) ‘por não ser foi existindo’.
b) ‘foi sendo por não existir’.
c) ‘por não ser existindo foi’.
d) ‘não foi por ser existindo’.
«nos»
(v. 8) desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
«nos»
(v. 10) desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
Na
última estrofe, defende-se que
a) a vida é mais importante do que o mito.
b) só há mito enquanto dura a vida.
c) só há vida enquanto dura o mito.
d) o mito permanece, mesmo quando a vida acaba.
Em
«Assim a lenda se escorre» (v. 11) predominará o valor aspetual
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) iterativo.
O
uso de «mito» (vv. 1 ou 3) e «lenda» (v. 11) constitui um mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) referencial.
«na
realidade» (v. 12) desempenha a função sintática de
a) modificador de grupo verbal.
b) predicativo do complemento direto.
c) complemento oblíquo.
d) complemento do adjetivo.
«E»
(v. 13) constitui um mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) temporo-aspetual.
O
uso da anáfora «la» (v. 13) constitui um mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) referencial.
Segundo
os vv. 11-13, «[a lenda fecunda a realidade]», o que deve significar que
a) o mito faz amor com a realidade.
b) Ulisses é um grande maroto e Penélope não
merecia isto.
c) a lenda f... a realidade, isto é, estraga a
realidade, impede a realidade.
d) o mito dá novo sentido à realidade.
«Em
baixo» (v. 14) desempenha a função sintática de
a) modificador de frase.
b) sujeito.
c) modificador de grupo verbal.
d) complemento oblíquo.
«metade
/ De nada» (vv. 14-15), quanto à função sintática, é
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) modificador apositivo do nome.
d) modificador restritivo do nome.
Em
cada quintilha, o último verso e os quatro primeiros têm, respetivamente,
[não percas tempo com os vv. 1 e 3 da primeira
estrofe, que são mais discutíveis]
a) cinco e oito sílabas métricas.
b) quatro e sete sílabas métricas.
c) cinco e sete sílabas métricas.
d) quatro e oito sílabas métricas.
Em «Ulisses», de Fernando Pessoa, através do exemplo
do herói da Odisseia e da lendária fundação de Lisboa, a origem de
Portugal é associada a um caráter mítico. Por outro lado, a gesta de
Ulisses ajudaria a explicar a vocação marítima dos portugueses.
Em Mensagem a abordagem mítica é crucial.
Já vimos a importância que tem nesta «epopeia lírica» o sebastianismo,
que assenta também num mito.
Na literatura, como aliás em todas as
artes, a alusão a mitos é recorrente, implícita ou explicitamente. Na p. 190,
tal como em «Ulisses», o próprio título do poema de Miguel Torga («Sísifo») antecipa que há relação
intertextual com o mito de Sísifo. Lê a informação sobre esse mito ainda em
«Antes de ler». Depois lê o poema e completa:
No poema de Torga só
aparentemente se defende o destino de Sísifo, já que, embora se comece por
aconselhar que, a exemplo da pena a que Sísifo foi condenado, cada um . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . .
No início, o poema parece
estipular uma atitude «à Ricardo Reis» («___________», v. 3), mas ainda na
primeira estrofe o desdiz: «_________» (vv. 8-10). Os primeiros versos da
segunda estrofe confirmam que o programa sugerido pelo sujeito poético fica
longe do epicurismo estoico de Reis: «____________» (vv. 11-14).
O final lembra-nos «D.
Sebastião, Rei de Portugal», porque, como no poema de Mensagem, faz-se a
apologia __________, ainda que o derradeiro dístico mitigue um tanto esta
euforia através do modificador do grupo verbal «________» (v. 20).
Escreve parágrafo inicial do
desenvolvimento — um argumento e respetivo(s) exemplo(s) — da dissertação
pedida no grupo III da p. 229: «A solidão dos idosos é uma das mais graves
doenças das sociedades contemporâneas».
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O filme que lhes trago — Diamantino, de Gabriel
Abrantes e Daniel Schmidt — é muito mau. Começa por ser uma paródia em torno de
Cristiano Ronaldo mas deriva depois, como se reconhece na contracapa do DVD,
para «uma odisseia delirante onde [o ícone internacional] enfrenta o
neofascismo, a crise de refugiados, a modificação genética e a busca pela fonte
do génio». No entanto, tem para nós o interesse de permitir analogias com Mensagem,
na medida em que...
Mensagem
|
Diamantino
|
Ambas as obras referem,
no início, a fase heroica dos seus protagonistas.
|
|
A primeira parte («Brazão») e boa parte da
segunda («Mar Português») focam-se em figuras e aspetos gloriosos de ______.
|
Começamos por conhecer o protagonista, «o maior
astro do futebol no mundo», ainda no seu _______.
|
Ambas as obras
identificam as razões da decadência, ainda que sem estabelecerem uma
fronteira clara com uma nova demanda que se lhe seguirá.
|
|
Há alusões à morte física do rei Sebastião («ser
que houve») em _____.
|
Temos um _____ falhado e a morte do pai do
jogador.
|
Ambas as obras anunciam
de imediato a possibilidade de um ressurgimento, que implica uma dedicação em
prol da humanidade.
|
|
Prediz-se que Portugal promoverá o ________.
|
________ dedicar-se-á à causa dos «fugiaditos».
|
Ambas as obras conjugam
abordagem histórica/narrativa com partes sobretudo de caráter simbólico,
onírico.
|
|
Em todos os poemas o referente histórico é
acompanhado por interpretação _______.
|
Há momentos de puro sonho, como sucede com os «_____
felpudos».
|
TPC — Relanceia ficha corrigida do Caderno de atividades sobre coesão referencial.
