Aula 115-116
Aula 115-116 (19 [1.ª], 21 [4.ª], 25 [5.ª, 2.ª], 26/mai [3.ª]) Nestas
frases, tiradas do sketch «Isto é um
crime de salada» (série Meireles) e em que não pus pontuação, há cinco vocativos. Sublinha-os. Em seguida,
introduz nas frases a devida pontuação.
Senhor
Guarda cheire o meu hálito
Está
bem está meu badocha
O
que é que eu fiz Senhor Guarda
Para
que é que tu serves meu palhaço
Senhor
Guarda acabo de ser vítima de um roubo
Quantas
orações há em cada uma das frases que
pus a seguir? (Podes guiar-te pelo número de predicados — lembrando-te ainda de
que cada predicado terá de ter um verbo.)
(1)
Se correr, ainda os apanha.
(2)
Quero uma salada, se faz favor.
Em
cada frase há ___ orações. Os núcleos do
predicado da primeira frase são «correr» e «_______». Os da segunda frase
são «_______» e «faz».
Vejamos
agora os sujeitos (classificando-os
e identificando-os). Os sujeitos de cada uma das orações da frase 1 são nulos
subentendidos, correspondendo a, respetivamente, «[o Senhor Guarda]» e
«[___]». Os sujeitos das orações da frase 2 são igualmente subentendidos: «[___]»;
«[___]».
Na
frase 1, na segunda oração («ainda os
apanha»), a função sintática de «os» é de {escolhe}
sujeito / predicado / complemento direto / complemento indireto / vocativo /
modificador.
Na
frase 2, na 1.ª oração («Quero uma
salada»), a função sintática de «uma salada» é de {escolhe} sujeito / predicado / complemento direto / complemento
indireto / vocativo / modificador.
Tentemos
classificar as orações de cada uma destas duas frases. Em cada uma das frases
há uma oração subordinada e uma
oração subordinante. A subordinante
da frase 1 é «ainda os apanha»; a subordinante da frase 2 é «_____». As duas
restantes orações («Se correr» e «_____»), introduzidas pela conjunção subordinativa _______ «__»,
são orações subordinadas adverbiais
{escolhe} temporais / causais /
condicionais / finais / concessivas / consecutivas / comparativas.
A
função sintática que desempenham
estas orações subordinantes é a de ______. (Podíamos ter em seu lugar, por
exemplo, «na verdade», «felizmente», «efetivamente», «com efeito».)
[Ver de 27.30 a 35:]
Classifica as orações presentes nestas
frases de «Homicídio na paragem de autocarro» (série Barbosa). Pode ser útil teres o
manual aberto nas pp. 381-385.
Zé Tolas,
assististe à tragédia |
que se
verificou aqui, hoje de manhã? |
Subordinante |
________ |
A paragem
acabou de fugir |
e foi
naquela direção. |
________ |
Coordenada ______ |
A paragem de autocarro estava ali, |
fugiu agora
mesmo, |
foi naquela
direção |
______ |
_______ |
_______ |
Acho |
que a vi
ali. |
_______ |
_________ |
Tens o
direito |
a
permanecer calada. |
_______ |
Subordinada substantiva completiva não finita
(infinitiva) |
Enquanto
fores suspeita |
não abrigarás
utentes dos transportes públicos. |
Subordinada _______ |
_________ |
Vamos
festejar, |
que nós
merecemos. |
__________ |
Subordinada adverbial __________ |
Ficavas
muito aborrecido |
se eu te
dissesse |
que andava
a dormir com a tua mulher? |
Subordinante |
Subordinada adverbial _____ |
|
|
Subordinante |
__________ |
Senhores detetives,
tenho em meu poder um envelope repleto de informação |
que o
comprova. |
_________ |
_______ |
Não será
melhor |
interrogarem
a testemunha |
que ainda
ali está? |
______ |
Subordinada _______ completiva não finita
(infinitiva) |
|
|
Subordinante |
Subordinada _____ relativa restritiva |
Circunda
a(s) alínea(s) que descreve(m) a tua situação relativamente à leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires. Antes, nesta linha que acabámos de
abandonar, começa por circundar o título do livro de Eça que leste, estás a ler
ou tencionas ler.
a) Li o livro na
totalidade.
b) Li quase todo livro,
faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).
c) Li cerca de metade da
obra.
d) Li cerca de um terço da
obra.
