Friday, August 30, 2019

Aula 2 da Quarentena (= 115-115R)


Aula 115-115R [= Quarentena 2] (17 [5.ª], 18/mar [4.ª, 3.ª, 9.ª])
Queria recuperar ainda o poema com que acabámos a aula anterior, o extensíssimo «Nós», de Cesário Verde. Resolvi reproduzi-lo todo aqui, nem tanto para o lerem (é enorme!), mas para terem à mão, se o quiserem conhecer na diagonal, o texto de que trata a análise que copio a seguir. Aqui em baixo reproduzo só as quadras da parte I — as mesmas que ouviram na última aula.
Quanto à análise que aparece a seguir a esta parte I de «Nós», era útil que a vissem (copiei-a de uma «sebenta»: Poemas de Cesário Verde. Ensino Secundário, ‘Resumos’, Ideias de Ler, 2009). É bastante esquemática. Muitas das características indicadas podem encontrar-se em outros poemas de Cesário. Já agora, na parte II de «O Sentimento dum Ocidental» há frase que, por aludir à Febre e ao Cólera se assemelha aos versos iniciais de «Nós»: «E eu sonho o Cólera, imagino a Febre, / Nesta acumulação de corpos enfezados.

NÓS
a A. de S. V.
                I

Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre
E o Cólera também andaram na cidade,
Que esta população, com um terror de lebre,
Fugiu da capital como da tempestade.

Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas
(Até então nós só tivéramos sarampo),
Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas
que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!

Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:
O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;
Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos
Morreram todos. Nós salvamo-nos na fuga.

Na parte mercantil, foco da epidemia,
Um pânico! Nem um navio entrava a barra,
A alfândega parou, nenhuma loja abria,
E os turbulentos cais cessaram a algazarra.

Pela manhã, em vez dos trens dos batizados,
Rodavam sem cessar as seges dos enterros.
Que triste a sucessão dos armazéns fechados!
Como um domingo inglês na city, que desterros!

Sem canalização, em muitos burgos ermos
Secavam dejeções cobertas de mosqueiros.
E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,
Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!

Uma iluminação a azeite de purgueira,
De noite amarelava os prédios macilentos.
Barricas de alcatrão ardiam; de maneira
Que tinham tons de inferno outros arruamentos.

Porém, lá fora, à solta, exageradamente,
Enquanto acontecia essa calamidade,
Toda a vegetação, pletórica, potente,
Ganhava imenso com a enorme mortandade!

Num ímpeto de selva os arvoredos fartos,
Numa opulenta fúria as novidades todas,
Como uma universal celebração de bodas,
Amaram-se! E depois houve soberbos partos.

Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,
Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,
E em permanência olhando o horizonte em brasa,
Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.

Ele, dum lado, via os filhos achacados,
Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!
E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,
E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!

E o campo, desde então, segundo o que me lembro,
É todo o meu amor de todos estes anos!
Nós vamos para lá; somos provincianos,
Desde o calor de maio aos frios de novembro!

[como disse, o resto do poema pode ser relanceado aqui, mas talvez não valha a pena]

