Friday, August 28, 2020

Aula 115-116

 

Aula 115-116 (19 [1.ª], 21 [4.ª], 25 [5.ª, 2.ª], 26/mai [3.ª]) Nestas frases, tiradas do sketch «Isto é um crime de salada» (série Meireles) e em que não pus pontuação, há cinco vocativos. Sublinha-os. Em seguida, introduz nas frases a devida pontuação.

Senhor Guarda cheire o meu hálito

Está bem está meu badocha

O que é que eu fiz Senhor Guarda

Para que é que tu serves meu palhaço

Senhor Guarda acabo de ser vítima de um roubo

Quantas orações há em cada uma das frases que pus a seguir? (Podes guiar-te pelo número de predicados — lembrando-te ainda de que cada predicado terá de ter um verbo.)

(1) Se correr, ainda os apanha.

(2) Quero uma salada, se faz favor.

Em cada frase há ___ orações. Os núcleos do predicado da primeira frase são «correr» e «_______». Os da segunda frase são «_______» e «faz».

Vejamos agora os sujeitos (classificando-os e identificando-os). Os sujeitos de cada uma das orações da frase 1 são nulos subentendidos, correspondendo a, respetivamente, «[o Senhor Guarda]» e «[___]». Os sujeitos das orações da frase 2 são igualmente subentendidos: «[___]»; «[___]».

Na frase 1, na segunda oração («ainda os apanha»), a função sintática de «os» é de {escolhe} sujeito / predicado / complemento direto / complemento indireto / vocativo / modificador.

Na frase 2, na 1.ª oração («Quero uma salada»), a função sintática de «uma salada» é de {escolhe} sujeito / predicado / complemento direto / complemento indireto / vocativo / modificador.

Tentemos classificar as orações de cada uma destas duas frases. Em cada uma das frases há uma oração subordinada e uma oração subordinante. A subordinante da frase 1 é «ainda os apanha»; a subordinante da frase 2 é «_____». As duas restantes orações («Se correr» e «_____»), introduzidas pela conjunção subordinativa _______ «__», são orações subordinadas adverbiais {escolhe} temporais / causais / condicionais / finais / concessivas / consecutivas / comparativas.

A função sintática que desempenham estas orações subordinantes é a de ______. (Podíamos ter em seu lugar, por exemplo, «na verdade», «felizmente», «efetivamente», «com efeito».)

[Ver de 27.30 a 35:]

Classifica as orações presentes nestas frases de «Homicídio na paragem de autocarro» (série Barbosa). Pode ser útil teres o manual aberto nas pp. 381-385.

 

Zé Tolas, assististe à tragédia

que se verificou aqui, hoje de manhã?

Subordinante

________

 

A paragem acabou de fugir

e foi naquela direção.

________

Coordenada ______

 

A paragem de autocarro estava ali,

fugiu agora mesmo,

foi naquela direção

______

_______

_______

 

Acho

que a vi ali.

_______

_________

 

Tens o direito

a permanecer calada.

_______

Subordinada substantiva completiva não finita (infinitiva)

 

Enquanto fores suspeita

não abrigarás utentes dos transportes públicos.

Subordinada _______

_________

 

Vamos festejar,

que nós merecemos.

__________

Subordinada adverbial __________

 

Ficavas muito aborrecido

se eu te dissesse

que andava a dormir com a tua mulher?

Subordinante

Subordinada adverbial _____

 

 

Subordinante

__________

 

Senhores detetives, tenho em meu poder um envelope repleto de informação

que o comprova.

_________

_______

 

Não será melhor

interrogarem a testemunha

que ainda ali está?

______

Subordinada _______ completiva não finita (infinitiva)

 

 

Subordinante

Subordinada _____ relativa restritiva

Circunda a(s) alínea(s) que descreve(m) a tua situação relativamente à leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires. Antes, nesta linha que acabámos de abandonar, começa por circundar o título do livro de Eça que leste, estás a ler ou tencionas ler.

a) Li o livro na totalidade.

b) Li quase todo livro, faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).

c) Li cerca de metade da obra.

d) Li cerca de um terço da obra.

e) Li os dois ou três primeiros capítulos.

f) Na verdade, ainda não li mais do que o primeiro capítulo (mas esse li-o todo).

g) Ainda não completei o primeiro capítulo mas já li as páginas iniciais do livro.

