Aulas (2.º período, 2.ª parte: 104-127)
Aula 104-105 (2 [1.ª (início), 8.ª, 7.ª], 3/mar [1.ª
(fim), 5.ª]) Correção do questionário de gramática.
Soluções do trabalho de
gramática (turmas 1.ª e
8.ª — as duas versões)
Versão com
mousse de chocolate
És
de tal modo irritante, que te odeio.
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subordinada
adverbial consecutiva
|
Diria
que este trabalho de gramática é facílimo.
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subordinada
substantiva completiva
|
Mal
o tempo mudou,
foi à praia.
|
subordinada
adverbial temporal
|
Conhé,
que jogava à baliza, era o meu ídolo.
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subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Se
pudesse, via esta pergunta no telemóvel.
|
subordinante
|
Soube-lhe
bem, apesar de que os ovos estavam estragados.
|
subordinada
adverbial concessiva
|
O
rei melindano ouviu atentamente.
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modificador
do grupo verbal
|
Gostas
do ‘Tia Albertina’ que te dei?
|
complemento
indireto
|
O
Gama vinha de Lisboa.
|
complemento
oblíquo
|
Jonas
considerava a pesca de salmão no Iémen uma loucura.
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predicativo
do complemento direto
|
Trata-me
bem, por favor.
|
complemento
direto
|
O
chato discurso foi ouvido pelo coitado do rei.
|
complemento
agente da passiva
|
tinha
um carro que todos invejavam,
|
pronome
(relativo)
|
quando
|
conjunção
(subordinativa temporal)
|
a viam sair.
|
pronome
(pessoal)
|
esclarecer
|
derivação
por parassíntese
|
saca-rolhas
|
composição
morfossintática
|
[o]
alcance
|
derivação
não afixal
|
Creio
que nem todas as mesas estão ocupadas.
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assertivo
|
São,
como devo fazer esta mousse de chocolate?
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diretivo
|
Versão com
Zeferino
Camões
escreve tão bem, que não o suporto.
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subordinada
adverbial consecutiva
|
Declaramos
que nos opomos a isso.
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subordinada
substantiva completiva
|
Comeu
o bolo, bebeu a aguardente, trincou a noz.
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coordenada
assindética
|
Sempre
que chove,
a ESJGF fica alagada.
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subordinada
adverbial temporal
|
Odeio
os alunos que não sabem orações substantivas.
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subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Ainda
que o Benfica perca,
lá estarei no Marquês.
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subordinada
adverbial concessiva
|
As
Tágides deram-lhe inspiração.
|
complemento
indireto
|
O
bom do Gama foi enganado pelo rei de Mombaça.
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complemento
agente da passiva
|
Vi
Ângela, mas abandonei-a.
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complemento direto
|
O
rei ouviu o discurso com atenção.
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modificador
do grupo verbal
|
Harriet
tinha Jones por ingénuo.
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predicativo
do complemento direto
|
Vasco
da Gama foi à Índia.
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complemento
oblíquo
|
aquela turma, numa escola
onde,
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determinante
(demonstrativo)
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com sorte, se estudava
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preposição
|
ou se brincava.
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conjunção
(coordenativa disjuntiva)
|
[o]
ataque
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derivação
não afixal
|
arruivado
|
derivação
por parassíntese
|
geologia
|
composição
morfológica
|
Queres
ir comigo ao cinema?
|
diretivo
|
Encontrei
o Zeferino no restaurante.
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assertivo
|
Soluções do
trabalho de gramática
(turmas 5.ª e 7.ª — as duas versões)
Versão com
cocó de cão
A
Lu andou ao sol, ficou doente, foi internada.
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coordenada
assindética
|
A
Amélia, que foi minha namorada, está bonita.
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subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Estava
já com fome, pois almoçara apenas insetos.
|
coordenada
explicativa
|
O
professor anunciou que os alunos estavam aprovados.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Saiu,
depois que a noite chegou.
|
subordinada
adverbial temporal
|
Estava
tanto calor, que todos se despiram.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
A
ideia foi-lhe apresentada por Heliodoro.
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complemento
agente da passiva
|
Camões
dedicou o livro a Sebastião.
|
complemento
indireto
|
Irritei-te
desnecessariamente.
|
complemento
direto
|
Salvador
gostava de Helena.
|
complemento
oblíquo
|
A
secretária elegeu a pesca do salmão como a solução ideal.
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predicativo
do complemento direto
|
Pôs
o telemóvel sob a carteira para enganar o professor.
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modificador
do grupo verbal
|
pretendia
que se vivia bem
|
conjunção
(subordinativa completiva)
|
em Lisboa, embora
|
preposição
|
a olhassem de soslaio.
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pronome
(pessoal)
|
perda
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derivação
não afixal
|
cronómetro
|
composição
morfológica
|
esvoaçar
|
derivação
por parassíntese
|
Não
te agrada esta nossa decisão?
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diretivo
|
Este
cocó de cão não estava aqui há pouco.
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assertivo
|
Versão com
cocó de Heliodoro
Cantas
tão bem, que fico logo alegre.
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subordinada
adverbial consecutiva
|
Mal
entrou,
o ambiente ficou diferente.
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subordinada
adverbial temporal
|
O
Vicente, que é um bom homem, tem dívidas tremendas.
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subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
O
diretor avisou que as matrículas estavam encerradas.
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subordinada
substantiva completiva
|
Não
tinha dinheiro, portanto não comprei nada.
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coordenada
conclusiva
|
Chegou,
viu e venceu.
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coordenada
assindética
|
Camões
pediu inspiração a Calíope.
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complemento
indireto
|
A
família de Ernesto foi para a Toscânia.
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complemento
oblíquo
|
A
pesca do salmão no Iémen foi impulsionada pelo xeque.
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complemento
agente da passiva
|
Vou
pôr a mesa quando chegar o salmão.
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modificador
do grupo verbal
|
O
povo não nomeou D. João V seu governante.
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predicativo
do complemento direto
|
Leva-me
ao Iémen.
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complemento
direto
|
a
equipa que vencera
|
pronome
(relativo)
|
os
colegas de Paris,
|
preposição
|
mas não parecia.
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conjunção
(coordenativa adversativa)
|
encurtar
|
derivação
por parassíntese
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chave
[(= ‘solução’)]
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extensão
semântica
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piscicultura
|
composição
morfológica
|
Declaro-me
felicíssimo com esta minha nova vida.
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expressivo
|
O
Heliodoro já foi à rua fazer cocó?
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diretivo
|
Itens de provas de exame recentes com figuras de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a
hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o
autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma
sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso
volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei
que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei
— ao grosso volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha
18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no
seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis
que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a
autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um
eufemismo.
[2013, época especial]
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do
texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar
nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é
estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh,
nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um
Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A
ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De
confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia.
[2016, 1.ª fase, item do grupo I]
1. Explique o sentido quer das antíteses quer das interrogações
retóricas presentes no início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14)
[«Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por
covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num mundo em que reina
a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os
leve à forca! (Levanta-se) Não seria mais humano, mais honesto,
ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz com a hipocrisia do mundo? (Pausa) Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e
acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado
por todos?»].
[2016, época especial, item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial, item
do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui devorant plebem
meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção
crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Cenário de resposta do item 1 do exame de 2016, 1.ª fase
As antíteses
expressam a oposição entre os valores ensinados aos filhos (valentia, justiça,
lealdade) e a realidade político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto
e desleal. Deste modo, Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na
sociedade, que aparenta defender determinados valores, mas promove quem não os
pratica.
Na sequência da reflexão anterior, Matilde interroga-se ironicamente sobre a
necessidade de se ensinar a viver em conformidade com a hipocrisia a fim de
alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique uma vida pautada pela alienação,
pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de resposta do item 4 do exame de
2016, época especial
A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes»
(linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente frágeis, ao pão. Assim,
tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povo é alimento
constante para os poderosos.
Através da metáfora, o orador sublinha, por um
lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por outro, a vulnerabilidade dos
pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Cenário de resposta do item 5 do exame de
2016, época especial
Com o recurso à interrogação retórica, o orador
conduz o auditório à tomada de consciência de que a exploração dos «pequenos»
por parte dos poderosos é um comportamento condenável.
Assumida esta condenação por parte do auditório,
Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao
anteriormente apontado.
Freitaslobice
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Figura(s)
de estilo
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Courtois: um pássaro gigante que apareceu a
voar.
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Penteia a bola e acaricia-a.
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Jogada construída e inventada pelo caldeirão
do feiticeiro Hazard.
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Dois braços e quatro pernas — mas haverá quem
jure ter visto quatro pernas e quatro braços.
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Olhos de matador, dentes de coelho.
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Há a velocidade da luz, há a velocidade do som
e há velocidade de Robben.
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Valbuena, o Astérix de cabelo curto.
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Neste momento, na Austrália, estão todos os
cangurus aos saltos.
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À medida que arrancava, ia ultrapassando a
população russa.
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Não tem nenhuma hipótese de ganhar um concurso
de beleza.
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É um poema de futebol em velocidade.
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A forma de perder tem de ser igual à de ganhar
e vice versa.
|
O
grupo I do exame de 2015 (época especial) incluía três itens sobre o poema de
Pessoa (ortónimo) «Às vezes, em sonho triste», que, no manual, está na p. 55. Vai
até lá e responde às duas primeiras perguntas da prova de 2015:
1. No poema, o sujeito poético faz referência a um
lugar imaginado. Fundamente esta afirmação, ilustrando a resposta com elementos
textuais pertinentes.
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2. Explicite o modo como é vivida a passagem do
tempo, tendo em conta a segunda estrofe do poema.
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3. Relacione o verso «É uma infância sem fim.» (v.
17) com o sentido global do poema.
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TPC — (1) Lê os textos ensaísticos nas pp. 318-319;
(2) Procura ir fixando a classificação das orações (até memorizando as principais
conjunções que as introduzem).
Aula
106-107 (3 [8.ª], 7
[7.ª, 5.ª], 8/mar [1.ª])
Lê «Nova vida» (p. 315) e
responde às duas perguntas de «leitura — compreensão»:
1.
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. . . . . . . . . . . . . . . .
2. No excerto, a intervenção de José Pequeno
junto do abegão, em favor de Baltasar, é integrada no discurso do narrador,
primeiro em discurso indireto, depois em discurso indireto livre e, finalmente,
em discurso direto livre:
discurso indireto: «__________»;
discurso indireto livre: «_________»;
discurso direto livre: «_________».
De
seguida, ouviremos o longo parágrafo a que se alude na página 316, ponto 1.
Depois
de ouvido o episódio, e atentando no verbete de «ara» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, 2004), interpreta a pintura
de José Santa Bárbara (p. 316). Identifica o momento ilustrado na imagem e
justifica o título.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Responde
ao ponto 1.3:
Através
da enumeração alfabética dos nomes dos operários, o narrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . .
Lê
a «A epopeia da pedra», na mesma p. 316.
Compara
o passo de Memorial do Convento
(1982) que trata da «epopeia da pedra» e o filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, também de 1982.
Memorial do Convento, cap. XIX
|
Fitzcarraldo, passim
|
Tanto o passo do
romance como o filme são epopeias de um transporte,
|
|
de pedra de ____ para ____,
|
de barco de um rio ao outro,
|
feito por humildes
|
|
operários vindos de _____
|
índios arregimentados
|
ao serviço de um
megalómano,
|
|
______.
|
Fitzcarraldo.
|
Ocorre a morte, por
esmagamento, de
|
|
______,
|
um índio,
|
tudo a pretexto de um
capricho de ordem estética,
|
|
uma _____ esculpida numa ______.
|
uma ópera na selva.
|
TPC — Escreve a dissertação pedida na p. 315
(Escrita, 1): «Elabora uma
dissertação, de duzentas a trezentas palavras, sobre o futuro das profissões
ligadas ao trabalho manual». (Recordo ainda um tepecê mais antigo, de preparação
— profissionalíssima, embora nem talvez muito expressiva — da leitura em voz
alta de dadas estâncias de Os Lusíadas.)
Aula
108-108R (7 [8.ª], 8
[7.ª], 9 [1.ª], 10/mar [5.ª]) Aproveito a ficha de trabalho sobre Deixis,
isto é, sobre deíticos (cfr. p. 338 do nosso manual), de Alexandre
Dias Pinto & Patrícia Nunes, Entre
Nós e as Palavras. 11.º ano. Caderno de atividades e avaliação contínua,
Queluz de Baixo, Santillana, 2016, pp. 14-15:
1.
Transcreva
os deíticos destacados nas frases para o quadro abaixo apresentado.
a) Raquel, por favor lê este
livro.
b) Emprestas-me agora
o teu carro?
c) Na semana passada, nós
terminámos esta escultura.
d) Queres esse gelado ou
preferes aquele?
Deíticos espaciais
|
Deíticos temporais
|
Deíticos pessoais
|
2. Complete as frases com um deítico do tipo que é indicado
entre parênteses.
a) Chegaremos a Paris _____
(deítico temporal).
b) Prefiro _____ (deítico espacial)
filme àquele, porque aborda questões da atualidade.
c) Podias fechar a porta, ______(deítico
pessoal)?
d) Ele não _____ (deítico pessoal)
emprestou o livro, porque ainda está a lê-lo.
e) Eles pegaram na mala e
trouxeram-na para _____ (deítico espacial).
3. Leia o excerto que se segue (da Cena V do Ato III de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett),
para transcrever:
a) três exemplos de deíticos
pessoais.
________
b) três exemplos de deíticos
espaciais.
________
c) três exemplos de deíticos
temporais.
________
Cena V
Telmo e Romeiro
Romeiro — Que não oiça
Deus o teu rogo!
Telmo (sobressaltado) — Que voz! — Ah! É o
romeiro. Que me não oiça Deus! Porquê?
Romeiro — Não pedias tu
pelo teu desgraçado amo, pelo filho que criaste?
Telmo (à parte) — Já não sei pedir senão pela
outra. (Alto) E que pedisse por ele!
Ou por outrem, porque não me há de ouvir Deus, se lhe peço a vida de um
inocente?
Romeiro — E quem te disse
que ele o era?