Uma análise de «Nós»
Do conjunto da obra poética de Cesário Verde, este poema é o que apresenta um caráter claramente biográfico, pelas informações relativas às suas vivências pessoais e familiares:
a ida da família da cidade para o campo, tentando fugir à epidemia da cólera;
as estadas sazonais no campo, que se tornaram um hábito da família Verde;
a actividade agrícola do chefe da família;
as preocupações do pai com a saúde e bem-estar dos filhos;
a doença de um dos irmãos e a sua posterior morte.
O poema está organizado em três partes (I, II, III), que correspondem a três momentos da evocação do sujeito poético dos espaços cidade e campo.
Assim, na primeira parte, o sujeito poético refere o ambiente de doença que domina a cidade — a Febre / E o Cólera também andaram na cidade — e que teve como consequências:
a fuga dos habitantes da cidade — esta população, com um terror de lebre, / Fugiu da capital como da tempestade;
a decisão da família Verde em mudar-se para o campo — Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas / (...) Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas; Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa / (...) Não quis voltar senão depois das grandes chuvas;
o pânico e a actividade de controlo da epidemia — E os médicos, ao pé dos padres e coveiros, / Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!; Barricas de alcatrão ardiam;
a morte — Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos / Morreram todos;
Nesta primeira parte, a oposição cidade/campo é uma constante, pelo significado que uma e outra adquirem para o sujeito poético e sua família: a cidade perspetivada como Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda! e o campo como um salutar refúgio.
Na segunda parte, o campo é caracterizado, através da experiência pessoal do sujeito poético, como espaço de
beleza natural e sadia — Que de fruta! E que fresca e temporã / Nas duas boas quintas; O laranjal de folhas negrejantes;
fertilidade — As ricas primeurs da nossa terra; Abundâncias felizes que eu recordo!; Pradarias de um verde ilimitado!;
e torna-se motivo de inveja dos países industrializados do norte da Europa — Anglo-Saxónios, tendes que invejar! / Ricos suicidas comparai convosco! / (...) Oponde às regiões que dão os vinhos / Vossos montes de escórias inda quentes!
Na terceira parte, o sujeito poético retoma o tom autobiográfico do poema e justifica o título do mesmo — Nós.
De regresso à cidade — Tínhamos nós voltado à capital maldita —, o sujeito lírico recorda um acontecimento dramático — nos sucedeu uma cruel desdita.
A doença e morte de um dos irmãos é então evocada de forma realista — Uma tuberculose abria-lhe cavernas! / (...) Não sei dum infortúnio imenso como o seu! / E, sem querer, aflito e atónito, morreu!
Esta morte prematura desencadeia no sujeito poético sentimentos dolorosos e contraditórios:
revolta contra as injustiças;
vingança concretizada no seu trabalho poético — Se ainda trabalho é como os presos no degredo, / Com planos de vingança e ideias insubmissas;
desdém pela literatura;
desprezo pelos seus amados versos.
Fechando este resto da último aula, lembro que temos aqui uma análise detalhada de «O Sentimento dum Ocidental», escrita por Hélder Macedo. Como, em termos de programa/exame, se trata, esse sim, do poema obrigatório de Cesário Verde, valia a pena lerem esse muito bom ensaio.
Marcadores discursivos (& Conectores)
Esta matéria, embora se deva considerar um assunto de gramática, em termos de exame costuma surgir muito misturada com a compreensão dos textos, naqueles itens de escolha múltipla do grupo II.
Com efeito, no grupo II há sempre alguns itens que implicam perceber o sentido que os conectores (em rigor, os marcadores discursivos) conferem a passos do texto que esteja a ser analisado.
Leiamos para já — sem preocupação de memorizar mas antes de reconhecer o tipo de expressões que estão em causa — um texto teórico sobre o assunto (que adaptei de Inês Silva & Carla Marques, Estudar Gramática no Ensino Secundário ([Lisboa?]. Asa, 2011).
Os Marcadores discursivos apresentam várias funções no plano do texto, como: ligar segmentos maiores ou menores do discurso; organizar os enunciados em blocos (partes) textuais; contribuir para a interpretação dos enunciados; indicar o sentido da conexão dos enunciados; introduzir novos temas e registos discursivos diferentes; facilitar a interpretação do texto; manter e orientar o contacto do locutor com o interlocutor.
Os marcadores discursivos podem subdividir-se em várias classes:
Estruturadores de informação
Têm a função de ordenar a informação, assegurando a abertura, o desenrolar e o fecho de uma série.

Podem apresentar três possibilidades de origem semântica (enumeração, lugar, tempo).
enumeração: em primeiro lugar, inicialmente, de um lado, em segundo lugar, em seguida, depois, por último, finalmente, por outro lado, para terminar, em síntese, etc.
lugar: atrás, além, de um lado, na frente, em cima, à esquerda, etc.
tempo: então, em seguida, (e) depois, após, na véspera, no dia seguinte, etc.
Conectores
Têm a função de ligar enunciados ou sequências de enunciados, estabelecendo uma relação semântica e pragmática entre os membros da cadeia discursiva.

Morfologicamente, são unidades linguísticas invariáveis; pertencem às seguintes classes de palavras: interjeições, advérbios e conjunções.
Conectores aditivos ou sumativos: além disso, ainda por cima, do mesmo modo, igualmente, etc.
Conectores conclusivos e explicativos:
por consequência, logo, portanto, de modo que, donde se segue, etc.
Conectores contrastivos ou contra-argumentativos:
sem embargo, não obstante, todavia, contudo, de qualquer modo, em todo o caso
Reformuladores
Têm a função de explicação e de retificação.
por outras palavras, ou seja, dizendo melhor, ou antes, etc.
Operadores discursivos
Têm a função de reforço argumentativo e de concretização.
de facto, na realidade, por exemplo, mais concretamente, etc.
Marcadores conversacionais
Têm a função de manter e orientar o contacto do locutor com o interlocutor.
ouve, você sabe, então, olha, presta atenção, homem, etc.
Como se pôde verificar, os conectores discursivos são uma classe dos marcadores discursivos: o seu significado dá instruções, que vão orientar o recetor na interpretação dos enunciados, na construção das inferências, no desenvolvimento dos argumentos e dos contra-argumentos; verificam-se tanto na sua realização oral como na realização escrita.
O termo conexão corresponde ao encadeamento de enunciados, podendo ser assegurado por marcadores discursivos e pela pontuação (na escrita).
Resolve agora os itens seguintes saídos em exame (confronta as tuas escolhas com as soluções que estão na apresentação no final desta aula).

