Sunday, September 16, 2012

Três


Pedro R.



Pedro R. (17) Pontos fortes O texto escrito consegue entretecer bem abordagem pessoal, entre cronística e memorialística, com apreciação crítica, em estilo elegante e agradável. Bom gosto em tudo (em nenhum momento há pirosices). Slide-capa é visualmente apelativo. Cumpriu o prazo mais recomendado. Aspetos melhoráveis Há algumas más regências («apercebi-me [de] que»; «escolher um e não os restantes»; «em que dedicar» [a que]; «que não interessa a proveniência» [de que] ou [cuja proveniência não interessa]; «[de] que teria falado anteriormente»). A leitura em voz alta, embora pertinente nas entoações e em velocidade adequada, é demasiado comedora de sílabas (e não creio tenha havido suficientes ensaios; exemplo: «s[i]ria», por «seria»; um «poderá» um pouco trapalhão; etc.). Corrigir «a capacidade de ser capaz».


Ana Marta





Ana Marta (17,5) Pontos fortes Leitura em voz alta não tem erros e está na velocidade ideal (só não resultam alguns ensaios de expressividade, como os de por volta de 1.40-1.50; captação do som também não terá sido perfeita). Equilíbrio entre as várias estratégias de abordagem possíveis (alusão a várias obras em discurso memorialístico, foco depois na(s) de Márquez, apreciação). Slide criativo, original. Aspetos melhoráveis Algumas fragilidades de redação (o que marquei com asterisco é mesmo agramatical): em vez de «a morte dela», «a sua morte»; em vez de «*chamou o sobrinho mais velho, a quem lhe deu», «chamou o sobrinho mais velho, a quem deu»; «e uma novela cujo título é o mesmo do livro» («e a novela que forneceu o título ao livro»); «*não sabemos as razões pela qual» («não sabemos as razões pelas quais/por que». E, em geral, poderia haver mais uso dos mecanismos de coesão lexical (fui notando umas repetições).


Leonor



Leonor (17,4) Pontos fortes Escrita elaborada (início confessional, referências a paratexto, reflexão crítica acerca do contraste entre policiais e livros de P.H. ou sobre a narrativa aberta, tudo sempre com muito boa redação). Slide elegantemente simples. Aspetos melhoráveis Houve talvez excessiva «pontuação» oral (já se sabe que nem todos os sinais gráficos de pontuação correspondem, na expressão oral, a pausas); reconheça-se que o texto não era fácil de ler (havia uma redação complexa, pouco pensada para a oralização: a frase que se inicia em 0.41 e só se fecha em 1.13 é exemplo dessa construção pensada para leitura visual mas quase impossível de transpor em voz alta). Pausas (cortes) no processo de gravação desvirtuam um pouco a leitura. Duas ou três emendas a fazer na escrita: «um clássico policial em que existe» (ficaria melhor: «um clássico policial em que exista»); «enquanto não interligar e obter» («enquanto não interligar e obtiver» [era possível imaginarmos um contexto com o infinitivo «obter», mas creio que era mesmo o futuro do conjuntivo que se pretendia]); «um desfecho ao livro» («um desfecho para a intriga» ou «um fecho do livro»); em «ambas são encontradas mortas» (1.40), o referente da anáfora «ambas» não está suficientemente perto, pelo que é discutível que a frase seja gramatical).


Filipa





Filipa (17,2) Pontos fortes Equilíbrio entre as estratégias globais do texto (menção do contexto da escolha do livro, relato da história, apreciação da obra) e tentativa de sofisticação da escrita. Slide. Obra escolhida, um policial talvez mais interessante do que outros. Aspetos melhoráveis Leitura em voz alta, embora boa, um pouco abaixo das possibilidades da Filipa (as raras falhas devem-se a falta de fôlego por se ir quase demasiadamente rápido; também «enre[n]do», por assimilação do som nasal da primeira sílaba; ou «dinâmica», pouco clara; e «enriquecimento» ou «entretenimento»). A emendar na escrita: «por estes mesmos»[0.55] (neste e em outros casos, a anáfora pareceu-me forçada: nem tudo se deve pronominalizar); «ser um pouco clichê» («ser um pouco um clichê»); «que o levou» («que o levara»); «engravidar uma rapariga e o irmão esfaqueia» («engravidar uma rapariga e o irmão esfaquear»; «não posso dizer que tenho» (preferível: «não posso dizer que tenha»).


Guilherme



Guilherme (17,5) Pontos fortes Compreensão, em termos de se chegar a uma tipologia, dos policiais (e, em geral, capacidade para enquadrar livro lido no panorama de outras leituras anteriores, incluindo confronto com o subgénero ‘livro de espionagem’). Pronúncias francesas. Leitura em voz alta, com a calma conveniente. Aspetos melhoráveis Embora me pareça boa a leitura em voz alta (e pertinente, em geral, o ritmo escolhido), há, aqui e ali, uns poucos passos em que haverá lentidão excessiva (creio que induzida pela pontuação gráfica ou por certa hesitação perante conjuntos de palavras a implicarem mais ginástica vocal ou mais repetições). Emendava na escrita: «o leque das personagens são» («o leque das personagens é»); «dele mesmo» (mais elegante: «de si próprio»); «descreve-nos Maigret como sendo um homem vulgar» («descreve-nos Maigret como homem vulgar»).


