Sunday, September 14, 2008

Aulas (3.º período)

Aulas 52 & 53 (nas turmas 4.ª e 5.ª: 14 & 16/Abr; nas turmas 1.ª, 2.ª & 6.ª: 17/Abr [nestas três turmas, as duas aulas foram abreviadas e reunidas numa única sessão — omitiram-se os trechos de O Mistério da Estrada de Sintra, bem como a tarefa de revisão e ilustração de verbetes com neologismos criados por alunos])

Responde à ficha do Práticas nas pp. 47-49. (Com ela, esgotamos a parte gramatical deste caderno.) Usa o que se segue, em que, por vezes, já adiantei parte da resposta.

1.1. a) «__________»; b) «__________»; c) «__________».

1.2. [Escreve mais seis:]
______________

2.1. «Sustinha» = ‘_________’; «tombado» = ‘_________’.

2.2. No conjunto A, encontramos vocábulos que exprimem a ideia de ___________. No conjunto B, encontramos vocábulos que exprimem o resultado da _________.

2.3. [Escreve um período — ou seja: segmento com muitas, poucas orações ou até só uma, se for caso disso, terminado por um ponto final — em que apareçam cinco dos dez verbos (que podes flexionar como te interesse).]

2.4. [Para «sustentar», vê o verbete do Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, de Antônio Geraldo da Cunha:]
ruína, ...
sustento, ...

3. [Escolhe uma das duas hipóteses:]
a) objectos de decoração de interiores / peças de roupa interior;
b) formas planas / formas redondas;
c) pecados citadinos / pecados capitais;
d) livros da Bíblia / livros do CRE.

4. [Resolvi a pergunta, mas acrescentei um intruso em cada série; circunda esse estúpido intrometido:]
a) chave de fendas, berbequim, tesoura, agulha, cuspo, pincel;
b) cúbico, esférico, triangular, piramidal, cilíndrico, cónico;
c) sinceridade, honestidade, generosidade, transpiração, modéstia, coragem;
d) românico, gótico, barroco, neoclássico, romântico, realista.

5.1. a) todos estes objectos têm a mesma ________;
b) todos estes objectos retiram __________;
c) todos estes objectos são instrumentos de __________;
d) todas estas acções implicam _________.

5.2. [Estabelece a distinção apenas entre três elementos de um dos grupos:]




Assistência a começo de O Mistério da Estrada de Sintra, de Jorge Paixão da Costa.







TPC (tudo já antigo) — Se ainda não o fizeste, trata rapidamente do Egafilme. Também em breve, verificarei em aula a leitura integral de Os Maias. Quando puderes, tenta fazer a inscrição no concurso do Diário de Notícias: http://www.nescolas.dn.pt/.



Soluções:

1.1. a) «choro por ele»; b) «rejubilo»; c) «dou-lhe preito».

1.2. decepção, frustração, choque, revolta, fúria, pânico, surpresa, curiosidade, deleite, orgulho, entusiasmo, euforia, fascínio

2.1. «Sustinha» = ‘segurava, dominava’; «tombado» = ‘caído, derrubado’.

2.2. No conjunto A, encontramos vocábulos que exprimem a ideia de suporte, apoio. No conjunto B, encontramos vocábulos que exprimem o resultado da perda de um suporte ou equilíbrio.

2.4.
ruína, ruinoso, arruinar, arruinado, ruindade, ruim;
sustento, sustentação, sustentáculo, sustentado, sustentável, sustentabilidade, sustentante, sustentamento, insustentável.

3.
a) objectos de decoração de interiores;
b) formas planas;
c) pecados capitais;
d) livros da Bíblia.

4.
a) cuspo;
b) triangular;
c) transpiração;
d) realista.

5.1. a) forma;
b) liberdade;
c) pesca;
d) deglutição, ingestão.

6.
Nomes / Verbos / Adjectivos
louvor / louvar / louvado, louvável
repreensão / repreender / repreendido, repreensível
demonstração / demonstrar / demonstrado demonstrável, demonstrativo
dedução / deduzir /deduzido, dedutível
exemplo, exemplar / exemplificar / exemplificado, exemplar, exemplificativo
argumento, argumentação / argumentar / argumentador, argumentativo
justificação / justificar / justificado, justificativo

7.
Nomes / Verbos / Adjectivos
paixão / apaixonar / apaixonado, apaixonante, passional
pecado / pecar / pecador, pecaminoso
dissimulação / dissimular / dissimulado
ambição / ambicionar / ambicioso, ambicionado
obediência / obedecer / obediente
santidade, santo / santificar / santo, santificado
temor / temer / temido, temeroso, temente, temível
moderação / moderar / moderado, moderador

8.
Nomes / Expressões verbais / Adjectivos
motivo, motivação, desmotivação / motivar, desmotivar / motivado, motivador, desmotivado, desmotivador
centro / centrar, descentrar / centrado, centralizador, descentrado, descentralizador
quietude, inquietude / aquietar, inquietar/quieto, inquieto
subordinação, insubordinação / subordinar, insubordinar / subordinado, insubordinado, subordinante, subordinável, subordinativo
habilidade / ter habilidade / hábil, habilidoso, inábil
liga, ligação / ligar, desligar / ligado, desligado
flexão, flexibilidade / flectir, flexibilizar / flectido, flexível, inflexível
forma, formação, deformação / formar, deformar / formado, formador, formativo, deformado, deformador, deformativo

Evaldo Heckler, Sebald Back, Egon Massing, Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa, s.v. ‘Ruim’.
[Aula 53]
Ouve o texto «Como Psique se enamora de Eros...» (está nas pp. 169-171 de Antologia, mas peço-te que, por enquanto, não o consultes).

Agora, lê a conclusão desta «história emblemática do sentimento amoroso», que retirei de Pierre Grimal, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, s.v. ‘Psique (Ψυχή)’. Não estranhes ler Amor (= Eros); Afrodite (= Vénus), Zeus (= Júpiter).
[Decerto atentaste na excelência tipográfica das linhas precedentes: é versaletes, itálico, caracteres gregos; só falta mesmo um negrito, uns caracteres cirílicos (Чюи), árabes (صطٸىق ج), hebraicos (האל). E não se usa o sublinhado em impressos — o sublinhado é privativo dos manuscritos, reservando-se para o que, em tipografia, ficará em itálico.]

Abandonada pelo Amor, a pobre Psique começou a errar pelo mundo, perseguida pela cólera de Afrodite, indignada pela sua beleza. Todas as divindades se recusavam a acolhê-la. A jovem fugiu, até que, finalmente, a deusa a alcançou: levou-a então, como prisioneira, para o seu palácio, atormentou-a de mil maneiras, impôs-lhe múltiplas tarefas — escolher cereal, tosquiar carneiros selvagens e até descer aos Infernos. Aí deveria, por ordem de Afrodite, pedir a Perséfone um frasco cheio de água da fonte da juventude, mas não deveria abri-lo. Infelizmente, no caminho de regresso, Psique abriu o frasco e adormeceu de um sono profundo.
Entretanto, o Amor estava desesperado; não conseguia esquecer Psique. Quando a viu adormecida por acção do sono mágico, despertou-a com a ponta de uma das suas flechas e, regressando ao Olimpo, pediu a Zeus permissão para desposar aquela mortal. O deus consentiu de bom grado e a jovem reconciliou-se com Afrodite.

Ouve, por duas vezes, a gravação do poema «Eros e Psique» (Fernando Pessoa, Poesias) dito por Ruy de Carvalho. (Se, no 9.º ano, usaste o manual Aula Viva, podes encontrá-lo aí, na p. 211.)

Enfim, escreve um comentário em que contrastes a abordagem de Pessoa com a história mitológica. Podes relancear o texto «Como Psique se enamora de Eros...» (pp. 169-171), mas, no teu comentário, mais do que retomares pormenores, deves aludir — globalmente — à singularidade do texto de Fernando Pessoa.

Revisão de verbetes com neologismos criados há tempos por alunos e desenho de ilustrações.

Dois encargos para quem as vai rever:

1 — Verificar se

há erros ou gralhas (emendá-los de forma visível);
alguns dos exemplos de frases — as abonações — são levemente melhoráveis (e fazer essa reformulação).

Assinalar também faltas de itálico (ou aspas), sublinhando essa parte.

Não fazer caso do corpo (tamanho) de letra ou das fontes (do tipo de letra).


2 — Ilustrar um ou dois dos (ou todos os) verbetes

A ilustração pode ser informativa — tentando reproduzir o referente —, mas também pode ser abstracta ou até aludir ao referente de forma apenas sub-reptícia, irónica, não imediatamente descodificável.

O objectivo dos desenho é que, perante placards com série de verbetes, o leitor possa distrair-se; mas também que seja atraído para a leitura dos textos.

Os desenhos podem ser feitos junto aos verbetes ou neste verso da folha, mas devem indicar, claramente, o verbete a que respeitam. A autoria da revisão e dos desenhos deve ficar assinalada no cabeçalho.

5.ª Faz as primeiras da folha (1 e/ou 2)

4.ª Faz as últimas da folha (3 e/ou 4)

[Já agora: se na altura devida (nas férias do Natal), não chegaste a enviar-me, por mail, os verbetes com o neologismo que criaras, podes fazê-lo agora.]

Assistência a mais um trecho de O Mistério da Estrada de Sintra.



TPC (tudo já antigo, repetido da última aula) — Se ainda não o fizeste, trata rapidamente do Egafilme. Também em breve, verificarei em aula a leitura integral de Os Maias. Quando puderes, tenta fazer a inscrição no concurso do Diário de Notícias: http://www.nescolas.dn.pt/.



