Aulas (3.º período: 128-163)
Aula
128-129 (19 [1.ª, 5.ª,
7.ª] e 20/abr [8.ª]) Correção de tepecê sobre passo dos Lusíadas em contraste com crónica de MEC.
Lê «Liberdade», de Fernando Pessoa, na p. 57 do manual. Depois,
responde:
O poema defende
a) que há coisas mais importantes do que o trabalho
intelectual.
b) a natureza, a ingenuidade, a vida simples.
c) que o trabalho dos intelectuais é importante.
d) a preguiça.
«Livros são papéis pintados com tinta» (v. 14) pretende significar que
a) os livros não são assim tão importantes.
b) os livros são fundamentais para o espírito.
c) os livros são baratos.
d) os livros são obras de arte.
Este poema foi escrito a 16 de março de 1935. Em finais de Fevereiro,
Salazar — que começara por ser ministro das Finanças e era já então o chefe do
governo — fizera um discurso em que dizia como os escritores se deviam
comportar relativamente à política. Salazar desvalorizava a escrita e a
leitura, concluindo com uma citação do escritor latino Séneca: «Mas virá algum
mal ao Mundo de se escrever menos, se se escrever e, sobretudo, se se ler
melhor? Relembro a frase de Séneca: “em estantes altas até ao tecto, adornam o
aposento do preguiçoso todos os arrazoados e crónicas”».
Ora, a frase «em estantes altas até ao tecto,
adornam o aposento do preguiçoso todos os arrazoados [discursos] e crónicas»
quer dizer que
a) os livros são
importantes.
b) os aposentos dos
preguiçosos estão bem decorados.
c) deve ter-se muitos
livros em casa.
d) os livros são
coisa de preguiçosos.
Pessoa tencionava pôr no poema a mesma frase de Séneca
(vê, à direita, o que estava no texto que Pessoa escreveu à máquina). Não o
chegou a fazer, porque o poema não foi logo publicado, já que a censura não
deixou, e porque o próprio poeta morreria nesse ano de 1935.
Sabendo isto — que era para aparecer no início do
poema a frase de Séneca — e que Pessoa estava contra Salazar, percebemos que a
verdadeira a intenção do poema «Liberdade» era afinal
a) defender que há coisas mais importantes do que o
trabalho intelectual.
b) defender a natureza, a ingenuidade, a vida
simples.
c) troçar da posição de Salazar e defender que o
trabalho dos intelectuais é importante.
d) defender a preguiça.
Na última estrofe está o que permitiu ao censor
perceber que o poema era anti-salazarista e, por isso, impedir a sua publicação.
A palavra dessa última estrofe que o censor identificou como alusão a Salazar
terá sido ______.
Artigo
em que, há uns quinze anos, me ocupei de «Liberdade», de Fernando Pessoa (e em
que explico o que em aula resumi muitíssimo):
Responde a este modelo de prova de exame:
Grupo I —A
Lê atentamente
o excerto do Canto VII de Os Lusíadas, de Luís de Camões, correspondente
ao momento anterior ao da narração de Paulo da Gama ao Catual e que constitui
uma breve invocação do poeta.
78
Um
ramo na mão tinha… Mas, ó cego,
Eu,
que cometo, insano e temerário,
Sem
vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por
caminho tão árduo, longo e vário?
Vosso
favor invoco, que navego
Por
alto mar, com vento tão contrário,
Que,
se não me ajudais, hei grande medo
Que
o meu fraco batel se alague cedo.
79
Olhai
que há tanto tempo que, cantando
O
vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A
fortuna me traz peregrinando,
Novos
trabalhos vendo e novos danos:
Agora
o mar, agora esprimentando
Os
perigos Mavórcios1 inumanos,
Qual
Cánace2, que à morte se condena,
Nũa mão
sempre a espada e noutra a pena;
80
Agora,
com pobreza avorrecida,
Por
hospícios alheios degradado;
Agora,
da esperança já adquirida,
De
novo, mais que nunca, derribado;
Agora
às costas escapando a vida,
Que
dum fio pendia tão delgado
Que
não menos milagre foi salvar-se
Que
pera o Rei Judaico acrecentar-se.
81
E
ainda, Ninfas minhas, não bastava
Que
tamanhas misérias me cercassem,
Senão
que aqueles que eu cantando andava
Tal
prémio de meus versos me tornassem:
A
troco dos descansos que esperava,
Das
capelas de louro que me honrassem,
Trabalhos
nunca usados me inventaram,
Com
que em tão duro estado me deitaram!
82
Vede,
Ninfas, que engenhos de senhores
O
vosso Tejo cria valerosos,
Que
assi sabem prezar, com tais favores,
A
quem os faz, cantando, gloriosos!
Que
exemplos a futuros escritores,
Pera
espertar engenhos curiosos,
Pera
porem as cousas em memória
Que
merecerem ter eterna glória!
[…]
84
Nem
creais, Ninfas, não, que fama desse
A
quem ao bem comum e do seu Rei
Antepuser
seu próprio interesse,
Imigo
da divina e humana lei.
Nenhum
ambicioso que quisesse
Subir
a grandes cargos, cantarei,
Só
por poder com torpes exercícios
Usar
mais largamente de seus vícios;
CAMÕES, Luís
de, 2006. Os Lusíadas, edição
organizada por António José Saraiva,. Lisboa, Figueirinhas (3.ª ed.)
1 — Mavórcios = ‘da
guerra’ | 2 — Cánace = ‘filha de
Éolo, deus dos ventos, forçada pelo pai a suicidar-se por manter relações
incestuosas com um dos irmãos. Antes de se suicidar, já com a espada suspensa
numa das mãos, redigiu uma carta com a outra mão’.
Apresenta, de
forma clara e estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Identifica o
destinatário da mensagem do poeta e o motivo que o leva a dirigir-se-lhe,
interpretando a dimensão metafórica da estância 78.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .
2. Ao longo do excerto, o poeta fala da sua
vida. Caracteriza-a, fundamentando a tua resposta com elementos textuais.
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3.
Na estância 82, o poeta utiliza um tom crítico e sarcástico. Sintetiza os
motivos que o determinam.
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4.
Explicita brevemente o conteúdo da última estrofe.
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. . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .
Diluição
em prosa (por
Amélia Pinto Pais) das estâncias da
prova:
O Catual pediu então a Paulo da Gama que lhe
descrevesse as cenas representadas. A primeira dessas bandeiras representava um
velho, vestido com traje grego, e tendo um ramo na mão: — Um ramo na mão tinha...
[Nova
invocação e desabafo autobiográfico]
Aqui vou precisar da vossa ajuda, Ninfas do Tejo
e do Mondego — sem ela, não me será possível contar devidamente as palavras de
Paulo da Gama. É que me sinto desalentado. Há tanto tempo venho cantando o
vosso Tejo e os vossos Lusitanos, andando peregrinando por terras diversas,
enfrentando trabalhos excessivos e muitos riscos, no mar, como na guerra, numa mão sempre a espada e
noutra a pena.
Também a pobreza me tem trazido degredado por
hospícios alheios. E sempre que a esperança me volta, logo se lhe segue, de novo,
o desalento. Por último, até um naufrágio sofri, e foi grande milagre dele ter
escapado com vida.
Mas o que mais me tem magoado é que não bastavam
tamanhas misérias; também aqueles que eu vinha cantando me recompensaram,
inventando-me trabalhos nunca usados. Ora isso é muito grave, porque é
ingratidão e não incentiva a que haja futuros escritores que venham a celebrar
tais feitos! Por isso, de novo invoco a vossa proteção, agora que vou ter de
cantar feitos tão diversos.
Juro-vos que não irei nunca celebrar quem o não
mereça, como aqueles que pensam mais nos seus interesses do que no bem comum;
ou os ambiciosos que querem ter cargos para melhor usarem de seus vícios;
também não cantarei os que mudam de cor como os camaleões ou o deus Proteu;
muito menos cantarei quem, com ar honesto, pretendendo contentar o Rei, despe e
rouba o pobre povo. Ou aqueles que acham justo cumprir-se a vontade do rei, mas
não acham justo que se
pague o suor da servil gente. E também não cantarei aqueles que sempre
censuram e põem nódoa, criticando, no que os outros fazem.
Apenas irei cantar aqueles que aventuraram a
vida por seu Rei e por seu Deus e que, ao perdê-la, a dilataram em fama.
Apolo e as Musas, que até aqui me acompanharam,
hão de ajudar-me, redobrando-me o talento, enquanto descanso um pouco, antes de
voltar, mais folgado, ao trabalho.
TPC — Aproveita para fazer tarefas em atraso
(ver aqui) e terminar leitura de Memorial
do Convento.
Aula 130-131 (20 [7.ª], 21/abr [8.ª, 1.ª, 5.ª]) Correção
das respostas redigidas na última aula (incluindo cópia da quarta).
Vê
no livro (pp. 185-186) estâncias da parte da Ilha dos Amores (Os Lusíadas, cantos IX-X). Nas seguintes
paráfrases de cada estrofe, (i) preenche com uma palavra o espaço vago e (ii)
descobre a palavra intrusa, substituindo-a por aquela que fará sentido. Por
ora, não preenchas (iii), destinado a um resumo da estrofe em menos de dez
palavras.
17 O
prazer de chegar à querida pátria e aos seus caros lares e ____ para contarem a
longínqua e invulgar navegação, os vários climas e os diversos povos que tinham
visto; o virem a gozar o prémio que tinham ganhado por trabalhos e lances tão
longos; tudo isto cada um sentia como gosto tão perfeito, que esse prazer não
lhes cabia nos intestinos.
[Resumo: _____________.]
18 Porém,
Vénus, que era inspirada por Júpiter para dar auxílio aos portugueses, e
orientada para ser deles o anjo da guarda, porque sempre os _____ desde há
muitos anos, andava-lhes já preparando a glória alcançada pelos trabalhos que
lhes eram devidos e a satisfação dos prejuízos muito sofridos, e pretendia
dar-lhes dinheiro nos tristes mares.
[Resumo: _____________.]
19 [Vénus,]
depois de ter ponderado por algum tempo a extensão dos mares que os portugueses
tinham navegado, os trabalhos que tinham sido causados por ____, já há muito
projetava proporcionar-lhes alguma diversão, algum repouso, num mar tranquilo
para recompensa de todos os golos que tinham sofrido.
[Resumo: _____________.]
20 [Vénus
projetara arranjar-lhes] um pouco de leite, com que pudesse revigorar o ______
organismo dos seus amados navegadores, em paga dos trabalhos que encurtam a
vida, já de si breve.
[Resumo: = ao anterior.]
51 Iam,
entretanto, as naus portuguesas sulcando o amplo caminho do vasto mar em
direção da pátria amada, desejando abastecer-se de fresca coca-cola para a
terem na grande e prolongada viagem, quando, estando juntas as naus, avistaram,
com repentina alegria, uma ilha inspiradora de amor, quando rompia a _____,
meiga e deliciosa.
[Resumo: _____________.]
64 Mas
eis que já os segundos ______ punham pé em terra nesta aprazível ilha, em cuja
floresta passeavam, como se ignorassem o que ia passar-se, as formosas ninfas.
Algumas tangiam melodiosas cítaras; outras, harpas e flautas sonorosas; e
outras fingiam perseguir com os arcos de ouro os palhaços, com que, na verdade,
se não importavam.
[Resumo: _____________.]
83 Oh!
Que famintos beijos se trocavam na floresta! E que mimoso choro lá soava! Que
afagos tão doces! Como o esquivarem-se as ninfas resultava em alegres _____! O
mais que os portugueses e as idosas passaram na manhã e na sesta, que Vénus,
com os seus prazeres, tornava ainda mais ardente, é melhor experimentá-lo que
julgá-lo, mas julgue-o quem não puder experimentá-lo.
[Resumo: _____________.]
84 Desta
maneira, em suma, as formosas ninfas, já concordes com os seus idolatrados _____,
os adornaram com lindas coroas de louro e de ouro e muitas flores. Deram-lhes,
como esposas, as porquíssimas mãos; com palavras formais e solenes
prometeram-se, mutualmente, eterna companhia, honrada e alegre, na vida e na
morte.
[Resumo: _____________.]
85 A
principal das ninfas, Tétis, a quem todas elas se humilhavam e obedeciam, [...]
encarregava-se de, como alta e ____ dama, receber o ilustre Colombo com honrosa
e régia pompa.
[Resumo:
_____________.]
87 tomou-o [ao Gama] pela mão e conduziu-o ao cume de um elevado
e grandioso monte, onde se erguia um rico ____, todo de cristal e cocó fino. Aí
passaram a maior parte do dia,
[Resumo:
_____________.]
88 Desta forma, passaram quase todo dia o belo sexo e o sexo
forte, numa benfazeja, doce e desconhecida alegria, compensando as longas _____;
porque o mundo guarda para mais tarde o merecido prémio dos grandes feitos e da
esforçada audácia, a diarreia larga e o renome ilustre e nobre.
[Resumo:
_____________.]
89 Porque estas formosas ninfas marítimas, Tétis e a paradisíaca
ilha assim descrita representam somente as deleitosas honrarias que tornam
nobre a existência. Aquelas gloriosas primazias, os triunfos, as nádegas
coroadas de palmas e louros, a glória e admiração — eis os gozos que esta ilha
_____.
[Resumo:
_____________.]
Já
na p. 187:
A
partir da estância 92, o relato é interrompido, dando lugar a uma reflexão, que
vai até à estância 95. Em cerca de dez palavras, faz resumos de cada uma dessas
estrofes.
92 _____________
93 _____________
94 _____________
95 _____________
A
partir da p. 187, resolve o ponto 1 de Leitura/Compreensão:
1.1 = __; 1.2 = __; 1.3 = __; 1.4 = __; 1.5 =
__; 1.6 = __; 1.7 = __; 1.8 = __; 1.9 = __.
E
o ponto 3: . . . . . . . . . . . . . . . .
E
o ponto 4:
a = __; b = __; c = __; d = __; e = __; f = __;
g = __.
TPC — Resolve este item de uma
prova-modelo de exame antigo:
«Os Lusíadas continuam
a interpelar-nos; revelam uma sensibilidade próxima da atual. São um misto de
entusiasmo heroico e de melancolia desalentada. Um texto épico e antiépico. Uma
afirmação de fé, com um avesso de dúvida, de descrença, de interrogações.»
MATOS, Maria Vitalina Leal de, “Lusíadas (Os)” in SILVA, Vítor Aguiar e (coord.), 2011. Dicionário de Luís de Camões. Alfragide: Caminho
Partindo da
perspetiva exposta na citação da página anterior, redige um texto, com [cento
e trinta a cento e cinquenta] palavras,
no qual apresentes uma justificação fundamentada para a classificação d’Os
Lusíadas como «texto épico e
antiépico».
