Os Maias 4
Tomás (11.º 4.ª)
Tomás (Muito Bom -/Bom+ ou Muito Bom-) Pontos fortes Muito boa representação. Sincronização dos dois papéis desempenhados pelo
autor. Texto assenta num bom compromisso entre a necessidade de se reportar à
obra de Eça e a menção de aspetos do senso comum atual; consegue-se também o
registo adequado a um diálogo entre amigos/conhecidos, mas deixando espaço para
intervenções leves, que servem para tratar com humor a situação. Técnica, se descartarmos
a recolha do som. Aspetos melhoráveis
Som (embora apenas aquando das intervenções de uma das personagens). Extensão um pouco exagerada.
Erros: «*nada melhor como» (nada melhor do que); «*preciosidades» (no sentido
de requintes de linguagem, seria «preciosismos»); «Baltasar», salvo erro, seria «Batista»
(escrevo sem ter o livro à mão, note-se).
Miguel C. (11.º 2.ª)
Miguel
C. (Bom) Pontos fortes Ter tomado como estratégia
de abordagem a relação entre capítulo de Eça e memórias próprias, o que
permitiu o recurso a imagens do arquivo pessoal/familiar. Diversidade: além da
tal primeira parte «autobiográfica», é interessante a segunda parte, em torno do
consultório de Carlos, mais ao estilo do trabalho feito o ano passado pelo
autor, uma animação a partir de objetos. Não faltam ideias e capacidade técnica,
portanto. Aspetos melhoráveis
Leitura foi pouco ensaiada, ficou rápida (aqui e ali, trapalhona). Nos aspetos de acabamento,
de revisão, o Miguel precipita-se. Há demasiadas boas ideias, para tanta
rapidez a concluir. Erros: falta o acento em «capítulo»; «*fotgrafias» (fotografias).
Duda (11.º 3.ª)
Duda
(Bom-/Suf+ ou mesmo Bom-) Pontos fortes Facilidade, fluência,
abordagem tendencialmente expressiva na leitura em voz alta (o que não
significa que tivesse havido grande preparação, advirá mais das capacidades da
autora). Situação engendrada, memórias de uma amante de Carlos, permite resumir
capítulo de forma expedita, revelando-se opção inteligente, ainda que não
implicasse a criatividade que a autora poderia ter mobilizado para um trabalho
destes. Aspetos melhoráveis Em
termos visuais, e apesar do desenho que serve o slide único, a estratégia foi económica,
houve pouco trabalho (para o que se espera de uma tarefa que é a mais
importante do período). Erros: «*aquelas fidalgas onde suas únicas preocupações»
(aquelas fidalgas cujas únicas preocupações); «*que agora, me perdoem, não me
recordo seu nome» (de cujo nome, me perdoem, não me recordo agora);
«*passaram-se algum tempo depois deste episódio» (passou-se algum tempo);
«*nunca mais lhe troquei palavras» (nunca mais troquei palavras com ele); «*vem
sendo criado pelo seu avô» (vinha sendo criado).
Mafalda M.
(11.º 5.ª)
Mafalda
M. (Suf+/Bom-) Pontos fortes Solução textual criativa,
imaginando-se entrevista radiofónica (formato e tiques destes programas são bem
aproveitados; no entanto, também é verdade que o texto não arrisca muito mais
do que sintetizar o capítulo). Expressividade na leitura em voz alta, até pela
adoção de «vozes» das personagens. Aspetos
melhoráveis Recurso a imagens googladas (mesmo se há vantagem em ir
mostrando as caras de Afonso e de Carlos); estratégias alternativas: (i) assumir
que, tratando-se de radiofonia, trabalho seria só áudio; (ii) forjar as imagens
de avô e neto, e entrevistador, de outro modo (desenhos? autora caracterizada?).
Erros: «falava quão» é pior do que «dizia como»; «*livro que, devo dizer,
bastante interessante» (livro que, devo dizer, é bastante interessante).)
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