h) Li a capa, o anterrosto, o frontispício (ah!, e a lombada).

i) Li o livro o ano passado, já que estava no 11.º ano.

j) Li o livro o ano passado (na verdade, não o cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei-o e ouvi falar sobre ele, já que estava no 11.º ano).

k) Li resumos mas quase nada do livro propriamente dito.

l) Li todo o livro, mas nas férias de verão, pelo que já tudo se me varreu do meu cérebro tão cheio de solicitações.

m) Vi o filme, recente, realizado por João Botelho (que é bem secante!).

n) Li todo o livro, mas fi-lo há dez anos pelo que já não me lembro do enredo.

o) Não li, mas tenciono ler nas férias, na véspera do exame de Física e Química.

p) Não li e não tenciono ler, por ser difícil compatibilizar os meus afazeres próximos — treino intensivo para uma competição de curling — com a leitura do grande romance do magistral Eça.

q) Não li, não tenciono ler e tenho ódio a quem leu.

 

Questionários sobre a efetiva leitura do primeiro terço de cada obra

Este questionário deve ser resolvido sem consultas (a livros, a colegas, a mim). Respeita a um terço de Os Maias, pouco mais do que a meia-dúzia de capítulos iniciais.

 

Segundo a ordem cronológica dos acontecimentos (que não é, obrigatoriamente, a do livro), a série correta é

a) Ramalhete, Benfica, Santa Olávia.

b) Santa Olávia, Benfica, Ramalhete.

c) Benfica, Ramalhete, Santa Olávia.

d) Benfica, Santa Olávia, Ramalhete.

 

A série de espaços ‘Vila Balzac, Ramalhete, Paços de Celas’ pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens

a) Maria Monforte, Pedro da Maia, Carlos.

b) Raquel Cohen, Afonso, Carlos.

c) João da Ega, Maria Eduarda, Alencar.

d) Tancredo, Carlos da Maia, João da Ega.

 

A série de espaços ‘Santa Olávia, Paris, Rossio’ pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens

a) Carlos da Maia, Pedro da Maia, Maria Eduarda Runa.

b) Brown, Maria Eduarda, Carlos da Maia.

c) Eusébio, Maria Monforte, Mãe de Ega.

d) Carlos da Maia, Eusébio, João da Ega.

 

A série de espaços ‘Arroios, Santa Olávia, Celorico’ pode corresponder, pela mesma ordem, a

a) Maria Monforte, João da Ega, Eusebiozinho.

b) Pedro da Maia, Afonso da Maia, João da Ega.

c) Maria Eduarda, Carlos da Maia, Alencar.

d) Tancredo, Teresinha, Carlos da Maia.

 

À série ‘Jacob Cohen, Taveira, Vilaça’ correspondem as profissões

a) banqueiro, procurador, funcionário público.

b) banqueiro, funcionário público, procurador.

c) ministro, maestro, procurador.

d) ministro, maestro, funcionário público.

 

A alínea que tem alcunhas ou hipocorísticos que não são mencionados nos Maias é

a) Negreira, Pedrinho, Silveirinha.

b) Barbatanas, Eusebiozinho, Teresinha.

c) Alemão, Bá, Toureiro.

d) Tista, Alencar d’Alenquer, Fuas.

 

O «papá Monforte» era

a) pai de Pedro da Maia.

b) tio de Pedro da Maia.

c) pai de Eduarda Runa.

d) sogro de Pedro da Maia.

 

O Padre Vasques está para Pedro como Brown está para

a) Ega.

b) Carlos.

c) Afonso.

d) Maria Eduarda.

 

O Reverendo Bonifácio era

a) Bonifácio Silva.

b) um gato.

c) um padre.

d) Bonifácio de Souselas.

 

«Gouvarinhar» significa

a) estar com a condessa.

b) ir a casa dos Gouveia.

c) jogar uíste.

d) discutir o «excremento».

 

Quem conhecera bem Pedro da Maia fora

a) João da Ega.

b) Dâmaso Salcede.

c) Tomás de Alencar.

d) Jacob Cohen.

 

Os Paços de Celas eram

a) a quinta de Santa Olávia.

b) a residência de Carlos em Coimbra.

c) o Ramalhete.

d) a casa de Benfica.

 

Charlie era filho dos

a) Cohen.

b) Gouvarinho.

c) Silveiras.

d) Castro Gomes.