Telmo — Esta voz… esta
voz…! Romeiro, quem és tu?
Romeiro (tirando o chapéu e alevantando o cabelo dos
olhos) — Ninguém, Telmo; ninguém, se nem já tu me conheces!
Telmo (deitando-se-lhe às mãos para lhas beijar)
— Meu amo, meu senhor... sois vós? Sois, sois. D. João de Portugal, oh, sois
vós, senhor?
Romeiro — Teu filho já
não?
Telmo — Meu filho! Oh! É
o meu filho todo; a voz, o rosto. Só estas barbas, este cabelo não… Mais branco
já que o meu, senhor!
Romeiro — São vinte anos
de cativeiro e miséria, de saudades, de ânsias que por aqui passaram. Para a
cabeça bastou uma noite como a que veio depois da batalha de Alcácer; a barba,
acabaram de a curar o sol da Palestina e as águas do Jordão.
Telmo — Por tão longe
andastes?
Romeiro — E por tão longe
eu morrera! — Mas não quis Deus assim.
Telmo — Seja feita a Sua
vontade.
Romeiro — Pesa-te?
Telmo — Oh! Senhor!
Romeiro —Pesa-te?
Telmo — Há de me pesar
da vossa vida? (À parte) Meu Deus,
parece-me que menti.
Romeiro
— E porque não, se já me pesa a mim dela, se tanto me pesa ela a mim? Amigo,
ouve… Tu és meu amigo?
Telmo — Não sou?
Romeiro — És, bem sei. E
contudo, vinte anos de ausência e de conversação de novos amigos fazem esquecer
tanto os velhos! Mas tu és meu amigo. E se tu o não foras, quem o seria?
Telmo — Senhor!
Romeiro — Eu não quis
acabar com isto, não quis pôr em efeito a minha última resolução sem falar
contigo, sem ouvir da tua boca.
Telmo — O que quereis
que vos diga, senhor? — Eu…
Romeiro — Tu, bem sei que
duvidaste sempre da minha morte, que não quiseste ceder a nenhuma evidência;
não me admirou de ti, meu Telmo. Mas também não posso — Deus me
ouve — não posso criminar ninguém porque o acreditasse: as provas eram de
convencer todo o ânimo; só lhe podia resistir o coração. E aqui, coração que
fosse meu, não havia outro.
Telmo — Sois injusto.
[…]
Itens
de exames recentes com deíticos
[2015, época especial]
6. «Aí» (linha 31) e «lá» (linha 33) [«três polos de
influência mundial que contribuíssem com pistas para o retrato daquilo que é o
mundo hoje e, ao mesmo tempo, permitissem intuir um pouco do mundo que aí vem.
Tentando erguer o tripé de um álbum de impressões, memórias, imagens, detalhes
de instantes. No que diz respeito ao olhar, impôs-se aquele que está lá»] são
(A) um deítico
espacial e um deítico temporal, respetivamente.
(B) um deítico
temporal e um deítico espacial, respetivamente.
(C) deíticos
temporais em ambos os casos.
(D) deíticos
espaciais em ambos os casos.
Quanto ao
exercício sobre o conceito de Polaridade (cfr. p. 336) — versus Forma — tirei-o de Da Comunicação à Expressão. Exercícios
Gramática Prática de Português. 3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário,
Lisboa, Raiz, 2013, p. 120 (mas fiz adaptações):
1.
Preenche o quadro seguinte (usando um xis na quadrícula certa).
Frases
|
Polaridade
|
Forma
|
||
Afirmativa
|
Negativa
|
Afirmativa
|
Negativa
|
|
— O Januário acabou o teste? // — Acabou.
|
||||
Ninguém
acabou o teste.
|
||||
Os
alunos não acabaram o teste.
|
||||
O
árbitro não viu a falta sobre Hernâni.
|
||||
Quero
lá saber das aulas de Português.
|
||||
Nenhum
livro o interessa.
|
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
começo do Capítulo II
Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes?
Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes:
ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar ao Pregador, que é serem
gente os peixes que se não há de converter. Mas esta dor é tão ordinária,[10]
que já pelo costume quase se não sente. Por esta causa não falarei hoje em Céu
nem Inferno: e assim será menos triste este sermão, do que os meus parecem aos
homens, pelos encaminhar sempre à lembrança destes dois fins.
Vos estis sal terrae. Haveis de saber, irmãos
peixes, que o sal, filho do mar como vós, tem duas propriedades, as quais em
vós mesmos se experimentam: conservar o são e preservá-lo, para que se não
corrompa. Estas mesmas propriedades tinham as pregações do vosso Pregador S.
António, como também as devem ter as de todos os Pregadores. Uma é louvar o
bem, outra repreender o mal: louvar o bem para o conservar e repreender o mal
para preservar dele. Nem cuideis que isto pertence só aos homens, porque também
nos peixes tem seu lugar. Assim o diz o grande Doutor da Igreja São Basílio: Non carpere solum,
reprehendereque possumus pisces, sed sunt in illis, et quae prosequenda sunt
imitatione.
Não só há que notar, diz o Santo, e que repreender nos só peixes, senão também
que imitar e louvar. Quando Cristo comparou a Sua Igreja à rede de pescar, Sagenae missae in
mare,[11]
diz que os pescadores recolheram os peixes bons e lançaram fora os maus: Collegerunt bonos
in vasa, maios autem foras miserunt.[12] E, onde há bons e maus,
há que louvar e que as repreender. Suposto isto, para que procedamos com
clareza, dividirei, peixes, o vosso Sermão em dois pontos: no primeiro
louvar-vos-ei as vossas virtudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos
vícios. E desta maneira satisfaremos às obrigações do sal, que melhor vos está
ouvi-las vivos, que experimentá-las depois de mortos.
Começando, pois, pelos vossos louvores, irmãos
peixes, bem vos pudera eu dizer que, entre todas as criaturas viventes e
sensitivas, vós fostes as primeiras que Deus criou. A vós criou primeiro que as
aves do ar, a vós primeiro que aos animais da terra, e a vós primeiro que ao
mesmo homem. [...]
[10] ordinária = frequente.
[11] Sagenae missae in mare = «Redes lançadas ao mar.», Mateus, 13: 47 (nota
de Vieira).
[12]
Colegerunt bonos in vasa, maios autem
foras miserunt = Mateus, 13: 48 (nota de Vieira).
Reproduzo
perguntas de Alexandre Dias Pinto & Patrícia Nunes, Entre Nós e as Palavras, 11.º ano de escolaridade, Queluz de Baixo,
Santillana, 2016, p. 34:
1.
Indique o motivo por que, no primeiro
parágrafo, o pregador diz que não
falará «em Céu nem Inferno».
. . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.
Atente no segundo parágrafo do
texto. Complete o esquema, de modo a tornar explícita a relação entre o
conceito predicável e a estrutura do Sermão.
3.
Complete o inventário dos elogios (genéricos) que são feitos aos peixes no
capítulo II, com o louvor que surge logo no início do terceiro parágrafo (os outros elogios já não couberam neste excerto).
Louvores
das virtudes dos peixes:
—
Em geral:
foram
_________________;
foram
os primeiros animais a ser nomeados;
são
os animais que existem em maior quantidade e de maiores dimensões;
ouviram
Santo António;
salvaram
Jonas (a baleia é considerada como um peixe);
não
se deixam domesticar nem corromper pelos homens.
—
Em particular: [é no cap. III do Sermão — para não ser spoiler, nada direi por ora]
TPC — Lê o que venha a pôr em Gaveta de Nuvens sobre deíticos e
polaridade.
Aula
109-110 (8 [5.ª], 9 [8.ª,
7.ª], 10/mar [1.ª]) Copia as estrofes 19-20 e 42 do canto I (p. 161), repondo a
ordem mais natural das palavras (desfazendo hipérbatos ou anástrofes) e
substituindo eventuais perífrases (e antonomásias) pelo referente mais habitual
de cada nome. (É escusado ficar em versos.)
19-20 — [Os marinheiros
portugueses] . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
[21-41 = Consílio]
42 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Resolve
os itens 3 e 4 da p. 162:
3.1. ________________.
4 = ___; ___.
Depois
de ouvirmos algumas estâncias correspondentes ao consílio no Olimpo, resolve o
ponto 1.1 (pp. 162-163):
a = __; b = __; c = __; d = __; e = __; f = __;
g = __.
Luís
de Camões, Os Lusíadas
|
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa
|
A
«narração» (parte do poema épico) e outras questões de género
|
|
As estâncias que hoje vimos
correspondem ao início da narração
(I, 19). Sucedem à proposição (I,
1-3) — em que o poeta enuncia o que se propõe «____» (os navegadores que
dilataram o império; os reis que contribuíram para a expansão da fé; todos os
homens que por feitos grandiosos se imortalizaram), à invocação (I, 4-5) — em que pede inspiração às _____ (não por
acaso, entidades míticas portuguesas) — e à dedicatória (I, 6-18; cfr.
p. 214 do manual) — a D. Sebastião, a quem o poeta louva (pelo que representa
para a independência de Portugal e para o aumento da mundo cristão; pela
ilustre ascendência; pelo império de que é senhor), a quem apela para que o
leia (vinca que a obra não versará heróis e factos _____, como as epopeias
anteriores, mas matéria histórica) e a quem incita a continuar os feitos
gloriosos dos portugueses (nomeadamente, combatendo os mouros). Já dissemos
que a dedicatória não ocorria nos poemas épicos greco-latinos (por exemplo,
não acontece na ____, a epopeia latina que é o mais próximo modelo do poema
épico de Camões).
|
Na peça não há, naturalmente, o equivalente
das primeiras dezoito estâncias dos Lusíadas
(proposição; invocação; dedicatória). Entra-se logo num correspondente da
narração (se, tratando-se do modo ____, assim lhe pudéssemos chamar). Também
não há estâncias, porque aliás não há ____ — trata-se de teatro em prosa — e,
num longo texto expositivo acerca da obra (a «Memória ao Conservatório Real»),
o autor explicou que esse era um dos motivos por que não caberia à peça, que
Garrett reconhece ser «uma verdadeira tragédia», essa precisa designação. É
que o género teatral ‘tragédia’ exigia o verso, a poesia, e repugnava a
Garrett pôr «na boca de Frei Luís de Sousa outro ritmo que não fosse o da
elegante prosa portuguesa» (convém recordarmo-nos de que Manuel de Sousa
Coutinho, tornado depois______, foi um grande escritor de prosa). Por isso, o
autor classifica a sua obra como ____, embora imediatamente a dissocie dos
dramalhões românticos em voga (que logo caricatura).
|
O começo da ação
|
|
No começo da narração (canto I, est. 19), os portugueses já estão no
«largo Oceano» (ou seja, no ___). Trata-se, portanto, de um começo in
media res, com a ação já a meio da viagem, como era de regra nos
poemas ____. Viremos a ter notícia da parte inicial da viagem (e aliás dos
acontecimentos da História de Portugal anteriores) através de uma extensa analepse, uma segunda narrativa encaixada cujo narrador
será _____. Esse longo relato, dirigido ao Rei de _____, acontecerá nos
cantos III, IV e V.
|
O começo da peça (ato I,
cena 1) mostra-nos Madalena angustiada e percebemos que os dados estão há
muito _____. Mesmo antes da entrada em cena de ____ — que, como sempre, não a
deixará menos ansiosa —, já se manifesta com «contínuos terrores, que ainda
[a] não deixaram gozar um só momento de toda a felicidade que [lhe] dava o
amor [de Manuel]». A leitura dos Lusíadas
(no passo dos amores de Inês e ____) suscita-lhe a comparação: pelo menos,
Inês tivera um momento de _____.
|
Deuses,
destino e Deus
|
|
A intervenção dos deuses no destino dos homens
está amplamente documentada nas epopeias
da Antiguidade, o que também sucede nos Lusíadas. A narração começa com o plano central, o da
viagem, mas só durante uma estrofe (I, 19), passando-se logo ao plano mitológico, com o Consílio no
Olimpo (I, 20-41). _____ pretende dar conhecimento da sua determinação de
ajudar os navegantes portugueses e elogia as proezas históricas do povo
português e a sua coragem. Esta decisão gera controvérsia: Baco teme que seja
destruído o prestígio que tem no ___; no entanto, Vénus e ___ defendem os
portugueses.
|
Em Frei Luís de Sousa não se contempla a ação dos deuses da
mitologia. No entanto, sentimos que há uma força que está para lá das
personagens, que as ultrapassa, que intervém tão decisivamente como os deuses
na epopeia de Camões, o ___. A perceção de que a ação das personagens está
condicionada por uma pré-determinação funesta está sempre presente. É
fomentada pela insegurança de Madalena, pelos ____ de Telmo, pelo
«sebastianismo» com que este contagia Maria, pela perspicácia doentia desta, pelo
____ das datas. Deus — mas não os da mitologia —, isto é, a fé, estipula a
decisão das personagens (a certa altura, Madalena atreve-se a hesitar na
opção a tomar, sendo de imediato trazida à razão, religiosa, por ____).
|
Resolve
o ponto 1 da p. 163 (resumo de «O
significado da mitologia n’Os Lusíadas»
em 80-100 palavras).
. . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
Liga
dos Campeões
TPC — Prepara leitura em voz alta das
estâncias nas pp. 166 e 167 (para os clubes dos grupos A e B) e 168-169 (para
os dos grupos C e D).
Aula
111-112 (10 [8.ª], 14
[7.ª, 5.ª], 15/mar [1.ª]) Correção do trabalho sobre títulos de Memorial.
Vai
até às pp. 166-167 do manual, que contêm trechos da visita do rei de Melinde à
nau de Vasco da Gama e o princípio do longo discurso do capitão português.
Troca
os seguintes segmentos — mais estilísticos — do texto dessas estrofes por
outros que consideres mais denotativos, preenchendo a terceira coluna. Na
coluna à direita, se estiver vaga, ensaia pôr a figura de estilo que esteja em
causa.