Texto ouvido:

Eros e Psique (Fernando Pessoa)
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino —
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Aula 54 (20 ou 21/Abr) Nas pp. 197-198 de Antologia está um passo do capítulo XV de Os Maias. É provável que haja uma gralha no teu manual («Capítulo XIII» onde deveria estar «XV»). Também estará mal, na l. 64, «rabaixamento» (é «rebaixamento»).
Os três primeiros períodos (ll. 1-5) dão-nos o momento em que Carlos toma contacto com o exemplar da Corneta do Diabo (é em itálico que convém pôr, é o nome de um jornal), ainda antes de se focar no texto que aí lhe fora dedicado.
Carlos está {circunda a boa opção} no Ramalhete / na Toca / na casa da Rua de S. Francisco. O jornal que ele descintava fora-lhe enviado por ________, que, como saberás, tinha conseguido evitar a saída de quase toda a tiragem. (No bilhete que enviara a Carlos com um exemplar do jornal, ele mesmo disso informava o amigo.)

Logo à primeira vista, o jornal tornava-se repugnante, por várias características da sua produção gráfica: pouca qualidade da ______ e do ______, abuso de _______, o próprio tipo de letra adoptado.

Segue-se, da parte de Carlos, a leitura do texto (ll. 5-28) que sabemos ter sido encomendado (ou «soprado») ao jornalista por ________.
O artigo é de um género que não tem exacto equivalente no jornalismo moderno, mas relativamente comum em certo tipo de periódicos do século XIX. Podemos tentar caracterizar o seu léxico.

Há palavras e expressões de linguagem popular ou quase de calão — por exemplo, «_______», «_______», «_______», entre muitas outras. Este registo seria evidentemente sentido como grosseiro, hostil.
Mas a agressividade vem também de um outro léxico, até relativamente familiar, mas que, no contexto em que aparece, traduz ironia e agressividade. Entre as palavras que estão em itálico, teremos casos desses (incluindo diminutivos e estrangeirismos): «_______», «______», «______».
Também a estrutura sintáctica, em que frases de tipo ________ ou terminadas com reticências entrecortam as restantes insinuações, faz que o artigo cause repulsa.
O vocativo «_______», que, de resto, abre e fecha o texto, também contribui para o tom ofensivo, por aproveitar uma forma de tratamento inadequada ao estatuto de Carlos.

Enfim, o estilo de escrita destes pasquins está bem definido nas ll. 33-34 (em trecho do narrador, mas nitidamente focalizado em Carlos, como se fosse este a pensar): «frases ________».

É sobre este segundo parágrafo que versa a pergunta 4 da p. 198. Respondamos-lhe através da síntese seguinte (que completarás):

Neste parágrafo (ll. 29-37), o nojo que o texto causara a Carlos é-nos transmitido, por um lado, por metáforas e comparações (que aproveitam o campo lexical da sujidade, sobretudo): «[recebia na cara] ________», «[sentia frases] _________, à maneira __________», «sentia-se __________».
Quanto aos adjectivos, além de poderem ser bastante crus («_______», «sórdido»), chegam a apresentar-se em par («________», que aliás já qualificava o «espanto»).
Alguns substantivos abstractos dramatizam a natural reacção negativa de Carlos («espanto», «_______», «_______», «confusão»), sobretudo porque contrastam com outros que aludem ao amor por Maria Eduarda («esplendor», «______», «amor»).

No penúltimo parágrafo, a menção a uma bengala — «ele e a sua bengala!» (l. 51) — significa que a personagem {circunda} coxeava / tencionava desancar alguém / era cega.
No último parágrafo (ll. 55-67), a indignação de Carlos acentua-se, ao ler o texto no exemplar _________. Nos três últimos períodos, essa revolta acaba por se estender a ____________.
Na tradição jornalística mais recente, nada há que lembre o género de texto saído na Corneta do Diabo. Mesmo certas colunas, ditas de «crónica social», que em tempos houve em algumas revistas, sendo também maledicentes, usavam um estilo menos directo, eram mais breves e não nomeavam o objecto da difamação (ou, mais geralmente, da troça).
Segundo o estilo do artigo sobre Carlos na Corneta, escreve um texto de difamação de uma personagem fictícia — no entanto, decerto prototípica. O contexto deve ser nosso contemporâneo.
Por vezes, estes textos não chegavam a explicitar quem criticavam, o que não significa que os leitores não pudessem inferir de quem se tratava. A segunda alternativa de começo («Quem foi que [...]?») prevê a possibilidade de preferires seguir essa estratégia.
(Repara que a linguagem destes textos era mais elaborada do que poderíamos imaginar. A sintaxe não parece muito complexa, mas o léxico é, por vezes, rebuscado, com o fito de poder magoar mais e de ser, embora duvidosamente, espirituoso. Misturam-se vários registos, como vimos.) Haverá vantagem em relanceares de novo as ll. 5-28.

[Ora viva, ...
[Quem foi que ...



TPC — (1) Fazer registo em http://www.nescolas.dn.pt/. Ir explorando o site.
(2) Se for caso disso, resolver pendências urgentemente: terminar leitura de Os Maias; egafilme.
É natural que durante esta semana, a partir de terça, fiquem no bloco C, cerca do CRE, alguns placards com os Verbetes neologísticos que fizemos no 1.º período.
(Infelizmente, nem todos me enviaram então esse texto reformulado, e por isso falharam-nos alguns verbetes. As ilustrações, feitas por colegas do 11.º 4.ª e do 11.º 5.ª, também tiveram de ser muito apressadas.)



Soluções:

Carlos está na Toca na casa da Rua de S. Francisco. O jornal que ele descintava fora-lhe enviado por Ega, que, como saberás, tinha conseguido evitar a saída de quase toda a tiragem. (No bilhete que enviara a Carlos com o jornal, ele mesmo disso informava o amigo.)

Logo à primeira vista, o jornal tornava-se repugnante, por várias características da sua produção gráfica: pouca qualidade da impressão e do papel, abuso de itálicos, o próprio tipo de letra adoptado.

Segue-se, da parte de Carlos, a leitura do texto (ll. 5-28) que sabemos ter sido encomendado (ou «soprado») ao jornalista por Dâmaso.
O artigo é de um género que não tem exacto equivalente no jornalismo moderno, mas relativamente comum em certo tipo de periódicos do século XIX. Podemos tentar caracterizar o seu léxico.

Há palavras e expressões de linguagem popular ou quase de calão — por exemplo, «gaja», «bandulho», «papalvo», entre muitas outras. Este registo seria evidentemente sentido como grosseiro, hostil.
Mas a agressividade vem também de um outro léxico, até relativamente familiar, mas que, no contexto em que aparece, traduz ironia e agressividade. Entre as palavras que estão em itálico, teremos casos desses (incluindo diminutivos e estrangeirismos): «janota», «catita», «cocotte».
Também a estrutura sintáctica, em que frases de tipo exclamativo ou terminadas com reticências entrecortam as restantes insinuações, faz que o artigo cause repulsa.
O vocativo «Sô Maia», que, de resto, abre e fecha o texto, também contribui para o tom ofensivo, por aproveitar uma forma de tratamento inadequada ao estatuto de Carlos.

Enfim, o estilo de escrita destes pasquins está bem definido nas ll. 33-34 (em texto do narrador, mas nitidamente focalizado em Carlos, como se fosse este a pensar): «frases em calão, pandilhas, afadistadas, como só Lisboa as pode criar».

É sobre este segundo parágrafo que versa a pergunta 4 da p. 198. Respondamos-lhe através da síntese seguinte (que completarás):

Neste parágrafo (ll. 29-37), o nojo que o texto causara a Carlos é-nos transmitido, por um lado, por metáforas e comparações (que aproveitam o campo lexical da sujidade, sobretudo): «[recebia na cara] uma chapada de lodo», «[sentia frases] pingando fetidamente, à maneira de sebo», «sentia-se emporcalhado». Quanto aos adjectivos, além de poderem ser bastante crus («chula», «sórdido»), chegam a apresentar-se em par («furioso e mudo», que aliás já qualificava o «espanto»).
Alguns substantivos abstractos dramatizam a natural reacção negativa de Carlos («espanto», «cólera», «horror», «confusão»), sobretudo porque contrastam com outros que aludem ao amor por Maria Eduarda («esplendor», «paixão», «amor»).

No penúltimo parágrafo, a menção a uma bengala — «ele e a sua bengala!» (l. 51) — significa que a personagem {circunda} coxeava / tencionava desancar alguém / era cega.
No último parágrafo (ll. 55-67), a indignação de Carlos acentua-se, ao ler o texto no exemplar que era destinado a Maria Eduarda. Nos três últimos períodos, essa revolta acaba por se estender a toda a sociedade lisboeta.
Aula 55 (23 ou 24/Abr)

A minha situação é esta {marca com um X}:

Já li Os Maias na íntegra.
Já li quase todos Os Maias, faltando-me apenas menos de três capítulos.
Li metade da obra.
Só li cerca do terço inicial.
Li só os primeiros capítulos.
Pouco mais li do que o que foi lido em aula.
Nada li para além do que li em aula.
Nada li e tenho ódio a quem tenha lido.

Escolhe a melhor alínea.

A alínea que só tem personagens de Os Maias é
a) Sara, Zé Fernandes, Craft, Jacinto.
b) Alencar, Acácio, Sousa Neto, Libaninho.
c) Ramires, Carlos, Cohen, Pacheco.
d) Guimarães, Taveira, Dâmaso, Domingos.

Não há nenhuma personagem de Os Maias em
a) Raquel, Mac Gren, Baptista.
b) Ega, Alencar, Tancredo.
c) Melanie, Macário, Basílio.
d) Acácio, Fradique, Artur.

As expressões «Chique a valer!», «Oh yes», «C’est très grave, c’est excessivement grave!», «Não se mencione o excremento» pertencem, respectivamente, a
a) Dâmaso, Sara, Melanie, Alencar.
b) Dâmaso, Sara, Melanie, Ega.
c) Alencar, Sara, Steinbroken, Ega.
d) Dâmaso, Sara, Steinbroken, Alencar.

Esta série de espaços — Santa Olávia, Paris, Rossio — pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens
a) Carlos da Maia, Pedro da Maia, Maria Eduarda Runa.
b) Brown, Maria Eduarda, Carlos da Maia.
c) Eusébio, Maria Monforte, Mãe de Ega.
d) Carlos da Maia, Eusébio, João da Ega.