Aula 132 (20/abr [só na turma 1.ª])
Num
livro saído há pouco (Malparado. Diários
(novembro de 2012 — março de 2015), Lisboa, Tinta-da-china, 2017, pp.
56-57), Pedro Mexia escreve o seguinte a propósito do final do ato II de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett:
O Frei Luís de Sousa é, convenhamos, um
bocado intragável. E todos se lembram da cena emblemática em que um dos
protagonistas está disfarçado de peregrino, e alguém lhe pergunta: «Romeiro,
quem és tu?». Ele então responde: «Ninguém». Durante mais de um século, segundo
me contam, os atores paravam uns segundos, olhavam para a plateia, abriam os
braços e exclamavam um «nin-guém» escandido e em
maiúsculas. Era horrível, e toda a gente adorava. Um dia, um encenador checo, o
Listopad, fez a peça cá, e pediu ao ator que dissesse esse «ninguém» para
dentro, de um modo murmurado, quase inaudível. Toda a gente detestou, mas eu
acho maravilhoso. Certo tipo de coisas só podem ser ditas como aquele ator
disse «ninguém», quase para si mesmo, e não com uma ênfase exibicionista, de
braços estendidos para a audiência.
Reflete,
também tu, acerca da melhor forma de dizer aquele «ninguém». Fundamenta a tua
opinião na interpretação desse momento da peça (que repito em baixo).
[...]
JORGE — Homem, acabai!
ROMEIRO — Agora acabo; sofrei,
que ele também sofreu muito. Aqui estão as suas palavras: «Ide a D. Madalena de
Vilhena, e dizei-lhe que um homem que muito bem lhe quis... aqui está vivo...
por seu mal... e daqui não pode sair nem mandar-lhe novas suas, de há vinte
anos que o trouxeram cativo».
MADALENA (na maior ansiedade) — Deus tenha misericórdia de mim! E esse homem,
esse homem... Jesus! esse homem era... esse homem tinha sido... levaram-no aí
de donde?... de África?
ROMEIRO — Levaram.
MADALENA — Cativo?
ROMEIRO — Sim.
MADALENA — Português!... cativo
da batalha de?...
ROMEIRO — De Alcácer-Quibir.
MADALENA (espavorida) — Meu Deus, meu Deus! Que se não abre a terra debaixo
de meus pés... Que não caem estas paredes, que me não sepultam já aqui?...
JORGE — Calai-vos, D.
Madalena! A misericórdia de Deus é infinita. Esperai. Eu duvido, eu não
creio... estas não são cousas para se crerem de leve. (Reflecte, e logo como por uma ideia que lhe acudiu de repente.) Oh!
inspiração divina... (chegando ao romeiro).
Conheceis bem esse homem, romeiro, não é assim?
ROMEIRO — Como a mim mesmo.
JORGE — Se o víreis... ainda
que fora noutros trajos... com menos anos, pintado, digamos, conhecê-lo-eis?
ROMEIRO — Como se me visse a
mim mesmo num espelho.
JORGE — Procurai nesses
retratos, e dizei-me se algum deles pode ser.
ROMEIRO (sem procurar, e apontando logo para o retrato de D. João) — É
aquele.
MADALENA (com um grito espantoso) — Minha filha, minha filha, minha filha!...
(Em tom cavo e profundo.) Estou...
estás... perdidas, desonradas... infames! (Com
outro grito do coração.) Oh! minha filha, minha filha!... (Foge espavorida e neste gritar.)
CENA XV
JORGE e o ROMEIRO, que seguiu MADALENA com os olhos, e está alçado no
meio da casa, com aspeto severo e tremendo
JORGE — Romeiro, romeiro,
quem és tu?
ROMEIRO (apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal) —
Ninguém! (Frei Jorge cai prostrado no
chão, com os braços estendidos diante da tribuna. O pano desce lentamente.)
A
resposta «Ninguém» do Romeiro é a última palavra do ato, mas o ponto culminante
já acontecera antes, quando Madalena confirmara que D. João, que ela não
identifica com o Romeiro, estava vivo. Esse momento, precedido já por
convulsões que Jorge tenta acalmar, coincide com o reconhecimento do remetente
do recado («um homem que muito bem lhe quis») através da indicação de um
retrato pintado: «É aquele». E é essa a expressão que deve ficar mais marcada,
mais audível, portanto. Ao contrário, na cena XV, estamos já num momento de
confirmação do reconhecimento, que serve para se perceber que Jorge vai
adivinhando todo o alcance da tragédia (e que é João de Portugal que está
perante ele) mas também para passarmos da perspetiva de Madalena para outra, a
de João. Convém, por isso, que o «ninguém» seja murmurado apenas, porque o que
está agora em causa é a psicologia, o desalento, do Romeiro/João de Portugal. O
teatro já fora antes.
Aula 133-134 (26 [1.ª, 5.ª], 27/abr [8.ª, 7.ª]) Correção
dos tepecês de alfabetos pessoanos e recolha dos tepecês para hoje.
O
que se segue é uma adaptação a prosa («Os
Lusíadas» em prosa, por Amélia Pinto Pais) das estâncias 145-152 do canto X
dos Lusíadas (no nosso manual, pp.
191-192).
São
quase as últimas estrofes do poema e constituem mais uma das reflexões com que
o poeta vai pontuando a narrativa. Lendo também essas estâncias, assinala ao
lado do texto em prosa o que corresponderia a cada estrofe (assinalando as
fronteiras das estâncias).
Na
versão em prosa, troquei cinco palavras. Localiza-as e substitui-as pelas
palavras devidas.
Confesso que, neste momento, me sinto com a lira destemperada e a voz enrouquecida.
E não por causa do canto que fiz, mas por me dar conta de que venho cantar a gente maneta e endurecida. É que a
Pátria não incentiva ao engenho, visto que está
metida / no gosto da cobiça e na rudeza / duma austera, apagada e vil tristeza,
que pouco tem a ver com a grandeza do passado que eu vim lembrar.
Por isso, ó Rei, reparai bem que sois senhor só de vassalos excelentes, como
acabei de provar com este poema. Estes vassalos que tendes estão dispostos a
tudo, para vos assassinar. É bom então que sejais humano e generoso com eles,
que os carregueis de leis severas. Sobretudo, tende consideração especial para
com os que mais experiência de vida têm, pois eles é que sabem bem o como, o quando, e onde as coisas cabem.
Estimai bem os cavaleiros, pois com o seu sangue
dilatam a Fé e o Bife à Império.
Fazei ainda que nunca outros povos estrangeiros,
como os alemães, os espanhóis, os italianos e os ingleses, possam dizer que os
portugueses são mais para ser mandados do que para mandar.
Resolve
também o ponto 1 (e 1.1) de Leitura/Compreensão (p. 193):
a.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b.
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c.
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A
prova do exame nacional de 2010 (1.ª fase) tinha um grupo I-A que se ocupava precisamente das estrofes 144-148 do canto
X (na p. 191 e no início da p. 192):
Leia o texto seguinte, constituído por cinco
estâncias de Os Lusíadas, transcritas do Canto X [144-148]. Apresente, de forma clara e bem
estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
1. Exponha
sucintamente o assunto da primeira estrofe transcrita.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. .
2. Justifique a
interpelação ao Rei, relacionando-a com o sentido das estâncias 145 a 148.
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3. Indique um efeito
expressivo da enumeração presente na estância 147.
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4. Refira dois dos
sentimentos manifestados pelo poeta, ao longo do texto, e indique um motivo que
esteja associado a cada um deles.
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TPC — Lê (para compreensão) «Os Lusíadas: Uma Visão Global» (pp.
159-160).
Aula 135 (27/abr [só no 12.º 1.ª])
Transcrevo
as perguntas 4 e 5 do exame de 2015 (2.ª fase). Como
sabemos, atualmente, nas provas de exame, os itens 4 e 5 do grupo I são os que tratam de conteúdos literários do
11.º ano («Sermão de Santo António», Frei
Luís de Sousa, poesia de Cesário Verde) ou do 10.º ano (que, na verdade,
não tem bem «matéria»).
Leia o texto.
MARIA — [...] Mas então, vamos, tu não me dizes do
retrato? Olha (designando o de el-rei D.
Sebastião) aquele do meio, bem sabes se o conhecerei; é o do meu querido e
amado rei D. Sebastião. Que majestade! que testa aquela tão austera, mesmo dum
rei moço e sincero ainda, leal, verdadeiro, que tomou a sério o cargo de
reinar, e jurou que há de engrandecer e cobrir de glória o seu reino! Ele ali
está... E pensar que havia de morrer às mãos de mouros, no meio de um deserto,
que numa hora se havia de apagar toda a ousadia refletida que está naqueles olhos
rasgados, no apertar daquela boca!... Não pode ser, não pode ser. Deus não
podia consentir em tal.
TELMO — Que Deus te ouvisse, anjo do céu!
MARIA — Pois não há profecias que o dizem? Há, e eu creio
nelas. E também creio naqueloutro que ali está (Indica o retrato de Camões.); aquele teu amigo com quem tu andaste
lá pela Índia, nessa terra de prodígios e bizarrias, por onde ele ia... como é?
ah, sim...
Numa mão sempre a espada e noutra a pena...
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa,
Comunicação, 1982, pp. 140-141
4. Explicite
três dos traços que caracterizam a personagem feminina, justificando a resposta
com elementos do texto.
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5. Explique o
que simbolizam, para Maria, as figuras de D. Sebastião e de Camões.
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Cenário de resposta
4. Com base no excerto apresentado, Maria pode ser
caracterizada como uma jovem:
– culta, na medida em
que conhece figuras relevantes da política e da cultura;
– curiosa, pois
insiste em conhecer a identidade de uma das figuras retratadas;
– idealista, na
medida em que perspetiva a pátria a partir das figuras de D. Sebastião e de
Camões;
– mística, pois
acredita no regresso de D. Sebastião;
– crente, na medida
em que evoca Deus.
Nota 1 – São
classificadas com zero pontos as respostas em que apenas se refere uma lista de
características de Maria, sem apresentar qualquer justificação com base em
elementos do texto.
Nota 2 – A
justificação solicitada no item pode consistir na apresentação de citações que,
inequivocamente, comprovem os traços referidos.
5. Para Maria, as duas figuras simbolizam a grandeza de Portugal e, por
conseguinte, a recusa de um presente de submissão, na medida em que:
– D. Sebastião
simboliza a esperança, pois é o rei, querido e admirado, cujo regresso haveria
de conduzir Portugal à grandeza perdida;
– Camões simboliza o
herói aventureiro, representante do ideal de poeta e guerreiro.
Aula 136-137 (28/abr [8.ª, 1.ª, 5.ª], 2/mai [7.ª]) Correção
de trabalho da aula anterior.
Relê
«Nove anos, milhares de léguas» (p. 317). São os últimos parágrafos de Memorial do Convento, embora com alguns
cortes (além de que as primeiras cinco linhas ainda são da transição de
penúltimo para o último capítulo).
As
perguntas são do Grupo I do exame de há uns anos (mantive até a numeração):
2. Releia a narrativa, a
partir de «e andando e buscando» [ll. 8-13].
2. 1. Identifique duas das
vozes aí presentes, exemplificando cada uma das vozes por si indicadas com duas
transcrições do texto.
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2.2. Explicite duas das
funções das falas contidas neste excerto.
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3. Refira três dos traços
caracterizadores de Blimunda, fundamentando-se no texto.
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Itens para identificação de referentes (ou semelhantes) em exames
recentes
[2016, época especial]
10. Identifique o
antecedente do possessivo «sua» (linha 27 [«Quando o angolano Ondjaki dedica um
poema ao brasileiro Manoel de Barros, quando Mia Couto reconhece a influência
que teve Guimarães Rosa na sua escrita transfiguradora e transfigurada pelas
africanas narrativas do seu povo;»]).
R.: ___________
[2015, 1.ª fase]
8. Identifique o antecedente do pronome pessoal
presente na expressão «há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos»
(linha 17 [«Num ensaio sobre a antropologia do olfato, David Le Breton escreve
que as sociedades ocidentais deixaram de valorizar os odores. E dá dois
exemplos: na época de Dürer, existiam na língua alemã mais de cento e cinquenta
e oito palavras para designar cheiros diferentes. Dessas, apenas trinta e duas
hoje subsistem, e frequentemente como formas dialetais muito localizadas. Pelo
contrário, no mundo árabe-muçulmano, que mantém mais viva a sabedoria dos
odores, há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos.)»]).
R.: ___________
[2015, 2.ª fase]
8. Transcreva a palavra que constitui uma catáfora da
expressão «os trajes (num figurino rigoroso), os cenários, as próprias vozes
dos atores» (linha 16 [«Tudo é cor neste filme, os trajes (num figurino
rigoroso), os cenários, as próprias vozes dos atores transbordam de tons ora
suaves ora lúgubres, frementes de paixão, graves de dramatismo, estridentes de
caricatura.»]).
R.: ___________
[2015, época especial]
10. Identifique o antecedente do pronome «o» presente
na frase «Faço-o durante toda a viagem.» (linhas 19 e 20). [«Sei que chegaremos
todos ao mesmo tempo. Entro no avião com o pé direito, sento-me e, só nesse
momento, começo a fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo. Faço-o
durante toda a viagem.»]
R.: ___________
[2014, 2.ª fase]
2.1. Identifique a expressão de que o pronome «aquilo»
(linha 7) é uma catáfora. [«Vieira gizou, a partir de um diagnóstico lúcido dos
problemas do presente político, social, económico e religioso, aquilo que o
especialista Aníbal Pinto de Castro denominou como sendo uma «cidadania do
futuro».»]
R.: ___________
[2014, época especial]
1.4. O recurso à expressão «tudo o que Fernando Pessoa
não pode ser» (linha 4 [«E apesar de os leitores do século XXI preferirem
claramente o trágico engenheiro Álvaro de Campos ou o solitário urbano Bernardo
Soares, a verdade é que é de Caeiro que irradia toda a heteronímia pessoana,
pois ele é tudo o que Fernando Pessoa não pode ser: uno porque infinitamente
múltiplo, o argonauta das sensações, o sol do universo pessoano.»]) configura
uma
(A) elipse. | (B) anáfora. | (C) reiteração. | (D) catáfora.
[2013, 1.ª fase]
2.2 Indique o antecedente do
pronome sublinhado em «O que tenho a dizer escrevi-o.» (linha 15)
R.: ___________
[2013, época especial]
2.2. Indique o antecedente do pronome que ocorre em
«Não o podemos sequer perfumar» (linha 26) [«Amar um livro é pedir-lhe que seja
sempre nosso, assim, como um amor que se conserva para repetir ou reaprender.
Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter
sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É
infiel. Não o podemos sequer perfumar e eu tenho livros que me foram oferecidos
com aroma de buganvílias e canela.»].