e) Li os dois ou três
primeiros capítulos.
f) Na verdade, ainda não
li mais do que o primeiro capítulo (mas esse li-o todo).
g) Ainda não completei o
primeiro capítulo mas já li as páginas iniciais do livro.
h) Li a capa, o
anterrosto, o frontispício (ah!, e a lombada).
i) Li o livro o ano
passado, já que estava no 11.º ano.
j) Li o livro o ano
passado (na verdade, não o cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei-o e
ouvi falar sobre ele, já que estava no 11.º ano).
k) Li resumos mas quase
nada do livro propriamente dito.
l) Li todo o livro, mas nas
férias de verão, pelo que já tudo se me varreu do meu cérebro tão cheio de
solicitações.
m) Vi o filme, recente,
realizado por João Botelho (que é bem secante!).
n) Li todo o livro, mas
fi-lo há dez anos pelo que já não me lembro do enredo.
o) Não li, mas tenciono
ler nas férias, na véspera do exame de Física e Química.
p) Não li e não tenciono
ler, por ser difícil compatibilizar os meus afazeres próximos — treino
intensivo para uma competição de curling
— com a leitura do grande romance do magistral Eça.
q) Não li, não tenciono
ler e tenho ódio a quem leu.
Questionários sobre a
efetiva leitura do primeiro terço de cada obra
Este questionário deve ser
resolvido sem consultas (a livros, a colegas, a mim). Respeita a um terço de Os Maias, pouco mais do que a meia-dúzia
de capítulos iniciais.
Segundo a ordem cronológica dos acontecimentos
(que não é, obrigatoriamente, a do livro), a série correta é
a) Ramalhete, Benfica, Santa Olávia.
b) Santa Olávia, Benfica, Ramalhete.
c) Benfica, Ramalhete, Santa Olávia.
d) Benfica, Santa Olávia, Ramalhete.
A série de espaços ‘Vila Balzac, Ramalhete, Paços
de Celas’ pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens
a) Maria Monforte, Pedro da Maia, Carlos.
b) Raquel Cohen, Afonso, Carlos.
c) João da Ega, Maria Eduarda, Alencar.
d) Tancredo, Carlos da Maia, João da Ega.
A série de espaços ‘Santa Olávia, Paris, Rossio’
pode corresponder, pela mesma ordem, à série de personagens
a) Carlos da Maia, Pedro da Maia, Maria Eduarda
Runa.
b) Brown, Maria Eduarda, Carlos da Maia.
c) Eusébio, Maria Monforte, Mãe de Ega.
d) Carlos da Maia, Eusébio, João da Ega.
A série de espaços ‘Arroios, Santa Olávia,
Celorico’ pode corresponder, pela mesma ordem, a
a) Maria Monforte, João da Ega, Eusebiozinho.
b) Pedro da Maia, Afonso da Maia, João da Ega.
c) Maria Eduarda, Carlos da Maia, Alencar.
d) Tancredo, Teresinha, Carlos da Maia.
À série ‘Jacob Cohen, Taveira, Vilaça’
correspondem as profissões
a) banqueiro, procurador, funcionário público.
b) banqueiro, funcionário público, procurador.
c) ministro, maestro, procurador.
d) ministro, maestro, funcionário público.
A alínea que tem alcunhas ou hipocorísticos que
não são mencionados nos Maias é
a) Negreira, Pedrinho, Silveirinha.
b) Barbatanas, Eusebiozinho, Teresinha.
c) Alemão, Bá, Toureiro.
d) Tista, Alencar d’Alenquer, Fuas.
O «papá Monforte» era
a) pai de Pedro da Maia.
b) tio de Pedro da Maia.
c) pai de Eduarda Runa.
d) sogro de Pedro da Maia.
O Padre Vasques está para Pedro como Brown está
para
a) Ega.
b) Carlos.
c) Afonso.
d) Maria Eduarda.
O Reverendo Bonifácio era
a) Bonifácio Silva.
b) um gato.
c) um padre.
d) Bonifácio de Souselas.
«Gouvarinhar» significa
a) estar com a condessa.
b) ir a casa dos Gouveia.
c) jogar uíste.
d) discutir o «excremento».
Quem conhecera bem Pedro da Maia fora
a) João da Ega.
b) Dâmaso Salcede.
c) Tomás de Alencar.
d) Jacob Cohen.
