Sugestões
Há dois anos, muitos de vocês leram poemas desta escritora contemporânea. Aqui, pode ler-se a entrevista que alguns lhe fizeram então.Agustina Bessa-Luís, A Sibila Podia ter posto aqui muitos outros romances de Agustina, mas A Sibila é talvez o mais conhecido da escritora, sobretudo por tradição escolar. E foi o que escolh
eu Fernando Pinto do Amaral.
eiro, Poemas. Um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Os manuscritos de O Guardador de Rebanhos estão visíveis aqui.Alexandre O’Neill, Poesias Completas De O'Neill lemos um auto-retrato em s
oneto (feito à semelhança de um de Bocage, outro poeta que merecia estar nesta selecção), vimos o começo de um filme de Fernando Lopes (em que se mostravam poemas sobre sinais de pontuação e se ouvia um depoimento de um amigo de Alexandre O'Neill, o poeta italiano, lusófilo, Antonio Tabucchi). No manual reaparece nas pp. 154 a 157.
r uma autora «de literatura juvenil». Lemos textos seus quer o ano passado (Um fio de fumo nos confins do mar) quer logo no sétimo ano. Vê aqui começos de muitos dos livros de Alice Vieira, incluindo o de Rosa, minha irmã Rosa.Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa No começo do ano passado chegámos a ler um trecho ou dois desta obra (os que no manual surgiam como ilustração do género, ou modo, dramático). Vimos depois sequências de dois filmes (recente e mais antigo) com adaptação da célebre peça. (Garrett é também o autor de livro narrativo, Viagens na Minha Terra, que também devia figurar nesta lista.) Boa página sobre Garrett.
Álvaro de Ca
mpos, Poesias Ainda outro heterónimo de Fernando Pessoa. (Pessoa virá a ser muito estudado no 12.º ano, sobretudo)
álogo da exposição organizada pela Biblioteca Nacional de Lisboa (António é o meu nome).Antóni
Antóni
o Nobre, Só Em anos anteriores calhou lermos textos do Só. A secção «Poemas de amor portugueses» abre com uma poesia de António Nobre, poeta que fecha o século XIX (ou abre o XX).
ge, Sonetos Sugiro Bocage por, já este ano, termos visto um seu soneto, o famoso auto-retrato («Magro, de olhos azuis, carão moreno»), que inspirou, por exemplo, Alexandre O'Neill (e um tepecê nosso, já agora). Autor do final do século XVIII — tendo ainda produzido no início do século XIX —, Bocage alarga assim a cronologia desta lista. Veja-se aqui boa página sobre «Elmano Sadino».Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
Lembro-me q

Cesário
Verde, Poesias Tendo vivido no século XIX (aliás pouco, já que morreu jovem), foi talvez o poeta que mais influenciou a escrita portuguesa do século XX. Transcrevo o poema que, há dois anos talvez, estava no nosso manual (ou foi lido em concurso de poemas de amor portugueses). De tarde // Naquele «pic-nic» de burguesas, / Houve uma cousa simplesmente bela, / E que, sem ter história nem grandezas, / Em todo o caso dava uma aguarela. // Foi quando tu, descendo do burrico, / Foste colher, sem imposturas tolas, / A um granzoal azul de grão-de-bico / Um ramalhete rubro de papoulas. // Pouco depois, em cima duns penhascos, / Nós acampámos, inda o sol se via; / E houve talhadas de melão, damascos, / E pão-de-ló molhado em malvasia. // Mas, todo púrpuro a sair da renda / Dos teus dois seios como duas rolas, / Era o supremo encanto da merenda / O ramalhete rubro das papoulas!
ueirós, A cidade e as serras Esperar-se-ia que puséssemos Os Maias (ou mesmo O Crime do Padre Amaro ou A Ilustre Casa de Ramires). Porém, sigo a escolha de Fernando Pinto do Amaral (que, para pôr obra de Eça no XX, acabou por preferir este livro, que Eça já não pôde rever na totalidade — foi a Ramalho Ortigão que coube essa tarefa). Site com obras de Eça digitalizadas.Gil Vicente, Compilação de Todas as Obras
Não poderíamos pôr aqui apenas um dos autos (embora da Barca do Inferno até haja um folheto que circulou à época); para homenagem a um dramaturgo que estudaste o ano passado, figura assim a compilação que das suas obras fez o filho Luís Vicente. Essa edição póstuma é visível aqui: Obras completas de Gil Vicente (edição fac-similada da Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente, 1562); clica depois na capa, para entrares nas várias páginas.