R.: ___________
Conclusão
|
|
Memorial do Convento
|
Frei Luís de Sousa
|
O desfecho é precedido
de reencontro(s).
|
|
Blimunda procurou Baltasar durante nove anos,
que nos são dados em poucas páginas (há uma elipse ou, talvez melhor, um
resumo significativo), andou por todo o país, e «alguma vez atravessou a raia
de Espanha», mas em _____ é que reencontrará o companheiro.
|
Madalena mandou procurar João durante sete
anos, anteriores à ação que vemos na peça, por «essas costas de Berberia, por
todas as séjanas de Fez e Marrocos», mas é o Romeiro-João que vem ao seu
encontro, em _____, na sua própria casa, passados vinte e um anos.
|
Antes da conclusão —
quase uma catarse —, há reconhecimento de personagens.
|
|
Blimunda reconhece ____, que, com a barba
enegrecida, «prodígio cosmético da fuligem», parece mais jovem. Não podemos
falar em «anagnórise», nem se lhe segue uma «catástrofe» (aqui é o
reconhecimento que permite que haja alguma espécie de atenuação, ou solução,
da iminente catástrofe). Entre os supliciados está o escritor ______ (aka «O Judeu»), figura da história da
literatura dramática portuguesa.
|
Houvera já reconhecimentos (Romeiro-João, por
parte de ____; depois, D. João é reconhecido por Telmo). Mais perto final,
quando os pais se aprestam a «morrer» para o Mundo, é Maria, imediatamente
antes de morrer em cena, que aponta para o Romeiro: «É aquela voz, é ele, é
ele». Na última cena, _______ é ordenado Frei Luís de Sousa, que virá a ser prosador
dos mais importantes da literatura portuguesa.
|
Há disforia mas também
a noção de que se conservou uma memória de quem se amava — entre o que se
guarda e o objeto da paixão há relação metonímica.
|
|
Por um lado, Baltasar morre; por outro,
Blimunda consegue resgatar uma sua parte, a sua ____ («Então, Blimunda disse,
Vem. Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis, mas não subiu para as
estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda»).
|
Maria morre em cena (segundo ela, «de
vergonha»), mas Manuel, propõe que «encomendemos a nossa ____ a este anjo,
que Deus levou para si» e pede que lhe lancem o escapulário (o que significa
a consagração a Deus).
|
O espaço, ou o
contexto, em que se iniciara a paixão repete-se, num momento que podemos
conotar com uma destruição redentora.
|
|
Baltasar e Blimunda tinham-se conhecido durante
a cerimónia da Inquisição em que se sentenciara a condenação de Sebastiana ao
____ em África. Estamos agora, de
novo, em Lisboa («Meteu-se pela Rua Nova dos Ferros, virou para a direita na
igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em direção ao Rossio, repetia um
itinerário de há vinte e oito anos»), num auto de fé.
|
O terceiro ato (tal como o segundo) passa-se
no palácio de D. João, ainda que se veja também a capela dos Dominicanos. E
fora ainda em vida de D. João de Portugal que Madalena se apaixonara por
Manuel de Sousa Coutinho («Este amor [...] começou com um ____, porque eu
amei-o assim que o vi... e quando o vi [...] D. João de Portugal ainda era
vivo!»).
|
No final há uma
epifania — uma revelação —, já que se descobre o que antes ficara escondido.
|
|
Pela primeira vez, Blimunda, premonitoriamente
em ____ («parecia que sobre a sua mão
outra mão se pousava, e uma voz lhe dizia, Não comas, que o tempo é
chegado»), vê o «interior» de Baltasar.
|
É na última fala da peça (dita pelo ____) que
fica explicitada a noção, cristã, de que a catástrofe era purificadora: «Deus
aflige neste mundo àqueles que ama. A coroa de glória não se dá senão no Céu».
|
A narrativa não fica em
aberto mas também não é uma típica narrativa fechada.
|
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Algumas das linhas de ação ficaram _____ (passarola,
construção do convento, talvez a própria paixão), mas não sabemos o destino
de todas as personagens (que será agora de Blimunda?).
|
A linha de ação relativa à família Sousa
Coutinho, sobre que a tragédia se abateu fica ______, mas a vida de Frei Luís
de Sousa-escritor só agora vai começar (e que sucederá a D. João de
Portugal?).
|
TPC — Resolve 1 de «Oficina de escrita», na
p. 196.
Aula 138-139 (2 [5.ª, 8.ª], 3/mai [4.ª, 7.ª]) Correções
do tepecê.
Sem fazeres
nenhum tipo de consulta — e sem ficar tempos imensos a pensar —, circunda a
melhor alínea.
A atitude de Blimunda e de Baltasar
relativamente a Bartolomeu é
a) de
subserviência (motivada pela diferença social).
b) a normal de
criados para patrão.
c) de lealdade
(percebendo-se, porém, o ascendente de quem era de classe social superior).
d) rivalidade.
D. Maria Ana era
a) muito devota.
b) bastante fútil.
c) filha de Maria
Bárbara.
d) estéril.
A relação de Scarlatti com Bartolomeu era de
a) rivalidade.
b) desconfiança.
c) admiração
mútua.
d) amor.
Quem avisou da morte de Bartolomeu, ocorrida em
Toledo, foi
a) Scarlatti.
b) Blimunda (que o
soube por feitiçaria).
c) Sebastiana de
Jesus.
d) Baltasar.
No seu percurso, a passarola sobrevoa
a) Lisboa e Mafra.
b) Lisboa e margem
sul.
c) Lisboa,
Santarém, Montejunto.
d) Lisboa e
Toledo.
Quem dissuadiu D. João V de fazer uma basílica
foi
a) Bartolomeu.
b) Scarlatti.
c) Ludovice.
d) Maria Ana.
O Alto da Vela fica em
a) Montejunto.
b) Mafra.
c) Lisboa.
d) Toledo.
João Francisco Sete-Sóis, pai de Baltasar,
morreu
a) nas obras do
convento.
b) em casa, de
morte natural.
c) por doença prolongada.
d) assassinado.
A Basílica de S. Pedro levou a que D. João V
ponderasse
a) a ereção de uma
basílica em Lisboa, o que levou a cabo de imediato.
b) a construção de
um convento.
c) a construção de basílica idêntica, tendo depois optado por aumentar o
Convento de Mafra.
d) desistir da
construção do Convento de Mafra.
Na sua última visita à passarola, Baltasar
a) decidiu fugir.
b) fez, sem
querer, que ela se elevasse.
c) resolveu
desmontá-la, recolhendo-a em Mafra.
d) encontrou
Bartolomeu.
Já na fase que precedeu os preparativos da
«inauguração» do Convento, as populações acorriam a ver as estátuas dos
a) reis, que iam
deitados.
b) santos, que iam
em pé sobre os carros.
c) santos,
deitados, e dos reis.
d) santos.
Já na parte final de Memorial do Convento mencionam-se os casamentos combinados (em
simetria), envolvendo os infantes Mariana Vitória, Maria Bárbara, José e
Fernando, negociados entre as cortes portuguesa e
a) francesa.
b) espanhola.
c) austríaca.
d) monegasca.
A Montejunto, onde aterrou a passarola, foram
a) Scarlatti (uma
vez), Baltasar (várias vezes); Blimunda.
b) Inês Antónia,
Blimunda, Baltasar.
c) Blimunda e
Baltasar.
d) Scarlatti e
Bartolomeu.
O desastre ocorrido com colega de Baltasar,
esmagado sob o carro que transportava a laje de pedra, é mais dramático porque
a) era um anão.
b) ia casar.
c) era maneta das
duas mãos.
d) projetara estar
com a mulher.
A relação do casal Baltasar e Blimunda com a
família do marido é
a) de
desconfiança.
b) de amizade.
c) fria.
d) inexistente.
A história do ermitão e da rainha foi contada
a) em duas partes.
b) em fragmentos pequenos.
c) por Baltasar.
d) de uma só vez.
«São Pedro de Roma não tem
saído muito das arcas nestes últimos anos» (p. 307) significa que
a) D. João V
deixou de comunicar com o Papa.
b) o rei deixou de
se interessar por um dos passatempos que tinha.
c) Blimunda e
Baltasar têm-se amado menos.
d) Scarlatti tem
tocado menos clássicos.
A «Ilha da Madeira» de
que se fala em Memorial do Convento é
a) Madeira e Porto Santo.
b) um bairro de casas de madeira.
c) uma oficina.
d) o arquipélago dos Açores.
José Pequeno era
a) alto.
b) boieiro.
c) porqueiro.
d) porco.
São nomes dos que integraram o transporte da
pedra de Pêro Pinheiro a Mafra
a) Manuel Milho,
Francisco Marques, Baltasar Mateus.
b) Baltasar
Mateus, João Elvas, João Pequeno.
c) Bartolomeu,
Alcino, Manuel Trigo.
d) Escarlate,
Brás, Baltasar Mateus.
Reportando-te
à p. 317 do manual — relativa ao final de Memorial
do Convento —, escolhe a melhor alínea de cada um dos itens.
Em
«Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar» (l. 5), o valor aspetual
durativo, imperfetivo, resulta, sobretudo, do
a) modificador «Durante nove anos».
b) tempo de «procurou» e do valor de «durante
nove anos».
c) sentido de ‘procurar’.
d) tempo verbal de «procurou».
Em
«e andando e buscando» (l. 8), o polissíndeto transmite-nos
a) a ideia de hesitação.
b) o valor de acumulação obsessiva.
c) um matiz aspectual perfetivo.
d) o sentido denotativo de enumeração.
O
segmento sublinhado em «veio a descobrir como é pequeno este país onde
nasceu» (ll. 8-9) corresponde a uma oração subordinada
a) adverbial temporal.
b) adjetiva relativa explicativa.
c) adjetiva relativa restritiva.
d) substantiva completiva.
Em
«dava com rostos que reconhecia» (l. 9), «chamavam-me voadora» (10), o tempo
verbal (traduzindo uma marca aspetual relacionável com a persistência e duração
das buscas de Blimunda) é o
a) Perfeito do Indicativo.
b) Mais-que-perfeito do Indicativo.
c) Imperfeito do Indicativo.
d) Presente do Indicativo.
Em
«achou o homem que procurava» (ll. 10-11), o segmento sublinhado é um
a) modificador apositivo do nome.
b) modificador restritivo do nome.
c) complemento direto.
d) modificador do grupo verbal.
Em
«Não comas, que o tempo é chegado» (l. 18), a oração subordinada é
a) adverbial causal.
b) adjetiva relativa restritiva.
c) adjetiva relativa explicativa.
d) substantiva completiva.
Entre
as linhas 21 e 24 («Quem são, perguntou a uma mulher que levava uma criança ao
colo, De três sei eu, aquele além e aquela são pai e filha que vieram por
culpas de judaísmo, e o outro, o da ponta, é um que fazia comédias de bonifrates
e se chamava António José da Silva, dos mais não ouvi falar») há
a) discurso direto, apenas.
b) discurso direto livre, apenas.
c) discurso direto, primeiro, seguido de
discurso direto livre.
d) discurso indireto livre.
Na
linha 22, são deíticos espaciais
a) «aquele», «além», «aquela».
b) «aquele», «além», «aquela», «vieram», «o
outro».
c) «eu», «aquele», «além», «aquela», «vieram»,
«o outro».
d) «aquele», «aquela».
Na
linha 25, o constituinte «os supliciados» tem a função sintática de
a) sujeito composto.
b) sujeito simples.
c) predicativo do complemento direto.
d) predicativo do sujeito.
Na
linha 27, «mais novo» desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento indireto.
d) predicativo do complemento indireto.
Em
«Então Blimunda disse, Vem» (l. 28) há
a) discurso direto.
b) discurso direto livre.
c) discurso indireto.
d) discurso indireto livre.
Escreve umas linhas finais alternativas (a partir de
«parece mais novo.», l. 27) à conclusão de Saramago (de 40 a 100 palavras).
Não optes por finais estapafúrdios fora do restante
registo, embora possas criar um desfecho igualmente mágico.
.
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Ouvida
a segunda metade do documentário sobre Memorial
do Convento na série ‘Grandes Livros’, assinala as afirmações V(erdadeiras) e F(alsas):
Em 1992, o governo decidiu afastar Evangelho segundo Jorge Jesus, de José
Saramago, da candidatura ao Prémio Literário Europeu.
José Saramago confirma usar,
como sinais de pontuação, apenas duas sinalefas: vírgula e ponto.
O estilo de Saramago incomodava o Beato Jacinto
(brevemente, Santo Jacinto).
O primeiro romance de Saramago publicado depois
de Memorial do Convento aproveitava a
figura de um heterónimo de Pessoa, Ricardo Caeiro.
Para Zeferino Coelho, foi ousadia Saramago ter
tratado de um dos heterónimos de Pessoa, já que, assim, invadia um território considerado
privativo dos pessoanos.
Em Jangada
de Ferro, Portugal separa-se da Península Ibérica.
Saramago reagiu com veemência
à discriminação de que fora objeto Evangelho
segundo Rui Vitória.
Saramago dizia escrever para desassossegar.
Entre os nomes da lista de trabalhadores de Mafra
estão nomes de três professores da Escola Secundária José Gomes Ferreira: Brás,
Horácio, Luís.
O Nobel de 1998 foi atribuído a Saramago, sendo
o primeiro concedido a um escritor de língua portuguesa.
Já antes de receber o Prémio
Nobel Saramago vivia em Laçarote, com a sua futura viúva Pilar del Mar.
Entre as adaptações ao cinema de livros de
Saramago estão Ruibarbo, Cacilheiro de pedra, Ensaio sobre a miopia, O homem duplicado.
Fernando Meirelles, conceituado realizador
brasileiro, beija Saramago na boca.
Para Miguel Real, um dos
méritos dos livros de Saramago é tratarem temas universais (em livros seus há
novas teorias do poder, do sagrado, da Península Ibérica, da história de
Portugal).
Harold Bloom considera nove
romances de Saramago impressionantes (por serem péssimos).
Zeferino Coelho diz que as obras mais vendidas
de Saramago são Memorial do Convento
e, talvez, Ensaio sobre a cegueira.
José Saramago é uma planta
comestível (mistura-se bem em saladas, com um nico de azeite).
«Saramago» era alcunha de família, mas, por erro
do funcionário do registo civil, foi assumido como apelido do futuro escritor.
Segundo Kafka (apud Saramago), o romance deve ser uma acha capaz de romper o mar
gelado da nossa consciência.
Saramago dizia não ser pessimista e que era o
mundo que era péssimo.
TPC —
Em Gaveta de Nuvens relanceia itens com Lusíadas em provas deexame. (Vai vendo também os cenários de resposta oficiais — que, nota, não são
exatamente modelos de respostas, mas sínteses-guias para o corretor.)