Os Paços de Celas eram
a) a quinta de Santa Olávia.
b) a residência de Carlos em Coimbra.
c) o Ramalhete.
d) a casa de Benfica.
Charlie era filho dos
a) Cohen.
b) Gouvarinho.
c) Silveiras.
d) Castro Gomes.
A fala que não foi proferida por Ega é
a) — Bem. Venho-te impingir prosa... Um bocado do
«Átomo»... Senta-te aí. Ouve lá.
b) — Vai-te daí, Mefistófeles de Celorico!
c) — Bem-vindo, meu príncipe, ao humilde tugúrio
do filósofo!
d) — Terça-feira vou-te buscar ao Ramalhete, e
vamo-nos «gouvarinhar».
A fala que não foi proferida por Alencar é
a) — E deixemo-nos já de excelências! que eu vi-te
nascer, meu rapaz! Trouxe-te muito ao colo. Sujaste-me muita calça.
b) — O Ega não entende nada. Mesmo em Lisboa, não
se pode chamar ao que eu tenho uma coleção. É um bricabraque de acaso... De
que, de resto, me vou desfazer!
c) — Rapazes, não se mencione o «excremento».
d) — Caramba, filhos, sinto uma luz cá dentro!
A fala que não foi proferida por Carlos é
a) — Não inspira nenhum respeito pela minha
ciência... Eu estou com ideias de alterar tudo, pôr aqui um crocodilo
empalhado, corujas, retortas, um esqueleto, pilhas de in-fólios...
b) — Sem contar que o pequeno está muito atrasado.
A não ser um bocado de inglês, não sabe nada... Não tem prenda nenhuma!
c) — Passando a outro assunto, Baptista. Vamos a
saber, há quanto tempo não escrevo eu a Madame Rughel?
d) — John, onde estás tu?
A fala que não foi proferida por Dâmaso é
a) — Que te parece? Chique a valer!...
b) — Vim aqui há quinze dias, no «Orenoque». Vim
de Paris... Que eu em podendo é lá que me pilham. Esta gente conheci-a em
Bordéus.
c) — Olha quem aqui me aparece! A Susana! A minha
Susana!
d) — Tinha-me esquecido dizer-te, vou publicar o
meu livro.
O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Mas o menino, molengão e tristinho, não se
descolava das saias da titi: teve ela de o pôr de pé, ampará-lo, para que o
tenro prodígio não aluísse sobre as perninhas flácidas.
b) Ocupava-se então mais do laboratório, que
decidira instalar no armazém às Necessidades.
c) — Nada mach!... Você hoje ‘stá têrrívêl! —
dizia o diplomata, no seu português fluente, mas de acento bárbaro.
d) — Vá beijando sempre — disse-me o prudente
historiógrafo dos Herodes — Não se lhe pega nada, e agrada à senhora sua tia.
O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Qual clássicos! O primeiro dever do homem é
viver... E para isso é necessário ser são, e ser forte. Toda a educação sensata
consiste nisto: criar a saúde, a força e os seus hábitos, desenvolver
exclusivamente o animal, armá-lo de uma grande superioridade física.
b) Quando sentia na casa a voz das rezas, fugia,
ia para o fundo da quinta, sob as trepadeiras do mirante, ler o seu Voltaire:
ou então partia a desabafar com o seu velho amigo, o coronel Sequeira, que
vivia numa quinta a Queluz.
c) Sempre fora invejosa; com a idade aquele
sentimento exagerou-se de um modo áspero. Invejava tudo na casa: as sobremesas
que os amos comiam, a roupa branca que vestiam.
d) Um desastre estúpido!... Ao saltar um barranco,
a espingarda disparara-se-lhe, e a carga, zás, vai cravar-se no napolitano!
O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Chegara ao fim da Rua do Alecrim quando viu o
conde de Steinbroken, que se dirigia ao Aterro, a pé, seguido da sua vitória a
passo.
b) — Estas bestas! Estas bestas destes
jornalistas! Leste? «Lágrimas em todos os olhos da numerosa e estimável colónia
hebraica!». Faz cair a coisa em ridículo...
c) À porta da cozinha, sacudindo um sobrescrito já
amarrotado, Gonçalo ralhava com a Rosa cozinheira.
d) — Então que lhe ensinava você, abade, se eu lhe
entregasse o rapaz?
Este questionário deve ser
resolvido sem consultas (a livros, a colegas, a mim). Respeita a um terço de A Ilustre Casa de Ramires, pouco mais do
que os três capítulos iniciais.
