Aula 125-126
Aula 125-126 (16 [1.ª], 17 [5.ª, 2.ª], 18/jun [4.ª,
3.ª]) Correção de questionário de gramática (cfr. Apresentação e tabelas
a seguir).
Soluções do questionário de gramática
[Versão
com arroz de pato e Kafka]
A mulher de António Costa, que era professora
de Português, rescindiu há uns anos. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
Na penúltima quinta-feira, eu não sabia que
era o feriado de Corpo de Deus. |
subordinada substantiva completiva |
Quando os patos se passeiam à entrada da escola, há arroz de pato na
cantina. |
subordinada adverbial temporal |
Quem semeia ventos colhe tempestades. |
subordinada substantiva relativa |
Fomos a Praga, para que víssemos Kafka. |
subordinada adverbial final |
A Leontina gosta tanto de kiwis como a Luz
adora maçãs ‘bravo de Esmolfe’. |
subordinada adverbial comparativa |
Ainda que A
Ilustre Casa seja mais curta, poucos a preferiram. |
subordinada adverbial concessiva |
Gosto tanto das sandes do Lidl, que vou lá
todos os intervalos. |
subordinada adverbial consecutiva |
O coração de Salvador Sobral está bom e ele
pode amar pelos dois. |
coordenada copulativa |
A Finlândia venceu, a Rússia perdeu. |
coordenada assindética |
Rui Pinto prometeu-me que não atacaria o Gaveta de Nuvens. |
subordinante |
Georgina está amuada visto que Dona Dolores
tem mais seguidores. |
subordinada adverbial causal |
O Primeiro-ministro tinha casa numa rua onde
moram alunos meus. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
Se tiveres todas as respostas erradas, dou-te três fatias de
bolo. |
subordinada adverbial condicional |
Bruno perguntou a Luciana se observara bem os
terapeutas do Sporting. |
subordinada substantiva completiva |
Moon considerava um dever seu a
reconstrução do teatro. |
predicativo do complemento direto |
O Bradley Cooper enganou-nos bem. |
complemento direto |
Durante as férias de Verão, podem ir lendo O ano
da morte de Ricardo Reis, de José Saramago. |
modificador do grupo verbal |
O papa não quis que lhe beijassem o anel. |
complemento direto |
No Verão, vamos à praia, mas sempre
cheios de máscaras. |
complemento oblíquo |
[Versão
com Portugal a ganhar e a perder]
Portugal ganha à Hungria, a França e a
Alemanha empatam. |
coordenada assindética |
Como Dona Dolores vai dançar pela seleção, Portugal vai perder. |
subordinada adverbial causal |
António Costa tinha casa na Cláudio Nunes, onde
também moram alunos meus. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
O Sporting não teria sido campeão, se Martínez
estivesse dez centímetros atrás. |
subordinada adverbial condicional |
O pessoal do INEM explicou que não se devia
mexer nos pacientes. |
subordinada substantiva completiva |
O palacete que esteve à venda em Santos
já pertenceu a Madonna. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
Eu sei que não fico em casa. |
subordinada substantiva completiva |
Mal entramos na escola, deparamo-nos com
simpáticos marrecos. |
subordinada adverbial temporal |
Quem te avisa teu amigo é. |
subordinada substantiva relativa |
Nos Açores, podemos ver Antero ou podemos
avistar baleias. |
coordenada disjuntiva |
A fim de que fique tudo controlado, nas praias haverá
semáforos e polícias sinaleiros. |
subordinada adverbial final |
Embora Os
Maias sejam secantes, os alunos até leram alguns capítulos. |
subordinada adverbial concessiva |
Detesto de tal modo a gramática, que prefiro
mil vezes cocós de cão. |
subordinada adverbial consecutiva |
Ronaldo marca os livres todos mas nunca
acerta com a baliza. |
coordenada adversativa |
Peço-lhes que, nas férias, vão lendo O ano da morte de
Ricardo Reis, de José Saramago. |
subordinante |
Pergunto-lhes se conhecem as substantivas
completiva. |
complemento direto |
Regressaram de Londres alguns portugueses. |
sujeito |
Todos elegeram Meena a melhor cantora. |
predicativo do complemento direto |
Considero-me bem informado, porque leio o
Voz Ativa. |
complemento direto |
Armando Vara já regressou à prisão. |
complemento oblíquo |
3.º período — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser
vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
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Aula |
Questionário sobre trecho de capítulo IV de Amor de Perdição (aula 97-98) |
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Questionário
sobre primeira parte da «Conclusão» de Amor
de Perdição (aula 101-102) |
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Observação direta da eficiência a resolver as
tarefas com textos em todas as aulas |
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Educação
literária |
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Aula Casa |
Questionário sobre primeiro terço de Os
Maias / A Ilustre Casa de Ramires
(aula 115-116) |
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Efetiva leitura da obra (cfr.