Canto II
|
|||
101, 1-2
|
«Já
no batel entrou do Capitão / o Rei»
|
O
Rei [de Melinde] já ______
|
Hipérbato
|
2
|
«O
Rei, que nos seus braços o levava»
|
O
rei que o ______
|
Perífrase
|
6
|
«o
gesto e o modo»
|
o
semblante e a atitude
|
língua do XVI
|
108, 1-2
|
«Em
práticas o Mouro diferentes se deleitava»
|
O
Rei de Melinde comprazia-se com conversas sobre assuntos ______
|
|
3-4
|
«[Guerras]
/ C’o povo havidas que a Mafoma adora»
|
Guerras
_____
|
|
5-6
|
«gentes
de toda a Hispéria última»
|
habitantes
[povos] da ______
|
Perífrase,
Antonomásia
|
8
|
«húmidos
caminhos»
|
vias
______
|
|
109, 1
|
«valeroso
Capitão»
|
_________
|
Antonomásia
|
3
|
«Da
terra tua o clima e região»
|
o
clima _________
|
|
4
|
«distintamente»
|
pormenorizadamente
|
língua do XVI
|
8
|
«são
de preço»
|
são
notáveis [dignas de apreço]
|
língua do XVI
|
110, 2
|
«Mar
irado»
|
mar
_________
|
|
Canto III
|
|||
1, 4
|
«Neste
peito mortal»
|
Neste
________
|
Metonímia
|
2, 2
|
«a
gente Lusitana»
|
os
________
|
Perífrase
|
3-4
|
«do
Tejo / O licor de Aganipe corre»
|
A
água da ________ corre ________
|
Metáfora,
Perífrase, Hipérbato, Metonímia
|
3, 5-6
|
«que
conte declarando / De minha gente a grão genealosia»
|
que
conte a [história da minha pátria], expondo a nobre genealogia dos _______
|
|
5, 7-8
|
«Primeiro
tratarei da larga terra, / Despois direi da sanguinosa guerra»
|
Primeiro
tratarei da _______, depois direi da História.
|
Metonímia
|
As
linhas na página seguinte são a diluição em prosa (por Amélia Pinto Pais, «Os Lusíadas» em Prosa) da parte que
estivemos a descarnar (transição de canto II para canto III) mas também das
estrofes ques estão nas pp. 168-169 do manual (est. 42-54 do canto III).
Preenche os espaços com nomes próprios,
verbos ou quantificadores numerais.
[final do canto II]
O Rei de
Melinde mostra-se curioso
Durante
a noite, houve festas e muitos fogos de artificio, quer em terra, quer nas
naus. E foi assim, em clima de grande alegria, que o Rei de ______ se deslocou
à nau capitaina, onde estava _______, muito bem vestido. De resto, dera
igualmente ordens para que as naus estivessem muito bem decoradas e festivas,
para bem receber o ilustre visitante.
Após breves palavras de receção, conversou-se
sobre muitas coisas. Mas o Rei de Melinde estava particularmente interessado em
que Vasco da Gama lhe dissesse de onde era e lhe contasse os grandes feitos da
História de _____ e também como tinha sido a sua viagem de _____ até ali.
[início do canto III]
Nova
invocação
Antes de começar a contar-vos o que Vasco da
Gama contou ao Rei, bem me é preciso que tu, ____, musa inspiradora da poesia
épica, me ajudes. Por isso, ajuda-me neste meu propósito de cantar a gente ______.
Se o não fizeres, poderei pensar que tens receio de que Orfeu, teu filho, perca
a fama de grande músico e poeta, perante o perigo que eu represento.
Discurso
de Vasco da Gama
— Não me é fácil, ó Rei, cumprir o que me pedes.
É que não fica bem ser eu próprio a louvar a minha gente, o que poderá ser
suspeito; por outro lado, receio que para tudo contar qualquer longo tempo curto seja; quanto a isso,
procurarei ser breve, indo contra o que devo. Além disso, a verdade é que não
poderei _______ naquilo que disser, dado que, acerca de feitos tão grandes, por
mais que eu diga, muito há de ficar ainda por dizer. Assim sendo, vou _______-te
de acordo com o seguinte plano: primeiro, direi o que pretendes saber sobre o
meu país e a sua situação geográfica; depois, falar-te-ei dos grandes feitos
militares da nossa História.
[canto III, estrofes 42-56 (Batalha de
Ourique)]
Entretanto, já o príncipe Afonso iniciara uma
série de lutas contra os Mouros. Uma das grandes batalhas ocorreu em ______, em
que o exército de cinco reis mouros era em força muito maior do que o dos
Portugueses.
Na manhã do dia do combate, contudo, um milagre
sucedeu. ____ crucificado apareceu a _____, dando-lhe confiança na vitória. E,
de facto, após duradouro combate, os Mouros foram desbaratados e Afonso
aclamado como primeiro Rei de _____ independente. Em memória do milagre, fez
Afonso desenhar na sua bandeira _____ escudos azuis, representando os ____ reis
vencidos; dentro de cada um dos _____ escudos fez desenhar os ____ dinheiros
pelos quais Judas traíra Cristo.
Vamos
ver mais de perto a metáfora e a metonímia. Depois de
assistirmos a dois sketches — «O meu
filho é uma joia de moço», «Não faça trocadilhos com o meu nome» (série
Barbosa) —, descodifica estas metáforas
(incluem-se duas de Os Lusíadas).
Frase com a figura de estilo
|
Interpretação em
linguagem denotativa
|
[O homem
é] um bicho da terra tão pequeno (I, 106)
|
‘Os homens são _______’.
|
Tomai as
rédeas vós do Reino vosso (I, 15)
|
‘__________ o Reino’
|
O meu
filho é uma joia de moço
|
‘O meu filho _________’
|
Vem apagar
o fogo, que estou a arder
|
‘Vem fazer amor comigo, que estou com muito
desejo sexual’
|
[De que tamanho é a tua] mangueira?
[Agarra-te ao] varão.
|
‘órgão sexual masculino’
|
Andas sempre a bombar
|
‘Andas sempre a praticar atos sexuais’
|
Completa (preenchendo as linhas):
metáfora
|
termo-base
|
segundo termo da associação (usado
conotativamente)
|
aspeto comum que permite a analogia
|
Os Lusíadas
|
|||
um bicho
da terra tão pequeno (I, 106)
|
homem
|
bicho da terra pequeno
|
__________
__________ __________ __________ |
Tomai as
rédeas vós do Reino vosso (I,
15)
|
tomar ... do Reino
|
_________
|
as rédeas significam o exercício do poder
(sobre cavalo ou país) que se pede a D. Sebastião
|
«O meu filho é uma joia
de moço»
|
|||
O meu
filho é uma joia
de moço
|
joia
|
joias são preciosas; essa excelência é
associável, para o pai, às qualidades do filho
|
|
«Não faça trocadilhos
com o meu nome»
|
|||
De que tamanho é a tua mangueira?
|
órgão sexual masculino
|
_________
|
têm forma aproximável e são condutores de
líquido
|
Vem apagar
o fogo (que estou a arder)
|
satisfazer desejo sexual
|
apagar o fogo (enquanto atividade de bombeiro)
|
________
________
________
________
________
|
Andas sempre a bombar
|
________
________
|
bombar (‘introduzir ou extrair por meio de
bomba’)
|
sentido de ‘introdução’ é comum ao ato sexual
e à atividade em termos denotativos
|
Agarra-te bem ao varão
|
órgão sexual masculino
|
________
|
formas aproximáveis
|
Nos sketches
reconhecem-se duas metonímias (e
forjei outras duas). Completa:
Frase com a metonímia
|
Termo conotativo
|
Interpretação denotativa
|
Explicação da metonímia
|
Leu Camões
|
Camões
|
‘os textos de Camões’
|
_________
_________ _________ _________ |
As velas
navegavam no Índico
|
velas
|
‘_________’
|
parte serve para se inferir o todo
|
Andas metido nos diabetes
|
__________
|
‘na prática de te injetares com insulina’
|
a doença — que é o motivo pelo qual se injeta
a insulina —serve para designar a atividade que é uma sua consequência
|
Soldado da paz
|
pás, pás (enquanto onomatopeia)
|
‘__________
___________’ |
o som produzido como efeito da atividade passa
a significar a atividade
|
Note-se que «soldados da paz» (por
‘bombeiros’) e «órgão sexual masculino» (por ‘pénis’) são {escolhe} eufemismos / perífrases / hipérboles.
Escreve a
notícia da chegada da armada a Melinde, incluindo já o encontro de Vasco da
Gama e do Rei de Melinde. Registo/língua será o de um jornal atual.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Prepara leitura em voz alta das
estâncias dos Lusíadas nas pp.
172-173 (grupo A: canto IV, 87, 88,
89) e nas pp. 174-175 (B: V, 70, 71,
72; C: V, 86, 89, 90; 92; D: V, 93, 94, 95, 97, 99).
Aula
113-113R (14 [8.ª], 15
[7.ª], 16 [1.ª], 17/mar [5.ª]) Relendo as estâncias 103-105 do canto I
(p.
164), resolve as seguintes perguntas do manual (p. 165). Lê mesmo as perguntas,
não te fiques por olhar só para os esboços de respostas.
2. Justifica a receção aos
portugueses, destacando a interferência de Baco.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. Mostra como Vasco da
Gama não suspeitava do embuste.
Vasco da Gama não contava com hostilidades, uma
vez que se mostrava «____________» (est. 104, v. 2), ou seja,
satisfeito com a possibilidade de naquelas paragens vir a encontrar um «__________» (104, v. 3), isto é, cristão.
4.1 Os acontecimentos
vividos em Mombaça suscitam ao poeta algumas reflexões, que ocupam as estâncias
105-106. Refere os motivos dessas considerações e os sentimentos que lhe
despertam.
A propósito da emboscada preparada aos
portugueses, o poeta reflete sobre . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . Tais reflexões provocam-lhe . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
4.1.1
Aponta um recurso estilístico utilizado na estância 105 para realçar as suas
emoções.
A repetição anafórica da interjeição «______»
(vv. 5-6) e a hipérbole utilizada nas expressões
«_________»
(v. 5) e «__________» (v. 6) contribuem para
enfatizar o desencanto do sujeito poético.
4.2 Transcreve a metáfora
usada na estância 106 para designar o Homem.
A metáfora que designa o homem é
___________________________________.
4.2.1
Relaciona-a com a carácter épico da obra, atendendo em particular ao valor
expressivo das repetições presentes na última oitava.
Na última estância, a repetição do quantificador
existencial «_____» e do advérbio relativo «______» concorre para ampliar, em quantidade e extensão, os perigos
a que está sujeito o Homem, quer no «_____» (v. 1), quer na «______» (v. 3). Desse modo, a metáfora «___________» serve, no contexto da epopeia, para realçar a
desproporção existente entre os heróis e as dificuldades que terão de enfrentar
para cumprir os seus objetivos. Assim, vai sendo construído o seu retrato de
excecionalidade.
Na
prova nacional intermédia de 2013-2014, duas perguntas aproveitavam as
estâncias 105 e 106 do canto I, as duas últimas na p. 164 do manual. Reproduzo
esses dois itens e as respostas sugeridas oficialmente. Porém, retirei à
resposta 1 as formas verbais e, à
resposta 2, as preposições e as contrações
(de preposição e determinante). Completa-as.
1. Relacione a interrogação final (est. 106, vv.
5-8) com as exclamações que a antecedem (est. 105, vv. 5-8, est. 106, vv. 1-4).
A interrogação presente nos quatro versos finais
______ da reflexão do poeta sobre a fragilidade da condição humana e da sua
perplexidade perante a impossibilidade aparente de ______ um lugar seguro, onde
o ser humano, «bicho da terra tão pequeno» (est. 106, v. 8), se ______ a salvo.
Nas exclamações dos versos 105, 5 a 106, 4, o
poeta ______ os «grandes e gravíssimos perigos» (est. 105, v. 5) a que o homem
______ sujeito, tanto no mar como na terra, na permanente incerteza do futuro
(«Caminho da vida nunca certo», v. 6).
2. Explique de que modo a mitificação do herói em Os
Lusíadas é ilustrada pelas estâncias transcritas.
A mitificação ___ herói é ilustrada ___ excerto,
___ medida ___ que é referido e valorizado o esforço que leva os portugueses
não só ___ ultrapassarem os perigos graves, ___ mar e ___ terra, como também
___ assumirem a fragilidade ___ condição humana.
Consciente ___ desproporção existente ___ o
«fraco humano» (est. 106, v. 5) e o «Céu sereno» (v. 7), o poeta acentua e
enaltece a grandeza heroica daqueles que enfrentam forças adversas e, assim, se
elevam ___ nível ___ deuses.
Valor
modal
Tirei este
item de Da Comunicação à Expressão.
Exercícios Gramática Prática de Português. 3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino
Secundário, Lisboa, Raiz, 2013, p. 121:
Associa
as frases da coluna da esquerda ao respetivo valor modal expresso na coluna da direita:
a)
Não fales alto.
b)
A carta deve chegar amanhã.
c)
Podes ir para casa.
d)
Infelizmente não lhe falei antes.
e)
Tenho a certeza que ele sabe.
|
1.
Modalidade apreciativa
2.
Modalidade epistémica com valor de certeza
3.
Modalidade epistémica com valor de probabilidade/possibilidade
4.
Modalidade deôntica com valor de obrigação
5.
Modalidade deôntica com valor de permissão
|
a
= ____ || b = ___ || c = ___ || d = ___ || e = ___
Valor
aspetual
Exercício de Da Comunicação à Expressão. Exercícios,
p. 122:
Para
cada enunciado, indica o valor aspetual expresso (podes escolher entre os em
baixo):
a)
O Quitério comia a sopa em silêncio.
b)
O hábito não faz o monge.
c)
Faço sempre os deveres antes de me deitar.
d)
O meu pai já saiu.
e)
Comecei a fazer o trabalho na segunda-feira.
f)
Acabei de fazer os exames na semana passada.
g)
Tenho ido ao cinema todas as sextas.
h)
Estou a estudar há duas horas.
genérico / imperfetivo / perfetivo / habitual /
iterativo / aspeto que marca o início da ação (incoativo) / aspeto que marca o
fim da ação (cessativo) / aspeto que marca a duração da ação (durativo)
Itens de exames recentes em torno de valores aspetuais
[2016, 2.ª fase]
6. O complexo verbal «está aproximando» (linha 26)
[«Na gruta imensa, o tempo está aproximando duas pedras insignificantes e
promete a silenciosa união para daqui a duzentos anos.»] tem um valor aspetual
(A) genérico. | (B) pontual. | (C) iterativo. | (D) durativo.