Fernan
do Pessoa, PoemasRealmente, Pessoa está multiplamente representado nesta selecção (pelos heterónimos Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Bernardo Soares — só preterimos Ricardo Reis — e pelo ortónimo, Fernando Pessoa ele-mesmo, portanto, dos Poemas e de Mensagem (ver a seguir). Nesta secção estão alguns vídeos (de alunos brasileiros sobretudo) com poemas de Fernando Pessoa.
Fernando Pe
ssoa, Mensagem O ano passado, sobretudo para estabelecer paralelos ou contrastes, com Os Lusíadas, lemos poemas deste livro de Fernando Pessoa, o único que publicou em vida (se exceptuarmos as publicações em inglês). Nesta secção, logo depois de umas referências a Camões, pus o ano passado uns vídeos com poemas de Mensagem (e de mais Fernando Pessoa ortónimo).Ferreira de Castro, A Selva Na geração dos meus pais era um autor mais querido do que é agora.

Florbela Es
panca, Charneca em flor Para ver textos de Florbela Espanca, clicar aqui. No nosso manual há dossiê seu entre as pp. 126 e 129.J
osé Cardoso Pires, O Delfim Ainda na última aula se leu um texto de José Cardoso Pires. Também, cheguei a mostrar o início do filme adaptado de O Delfim.José Gom
es Ferreira, Poesia-I Fica o José Gomes Ferreira poeta — porque assim está no livro cujas imagens estou a aproveitar —, embora o Zé Gomes cronista não lhe seja inferior (quanto a mim, é mesmo melhor).
José Sa
ramago, Memorial do Convento É obra incluída no programa do 12.º ano. (No 12.º ano também se volta a estudar Os Lusíadas. E Fernando Pessoa, de que já falei há pouco.)
Luís de Camões, Os Lusíadas Já conheces algumas das passagens do poema épico português mais famoso. Aqui está a reprodução digital de uma das suas edições: Os Lusíadas (edição «Ee»), 1572. Uma vez neste endereço, pode clicar-se na indicação das folhas (à esquerda) e vai-se tendo cada uma das páginas dos Lusíadas. Também: Os Lusíadas, em edição moderna.
Manuel Ale
gre, Praça da Canção Sobretudo por termos lido textos deste autor recentemente. No manual há textos seus sobretudo nas pp. 170 a 175.
Mário Dionísio, O Dia Cinzento e outros contos O ano passado lemos contos desta colectânea de pequenas narrativas. Mariana (agora no 10.º 8.ª ou no 10.º 9.ª) escreveu um excelente texto sobre este livro: «O segundo livro da colecção “Obras de Mário Dionísio” foi uma obra que me encantou. Fiquei a conhecê-la através do meu professor de Língua Portuguesa ao propor aos alunos que fizessem, como trabalho de casa, continuações de peq
uenos trechos, retirados do início de cada um dos catorze contos deste autor. Além de me ter interessado pela escrita descritiva, mas ao mesmo tempo crítica pormenorizada à sociedade, também fiquei curiosa por comparar as “continuações” que escrevera com as verdadeiras. Ao ler o livro, concluí igualmente que a escrita deste autor retrata essencialmente aspectos da sociedade dos anos 40, aludindo às diferenças sociais, aos modos de vida, de educação e, por vezes, à família. São histórias de final aberto, o que permite aos leitores interpretarem o que lêem de diferentes modos: imaginar questões não descritas na história sobre as personagens, ou razões do seu comportamento face aos outros e à sociedade em geral, por exemplo. Os títulos dos contos são: “Nevoeiro na cidade”, “Véspera”, “Assobiando à vontade”, “Os sapatos da irmã”, “Morena-Vulcão”, “O corte das raízes”, “A lata de conserva”, “A corrida”, “Os bonecreiros vão de terra em terra”, “Uma principiante”, “Sardinhas e vento”, “Uma tarde de Agosto”, “Horas suplementares” e “Entre cafés e pensamentos”.Interessei-me particularmente por “Assobiando à vontade”, conto que fala da habitual e apressada rotina diária da cidade, num dia de trabalho. No meio de