Aula 78-78R (20 [9.ª], 21 [5.ª], 22/jan [3.ª, 4.ª]) Correção das
perguntas 5 e 6 de prova nacional (ver Apresentação).
Na «Memória ao Conservatório Real», Garrett
equaciona a questão de saber se o seu Frei
Luís de Sousa deve ser classificado como tragédia ou como drama
romântico. Enumera tu as caraterísticas que obedecem ao modelo da tragédia clássica:
Os acontecimentos são
dirigidos pelo destino, cujo poder se revela por meio de presságios e indícios
de fatalidade: a profecia do _______ de D. Sebastião; os pressentimentos e
receios de _______; os sonhos e visões de Maria; as falas agoirentas de ______;
os diálogos carregados de ameaças suspensas; o caráter funesto do ______ (sete
anos, sexta-feira, «dia fatal», «hora fatal»).
A intriga inclui os três
elementos essenciais da tragédia
clássica: a peripécia (chegada dos
espanhóis, que leva Manuel de Sousa a ______ o palácio e a deslocar-se para o
espaço fatal); a anagnórise (reconhecimento
do Romeiro como _______); a catástrofe
(morte de Maria e clausura dos _____).
O coro trágico é
corporizado na personagem de _______, talvez um tanto também na de Frei Jorge, bem
como no grupo de frades que recita o ofício litúrgico dos mortos.
As personagens principais pertencem
à/ao ______ {nobreza / povo / clero /
burguesia} e gozam de boa fortuna até a ______ se abater sobre elas em
consequência de um erro involuntário (provocado pelo destino) cometido no
passado (o «crime» de D. Madalena).
{as palavras a negro são objeto de definição mais à
frente}
Lê estes verbetes do Manual de Teatro, de Antonino Solmer (2.ª ed., Lisboa, Temas &
Debates, 2003):
Tragédia — Do grego «canção do bode»
(animal que os Gregos sacrificavam aos deuses). Segundo a clássica definição de
Aristóteles, a tragédia é uma imitação de uma acção elevada efetuada por
personagens em ação no meio de um relato que, suscitando compaixão e temor,
leva a cabo a purgação de emoções por parte do público (a catarse).
Drama — Do grego drama (ação).
Género híbrido entre a tragédia e a comédia, que começou por veicular os temas
que não cabiam em nenhum dos dois grandes géneros. A partir do séc. XVIII, com
Diderot, o chamado drama burguês que, sendo um género sério, não exclui
elementos cómicos, realistas e patéticos, funciona de facto como um género «a
meio-termo» entre os dois grandes géneros clássicos, uma vez que também os
protagonistas fazem parte de uma nova classe média, entre a aristocracia
trágica e a classe baixa cómica. Os sentimentos a que apela este género serão
também outros: visando urna reflexão filosofante a partir de situações
apresentadas de forma realista, o drama burguês não visa nem a catarse da tragédia nem o riso da
comédia, mas antes o apelo à lágrima e à reflexão. Na atualidade, a palavra «drama»
já não se limita a um género específico, tendo, grosso modo, passado a
designar-se por drama tudo o que não é cómico. Em certas correntes, a expressão
revela-se ainda mais abrangente: em inglês, por exemplo, a palavra aplica-se a
todo o género teatral (uma escola de teatro é uma Drama school...). Entre os subgéneros do
drama, tal como na comédia, encontram-se termos como drama histórico (cuja ação se desenrola numa época recuada em
relação àquela em que foi escrita, podendo incluir reconstituições de factos
historicamente acontecidos), drama lírico
(a ópera, o teatro cantado), drama
litúrgico (género medieval que inclui os mistérios e os milagres), etc.
Comédia — Termo que provém dos
antigos ritos dionisíacos gregos. Género dedicado aos procedimentos cómicos que
a opõem à tragédia, e que se
caracteriza por: personagens de baixo estatuto social, desenlace feliz e a
finalidade de provocar o riso do espectador. Mais tarde, o termo irá manter-se,
aplicado ao género que se opõe ao drama. A comédia pode ser no entanto de vários
tipos, de que os principais serão a alta comédia e a baixa comédia. Esta última é caracterizada
pela utilização de recursos da farsa e
do gag, enquanto a primeira recorre a uma linguagem cuidada,
marcada por subtilezas intelectuais e psicológicas. Outros tipos possíveis de
comédia são: comédia de capa e espada
(cuja intriga envolve nobres e cavaleiros); comédia
de costumes (que analisa os comportamentos sociais em situação); comédia musical (que integra música e
canções); comédia de situações ou de equívocos
(caracterizada pela rapidez do desenvolvimento da ação, com um cómico baseado
no efeito de surpresa e no quiproquó), etc.