Aula 140 (2 [8.ª], 3 [7.ª], 4 [1.ª], 5/mai [5.ª];
o tempo seguinte, exceto na turma 12.º 1.ª, correspondeu à Aula 132) Correção de tepecê:
[Solução
possível:] Os Lusíadas transmitem, por vezes, uma visão contraditória
dos portugueses e dos seus feitos, ao conjugar momentos de elogio e de crítica.
O tom geral do poema é de enaltecimento dos
lusitanos, apresentados como heróis superadores das mais diversas provas (os
perigos marítimos, as doenças, a separação da família) e capazes,
inclusivamente, de dividir os deuses (ganhando a inimizade de Baco que,
continuamente, lhes arma ciladas).
Contudo, o poeta não abdica de uma posição
interventiva e, particularmente no final dos cantos e na sequência dos
acontecimentos relatados, manifesta grande tristeza face à perda de valores dos
portugueses e ao seu desinteresse pelas artes.
Deste modo, alia-se à exaltação épica da nação
lusa o tom disfórico de um poeta-narrador que avalia lúcida e criticamente os
efeitos da mesma expansão que canta.
Grupo I-A
Lê atentamente o
poema de Mensagem, de Fernando
Pessoa.
Prece
Senhor,
a noite veio e a alma é vil.
Tanta
foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos
hoje, no silêncio hostil,
O
mar universal e a saudade.
Mas
a chama, que a vida em nós criou,
Se
ainda há vida ainda não é finda.
O
frio morto em cinzas a ocultou:
A
mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá
o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,
Com
que a chama do esforço se remoça,
E
outra vez conquistemos a Distância –
Do
mar ou outra, mas que seja nossa!
PESSOA, Fernando, 2008. Poesia do Eu. Lisboa: Assírio &
Alvim (2.ª ed.)
Apresenta,
de forma clara e estruturada (e a caneta),
as tuas respostas aos itens que se seguem — tirados de uma prova de exame ainda
segundo o formato anterior a 2013.
1.
Estabelece a ligação entre o título e o assunto do texto.
.
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2.
Caracteriza os dois momentos temporais aludidos no texto: o passado e o
presente.
Existe claramente uma oposição entre o passado e
o presente, uma vez que, naquele tempo, apesar da «_____» (v. 2), havia «_____»
(v. 2) e «_____» (v. 5), mas, no presente, apenas restam «_____» (v. 1), o «_____»
(v. 3) e a «_____» (v. 4). Ainda assim, perante a dura e triste realidade, o
sujeito poético ainda transmite a esperança num esforço que faça rejuvenescer a
pátria e reacenda «______» (v. 10) da vida.
3.
Refere os sentimentos expressos na última estrofe, identificando a sua origem.
Na última estrofe, o sujeito poético manifesta a
sua esperança e a sua fé, pois acredita que ainda é possível revigorar a pátria
e recuperar a grandeza perdida, conquistando a «Distância» (v. 11), ou seja, o
ideal que outrora foi representado pela conquista marítima e que, agora,
associa ao Quinto Império e ao orgulho de ser português.
4.
Ao longo do texto, o sujeito poético fala em nome de um “nós” (v. 5).
Identifica o grupo em que se integra e a que dá voz no texto.
.
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Grupo I-B
“O assunto da Mensagem não são os portugueses e os
seus feitos gloriosos ou os acontecimentos históricos mais significativos, mas
a essência de Portugal e a sua missão a cumprir.”
Veríssimo, Artur, 2000. Dicionário da Mensagem. Porto: Areal
Partindo
da tua experiência de leitura de Mensagem,
de Fernando Pessoa, sintetiza, num texto de oitenta a cento e trinta palavras,
o assunto da obra.
Com efeito, ao lermos Mensagem, só uma primeira impressão desatenta nos pode fazer
pensar que as figuras e os acontecimentos a que cada poema alude visam
constituir uma galeria de heróis ou uma revisão de momentos emblemáticos da
história de Portugal, para efeitos de homenagem ou de síntese. Se é verdade que
este texto épico‑lírico parte de um núcleo histórico, é preciso também ter em
conta que o aborda segundo uma perspetiva messiânica. Os feitos concretos
perdem dimensão face à força interior dos heróis.
No único livro em português que Pessoa publicou
em vida, a ideia de predestinação dos heróis e da nação é determinante para se
aceitar um novo ressurgimento espiritual do país e a fundação do Quinto Império.
TPC — Lê Felizmente
há luar! (reproduzi o livro na íntegra em Gaveta de Nuvens — aqui e aqui — mas, é claro, é mais cómodo ler por volume em
papel).
Aula
141-142 (3 [5.ª], 5
[8.ª, 1.ª], 9/mai [7.ª]) A partir da p. 220 temos já poemas da terceira
parte de Mensagem («O
Encoberto»). Começa por ler «O Império Espiritual», no cimo da p. 220, e «Mensagem e o caminho para o Quinto
Império», na p. 221.
Depois, completa esta «tradução», do poema «Quinto Império» (p. 220).
Terás de copiar nos lugares corretos as paráfrases dos versos de Pessoa (nessas
«traduções», não pus a pontuação de final de verso).
«Traduções» a copiar nas
lacunas (aqui, desordenadas, claro):
Perante a visão que só a alma tem
Senão o destino de esperar pela morte em vida
É da natureza humana ser descontente, querer
possuir
Passados os quatro Impérios
Surgir à luz do dia
A Europa — todos esses Impérios acabaram
Pobre de quem vive seguro
Um sonho maior que faça abandonar todos os
confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Gerações passam
O Quinto Império, a Nova Vida
______________________
Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco
que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objectivo
______________________
______________________
Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais
deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
______________________
______________________
Num tempo que é feito de gerações
______________________
Mas as forças da guerra, irracionais, param
______________________
______________________
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
______________________
Ele que começou a gerar-se da noite (morte)
Grécia, Roma, o Império Cristão
______________________
Acabaram porque tudo se acaba com o tempo
Falta assim viver o Império da Verdade
O Quinto Império a que preside D. Sebastião.
A seguir, também com versos lacunares, pus uma tradução de «Nevoeiro»
(p. 222), o último poema de Mensagem.
Desta vez, cabe-te criar as paráfrases em falta.
Nevoeiro
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de
conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor triste
_____________________
Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de
paixão e vontade
_____________________
Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente
querem!
Não conhecem a sua alma — o seu Destino
______________________
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma
ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte
______________________
Portugal é, no presente, como o nevoeiro.
_____________________
À
vitória!
Só com
citações, completa esta análise de «Nevoeiro».
O poema inicia-se com uma imagem negativa de
Portugal, que estará a «_______». Portugal surge personificado, marcado pela
falta de identidade nacional (acentuada pelos quatro conetores disjuntivos em «_________»)
e por um estado de indefinição. A simbologia do título («______») ajuda nesta
caracterização depreciativa. Também boa parte do léxico da primeira estrofe
remete para a opacidade, embora em contraste com a hipótese de uma luz («______»,
«______», «______»).
Entretanto, surge o parêntese «__________», a
assinalar a passagem para um clima menos cético. A oposição de caráter
paradoxal «______» relaciona-se com a linha ideológica que estrutura Mensagem: a simultaneidade da decadência
de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois pares de anáforas («_____», «_____»;
«_____», «_____») intensificam a indefinição que envolve Portugal.
O apelo final («_____») e a saudação em latim («_____»),
pelo tom exortativo que encerram revelam a crença na mudança de um Portugal
que, no último verso da segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «_____».
Compara
este final de Mensagem com as
estâncias (quase) finais também de Os
Lusíadas (sobretudo 145-146, p. 191).
TPC — Escreve um comentário, pequena dissertação
(até duzentas palavras), em torno de «Memorial do Convento é, e não é,
uma epopeia».
Aula 143-144 (9 [5.ª], 10/mai [1.ª] 11/mai [8.ª,
7.ª]) Responde ao ponto 1 de
Pré-leitura (no cimo da p. 216),
explicando a brincadeira assente na polissemia na legenda do cartoon.
1. O cartoon apresenta o Infante D.
Henrique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Agora,
já sobre o poema «O Infante», responde aos seguintes itens de Leitura/Compreensão (no pé da p. 216).
Não deixes de ir lendo as perguntas.
1. [Não
faças. Explicarei depois.]
2. O complexo verbal apresenta a ação como uma .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .
2.1. A atuação do Infante D.
Henrique é descrita através de uma _______: é crescente e universal. Começou
por desvendar «ilhas(s)» e «continente(s)», chegando ao
«fim do mundo»
e dando assim a conhecer «a terra inteira».
3. Nos dois últimos versos, . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
4. Com o uso da segunda pessoa, . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . .
Relativamente a «Horizonte» (p. 217), resolve o ponto 1 de Leitura/Compreensão (p. 217).
a = ___; b = ___; c = ___
Sobre
o poema «O Mostrengo» (a ouvir — cfr.
p. 217 do manual), nas pp. 52-53 da edição de Mensagem que estamos a usar:
1.1
a. O poema apresenta uma
breve narrativa, em que se relata o encontro dos navegadores portugueses com o
Mostrengo (ação), sendo ambos protagonistas. Do conjunto de personagens,
destaca-se ainda o «______», que dialoga com o
monstro. A narrativa decorre «_______» (espaço) e numa «______» (tempo).
b. São características
épicas do poema a presença de uma ameaça grandiosa sobre o herói, que, no
confronto com ela, evidencia as suas marcas de grandeza (moral). O carácter
narrativo é igualmente traço épico do poema.
1.2
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[O
Adamastor simboliza todos os medos e obstáculos que os portugueses tiveram de
defrontar e ultrapassar na sua conquista dos mares. O «homem do leme» funciona
como representante de todos os lusitanos, marcados pela coragem e pela força,
que fez deles heróis na luta contra o desconhecido.]
Completa esta síntese comparativa de Os Lusíadas e Mensagem,
que retirei, com poucas adaptações, de uma sebenta de estudo para exame. (No Caderno
de apoio ao exame, pp. 14-19, há também um quadro comparativo entre as duas
obras, e até mais descritivo.)
Os Lusíadas (1572)
|
Mensagem (1934)
|
Poema _____
|
Poema épico-lírico
|
dez cantos
|
estrutura triádica: «Brasão», «_______», «O Encoberto»
|
escritos em meados do século XVI, época do declínio do
apogeu expansionista
|
escrita entre 1913 e 1934, época de desencantos
(relativamente a 1.ª República e a _______)
|
cariz _______ e descritivo; dimensão real e concreta
|
cariz abstracto e interpretativo; dimensão simbólica,
doutrinária
|
fundo histórico: a viagem do Gama
|
fundo histórico e _______: a busca de uma «Índia que
não há»
|
referência aos fundadores de Portugal pela voz de Vasco
da Gama e de Paulo da Gama, nos relatos ao rei de Melinde e ao _______
|
evocam-se os que estiveram associados aos primórdios da
nacionalidade, pedindo-se a Afonso Henriques que abençoe a pátria com o seu
exemplo
|
referem-se as lutas contra os Mouros (Batalha de
Ourique) e as lutas contra _______ (Aljubarrota; papel de Nun’Álvares)
|
Pessoa refere-se à figura de Nun’Álvares como um
messias, um «Portugal em ser»
|
relata-se a aventura da descoberta do caminho marítimo
para a Índia, incluindo adversidades e perigos (despedidas de Belém, Adamastor,
tempestade)
|
evoca-se processo de conquista do mar desconhecido («O
infante D. Henrique», «Horizonte», «Padrão», «O Mostrengo», «Ocidente», «________»)
|
_____________ é a recompensa para os portugueses que se
transcenderam
|
Pessoa sonha a recompensa: «ilhas afortunadas», «terras
sem ter lugar», onde mora o Desejado
|
D. Sebastião é a garantia e a esperança do regresso de
tempos gloriosos, ao estilo do sebastianismo tradicional
|
D. Sebastião está na base de um sebastianismo pessoano,
que, sem negar o passado, aponta para um ________ promissor
|
nas ___________ (cantos I e X), Camões reconhece em D.
Sebastião qualidades de líder
|
loucura de D. Sebastião é evocada como necessária à
criação de um novo império
|
conceito de herói épico tradicional: o que o move é a guerra contra
os __________, a expansão
|
conceito de herói mítico: o que é escolhido para
cumprir uma missão e é movido pela «febre do Além»
|
os obstáculos que o herói enfrenta levam-no à
construção de um Império terreno (nacionalismo)
|
os obstáculos que o herói enfrenta levam-no à
transcendência, a um império espiritual, o ________ (nacionalismo
universalista)
|
poeta revela desencanto pelo _______
|
poeta revela desencanto pelo presente e apela à construção de um
futuro de dimensão cultural e espiritual: «É a hora!»
|
poeta, ainda que valorizando os momentos gloriosos da
pátria, mostra tristeza pelo não reconhecimento do seu valor e pelo estado da
pátria
|
poeta pretende restaurar a grandeza da pátria,
recriando o mito ___________, essencial ao renascimento que se defende
|
a poesia serve para registar e glorificar o passado
|
a poesia, o sonho, o misticismo são as forças que
levarão ao __________
|
Itens sobre tipos de coesão em exames recentes
[2016, 1.ª fase]
6. O
uso das palavras «dele» (linha 28) e «os» (linha 29) [«O risco, correta ou
incorretamente percecionado, está por todo o lado nas nossas vidas, sendo
várias as interrogações que se podem colocar em face dele. A ciência traz-nos
constantemente novos riscos, assim como maneiras de os minimizar»] contribui
para a coesão
(A) lexical. | (B) aspeto-temporal.
| (C) frásica. | (D) referencial.
[2015, 1.ª fase]
7. No contexto em que ocorre, a palavra «Dessas»
(linha 15 [«E dá dois exemplos: na época de Dürer, existiam na língua alemã
mais de cento e cinquenta e oito palavras para designar cheiros diferentes.
Dessas, apenas trinta e duas hoje subsistem, e frequentemente como formas
dialetais muito localizadas.»]) contribui para a coesão
(A) temporal. | (B)
referencial. | (C) frásica. | (D) interfrásica.
[2014, época especial]
1.5. A utilização de «pois» (linha 4) e de «Por isso»
(linhas 25-26) contribui para a coesão
(A) frásica. | (B)
interfrásica. | (C) temporal. | (D) lexical.
[2013, 1.ª fase]
1.6. No contexto em que que ocorrem [«Sai um livro em
2012, para o ano uma coleção destes textozitos, em 2014 o que agora terminei e
uma última coleção destas prosinhas e acabou-se»], as palavras «textozitos»
(linha 7) e «prosinhas» (linha 8) [contribuem para a coesão
(A) temporal. | (B) frásica. | (C)
interfrásica. | (D) lexical.