[2013, data especial]
1.5. Na expressão «ia chegando» (linha 26), o evento é
perspetivado como
(A) progressivo. |
(B) habitual. | (C) acabado. | (D) pontual.
Holonímia,
Meronímia, Hiperonímia, Hiponímia
Completa.
As últimas filas de cada quadro devem ser originais.
merónimos
|
holónimo
|
travão,
volante, vidro, cinto de segurança, pedal
|
...
|
...
|
gato
|
ponte,
...
|
...
|
...
|
...
|
hipónimos
|
hiperónimo
|
sariquité,
...
|
...
|
...
|
doce
|
estômago,
pulmões, ...
|
...
|
...
|
...
|
Itens de exames recentes com menção de holonímia, meronímia,
Hiperonímia, ...
[2016, época especial]
7. Relativamente à expressão «a língua portuguesa»
(linha 29), o recurso ao pronome demonstrativo presente na linha 31
[«comunidade de diferenças elástica, simbiótica e altiva. Esta é a ditosa
língua, minha amada.»] constitui uma
(A) substituição por hiperonímia. | (B) substituição por sinonímia. | (C) anáfora. | (D) catáfora.
[2013, data especial]
1.7. As palavras «navios» (linha 35) e «marinheiros»
(linha 36)
(A) pertencem ao
mesmo campo lexical. | (B) pertencem ao mesmo campo semântico. (C) estabelecem
uma relação de holonímia/meronímia. | (D) estabelecem uma relação de
hiperonímia/hiponímia
[2013, época especial]
1.6. O vocábulo «folhas» (linha 9), relativamente ao
vocábulo «livro» (linha 7), é um
(A) hipónimo. | (B)
merónimo. | (C) holónimo. | (D) hiperónimo.
Orações
(& «Sermão»)
Revimos há dias o início do cap. II do «Sermão
de Santo António». Classifica as orações destacadas — de trechos desse cap. II
—, estabecendo a correspondência entre as colunas A e B (cada elemento da
coluna B pode corresponder a mais do que um elemento da coluna A) [exercício de
Entre Nós e as Palavras, 11.º ano de
escolaridade, p. 35]:
a
= ___ || b = ___ || c = ___ || d = ___ || e = ___ || f = ___ || g = ___ || h =
___
TPC — Lê os textos ensaísticos «A conceção
camoniana da história» (p. 171) e «As reflexões do poeta n’Os Lusíadas: críticas e conselhos aos portugueses» (p. 181).
Aula
114-115 (15 [5.ª], 16
[8.ª, 7.ª], 17/mar [1.ª]) Lê «A mitificação do herói n’Os Lusíadas» (p. 190 do manual). Para responderes a cada um dos
itens seguintes, circunda a melhor alínea.
O
uso das aspas no primeiro parágrafo deve-se
a)
à demarcação de uma fala.
b)
à identificação de uma tradução.
c)
à delimitação de uma citação.
d)
à marcação de uma definição.
O
sujeito da primeira frase do segundo parágrafo é
a)
composto.
b)
subentendido.
c)
indeterminado.
d)
expletivo.
O conector «pois» (l. 4) apresenta um valor
a) explicativo.
b)
conclusivo.
c)
causal.
d)
consecutivo.
O segmento «A lenda invade a Epopeia, porque as indefinições,
o desconhecimento, a transmissão oral, que abarca gerações, criam uma aura de
misticismo» (ll. 8-9) integra três orações, uma das quais subordinada
a)
final.
b)
substantiva completiva.
c)
adjetiva relativa explicativa.
d)
substantiva relativa.
«a
Epopeia» (l. 8) cumpre a função sintática de
a)
complemento indireto.
b)
complemento oblíquo.
c)
modificador do grupo verbal.
d)
complemento direto.
Com o uso do pronome «a» (l. 9) para recuperar o
referente «Epopeia» (l. 8), o enunciador serve-se da
a)
anáfora.
b)
catáfora.
c)
elipse.
d)
correferência não anafórica.
O
termo «anacrónica» (l. 10) é usado com o sentido de
a)
futurista.
b)
atual.
c)
passadista.
d)
virtual.
Em termos estilísticos, para além de uma
enumeração, o segmento «o desejo dos povos de exaltar, supervalorizar,
deificar, imortalizar os seus heróis» (ll. 11-12) apresenta ainda
a) uma personificação.
b) um polissíndeto.
c) uma gradação.
d) uma anáfora.
O
referente retomado pelo pronome «eles» (l. 12) é
a)
«os seus heróis» (l. 12).
b)
«povos» (l. 11).
c)
«bizarros» (l. 11).
d)
«O mito» (l. 11).
«aqueles»
(l. 23) pertence à classe dos
a)
determinantes demonstrativos.
b)
pronomes indefinidos.
c)
determinantes relativos.
d)
pronomes demonstrativos.
Na
expressão «vão-se valorizando» (l. 25) a ação é perspetivada como
a)
acabada.
b)
pontual.
c)
progressiva.
d)
habitual.
«seus»
(l. 25) pertence à classe dos
a)
determinantes possessivos.
b)
pronomes possessivos.
c)
pronomes pessoais.
d)
pronomes indefinidos.
O elemento «que» utilizado em «acreditando que
os seus valores servem a coletividade» (ll. 25-26) pertence à classe
a) dos pronomes relativos.
b) das conjunções subordinativas completivas.
c) das conjunções subordinativas consecutivas
d) das conjunções subordinativas causais.
Com
o recurso aos travessões nas linhas 31 e 32, o enunciador pretende
a)
separar uma citação d’Os Lusíadas.
b)
introduzir um argumento dedutivo.
c)
isolar uma enumeração exemplificativa.
d)
demarcar um comentário pessoal.
O particípio passado «votadas» (l. 32), usado
com valor adjetival, é utilizado com o sentido de
a) «eleitas».
b) «dedicadas».
c) «imunes».
d) «submetidas».
O
constituinte sublinhado no segmento «O herói, apesar dos nomes reais e
históricos, é coletivo» (l. 37) apresenta um valor
a)
adversativo.
b)
consecutivo.
c)
explicativo.
d)
concessivo.
«dois»
(l. 38) é um
a)
quantificador existencial.
b)
adjetivo numeral.
c)
quantificador numeral.
d)
quantificador universal.
A
palavra «personagens-tipo» (ll. 38-39) é
a)
um composto morfológico.
b)
um composto morfossintático.
c)
uma amálgama.
d)
uma truncação.
O grupo nominal «Nuno Álvares Pereira» (l. 39)
desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento direto.
d) modificador apositivo do nome.
A palavra «que» (l. 40) pertence à classe
a) dos pronomes relativos.
b) das conjunções completivas.
c) conjunções comparativas.
d) conjunções consecutivas.
Vai
até às pp. 168-169 do manual, com o passo da Batalha de Ourique. Vai lendo, ou
relendo, essas oitavas (canto III, est. 42-46, 50, 53-54), apoiado na versão
simplificada — sem hipérbatos, sobretudo — que dou em baixo (tirada da edição
que reproduzo em Gaveta de Nuvens).
Nestas «traduções», em cada estrofe há uma palavra em falta e uma palavra
errada. Preenche a lacuna e
risca a palavra errada,
trocando-a pela apropriada.
42 Mas já o príncipe Afonso preparava o afortunado exército
português contra os mouros que habitavam as terras ao sul do límpido e
aprazível rio Tejo; já no campo de Ourique se
estabelecia, em face dos fofos sarracenos, o acampamento português, imponente e belicoso apesar de _____ em armas e
soldados,
43 e somente confiado no alto Deus que o céu governa, visto
serem tão poucos os cristãos, que se encontravam
os combatentes
na proporção de meio cristão para cem muçulmanos.
Quem quer de ânimo calmo julgaria ser
ainda maior
________ que audácia atacar tamanha porção de gente, sabendo-se que eram um contra cem.
44 Comandavam o inimigo cinco reis
mouros, o principal dos quais se chamava Ismar, todos peritos na arte da
culinária, onde tão ilustre reputação se pode ______.
[...]
45 Já a luz serena e fria da manhã fazia desmaiar as estrelas
no firmamento quando o Filho de Maria,
pregado na
Cruz, se apresentou a D. Afonso
Henriques,
animando-o. Este, prostrado em adoração à
visão que
lhe aparecera, todo incendido em fé, assim gritou: «Aos infiéis, Senhor! Mostrai-vos aos sportinguistas, e não a mim, que creio no
vosso _____!».
46 Entusiasmados os ânimos dos portugueses com este milagre,
entraram de aclamar por seu legítimo rei o excelso príncipe que já do fígado
tanto amavam. E em frente do poderoso exército inimigo soltaram gritos que
chegavam ao céu, bradando em voz ____: «Real, real, por D.
Afonso, alto rei de Portugal!».
[...]
50 Da mesma maneira os moiros, atónitos e perturbados, tomam
desatinadamente e à pressa as suas unhas de gel. Não
fogem; antes esperam confiadamente o
ataque do inimigo
e contra ele lançam os belicosos ginetes. Acometem-nos.
denodadamente, os portugueses, e com as lanças lhes atravessam os _____ de lado a lado. Caem semimortos uns, e outros invocam o auxílio
do Alcorão.
[...]
53 Já os portugueses estavam vencedores e recolhiam os troféus
e o rico espólio do inimigo. Desbaratados e
destroçados os sarracenos, resolveu o grande rei demorar-se
____ dias no campo de batalha. E, neste mesmo local,
mandou pintar no escudo branco do condado
portucalense
(que assim ficou testemunhando esta vitória) cinco escudos azuis bem
distintos, em sinal dos 3,14159265359 reis que acabava de
vencer.
54 E nestes cinco escudos mandou pintar os trinta euros por
que Jesus Cristo foi vendido por Judas,
assim
fixando em variadas cores a memória d’Aquele que o protegera: mandou pintar, em
cada um dos cinco escudos, cinco dinheiros, porque desta forma ficava completo o número trinta, contando duas vezes o
escudo do
meio com os cinco escudos azuis que mandara
pintar em ___.
Responde
às seguintes perguntas de ‘Leitura, Compreensão’ (p. 169 e 170):
2.2 [funda-te na estância 44]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6. [porei eu a resposta,
mas fica o espaço para copiares o slide]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Inspirando-te nas estâncias da p. 169, escreve o
texto correspondente a um direto a partir de Ourique, por um repórter que
tivesse assistido à batalha e a relatas-se pouco depois (para a rádio, para a
televisão).
O texto, portanto,
transcreverá o oral formal de um jornalista (sem teleponto). Pode conter marcas
de oralidade. Também são admissíveis curtíssimas intervenções de um pivô (em
diálogo com o repórter).
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Leitura
em voz alta.
TPC — Escreve a dissertação pedida no ponto
2 da p. 170.
Aula 116-117 (17 [8.ª], 21 [7.ª, 5.ª], 22/mar [1.ª]) Nas
pp. 174-175, lê o final do canto V, quando o Gama vai terminando o seu discurso
ao Rei de Melinde.
Ao
mesmo tempo, estrofe a estrofe, completa as paráfrases de cada estância
(tirei-as da edição de Campos Monteiro). Por vezes, as palavras em falta na
«tradução» são idênticas às de Camões, outras vezes correspondem a atualização
do vocabulário ou descodificação de alguma figura de estilo. O itálico marca
acrescentos (para melhor compreensão).
70 E calcula agora quão miseráveis
e quão
_____ andaríamos todos, por climas e mares desconhecidos, e sob ____ inclementes,
inimigos da natureza humana; já tão quebrantados pelas privações e
tempestades, e tão cansados do longo esperar, quanto _____ a desesperar de todo,
71 vendo já putrefactos e avariados os _____, tornados nocivos e perniciosos
para os nossos
enfraquecidos organismos, e não colhendo, além disso, uma alegria
que nos alimentasse a ____, embora iludindo-nos! Cuidas tu que, se este grupo
de militares, que me acompanha, não fosse _____, porventura persistiria tanto tempo na obediência ao seu
rei e ao seu comandante?
72 Cuidas que se não teriam já _____ contra o
seu capitão, se ele
os contrariasse, fazendo-se piratas, levados pelo _____, pela fome e pela
cólera? Grandemente experimentados estão eles já, por certo, visto que
nem as grandes fadigas a que têm sido submetidos os fizeram desviar daquela alta virtude portuguesa
que
consiste
na _____ lealdade e na obediência.
86 Podes agora ____, ó rei, se houve
um dia no mundo homens que se atrevessem a
semelhante ____. Supões acaso que
tanto Eneias como Ulisses houvessem dilatado a tal ponto as suas viagens? Ousou alguém,
por mais versos que a seu respeito se escrevessem, ver, do profundo mar, a ____
parte do que eu tenho visto a poder de valor e de ciência, e do que espero ver
ainda?
89 deixem-nos fantasiar e inventar ventos soltos dos odres,
Calipsos enamoradas, Harpias que lhes conspurquem a comida, e descidas aos _____;
que, por muito que se aperfeiçoem nessas mentirosas fábulas, tão bem
delineadas, as verdades _____ e cruas que eu venho de contar sobrepujam todos esses sublimes _____».
90 Todos os ouvintes, extasiados, pendiam ainda da boca do _____ Capitão quando ele pôs termo à extensa _____
dos altos, grandes e sublimes feitos dos portugueses. Então,
o rei de Melinde elogiou o ânimo nobilíssimo dos reis de Portugal, notabilizados em tantas
guerras, e a histórica valentia, a lealdade de coração e a _____ do povo português.
92 Quão doce não é o louvor e a justa glória dos nossos feitos,
quando os vemos _____! Todo o homem de nobre sentimentos se esforça por _____
ou igualar em fama os antepassados ilustres. As emulações produzidas pela história dos
outros dão lugar, muitas vezes, a gloriosos feitos. A quem se propõe à ____ de
obras valiosas, muito o incita e estimula o louvor alheio.