Esta série de caracterizações — barítono e diplomata; ministro e incompetente; de «esquerda», não vivia em Portugal — corresponde a
a) Teles da Gama; Cruges; Castro Gomes.
b) Steinbroken; Gouvarinho; Guimarães.
c) Cruges; Taveira; Mac Gren.
d) Souselas; Sousa Neto; Tancredo.

Esta série de espaços — Arroios, Santa Olávia, Celorico — pode corresponder, pela mesma ordem, a
a) Maria Monforte, João da Ega, Eusebiozinho.
b) Pedro da Maia, Afonso da Maia, João da Ega.
c) Maria Eduarda, Carlos da Maia, Alencar.
d) Tancredo, Teresinha, Carlos da Maia.

Rufino é relacionável com
a) o jantar do Hotel Central.
b) o serão em Santa Olávia.
c) o sarau da Trindade.
d) uma sessão de uíste no Ramalhete.

A série «Marquês Silveirinha, Mefistófeles, tio do Dâmaso» corresponde a
a) Eusébio, Ega, Guimarães.
b) Souselas, Ega, Castro Gomes.
c) Cohen, Gouvarinho, Vilaça.
d) Vilaça, Cohen, Castro Gomes.

São personagens de Os Maias
a) Teresa, Toca, Maria Eduarda Runa.
b) Juliana, Maria Monforte, Luísa.
c) Rosa, Gouvarinho, Cohen.
d) Sara, Maria, Olívia.

Pode corresponder a «Queijadas, Antiguidades, Poemas, Piano», pela mesma ordem,
a) Ega, Steinbroken, Alencar, Diogo.
b) Cruges, Carlos, Diogo, Alencar.
c) Vilaça, Carlos, Eusébio, Cruges.
d) Cruges, Craft, Alencar, Cruges.

Podem corresponder ao par «poeta romântico, poeta realista», e nesta ordem,
a) Pedro da Maia, Tomás de Alencar.
b) Tomás de Alencar, Simão Craveiro.
c) Eusebiozinho, João da Ega.
d) Tomás de Alencar, Cruges.

À série «Jacob Cohen, Taveira, Vilaça» correspondem as profissões
a) banqueiro, procurador, funcionário público.
b) banqueiro, funcionário público, procurador.
c) ministro, maestro, procurador.
d) ministro, maestro, funcionário público.

A série de caracterizações «português às antigas, viúvo macambúzio, músico apagado» corresponde a
a) Diogo, Silveirinha, Salcede.
b) Pedro da Maia, Alencar, Craveiro.
c) Afonso da Maia, Dâmaso, Alencar.
d) Marquês, Eusebiozinho, Cruges.

Fazem parte da criadagem que vai surgindo nos Maias
a) Domingos, Juliana, Taveira.
b) Domingos, Baptista, Melanie.
c) Vilaça, Anselmo, Melanie.
d) Lola, Juliana, Baptista.

Estão ligadas ao jornalismo as personagens
a) Palma, Sousa Neto, Conde de Gouvarinho.
b) Palma, Neves, Guimarães.
c) Castro Gomes, Neves, Ega.
d) Ega, Neves, Sousa Neto.

Esta série de espaços — Vila Balzac, Ramalhete, Paço de Celas — pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens
a) Maria Monforte, Pedro da Maia, Carlos.
b) Jacob Cohen, Afonso, Carlos.
c) João da Ega, Maria Eduarda, Alencar.
d) Tancredo, Carlos da Maia, João da Ega.

Correspondem aos tipos «conquistador; ’brasileiro’; ‘gentleman’»
a) Pedro da Maia, Guimarães, Ega.
b) Dâmaso, Castro Gomes, Craft.
c) Diogo, Alencar, Dâmaso.
d) Ega, Cohen, Alencar.

A alínea que só tem mamíferos irracionais mencionados nos Maias é
a) Cavalão, Bonifácio, Niniche.
b) Vladimiro, Bonifácio, Niniche.
c) Memé, Lucinda, Cavalão.
d) Lucinda, Niniche, Bonifácio.

Charlie era filho dos
a) Cohen.
b) Gouvarinho.
c) Silveiras.
d) Castro Gomes.

A personagem mais relacionável com a Corneta do Diabo é
a) Craveiro.
b) Ega.
c) Teresinha.
d) Palma.


Vai relendo o trecho de Os Maias nas pp. 199-201 do manual e preenchendo a tabela que pus a seguir. Esta tabela pretende apoiar uma resposta à pergunta 1 da p. 201. É o levantamento das manifestações físicas, visíveis, de sentimentos das personagens. Preenche as quadrículas que estejam vazias. (Para a segunda coluna, que se reporta às personagens, usa siglas: A = Afonso; C = Carlos; E = Ega. Na última coluna, põe apenas substantivos abstractos.)





Transforma um curto passo deste texto em parte de cena de teatro (aproveitando como didascálias alguns trechos da narração, mas podando-os bastante; e dispondo as falas como é usual na escrita dramática).

Responde à pergunta 1 da p. 201.



TPC — Fazer desafios 1 e 5 em http://www.nescolas.dn.pt/ .



Soluções




Além das falas das personagens, a maior parte do texto ocupa-se com a descrição dos comportamentos observáveis. Procura-se assim que a escrita seja quase científica, isenta de julgamentos subjectivos (como seriam os de um narrador que preferisse a classificação dos sentimentos mais do que a fotografia das suas manifestações).
Aula 56 (27 ou 28/Abr) Na pp. 25-26 de Práticas, faz-se uma revisão das estratégias a usar num resumo (esses conselhos reportam-se a resumos de textos expositivos-argumentativos, mas as indicações são as mesmas que víramos para resumos de outros tipos de texto).
Os pontos 1, 2, 3, 5, de ordem metodológica, podem ou não ser acolhidos, a sua utilidade dependerá dos hábitos de cada um. Já os conselhos 4, 6, 7 e 11 devem ser sempre tidos em conta, embora, habitualmente, já os ponhamos em prática por intuição.
8 e 9 reportam-se às diferenças relativamente a uma outra tarefa, a síntese. Nesta, ao contrário do que acontece no resumo, haveria um segundo nível do relato — «o autor considera que» —, a ordem das informações seria conformável às nossas prioridades, bem como os tempos verbais, e o número de parágrafos já poderia ser alterado. (No manual do ano passado, Interacções, a síntese está explicada na p. 337; o resumo, na p. 261.)

Faz o resumo de «O estilo de Eça de Queirós» (Antologia, 237-239), reduzindo esse texto a cerca de um terço. Eu já tratei do primeiro parágrafo (ll. 1-10; o texto-fonte tinha cerca de cem palavras; ficaram trinta e uma).

Eça de Queirós contribuiu decisivamente para a renovação da prosa portuguesa. Criticaram-lhe a tendência galicista, mas a sofisticação do seu estilo modernizou o português e terá até influenciado a literatura castelhana.
...






Tendo visto o começo do primeiro número — dedicado a Os Maias — da série de documentários Grandes Livros, assinala, à esquerda de cada período, se a afirmação é V(erdadeira) ou F(alsa).

Eça recomendou a Oliveira Martins que, dos Maias, lesse as primeiras cem páginas, alguns episódios (as corridas, a ida a Sintra, o sarau literário, etc.) e pouco mais.
Mais do que o peso da Igreja, era o peso excessivo do Cristianismo que Eça contestava.

Nas obras de Eça, a influência da educação romântica nota-se ainda mais nos homens do que nas mulheres.
Isabel Pires de Lima concorda que Eça fosse misógino e admite que tratasse mais criticamente as mulheres do que os homens.
Eça de Queirós foi educado pelos avós e viveu sempre entre mulheres.
O pai de Eça era juiz, tendo trabalhado nos processos que envolveram Camilo Castelo Branco.
Eça de Queirós nasceu em Vila do Conde e foi baptizado na Póvoa de Varzim.
Nas obras de Eça há sobretudo famílias (e estruturadas convencionalmente).
Eça chegou a viver no Colégio da Lapa, onde conheceu Ramalho Ortigão, filho do director.
Para Eça, o avô Queirós era uma figura tutelar.
Carlos da Maia integra traços de Eça, nomeadamente o seu gosto para a «cavaqueira».
Para Carlos Reis, nos Maias, Eça quer sobretudo contar a saga de uma família nobre.
Na época de Eça, a vida entre as classes burguesas estava condicionada pelo romantismo.
O grupo que se costuma designar «geração de 70» integrava António Feliciano de Castilho.
Bom Senso e Bom Gosto foi um panfleto escrito por Antero de Quental, em reacção a Castilho.
Em Coimbra, Eça conviveu com Antero.
A Questão Coimbrã opôs Eça a Antero.
Faziam parte da «geração de 70», entre outros, Eça, Ramalho, Batalha Reis, Antero, Oliveira Martins.
Eça foi o sócio n.º 9 do Grémio Literário, fundado por Garrett.
Eça viajou pelo Egipto e pela Palestina, ao serviço do jornal com que colaborava.