Mais dois itens para identificação de referentes
[2012, 2.ª fase]
2.2. Indique o antecedente do determinante possessivo
que ocorre em «a sua subordinação à hegemonia das imagens» (linhas 15 e 16).
[«É, por isso, inteiramente lícito que nos interroguemos sobre a relação
possível entre o esvaziamento das palavras e a sua subordinação à hegemonia das
imagens, das quais se diz agora valerem, cada uma delas, mais do que mil
palavras, num câmbio tão duvidoso quanto sugestivo.»]
R.: _________
[2011, 1.ª fase]
2.1. Indique o antecedente dos determinantes
possessivos que ocorrem em «A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de
flora» (linhas 12 e 13). [«As terras não se cultivavam. Faziam, inertes, as
suas despedidas da fertilidade, suportavam aquela pausa intermédia entre a
morte e a inumação. A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de flora, era
o cardo. Se lhe davam folga, o cardo cobria de verde-cinzento a paisagem.»]
R.: ________
TPC — Vê solução de prova de exame em torno
do poema de Mensagem «Padrão» (Expressões, fascículo ‘Caderno de apoio
ao exame’, pp. 27-29 [páginas que também reproduzo aqui]). Sempre que
possas, vai relanceando explicações de cada poema de Mensagem (na edição comentada que pus aqui). Lembro ainda a
necessidade de ler (ainda nesta primeira quinzena de maio) Felizmente há luar! (pus reprodução na secção «Infelizmente não há
sol!» — ato I; ato II).
Aula 145-145R (9 [8.ª], 10 [5.ª, 7.ª], 11/mai [1.ª]) Depois
de, na p. 213, leres «A loucura» (Sofia Barrocas) e «D. Sebastião, Rei de
Portugal» (Fernando Pessoa, Mensagem), responde a 1.2 (pré-leitura):
1.2
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
No fim da p.
213, responde a 1. (leitura/compreensão).
1.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Já
na p. 214, resolve 2 e preenche as lacunas da resposta a 3/3.1 (nesta retirei
algumas preposições e conjunções — o poema a que se reporta este item, «D.
Sebastião», é o da p. 71 na edição de Mensagem
que estamos a usar em aula).
2. a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e =
___.
3.1. D.
Sebastião adquire ___ Mensagem um valor simbólico que
ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da determinação ___ da
coragem que ele corporiza que funcionam ___ mito inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a realidade»: «É Esse que regressarei». O Sebastianismo em Mensagem não se liga, pois, ao
caso específico ___ concreto de D. Sebastião, que não poderá, obviamente,
voltar, ___ à ideologia que lhe está subjacente. ___ do «ser que houve» ___ que ficou no
«areal» ___ a «morte», regressará a força inspiradora ___ D. Sebastião necessária
ao ressurgimento anímico da nação.
[Nas turmas 5.ª, 7.ª e 8.ª seguiu-se a aula 135 —
cfr. supra—, já feita na turma 1.ª]
TPC — Resolve o
ponto 1 / Escrita da p. 215 (dissertação sobre loucura).
Aula
146-147 (16 [7.ª, 5.ª],
17 [1.ª], 18/mai [8.ª]) Correção de tepecê sobre «Memorial é, e não é, uma epopeia».
Uma
das idiossincrasias de Felizmente Há
Luar! é haver no livro duas disposições das didascálias. Além das que estão na forma tradicional — junto das
falas das personagens, entre parênteses e em itálico —, surgem também
didascálias nas margens do texto principal, lançadas em tipo redondo (isto é,
não itálico). Nem sempre fica clara a distinção dos dois níveis, embora se
perceba que as didascálias laterais podem corresponder a uma interpretação
supletiva (que não é necessária para efeitos exclusivos da encenação).
Considerando
ambos os tipos conjuntamente, transcreve um exemplo de cada uma das funções das didascálias que abaixo
discrimino. (Socorre-te da segunda parte do primeiro acto: entre as pp. 33 e 74
[edição Areal]; 34-83 [edição Ática]. Se não houver livro com a peça na
íntegra, usa qualquer um dos excertos que estão no manual, até à p. 254.)
Comentário à própria peça (como reflexão que
poderia acontecer num texto que não fosse do género dramático):
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
Referência à posição das personagens em cena (ou
aos movimentos que fazem):
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
Indicação das atitudes,
gestos, das personagens (destinadas aos atores, sobretudo, e ao encenador):
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
Caracterização do tom de voz (e estado de
espírito) e pausas:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
Indicação imprescindível a encenador (cenógrafo,
aderecista, luminotécnico):
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
Marcação da saída ou da
entrada de personagens (o que, no fundo, corresponde ao limite de cada cena):
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .
A
preceder o texto — na p. 13 da edição Areal —, encontra-se uma lista de
personagens. Aí cada personagem (ou grupo de personagens) é apresentada
sumariamente. Identifica as apresentações em que há uma nota de ironia.
Justifica a tua resposta.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . ..
. . .
[Exercício tirado do manual Plural, como aliás o quadro seguinte:]
Reorganiza
a lista de personagens, de acordo com a tabela:
Estratos sociais
|
Apoiantes do poder absoluto
|
Apoiantes do poder liberal
|
Militares
|
||
Clero
|
||
Nobreza/Burguesia
|
||
Povo
|
Ponto
1.1/Oralidade da p. 232 (depois de se ouvir gravação ou lida a p. [7]):
a = ___; b = ___; c = ___; d= ___; e = ___.
Baarìa. A porta do vento
|
Felizmente há luar!
|
Tempo histórico vs.
Tempo da ficção/dramático
|
|
Os
trechos que vimos hoje passam-se sobretudo durante o _______ italiano, mas,
quando o filme começa, estamos numa época bem mais recente (seguindo-se esse
recuo no tempo). Dentro da analepse que vamos seguindo, há ainda um
esporádico recuo no tempo (uma analepse dentro da analepse). Vai-se perceber
que o filme é uma saga familiar, atravessando três gerações e ilustrando
grande parte da história do século ___.
|
A
ação decorre num período anterior ao liberalismo, em 1817, e está muito
concentrada (parece passar-se em dois ___), mesmo se os factos históricos
(prisão, processo de acusação, execução de Gomes Freire de Andrade) corresponderam
a um período de seis ____ (de 25 de maio a 18 de outubro). Esta época, em que
já se insinua a luta para a instauração do liberalismo, serve de metáfora
para o presente (1961), sob a _______ salazarista.
|
Espaço físico
|
|
Bagheria
(Baarìa), na Sicília. O espaço está _______ a este subúrbio de Palermo, mesmo
se vamos sabendo de deslocações das personagens para fora dele. Serve essa
concentração, essa unidade de espaço, talvez para melhor evidenciar as
mudanças trazidas pelo tempo (por exemplo, veremos as mesmas ruas ora com
gado e lama ora com asfalto e _________).
|
____
(Baixa, Rato, Campo de Santana, Serra de Santo António, avistando-se S.
Julião da Barra). A alusão aos espaços surge em falas de personagens, sendo
as didascálias económicas quanto a cenários (há informação sobre luz, som,
apresentação exterior das personagens, mas pouco se caracterizam os espaços).
O cenário que abre o 1.º ato é idêntico ao que abre o 2.º ato, o que pode
simbolizar a _____.
|
Ação dos trechos iniciais
|
|
Num
tempo em que já há bastantes automóveis (anos oitenta) vemos um miúdo, _____,
que abandonaremos pouco depois, ser desafiado, por um grupo de «populares»,
para uma aposta.
|
Grupos
de populares incluem-se na pouca «cor local» da intriga (como peça «à
Brecht», como teatro épico, aposta-se mais nos aspetos didáticos, na «declamação»
pelos ____, mais do que no realismo naturalista).
|
Chegado
à sala de aula, Peppino não entra no coro de homenagem ao _____ (o ditador
Mussolini), ao contrário da maioria dos colegas, talvez desinformados ou com
medo.
|
O
povo é figurado como ora receoso, pouco informado, descrente, constrangido
por ambiente opressivo (o da Regência, em 1817; ou, por metáfora, o do ________).
|
As
figuras secundárias da estrutura do poder ou até parte dos próprios oprimidos
não são menos ciosos da autoridade do que os chefes de que são capatazes (veja-se
a agressividade da _______ ou, no teatro, o zelo dos militares).
|
Figuras
como Vicente (do povo, mas oportunista), Andrade Corvo e ________ (delatores)
saem com um retrato mais antipático até do que o dos representantes do poder
que servem.
|
Peppino
adormece e vemos uma cena passada antes de nascer (ainda é no tempo do cinema
mudo), em que o seu futuro pai, o jovem Cicco Torrenuova, é o mais informado
do grupo, porque é o que sabe ____. Avançamos no tempo, surgindo Peppino e o
primo Nino junto de trabalhadores explorados mas submissos. E, numa cena num
teatro, representantes do poder prendem um primo de Cicco e o pai de Peppino
é dos poucos que entendem tudo (de novo, a referência a gostar de __). Ao
longo do filme, porém, ele mesmo se revelará impotente para lutar contra os
mais poderosos.
|
A
peça abre com monólogo de Manuel (que se repetirá muito semelhantemente no
início do ______ ato), que, na lista de personagens, é caracterizado como «o
mais ______ dos populares»; e, no entanto, este representante do povo vai
mostrando resignação, impotência para lutar contra o poder, apesar da
confiança que mantém no general Gomes Freire de Andrade. As suas duplas
interrogações no início dos atos («Que posso eu fazer? Sim, que posso eu
fazer?»), ao predizerem a sorte da sua classe, lembram intervenções do coro
da _____ grega.
|
TPC — Vê lista de encargos até ao fim do ano
(aqui) e vai resolvendo as tarefas segundo o teu calendário. Vê as instruções para atarefa de comentário de filme/Felizmentehá luar!).
Aula
148-148R (16 [8.ª], 17
[7.ª], 18 [1.ª] 20/mai [5.ª]) Lê o
texto “O Sebastianismo e o Quinto Império”, na p. 215 do manual.
1.
Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.7., seleciona a única opção que
permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1 A expressão “Cidadão do seu tempo” (l. 1)
desempenha a função sintática de
a) complemento oblíquo.
b) predicativo do sujeito.
c) sujeito.
d) modificador do nome
apositivo.
1.2 A forma verbal “deixou-se” (l. 1)
exemplifica a conjugação
a) pronominal.
b) pronominal recíproca.
c) pronominal reflexa.
d) na voz passiva.
1.3 A oração sublinhada na frase “Usou todos os
meios para alcançar este fim” (l. 4) é subordinada adverbial
a) final.
b) causal.
c) concessiva.
d) temporal.
1.4 No contexto, a expressão “erguer das cinzas”
(l. 4) é usada com o sentido de
a) exumar o corpo.
b) recuperar a simbologia.
c) imitar a figura.
d) reavivar a biografia.
1.5 O pronome “o” (l. 9) recupera anaforicamente
o referente
a) “Encoberto” (l. 9).
b) “Portugal” (l. 9).
c) “Quinto Império” (l. 9).
d) “Esse tal Encoberto que levaria Portugal a
constituir-se como Quinto Império.” (l. 9).
1.6 O adjetivo “redivivo” (l. 10) significa
a) regressado.
b) ressuscitado.
c) nascido.
d) figurado.
1.7 O vocábulo “sim” (l. 14) pertence à classe
a) das preposições.
b) das conjunções.
c) dos advérbios.
d) dos quantificadores.
2.
Responde de forma correta aos itens apresentados.
2.1 Identifica a função sintática desempenhada
pela oração subordinada relativa restritiva presente em “Cidadão do seu tempo,
Pessoa deixou-se arrastar pela torrente dos novos ventos que sopravam” (ll.
1-2).
__________________
2.2 Classifica a oração iniciada por “porque”,
na linha 5.
__________________
2.3 Indica o antecedente do determinante
possessivo que ocorre em “substância que essa pessoa e o seu nome simbolizam”
(ll. 10-11).
__________________
O
texto que se segue contém informações que temos vindo a referir acerca de Mensagem.
Os
espaços correspondem a segmentos de uma a cinco palavras. Muitas vezes, não
implicam uma resposta única, o que me levará a estranhar se as formulações nas
fichas de uma mesma carteira forem recorrentemente iguais.
Podemos dizer que Mensagem é uma versão moderna, espiritualizada e profética de
__________. Porém, ao contrário das epopeias clássicas, o poema de Pessoa
oscila entre o pendor épico e uma dimensão marcadamente ______, mais típica da
poesia _______. Com efeito, o estilo é, muitas vezes, o de quem escreve «à
beira-mágoa» (como se diz no único poema do livro que ___________) e, por isso,
o melhor modo de classificar Mensagem
é como poema épico-______.
As três partes de Mensagem correspondem a três momentos do Império Português:
nascimento, realização e morte. No entanto, esta última parte supõe um __________
(um novo império, no fundo). A figura do Encoberto, o regressado _________,
alude ao desastre de _________, mas simboliza sobretudo a _________. O último
________ do livro, «É a hora!», exprime esse _________.
Na primeira parte, «Brasão», temos uma galeria
das figuras da ___________. Na segunda, percorrem-se os heróis da fase da _________;
na terceira, há mais elementos ________ do que verdadeiras personalidades.
Mensagem foi publicada em _______,
tendo Pessoa morrido em Novembro de 1935. É o único livro escrito em português
que __________. Os vários poemas que o constituem têm datas diversas: por
exemplo, a segunda parte, «__________», inclui textos muito anteriores aos
começos do Estado Novo (dos textos desta segunda parte lemos em aula o homónimo
«________», «O Infante», «Horizonte», «O Mostrengo» e «Prece»). As datas desses
poemas correspondem, em geral, à época do _______, o que se pode relacionar com
o entusiasmo nacionalista que neles se sente. Já os poemas da terceira parte
foram escritos não muito antes do _______ a que o livro se destinava.
A
última vez que revimos o «Sermão de Santo António», ficámos no cap. II e
anunciámos o cap. III, ambos sobre as virtudes dos peixes.
Dissemos
que o capítulo II tratava dos elogios aos peixes, em geral, que eram estes:
foram
os primeiros animais a ser criados por
Deus;
foram
os primeiros animais a ser nomeados;
são
os animais que existem em maior quantidade e de maiores dimensões;
ouviram
Santo António;
salvaram
Jonas (a baleia é considerada como um peixe);
não
se deixam domesticar nem corromper pelos homens.
Depois,
dissemos que no capítulo III se particularizavam
as virtudes alguns peixes. Resumiremos nesta tabela (roubada a Fernanda
Carrilho, «Sermão de Santo António aos
Peixes» de Padre António Vieira, Lisboa, Texto, 2004, p. 71) as virtudes
dos quatro peixes em causa:
Entretanto,
nos capítulos IV e V, o orador passa às repreensões (de novo, em geral, primeiro — no cap. IV —, e,
depois, em particular — no cap. V).