Tragicomédia — Género que designa um
híbrido de tragédia e comédia definido em função de três elementos
fundamentais: as personagens (pertencem a estratos populares e aristocráticos,
anulando a fronteira de exigências de cada um dos géneros); a ação (que aqui
não termina em catástrofe nem na
morte do herói) e estilo (entremeado de linguagem simultaneamente enfática e
vulgar).
Nos períodos que se seguem
faltam algumas vírgulas. Acrescenta-as. Marca também os casos em que é possível
pôr vírgula ou não, dependendo da interpretação que se faça.
O Hamlet que prefiro é o
dos Gato Fedorento.
Hamlet que é uma tragédia de Shakespeare terá sido
escrito entre 1599 e 1601.
O Hamlet
que tem comichão não é o dos Monty Python.
Gosto das
tragédias de Shakespeare que nunca são enfadonhas.
Gosto das
tragédias que não sejam enfadonhas.
Gosto de
sketches cujos protagonistas sejam psiquiatras e Hamlet.
Vi o Frei Luís de Sousa cuja Maria é
representada por Alexandra Lencastre.
Veremos o final de Quem és tu? que é um filme de João Botelho.
No fundo, o que estiveste a fazer foi
distinguir entre as orações relativas restritivas, as que não são isoladas
por vírgulas, e orações relativas explicativas, as que têm de ficar
entre vírgulas. Em cada período, sublinha a oração relativa (que começará por
«que» ou por «cujo») e escreve E(xplicativa)
ou R(estritiva).
Já agora, todas estas orações relativas são
adjetivas (mas também há
substantivas relativas). As palavras que as introduzem são pronomes e
determinantes relativos (bem como quantificadores e advérbios relativos),
genericamente, palavras relativas.
Almeida Garret, Frei
Luís de Sousa
Eis um grupo I-B de uma prova ainda segundo
o modelo antigo (em em que este grupo não implicava texto, mas um pequeno
comentário mais «teórico»). É-nos util para fixarmos dados acerca de Frei Luís de Sousa:
Grupo I-B
Tal como na tragédia
clássica, também o fatalismo é uma presença constante em Frei Luís de Sousa. O destino acompanha todos os momentos da vida
das personagens, apresentando-se como uma força que as arrasta de forma cega
para a desgraça. É ele que não deixa que a felicidade daquela família possa
durar muito. Recordando a peça de Garrett, responda de
forma completa às questões que se seguem.
1. Na tragédia clássica, a hybris
(o desafio) era o ponto de partida para o conflito (o desenvolvimento).
1.1. Identifique, na peça Frei Luís de Sousa, o desafio de D. Madalena.
1.2. Indique o desafio de
Manuel de Sousa e as consequências da sua atitude no final do Ato I.
2. Demonstre a importância
do destino e da superstição no desenrolar dos acontecimentos.
[Sugestões de
resolução]
1.1
A hybris é o desafio, o crime do
excesso e do ultraje. D. Madalena não comete um crime propriamente na ação, mas
sabemos que ele existiu pela confissão a Frei Jorge de que _________, embora
guardasse fidelidade ao marido. O crime estava no seu coração, na sua mente,
embora não fosse explícito como entre os clássicos.
1.2.
Manuel de Sousa Coutinho também comete a sua hybris ao __________. Esta atitude obrigou-o a
esconder-se durante alguns tempos e a evitar regressar ao palácio durante o
dia.
2. [Completa só com nomes de personagens.] O destino pode definir-se
como força superior que tudo domina e a quem nem os deuses podem fugir;
apresenta-se como uma obrigação imperiosa, uma força que arrasta «de forma cega para a desgraça». Madalena e Maria são
vítimas do destino que afeta também as restantes personagens.
Um presságio da desgraça
percorre toda a obra: a atmosfera de superstição, as apreensões e
pressentimentos de ______ adquirem sentido; também _______ pressente a hipótese
de ser filha ilegítima e vem a ser a vítima sacrificada; ________ alimenta a
crença no Sebastianismo; o incêndio e a necessidade de viver no palácio que
fora de ________ aumentam a tensão dramática; o terror apodera-se de _______...
O destino acompanha todos
os momentos da vida das personagens e arrasta-as de forma cega para a desgraça;
o sofrimento não acontece apenas nas personagens, mas age sobre os
espectadores, através dos sentimentos de terror e de piedade, para purificar as
paixões (catarse); dentro da lógica do teatro clássico, a intriga desenvolve-se,
de forma a culminar num desfecho dramático, cheio de intensidade: a morte
física de _____ e a morte para a vida secular de ____ e _____. É, pois,
evidente que, tal como na tragédia clássica, também em Frei Luís de Sousa o fatalismo é uma presença
constante, dado que o destino acompanha todos os momentos da vida das
personagens, apresentando-se como uma força que as arrasta de forma cega para a
desgraça.
Elementos da tragédia clássica (segundo Projetos, 11.º ano, Santillana)
Hybris
— desafio feito pelas personagens à ordem instituída.
Peripécia — de acordo com a Poética de Aristóteles (c.
334-330 a. C.), corresponde à «mutação dos sucessos no contrário», isto é, ao
momento em que se verifica uma alteração no rumo dos acontecimentos.