 

A fala que não foi proferida por Ega é

a) — Bem. Venho-te impingir prosa... Um bocado do «Átomo»... Senta-te aí. Ouve lá.

b) — Vai-te daí, Mefistófeles de Celorico!

c) — Bem-vindo, meu príncipe, ao humilde tugúrio do filósofo!

d) — Terça-feira vou-te buscar ao Ramalhete, e vamo-nos «gouvarinhar».

 

A fala que não foi proferida por Alencar é

a) — E deixemo-nos já de excelências! que eu vi-te nascer, meu rapaz! Trouxe-te muito ao colo. Sujaste-me muita calça.

b) — O Ega não entende nada. Mesmo em Lisboa, não se pode chamar ao que eu tenho uma coleção. É um bricabraque de acaso... De que, de resto, me vou desfazer!

c) — Rapazes, não se mencione o «excremento».

d) — Caramba, filhos, sinto uma luz cá dentro!

 

A fala que não foi proferida por Carlos é

a) — Não inspira nenhum respeito pela minha ciência... Eu estou com ideias de alterar tudo, pôr aqui um crocodilo empalhado, corujas, retortas, um esqueleto, pilhas de in-fólios...

b) — Sem contar que o pequeno está muito atrasado. A não ser um bocado de inglês, não sabe nada... Não tem prenda nenhuma!

c) — Passando a outro assunto, Baptista. Vamos a saber, há quanto tempo não escrevo eu a Madame Rughel?

d) — John, onde estás tu?

 

A fala que não foi proferida por Dâmaso é

a) — Que te parece? Chique a valer!...

b) — Vim aqui há quinze dias, no «Orenoque». Vim de Paris... Que eu em podendo é lá que me pilham. Esta gente conheci-a em Bordéus.

c) — Olha quem aqui me aparece! A Susana! A minha Susana!

d) — Tinha-me esquecido dizer-te, vou publicar o meu livro.

 

O trecho que não pertence a Os Maias é

a) Mas o menino, molengão e tristinho, não se descolava das saias da titi: teve ela de o pôr de pé, ampará-lo, para que o tenro prodígio não aluísse sobre as perninhas flácidas.

b) Ocupava-se então mais do laboratório, que decidira instalar no armazém às Necessidades.

c) — Nada mach!... Você hoje ‘stá têrrívêl! — dizia o diplomata, no seu português fluente, mas de acento bárbaro.

d) — Vá beijando sempre — disse-me o prudente historiógrafo dos Herodes — Não se lhe pega nada, e agrada à senhora sua tia.

 

O trecho que não pertence a Os Maias é

a) Qual clássicos! O primeiro dever do homem é viver... E para isso é necessário ser são, e ser forte. Toda a educação sensata consiste nisto: criar a saúde, a força e os seus hábitos, desenvolver exclusivamente o animal, armá-lo de uma grande superioridade física.

b) Quando sentia na casa a voz das rezas, fugia, ia para o fundo da quinta, sob as trepadeiras do mirante, ler o seu Voltaire: ou então partia a desabafar com o seu velho amigo, o coronel Sequeira, que vivia numa quinta a Queluz.

c) Sempre fora invejosa; com a idade aquele sentimento exagerou-se de um modo áspero. Invejava tudo na casa: as sobremesas que os amos comiam, a roupa branca que vestiam.

d) Um desastre estúpido!... Ao saltar um barranco, a espingarda disparara-se-lhe, e a carga, zás, vai cravar-se no napolitano!

 

O trecho que não pertence a Os Maias é

a) Chegara ao fim da Rua do Alecrim quando viu o conde de Steinbroken, que se dirigia ao Aterro, a pé, seguido da sua vitória a passo.

b) — Estas bestas! Estas bestas destes jornalistas! Leste? «Lágrimas em todos os olhos da numerosa e estimável colónia hebraica!». Faz cair a coisa em ridículo...

c) À porta da cozinha, sacudindo um sobrescrito já amarrotado, Gonçalo ralhava com a Rosa cozinheira.

d) — Então que lhe ensinava você, abade, se eu lhe entregasse o rapaz?

 

Este questionário deve ser resolvido sem consultas (a livros, a colegas, a mim). Respeita a um terço de A Ilustre Casa de Ramires, pouco mais do que os três capítulos iniciais.