O
exame de 2014 (1.ª fase) incidia sobre um dos peixes criticados no capítulo V:
B
Leia o texto
seguinte. Em caso de necessidade, consulte o glossário apresentado a seguir ao
texto.
Com os Voadores tenho
também uma palavra, e não é pequena a queixa. Dizei-me, Voadores, não vos fez
Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? O mar fê-lo Deus para vós,
e o ar para elas. Contentai-vos com o mar e com nadar, e não queirais voar,
pois sois peixes. Se acaso vos não conheceis, olhai para as vossas espinhas e
para as vossas escamas, e conhecereis que não sois ave, senão peixe, e ainda
entre os peixes não dos melhores. Dir-me-eis, Voador, que vos deu Deus maiores
barbatanas que aos outros do vosso tamanho. Pois porque tivestes maiores
barbatanas, por isso haveis de fazer das barbatanas asas? Mas ainda mal, porque
tantas vezes vos desengana o vosso castigo. Quisestes ser melhor que os outros
peixes, e por isso sois mais mofino que todos. Aos outros peixes do alto, mata-os
o anzol ou a fisga, a vós sem fisga nem anzol, mata-vos a vossa presunção e o
vosso capricho. Vai o navio navegando e o Marinheiro dormindo, e o Voador toca
na vela ou na corda, e cai palpitando. Aos outros peixes mata-os a fome e
engana-os a isca, ao Voador mata-o a vaidade de voar, e a sua isca é o vento.
Quanto melhor lhe fora mergulhar por baixo da quilha e viver, que voar por cima
das entenas e cair morto.
Padre António Vieira, Sermão de Santo António (aos peixes) e Sermão da Sexagésima,
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 102-103
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 102-103
glossário
entenas – antena, verga fixa a um mastro na qual se prende
uma vela triangular ou vela latina.
mofino – infeliz, desgraçado.
Apresente, de forma
bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
4. Caracterize o tipo humano que o peixe voador
simboliza, tendo por base o excerto transcrito.
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5. Explicite as consequências do comportamento do
peixe voador, fundamentando a resposta com citações textuais pertinentes.
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TPC — Repito ou digo pela primeira vez
(consoante as turmas): deves ver a lista de tarefas até ao fim do ano (aqui).
Deves ver de imediato as Instruções para
tarefa de comentário-análise de filme/Felizmente
há luar!. No verso, dou notícia de uma das outras tarefas (ver aqui).
Aula
149-150 (17 [5.ª], 18
[7.ª], 19/mai [8.ª, 1.ª]) Correção do questionário sobre «O Sebastianismo
[...]». (Ver Apresentação.)
Lê ensaios na p. 234 (acerca de teatro épico). Escreve
comentário acerca de como as duas primeiras notas marginais (manual, p. 242; Felizmente,
pp. 15-16) demonstram essa abordagem nos moldes do chamado «teatro épico».
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Relanceando as páginas iniciais (manual, 242-244; Felizmente,
15-21), comenta os sentimentos das personagens que intervêm relativamente a
Gomes Freire.
. . . . . . . . . . . . . .
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. . . .
TPC — Para uma das duas próximas aulas,
prepara a leitura em voz alta das falas do ato I de Felizmente que te tiverem calhado (cfr. tabela, que aliás passarás a trazer [ver aqui]):
Será leitura muito expressiva, dramatizada, mas
sem representação no palco. Indicações que não tenham reflexo oral —
movimentos, gestos, etc. — não são para ser assumidas. Já as pausas, os tons de
voz aconselhados nas didascálias, etc. devem ser tidos em conta. Enfim, a
leitura deve aproximar-se da que se faria para uma peça radiofónica.
As páginas na coluna à esquerda correspondem às
da edição Areal; [as outras, à edição Ática]. (Quem não tenha o Felizmente há luar! pode preparar pela
reprodução no blogue, que é da edição Areal.) As personagens a negro são as que têm falas relevantes na «cena» em
causa. As falas de personagens que não estejam a negro são assumidas pelos
leitores que se tiverem encarregado das falas imediatamente anteriores da mesma
personagem. Quanto aos leitores das falas a itálico, ou de outras que ainda
faltem, serão designados no momento.
Aula 151-152 (23 [7.ª, 5.ª], 24 [1.ª], 25/mai [8.ª]) Correção de dissertação sobre «Loucura».
Indicações para a dramatização a seguir; escolha de atores
em falta.
Leitura dramatizada do ato I. (Ver aqui lista dos
leitores/personagens.)
Lê o trecho de Felizmente há
Luar! que, na edição Areal, está entre a p. 39 (só a partir da última fala)
e a p. 42 (só até à primeira fala). Os limites são, portanto: «Principal Sousa
// Se a um ministro de Deus [...]» e «Beresford // [...] nos negócios deste
Reino».
Seguem-se perguntas de um exame que tinha à cabeça esse excerto.
1. No início do diálogo ([a primeira fala de Sousa e
a primeira fala de D. Miguel]), o principal Sousa e D. Miguel constatam uma
mudança no comportamento do povo. Refira em que consiste essa mudança,
explicando de que modo se manifesta.
. . . . . . .
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. . .
2. O principal Sousa e D. Miguel não são
indiferentes à alteração verificada no comportamento do povo. Mencione dois dos
sentimentos que essa alteração suscita em cada uma das personagens.
Essa alteração do comportamento do povo suscita
em cada uma das personagens sentimentos reveladores da grande inquietação que
as invade.
D. Miguel sente-se desiludido («. . . . . . . .
. . . . . . . .»), até porque entende sempre ter «. . . . . . . . . . . . . . .
.» e «. . . . . . . . . . . . . . . .». Acresce a impotência de ver que a «. .
. . . . . . . . . . . . . ». E acaba por exprimir desencanto face ao absurdo de
um mundo que «. . . . . . . . . . . . . . . .».
O principal Sousa manifesta, por outro lado, uma
grande determinação no sentido de cumprir «. . . . . . . . . . . . . . . .» de
«. . . . . . . . . . . . . . . .» imune aos ventos de mudança que sopram da
Revolução Francesa. É natural, portanto, que sinta ódio aos franceses, porque
eles vieram abrir os olhos aos oprimidos e acabar com o rendoso sossego dos
opressores: «. . . . . . . . . . . . . . . .». Incapaz de conter essa maré de
mudanças que avassala a sociedade portuguesa, o principal Sousa sente
indignação: «. . . . . . . . . . . . . . . .».
3. Apresente
dois dos traços caracterizadores de Beresford, ilustrando cada um deles com uma
citação do texto.
. . . . . . .
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. . .
TPC —
Vai lendo os diversos textos explicativos da unidade sobre Felizmente há luar! (os enquadrados nas pp. 241, 258, 259, 264, 269
e o texto «Portugal: 1817», nas pp. 235-236).
Aula 153-153R (23 [8.ª], 24 [7.ª], 25 [1.ª], 26/mai
[5.ª])
Itens de exame com sentidos conferidos por
marcadores ou por pontuação
[2015, 1.ª fase]
2. O uso de parênteses nas linhas 8 e 9 [«A
dificuldade de narrar um odor (é impossível fazê-lo com precisão, apenas com o
recurso a metáforas e comparações lá chegamos) está bem expressa no diálogo
perfumado de ironia das Investigações Filosóficas, quando Wittgenstein
pergunta: «Procuraste já descrever o aroma do café sem conseguir?»]
justifica-se pela introdução de uma
(A) conclusão. | (B) transcrição. | (C) explicação. | (D) enumeração.
[2015, 2.ª fase]
5. A utilização de dois pontos na linha 2 e na linha
8 [«Tenho a sorte de já ter assistido duas vezes a Os Maias de João Botelho. Em maio vi a versão longa, na Cinemateca,
pelo que agora escolhi a versão curta. Hesitei nesta escolha: pensei que seria
como ler o resumo em lugar de regressar – como tantas vezes já regressei – ao
grosso volume do romance de Eça de Queirós. E quem quer ler um resumo quando
pode perder-se numa das mais perfeitas narrativas da literatura portuguesa? Não
me arrependo de ter escolhido ambas. A montagem do filme permite que não falte,
nem numa nem na outra, qualquer episódio ou fala essencial para o completo
entendimento da obra. Em ambas as versões as palavras iniciais são uma
surpresa: “A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa no outono de
1875...”.»] serve para introduzir, respetivamente,
(A) uma explicação e uma enumeração. | (B) uma explicação e uma citação.
| (C) uma enumeração e uma explicação. (D) uma enumeração e uma citação.
[2014, 2.ª fase]
1.3. No contexto em que ocorre, a expressão «Por outro
lado» (linha 19 [«Nesta linha, criticou fortemente a atuação da Inquisição e
propôs uma reforma séria dos estilos, isto é, de algumas práticas judiciais
deste tribunal, nomeadamente o facto de manter sob anonimato os denunciantes e
realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos. Por outro lado, Vieira foi um
precursor de uma reflexão crítica que favoreceria a emergência de uma
consciência moderna do que se veio a designar mais tarde por Direitos
Humanos».]) é equivalente a
(A) em contrapartida. | (B) por sua vez. | (C) assim. | (D) além disso.
[2014, época especial]
1.6. No texto, a palavra «nascimento» (linha 10 [«Foi
nesta carta a Adolfo Casais Monteiro que Pessoa descreveu o «nascimento» de
Caeiro. Apesar de os estudos pessoanos terem demonstrado que a carta não diz
toda a verdade sobre a criação do heterónimo, nem dos poemas, a verdade é que
aquilo que nela haverá de ficção serve para que Pessoa continue o seu jogo
infinito com as racionalmente definidas fronteiras do real e do irreal.»])
encontra-se entre aspas porque se pretende destacar
(A) uma citação. | (B) uma expressão irónica. | (C) um sentido figurado.
| (D) um título.
[2013, 2.ª fase]
1.5. A questão iniciada
por «Mas» (linha 23), relativamente à questão colocada na linha 21, corresponde
[«Isso confirma
que este livro é a chave para a sua poesia. — Em certo
sentido, é a revelação dos recessos da minha poesia, de um certo número de
segredos. Todos temos segredos e eu revelo alguns, importantes, que ajudam o
leitor a perceber que aquele sujeito que lia o Dante ou o Camões era um
indivíduo que podia morrer.
A sua poesia ainda tem segredos para si? — A minha
poesia é uma luta contra a morte. Contra esse erro que é a morte.
Mas tem zonas obscuras ou tudo nela é
cristalino para si? — A vida é cristalina, a morte é repelente. Nunca percebi como, no
mistério da criação, pode existir a morte. Nisso sou do contra. E procuro o
quê? Procuro exaltar tudo o que a vida tem de bom.»]
(A) à introdução de uma ideia nova, oposta à anterior. | (B) a uma síntese da
opinião do entrevistado. | (C)
a uma leitura alternativa da obra do poeta. | (D) à clarificação
daquilo que se pretende perguntar.
[2013, época especial]
1.4. Ao utilizar a interrogação retórica, na linha 24
[«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se
conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto
que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer
vivo enquanto espera por nós. É infiel.»], o autor
(A) solicita uma informação. | (B) reforça uma opinião. | (C) introduz
uma ideia nova. | (D) reformula um pedido.
O
conceito de Marcador discursivo pode ser considerado como um
hiperónimo de unidades discursivas
invariáveis, apresentando
várias funções no plano do texto, como: ligar segmentos maiores ou menores do
discurso; organizar os enunciados em blocos (partes) textuais; contribuir para
a interpretação dos enunciados; indicar o sentido da conexão dos enunciados;
introduzir novos temas e registos discursivos diferentes; facilitar a
interpretação do texto; manter e orientar o contacto do locutor com o
interlocutor.
Os marcadores discursivos podem subdividir-se em várias classes:
Estruturadores de
informação
|
Têm
a função de ordenar a informação, assegurando a abertura, o desenrolar e o
fecho de uma série.
Podem
apresentar três possibilidades de origem semântica (enumeração, lugar,
tempo).
|
enumeração: em primeiro lugar,
inicialmente, de um lado, em segundo lugar, em seguida, depois, por último,
finalmente, por outro lado, para terminar, em síntese, etc.
lugar: atrás, além, de um
lado, na frente, em cima, à esquerda, etc.
tempo: então, em seguida, (e)
depois, após, na véspera, no dia seguinte, etc.
|
Conectores
|
Têm
a função de ligar enunciados ou sequências de enunciados, estabelecendo uma
relação semântica e pragmática entre os membros da cadeia discursiva.
Morfologicamente,
são unidades linguísticas invariáveis; pertencem às seguintes classes de
palavras: interjeições, advérbios e conjunções.
|
Conectores aditivos ou
sumativos:
além disso, ainda por cima, do mesmo modo, igualmente, etc.
Conectores conclusivos
e explicativos:
por
consequência, logo, portanto, de modo que, donde se segue, etc.
Conectores contrastivos
ou contra-argumentativos:
sem
embargo, não obstante, todavia, contudo, de qualquer modo, em todo o caso
|
Reformuladores
|
Têm a função de explicação e de
retificação.
|
por
outras palavras, ou seja, dizendo melhor, ou antes, etc.
|
Operadores discursivos
|
Têm a função de reforço
argumentativo e de concretização.
|
de
facto, na realidade, por exemplo, mais concretamente, etc.
|
Marcadores conversacionais
|
Têm a função de manter e orientar
o contacto do locutor com o interlocutor.
|
ouve,
você sabe, então, olha, presta atenção, homem,
etc.
|
Como se pôde verificar, os conectores discursivos são uma classe
dos marcadores discursivos: o seu
significado dá instruções, que vão orientar o recetor na interpretação dos
enunciados, na construção das inferências, no desenvolvimento dos argumentos e
dos contra-argumentos; verificam-se tanto na sua realização oral como na
realização escrita.
O termo conexão corresponde ao encadeamento de enunciados, podendo ser
assegurado por marcadores discursivos e pela pontuação (na escrita).
Todo o texto e tabela em cima são
adaptações de um trecho de Inês Silva & Carla Marques, Estudar Gramática no Ensino Secundário ([Lisboa?], Asa, 2011).
No nosso manual (p. 344) há uma
lista de conectores e ideias que exprimem.
Classificação
de orações
Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário, Porto, Porto Editora,
2016, pp. 127 e 134:
Exercícios
tirados de Maria Regina Rocha, Gramática
de Português. Ensino Secundário, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 248-249,
253:
1. Registe no lugar
correto a natureza e o tipo da oração sublinhada.