Anagnórise — «reconhecimento»;
segundo a Poética de Aristóteles, «é a passagem do ignorar ao conhecer», podendo
consistir na revelação de acontecimentos desconhecidos ou na identificação de determinada
personagem.
[Em FLS, a anagnórise sucede em simultâneo
com a peripécia: é com a chegada do Romeiro e o reconhecimento da sua
identidade (anagnórise) que se dá uma inversão brusca nos acontecimentos
(peripécia): o casamento é invalidado, Madalena torna-se uma mulher adúltera e
a filha, ilegítima.]
Clímax
— momento culminante (de maior intensidade) da ação.
[Em FLS, o clímax corresponde à cena final do ato II, pois é neste
momento que a tensão dramática atinge o seu auge: D. João de Portugal dá a
conhecer a sua identidade de forma inequívoca, demonstrando, ao mesmo tempo,
deforma paradoxal, que o esquecimento a que foi votado anulou a sua
existência.]
Catástrofe
— desenlace trágico.
[Em FLS,
a família é totalmente exterminada: Madalena e Manuel morrem para o mundo,
ingressando na vida religiosa, e Maria morre, efetivamente.]
Ágon
— conflito vivido pelas personagens; pode designar o conflito com outras
personagens ou o conflito interior.
[Em FLS, o de Madalena, por exemplo; ou de
Telmo, quando se apercebe de que o amor a Maria é já superior à fidelidade ao
amo.]
Pathos
— sofrimento crescente das personagens.
Ananké
— o destino; preside à existência das personagens e é implacável.
Catarse — efeito purificador que
a tragédia deve ter nos espectadores: ao desencadear o terror e a piedade,
permitir-lhes-ia purificar as suas emoções.
Os dois itens seguintes — sobre pontuação
— copiei-os de Desafios. Português. 11.º
ano. Caderno de Atividades (de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda,
Patrícia Nunes; Carnaxide, Santillana, 2011), alterando apenas alguns nomes
próprios.
Associa cada frase de A à única hipótese da coluna B
que permite obter uma afirmação correta.
A
a) Na frase «O Irondino, o Sancho e o Gualter foram a Braga.», usa-se a vírgula para...
b) Na frase «O Mário nunca, nunca chega a horas.», usa-se a vírgula para...
c) Na frase «Camões, príncipe dos poetas, viveu no século XVI.», usa-se a vírgula para...
d) Na frase «O Gustavo anda a ler Fernando Pessoa e eu, um romance de Saramago.», usa-se a vírgula para...
e) Na frase «Tu, Jorge, vais ao Porto esta semana.», usa-se a vírgula para...
f) Na frase «Ele era, dizia-se, um bom jardineiro.», usa-se a vírgula para...
g) Na frase «Se fores a Londres, visita o Museu Britânico.», usa-se a vírgula para...
h) Na frase «Os alunos, que faltaram à aula, ficaram a estudar para o teste.», usa-se a vírgula para...
B
1. isolar as orações subordinadas relativas
explicativas.
2. isolar o modificador apositivo.
3. separar elementos com a mesma função sintática.
4. indicar a supressão de uma palavra, geralmente
o verbo.
5. separar a oração subordinada adverbial que
ocorre antes da oração principal.
6. isolar o vocativo.
7. separar uma oração intercalada.
8. separar os elementos repetidos.
Assinala e corrige os erros de pontuação
presentes nas frases seguintes e explica a razão das incorreções.
a) O Saul comprou, uma casa
junto ao mar.
b) — Ó Mateus que horas são?
c) — Quem é aquela senhora.
d) A Agostinha disse. Vou para a escola.
e) Se voltas a ter esse tipo de comportamento.
f) Socorro. Estou preso aqui dentro.
g) O Hélio o Alberto e o Zuzarte compraram tostas
queijo e fiambre.
Classifica as orações
sublinhadas.
Carta
(Toranja)
Não falei contigo com medo
que os montes
e vales que me achas caíssem a teus pés...
Acredito e entendo que a estabilidade lógica
de quem não quer explodir faça
bem ao escudo que és...
Saudade é o ar que vou sugando e aceitando
como fruto de verão nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo e tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua numa chama minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste
que o teu destino foi inventado
por gira-discos estragados aos
quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
de sincronização do coração
são leis como paredes e tetos cujos
vidros vais pisando...
Anseio o dia em que acordares por
cima de todos os teus números
raízes quadradas de somas subtraídas
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso
harmonioso ao teu gesto mimado e
à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
E nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.
Desculpa, se te fiz fogo e
noite sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos deuses, mas
não fui eu que te escolhi.
Desculpa, se te usei como refúgio dos meus
sentidos
pedaço de silêncios perdidos, que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...
... nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém,
magoaste alguém,
A mim... passou-me ao lado.
TPC — Relanceia mais uma ficha corrigida do Caderno deatividades (sobre coesão lexical e referencial).
Aula 79-80
(23 [9.ª], 24/jan [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Correção do questionário de compreensão
escrita sobre «Ulisses» (ver Apresentação).