Itens de exame com sentidos conferidos por marcadores ou por pontuação
[2015, 1.ª fase]
2. O uso de parênteses nas linhas 8 e 9 [«A dificuldade de narrar um odor (é impossível fazê-lo com precisão, apenas com o recurso a metáforas e comparações lá chegamos) está bem expressa no diálogo perfumado de ironia das Investigações Filosóficas, quando Wittgenstein pergunta: «Procuraste já descrever o aroma do café sem conseguir?»] justifica-se pela introdução de uma
(A) conclusão. | (B) transcrição. | (C) explicação. | (D) enumeração.

[2015, 2.ª fase]
5. A utilização de dois pontos na linha 2 e na linha 8 [«Tenho a sorte de já ter assistido duas vezes a Os Maias de João Botelho. Em maio vi a versão longa, na Cinemateca, pelo que agora escolhi a versão curta. Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar – como tantas vezes já regressei – ao grosso volume do romance de Eça de Queirós. E quem quer ler um resumo quando pode perder-se numa das mais perfeitas narrativas da literatura portuguesa? Não me arrependo de ter escolhido ambas. A montagem do filme permite que não falte, nem numa nem na outra, qualquer episódio ou fala essencial para o completo entendimento da obra. Em ambas as versões as palavras iniciais são uma surpresa: “A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa no outono de 1875...”.»] serve para introduzir, respetivamente,
(A) uma explicação e uma enumeração. | (B) uma explicação e uma citação. | (C) uma enumeração e uma explicação. (D) uma enumeração e uma citação.

[2014, 2.ª fase]
1.3. No contexto em que ocorre, a expressão «Por outro lado» (linha 19 [«Nesta linha, criticou fortemente a atuação da Inquisição e propôs uma reforma séria dos estilos, isto é, de algumas práticas judiciais deste tribunal, nomeadamente o facto de manter sob anonimato os denunciantes e realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos. Por outro lado, Vieira foi um precursor de uma reflexão crítica que favoreceria a emergência de uma consciência moderna do que se veio a designar mais tarde por Direitos Humanos».]) é equivalente a
(A) em contrapartida. | (B) por sua vez. | (C) assim. | (D) além disso.

[2014, época especial]
1.6. No texto, a palavra «nascimento» (linha 10 [«Foi nesta carta a Adolfo Casais Monteiro que Pessoa descreveu o «nascimento» de Caeiro. Apesar de os estudos pessoanos terem demonstrado que a carta não diz toda a verdade sobre a criação do heterónimo, nem dos poemas, a verdade é que aquilo que nela haverá de ficção serve para que Pessoa continue o seu jogo infinito com as racionalmente definidas fronteiras do real e do irreal.»]) encontra-se entre aspas porque se pretende destacar
(A) uma citação. | (B) uma expressão irónica. | (C) um sentido figurado. | (D) um título.

[2013, 2.ª fase]
1.5. A questão iniciada por «Mas» (linha 23), relativamente à questão colocada na linha 21, corresponde
Isso confirma que este livro é a chave para a sua poesia. — Em certo sentido, é a revelação dos recessos da minha poesia, de um certo número de segredos. Todos temos segredos e eu revelo alguns, importantes, que ajudam o leitor a perceber que aquele sujeito que lia o Dante ou o Camões era um indivíduo que podia morrer.
A sua poesia ainda tem segredos para si? A minha poesia é uma luta contra a morte. Contra esse erro que é a morte.
Mas tem zonas obscuras ou tudo nela é cristalino para si? A vida é cristalina, a morte é repelente. Nunca percebi como, no mistério da criação, pode existir a morte. Nisso sou do contra. E procuro o quê? Procuro exaltar tudo o que a vida tem de bom.»]
(A) à introdução de uma ideia nova, oposta à anterior. | (B) a uma síntese da opinião do entrevistado. | (C) a uma leitura alternativa da obra do poeta. | (D) à clarificação daquilo que se pretende perguntar.

[2013, época especial]
1.4. Ao utilizar a interrogação retórica, na linha 24 [«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É infiel.»], o autor
(A) solicita uma informação. | (B) reforça uma opinião. | (C) introduz uma ideia nova. | (D) reformula um pedido.