93, 1-4 Alexandre Magno tinha em menos apreço
os feitos gloriosos de Aquiles na ____ que os maviosos _____ do seu cantor. Só
a estes encarecia e fazia jus.
94, 1-4 Vasco
da Gama esforçou-se por mostrar que essas antigas expedições navais exalçadas por todo
mundo não ____ tamanha glória e tão alta
fama como a sua, que assombrou o ____ e a terra.
95, 1-6 A
terra portuguesa produz também Cipiões, Césares,
Alexandres e _____; mas não lhes concede, a esses heróis, aqueles dotes cuja
falta os torna rudes e incultos. Octaviano, entre as mais angustiosas
conjunturas, compunha versos _____ e formosos.
97 Enfim, não houve general romano, grego,
ou mesmo bárbaro,
que não fosse ao mesmo tempo ilustrado e _____; só entre os portugueses não
acontece assim. Não o digo sem vergonha; porque o motivo de não serem muitos heróis portugueses
cantados em
_____ é não serem os versos apreciados por eles, pois que quem desconhece a arte poética não pode _____.
99 Pode o nosso Gama ____ às Musas
portuguesas o intenso amor da
pátria que as levou a dar aos seus descendentes fama e nomeada, cantando
os seus gloriosos e ____ trabalhos; visto que nem
ele, nem quem da sua
geração usa o seu nome, usufrui tanto a amizade de Calíope, ou das ninfas do
Tejo, que estas se dignassem abandonar
as telas de oiro para o ____.
Responde a estes
itens (lê a pergunta mesmo):
1.1 (p. 174) = est. ___, v. ___.
1.3 (p. 176) = Ambas as estâncias destacam o carácter heroico
das ações dos portugueses, apresentados como os únicos a empreender a difícil
missão de conquistar o mar. Mesmo quando comparados com os heróis das epopeias
clássicas (Eneias e Ulisses), saem vitoriosos, pois aqueles textos eram «____» (est. 89, v. 6), enquanto a atuação dos nautas lusitanos é «____» (est. 89, v. 7) e, por isso, superior a qualquer «_____» (est. 89, v. 8).
2.1 (p. 176) = A desvalorização da _____ e da ____ pelos ____.
Para resolveres
o ponto 2.2 (p. 176), faz
corresponder A, B, C, a estes versos:
«Dá a terra Lusitana Scipiões, / Césares,
Alexandros, e dá Augustos; / Mas não lhe dá, contudo, aqueles dões / Cuja falta
os faz duros e robustos» = ___
«Octávio, entre as maiores opressões, / Compunha
versos doutos e venustos» = ___
«Em fim, não houve forte Capitão / Que não fosse
também douto e ciente, / Da Lácia, Grega ou Bárbara nação» = ___
«Sem vergonha o não digo: que a rezão / De algum
não ser por versos excelente / É não se ver prezado o verso e rima: / Porque
quem não sabe arte, não na estima» = ___
«Que ele, nem quem na estirpe seu se chama, /
Calíope não tem por tão amiga / Nem as Filhas do Tejo, que deixassem / As telas
de ouro fino e que o cantassem». = ___
Em
Último a sair, a personagem Bruno
Nogueira — interpretada pelo próprio ator — também conta a sua história, que,
tal como fazia o Gama acerca da dos Portugueses, superlativa. Compara as
reações dos dois auditórios (nos Lusíadas,
V, 90).
Atribui
às frases, de Último a sair — passo
do «milagre» vivido por Bruno Nogueira —, um valor aspetual (genérico, imperfetivo, perfetivo, habitual,
iterativo, incoativo, cessativo).
Frase
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valor
aspetual
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É um iogurte de coco e de ananás muita bom.
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Você está andando, Bruno.
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Ainda ontem estava numa cadeira de
rodas e hoje eu te vejo aqui de pé.
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Começo a ouvir barulho.
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Veio uma luz lá do meio.
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Ela [Nossa Senhora] conhece-me.
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Os três pastorinhos já lerparam.
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Você é a nova Irmã Lúcia!
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Nas
pp. 172-173, lê o poema de Miguel Torga «A Largada» e, sobretudo, as estâncias
87-89 do canto IV de Os Lusíadas,
para completares as respostas às perguntas de Leitura/Compreensão na p. 173
(não deixes de ler as perguntas):
1.1 [como terás percebido, o
«santo templo que nas praias do mar está assentado, que o nome tem da terra,
pera exemplo, donde Deus foi em carne ao mundo dado» é a capela de Belém (no
Restelo)] A perífrase usada para designar a igreja de Belém associa esta ao
local de nascimento de Cristo, o que remete para a ideia de que os portugueses estavam
predestinados a cumprir a senda de _____.
1.2 A apóstrofe «_____» (v. _) destina-se a captar
a atenção do monarca de ______ para a situação descrita, num momento de grande
tensão emocional que poderia ter condicionado o sucesso da viagem. _____
empenha-se em fazer sentir ao seu interlocutor que os portugueses não se revelam
apenas fortes fisicamente, mas demonstraram grande dureza de ânimo e força de
vontade para concretizar a missão incumbida pelo seu rei.
2. «_____» acorrera ao local para ver partir «_____» e «____» (est. 88, v. 2) ou para «_____» (est. 88, v. 3).
2.1 Os presentes entendiam que, sendo a viagem um «____» (est. 89, v. 1), estaria desde logo condenada ao fracasso.
Sentiam os marinheiros já «____» (est. 89, v. 2) ou, na
melhor das hipóteses, sabiam que não os iam «_____» (est. 89, v. 8).
Leitura
em voz alta
TPC — Prepara a leitura em voz alta das
estâncias nas pp. 178-179 (desta vez, todos devem preparar todas as estâncias).
Aula 118-118R
(21 [8.ª], 22 [7.ª], 23
[4.ª], 24/mar [5.ª]) Correção de questionário de compreensão/gramática feito na
penúltima aula.
«Pode dizer-se
que a televisão é prejudicial às crianças?».
Desenvolve o
tema acima enunciado num texto expositivo-argumentativo.
A televisão só é
prejudicial se for vista em demasia.
|
|
Argumentos
|
Contra-argumentos
|
Através da televisão, as crianças podem
contactar com realidades que, de outro modo, desconheceriam.
Exemplo: O Teodoro vive a três
quilómetros da aldeia isolada onde se situa a escola que frequenta. Só de mês
a mês vai à cidade com os pais.
|
A criança que vê muitas horas de televisão
torna-se pouco criativa.
Exemplo: . . . . . . . . . . .
. . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .
|
A falta de convívio é, apesar de tudo, suprida
pela televisão.
Exemplo: A Fernanda está há um
mês de cama porque sofreu uma fratura grave.
|
A criança isola-se das outras e perde hábitos
de convívio. Estudo e leitura são esquecidos.
Exemplo: . . . . . . . . . . .
. . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .
|
Introdução
|
O tempo passado em frente da televisão por
grande número de crianças constitui motivo de preocupação para pais e
educadores. Vejamos alguns prós e contras deste hábito.
|
Argumento
|
Não esqueçamos, antes de mais, ser graças à
televisão que, nas regiões isoladas, os mais pequenos podem contactar com
realidades que, de outro modo, desconheceriam.
|
Exemplo
|
Vejamos, por exemplo, o que se passa com o
Teodoro: com nove anos, vive a três quilómetros da pequena aldeia onde se
situa a escola que frequenta. Só de mês a mês vai à cidade com os pais.
Durante meia hora por dia, os pais autorizam-no a ver os programas de que
mais gosta: alguns desenhos animados; programas sobre a fauna e a flora de
diversos cantos do mundo; wrestling;
«Fátima Lopes»; «A casa dos segredos». Não há dúvida que a televisão
constitui para ele uma forma de se libertar do isolamento, e, ainda, de
contactar com realidades que lhes despertam a curiosidade e que, de outro
modo, desconheceria.
|
Enunciação de transição
|
À vantagem enunciada poderíamos, é claro,
contrapor aspetos negativos.
|
Contra-argumento
|
Vendo televisão, a criança isola-se das
outras, perde hábitos de convívio, não pode torturar outras crianças, esquece
a leitura e, frequentemente, o estudo.
|
Argumento + exemplo
|
Mas, não esqueçamos, o pequeno ecrã também
pode ser uma companhia importante: é o caso da Fernanda, há um mês de cama
por ter sofrido fracturas várias num acidente, incluindo uma unha encravada.
A televisão é o único lenitivo para a sua desilusão por não poder assistir às
aulas de Português.
|
Articulação com
enunciados anteriores
|
A televisão tem, como vemos, as suas
virtualidades. E os inconvenientes que existem relacionam-se com um consumo
exagerado.
|
Conclusão
|
Para concluir, podemos, então, dizer que a
televisão só será prejudicial se vista em demasia.
|
[adaptado de: Maria Olga Azeredo, Maria
Isabel Pinto & Maria do Carmo Lopes, Gramática
Prática de Português. Da Comunicação à Expressão, Lisboa, Lisboa Editora,
2009]
[Afirmação:] O verso de Álvaro de Campos «Ah, seja como for, seja para onde for,
partir!» convoca a linha temática da viagem.
[Instrução:] Num texto com um mínimo de duzentas e
um máximo de trezentas palavras, elabore uma dissertação acerca da importância
da viagem na existência humana, salientando as vantagens que, no seu entender,
se lhe associam.
Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra,
no mínimo, a dois argumentos,
ilustrando cada um deles com, pelo menos, um
exemplo.
Para
resolver esta dissertação, poderíamos criar um «guião» como o que
ponho em baixo. Nota que se trata de sínteses, nenhuma das frases apareceria no
texto final exatamente desta maneira — a dissertação dará conta das mesmas
ideias, seguirá linhas de sentido próximas, o que é diferente de se estar a
aproveitar segmentos textuais deste guião. (Também não creio que devêssemos
investir tanto no acabamento do guião, embora não se deva descartar a
possibilidade de se fazer um esboço das ideias a desenvolver.)
[INTRODUÇÃO]
1.° parágrafo — Viagens como
oportunidade de aprendizagem, tanto na alegria como nos dissabores. A
existência humana como metáfora de viagem.
[DESENVOLVIMENTO]
2.º parágrafo — primeiro argumento:
Viagens
alargam horizontes, conhecimentos, contactos com novas realidades, culturas
distintas (quando se visitam novos países e/ou continentes, reconhecem-se novas
línguas, hábitos, costumes e comportamentos sociais).
— um exemplo: provérbio «Em Roma sê
romano», como exemplo da necessidade de adaptação às culturas visitadas.
3.° parágrafo — segundo argumento:
Viagens
podem ganhar um sentido de evasão, sonho, imaginação, para construir mundos
alternativos
— um exemplo: uma situação de tensão,
de conflito (penosa) pode dar lugar a uma estratégia de superação do problema:
viagem libertadora (nem que seja psicológica).
[CONCLUSÃO]
4.° parágrafo — tópico de fecho:
Viagem
liberta o ser humano do espaço e do tempo que o definem como ser.
[Proposta
de textualização da planificação de dissertação vista há pouco]
Viajar é, certamente, uma oportunidade única de
aprendizagem; naturalmente, tanto pode ser portadora de alegrias como de
dissabores, mas, como qualquer experiência, os ensinamentos que daí se retiram
são sempre válidos. A nossa própria existência humana pode ser considerada, em
sentido metafórico, uma «viagem»; há um percurso que se faz, de forma mais ou menos
consciente e com um destino mais ou menos delineado; nem sempre preparados para
os obstáculos nem sempre dispostos a ultrapassá-los, mas a roda da vida não para.
As viagens alargam horizontes, conhecimentos,
favorecem os contactos com novas realidades, culturas distintas, vivências
diversas; quando se visitam novos países e/ou continentes, reconhecem-se novas
línguas, hábitos, costumes e comportamentos sociais. Esse será o momento certo
para se aplicar o provérbio «Em Roma sê romano», ou seja, o indivíduo vê-se na
necessidade de se adaptar ao contexto em que se encontra.
As viagens reais ou mesmo as psicológicas podem
ganhar um sentido de evasão, de sonho e de imaginação, de forma a permitir a
construção de mundos alternativos. Por vezes, funcionam como fuga a situações
de conflito, como estratégia de superação de problemas.
Viajar liberta o Homem do espaço e do tempo que
o definem como ser, tornando-o mais conhecedor do mundo a que pertence. Haverá
melhor exemplo do que o quinhentista para falar do espírito de «viagem» e dos
ganhos obtidos ao nível do conhecimento do mundo? Haverá melhor incentivo do
que o dos poetas (Campos, Torga, entre muitos outros) que tanto incentivam à
partida, deixando para segundo plano a chegada?
[247
palavras]
Planifica
uma dissertação
sobre um dos três temas dados.
[Grupo III de 2014 (1.ª
fase)]
Para uns, a ambição está na origem de todas as
conquistas humanas; para outros, a ambição é a causa de muitos dos problemas da
humanidade.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, desenvolva uma reflexão sobre a
afirmação apresentada.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
[Grupo III de 2014 (2.ª
fase)]
O ser humano é muitas vezes colocado perante a
necessidade de optar entre o conformismo e a coragem de assumir riscos.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda um ponto de vista pessoal
sobre o modo como esta opção é vivida na atualidade.
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no
mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo
significativo.
[Grupo III de 2014 (época especial)]
Se para uns a cidade
surge como espaço de realização do indivíduo, para outros tal realização está
associada à vida em comunhão com a natureza.
Num texto bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras,
defenda um ponto de vista pessoal sobre a temática apresentada.
Fundamente o seu
ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles
com, pelo menos, um exemplo significativo.
Não
escrevas um texto já com a sintaxe definitiva, mas também não sejas demasiado
vago (em termos de ideias). No fundo, anota tópicos, sem a preocupação de lhes dar uma tradução gramatical.
1.º
parágrafo ([Introdução])
. . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.º parágrafo ([Argumento
1])
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[Exemplo(s)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.º
parágrafo ([Argumento 2])
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[Exemplo(s)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4.º
parágrafo (opcional [Argumento 3])
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[Exemplo(s)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5.º
(ou 4.º) parágrafo ([Conclusão])
. . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Exercícios
— sobre Tipos
textuais — de Gramática
didática de português, p. 309:
1. Faça corresponder as definições que se
encontram na coluna da esquerda ao respetivo tipo de texto, na coluna da
direita.