O assunto será atos ilocutórios. Não estando nos atuais programas,
não é seguro que não possa sair em exame, já que integra as metas ou as aprendizagens essenciais.
Os atos
de fala dividem-se em locutórios (o próprio facto de se falar), ilocutórios (o tipo de ação que se pretende realizar: uma ordem, uma promessa, uma
constatação, uma ameaça, etc.) e perlocutórios (o efeito produzido no interlocutor: ficar o ouvinte ofendido,
envergonhado, convencido, etc.).
Nos atos
ilocutórios diretos, a intenção comunicativa fica explícita no que é dito; nos atos ilocutórios indiretos, a intenção
comunicativa tem de ser captada pelo
interlocutor. Por exemplo, em «Leiam o texto tal» há um ato ilocutório _______;
mas, se, no contexto de uma aula, o professor disser «É na p. 104», temos um
ato ilocutório _____, cuja _______ (‘ordem para se começar a ler’) tem de ser
inferida pelos interlocutores.
O entendimento de um ato de fala está dependente do contexto comunicativo. O que possibilita que a frase «É na p. 104» seja percebida como ordem
para que se leia é o facto de se estar numa _____ de _______.
Os atos
ilocutórios podem ser agrupados consoante a força ilocutória (o objetivo
ilocutório) que apresentam:
diretivos (pretende-se que o interlocutor atue de acordo com
a vontade do locutor) — «Querem abrir os livros na p. 321?»; «Abram os livros
na p. 321».
assertivos (assinala-se a posição do locutor relativamente à
verdade do que diz) — «Não há dúvida de que esta é a melhor frase»; «Admito que
haja aqui um equívoco meu».
expressivos (traduz-se o estado de espírito do locutor
relativamente ao que diz) — «Entristece-me que tenha partido»; «Muitos parabéns
pelo teu teste».
compromissivos (responsabilizam o locutor relativamente a uma ação
futura) — «Não darei aula no dia 1 de fevereiro»; «Prometo entregar os prémios
Tia Albertina».
declarativos (aquilo que se diz cria, por si só, uma nova realidade)
— «Absolvo-te das falhas cometidas»; «Fica aprovado com catorze valores».
Há que contar com o tipo de frase (interrogativo,
imperativo, declarativo, exclamativo) e com o contexto: «Estou constipadíssima», num contexto em que há uma porta aberta, pode
ser um ato ilocutório {escolhe}
direto / indireto que corresponda ao objetivo ilocutório (à força ilocutória)
_______ (com a locutora a pretender que ______).
Plural
12, 2012, p. 343 [note-se que não está no nosso manual atual]:
Indica o tipo dos atos ilocutórios (diretivo / assertivo / expressivo / compromissivo / declarativo):
1. Fala com o diretor de turma. _______
2. Gostei que fizesses cocó no penico. ______
3. Sei que Gedeão era Rómulo de Carvalho, professor de Física. ______
4. Ficam isentos do pagamento os menores de setenta e três anos. ______
6. Duvido que te interesse. _____
7. Chegarei às onze e sessenta e dois. ______
8. Detesto que me estejam sempre a pressionar. _____
9. Vou pensar no que me propõe. ______
10. É inadmissível que te impeçam de ires ao jogo. ______
[fundado em M. Olga Azevedo ,
M. Isabel Pinto
& M. Carmo Lopes, Exercícios —
Gramática Prática de Português — Da Comunicação à Expressão]
Preenche
as quadrículas em branco, interpretando os atos de fala dos dois sketches (série Barbosa). Por vezes,
previ duas interpretações (uma, direta;
a outra, indireta, aliás mais
verosímil). No tipo (segundo a força
ilocutória), porás assertivo, diretivo, expressivo, compromissivo.
(Nenhum exemplo é de ato declarativo.)
Ato de fala | direto / indireto | tipo (segundo a força ilocutória) | modo verbal, etc. |
«Últimos
desejos»
|
|||
Julgava que eras meu amigo... | direto | assertivo | «julgar» + imperfeito do indicativo |
indireto | |||
Por favor, promete que passas para açúcar mascavado. | direto | imperativo + «por favor» | |
Eu mudo para açúcar mascavado. | direto | ||
Gostava de ouvir o mar. | expressivo | imperfeito do indicativo | |
indireto | |||
direto | |||
indireto | expressivo | ||
«Condutor
de ambulância»
|
|||
Pronto. Está bem. | direto | advérbio e presente do indicativo | |
Arranca. Depressa. Já. | direto | diretivo | |
Há aqui indivíduos que devem estar cheios de pressa. | direto | «dever» no presente | |
A sensação que me dá é que está verde há muito tempo | direto | «dá-me a sensação» + presente do indicativo | |
Não podia ir um pouco mais rápido? | indireto | imperfeito de «poder» + infinitivo | |
Morreu. | direto | ||
indireto | expressivo |
Vai
até à p. 104, para leres «D.
Dinis». Lembro que D. Dinis foi importante trovador — autor de cantigas de
amigo e cantigas de amor — e também é conhecido por ter mandado plantar o pinhal
de Leiria.
Mostra como em Mensagem se traça o
perfil de D. Dinis, indicando três características do retrato que aí é feito do
rei. Fundamenta essas características com citações pertinentes. (Podes ler o
pequeno comentário «D. Dinis, um símbolo», mas não te deves limitar a transpor
o que aí se diz.)