Oração
|
Coordenada
|
Subordinada
|
a)
A Maria tem muita pena, mas não
pode ir à festa.
|
Adversativa
|
—
|
b)
Já te disse que não gosto de filmes
de terror.
|
||
c)
Fiz as malas e parti para Londres.
|
||
d)
A Sofia era a rapariga que falava
em voz baixa.
|
||
e)
Queres gelatina ou preferes salada
de frutas?
|
||
f)
Mal o despertador tocou, o
Carlos levantou-se.
|
||
g)
O nevoeiro era tanto que não se via
nada.
|
||
h)
Se não nos despachamos,
perdemos o autocarro.
|
||
i)
Embora já fosse tarde, ele
ficou a ouvi-la.
|
||
j)
Ele não está a dormir, pois a luz
está acesa.
|
||
k)
Como não estavas cá, não
ouviste a conversa.
|
||
l)
Quem não sabe nadar não
deve entrar no rio.
|
2.
Classifique as orações sublinhadas.
e)
A Ana não lavou a loiça nem limpou a casa, mas passou a ferro toda a
roupa.
f)
Por mais que eu lhe pedisse que viesse connosco, não a consegui
convencer.
12. Faça a correspondência
entre cada uma das orações sublinhadas e a função sintática desempenhada.
O
que se segue são os itens 4 e 5 de dois exames com Frei Luís de Sousa. Como se sabe, as perguntas 4 e 5 podem
ocupar-se ainda do «Sermão de Santo António» do Padre António Vieira, de algum
poema de Cesário Verde (com relevo para «O Sentimento dum Ocidental» —
releiam-no e vejam o ensaio sobre ele), de poema lírico de Camões ou até de
texto contemporâneo (de escritor «dado» no 10.º ano, mas sem que, nestes casos,
haja matéria estudável significativa — daremos um exemplo com a lírica, se
ainda for possível).
2015,
época especial — grupo I-B
Leia o texto.
CENA VI
ROMEIRO, TELMO; e MADALENA de fora, à porta do fundo
Madalena — Esposo, esposo! abri-me, por quem sois. Bem sei que aqui estais:
abri.
Romeiro — É ela que me chama. Santo Deus! Madalena que chama por mim...
Telmo — Por vós!
Romeiro — Pois por quem?... não lhe ouves gritar: — «esposo, esposo»?
Madalena — Marido da minha alma, pelo nosso amor te peço, pelos doces nomes que
me deste, pelas memórias da nossa felicidade antiga, pelas saudades de tanto
amor e tanta ventura, oh! não me negues este último favor.
Romeiro — Que encanto, que sedução! Como lhe hei de resistir!
Madalena — Meu marido, meu amor, meu Manuel!
Romeiro — Ah!... E eu tão cego que já tomava para mim!... Céu e Inferno!
abra-se esta porta... (Investe para a
porta com ímpeto; mas para de repente.) Não: o que é dito, é dito. (Vai precipitadamente à corda da sineta, toca
com violência; aparece o mesmo irmão converso, e a um sinal do romeiro ambos
desaparecem pela porta da esquerda.)
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 214-216
4. Analise a evolução do estado de espírito do
Romeiro ao longo desta cena.
. . . . . . .
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5. «Por vós!» (linha 8). Explique esta exclamação
proferida por Telmo, tendo em conta o seu conhecimento da obra.
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. . .
2014, 2.ª fase — grupo
I-B
Leia o texto seguinte.
MADALENA — Meu
adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu contra
esses poderosos? Eles já te querem tão mal pelo mais que tu vales que eles,
pelo teu saber – que esses grandes fingem que desprezam... mas não é assim, o
que eles têm é inveja! – O que fará, se lhes deres pretexto para se vingarem da
afronta em que os traz a superioridade do teu mérito! – Manuel, meu esposo,
Manuel de Sousa, pelo nosso amor...
JORGE — Tua mulher
tem razão. Prudência, e lembra-te de tua filha.
MANUEL — Lembro-me de
tudo, deixa estar. Não te inquietes, Madalena: eles querem vir para aqui amanhã
de manhã; e nós forçosamente havemos de sair antes de eles entrarem. Por isso é
preciso já.
MADALENA — Mas para
onde iremos nós, de repente, a estas horas?
MANUEL — Para a única
parte para onde podemos ir: a casa não é minha... mas é tua, Madalena.
Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa,
Comunicação, 1982, pp. 120-121
4. Caracterize Manuel, tendo em conta quer as falas
de Madalena, quer as decisões por ele tomadas.
. . . . . . .
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. . .
5. Explique os comportamentos manifestados por
Madalena e por Manuel no excerto transcrito, fundamentando a sua resposta com
elementos textuais pertinentes.
. . . . . . .
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. . .
TPC — Vai estudando gramática (por exemplo,
orações e conjunções, que foram aspeto revisto hoje).
Aula
154-155 (24 [5.ª], 25 [7.ª],
26/mai [8.ª, 1.ª]) Correção de trabalho feito na aula anterior.
As
cenas de Felizmente há luar! a que
alude o ponto 1 da p. 251 são as que estivemos a rever em filme. Resolve o
ponto 1.1 da p. 251 do manual (espero que o teu livro, adquirido sabe-se lá por
que vias, não tenha já escrevinhadas as soluções — que aliás sei estarem
erradas):
linha
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parvoíce
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emenda inteligentíssima
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2
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4
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6
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7
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9
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12
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14
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19
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22
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25
|
||
26
|
||
29
|
À parte da peça que estivemos a rever sucedem as
falas em «O chefe da revolta» (pp. 252-254). Responde a estas perguntas (no
manual, mas roubadas a prova de exame):
1. Refere a importância do excerto transcrito para
o desenvolvimento da ação da peça.
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . .
3. Relê a frase: «Trata-se de um inimigo natural
desta regência.» (l. 44). Explica como, no contexto, esta réplica de Beresford
tem um efeito irónico.
. . . . . . .
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. . .
Se houver tempo, podes fazer o ponto 3 da p. 256
(mas não deve haver):
a. = __ | b = __ |
c = __ | d = __ | e = __
Talvez vejamos ainda o excerto de Conta-me como foi referido no ponto 1 da
mesma p. 256. Se sim, pensemos de que modo o vídeo (e o cartoon) representam metaforicamente a situação retratada em Felizmente há luar!.
Baarìa. A porta do vento
|
Felizmente há luar!
|
Guerra e ocupação estrangeira
|
|
Retomámos
hoje o filme no momento em que se resolvia a guerra, a _____ Guerra Mundial,
com o desembarque dos aliados e os saques por parte do povo (tendo mais sorte
Peppino do que a futura namorada, Mannina). Soldados _____ são bem recebidos
— a sua chegada é vista como libertadora —, com Mannina a ser a melhor a
interpretar o que querem. Estamos em 1943.
|
O
período que se vive é ainda consequência da guerra, isto é, das _____
francesas (1807, 1809, 1810). Por fuga e estratégia, a corte portuguesa fora
para o Brasil em 1808. Na peça estamos em 1817. Chegados para ajudar os portugueses,
militares _____ estão instalados no país já há muito — desde 1808 —, o que
não agrada ao povo. Quem governa é o Conselho da Regência.
|
Organizações políticas e secretas
|
|
Vive-se
num momento de evolução política: por um lado, o fim do ____; por outro, em
termos de regime, perspetivava-se a mudança de monarquia para república.
Vemos Peppino a inscrever-se no Partido ___. Assistimos a um comício (na
sequência do qual, Peppino e Nino lutam entre si, só depois se identificando)
e à mobilização de massas por alturas do assassinato de populares. E há
outros testemunhos da repressão e da exploração de camponeses e operários.
Entretanto, apercebemos-nos dos pequenos expedientes, ora políticos ora
comerciais, em que se envolve ___.
|
Por
falas de personagens, sabemos do papel que teria a ___ (aparece também referida
como «os pedreiros livres») na promoção de uma mudança política. Gomes Freire
era mação (e, aliás, grão-mestre); os próprios Andrade Corvo e Morais
Sarmento pertenciam a uma loja maçónica. Pelos cafés, pelos botequins,
germinava o ambiente que prenunciava a revolta ___ de 1820; e havia pasquins
revolucionários afixados. Nesta altura, em 1817, estaria em curso uma
conspiração ou, pelo menos, o poder fez que se fizesse crer que estava em curso
essa conjura, alegadamente chefiada por ___.
|
TPC — Preparação das leituras para as duas Ligas: os leitores do jogo iota [ι] de ambas as ligas preparam as falas em «Matilde
de Melo» (p. 257-258); os leitores dos jogos capa [κ], as falas nas duas primeiras páginas (259-260)
de «Neste reino as almas não são caras»; os leitores dos jogos lambda [λ], as falas do mesmo texto mas na parte que está
nas pp. 261 a 263; os leitores dos jogos mü (ou mi) [μ], as falas do texto «Felizmente há luar!» (pp.
266-268). (As didascálias — marginais ou inseridas no texto — não são para ler,
é claro. A leitura será dramatizada.) Entretanto,
aqueles a quem for devolvendo os textos sobre Felizmente/filme devem lançar as emendas que marquei e enviar-me de
novo o ficheiro (num anexo).
Aula
158-159 (31/mai [5.ª,
7.ª], 1/jun [8.ª, 1.ª]) Recitações de
poemas de Mensagem.
Questionário ao estilo de grupo II sobre linguagem
de Felizmente Há Luar!:
Lê
atentamente o texto «A linguagem em Felizmente
Há Luar!», presente na página 264 do manual.
1.
Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.7., seleciona a única opção que
permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1
O verbo utilizado na primeira oração do texto é
a) transitivo direto.
b) intransitivo.
c) copulativo.
d) transitivo-predicativo.
1.2
O uso da conjunção «e» em «são dotadas de uma profunda sensibilidade e poder
metafórico» (ll. 4-5) justifica-se por
a) ligar orações coordenadas.
b) associar elementos linguísticos com a mesma
função sintática.
c) unir nomes.
d) juntar expressões constituídas por um nome e
um adjetivo.
1.3
A expressão «dar conta de» utilizada em «as palavras de Beresford, principal
Sousa e D. Miguel dão conta de um sentido prático» (ll. 5-6) significa
a) disfarçar.
b) revelar.
c) enumerar.
d) desejar.
1.4.
No contexto, os termos «discurso» (l. 7) e «vozes» (l. 7) mantêm uma relação de
a) equivalência.
b) hierarquia.
c) oposição.
d) inclusão.
1.5
O correferente «as» (l. 11) evita a repetição do referente
a) «falas» (l. 10).
b) «falas muito longas» (l. 10).
c) «discursivas» (l. 10).
d) «algumas» (l. 11).
1.6
Com o uso conjugado de «não só» e «mas também» (ll. 16-17) o enunciador insere
a) uma ligação consecutiva.
b) um nexo causal.
c) uma exemplificação.
d) uma conexão aditiva.
1.7
A repetição das palavras «linguagem» (ll. 1 e 2), «palavras» (ll. 4, 5 e 17) e «falas»
(ll. 10, 11 e 16) contribui para garantir a coesão
a) temporoaspetual.
b) lexical.
c) referencial.
d) interfrásica.
2.
Responde de forma correta aos itens apresentados.
2.1
Justifica o uso das vírgulas na passagem «um sentido prático, utilitário,
material.» (l. 6).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2
Identifica a função sintática de «pela utilização de um nível popular da
língua» (l. 8).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3
Indica a classe a que pertence a palavra «se» (l. 4).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.2
Identifica a função sintática de «falas muito longas» (l. 10).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.3
Indica a classe a que pertence a palavra «que» (l. 12).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Depois de
assistirmos a um trecho de Baarìa:
Baarìa. A porta do vento
|
Felizmente há luar!
|
As personagens femininas principais
|
|
_______
só ganha importância no filme a partir do momento em que ______ dela se
enamora. É então uma jovem decidida, que rejeita o noivo que lhe querem impor
e chega a incitar Peppino a fugirem ambos. Parte do seu retrato posterior
resultará da ausência do marido: ela é a mãe de família que ____ pelos filhos
num contexto de dificuldades, enquanto Peppino se dedica à política ou está
emigrado. Pobre e cansada, revela _____, o que advém de ter de prover às
necessidades dos filhos. São a sua preocupação principal, por eles aceitando
pedir _____ a comerciantes e mostrando sentido prático (que, no fundo,
contrasta com a quase alienação do marido, que nos aparece como ____, um
pouco vaidoso e egoísta). Mannina é uma personagem relativamente _____, que
mantém um comportamento sempre idêntico.
|
_______
só intervém no ato II, já depois de se saber que ______ fora preso. Antes de
conhecer o segundo marido, quase morrera «aperreada entre paredes sem janelas
donde se visse o mundo». Parte do seu atual retrato resulta da ausência do
marido: ela é a mulher apaixonada que, apesar da debilidade em que se encontra,
procura _____ o General, encarcerado em São Julião da Barra. Desesperada,
mostra ______, mesmo se, a partir de certa altura, ganha consciência da dificuldade
da sua luta. Confessa que, se o ______ fosse vivo, o aconselharia a ser
cobarde e ter preocupações materiais (o que lhe serve de contraste com a
atitude _____, justa e desinteressada do marido). Matilde é uma personagem redonda,
com psicologia _____, que vai percorrendo vários estados de espírito.
|
TPC — Na próxima aula, testaremos a gramática. Formato será o dos dois
trabalhos do período passado (tabela para se escrever ao lado a classificação
pedida). Conteúdos voltarão a ser, em primeiro lugar, a classificação de
orações e, em segundo lugar, a identificação de funções sintáticas (no fundo,
as matérias que mais costumam sair nas três ultimas perguntas do grupo II).
Outros conteúdos que posso abordar mas em muito menos itens: classes de
palavras; atos ilocutórios; aspetos; processos (morfológicos e irregulares) de formação de palavras;
recursos estilísticos; etc.
Trabalho de averiguação de leitura de Memorial do
Convento (que é só para alguns) será também na próxima aula. Verei como o
vou elaborar, mas é improvável que use itens de escolha múltipla. Quem leu a
obra (não estou a pensar em livros de resumos, é claro) nada tem de recear.
Aula
160-161 (1 [7.ª], 2/jun [1.ª, 5.ª, 7.ª]) Correção de
questionário sobre «A linguagem de Felizmente
há luar!» (ver Apresentação).
Questionário de gramática:
Versão com brigadeiro
de chocolate
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Como
estudaste muito,
vai ser facílimo.
|
|
Para
que ele seja feliz,
dou os meus dois rins.
|
|
O
Eleutério recita melhor do que lê.
|
|
Éderson, que chuta com força, assinou pelo City.
|
|
Desde
que saibas gramática,
isto é canja.
|
|
O advogado defendeu que o homicida era boa pessoa.
|
|
A
maternidade onde nasci já não existe.
|
|
Não só é inteligente como estuda desalmadamente.
|
|
Depois que toque, recolherei as provas de
exame.
|
Classifica
a função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
Naquele
dia chegavam as estátuas a Mafra.
|
|
Comprei
a barraca que me aconselhaste.
|
|
A
Isabel abraçou-nos com amizade.
|
|
A
aluna chegou ontem de Belo Horizonte.
|
|
Este cocó de cão parece um brigadeiro de chocolate.
|
|
Achei
os exames deste ano mais difíceis.
|
Indica o processo de formação (derivação por prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por
parassíntese; conversão, derivação não afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
ensolarado
|
|
[o]
toque (< tocar)
|
|
agronomia
|
Indica o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
Temos
jantado no Edmundo todas as sextas.
|
|
O
aluno resolvia o teste e comia a sua merenda.
|
Versão com
sola de sapato
Classifica
as orações sublinhadas (pretendo uma classificação completa da oração).