folha do questionário de gramática, aula 123-124): leu o livro? |
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[Criação de filme a propósito de capítulo da obra de Eça escolhida (ver Oralidade)] |
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Escrita |
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Aula |
Texto de opinião sobre «A submissão é uma
ignomínia [...]» (aula 97-98) |
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Texto em prosa segundo modelo de «De tarde»
(aula 109-110) |
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Texto deambulatório (aula 111-112) |
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Sobre paratexto de obra de Eça (aula 113-114) [mas
só nas turmas 1.ª e 4.ª] |
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Crónica gastronómica à MEC (aula CXV-CXVI) [mas
só nas turmas 1.ª e 4.ª] |
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Casa ou
online |
Biografia de personagem segundo modelo da de
Domingos Botelho (aula 91-92) |
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Crónica de viagem para «Fuga dos leitores» (aula
95-96) |
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Reformulação do anterior (tepecê da aula
103-104) |
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Comparação entre filme e Amor de Perdição (tepecê da aula 105-106) |
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Reformulação do anterior (tepecê da aula
113-114) |
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Recuperações de trabalhos anteriores |
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Compreensão
do oral/Expressão oral |
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Casa |
Vídeo a pretexto de capítulo
de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (tepecê da aula 117-118) |
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Gramática |
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(Casa) Aula |
Criação de texto segundo uma matriz sintática
(aula 103-104) |
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Criação de quarteto com métrica e rima segundo
modelo de Cesário Verde (119-120) |
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Questionário sobre conteúdos mais recorrentes no
período (aula 123-124) |
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Assiduidade,
pontualidade, material |
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Malèna
(Giuseppe Tornatore) |
Os Maias
(Eça de Queirós) |
A Ilustre Casa de Ramires
(Eça de Queirós) |
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Personagens
— caracterização (direta/indireta); composição (modelada, ou
redonda/plana/tipos) |
|
Quase todas as
personagens são planas, mesmo personagens-tipo (o professor gozado
pelos alunos; os adolescentes gabarolas; as vizinhas maledicentes; a descarada
amante do barão não sei quantos; o pai de Renato, emotivo e antifascista;
...). Serão aliás mais figurantes,
do que personagens secundárias.
Malèna é que se pode considerar personagem menos óbvia, mais ______. Há aliás
diferença entre a sua heterocaracterização
(retratada pelos outros é apenas aquela que se insinua aos homens) e a caracterização _____ (o que vamos
sabendo através das suas ações). Renato é, muitas vezes, um tipo, o do adolescente obsessivamente
apaixonado, mas, quando assumido pelo narrador, já é mais modelado, mais redondo. |
Nos Maias, segundo Carlos Reis, a caracterização de Pedro da Maia é
tipicamente naturalista (Pedro seria o resultado da hereditariedade e do
estilo de _______ recebida), visando-se comprovar uma tese (para esta escola,
a literatura seguiria metodologia experimental). Nem tanto assim, a de Maria
Eduarda e, ainda menos, a de Carlos. Carlos é sobretudo caracterizado indiretamente (pelo que vai fazendo)
e é personagem relativamente modelada.
Também assim, Afonso da Maia, o próprio Ega. Mais planas, por vezes verdadeiros tipos, são as personagens secundárias (Alencar, o poeta
romântico; Dâmaso, o novo-rico; Cavalão, o jornalista corrupto; Gouvarinho, o
político; _______, o gentleman; Castro Gomes, o «brasileiro»; Cohen, o
banqueiro; Rufino, o deputado; Taveira, o funcionário público; a Gouvarinho,
a adúltera; etc.). Aquelas que são exclusivas da vertente ‘crónica de
costumes’ (episódios da vida do XIX) tendem a ser verdadeiros tipos sociais/profissionais. |
Na Ilustre Casa, o protagonista, Gonçalo Mendes Ramires, é personagem relativamente modelada, não se pode dizer que seja
sempre a personagem-tipo do
fidalgo de província decadente e que vive dos pergaminhos dos _______. Tem
defeitos que se repetem (ser timorato, por exemplo; a ambição fútil que o
leva a ceder em matéria de princípios), mas mostra-se-nos também a sua
má-consciência, o que torna a personagem mais verdadeira, não um simples
estereótipo; e, no final, com a aventura africana, parece haver uma regeneração
(que não é talvez conclusiva, porque o epílogo deixa tudo em aberto). As personagens secundárias são
personagens mais planas,
funcionando como tipos, muitas
vezes: o criado Bento; a cozinheira Rosa; o bom padre Soeiro; o governador
civil e «Don Juan» André Cavaleiro; o Videirinha, dado ao violão, que
receberá, conseguido por Gonçalo, o lugar de amanuense; o deputado por Vila
Clara Sanches Lucena; as maledicentes manas _______; as mulheres sempre um
pouco fúteis e frágeis (mesmo Gracinha); o «boa pessoa» e ingénuo Barrolo. Há uma outra galeria de personagens (Tructezindo,
o «Bastardo», etc.), as que pertencem à novela histórica, que serão mais caricaturas do que tipos, porque se trata de uma
paródia-pastiche. |
A pensar em 2021-2022 — A obra de
leitura integral no 12.º ano é O
ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Podem tê-la à mão e ir
lendo, embora esperar pelo começo do ano pudesse ter a vantagem de se
explicarem então alguns aspetos relacionados com a criação dos heterónimos de
Pessoa (entre os quais, Ricardo Reis), ficção que Saramago aproveitou no
romance. De qualquer modo, também podem sempre dedicar-se a algum livro dos do Projeto de leitura (essa lista de obras
posso pô-la em breve, já que é fixa e está nos programas).
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