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. . . . .
TPC — Em Gaveta de Nuvens lê
capítulo de gramática sobre Atos ilocutórios.
Aula 81-82 (27
[5.ª, 3.ª], 28 [4.ª], 29/jan [9.ª]) Na p. 108, à direita, tens o poema cujo
título é adotado por toda a segunda parte de Mensagem, «Mar
português». Talvez já o conheças desde o 9.º ano.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Ouvi dizer
________________________
Que o nosso amor acabou,
Subordinada ______________
Pois eu não tive a noção do seu fim.
Coordenada _______________
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim,
Se eu não tive a noção
De ver nascer o homem.
____________________________
E, ao que eu vejo, tudo foi para ti
Subordinada adverbial ___________
Uma estúpida canção que só eu ouvi,
Subordinada ___________________
E eu fiquei com tanto para dar,
Que agora não vais achar nada bem
Subordinada adverbial ____________
Que eu pague a conta em raiva.
_____________________________
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
Subordinada adverbial ____________
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã.
Subordinada ____________________
Eu tinha tantos planos para depois,
Fui eu quem virou as páginas
Subordinada _____________________
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido.
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu,
Como eu não fui.
Um dia vou-te ouvir dizer
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu…
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu…
Explicita, por palavras tuas, as seguintes
afirmações da segunda quintilha:
«Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena»:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Quem quer passar além do Bojador / Tem que passar
além da dor»:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é
que espelhou o céu»:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Recorda estas estâncias (Os Lusíadas,
canto IV, 88-89), que integram o passo das
despedidas, na praia do Restelo (pouco antes de surgir «um velho, de
aspeito venerando», que menearia três vezes a cabeça e, descontente,
discursaria).
A gente da cidade, aquele
dia,
(Uns por amigos, outros por parentes,
Outros por ver somente) concorria,
Saudosos na vista e descontentes
E nós, co’a virtuosa companhia
De mil religiosos diligentes,
Em procissão solene, a Deus orando,
Pera os batéis viemos caminhando.
Em tão longo caminho e duvidoso
Por perdidos as gentes nos julgavam,
As mulheres c’um choro piadoso,
Os homens com suspiros que arrancavam.
Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já nos não tornar a ver tão cedo.
Estabelece uma aproximação entre a
ideologia do poema «Mar português» e a das estâncias 88 e 89 do canto IV dos Lusíadas, que acabaste de reler:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Na p. 108, à esquerda, lê «O
mostrengo», o quarto poema da segunda parte de Mensagem (cfr. pp. 52-53 da edição que estamos a
usar).
Discorre sobre as características
narrativas do poema:
O poema apresenta uma
breve narrativa, em que se relata o encontro dos navegadores portugueses com o
Mostrengo (ação), sendo ambos protagonistas. Do conjunto de personagens,
destaca-se ainda o «______», que dialoga com o monstro.
A narrativa decorre «______» (espaço) e numa «_______» (tempo).
Debruça-te
sobre as marcas épicas da composição:
São características épicas
do poema a presença de uma ameaça grandiosa sobre o ______, que, no confronto
com ela, evidencia marcas de grandeza (moral). O caráter narrativo é igualmente
traço ______ do poema.
[Depois de se ouvir passo do Adamastor, no canto V de Os Lusíadas]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Completa esta síntese comparativa de Os Lusíadas e Mensagem, que retirei, com poucas adaptações, de uma sebenta de
estudo para exame.
Os Lusíadas (1572)
|
Mensagem (1934)
|
Poema ______
|
Poema épico-lírico
|
dez cantos
|
estrutura triádica: «Brasão», «______», «O Encoberto»
|
escritos em meados do século XVI, época do declínio do apogeu
expansionista
|
escrita entre 1913 e 1934, época de desencantos (relativamente a
1.ª República e a ____)
|
cariz ______ e descritivo; dimensão real e concreta
|
cariz abstracto e interpretativo; dimensão simbólica,
doutrinária
|
fundo histórico: a viagem do Gama
|
fundo histórico e _____: a busca de uma «Índia que não há»
|
referência aos fundadores de Portugal pela voz de Vasco da Gama
e de Paulo da Gama, nos relatos ao rei de Melinde e ao _____
|
evocam-se os que estiveram associados aos
primórdios da nacionalidade, pedindo-se a Afonso Henriques que abençoe a
pátria com o seu exemplo
|
referem-se as lutas contra os Mouros (Batalha de Ourique) e as
lutas contra _____ (Aljubarrota; papel de Nun’Álvares)
|
Pessoa refere-se à figura de Nun’Álvares como um messias, um
«Portugal em ser»
|
relata-se a aventura da descoberta do caminho marítimo para a
Índia, incluindo adversidades e perigos (despedidas de Belém, Adamastor,
tempestade)
|
evoca-se processo de conquista do mar desconhecido («O infante
D. Henrique», «Horizonte», «Padrão», «O Mostrengo», «Ocidente», «______»)
|
________ é a recompensa para os portugueses que se transcenderam
|
Pessoa sonha a recompensa: «ilhas
afortunadas», «terras sem ter lugar», onde mora o Desejado
|
D. Sebastião é a garantia e a esperança do regresso de tempos
gloriosos, ao estilo do sebastianismo tradicional
|
D. Sebastião está na base de um sebastianismo pessoano, que, sem
negar o passado, aponta para um _____ promissor
|
nas ______ (cantos I e X), Camões reconhece
em D. Sebastião qualidades de líder
|
loucura de D. Sebastião é evocada como necessária à criação de
um novo império
|
conceito de herói épico tradicional: o que o move é a
guerra contra os ________, a expansão
|
conceito de herói mítico: o que é escolhido
para cumprir uma missão e é movido pela «febre do Além»
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os obstáculos que o herói enfrenta levam-no à construção de um
Império terreno (nacionalismo)
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os obstáculos que o herói enfrenta levam-no à transcendência, a
um império espiritual, o _____ (nacionalismo universalista)
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poeta revela desencanto pelo _____
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poeta revela desencanto pelo presente e apela à
construção de um futuro de dimensão cultural e espiritual: «É a hora!»
