Os Maias 9
Hugo &
Pedro
(11.º 4.ª)
Pedro & Hugo (Bom+/Muito Bom-) Pontos fortes Cuidado em constituir,
em filme, uma narrativa completa, o que terá implicado grande trabalho de
preparação, execução e montagem, mostrando a produção/realização muito boas capacidades.
Bom texto, sobretudo quando o guionista procurou mais a transformação, a atualização,
do que seguir estritamente o original (nota-se que teria sido necessário
encontrar um registo mais natural para os diálogos — texto é demasiado
«escrito», nem sempre adaptado à fala: aqui e ali é linguagem do XIX para
personagens que estão num contexto do XXI). Representação de Hugo bastante
proficiente (nem tanto a de Pedro, exceto quando em situação de zanga e a dizer
palavrões). Aspetos melhoráveis
Extensão demasiada, que implica que a representação vá oscilando (é difícil
manter a mesma qualidade por causa da quantidade — por vezes, teria sido
necessário mais ensaio). Corrigir: «med[i]cina» (pronúncia melhor é «med’cina»
— nem sempre a grafia tem de conduzir a pronúncia), «*apenas dou-te um
conselho» (apenas te dou um conselho / dou-te apenas um conselho).
Leonor (11.º 3.ª)
Leonor
(Bom (+)) Pontos fortes Boa leitura em voz alta (talvez
demasiado melancólica — o contexto é caricatural, podia transmitir-se essa
leveza quase de teatro burlesco). Boa
elaboração de narrativa através de cinema (revelando planificação, eficiência
na síntese, trabalho em equipa, capacidades técnicas, gosto). Aspetos melhoráveis Apesar da
transposição criativa no que se refere à encenação e imagem (incluindo
adereços, direção de atores e representação da própria Leonor, estilo «gráfico»
do filme), o enredo do que se ficcionou corresponde demasiado ao original
(sugeriria, de futuro, maior transgressão da intriga inicial). Embora me falhem
conhecimentos técnicos, adivinho que não ficaria mal algum som de fundo (no
estilo musicado do cinema mudo?). A corrigir: faltou o acento em «Diário»; «Carlos
*Da Maia» (Carlos da Maia).
Cardita (11.º 9.ª)
Diogo
(Suficiente (-)) Pontos fortes Texto da carta criada consegue,
indiretamente, dar conta do essencial do capítulo. Leitura clara, e na velocidade
apropriada, embora pouco fluente. Aspetos
melhoráveis Diogo conseguiria fazer muito melhor. Formato adotado (capa a
servir de imagem e simples áudio) é mesmo a solução que dá menos menos trabalho.
A corrigir: «*preciso que me voltes» (preciso que voltes a Lisboa); «*no Celorico
da Beira» (em Celorico da Beira); «*esta mulher abstrai-me do que se passa em
meu redor» (esta mulher faz-me abstrair do que se passa em meu redor).
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