TPC — Faz o desafio 4 em http://www.nescolas.dn.pt/. Quem não tratou ainda do Egafilme deve ter em conta que não gostaria de dar muito mais tempo para esta tarefa, sendo aconselhável que a resolvam rapidamente. Também a conclusão da leitura de Os Maias é aconselhável. Os que já têm estes dois encargos cumpridos poderiam ir decidindo, ou até começando, tarefa grande (= ler um livro). Da minha parte, tentarei explicitar em GdN que tipo de obra é recomendável.
Aula 57 (30/Abr ou 4/Mai) Faz o resumo, para cerca de um terço do texto-fonte, das linhas 1-59 do «Roteiro para a leitura de Os Maias» (Antologia, 239-240). Para ir dando indicações de como proceder em cada zona do texto, delimitei os parágrafos do resumo, por linhas do texto-fonte. O número à direita dá a quantidade de palavras no texto original.

ll. 1-4 [É possível condensar num só período, e até talvez com um único verbo activo.] / 47

Os Maias na obra de Eça

Publicados em 1888, ______________________________

A Acção

5-23 [Há exemplos — episódios; personagens — que se podem suprimir ou generalizar.] / 200
_________________________
24-26, 27-34 [Podemos agregar os dois parágrafos, já que o primeiro é demasiado pequeno.] / 120
Paralela à dimensão cómica, na esfera familiar ________________. Como é de regra neste género, as personagens ___________________, e as características e sentimentos dos heróis, _________________, ___________________.
35-42 [Prescindir da citação, mas talvez incluir os exemplos de indícios.] / 86
A revelação que contraria a paixão do par amoroso ________________________ (em lembranças de Vilaça, em ____________________, bem como nas suas observações acerca das _____________________________ entre Maria Monforte e _____________).
43-48, 49-56, 57-59 [É vantajoso agregar estes três parágrafos num único.] / 166
O ___________, que _____________ morte de um Afonso moralmente derrotado, é uma fatalidade que _______________________. No entanto, no romance os seus efeitos _______________________, como se Eça não quisesse levar às últimas consequências a dimensão ______________ da intriga.


Em cerca de oitenta palavras, faz uma síntese do passo dos Maias que está na p. 202 de Antologia. Eu já a comecei, aproveitando aliás uma das características que distinguem a síntese do resumo, o podermos pôr-nos na posição de comentadores. (Também será possível algum enquadramento para lá do que vem no texto-fonte. E caberá tudo num único parágrafo.)

Este trecho do capítulo XVII de Os Maias incide sobre ...



TPC — Faz o desafio 2 em http://www.nescolas.dn.pt/.

Quem não tratou ainda do Egafilme deve ter em conta que não gostaria de dar muito mais tempo para esta tarefa, sendo aconselhável que a resolvam rapidamente. Também a conclusão da leitura de Os Maias é aconselhável.

Os que já têm estes dois encargos cumpridos poderiam ir decidindo, ou até começando, tarefa grande (= ler um livro). Pus aqui uma explicação acerca desta tarefa (que não é bem uma tarefa), dando-lhes ideia do tipo de leituras convenientes.

Também em GdN estão os regulamentos do Concurso literário José Gomes Ferreira (até 5 de Junho) e de «Um livro numa foto» (até 15 de Maio).



Soluções O poema de Fernando Pessoa toma o mito clássico já no final das peripécias, focando-se apenas na fase em que Eros vai em busca de Psique adormecida. No texto pessoano, Psique pouco relevo tem; e mesmo a relação entre as duas personagens surge-nos apagada. A última quintilha faz que Eros, quando deveria acordar a princesa, afinal se encontre a si próprio, o que pode significar que o motivo do poema é, na verdade, a reflexão do poeta sobre si mesmo (o que não é inusual em Pessoa).
Aula 58 (5 ou 8/Mai) Na p. 203 de Antologia, vê se é necessário corrigir o número do capítulo. O passo que lerás é o que fecha Os Maias, pertencendo, obviamente, ao décimo oitavo capítulo (em alguns exemplares dos manuais, por lapso, aparece «Capítulo XIII»).
Relê as pp. 203-205, para fazeres depois uma sua síntese. As linhas a seguir serão suficientes, dado que uma síntese pode apontar para um quarto da extensão do texto-fonte.
Já vimos que as sínteses não têm de ser tão cumpridoras das etapas do texto original como os resumos. Também dissemos que adoptam uma atitude de comentário do texto original e instauram um relato distanciado (por exemplo, quase todas as falas e peripécias não terão de ser agora retomadas, a não ser por alusão abrangente).
A síntese acolhe bem um enquadramento relativamente à obra. Nisso pode ajudar o início da secção «Ler», p. 205. Também te aconselho a leitura das perguntas da mesma secção, já que podem dar ideias acerca de aspectos que a síntese-comentário deve abordar.

Este excerto localiza-se no epílogo da obra. ...





Tendo visto o miolo do primeiro número — dedicado a Os Maias — da série de documentários 'Grandes Livros', assinala, à esquerda de cada período [explicando melhor o conceito ‘esquerda’: relativamente às minhas frases é do lado da mão com que não comes a sopa, se comeres a sopa e não fores canhoto], se a afirmação é V(erdadeira) ou F(alsa).

A Lisboa de finais do século XIX era multiclassista (exibia várias classes sociais).
Palma Cavalão é a personagem-tipo do jornalista corrupto.
Gonçalo Ribeiro Teles ilustra com a Rua Ivens (a antiga Rua de S. Francisco) a abertura da cidade ao Tejo.
É Craft que, ao avistar Maria Eduarda recém-chegada a Lisboa, murmura «très chic!».
Tozé Martinho leu trechos de Os Maias repetidamente, atraído pela crítica social aí presente.
Para Maria Filomena Mónica, Eça era uma espécie de bobo da corte do seu grupo.
A dada altura, Eça foi nomeado administrador do concelho de Leiria.
Eça esteve, por esta ordem, em Leiria (Portugal), Havana (Cuba), Newcastle (Inglaterra).
Eça começou O Mandarim, logo que acabou Os Maias.
Segundo Carlos Reis, a elaboração de Os Maias demorou oito a nove anos.
Emília de Castro, futura mulher de Eça, era filha dos Condes de Resende e irmã de Luís de Resende, amigo do escritor.À época dos preparativos do seu casamento, Eça instalou-se em Paris.
Eça casou com Emília de Castro, quando já tinha cerca de quarenta e cinco anos.
Eça escreveria a um amigo, dizendo-lhe que só conseguia retratar Portugal a partir do estrangeiro.
Isabel Pires de Lima considera que, na análise de Os Maias, o tema do incesto é sobrevalorizado.
Isabel Pires de Lima gostaria de perguntar a Eça se tivera relações incestuosas.
Para Isabel Pires de Lima, Carlos é, no fundo, um vencido.Os Maias, para Carlos Reis, é uma obra sobre a impotência e a incapacidade de controlar a ejaculação.
O êxito de Os Maias foi imediato.
O duplo fracasso nos Maias é o do amor e o das aspirações de uma geração.






TPC — Faz desafio 3 em http://www.nescolas.dn.pt/.
Quem não tratou ainda do Egafilme deve ter em conta que não gostaria de dar muito mais tempo para esta tarefa, sendo aconselhável que a resolvam rapidamente. Também a conclusão da leitura de Os Maias é aconselhável.
Os que já têm estes dois encargos cumpridos poderiam ir decidindo, ou até começando, tarefa grande (= ler um livro). Ver aqui explicação sobre esta tarefa.
Também em GdN estão os regulamentos do Concurso literário José Gomes Ferreira (até 5 de Junho) e de «Um livro numa foto» (até 15 de Maio).

Aula 59 (7 ou 11/Mai) Para começarmos esta parte do programa dedicada ao modo lírico (à poesia, portanto) — e que tem como autor sobre que nos debruçaremos Cesário Verde —, faremos um rápido sarau de poesia portuguesa do século XX. Vamos percorrer os poetas que, posteriores a Cesário Verde (1855-1886), muitas vezes já aproveitaram a modernidade que ele trouxe à escrita poética.
Caberá a cada um um livro de poesia. Manuseia-o com o cuidado que se deve ter sempre (e, sobretudo, quando o livro em causa é de quem não gosta de ter livros com os cadernos soltos — por os terem espalmado —, vincados — por os terem usado sob papéis em que se tivesse escrito —, com folhas rasgadas — por os terem folheado negligentemente).
O objectivo é escolher uma estrofe ou duas (mas num total de menos de dez versos). Não interessa se esses versos são do início, do meio ou do fim de um poema (ou se até são um poema completo), mas terão de ser seguidos. Transcreverás os versos na tua folha (muito legivelmente, por favor). Depois, lê-los-ás à turma.
Elegeremos o melhor trecho poético. A nossa classificação incidirá sobre os versos ouvidos, o que implica que (1) se trate de passos interessantes; (2) a leitura em voz alta seja expressiva.
O «diseur» vencedor escolherá um prémio Tia Albertina (stock já com novos provimentos, de que destaco um porta-chaves com um macaco a chuchar um dedo), a repartir com o poeta responsável pelo trecho lírico laureado — se ainda for vivo.
Depois da transcrição, escreve a referência bibliográfica, segundo este modelo:

Vieste! Cingi-te ao peito.
Em redor que noite escura!
Não tinha rendas o leito,
Não tinha lavores na barra
Que era só a rocha dura...
Muito ao longe uma guitarra
Gemia vagos harpejos...
(Vê tu que não me esqueceu)...
E a rocha dura aqueceu
Ao calor dos nossos beijos!

Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, 2.ª ed., Alenquer, Editora «A Romântica», 1850 [1.ª ed.: 1848], pp. 23-25, p. 24.

Ou seja: o que transcrevemos está na página 24 do livro Flores e martírios, de Tomás de Alencar, e pertence ao poema «6 de Agosto». Como o poema ocupa mais páginas do que a passagem citada, indicamos as páginas do poema, «pp. 23-25», bem como a precisa página em que fica o trecho transcrito («p. 24»). Pomos também o número da edição, a cidade da editora, a editora, o ano da publicação (e, entre parênteses rectos, a data da edição original). Se se tratasse da 1.ª edição — ou não houvesse indicações acerca disso —, bastaria pôr a data (ficaria: ‘Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores e martírios, Monte de Caparica, Editora Bulhão Pato, 1848, pp. 27-29, p. 28’).
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Se tiveres tempo, depois de cumprido o que ficou em cima, descreve a situação que se coaduna com o livro que viste.
Predominam os versos {circunda} rimados / livres.
Em geral, {circunda} há /não há uma métrica fixa (nesse caso, há sobretudo {circunda} monossílabos / dissílabos / trissílabos / tetrassílabos / pentassílabos / hexassílabos / heptassílabos / octossílabos / eneassílabos / decassílabos / hendecassílabos / dodecassílabos).
As estrofes {circunda} não seguem / seguem um padrão fixo (há composições em {circunda} dísticos / tercetos / quadras / quintilhas / sextilhas / oitavas / décimas). {Circunda} Não há / Há composições póeticas estandardizadas (soneto, quadra popular, etc.).
Se quisesse designar o tema que agrega a maioria destes textos, diria que são poemas sobre _________________.