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poeta, ainda que valorizando os momentos
gloriosos da pátria, mostra tristeza pelo não reconhecimento do seu valor e
pelo estado da pátria
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poeta pretende restaurar a grandeza da pátria, recriando o mito
______, essencial ao renascimento que se defende
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a poesia serve para registar e glorificar o passado
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a poesia, o sonho, o misticismo são as forças que levarão ao _______
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Itens sobre tipos de coesão em exames relativamente recentes
[2018, 2.ª fase]
7. Indique o processo de coesão
textual assegurado pelas expressões «No passado» (linha 1), «a pouco e pouco»
(linha 5), «Já» (linha 7), «Hoje, a pouco e pouco» (linha 24) e «ainda» (linha
27).
R.: __________________
[2016, 1.ª fase]
6.
O uso das
palavras «dele» (linha 28) e «os» (linha 29) [«O risco, correta ou
incorretamente percecionado, está por todo o lado nas nossas vidas, sendo
várias as interrogações que se podem colocar em face dele. A ciência traz-nos
constantemente novos riscos, assim como maneiras de os minimizar»] contribui
para a coesão
(A) lexical. | (B)
aspeto-temporal. | (C) frásica.
| (D) referencial.
[2015, 1.ª fase]
7.
No contexto em que ocorre, a palavra «Dessas» (linha 15 [«E dá dois exemplos:
na época de Dürer, existiam na língua alemã mais de cento e cinquenta e oito
palavras para designar cheiros diferentes. Dessas, apenas trinta e duas hoje
subsistem, e frequentemente como formas dialetais muito localizadas.»])
contribui para a coesão
(A)
temporal. | (B) referencial. | (C) frásica. | (D) interfrásica.
[2014, época especial]
1.5.
A utilização de «pois» (linha 4) e de «Por isso» (linhas 25-26) contribui para
a coesão
(A)
frásica. | (B) interfrásica. | (C) temporal. | (D) lexical.
[2013, 1.ª fase]
1.6.
No contexto em que que ocorrem [«Sai um livro em 2012, para o ano uma coleção
destes textozitos, em 2014 o que agora terminei e uma última coleção destas
prosinhas e acabou-se»], as palavras «textozitos» (linha 7) e «prosinhas» (linha
8) [contribuem para a coesão
(A)
temporal. | (B)
frásica. | (C) interfrásica. | (D) lexical.
e dois itens para identificação de
referentes
[2012, 2.ª fase]
2.2.
Indique o antecedente do determinante possessivo que ocorre em «a sua
subordinação à hegemonia das imagens» (linhas 15 e 16). [«É, por isso,
inteiramente lícito que nos interroguemos sobre a relação possível entre o
esvaziamento das palavras e a sua subordinação à hegemonia das imagens, das
quais se diz agora valerem, cada uma delas, mais do que mil palavras, num
câmbio tão duvidoso quanto sugestivo.»]
R.: __________________
[2011, 1.ª fase]
2.1.
Indique o antecedente dos determinantes possessivos que ocorrem em «A sua
grande vegetação, o seu grande triunfo de flora» (linhas 12 e 13). [«As terras
não se cultivavam. Faziam, inertes, as suas despedidas da fertilidade,
suportavam aquela pausa intermédia entre a morte e a inumação. A sua grande vegetação,
o seu grande triunfo de flora, era o cardo. Se lhe davam folga, o cardo cobria de
verde-cinzento a paisagem.»]
R.: __________________
TPC
— Relanceia mais uma ficha corrigida do Caderno de atividades(sobre coesão frásica).
Aula 83-83R (27 [9.ª], 28 [5.ª], 29/jan [3.ª, 4.ª]) Correção da
resposta a item sobre «D. Dinis» (ver Apresentação).
Eis a parte B do Grupo I do exame do ano passado (2.ª fase). O texto era constituído
pelas estâncias 26 a 29 do canto VI de Os
Lusíadas.
4. Explicite as estratégias
argumentativas utilizadas por Baco (estâncias 27 e 28) para convencer Neptuno,
Oceano e os outros deuses marinhos a serem seus aliados.