Dona Ana (Lucena) era

a) irmã de Gonçalo.

b) esposa do Sanches.

c) mãe de Gonçalo.

d) criada de Gonçalo.

 

São criados de Gonçalo

a) Dona Ana, Videirinha.

b) José Lúcio Castanheiro, Gracinha.

c) Cavaleiro, Titó.

d) Bento, Rosa.

 

São amigos de Gonçalo

a) Castanheiro, Padre Soeiro, Casco.

b) Cisco, Videirinha, Cavaleiro.

c) João Gouveia, Videirinha, Titó.

d) Sanches, Cavaleiro, Tructezindo.

 

São parentes de Gonçalo

a) Titó, Maria da Graça, Castanheiro.

b) Tructezindo, Bento, Videirinha.

c) tio Duarte, Rosa, Gouveia.

d) Gracinha, José Barrolo, Tructezindo.

 

O Videirinha era

a) ajudante de farmácia.

b) professor

c) médico.

d) cocheiro.

 

Gonçalo estudara em

a) Lisboa.

b) Coimbra.

c) Paris.

d) Londres.

 

São nomes de propriedades (quintas, lugares) que surgem no livro

a) Quinta do Mocho, Labregos.

b) Belgais, Amoreira.

c) Tapadinha, Riosa.

d) Bravais, Feitosa.

 

São topónimos a que se vai aludindo, por ficarem no espaço da ação principal,

a) Santa Ireneia, Vila Clara, Oliveira.

b) Corinde, Coice, Amarante.

c) Coice, Vila Onofre, Santa Irene.

d) Coimbra, Vila Real de Santo António, Faro.

 

«A Torre de D. Ramires», que Gonçalo procurava ir escrevendo, era

a) um longo poema.

b) uma novela histórica.

c) um romance ficcionado.

d) uma canção.

 

O edifício da torre dos Ramires

a) existia ainda, na propriedade de Gonçalo.

b) fora puramente inventado.

c) tinha existido, mas fora destruído, nada dele sobrando.

d) existia mas ficava longe da casa de Gonçalo.

 

O Castanheiro

a) era um nobre e vivia pacatamente dos rendimentos.

b) fundara uma revista e pretendia que Gonçalo nela escrevesse.

c) tinha um estabelecimento de venda de vestuário.

d) emigrara e escrevia longas epístolas a Gonçalo.

 

Os antepassados de Gonçalo

a) eram todos guerreiros corajosos.

b) eram bravos guerreiros, mas foram-se moldando à própria evolução do país.

c) sempre tinham sido medrosos.

d) tinham sido quase todos bons escritores.

 

Gonçalo Mendes Ramires é muitas vezes referido como

a) «Conde Ramires».

b) «Fidalgo da Torre».

c) «Gonçalo Maia».

d) «o Mendes».

 

Tructezindo era

a) antepassado heroico de Gonçalo.

b) jogador do Oliveirense.

c) primo de Gonçalo.

d) inimigo de Gonçalo.

 

No caso do negócio com o José Casco, Gonçalo mostrara-se

a) generoso.

b) interesseiro.

c) justo.

d) altruísta.

 

São citados ou referidos

a) Anais de Literatura e de História; Bardo.

b) Gazeta do Porto; A Bola.

c) Panorama, Diário do Porto.

d) romances de Walter Scott, poemas de Cesário Verde.

 

A casa da irmã de Gonçalo ficava

a) na mesma localidade que a residência do irmão.

b) a dias de viagem.

c) em outra localidade mas a relativamente pouca distância.

d) fora de Portugal.

 

[Nas turmas 1.ª e 4.ª, em vez do questionário, fez-se a seguinte redação:]

Pegando agora no livro de Eça de Queirós que terás trazido ou em exemplar que te possa eu emprestar, escreve a partir de algum, ou alguns, dos seus elementos paratextuais: capa, contracapa, eventuais badanas, ilustrações, título e subtítulo (ver pelo frontispício; e cfr. pp. 248-249 do manual).

Trata-se de dizer o que, num relance ao paratexto (cfr. definição na p. 399) o leitor poderia inferir acerca do livro antes ainda de iniciar a leitura. Portanto, não é imprescindível conhecer o miolo. No entanto, quem já foi lendo a obra pode assumir esse conhecimento e aproveitar o paratexto para aludir ao que mais lhe interesse acerca do livro.

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