Dona Ana (Lucena) era
a) irmã de Gonçalo.
b) esposa do Sanches.
c) mãe de Gonçalo.
d) criada de Gonçalo.
São criados de Gonçalo
a) Dona Ana, Videirinha.
b) José Lúcio Castanheiro, Gracinha.
c) Cavaleiro, Titó.
d) Bento, Rosa.
São amigos de Gonçalo
a) Castanheiro, Padre Soeiro, Casco.
b) Cisco, Videirinha, Cavaleiro.
c) João Gouveia, Videirinha, Titó.
d) Sanches, Cavaleiro, Tructezindo.
São parentes de Gonçalo
a) Titó, Maria da Graça, Castanheiro.
b) Tructezindo, Bento, Videirinha.
c) tio Duarte, Rosa, Gouveia.
d) Gracinha, José Barrolo, Tructezindo.
O Videirinha era
a) ajudante de farmácia.
b) professor
c) médico.
d) cocheiro.
Gonçalo estudara em
a) Lisboa.
b) Coimbra.
c) Paris.
d) Londres.
São nomes de propriedades (quintas, lugares) que
surgem no livro
a) Quinta do Mocho, Labregos.
b) Belgais, Amoreira.
c) Tapadinha, Riosa.
d) Bravais, Feitosa.
São topónimos a que se vai aludindo, por ficarem
no espaço da ação principal,
a) Santa Ireneia, Vila Clara, Oliveira.
b) Corinde, Coice, Amarante.
c) Coice, Vila Onofre, Santa Irene.
d) Coimbra, Vila Real de Santo António, Faro.
«A Torre de D. Ramires», que Gonçalo procurava ir
escrevendo, era
a) um longo poema.
b) uma novela histórica.
c) um romance ficcionado.
d) uma canção.
O edifício da torre dos Ramires
a) existia ainda, na propriedade de Gonçalo.
b) fora puramente inventado.
c) tinha existido, mas fora destruído, nada dele
sobrando.
d) existia mas ficava longe da casa de Gonçalo.
O Castanheiro
a) era um nobre e vivia pacatamente dos
rendimentos.
b) fundara uma revista e pretendia que Gonçalo
nela escrevesse.
c) tinha um estabelecimento de venda de vestuário.
d) emigrara e escrevia longas epístolas a Gonçalo.
Os antepassados de Gonçalo
a) eram todos guerreiros corajosos.
b) eram bravos guerreiros, mas foram-se moldando à
própria evolução do país.
c) sempre tinham sido medrosos.
d) tinham sido quase todos bons escritores.
Gonçalo Mendes Ramires é muitas vezes referido
como
a) «Conde Ramires».
b) «Fidalgo da Torre».
c) «Gonçalo Maia».
d) «o Mendes».
Tructezindo era
a) antepassado heroico de Gonçalo.
b) jogador do Oliveirense.
c) primo de Gonçalo.
d) inimigo de Gonçalo.
No caso do negócio com o José Casco, Gonçalo
mostrara-se
a) generoso.
b) interesseiro.
c) justo.
d) altruísta.
São citados ou referidos
a) Anais de
Literatura e de História; Bardo.
b) Gazeta do
Porto; A Bola.
c) Panorama,
Diário do Porto.
d) romances de Walter Scott, poemas de Cesário
Verde.
A casa da irmã de Gonçalo ficava
a) na mesma localidade que a residência do irmão.
b) a dias de viagem.
c) em outra localidade mas a relativamente pouca
distância.
d) fora de Portugal.
[Nas turmas 1.ª e 4.ª, em vez
do questionário, fez-se a seguinte redação:]
Pegando agora no livro de Eça de Queirós que terás trazido ou
em exemplar que te possa eu emprestar, escreve a partir de algum, ou alguns,
dos seus elementos paratextuais:
capa, contracapa, eventuais badanas, ilustrações, título e subtítulo (ver pelo
frontispício; e cfr. pp. 248-249 do
manual).
Trata-se de dizer o que,
num relance ao paratexto (cfr. definição na p. 399) o leitor
poderia inferir acerca do livro antes ainda de iniciar a leitura. Portanto, não
é imprescindível conhecer o miolo. No entanto, quem já foi lendo a obra pode
assumir esse conhecimento e aproveitar o paratexto para aludir ao que mais lhe
interesse acerca do livro.
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