Poeta (nascido entre 1900 e 1974) / lido por... / minha nota / nota do mestre / lugar
José Gomes Ferreira (1900-1985)
Vitorino Nemésio (1901-1978)
António Gedeão (1906-1995)
Miguel Torga (1907-1995)
José Blanc de Portugal (1914-2001)
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Jorge de Sena (1919-1978)
João José Cochofel (1920-1982)
Raul de Carvalho (1920-1984)
Carlos de Oliveira (1921-1981)
Eugénio de Andrade (1923-2005)
Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)
Natália Correia (1923-1992)
Sebastião da Gama (1924-1952)
Alexandre O’Neill (1924-1986)
António Ramos Rosa (1924)
David Mourão Ferreira (1927-1996)
João Rui de Sousa (1928)
Herberto Helder (1930)
Armando Silva Carvalho (1931)
Ruy Belo (1933-1978)
António Osório (1933)
Pedro Tamen (1934)
Manuel Alegre (1936)
Fernando Assis Pacheco (1937-1995)
Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)
Luiza Neto Jorge (1939-1989)
João Miguel Fernandes Jorge (1943)
Joaquim Manuel Magalhães (1945)
Al Berto (1948-1997)
Joaquim Pessoa (1948)
Nuno Júdice (1949)
Fernando Pinto do Amaral (1960)
Adília Lopes (1960)
Daniel Faria (1971-1996)
Pedro Mexia (1972)
Manuel de Freitas (1972)








TPC — Não esquecer tarefa grande (= ler um livro). Pus aqui uma explicação acerca desta tarefa (que não é bem uma tarefa), dando-lhes ideia do tipo de leituras convenientes.
Aula 60 (12 ou 15/Mai) O primeiro poema de Cesário Verde que vamos ler está na p. 267 de Antologia. Procurei fazer uma análise a este texto, seguindo as «linhas de sentido» aconselhadas em «Ler» (1.1 a 1.7), no rodapé da mesma página. Completa a minha resposta (as lacunas correspondem sempre a expressões a transcrever do texto).

Logo o título, «_________», que é um modificador temporal (um complemento circunstancial de tempo), remete para um momento, uma coisa «__________», que merecia ser registado numa «___________», apesar de aparentemente irrelevante.
Poderíamos dizer, hoje em dia, que o momento em causa era susceptível de ser fixado numa polaroid, mas a pintura coaduna-se bem com as várias referências cromáticas: o «granzoal ________», o «ramalhete _________» ou, quando sai da renda, «___________». Quanto ao sol a pôr-se («____________»), é uma notação de ordem visual e mais um elemento que aproxima o poema das pinturas impressionistas (vem à lembrança, por exemplo, o quadro «Déjeuner sur l’herbe», de Edouard Manet). Além das cores, há pormenores figurativos: o rendilhado do decote por onde saem «____________» (com que se comparam os «_____________»).
Nem só o sentido da visão é convocado, outros sentidos estão presentes: o olfacto e o gosto, a propósito das «_____________», dos «______________», do «______________» embebido em vinho doce; e não será forçado vermos algo de táctil na alusão às «_____________» que saem do decote da rapariga.
Muito característica do poema (e de Cesário Verde) é a sua narratividade. O poeta parece ser um observador que faz parte do grupo (vejam-se os deícticos pessoais «_____», «______», o demonstrativo «[n]_____________» e o possessivo «________»). Relata um episódio cuja protagonista é uma rapariga (uma burguesa?) capaz de colher ramalhetes de papoulas «___________». As acções estão demarcadas em função dos espaços («a _____________», «em ____________») e do tempo («___________», «_________»).
A última quadra (não, não é um soneto: são quatro quartetos) apresenta-nos o sujeito poético (o «narrador») embevecido com o supremo encanto do «_____________» (e não é interessante o uso do estrangeirismo?). Esse primeiro plano da câmara termina com o verso «_________________», que quase repete o v. 8 («______________»). Os artigos definidos no último verso do poema («____», em vez do indefinido «_____», que estava no v. 8; e «[d]_____», em vez da preposição simples «______») mostram que a observação se foi aproximando e que o ramalhete de que se fala já é inconfundível. A outra diferença entre os versos é o v. 16 terminar com um __________.
E, se atentarmos no som, perceberemos que há nesse verso uma aliteração, conseguida pela repetição da consoante «___». (Já havia aliterações na segunda estrofe, no verso «_______________», em que predominam as nasais e a consoante z.)
Acerca da quadra final é ainda preciso referir que a alteração da ordem natural da frase faz que o último verso seja o sintagma nominal («_______________________») que se pretende pôr em destaque. Por outro lado, por marcar uma oposição, uma reorientação, a conjunção adversativa «___» valoriza o que depois será o foco da quadra.
Também o tempo verbal usado nesta quarta estrofe, o imperfeito do indicativo («___»), marca a perenidade daquela visão singular, por contraste com o incidente, efémero, que era a merenda de burguesas (a que convinha o perfeito do indicativo: «houve», «foi», «____», «____», «____»).


Evitando estilo irónico, escreve, em prosa, sobre um momento que devesse ficar fixado (realçado dentro de um incidente que tudo destinasse ao esquecimento). Só as partes que dou seguem o modelo de Cesário. No resto, apenas aconselho que a descrição seja bastante sensorial.

_______________ {sintagma preposicional, como é De tarde}

Naquele/a ______________, houve uma coisa simplesmente bela. Foi quando ___________________

Relance às pp. 251-252 de Antologia, sobre Orfeu e Eurídice, e assistência a primeira parte de filme sobre o mesmo mito.





TPC — Prepara leitura de «Contrariedades» (Antologia, 253-254). Na próxima semana constituiremos grupos para o desafio final do http://www.nescolas.dn.pt/.



Soluções
Logo o título, «De tarde», que é um modificador temporal (um complemento circunstancial de tempo), remete para um momento, uma coisa «simplesmente bela», que merecia ser registado numa «aguarela», apesar de aparentemente irrelevante.
Poderíamos dizer, hoje em dia, que o momento em causa era susceptível de ser fixado numa polaroid, mas a pintura coaduna-se bem com as várias referências cromáticas: o «granzoal azul», o «ramalhete rubro» ou, quando sai do decote, «púrpuro». Quanto ao sol a pôr-se («inda o sol se via»), é uma notação de ordem visual e mais um elemento que aproxima o poema das pinturas impressionistas (vem à lembrança, por exemplo, o quadro «Déjeuner sur l’herbe», de Edouard Manet). Além das cores, há pormenores figurativos: o rendilhado do decote por onde saem «duas rolas» (com que se comparam os «teus dois seios»).
Nem só o sentido da visão é convocado, outros sentidos estão presentes: o olfacto e o gosto, a propósito das «talhadas de melão», dos «damascos», do «pão-de-ló» embebido em vinho doce; e não será forçado vermos algo de táctil na alusão às «duas rolas» que saem do decote da rapariga.
Muito característica do poema (e de Cesário Verde) é a sua narratividade. O poeta parece ser um observador que faz parte do grupo (vejam-se os deícticos pessoais «tu», «nós», o demonstrativo «[n]aquele» e o possessivo «teus»). Relata um episódio cuja protagonista é uma rapariga (uma burguesa?) capaz de colher ramalhetes de papoulas «sem imposturas tolas». As acções estão demarcadas em função dos espaços («a um granzoal», «em cima duns penhascos») e do tempo («foi quando tu», «pouco depois»).
A última quadra (não, não é um soneto: são quatro quartetos) apresenta-nos o sujeito poético (o «narrador») embevecido com o supremo encanto do «pic-nic» (e não é interessante o uso do estrangeirismo?). Esse primeiro plano da câmara termina com o verso «O ramalhete rubro das papoulas!», que quase repete o v. 8 («Um ramalhete rubro de papoulas»). Os artigos definidos no último verso do poema («O», em vez do indefinido «Um», que estava no v. 8; e «[d]as», em vez da preposição simples «de») mostram que a observação se foi aproximando e que o ramalhete de que se fala já é inconfundível. A outra diferença entre os versos é o v. 16 terminar com um ponto de exclamação.
E, se atentarmos no som, perceberemos que há nesse verso uma aliteração, conseguida pela repetição da consoante «r». (Já havia aliterações na segunda estrofe, no verso «A um granzoal azul de grão-de bico», em que predominam as nasais e a consoante z.)
Acerca da quadra final é ainda preciso referir que a alteração da ordem natural da frase faz que o último verso seja o sintagma nominal («o ramalhete rubro das papoulas») que se pretende pôr em destaque. Por outro lado, por marcar uma oposição, uma reorientação, a conjunção adversativa «mas» valoriza o que depois será o foco da quadra.
Também o tempo verbal usado nesta quarta estrofe, o imperfeito do indicativo («era»), marca a perenidade daquela visão singular, por contraste com o incidente, efémero, que era a merenda de burguesas (a que convinha o perfeito do indicativo: «houve», «foi», «foste», «acampámos», «houve»).
Aula 61 (14 ou 18/Mai) Explicação sobre referências bibliográficas (em correcção de um trabalho feito na penúltima aula e agora devolvido).

Relanceando o poema cuja leitura pedira preparassem em casa («Contrariedades», de Cesário Verde, nas pp. 253-254 de Antologia).