2. Identifique o tipo a que pertencem os
excertos a seguir apresentados.
Texto 1:
Era uma vez uma pobre viúva, que tinha só uma
filha que nunca saía da sua beira; outras raparigas da vizinhança foram-lhe
pedir que na véspera de São João deixasse ir a sua filha com elas para se
banharem no rio. A rapariga foi com o rancho; antes de se meterem no banho,
disse-lhe uma amiga:
— Tira os teus brincos e põe-os em cima de uma
pedra, porque te podem cair na água.
Teófilo
Braga, Contos Tradicionais do Povo Português.
Texto 2:
Escorpião — 23/10 a 21/11
Você está muito ligado ao trabalho, o que será
extremamente produtivo. A sua atenção está voltada para o futuro, e você está
apto a mudar o que for necessário em qualquer área da sua vida. Fique atento
aos acontecimentos: alguns apontarão a melhor direção no futuro próximo.
Texto 3:
Estávamos sobre a pedra do Calvário.
Em torno, a capela que a abriga, resplandecia
com um luxo sensual e pagão. No teto azul-ferrete brilhavam sóis de prata,
signos do Zodíaco, estrelas, asas de anjos, flores de púrpura; e, dentre este
fausto sideral, pendiam de correntes de pérolas os velhos símbolos da
fecundidade, os ovos de avestruz, ovos sacros de Astarté e Baco de ouro. [...]
Globos espelhados, pousando sobre peanhas de ébano, refletiam as joias dos
retábulos, a refulgência das paredes revestidas de jaspe, de nácar e de ágata.
E no chão, no meio deste clarão, precioso de pedraria e luz, emergindo dentre
as lajes de mármore branco, destacava um bocado de rocha bruta e brava, com uma
fenda alargada e polida por longos séculos de beijos e afagos beatos.
Eça de Queirós, A Relíquia.
Exercício
adaptado de Inês Silva & Carla Marques, Estudar
Gramática no Secundário, s.l., Asa, 2011, pp. 143-144:
Identifica os
protótipos textuais (os tipos textuais) predominantes em:
1. ________.
Tostas de
cogumelos
Ingredientes (para 4 pessoas): 125 g
de cogumelos em lâminas; 1 colher de sopa de manteiga; 8 fatias de bacon
(finas); 2,5 dl de molho bechamel; 1 colher de chá de salsa picada; sal,
pimenta e pimenta-de-caiena; 4 fatias de pão torrado, barrado com cocó de cão.
Salteie os cogumelos na manteiga, em lume forte,
destapados. Numa frigideira à parte, frite o bacon. Prepare o molho bechamel, a
que deve juntar sal, salsa picada e pimenta-de-caiena. Triture o bacon com um
garfo. Junte o molho e os cogumelos. Coloque uma pequena parte em cada tosta.
2. ________; ________.
Ato
Primeiro
Câmara antiga, ornada com todo o luxo e
caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século dezassete. Porcelanas,
xarões, sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes janelas rasgadas, dando para
um eirado que olha sobre o Tejo, de onde se vê toda a Lisboa; entre as janelas
o retrato, em corpo inteiro, de um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz
branca de noviço de S. João de Jerusalém. Defronte e para boca da cena um
bufete pequeno coberto de rico veludo verde franjado de prata; sobre o bufete
alguns livros, obras de tapeçarias meias feitas e um vaso da China de colo
alto, com flores. Algumas cadeiras antigas, tamboretes rasos, contadores. Da
direita do espetador, porta de comunicação para o interior da casa, outra da
esquerda para o exterior. É no fim da tarde.
[...]
Cena II
Madalena, Telmo Pais
TELMO (chegando ao pé de Madalena, que o não sentiu entrar) — A minha
senhora está a ler?...
MADALENA
(despertando) — Ah! Sois vós,
Telmo... Não, já não leio: há pouca luz de dia já; confundia-me a vista. E é um
bonito livro este! O teu valido, aquele nosso livro, Telmo.
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa
Itens de exame recentes com tipos textuais
[2016, 1.ª fase]
7. O
último parágrafo do texto [«Qual é então o valor da ciência? E quais são os
perigos da ciência? De facto, a ciência como processo intelectual de descoberta
do mundo é inofensiva. É melhor saber do que não saber. Mas a atividade que o
homem exerce ou pode exercer no mundo, uma vez em posse do conhecimento
científico, é sempre arriscada»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B) expositivo.
| (C) descritivo. | (D) argumentativo.
[2014, 1.ª fase]
1.7. O último parágrafo do texto [«Mas se é verdade que
Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços sociológicos continua
queirosiano, parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a
sua prosa e os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente
inultrapassável. O cânone, por mais que o seja, não pode ser tomado como uma
medida parada. É inquestionável que Eça ultrapassou de longe a Escola Realista,
onde mal cabia, e chegou mesmo a pressentir o Modernismo que iria estilhaçar
muito em breve o conceito da criação como reprodução da realidade. Não viveu,
porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas
e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a
produzir as grandes experiências literárias do século XX. As literaturas, e em
especial a ficção que se lhe seguiu, tornar-se-iam bem mais complexas, e também
mais difíceis de apreender e aceitar, enquanto espelho da vida. A partir de
então, a ficção passou a ser o espelho duma outra vida bem mais lábil e
inapreensível. A narrativa incorporou os resíduos das aparências e o seu
consumo transformou-se, naturalmente, em atos de muito menor docilidade. É por
isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente merece, por mérito
próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita
da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de
preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente
daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha.
Como um dia veremos.»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B)
descritivo. | (C) argumentativo. | (D) expositivo.
TPC — Completa a planificação que começaste
agora.
Aula 119-120 (22 [5.ª], 23 [7.ª, 8.ª], 24/mar [1.ª]) Reproduz-se
aqui a resposta ao ponto 1.1 de Oralidade (p. 173):
Grupo 1 | Caracterização física e psicológica do velho: Fisicamente,
trata-se de um velho, de «aspeito
venerando» (est. 94, v. 1). Em termos psicológicos, possui um «saber só de experiências feito»
(est. 94, v. 7) e um «experto peito»
(est. 94, v. 8), apresentando-se «descontente»
(est. 94, v. 4) com o projeto dos Portugueses.
As
características apontadas encontram-se diretamente enunciadas no texto.
Indiretamente, pela sua postura é possível constatar o seu ar de reprovação
face à empresa das Descobertas e o seu carácter austero/imponente: «meneando
três vezes a cabeça» (est. 94, vv. 3-4) e «a voz pesada um pouco alevantando»
(est. 94, v.5).
Grupo 2 | Sentimentos humanos reprovados: O
Velho do Restelo reflete sobre a constante insatisfação do Homem, reprovando-a.
A «mísera sorte» ou «estranha condição» do Homem
conduzem-no a tentativas frustradas de ultrapassar os seus limites, fazendo-o
cair em erros e sofrer as consequências negativas dos seus atos. Deste modo, o
Velho reprova a vaidade humana que se consubstancia na necessidade de poder,
fama e glória que o conduz a aventuras insanas.
Grupo 3 | Críticas ao Homem, em geral: O Velho do
Restelo critica a «vã cobiça» (est. 95, v. 1), a ambição e o desejo de glória e
de «Fama» (est. 95, v. 2). A posição do Velho prende-se com o facto de
considerar que esses sentimentos e os atos que eles determinam serão fonte de
desgraças: «desamparos e adultérios»
(est. 96, v. 2), ruína económica («Sagaz
consumidora conhecida / De fazendas, reinos e de impérios!», est. 96, vv. 3-4),
perigos e mortes («desastres», est. 97, v.1; «Que perigos, que mortes lhe destinas», est. 97, v.3) e ilusões
(«Que promessas de reinos e de minas / De ouro, que Ihe farás tão facilmente? /
Que famas lhe prometerás? Que histórias? / Que triunfos? Que palmas? Que
vitórias?», est. 97, vv. 5-8).
Grupo 4 | Críticas ao Portugueses e alternativa à viagem à Índia: O
Velho do Restelo dá voz a todos aqueles que, na época e em nome do bom senso,
criticavam as aventuras marítimas, incertas e carregadas de perigos e
desgraças, defendendo a tranquilidade e preferindo que a expansão se fizesse
pela ampliação das conquistas militares no Norte de África e não pela expansão
para Oriente. Deste modo, o Velho representa uma postura mais conservadora
quanto ao futuro da nação lusitana.
A personagem
apresenta como alternativa às viagens dos Descobrimentos para Oriente a luta
contra os Mouros no Norte de África. Tal alternativa justifica-a com o facto de
os Portugueses pretenderem expandir a fé cristã e alcançar riquezas, objetivos
que poderão concretizar deslocando-se para um local perto e já conhecido — o
Norte de África (estâncias 100 e 101).
O Velho do Restelo
considera negligente a atitude de enfrentar desnecessariamente perigos
desconhecidos e, ao mesmo tempo, abandonar os perigos urgentes da nação,
ameaçada pelos mouros. Por outro lado, sente que as grandes navegações acentuam
a desorganização social do país (est. 101, vv. 3-4).
Em Último
a sair as despedidas não se fazem na praia de Belém, mas quando ocorre a
expulsão de algum concorrente. Num dos últimos episódios, Rui Unas e Bruno
Nogueira ensaiam clichés para usarem na próxima despedida.
Classifica a função sintática que
desempenham os constituintes sublinhados.
Clichés de despedida (e supostos clichés)
|
Funções sintáticas
|
Se tu saíres, eu também saio.
|
modificador de frase
|
A casa não será a mesma coisa
sem ti, Rui.
|
|
Eu fico lá fora, à
tua espera, meu.
|
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Até a barraca abana.
|
|
A casa, sem ti, vai
ficar muita vazia, meu.
|
|
Foi o país e o mundo.
|
|
Que dizem os teus
olhos?
|
|
Eles só passam as
imagens que lhes convêm.
|
|
Quando lavas os pés, vais mesmo lá abaixo
ou esfregas os pés um no outro?
|
Leitura
em voz alta.
Transcrevo
a seguir o já teu conhecido «Mar português», poema que integra a segunda parte —
intitulada também «Mar Português» — de Mensagem,
de Fernando Pessoa.
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Escreve um comentário em que compares as estrofes
das despedidas em Belém nos Lusíadas (88-89), de Camões, com «Mar
Português», de Pessoa. Interessa sobretudo o que haja de comum (ou
contrastante) no tratamento no tema da perspetiva face à viagens das
descobertas.
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TPC — Responde ao
ponto 1 da página 177 (umas 150 palavras).
Aula
121-122 (28 [7.ª, 5.ª,
8.ª], 29/mar [1.ª]) Vai até ao manual, pp. 178-179, onde está o
final do canto VI de Os Lusíadas.
Entretanto, nesta nossa folha, está uma página de Luís de Camões, Ls Lusíadas, apresentaçom an banda
zenhada por José Ruy, traduçon para mirandés por Fracisco Niebro, Lisboa,
Âncora, 2009.
Comparando as estrofes 92-93 e 95-99 do manual com a versão em
mirandês, assinala as estâncias que foram contempladas na tradução.
Os Lusíadas
|
92
|
93
|
95
|
96
|
97
|
98
|
99
|
Ls Lusíadas
|
sim
|
sim, exceto vv. ___
|
não
|
Escreve o correspondente, nas estrofes de Camões,
às seguintes palavras mirandesas:
manhana = ___ | retumbando = ____ | gábia = ___ |
stranho = ____ | anganho = ___ | tuoros = ____ | Assi = ____
Copiei
a seguir perguntas das pp. 179-180 do manual (e acrescentei respostas já
bastantes avançadas). Completa-as:
1. Comenta a expressividade dos adjetivos
utilizados nos versos 1 a 4 da estância 95. [Basta buscares as abonações do texto devidas.]
Os adjetivos usados servem, por um lado, para
intensificar a dureza e amplitude das dificuldades («______» e «______») a que se sujeitam os
que, como os portugueses, desejam concretizar grandes feitos, e, por outro
lado, para reforçar o valor das recompensas («_____»
e «_____») que, desse modo, atingem.
2. Analisa a crítica social veiculada nos
versos 5 a 8 da estância 95 e na estância 96.
O poeta critica todos os que desejam ser
reconhecidos na vida, apoiados apenas na genealogia, nos luxos, nos prazeres e
numa vida ociosa, sem praticarem qualquer «______»
(est. 96,
v. 8).
3. Refere um dos efeitos de sentido
produzidos com a anáfora da estância 96. [À
resposta tirei apenas os determinantes artigos (definidos e indefinidos).]
___ anáfora apresenta,
através de _____ formulação negativa, ____ atitudes típicas daqueles que não se
esforçam para atingir ___ mérito e ___ glória, pelo que contribui para ___
enumeração vincada das renúncias a que devem sujeitar-se os que procuram ___
verdadeira fama.
4. Justifica a utilização do conector
discursivo que introduz o segundo momento do desenvolvimento. [Deves preencher as lacunas com preposições
ou contrações de preposição + artigo.]
O segundo momento ___
desenvolvimento abre ___ um conector ___ valor adversativo («Mas»), uma vez que este
marca o momento ___ discurso ___ que o poeta muda o rumo ___ sua exposição,
passando ___ apresentar as alternativas ___ comportamentos anteriormente
descritos.
5. Enumera os atos a praticar por quem
deseja alcançar a fama. [Vê as ests. 97 e
98.]
Quem deseja alcançar a fama deve trabalhar
individual e autonomamente, seguindo para a guerra («_________», est. 97, v. 3), sofrendo «__________» e vencendo
«________» (est.
97, vv. 4-5), alimentando-se de mantimentos estragados e resignando-se ao «________» (est 97, v. 8), muitas vezes tentando manter um rosto «__________» (est. 98, v. 2) ao assistir a acidentes dos
companheiros.
5.1.
Relaciona-os com a construção da figura do herói própria da epopeia. [Tirei só os pronomes — relativos e pessoais.]
A atuação descrita pelo poeta corresponde ao
protótipo do herói épico, ___ ___ resigna à dureza da vida e enfrenta com
convicção e coragem as dificuldades ___ ___ ___ apresentam. Desse modo,
conseguindo superar todas as provações, alcança um estatuto honroso,
destacando-___ dos restantes humanos pelo seu caráter grandioso.