todo esse caos, há alguém que permanece “intacto”, não parecendo ser tocado pelo stress. Entra num eléctrico cheio, insistindo para que o deixem passar, e, vendo um lugar desocupado que ninguém quer, lá se senta, despertando toda a multidão que se encontra no transporte, por achar aquele homem um tanto estranho. Essas pessoas ficam então a observar o sujeito que acaba de se sentar, e este, sentindo-se já confortável no seu lugar, decide começar a assobiar, para grande espanto de todos. E, indiferente à reacção dos outros passageiros, o indivíduo cada vez se entusiasma mais, deixando todos perplexos perante tal situação, invulgar naqueles tempos. Desde a sua entrada até à sua saída do eléctrico, contam-se reacções, pensamentos e gestos das restantes personagens, dependentes da presença da personagem principal. Neste texto aprendi que, muitas vezes, as pessoas só se preocupam com elas próprias e com o que lhes compete fazer no dia-a-dia e apenas isso, raramente ligando ao que realmente é importante. Como essas pessoas estão tão habituadas ao estilo de vida que levam, qualquer acontecimento estranho a que assistam, merece uma atitude intolerante, por vezes de desprezo ou mesmo de inveja. Qualquer um que não aja como uma maioria, é visto de forma crítica e pejorativa. Esta é a mensagem que o conto me transmite. É também a minha opinião pessoal sobre a atitude de algumas pessoas para com outras. Resta-me acrescentar que agora que descobri esta escrita, que tão bem me impressionou, não deixarei de procurar mais obras deste autor.»
Miguel Torga, A Criação do Mundo Decorreram este ano comemoraç
ões do centenário de Torga (pseudónimo de Adolfo Rocha). Já o ano passado lemos poemas seus; este ano, as pp. 136 a 139 do manual contêm textos de Torga. No dia da escola ficarão expostos no CRE trabalhos sobre o poeta (e a biblioteca prepara exposição biobibliográfica). Sobre Torga. Também podes escolher as obras de pequenos contos: Os Bichos, Novos Contos da Montanha, por exemplo.
Raul Proença (coord.), Guia de Portugal É um livro diferente dos outros
desta lista: é colectivo; tendo textos literários (foi colaborado pelos principais escritores dos anos vinte, trinta e quarenta do século passado), não deixa de ter um cariz utilitário (embora essa parte esteja prejudicada pela passagem de décadas que o desactualizaram como guia turístico propriamente dito); são vários volumes, mas o melhor será o primeiro, sobre Lisboa e arredores.
Ruben
A., A Torre da Barbela De Ruben A., leremos proximamente trechos de livros memorialísticos. Não é o caso de A Torre da Barbela, que é decerto o seu livro mais conhecido. É engraçado que fique aqui colado a Sophia, com quem conviveu tão de perto.
Sophia de
Mello Breyner, Poesia Desde o sétimo ano é talvez a autora de quem mais temos lido poemas. No nosso manual, a pp. 140-147, há novo dossiê com textos seus.
Vergílio Ferreira, Manhã Submersa Haveria outros livros de Vergílio Ferreira que aqui poderiam figurar (por exemplo, os mais monologais, diarísticos, introspectivos). Fica Manhã Submersa, por se relacionar bastante com a biografia do escritor, por a ela termos aludido no sétimo e no oitavo ano (e a irmos agora referir de novo, a propósito do próximo texto que leremos).
Vitorino
Nemésio, Mau tempo no canal Boa página sobre Nemésio.
e Pascoaes, Marânus Havia que fazer figurar Pascoaes. Ora, no texto «Quase um auto-retrato», que lemos há duas ou três aulas, Manuel Alegre citava por duas vezes o «autor de Marânus».
Português / 12.º 1.ª; 12.º 2.ª; 12.º 3.ª / Escola Secundária José Gomes Ferreira / 2025-2026
(O nome do blogue aproveita título de um livro do patrono da escola.)
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