Completa a tabela (preenchendo os sublinhados vagos):

Características do poema // Estrofes ou Palavras
Experiência pessoal concreta (a «contrariedade», que resulta de os jornais e os editores não ________). // estrofes dos vv. 16-20, 21-24, 25-28, [v. 29], 33-36, 37-40, 41-44, 45-48, 57-60, 61-64
Preocupação social (a observação da engomadeira) // estrofes dos vv. 9-12, __-__, __-__, 53-56, __-__.
Observação da cidade (para além da própria vizinha) // estrofes dos vv. __-__
Léxico «pouco poético»:
estrangeirismos e palavras recentes // «réclame», «_____», «____»
palavras de registos quase orais // «_____», «_____», «coitadinha!»
diminutivos pejorativos // «_____»
nomes de pessoas conhecidas // «Taine», «_____»

Responde às seguintes perguntas de «Ler» (p. 255).
5. ______________________

7. ______________________

Taça Demóstenes

Sorteio da Taça Demóstenes.
Leitura em voz alta de «Contrariedades».
...

Antes de vermos o final do filme Orfeu e Eurídice, dá um relance ao texto «Como Orfeu reencontra Eurídice» (Antologia, 251-252), para ordenares as etapas seguintes (1 a 10).

As Bacantes (ou Ménades) atacam os animais que estavam extasiados perante Orfeu.
A sombra de Orfeu vai em busca de Eurídice, repetindo visita aos Infernos.
Apolo (Febo) evita que uma serpente se apodere da cabeça de Orfeu.
As Bacantes atacam Orfeu.
Orfeu volta-se para trás e para a frente, a olhar Eurídice (mas sem problema nenhum).
As mulheres cícones violentam Orfeu, porque acham que este não lhes liga.
As mulheres Edónias que tinham assistido ao atentado sobre Orfeu são presas ao solo por meio de raízes.
A natureza chora Orfeu.
Os membros de Orfeu, dispersos, chegam a Lesbos.
Orfeu morre.

Repara que os factos com que se ocupa o texto de Antologia são {escolhe} anteriores / posteriores ao episódio desenvolvido no filme.

Assistência a final de filme sobre Orfeu e Eurídice.



TPC — Prepara leitura de «Num Bairro Moderno» (Antologia, 256-259).


Soluções

Características do poema // Estrofes / Palavras
Experiência pessoal concreta (a «contrariedade», que resulta de os jornais e os editores não o publicarem). // estrofes dos vv. 16-20, 21-24, 25-28, [v. 29], 33-36, 37-40, 41-44, 45-48, 57-60, 61-64
Preocupação social (a observação da engomadeira) // estrofes dos vv. 9-12, 13-16, 49-52, 53-56, 65-68
Observação da cidade (para além da própria vizinha) // estrofes dos vv. 29-32
estrangeirismos e palavras recentes // «réclame», «blague», «coterie»
palavras de registos quase orais // «sopas», «o doutor», «coitadinha!»
diminutivos pejorativos // «populacho»
nomes de pessoas conhecidas // «Taine», «Zaccone»

5. O poeta / sujeito poético não é bajulador dos poderosos («nunca publiquei poemas às fortunas») nem dos literatos («raramente falo aos nossos literatos»), é demasiado independente. Por outro lado, ao escrever em verso também fica desfavorecido, já que os jornais — e os editores — preferem a prosa.

7. Ao longo do poema alternavam os planos do poeta (contrariado) e o da engomadeira (doente e pobre). Os dois planos encontram-se agora numa mesma estrofe: o sujeito poético está pacificado (e talvez também graças ao cantarolar da pobre mulher referido um pouco antes); a tísica continua a trabalhar. Este contraste parece avivar a denúncia do sofrimento da engomadeira. O poeta admite que ela não chegue a cear; vê que continua a trabalhar; e descobre a sua fealdade. O tipo de frases (interrogação, declaração, declaração suspensa, exclamações) e a sua pouca extensão fazem que o ritmo seja o de quem está a pensar, quase coloquialmente, e depois se emociona. O último verso é de crítica à sociedade mas contém igualmente espontânea comiseração.

1. As mulheres cícones violentam Orfeu, porque acham que este não lhes liga.
2. As Bacantes (ou Ménades) atacam os animais que estavam extasiados perante Orfeu.
3. As Bacantes atacam Orfeu.
4. Orfeu morre.
5. A natureza chora Orfeu.
6. Os membros de Orfeu, dispersos, chegam a Lesbos.
7. Apolo (Febo) evita que uma serpente se apodere da cabeça de Orfeu.
8. A sombra de Orfeu vai em busca de Eurídice, repetindo visita aos Infernos.
9. Orfeu volta-se para trás e para a frente, a olhar Eurídice (mas sem problema nenhum).
10. As mulheres Edónias que tinham assistido ao atentado sobre Orfeu são presas ao solo por meio de raízes.
Aula 62 (19 ou 22/Mai) Depois de reveres o texto que pedira lesses em casa (Cesário Verde, «Num Bairro Moderno», Antologia, 256-259), resolve a pergunta 1.1. da p. 259.

Na estrofe 31-35, o poeta pondera transformar os vegetais num ser humano. Essa antropomorfização acontecerá nas estrofes 41-60. Completa:

Vegetal / o que lembra
Melancia / ___
Repolhos / ___
___ /tranças de cabelo
Nabos / ___
Uvas / ___
Certos frutos (posições de) / ____, ___, ___, semblantes
___ / Ventre
Legumes / ___
___ / Sangue
Tomate / ___
Cenoura / ___

Oitavos de final da Liga dos Campeões (11.º 5.ª)

(A1) Pedro × Patrícia (B4) [α] alfa
(C1) João B. × Enoque (D4) [β] beta
(B1) Catarina × Beatriz (A4) [γ] gama
(D1) Filipa × Ana (C4) [δ] delta
(A2) Dulce × Joana (B3) [ε] épsilon
(C2) Carolina × Mafalda (D3) [ζ] dzeta/zita
(B2) Susana × Marta F. (A3) [η] eta/ita
(D2) André × João G. (C3) [θ] theta/thita

Oitavos de final da Liga dos Campeões (11.º 4.ª)

(A1) David × Gonçalo (B4) [α] alfa
(C1) Bruno × Maria (D4) [β] beta
(B1) Daniel × Duarte (A4) [γ] gama
(D1) Ana × Tiago S. (C4) [δ] delta
(A2) Rodrigo × Bernardo (B3) [ε] épsilon
(C2) José × António (D3) [ζ] dzeta/zita
(B2) Filipa × Gil (A3) [η] eta/ita
(D2) Margarida × João P. (C3) [θ] theta/thita

Oitavos de final da Liga dos Campeões (11.º 1.ª)

(A1) Ricardo I × Alexandra (B4) [α] alfa
(C1) Joana II × João III (D4) [β] beta
(B1) Luís × Eliana (A4) [γ] gama
(D1) Sílvia × Raquel (C4) [δ] delta
(A2) Gonçalo × Micaela (B3) [ε] épsilon
(C2) Brigitta × João Af. (D3) [ζ] dzeta/zita
(B2) Cláudia × Ricardo II (A3) [η] eta/ita
(D2) Carolina × Joana I (C3) [θ] theta/thita

Oitavos de final da Liga dos Campeões (11.º 6.ª)

(A1) Joana I × Vanessa (B4) [α] alfa
(C1) Ana M. × Tomás (D4) [β] beta
(B1) Raquel × João III (A4) [γ] gama
(D1) Inês × Tiago (C4) [δ] delta
(A2) Mónica × Ricardo (B3) [ε] épsilon
(C2) João II × Cátia (D3) [ζ] dzeta/zita
(B2) Joana C. × Joana O. (A3) [η] eta/ita
(D2) João I × Vranda (C3) [θ] theta/thita

Oitavos de final da Liga dos Campeões (11.º 2.ª)

(A1) Sara C. × Carla (B4) [α] alfa
(C1) Inês × Joana II (D4) [β] beta
(B1) Marta × Fran D. (A4) [γ] gama
(D1) Joana I × José (C4) [δ] delta
(A2) Carlota × Miguel II (B3) [ε] épsilon
(C2) Jorge × Pedro G. (D3) [ζ] dzeta/zita
(B2) Catarina II × Pedro I [η] eta/ita
(D2) Catarina I × Mariana (C3) [θ] theta/thita

Matriz do resto da importante prova

(vencedor de α) × (vencedor de ζ) [ι] iota
(vencedor de β) × (vencedor de ε) [κ] capa
(vencedor de γ) × (vencedor de θ) [λ] lambda
(vencedor de δ) × (vencedor de η) [μ] mü/mi

(vencedor de ι) × (vencedor de κ) [ν] nü/ni
(vencedor de λ) × (vencedor de μ) [ξ] csi

(vencedor de ν) × (vencedor de ξ) [Campeão de turma]


Excertos do Regulamento e das Instruções em http://www.nescolas.dn.pt/:

Só podem concorrer ao projecto final as equipas que tenham pelo menos um constituinte (aluno) que tenha completado todos os desafios mensais. [Tratar-se-á disso entretanto, se for necessário, mas valia a pena irem-se assegurando de que alguém do grupo está nestas condições.]

Natureza dos trabalhos: os trabalhos apresentados deverão reflectir os conhecimentos adquiridos nos desafios realizados, bem como nas matérias de suporte fornecidas pelo N@ESCOLAS e pelo professor coordenador do projecto. O Projecto Final deverá consistir um exemplo de aprendizagem do trabalho jornalístico.

Critérios de Avaliação: os projectos finais serão avaliados conforme a qualidade e construção dos textos jornalísticos apresentados, relevância dos temas e assuntos seleccionados, criatividade, clareza de comunicação, correcta aplicação dos princípios éticos e deontológicos inerentes ao jornalismo e apresentação geral do projecto.

Instruções para realização do Desafio Final:

1.ª página: Na primeira página irás escrever apenas o resumo das notícias que estarão nas respectivas secções, dentro do jornal. Deverás seleccionar notícias dentro das 4 editorias existentes: Internacional, Economia, Política e Desporto. Após seleccionares, dentro destes temas, qual será a notícia principal, basta colocares o resumo da mesma no espaço central da página, e os resumos das três restantes nos três espaços a isso destinados nas colunas do lado direito da primeira página.
Para cada uma destas quatro notícias tens espaço para a respectiva foto: um espaço grande para a notícia principal, e um espaço pequeno para cada uma das restantes três notícias. Atenção que terás que ser tu a ajustar correctamente o tamanho das fotos!