6. Menciona os efeitos de uma atuação
marcada pelas renúncias e atitudes descritas pelo poeta, conforme apresentados
na conclusão do excerto. [Vê as ests. 98
e 99.]
Uma conduta de acordo com os princípios
enunciados pelo poeta levará o verdadeiro herói a desprezar «____» (est. 98, v. 6) advindos da sorte e não do esforço. A
sua experiência dar-lhe-á o conhecimento da verdadeira virtude e um estatuto
superior ao dos homens de «____» (est. 99, v. 4). Desse
modo, num mundo justo, «_____» (est. 99, v. 7) a
posições de poder por mérito pessoal e «____»
(est. 99,
v. 8) favores.
Leitura
em voz alta
Exercícios
de Gramática didática de português,
Carnaxide, Santillana, 2011, pp. 200-201:
1. Una cada par de frases
simples estabelecendo o tipo de coordenação
indicado e fazendo as alterações necessárias. Siga este exemplo:
Coordenação copulativa
|
Em 1998, José Saramago ganhou o Nobel da
Literatura. Em 2010, Mário Vargas Llosa ganhou o Nobel da Literatura.
= José
Saramago ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1998 e Mário Vargas Llosa ganhou-o em 2010.
|
a) Coordenação adversativa
|
O Rafael comprou um jogo de computador. O
Rafael não gostou do jogo.
=
......
|
b) Coordenação disjuntiva
|
A Beatriz fica em casa. A Beatriz vai à
biblioteca.
= .....
|
c) Coordenação
explicativa
|
Choveu. O chão está molhado.
= .....
|
d) Coordenação conclusiva
|
Sherlock Holmes desvendou
muitos crimes. Sherlock Holmes era um bom detetive.
= .....
|
2. Identifique as orações
subordinadas, classifique-as e
indique o conector que as une.
a) Quando chegaram, começaram logo a conversar.
— ...
b) Se o António abrisse a porta, esperávamos lá
dentro. — ...
c) O filme foi tão divertido que todos o
apreciaram. — ...
d) Nada o aborrecia tanto como esperar por
alguém. — ...
e) A Cristina tomou banho na piscina porque
estava calor. — ...
3. Transforme «Todos nós
gostamos de ver as estrelas» numa frase complexa, acrescentando-lhe uma oração subordinada:
a) adverbial temporal — ...
b) adverbial causal — ...
c) adverbial condicional — ...
d) adverbial concessiva. — ...
4. De entre as frases que
se seguem, descubra duas orações subordinadas adjetivas relativas explicativas (E)e duas orações subordinadas adjetivas relativas restritivas (R)
1 — Espero que faças os trabalhos de casa.
2 — O bebé que estava a chorar levou uma vacina.
3 — O escritor que ganhou o Prémio Camões é
português.
4 — O prato, que está em cima da mesa, é
antiquíssimo.
5 — A Ana, que é uma ótima cientista, foi para
os EUA.
6 — Era bom que lhe desses uma explicação.
5. Construa frases complexas com a oração subordinada adjetiva relativa indicada:
O adepto que
estava na primeira fila do Estádio da Luz cumprimentou o jogador. (oração subordinada adjetiva relativa
restritiva)
a) As pessoas ..........
perderam o comboio. (oração subordinada
adjetiva relativa restritiva)
b) Os surfistas .........
não puderam ir ao mar. (oração
subordinada adjetiva relativa explicativa)
c) O António .........
ajudou-me muito. (oração subordinada
adjetiva relativa explicativa)
TPC — Prepara a leitura em voz alta destas
estâncias do canto III, bem como a
das estâncias na p. 182 do manual. É importante também que vás trazendo agora
esta folha. (Todas as leituras anteriores, ainda que já aproveitadas em aula,
são suscetíveis de serem de novo pedidas — porém, sempre aos clubes a que já
tinham sido encomendadas.)
138 Do justo e duro Pedro nasce o brando
(Vede da natureza o desconcerto!),
Remisso e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto;
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente,
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.
139 Ou foi castigo claro do pecado
De tirar Lianor a seu marido
E casar-se com ela, de enlevado
Num falso parecer mal entendido;
Ou foi que o coração, sujeito e dado
Ao vício vil, de quem se viu rendido,
Mole se fez e fraco; e bem parece
Que um baxo amor os fortes enfraquece.
[...]
142 Mas quem pode livrar-se, porventura,
Dos laços que Amor arma brandamente
Entre as rosas e a neve humana pura,
O ouro e o alabastro transparente?
Quem, de ũa peregrina fermosura,
De um vulto de Medusa propriamente,
Que o coração converte que tem preso,
Em pedra, não, mas em desejo aceso?
143 Quem viu um olhar seguro, um gesto brando,
ũa suave e angélica
excelência,
Que em si está sempre as almas transformando,
Que tivesse contra ela resistência?
Desculpado por certo está Fernando,
Para quem tem de amor experiência;
Mas antes, tendo livre a fantasia,
Por muito mais culpado o julgaria.
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição
organizada por António José Saraiva, Lisboa, Figueirinhas, 2006 (3.ª ed.)
Aula 123 (29/mar [só se fez no 12.º 7.ª; a maior
parte da transcrição desta aula não se faz aqui mas em 124-125, a aula em que
decorreram as mesmas tarefas nas outras turmas]) Questionário de gramática (ver Aula 124-125).
Relê
o passo de D. Fernando/Leonor Teles, nos Lusíadas
(ests. 138-139 e 142-143 do canto III):
1.
Localiza as estâncias na ação d'Os Lusíadas, referindo o plano narrativo em que se
integram.
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. . . . . . . . . . . . . . . . .
2.
Atendendo ao conteúdo da primeira estância, comenta a expressividade do
discurso parentético do verso 2.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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3.
Indica a reprovação dirigida a D. Fernando e aponta os dois motivos
apresentados pelo narrador para a justificar.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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4.
As considerações sobre D. Fernando conduzem o poeta a uma reflexão sobre o
amor. Sintetiza-a.
[Respostas possíveis:
1. Estas estâncias do Canto III correspondem ao
momento em que Vasco da Gama, narrador heterodiegético, relata ao rei de
Melinde a História de Portugal. Integram-se, pois, no plano da História de
Portugal, que suspende momentaneamente o plano da viagem para que o capitão
português acedesse ao pedido do monarca melindano, contando-lhe a História do
seu país.
2. A expressão do poeta colocada entre
parênteses no verso 2 constitui uma observação de teor irónico acerca do
percurso de D. Fernando, quando comparado com o de seu pai, D. Pedro I. Este,
conhecido pela crueldade usada para com os assassinos de D. Inês de Castro, deu
lugar no comando do reino a um filho que,
"Remisso e sem cuidado algum" (est. 138, v. 3), hipotecou por diversas vezes
a independência nacional, com guerras contra Castela e, sobretudo, com a
ligação a D. Leonor Teles e o posterior casamento da filha de ambos com o rei
de Castela.
3. O poeta reprova em D. Fernando o facto de ter
colocado a nação em "muito aperto" (est. 138, v. 4), por
ser um rei "fraco" (est. 138, v. 8, e est.
139, v. 7). Tal teria acontecido como castigo por
"tirar Lianor a seu marido" (est. 139, v. 2) e com ela ter casado ou por se
ter tornado submisso nessa relação amorosa, numa alusão à ascendência de D.
Leonor Teles sobre o rei português (est. 139, vv. 4-8).
4. Segundo o poeta, é impossível resistir ao
amor, mesmo que este nasça de artifícios femininos assentes na beleza (est. 142
e 143, vv. 1-4). É ele que "está
sempre as almas transformando" (est. 143, v. 3).]
Leitura em voz
alta.
Aula
124-125 (29 [5.ª],
30/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Questionário de gramática:
Turmas 7.ª e 5.ª
Versão com barriga de
freira
Classifica as
orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Ainda que não pareça, ainda não
terminámos o Memorial.
|
|
Ninguém
diria que a primavera já começou.
|
|
Comes
a sopa ou não comes a barriga de freira.
|
|
Rui
gostava tanto da casa, que não saía dali.
|
|
Os treinadores cujos cabelos têm madeixas são os
melhores.
|
|
Visto que sabes tanta gramática,
não falharás este item.
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
Vasco da Gama terminou o discurso com entusiasmo.
|
|
O desinteresse pela poesia foi lamentado pelo poeta.
|
|
O
tio leva-te ao circo, Aniceto.
|
|
Acho
bem simpático aquele batráquio.
|
|
A blusa que vestiste ontem é feia até dizer chega.
|
|
Finalmente, os portugueses chegaram a Calecute.
|
Indica
a classe das palavras sublinhadas (determinante,
pronome, quantificador, preposição,
conjunção, interjeição, nome, verbo, adjetivo, advérbio). O período em que se integram é legível na vertical.
Ronaldo
|
nome
|
assegurou
que batera o record
|
|
de livres
|
|
que batiam na barreira.
|
Indica
o processo de formação (derivação por
prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por parassíntese; conversão, derivação não
afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
táxi
(‘carro com taxímetro’)
|
|
conta-gotas
|
|
amanhecer
|
Indica o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
Naqueles
tempos andávamos à bulha.
|
|
Hoje
o Fagundes pisou o cocó de cão.
|
Versão com empadão
Classifica as
orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Já não conheço a rua onde cresci.
|
|
Driblou o adversário, olhou o colega, falhou o
passe.
|
|
Correu
bem, apesar de que havia perguntas
difíceis.
|
|
Valdemar confessou que não estudara aquela matéria.
|
|
O
Salvador canta tão bem como canta a Lena.
|
|
Caso saibas alguma gramática,
resolverás esta pergunta.
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
O treinador nomeou capitão de equipa o Felizardo.
|
|
Quando aportou em Calecute, a armada vinha de Melinde.
|
|
Mal chegámos à sala, deitámos fora os
telemóveis.
|
|
A
lealdade dos lusos foi elogiada pelo Gama.
|
|
Lá terminou o discurso que demorou três cantos.
|
|
Não
me maltrates, Luisão.
|
Indica
a classe das palavras sublinhadas (determinante,
pronome, quantificador, preposição,
conjunção, interjeição, nome, verbo, adjetivo, advérbio). O período em que se integram é legível na vertical.
Os alunos
|
determinante
|
que estudam dizem que
|
|
não
devemos ir a aulas de Português
|
|
quando se dá gramática.
|
Indica
o processo de formação (derivação por
prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por parassíntese; conversão, derivação não
afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
Deusébio
(< Deus + Eusébio)
|
|
meteorologia
|
|
[o]
resgate (< resgatar)
|
Indica
o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
O Abílio tem faltado ao primeiro tempo das terças.
|
|
Caramba,
já comeste o empadão todo!
|
Turmas 1.ª e 8.ª
Versão com
sopa
Classifica as
orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Fui a Melinde, viajei até à Índia, vi alguns
elefantes.
|
|
Lúcia
Moniz, que já foi Aurélia, foi entrevistada.
|
|
Caso
queiras,
dou-te um beijo.
|
|
O médico anunciou que havia uma bactéria à solta.
|
|
Saiu,
para que ninguém o acusasse do roubo.
|
|
Estava tanto frio, que fizeram uma fogueira
na sala de aula.
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
A futura sogra foi-lhe apresentada por Violeta.
|
|
Camões
leu ao rei o livro que todos conhecem.
|
|
Cansei-te
com as minhas desconfianças.
|
|
O
rei de Melinde gostava dos portugueses.
|
|
Ouvido o discurso do Gama, o rei de Melinde ficou ensonado.
|
|
Elegeram a pesca do salmão como projeto prioritário.
|
Indica
a classe das palavras sublinhadas (determinante,
pronome, quantificador, preposição,
conjunção, interjeição, nome, verbo, adjetivo, advérbio). O período em que se integram é legível na vertical.
Esta sopa,
|
determinante
|
que é fabulosa,
|
|
mostra-nos
que
|
|
também
se come bem em Lisboa.
|
Indica
o processo de formação (derivação por
prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por parassíntese; conversão, derivação não
afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
arranha-céus
|
|
[o]
desfalque (< desfalcar)
|
|
[o]
falar (< falar)
|
Indica o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
Tenho-a
encontrado às sextas, na discoteca.
|
|
Estou
a ler um livro delicioso.
|
Versão com burquíni
Classifica as
orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
O Gama discursou de tal maneira, que, em redor,
dormiam todos.
|
|
Mal chegaram a Calecute, os portugueses
foram à discoteca.
|
|
A
escola onde estudámos está hoje em ruínas.
|
|
O fiscal esclareceu que as multas eram altíssimas.
|
|
Visto
que não viajei ontem,
posso ir às aulas.
|
|
Li dois livros, ouvi três canções, escrevi quatro
textos.
|
Classifica a
função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
Abraçaram-nos
vigorosamente.
|
|
Vasco da Gama, que comandava a armada, chegou à
Índia.
|
|
À primeira, Baltasar achou Scarlatti pouco fiável.
|
|
O
cravista Scarlatti viera de Itália.
|
|
Jacinto,
não frequentarás o casino esta noite.
|
|
O justíssimo golo da Suécia foi marcado por João
Cancelo.
|
Indica
a classe das palavras sublinhadas (determinante,
pronome, quantificador, preposição,
conjunção, interjeição, nome, verbo, adjetivo, advérbio). O período em que se integram é legível na vertical.
O poeta lamenta
|
determinante
|
que os guerreiros
portugueses
|
|
não
sintam a atração por literatura
|
|
que tinham os heróis
antigos.
|
Indica
o processo de formação (derivação por
prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por parassíntese; conversão, derivação não
afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
burquíni
(< burca + biquíni)
|
|
antropologia
|
|
envelhecer
|
Indica
o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
Nessa época, em agosto íamos à praia.
|
|
Os
nossos clientes desistiram da queixa.
|
Faz
uma releitura das estâncias na p. 182 (VIII, 96-99). Convém perceberes a
cadeira anafórica em que assentam estas estrofes finais do antepenúltimo canto
dos Lusíadas. Ao referente «dinheiro»
sucedem-se vários termos anafóricos (uns sete pronomes demonstrativos «este» e
um grupo nominal «este encantador [este feiticeiro]», todos correferentes, é
claro). Depois, preenche a tabela, copiando as transcrições do texto que podem
abonar cada uma das afirmações da coluna à esquerda.