E ainda estes:
7. Em «que esqueceram de todo» (linhas 24 e 25 [«foi tanta a negrura e a fome que os rodeou, que esqueceram de todo que havia letras e pensamento»]), a conjunção «que» estabelece uma relação de
a) substituição.
b) retoma.
c) consequência.
d) comparação.

4) A locução «para que» (linha 2) permite estabelecer na frase uma relação de
a) causalidade.
b) completamento.
c) finalidade.
d) retoma.

O conector «assim que» (l. 30) introduz uma ideia de
a) conclusão.
b) comparação.
c) tempo.
d) modo.

A conjunção «Enquanto» (l. 26) introduz uma ideia de [«Enquanto no Mediterrâneo só há ondas quando …, no Atlântico…»]
a) tempo.
b) condição.
c) causa.
d) contraste.


Sobre os conectores, ter também em conta a arrumação mais simples que se assume na classificação de orações (cfr. quadro, por exemplo em NGDP, pp. 140-141):



Como lhes disse, na sexta-feira passada devolvi uns trabalhos de argumentação (Greta/gentrificação). Ficam as notas dos trabalhos dos que fnão estiveram em aula (estes escritos tinham pouca importância, eram curtos; concentrei-me em ver se os alunos conseguiam distinguir posição, argumento e exemplo; marquei os erros de escrita, mas não era o mais importante — também por isso, classificações são daquelas mais leves, com vistos):
12.º 3.ª: Margarida, V; Pardal, V; Beatriz, V/V(+); Carlota, V(-); Carolina, V/V(+); Inês M., V(+); Leonor, V; Matilde, V; Nicole, V; Sofia, V+;
12.º 4.ª: André, V; Clara, V(+); Botea, V/V(+); Diana, estivera doente; Eduardo, V/V(+); Emilly, V/V(+); Francisca, V; Gonçalo, V+; Guilherme, V; Hugo, V (+); Joana, V(+); Rodrigo, V(+)/V+; Júlia, V(+); Laura C., V+; Laura O., V/V(+); Leonor, V/V(+); Lourenço, V(+); Madalena, V/V(+); Mafalda, V+; Margarida, esteve doente; Pedro, V+; Tomás N., V/V(+); Tomás L., V(+); 
12.º 5.ª: Arruda, V; Beatriz P., V; Guilherme A., não fizera; Arthur, V; Grego, não fizera;
12.º 9.ª: foi tudo entregue.
O que a seguir lhes peço é uma tarefa de escrita, ao estilo de um grupo III de exame. O enunciado que ponho em baixo serve para qualquer um dos temas por que venhas a optar (é o normal destes grupos III).
Quanto ao tema, escolhe-o entre os que se deduzem dos vídeos a seguir. Escolhe só um dos temas. Dá uma vista de olhos aos programas (ou vê com mais atenção o tema que saibas à partida interessar-te mais), mas sem te preocupares demasiado com eles ou com os argumentos que aí são expendidos. Digamos que estes, e outros, programas de Jubilee (grupo que que me foi indicado por colega do 12.º 5.ª, a quem agradeço) são apenas pretexto para enunciar a meia dúzia de assuntos que têm como opção de tema. (Sim, bem sei que está em inglês, mas não é para se seguir tudo, é, repito, para ter ideia de cada um dos temas à escolha.)
Escrevam numa folha de linhas, cumprindo os limites (apontaria porém para 250 como mínimo, mantendo o limite máximo), usando caneta, fazendo quatro parágrafos. Guardem o trabalho convosco. Admito que o voltemos depois a usar.
Mothers vs Daughters: Is Marriage Necessary?
Flat Earthers vs Scientists: Can We Trust Science?
Can Teens & Parents Understand Each Other?
Adoptees vs Birth Parents: Should Birth Parents Try to Stay in Touch?
Climate Change Activists vs Skeptics: Can They See Eye To Eye?
Should You Cut Ties With an Addicted Family Member?

GRUPO III
[Problemática ou tema escolhido.]
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas [e cinquenta] e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a problemática apresentada.
No seu texto:
— explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
— utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
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TPC — Vai lendo O Ano da Morte de Ricardo Reis, se ainda não terminaste o livro. Na próxima aula, voltaremos à obra de Saramago. (Se já leste, podias muito bem ir lendo livros que tivesses em casa e de que gostasses. Tenho pena de, na semana passada, não ter levado livros que lhes pudesse emprestar, mas alguns ainda terão leituras em curso.)


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