Secções: Em cada secção deverás escrever 2 notícias e colocar uma foto (excepto na secção de Desporto, em que terás que escrever uma notícia e uma crónica). A notícia mais longa será a mais importante, a que foi resumida na Primeira Página. A segunda notícia deverá ser mais curta. A foto será sempre relativa à notícia mais importante, e poderá ou não ser a mesma que utilizaste na primeira página.

[No site vêm ainda informações sobre como proceder à preparação gráfica da página, como inserir imagens, etc.]

Nomes: _____ / ____ / ____ / ____ / ____

Dar nome ao grupo: _________

Pensar no tema agregador do jornal:

Sabendo que terão de seguir as secções que lhes são pedidas (Economia, Internacional, Política, Desporto) podem adoptar um tema agregador original. Dou exemplos, mas gostaria que pensassem vocês em outro assunto criativo:

Jornal em que cada um trate de um assunto relevante da sua vida (embora, como sempre, reportado às secções pedidas) [o campeonato de natação do aluno tal; o país natal da colega tal tal; ...]
Jornal todo sobre Os Maias
Jornal em torno de Cesário Verde
Jornal de leituras (notícias seriam todas associadas a enredos de livros, embora assumindo esses factos como verídicos)
Jornal da minha casa (assunto seria o dia-a-dia de uma casa de família)
Jornal de um cão
Jornal de um micróbio
Jornal da escola
Jornal de um dia de escola
...

Será um jornal sobre _____

Pensar nas sete notícias e na crónica. Escrever, telegraficamente, o assunto.

Notícias
Internacional / ____
Internacional / ____
Economia / ____
Economia / ____
Política / ____
Política / ____
Desporto / ____
Crónica
Desporto / ____

Não excluir a possibilidade de alguém exterior ao grupo escrever a crónica (ou uma notícia?). Nesse caso, convém que seja pessoa reconhecível pelo grande público.

TPC — Prepara leitura (compreensão; leitura em voz alta) de «De Verão» (pp. 268-271).


Soluções

Quando, a caminho do emprego, passava num bairro burguês, o poeta ficou a observar uma vendedeira de fruta, jovem e pobre. Os legumes que a rapariga traz levam-no a estabelecer analogias com partes do corpo humano (não sem conteúdo quase carnal). Estava ele nestes sonhos, quando a rapariga lhe pediu ajuda. O poeta ajudou-a a erguer a carga, ela agradeceu-lho («Deus lhe dê saúde»), o que, com a energia que dela emanava, revigorou o nosso poeta.

Vegetal /o que lembra
Melancia / cabeça
Repolhos / seios
Azeitonas / tranças de cabelo
Nabos/ ossos
Uvas / olhos
Certos frutos (posições de) / colos, ombros, bocas, semblantes
Melão / ventre
Legumes / carnes tentadoras
Ginja / sangue
Tomate / coração
Cenoura / dedo
Aula 63 (21 ou 25/Mai) Para as estrofes de «De Verão» (Antologia, 268-271) dar-te-ei hipóteses de títulos, frases alusivas, meras observações a aspectos de ordem estilística. Escolhe a melhor dessas quatro opções (relativas a cada uma das quintilhas I a XVII):

I
a) A luz do campo inspira-me!
b) A minha prima inspira-me!
c) A musa da poesia inspira-me!
d) Gosto da irreverência da priminha.

II
a) O poeta está doente.
b) Prefere a cidade, industrial, ao campo, envelhecido.
c) Detestável prima!
d) Não conseguirá dar notícia de tudo o que se passou.

III
a) Está-se bem no campo!
b) Que seca!
c) É perigoso fumar junto às eiras.
d) A observação do trabalho dos outros é já por si cansativa.

IV
a) Os saloios são uns mentirosos.
b) Rudes mas delicados, os saloios.
c) A agricultura está demasiado industrializada.
d) No campo, todos são muito lavados.

V
a) Decide-se o regresso. Estou pensativo.
b) A prima é demasiado rápida; não a acompanho.
c) A prima entra por um olival.
d) Pôs-se frio.

VI
a) «Verdeja, vicejante, a nossa vinha» contém uma aliteração.
b) Tudo isto me enoja!
c) O poeta (e a prima) são donos de uma vinha.
d) Vá lá, despacha-te!

VII
a) Afinal, a prima é uma sereia.
b) O poeta entrevê o rabo da prima.
c) A iguana comprada pela prima rasteja.
d) Um instantâneo: a prima ergue um pouco a saia.

VIII
a) Uma minissaia (que desconcentra o poeta).
b) Vê-se a roupa interior da prima.
c) Há fogo na seara.
d) As mulheres, ao longe, usam saias curtas, brancas, engomadas.
IX *
a) Uma polaroid: a prima a alongar a perna.
b) És muito séria, pois, mas dás as tuas pernadas, não é?!
c) Uma pernada cósmica!
d) Um momento ordinário.

* Há uma gralha no manual: no v. 44, onde está «desde» deve pôr-se «deste».

X
a) Olhando o chão, um pormenor.
b) As espigas caíram.
c) Salmões.
d) Sem a prima notar, o poeta aproxima-se.

XI
a) A sociedade na aldeia.
b) As pessoas da aldeia atulham as casas de animais e sementes.
c) Como são repelentes os bichos!
d) Para uma sociologia das formigas.

XII
a) O poeta usava uma flor.
b) O poeta ofereceu um jasmim à prima.
c) O poeta estava deitado.
d) O poeta usava óculos.

XIII
a) «As ladras da colheita» são as aves.
b) «As ladras da colheita» são as formigas.
c) «As ladras da colheita» são as aldeãs pobres.
d) «As ladras da colheita» são as raparigas que sejam como a prima.

XIV
a) O poeta deu um pulo de ginasta.
b) A prima tivera o cuidado de não esmagar as formigas.
c) «Suas senhorias» são as espigas.
d) A prima não teve compaixão com os pobres insectos.

XV
a) O poeta avistou uma serra, onde havia trigo.
b) Aspectos cromáticos.
c) Amuei.
d) Ao longe, o mar.

XVI
a) Cocó.
b) Envergonhada por ter calcado as formigas.
c) Genuinamente zangada.
d) Futilidades.

XVII
a) A prima replica à ironia do poeta também na brincadeira.
b) A prima acha que aquele senhor é realmente preguiçoso.
c) A prima enfurece-se com a falta de compaixão pelos animais revelada pelo poeta.
d) A prima detesta insectos.


Liga dos Campeões (11.º 5.ª)

Quartos de final

Pedro ____ ____× Carolina ____ ____ [ι] iota
João B. ____ ____× Dulce ____ ____ [κ] capa
Catarina ____ ____× João G. ____ ____ [λ] lambda
Filipa ____ ____× Susana ____ ____ [μ] mü/mi

Liga dos Campeões (11.º 4.ª)

Quartos de final

Gonçalo ____ ____× José ____ ____ [ι] iota
Bruno ____ ____× Rodrigo ____ ____ [κ] capa
Daniel ____ ____× João P. ____ ____ [λ] lambda
Ana ____ ____× Gil ____ ____ [μ] mü/mi


Liga dos Campeões (11.º 1.ª)

Quartos de final
Jogo em atraso dos oitavos de final
Brigitta ____ ____× João I ____ 16,8

Ricardo I ____ ____×João I/Brigitta ____ ____ [ι] iota
Joana II ____ ____× Gonçalo ____ ____ [κ] capa
Eliana ____ ____× Carolina ____ ____ [λ] lambda
Sílvia ____ ____× Cláudia ____ ____ [μ] mü/mi

Liga dos Campeões (11.ª 6.ª)

Quartos de final

Vanessa ____ ____× Cátia ____ ____ [ι] iota
Ana ____ ____× Mónica ____ ____ [κ] capa
João III ____ ____× Vranda ____ ____ [λ] lambda
Inês ____ ____× Joana C. ____ ____ [μ] mü/mi

Liga dos Campeões (11.º 2.ª)

Quartos de final

Sara C. ____ ____× Jorge ____ ____ [ι] iota
Inês ____ ____× Miguel II ____ ____ [κ] capa
Fran D. ____ ____× Mariana ____ ____ [λ] lambda
Joana I ____ ____× Catarina II ____ ____ [μ] mü/mi

Próximas eliminatórias (matriz para todas as turmas):

Meia-final
(vencedor de ι) ____ × ____ (vencedor de κ) [ν] nü/ni
(vencedor de λ) ____ × ____ (vencedor de μ) [ξ] csi

Final
(vencedor de ν) ____ × ____ (vencedor de ξ) [Campeão de turma]

Em grupo (podendo, porém, haver quem já esteja bastante adiantado) — Preencher mais definitivamente a folha com que estiveram a trabalhar na última aula (ou reformulá-la em função do que eu tenha apontado). Marcar aí quem se encarregará de cada peça.

Em grupo ainda — Decidir quais são as notícias mais importantes em cada secção (a mais importante ficará maior; a outra será uma mini-notícia). A notícia mais importante terá imagem. As notícias maiores serão as que terão chamadas na capa (títulos [ou manchete, num dos casos], resumos, imagens). Talvez ainda seja cedo para decidir qual a notícia mais importante da capa.

Já cada aluno individualmente — Começar a escrever título, lead e desenvolvimento das notícias que lhes tenham calhado. No caso da editoria ‘Desporto’, a segunda peça será uma crónica (e, portanto, não terá propriamente lead, o título pode não ser típico das notícias, etc.).

Notícia {circundar} maior / menor da editoria {circundar} Internacional / Política / Economia / Desporto do grupo ________; escrita por _________
[título] ________
[lead] ________
[corpo] ________

Notícia {circundar} maior / menor da editoria {circundar} Internacional / Política / Economia / Desporto // Crónica de desporto escrita por _________
[título] ________
[lead] ________
[corpo] ________

TPC — Aproveita para ires lendo (= tarefa grande); e, se for o caso, entregares as outras tarefas em atraso. Lembro ainda a necessidade de ter tratado da inscrição no http://www.nescolas.dn.pt/. Já agora, caso queiras, pensa também no Concurso José Gomes Ferreira.