5. Apresente dois aspetos distintos
que, na estância 29, evidenciem a mitificação do herói, fundamentando cada um
deles com uma transcrição pertinente.
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. . . . . .
6. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando da
tabela a opção adequada a cada espaço. Na folha de respostas, registe apenas as
letras e o número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Nestas estâncias, são utilizados alguns recursos
expressivos frequentes em Os Lusíadas:
na expressão «peito oculto» (v. 3), está presente uma a)
; a apóstrofe ocorre, por exemplo, em b) .
a)
|
b)
|
1. personificação
|
1. «o mar irado» (v.
10)
|
2. anástrofe
|
2. «padre Oceano»
(v. 13)
|
3. metáfora
|
3. «fracos e
atrevidos» (v. 24)
|
4. comparação
|
4. «humanos» (v. 32)
|
Depois de ouvires
«Fiscal das danças ridículas» (série Lopes da Silva), preenche a coluna do
meio, relativa ao ato ilocutório (assertivo, expressivo, diretivo, compromissivo, declarativo):
Passo de «Fiscal das danças ridículas» ou de separadores
|
Ato ilocutório
|
Descrição útil para tipificar ato
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[Incorreu
na prática de danças ridículas.] Vai ter de abandonar o estabelecimento.
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Frase
deôntica dita por um «fiscal de danças ridículas».
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Vi-o a efetuar
uma espécie de um comboiinho.
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Relato,
relativamente a que o enunciador se responsabiliza, de um acontecimento
anterior.
|
|
O que é
que eu fiz?
|
Interrogação
dirigida ao fiscal.
|
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Não
posso pactuar com comboiinhos!
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Frase
na 1.ª pessoa, dita com ênfase, com indignação.
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Não vou
fechar os olhos a uma situação como a que o vi fazer.
|
Frase
com complexo verbal (ir +
infinitivo do verbo principal) com valor de futuro próximo.
|
|
Não perca
a atualização das notícias sobre a seleção nacional.
|
Frase com uso do conjuntivo, correspondente a imperativo
negativo.
|
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Ao
contrário do que fora anunciado, Paulo Ferreira não jantou o prato de peixe.
|
Informação,
relato de uma circunstância, negando-se informação anterior.
|
|
Vamos ter oportunidade de ouvir uma entrevista com Dona
Maria da Conceição Ferradinha, uma alentejana que viu o autocarro da seleção
duas vezes.
|
Frase
com complexo verbal (ir + infinitivo
de verbo principal) com valor de futuro próximo.
|
|
Ui,
tantos episódios!
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Frase
exclamativa, com algum teor descritivo, mas sobretudo admirativa.
|
|
Agora é
calcar!
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Frase
de teor apelativo, ainda que sem uso de modo imperativo.
|
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Eu
estou a perder a cabeça!
|
Descrição
de estado de espírito, sublinhada com nervosismo evidente.
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Itens de exame em torno de atos ilocutórios
[2014, 1.ª fase]
2.3. Classifique
o ato ilocutório presente em «Como um dia veremos.» (linha 29). [É por isso que, para além do culto que a obra de
Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve
reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça
desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender,
ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que
não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.]
R.:
__________________
[2013, 1.ª fase]
1.7. Na frase «E, após isso, ninguém lerá uma só palavra posta por mim
num pedaço de papel.» (linhas 9 e 10), o autor realiza um ato ilocutório
(A) compromissivo. | (B) declarativo. | (C) expressivo. | (D)
diretivo.
[2013, 2.ª fase]
2.2. Classifique o ato
ilocutório presente em «A sua poesia ainda tem segredos para si?» (linha 21).
R.:
______________
Classifica as orações sublinhadas:
Ouvi dizer
(Ornatos Violeta)
Ouvi dizer
________________________
Que o nosso amor acabou,
Subordinada ______________
Pois eu não tive a noção do seu fim.
Coordenada _______________
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim,
Se eu não tive a noção
De ver nascer o homem.
____________________________
E, ao que eu vejo, tudo foi para ti
Subordinada adverbial ___________
Uma estúpida canção que só eu ouvi,
Subordinada ___________________
E eu fiquei com tanto para dar,
Que agora não vais achar nada bem
Subordinada adverbial ____________
Que eu pague a conta em raiva.
_____________________________
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
Subordinada adverbial ____________
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã.
Subordinada ____________________
Eu tinha tantos planos para depois,
Fui eu quem virou as páginas
Subordinada _____________________
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido.
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu,
Como eu não fui.
Um dia vou-te ouvir dizer
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu…
Sei que um dia vais
dizer...
E, pudesse eu pagar de outra forma, ...
E, pudesse eu…
A cidade está deserta
_________________________________
E alguém escreveu o teu
nome em toda a parte,
Nas casas, nos carros, nas
pontes, nas ruas,
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da
loucura,
Ora amarga ora doce,
Coordenada ________________________
Para
nos lembrar
que o amor é uma doença,
Subordinada adverbial _________________
Quando nele julgamos ver a
nossa cura.
Subordinada adverbial _________________
TPC
— Relanceia mais uma ficha corrigida do Caderno de atividades(sobre coesão interfrásica).
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