A
Adília comeu o caracol que lhe ofereci.
|
subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Beresford gostava de Portugal, pois prezava o seu
salário.
|
|
O café Império, onde se comem belos bifes, não
fecha hoje.
|
|
Sempre que comes sola de sapato,
ficas indisposto.
|
|
A rapariga cuja saia é verde não é Matilde de
Melo.
|
|
O professor perguntou-lhe se estudara as substantivas.
|
|
Mesmo que bebesse muito, Pessoa escrevia
sempre bem.
|
|
Ora recitam Pessoa, ora dramatizam Sttau Monteiro.
|
|
Já que não sabes russo, tens de perguntar à
Anastasiia.
|
|
Matilde gritava tanto, que Gomes Freire preferiu a
forca.
|
Classifica
a função sintática do segmento sublinhado.
Estimados alunos, por favor, não resolvam
este grupo.
|
vocativo
|
Ela
viu-me na Síria.
|
|
Os adeptos do Vitória, que é de Guimarães,
molharam-se.
|
|
Considero Marco Silva muito superior a Jesus.
|
|
O
padre Bartolomeu regressou da Holanda.
|
|
Nas escadas da ESJGF pisamos cocós de cão constantemente.
|
|
Eleutério,
vieram agora os jornais da manhã!
|
Indica o processo de formação (derivação por prefixação, por sufixação, por prefixação e sufixação, por
parassíntese; conversão, derivação não afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia).
amável
|
derivação
por sufixação
|
[o]
comer (< comer)
|
|
conta-gotas
|
|
ajoelhar
|
Indica o valor aspetual (genérico, perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo).
Benfica
é uma boa zona.
|
genérico
|
Estou a fazer o raio do teste com toda a facilidade.
|
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Resolvi bem o último item do sacana do trabalho.
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Para
responderes a perguntas segundo o modelo do grupo I-A dos exames, lê com
atenção os excertos seguintes de «A Passagem das Horas», de Álvaro de Campos.
1. Identifica a fase da
obra do heterónimo pessoano em que se integra o poema, fundamentando
devidamente a tua resposta.
Sentir tudo de todas as
maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma cousa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
5 Num só momento difuso,
profuso, completo e longínquo.
Eu quero ser sempre aquilo com
quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde
ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja uma flor ou uma ideia
abstrata,
10 Seja uma multidão ou um
modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de
tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente
de ser superior,
15 E por isso é uma
superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de carácter,
E simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.
20 Sim, como sou rei absoluto na minha simpatia,
Basta que ela exista para que
tenha razão de ser.
Estreito ao meu peito arfante num abraço comovido
(No mesmo abraço comovido)
O homem que dá a camisa ao pobre
que desconhece,
25 O soldado que morre pela
pátria sem saber o que é pátria,
E…
E o matricida, o fratricida, o incestuoso, o violador de crianças,
O ladrão de estradas, o
salteador dos mares,
O gatuno de carteiras, o sombra que espera nas vielas –
30 Todos são a minha amante
predileta pelo menos um momento na vida.
[…]
Multipliquei-me para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir
tudo,
Transbordei, não fiz senão
extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
35 E há em cada canto da
minha alma um altar a um deus diferente.
Fernando
Pessoa, Poesia dos Outros Eus, edição de Richard
Zenith, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007
2. Para Álvaro de Campos, a única realidade é a sensação. Explica como
esta realidade se torna visível no poema.
3. Identifica os
mecanismos linguísticos e estilísticos utilizados para transmitir a forte carga
emotiva e o sensacionismo dinâmico ao longo do texto.
4. O poema constitui uma intensa e paradoxal autorreflexão. Comprova a
afirmação com elementos textuais.
1. O
texto insere-se na fase futurista/sensacionista da obra de Álvaro de Campos,
uma vez que se caracteriza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .
2. Para
o sujeito poético, o mais importante é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . Afirma que . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. A
emotividade e o dinamismo servem-se, no plano da linguagem e do estilo, dos
seguintes recursos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . .
4. O
poema está centrado no “eu”, que se torna presente, no discurso, através de deíticos
de primeira pessoa, como pronomes (. . . . . . . . . .), determinantes (. . . .
. . . . . .) e formas verbais (. . . . . . . . . .). O sujeito poético reflete
sobre o seu sensacionismo que, por ser tão exacerbado, confere à sua
personalidade uma dimensão paradoxal, expressa em afirmações como as presentes
nos versos 12-13 e 16-17 e resumidas no verso final da composição (que
sintetiza metaforicamente a sua veneração por aspetos distintos, mesmo que contraditórios).
Leitura em voz alta de «Luís de Camões, esse
desconhecido» (pp. 150-151) e de «Pessoa responde a Ana Moura» (pp. 25-26),
para efeitos das semi-finais das duas Ligas.
TPC — Se ainda não o fizeste, não esqueças
de enviar reformulações de trabalhos que te tenha devolvido. Ainda antes da
última aula lançarei todos as análises filme/Felizmente
com as respetivas notas (mas antes do fim de semana não conseguirei afixar quase
nada).
Os
alunos a quem pedi que tratassem de tarefas há muito atrasadas — e se não o
fizeram já — deviam ainda ver o que podem enviar-me (embora já não comprometa a
ver tudo com a mesma simpatia que tenho com os vossos trabalhos em geral).
Para a final da Liga
dos Campeões, servirá o soneto «Fernando Pessoa» (p. 149), de Manuel
Alegre; para a final da Liga Europa, o soneto «A Camões» (p. 148), de Manuel
Bandeira.
Sugestão
de tepecê: fazer a dissertação 2 ou 3 da p. 272 (não façam exatas duzentas palavras,
por favor). Prometo trazê-la corrigida para alguma sessão de «cábulas» que
venhamos a fazer antes do exame.
Aula
162-163
(5 [1.ª], 6/jun [7.ª, 5.ª,
8.ª]) Correção do questionário de gramática da penúltima aula.
Soluções
do trabalho de gramática
Versão com brigadeiro de
chocolate
Como
estudaste muito,
vai ser facílimo.
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subordinada
adverbial causal
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Para
que ele seja feliz,
dou os meus dois rins.
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subordinada
adverbial final
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O
Eleutério recita melhor do que lê.
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subordinada
adverbial comparativa
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Éderson, que chuta com força, assinou pelo City.
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subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Desde
que saibas gramática,
isto é canja.
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subordinada
adverbial condicional
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O advogado defendeu que o homicida era boa pessoa.
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subordinada
substantiva completiva
|
A
maternidade onde nasci já não existe.
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subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
Não só é inteligente como estuda desalmadamente.
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coordenada
copulativa
|
Depois que toque, recolherei as provas de
exame.
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subordinada
adverbial temporal
|
Naquele
dia chegavam as estátuas a Mafra.
|
sujeito
|
Comprei
a barraca que me aconselhaste.
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modificador
restritivo do nome
|
A
Isabel abraçou-nos com amizade.
|
complemento
direto
|
A
aluna chegou ontem de Belo Horizonte.
|
complemento
oblíquo
|
Este cocó de cão parece um brigadeiro de chocolate.
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predicativo
do sujeito
|
Achei
os exames deste ano mais difíceis.
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predicativo
do complemento direto
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ensolarado
|
parassíntese
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[o]
toque (< tocar)
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derivação
não afixal
|
agronomia
|
composição
morfológica
|
Temos
jantado no Edmundo todas as sextas.
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iterativo
|
O
aluno resolvia o teste e comia a sua merenda.
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imperfetivo
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Versão com sola de sapato
Beresford gostava de Portugal, pois prezava o seu
salário.
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coordenada
explicativa
|
O café Império, onde se comem belos bifes, não
fecha hoje.
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subordinada
adjetiva relativa explicativa
|
Sempre que comes sola de sapato,
ficas indisposto.
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subordinada
adverbial temporal
|
A rapariga cuja saia é verde não é Matilde de
Melo.
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subordinada
adjetiva relativa restritiva
|
O professor perguntou-lhe se estudara as substantivas.
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subordinada
substantiva completiva
|
Mesmo que bebesse muito, Pessoa escrevia
sempre bem.
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subordinada
adverbial concessiva
|
Ora recitam Pessoa, ora dramatizam Sttau Monteiro.
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coordenada
disjuntiva
|
Já que não sabes russo, tens de perguntar à
Anastasiia.
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subordinada
adverbial causal
|
Matilde gritava tanto, que Gomes Freire preferiu a
forca.
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subordinada
adverbial consecutiva
|
Ela
viu-me na Síria.
|
complemento
direto
|
Os adeptos do Vitória, que é de Guimarães,
molharam-se.
|
modificador
apositivo do nome
|
Considero Marco Silva muito superior a Jesus.
|
predicativo
do complemento direto
|
O
padre Bartolomeu regressou da Holanda.
|
complemento
oblíquo
|
Nas escadas da ESJGF pisamos cocós de cão constantemente.
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modificador
do grupo verbal
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Eleutério,
vieram agora os jornais da manhã!
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sujeito
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[o]
comer (< comer)
|
conversão
|
conta-gotas
|
composição
morfossintática
|
ajoelhar
|
parassíntese
|
Estou a fazer o raio do teste com toda a facilidade.
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imperfetivo
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Resolvi bem o último item do sacana do trabalho.
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perfetivo
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Finais da Liga Europa («A Camões», de Manuel
Bandeira) e da Liga dos Campeões («Fernando Pessoa», de Manuel Alegre).
Tarefas
mais importantes do 3.º período
Leitura
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Aula (& Casa — supunha-se a leitura prévia da obra)
|
Questionário para
verificação da leitura de Memorial do
Convento (aula 138-139)
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Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos
|
Escrita
|
Aula
|
Itens de grupo I sobre invocação às Tágides e
às ninfas do Mondego (aula 128-129)
|
Itens de grupo I sobre regresso das naus (aula
133-134)
|
Itens de grupo I sobre final de Memorial do Convento (aula 136-137)
|
Itens de grupo I sobre Felizmente há luar! (aula 151-152)
|
Itens de grupo I sobre Felizmente há luar! (aula 156-157)
|
Perceção
da capacidade de redigir para depois ler em aula
|
Casa
|
Alfabeto Pessoano (tepecê da aula 126-127)
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Comentário acerca de aspetos épicos e
antiépicos de Os Lusíadas (tepecê
da aula 130-131)
|
Dissertação sobre tema na p. 196 —
pedagogia/atualidade de Lusíadas (tepecê
da aula 136-137)
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Dissertação sobre «Memorial é, e não é, uma epopeia» (tepecê da aula 141-142)
|
Dissertação sobre «Loucura» — p. 215 (tepecê
da aula 145)
|
Comentário/análise comparativo de filme e Felizmente há luar! (tepecê de aula
146-147)
|
Reformulação do texto anterior (tepecê da aula
156-157)
|
[Dissertação 2. ou 3. da p. 272 (tepecê da
aula 160-161)]
|
Compreensão oral/Produção oral
|
Aula (& preparação em Casa)
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Produção oral (sem leitura no momento)
|
Recitação de poema de Mensagem (anunciada no tepecê da aula 146-147; realizado na aula
158-159)
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Leitura + Produção oral
|
Leitura dramatizada de Felizmente há luar! (tepecê da aula 102-103; realizado na aula
151-152)
|
Leituras expressivas de textos diversos para
vencedores das leituras anteriores (aula 156-157 e ss.)
|
Gramática
|
Gramática + Compreensão
|
Aula
|
Questionário sobre «O Sebastianismo e o Quinto
Império», tipo grupo II (aula 148 ou
149-150)
|
Questionário sobre «A linguagem
em Felizmente há luar!», tipo grupo
II (aula 158-159)
|
Gramática só
|
Aula (& estudo em Casa)
|
Questionário (orações, funções sintáticas,
formação de palavras, aspeto) (aula 160-161)
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Perceção
da atenção em momentos em que se trata de ouvir professor em explicações de
conteúdos
|
Assiduidade
|
Conselhos
Ir lembrando matérias literárias do 11.º ano
(reler folhas nossas, manual — alguns enquadrados são úteis —, mesmo Caderno de atividades e Caderno de apoio ao exame): Padre
Vieira, Cesário Verde. (Frei Luís de
Sousa parece-me mais sabido, mas também; já Os Maias é quase impossível que seja assunto de exame — não é obra
única.)
Não creio devam investir em matéria literária do 10.º ano
(mas, nas sessões de cábulas, tratarei brevemente de Camões lírico).
No caso das matérias do 12.º ano, fechar o estudo de
Felizmente há luar! (ver enquadrados
do manual). Ver melhor alguns textos de Mensagem
— os da 1.ª parte — que estão explicados no manual e em que não nos detivemos
muito. Relembrar o restante Pessoa ortónimo e os heterónimos. Não sei se vale a
pena rever Memorial (enfim, quem não
leu a obra talvez o devesse fazer ainda).
E, claro, ir revendo toda a gramática (eu, nas
cábulas, farei uma passagem por tudo mas breve).
Ir vendo, no final da página de abertura do blogue,
o que possa pôr de informações úteis (incluindo alguma alteração às sessões de
cábulas).
Entretanto, se estiverem em Lisboa, não deixem de aparecer:
1.ª
sessão de cábulas — dia 12
de junho (2.ª feira), provavelmente, na sala E5 (aliás, na D9):
12.º 5.ª —
8.00-9.45
12.º 8.ª —
9.46-11.31
12.º 7.ª — 11.32-13.17
*12.º 1.ª — 14.00-15.45
2.ª
sessão de cábulas — dia 16
de junho (6.ª feira), provavelmente, na sala E5 (aliás, na D9):
12.º 5.ª —
8.00-9.45
12.º 8.ª —
9.46-11.31
12.º 7.ª —
11.32-13.17
*12.º 1.ª — 14.00-15.45
* Sobretudo os alunos da turma 1.ª poderão, se
o entenderem, comparecer a outras sessões (embora não me convenha que todos
optem pelo mesmo horário).
Sugestão
— Até 16 de junho podes entregar no
CRE textos para Concurso José Gomes Ferreira
(poesia, conto, teatro). Vê o Regulamento.
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