Aula 64 (26-28 [na turma 5.ª, a aula expandiu-se por duas sessões], 28 ou 29/Mai) Lê a primeira parte («Ave-Marias») de um longo poema de Cesário Verde, «O Sentimento dum Ocidental» (Antologia, 260-261). Depois, nas pp. 262-264, vai lendo a segunda e terceira secções (‘Noite fechada’ e ‘Ao Gás’).

11.º 5.ª

Liga dos Campeões

Meia-final
Pedro × Dulce [ν] nü/ni
João G. × Filipa [ξ] csi

Final
(vencedor de ν) Dulce × Filipa (vencedor de ξ) [Campeão de turma]

Taça Demóstenes
Quartos de final
Bárbara × Tiago (vencedor = Q)
Marta III × Júlia (vencedor = R)
Guilherme × Ricardo (vencedor = S)
Diogo (isento) M

Meia-final
Bárbara × Júlia (vencedor = T)
Ricardo × Diogo (vencedor = U)

Final
T ___________ × ____________ U
11.º 2.ª
Taça Demóstenes

Quartos de final
Cláudia × Alexis (vencedor = Q)
Bernardo × Ricardo (vencedor = R)
Miguel S. × Sara M. (vencedor = S)
Pedro S. (isento) M

Meia-final
Q _______ × ________ R (vencedor = T)
S _______ × ________ M (vencedor = U)

Final
T _______ × ________ U

Liga dos Campeões

Final
Inês × Catarina T.

11.º 1.ª
Taça Demóstenes

Quartos de final
Diogo × Rui (vencedor = Q)
João G. × Mariza (vencedor = R)
Pedro I × Soraia (vencedor = S)
Tiago P. (isento) M

Meia-final
Q ______ × _______ R (vencedor = T)
S _______ × _______ M (vencedor = U)

Final
T _________ × __________ U

Liga dos Campeões

Final
Gonçalo × Sílvia

11.º 6.ª

Taça Demóstenes

Quartos de final (jogo em atraso)
Zé 11,25 × Catarina (vencedor = H)

Meia-final
H _________ × Filipa II J (vencedor = L)
I Filipa I × Tlaloc G (vencedor = M)

Final
L ______________ × ____________ M

Liga dos Campeões

Final
Mónica × Inês
11.º 4.ª
Taça Demóstenes

Atribuição do terceiro lugar
Tiago G. × Xavier

Final
Cosme × João C.
Liga dos CampeõesAtribuição do terceiro lugarGonçalo × Daniel

Final
Bruno × Ana

O que pode já ir sendo feito em aula
Verificar se em todos os grupos há pelo menos um elemento com todos desafios feitos (e, claro, se todos estão inscritos). Se não, alguém que se voluntarie para isso.

Escrever hoje e dar-me já alguns textos para eu os ir corrigindo (e trazer na quinta-feira). Devolver-me também os textos que eu já tenha corrigido, para ver se não se perdem.

Verificar os textos que faltem (e para eles ter ideias).


Notícia maior da editoria {circundar} Internacional / Política / Economia / Desporto do grupo _______; escrita por _______

[título] ________
[lead] ________
[corpo] ________

Mini-notícia da editoria {circundar} Internacional / Política / Economia // Crónica de desporto do grupo _______; escrita por _______

[título] ________
[lead] ________
[corpo] ________

TPC — Se ainda não o fizeram, tratar da inscrição no site http://www.nescolas.dn.pt/.
Criar grupo (basta que um dos elementos o faça) e associarem-se todos a esse grupo (eu próprio também o farei depois). É natural que, para se poderem associar a um grupo, tenham de se apagar do grupo do ano passado, mas não tenho a certeza.
Ir percebendo como é o aspecto das «matrizes» onde as notícias serão lançadas.
Ir pensando nas imagens das notícias mais importantes. Arquivar essas imagens (tendo também em conta o formato da imagem na editoria).
No caso de textos que exijam verificação de dados, investigar entretanto, para poderem concluir a redacção na quinta-feira.


Aula 66 (4 ou 5/Jun) Correcção de síntese sobre final de Os Maias (feita há várias aulas).

Exemplo de solução:
[Este excerto localiza-se no epílogo da obra.] Os dois amigos reencontram-se em Lisboa, passados dez anos sobre o desenlace da tragédia, e fazem uma retrospectiva da sua vida.
O ideário que proclamavam não fora posto em prática. Tinham-se conformado ao modelo romântico, que antes consideravam responsável do atraso português: «Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento, e não pela razão...».
Agora, a filosofia de vida que defendem é a da despreocupação: «nada desejar, nada recear». E, no final do capítulo, e do livro, actualizam essa teoria, quando dão prioridade à comezinha alimentação (o «paiozinho»; o jantar marcado), em prejuízo da reflexão que estavam a ter. E, no entanto, é verdade que, contra o que sustentara Ega, acabam mesmo por ter de alterar o passo, ao correrem para o americano: «Ainda o apanhamos! // Ainda o apanhamos!».

Explicação sobre como os grupos devem proceder relativamente ao Concurso DNescolas.

Vou enviar a cada chefe de grupo os textos já recorrigidos. Vão num único documento, que servirá para fazer copy/paste para o site. Depois, sem precipitação, mas também sem protelar demasiado tudo (até porque o próprio DN deve estipular um prazo de envio), devem fazer o envio do desafio final.

No documento que lhes envio, as notícias (e a crónica) nem sempre estão ordenadas como ficarão no jornal no site (embora alguns grupos — poucos — tenham feito essa separação, pondo as notícias já segundo as editorias e, primeiro, a notícia grande, depois, a pequena). Por isso, é importante que o chefe de grupo esteja atento às editorias do que esteja a copiar e verifique também se se trata da notícia grande ou da mini-notícia ou da crónica.

Alguns grupos não chegaram a fazer os títulos/entradas para a primeira página. Esse trabalho devia ser ainda tratado (idealmente, todos colaborariam nele; no caso de grupos cujo chefe seja prendado em escrita, não fará mal que seja ele próprio a tratar do assunto; se não, o melhor seria assegurar que um dos elementos do grupo que mais bem escrevam ainda visse esse resultado ou — mas só em último caso — mandarem-me, que tentaria eu próprio verificar se estava tudo bem). Note-se que, embora se possa aproveitar bastante nos títulos/resumos do que já esteja nas editorias, pode, e talvez deva, haver redacção ligeiramente diferente.

As imagens também são importantes. De preferência, os vários elementos do grupo deviam abastecer o chefe com as imagens pertinentes. Conselho: evitem-se ao máximo as imagens da net (o DN não escolheria premiar um jornal que tivesse imagens claramente «picadas» da web).

Se faltarem textos (ou imagens prometidas) deve o chefe do grupo pedi-las ao colega que esteja a falhar ou resolver ele próprio o assunto expeditamente.

Se faltar a inscrição de algum colega, talvez possa avisá-lo (se achar que vale a pena), mas — desde que já haja o número mínimo de participantes —, não deverá esperar indefinidamente.

Os chefes de grupo — a quem aproveito para agradecer especialmente, já que, como se vê, terão trabalho suplementar — devem também ter cuidado em escolher os tipos de letra e tamanhos que sejam mais úteis à arrumação do texto (mas também que produzam bom resultado estético («à jornal»).

Se o chefe do grupo não tiver recebido até ao final do fim-de-semana o anexo com o documento dos textos, por favor, diga-me qualquer coisa para o meu mail.

Instruções — no site do DNescolas — sobre o processo de lançar o textos das notícias nas páginas do desafio final:

Texto: Tal como no Diário de Notícias, o texto será escrito em colunas. Quando chegares ao final de uma coluna, clica na coluna do lado para nela continuares o teu texto. Aproveita bem o espaço das colunas para escreveres sem que estas aumentem de tamanho.

Limites da página: Nos quatro cantos de todas as páginas verás cruzes vermelhas. Estas cruzes indicam o tamanho ideal para a tua página de jornal, ou seja, os quatro cantos da tua página deverão coincidir com as quatro cruzes vermelhas.

Carregar fotos:
Clica no quadrado cinzento onde pretendes colocar a foto.
Clica no botão “inserir/editar imagem” da barra de tarefas.
Clica no separador “carregar”.
Clica em “procurar” e selecciona a foto pretendida.
Clica em “enviar ao servidor” e aguarda.
Clica em OK.

Dicas: Se, por acaso, te enganares durante a elaboração de qualquer página, poderás recorrer ao botão “Anular” , e a tua última alteração será anulada.
Selecciona um tipo e tamanho de letra que te permitam manter uma formatação coerente das caixas de texto e da página.
Ajusta o tamanho das fotos de modo a que estas não afectem negativamente a formatação da página.



Assistência a filme Expiação, para perceber nele reconhecer características narrativas excepcionais; ao mesmo tempo, avaliação em conversa individual com alunos.



[Para as Saras, que saíram mais cedo:] cena final.
O filme que, com alguns cortes, vamos ver hoje, Expiação, é baseado num romance de Ian McEwan [vídeo de entrevista a este escritor]. Tem o interesse de demonstrar a diferença entre narrador (e, também, sujeito lírico ou sujeito poético) e escritor. A confusão entre estas duas entidades é frequente — e ainda mais se a narração usa a 1.ª pessoa.
O filme organiza-se em pelo menos dois níveis narrativos e o protagonista de um deles — uma escritora —, supostamente identificável com o narrador da história primeira, vai comprovar-nos a distinção que referi.

Expiação mostra ainda como a máxima de qualidade (esperamos que o nosso interlocutor esteja a dizer a verdade) pode ser utilizada em termos de estrutura narrativa. Pela sua quebra, no caso.

TPC — Colaborar no que ainda possa competir a cada um no Concurso do Diário de Notícias.