O
poder corruptor do dinheiro percorre todas as camadas sociais.
|
______
|
A
deterioração dos valores da classe nobre é destacada pelo poeta.
|
______
|
O
dinheiro influencia a compreensão das situações.
|
______
|
Nem
os membros religiosos (os sacaninhas!) escapam à influência negativa do
dinheiro.
|
______
|
O
domínio do dinheiro pode influenciar situações legais.
|
______
|
Sob
influência do dinheiro, o ser humano pratica ações desleais.
|
«Faz tredoros e falsos os
amigos; / Este a mais nobres faz viver vilezas, / E entrega Capitães aos
inimigos» (est. 98, vv. 2-4); «Este causa os perjúrios entre a gente / E mil
vezes tiranos torna os Reis» (99, vv. 3-4).
|
Este
quadro sintetiza os momentos de reflexão do poeta ao
longo dos Lusíadas. Conserva-o até
completarmos as sínteses que ainda estão lacunares. Um quadro semelhante (mais
completo, aliás) pode ver-se no Caderno
de Apoio ao Exame. Expressões. 12, pp. 12-13.
Canto, estrofes
|
Passo anterior
|
Síntese
da reflexão do poeta
|
I,
105-106
[manual, p.164]
|
Chegada
a Mombaça, depois de vicissitudes (em Moçambique e Quíloa)
provocadas por Baco.
|
Condição humana é frágil; a vida é efémera.
|
III,
138-142
[CdA, p. 72]
|
Amores
de Pedro e Inês; paixão de D. Fernando por Leonor Teles.
|
|
IV,
94-104
[análise na nossa folha]
|
Despedidas
em Belém.
|
[Reflexão
pelo Velho do Restelo:]
A ambição desmedida e a busca cega da fama têm
consequências nefastas.
|
V,
92-100
[manual, p. 175]
|
Fim
do grande relato de Vasco da Gama ao Rei de Melinde.
|
É importante registar as façanhas do povo
português, glorificá-lo, até para estimular novos heróis.
|
VI,
95-99
[manual, pp. 178-179]
|
Tempestade
e agradecimento do Gama a Deus.
|
A verdadeira glória conquista-se através do
esforço, do sofrimento, da perseverança e da humildade.
|
VII,
3-14
|
A
armada está na barra de Calecute.
|
Elogia-se o espírito de cruzada dos
portugueses, contrastando-o com outras nações europeias.
|
VII,
78-87
[trarei eu]
|
Pedido do Catual a Paulo da Gama para que lhe explique as
figuras nas bandeiras da nau.
|
Poeta lamenta não ver o seu mérito reconhecido
e, por isso, não haver incentivo a futuros escritores.
|
VIII,
96-98
[manual, p. 182]
|
Traição
de que ia sendo vítima Vasco da Gama é ultrapassada pela entrega de fazendas.
|
|
IX,
92-95
[manual, p. 187]
|
Na
Ilha dos Amores, Tétis conduz o Gama.
|
|
X,
145-156
[manual, pp. 191-192]
|
Regresso
da armada.
|
Leitura
em voz alta.
Lê
«Retrato de um país que gosta da cunha» (p. 183) e relaciona esse texto com as estâncias (VIII, 96-99, p. 182) que vimos em
aula.
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Aula
126-127 (31/mar [8.ª,
1.ª], 4/abr [7.ª, 5.ª]) Correção de comentário acerca de despedidas na praia em
Camões e «Mar Português».
Correção
do questionário de gramática.
Turmas 5.ª e 7.ª
Versão com
barriga de freira
Ainda que não pareça, ainda não
terminámos o Memorial.
|
subordinada
adverbial concessiva
|
Ninguém
diria que a primavera já começou.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Comes
a sopa ou não comes a barriga de freira.
|
coordenada
disjuntiva
|
Rui
gostava tanto da casa que não saía dali.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
Os treinadores cujos cabelos têm madeixas são os
melhores.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Visto que sabes tanta gramática,
não falharás este item.
|
subordinada
adverbial causal
|
Vasco da Gama terminou o discurso com entusiasmo.
|
modificador
do grupo verbal
|
O desinteresse pela poesia foi lamentado pelo poeta.
|
complemento
agente da passiva
|
O
tio leva-te ao circo, Aniceto.
|
complemento
direto
|
Acho
bem simpático aquele batráquio.
|
predicativo
do complemento direto
|
A blusa que vestiste ontem é feia até dizer chega.
|
modificador
restritivo do nome
|
Finalmente, os portugueses chegaram a Calecute.
|
complemento
oblíquo
|
Ronaldo
assegurou que batera o record
|
conjunção
|
de livres
|
preposição
|
que batiam na barreira.
|
pronome
|
táxi
(‘carro com taxímetro’)
|
truncação
|
conta-gotas
|
composição
morfossintática
|
amanhecer
|
parassíntese
|
Naqueles
tempos andávamos à bulha.
|
imperfetivo
(aceitei também: habitual)
|
Hoje
o Fagundes pisou o cocó de cão.
|
perfetivo
|
Versão com
empadão
Já não conheço a rua onde cresci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Driblou o adversário, olhou o colega, falhou o
passe.
|
coordenada
assindética
|
Correu
bem, apesar de que havia perguntas
difíceis.
|
subordinada
adverbial concessiva
|
Valdemar confessou que não estudara aquela matéria.
|
subordinada
substantiva completiva
|
O
Salvador canta tão bem como canta a Lena.
|
subordinada
adverbial comparativa
|
Caso saibas alguma gramática,
resolverás esta pergunta.
|
subordinada
adverbial condicional
|
O treinador nomeou capitão de equipa o Felizardo.
|
predicativo
do complemento direto
|
Quando aportou em Calecute, a armada vinha de Melinde.
|
complemento
oblíquo
|
Mal chegámos à sala, deitámos fora os
telemóveis.
|
modificador
do grupo verbal
|
A
lealdade dos lusos foi elogiada pelo Gama.
|
complemento
agente da passiva
|
Lá terminou o discurso que demorou três cantos.
|
modificador
restritivo do nome
|
Não
me maltrates, Luisão.
|
complemento
direto
|
Os
alunos que estudam dizem que
|
pronome
|
não
devemos ir a aulas de Português
|
preposição
|
quando se dá gramática.
|
conjunção
|
Deusébio
(< Deus + Eusébio)
|
amálgama
|
meteorologia
|
composição
morfológica
|
[o]
resgate (< resgatar)
|
derivação
não afixal
|
O Abílio tem faltado ao primeiro tempo das terças.
|
iterativo
|
Caramba,
já comeste o empadão todo!
|
perfetivo
|
Turmas 1.ª e 8.ª
Versão com
sopa
Fui a Melinde, viajei até à Índia, vi alguns
elefantes.
|
coordenada
assindética
|
Lúcia
Moniz, que já foi Aurélia, foi entrevistada.
|
subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Caso
queiras,
dou-te um beijo.
|
subordinada
adverbial condicional
|
O médico anunciou que havia uma bactéria à solta.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Saiu,
para que ninguém o acusasse do roubo.
|
subordinada
adverbial final
|
Estava tanto frio, que fizeram uma fogueira
na sala de aula.
|
subordinante
|
A futura sogra foi-lhe apresentada por Violeta.
|
complemento
agente da passiva
|
Camões
leu ao rei o livro que todos conhecem.
|
modificador
restritivo do nome
|
Cansei-te
com as minhas desconfianças.
|
complemento
direto
|
O
rei de Melinde gostava dos portugueses.
|
complemento
oblíquo
|
Ouvido o discurso do Gama, o rei de Melinde ficou ensonado.
|
predicativo
do sujeito
|
Elegeram a pesca do salmão como projeto prioritário.
|
predicativo
do complemento direto
|
Esta
sopa, que é fabulosa,
|
pronome
|
mostra-nos
que
|
conjunção
|
também
se come bem em Lisboa.
|
preposição
|
arranha-céus
|
composição
morfossintática
|
[o]
desfalque (< desfalcar)
|
derivação
não afixal
|
[o]
falar (< falar)
|
conversão
|
Tenho-a
encontrado às sextas, na discoteca.
|
iterativo
|
Estou
a ler um livro delicioso.
|
imperfetivo
|
Versão com
burquíni
O Gama discursou de tal maneira, que, em redor,
dormiam todos.
|
subordinada
adverbial consecutiva
|
Mal chegaram a Calecute, os portugueses
foram à discoteca.
|
subordinada
adverbial temporal
|
A
escola onde estudámos está hoje em ruínas.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
O fiscal esclareceu que as multas eram altíssimas.
|
subordinada
substantiva completiva
|
Visto
que não viajei ontem,
posso ir às aulas.
|
subordinada
adverbial causal
|
Li dois livros, ouvi três canções, escrevi quatro
textos.
|
coordenada
assindética
|
Abraçaram-nos
vigorosamente.
|
complemento
direto
|
Vasco da Gama, que comandava a armada, chegou à
Índia.
|
modificador
apositivo do nome
|
À primeira, Baltasar achou Scarlatti pouco fiável.
|
predicativo
do complemento direto
|
O
cravista Scarlatti viera de Itália.
|
complemento
oblíquo
|
Jacinto,
não frequentarás o casino esta noite.
|
modificador
do grupo verbal
|
O justíssimo golo da Suécia foi marcado por João
Cancelo.
|
complemento
agente da passiva
|
O
poeta lamenta que os guerreiros portugueses
|
conjunção
|
não
sintam a atração por literatura
|
preposição
|
que tinham os heróis
antigos.
|
pronome
|
burquíni
(< burca + biquíni)
|
amálgama
|
antropologia
|
composição
morfológica
|
envelhecer
|
parassíntese
|
Nessa época, em agosto íamos à praia.
|
imperfetivo
(aceitei também: habitual)
|
Os
nossos clientes desistiram da queixa.
|
perfetivo
|
Assistência
a A pesca de salmão no Iémen, ao
mesmo tempo de conversa com cada aluno (avaliação).
Leitura
|
Aula
|
Questionário sobre «D.
João, quinto do nome na tabela real» e sobre conhecimento de Memorial (aula 67-68)
|
Questionário sobre «Que padre é este padre?» e
conhecimento de Memorial (aula
77-78)
|
Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos
|
Casa
|
A leitura de Memorial do Convento fora pedida para
as férias de Natal. Depois, foi-se renovando esse pedido.
|
Escrita
|
Aula
|
Crónica de memória gastronómica (só no 12.º
7.ª, em recuperação da aula 58-59)
|
Redação de pastiche de poema de Caeiro (aula
64-65)
|
Análise contrastiva entre poemas de José Gomes
Ferreira e de Ricardo Reis (aula 69-70)
|
Transposição de «Baltasar e Blimunda» para atualidade
(aula 72-73)
|
Comentário em torno da teoria do fingimento
poético a partir de citações de Pessoa (aula 74-75)
|
Resposta a itens de exame sobre ortónimo (aula
82-83)
|
Reflexão sobre consequências de se ter um
poder mágico como o de Blimunda (aula 92-93)
|
Item I-A, 4 de exame, sobre narrador enquanto
comentador em Memorial (aula 94-95)
|
Comentário sobre dois poemas de Pessoa e uma
«redação da Guidinha» (aula 99-100)
|
Análise comparada entre «Mar Português» (Mensagem)e despedidas nos Lusíadas (aula 119-120)
|
Perceção
da capacidade de redigir para depois ler em aula
|
Casa
|
Dissertação sobre destino, a propósito de
frase de Ricardo Reis (tepecê da aula 69-70)
|
Comentário acerca de amor de Baltasar e
Blimunda (tepecê da aula 76)
|
Comentário em torno de Bartolomeu (tepecê da
aula 77-78)
|
Dissertação sobre inadaptação, correspondente
ao ponto 1.1 da p. 54 (tepecê da aula 81)
|
Comentário em torno de acontecimentos sociais
em Memorial do Convento (tepecê da
aula 91)
|
Dissertação sobre «olhar» (p. 324) (tepecê da
aula 92-93)
|
Criação de novo título para Memorial e sua justificação (tepecê da
aula 97-98)
|
Dissertação sobre profissões manuais (tepecê
da aula 106-107)
|
Dissertação sobre «Portugal e crise» (tepecê
da aula 114-115)
|
Criação de guião para uma dissertação (tepecê
da aula 118)
|
Comentário a «Portugueses e leitura», de MEC,
e V, 92-99, de Camões (tepecê da aula 119-120)
|
Compreensão oral/Produção oral
|
Compreensão + Escrita
|
Casa
|
Análise de canção em analogia com trecho de Memorial (tepecê anunciado na aula
82-83)
|
Reformulação do anterior (tepecê da aula
84-85)
|
Leitura + Produção oral
|
Aula & Casa
|
Leitura em voz alta de estâncias de Os Lusíadas (marcadas no tepecê da
aula 102-103 e passim)
|
Gramática
|
Gramática + Compreensão
|
Aula
|
Questionário sobre «O rosto e as máscaras da
heteronímia» (aula 87-88)
|
Questionário sobre texto de
Luís Francisco Rebelo acerca de Memorial,
grupo II de exame (aula 97-98)
|
Questionário sobre «A mitificação do herói n’Os Lusíadas» (aula 114-115)
|
Gramática só
|
Aula (& estudo em casa)
|
Questionário (orações, funções sintáticas,
classes de palavras, formação, atos) (aula 99-100)
|
Questionário (orações, funções sintáticas,
classes, formação, aspetos) (aula 123 ou 124-125)
|
Perceção
da atenção em momentos em que se trata de ouvir professor em explicações de
conteúdos
|
Assiduidade
|
TPC (férias) — (i) Cria um «Alfabeto
Pessoano»; (ii) Lá para meio das férias (ir vendo, por favor, o blogue),
afixarei um acrescento a este tepecê [ver aqui], que deve consistir no anúncio da tarefa
«grande» que lhes pedirei para o 3.º período.
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