Gi



Gi (16,6) Pontos fortes Confronto Poirot/Marple e capacidade de enquadrar o livro panoramicamente . Alguns bons achados em termos de escrita, conseguindo-se, através de metáforas, comparações, anglicismos, coloquialismos, uma vivacidade que não é comum nas apreciações críticas (embora um pouco desaproveitada na leitura em voz alta). Slide. Aspetos melhoráveis Certa velocidade excessiva na leitura em voz alta (e, pareceu-me, pouco ensaio desta). Pronúncias de «Hercule Poirot», «Egipto» [ante AO] ou «Egito» [post AO] (em qualquer caso, «p» não é para ser lido), «empreiteiro», «críticos [não se percebe palavra] iriam», «descriçãos ambíguas», «indivíduos». A emendar na redação: «chatear» («aborrecer»); «é uma daquelas personagens que a maior parte das pessoas não se conseguem relacionar com» («é uma daquelas personagens com quem a maior parte das pessoas não se consegue relacionar»); «deve-se ao estilo em que são escritos» («deve-se ao estilo em que os seus livros são escritos»).


Miguel. G.



Miguel G. (14,5) Pontos fortes Mistura entre experiência de leitura e relato dos enredos, em estilo franco, que se segue bem. Ideias e estruturação do texto: escolha de três contos, começo por uma palavra, pelo título. Slide original, simbolizando bem os dois objetivos da gravação (experiência pessoal e livro). Aspetos melhoráveis Leitura em voz alta parece pouco repetida, pouco ensaiada (e a captação do som também não ajuda). «Misantropo» deve ler-se «mi[z]antropo». Emendar: «uma palavra à qual eu não tinha conhecimento» («uma palavra acerca da qual [de que] eu não tinha conhecimento» ou, simplesmente, «uma palavra que não conhecia»); «antes de o médico explicar como tratar, ...» («antes de o médico explicar como a trataria, ...», «antes de o médico explicar como se poderia tratar aquela doença, ...»); «de enfiada» (em outro registo: «todo de seguida»).


Nuno



Nuno (14,5) Pontos fortes Leitura em voz alta, clara e no ritmo devido, sobretudo na primeira metade da gravação (à medida que nos aproximamos do final, surge uma ou outra hesitação). Referência à coleção Cherub (foi aliás pena que o livro agora escolhido não fosse um policial, para se poder fazer um confronto com os livros dessa coleção; culpa minha, que escusava de ter misturado biografias com os policiais). Menção de aspetos paratextuais do livro lido (a propósito da justificação da escolha e das expetativas em do torno do seria a história). Aspetos melhoráveis Solução demasiado económica do slide. Algumas falhas de sintaxe: «distúrbio de algumas habilidades à pessoa» («distúrbio de algumas habilidades»?); «[livros] têm-me chamado a atenção» («[livros] têm-me agradado»); «porém, tem uma pouca compreensão do descrito» (será assim?: «porém, tem pouca compreensão do escrito»); «para D. T. lhe fazia lembrar» («a D.T fazia lembrar»); «apercebi-me que» («apercebi-me de que»).


Rafael





Rafael (17) Pontos fortes Texto, sobretudo na parte que precede a apreciação da obra (o percurso pela estante, as hesitações, as outras hipóteses descartadas, o conselho de quem é mais conhecedor; a menção de Poe, que muitos consideram o primeiro autor de policiais). Slide, associando desenho (da autoria do próprio Rafael?) e fotografia de capa do livro. Bom acabamento de tudo, até tecnicamente. Aspetos melhoráveis A leitura em voz alta foi bastante correta, clara e pausada, mas, aqui e ali, terá havido excesso de «pontuação» (e «mais apurada qu’a minha» é cacofónico); além disso, a leitura foi um pouco facilitada por haver três pausas/cortes na gravação. Na redação, emendaria: «me remontasse» («me remetesse»); «pedir aconselhamento» (é possível, mas é melhor: «pedir conselho»); «vi-me então confrontado entre a escolha de três autores» («vi-me então confrontado com a necessidade de escolher entre três autores»).


André





André (10,5) Pontos fortes Escolha da obra (e leitura, se houve mesmo leitura). Ter-se tentado fazer, e entregado, a tarefa. Aspetos melhoráveis Toda a primeira parte (com dados biográficos de Cela) é demasiado wikipédica. A partir do meio da gravação, o texto é mais interessante, já será do André, mas não chega a haver suficiente elaboração (a escrita implica certo trabalho de transposição; neste caso, parece que estamos a ouvir discurso espontâneo, sem mediação, sem revisão; e é claro que há erros de sintaxe). A leitura em voz alta também teria de ser (mais) ensaiada.


Ana Gisela



Ana Gisela (15,5) Pontos fortes Leitura em voz alta muito aceitável (exceto «arqueólogo», «existiam» e «Agatha» (2.48), que foram mal pronunciadas). Confronto Poirot/Marple e motivação para se ter começado a ler nova obra de Christie. Slide esteticamente conseguido. Aspetos melhoráveis A parte biográfica (sobre Agatha Christie) era talvez escusada. Alguma sintaxe (apesar de a escrita estar, em geral, bastante correta): «ainda hoje pode ser assistida» («ainda hoje pode ser vista»); «é inocente» («está inocente»). «Mister Poirot» ou «Monsieur Poirot»?


Luísa



Luísa (18,3) Pontos fortes Adequada proporção entre teor memorialístico e apreciação da obra. Capacidade de composição do texto enquanto narrativa (conta-se uma história, que se fecha, ao mesmo tempo que se recupera o seu início, e se abre expectativas para desenvolvimentos futuros: a estratégia expositivo-argumentativa típica de uma apreciação crítica fica habilmente embrulhada num texto de tipo narrativo). Slide informativo e, ao mesmo tempo, visualmente agradável. Leitura em voz alta sem erros (embora com ligeiríssimos quase-entaramelamentos, palavra que aliás é difícil dizer sem entaramelamento). Aspetos melhoráveis Poucas retificações de coesão textual: «livro, que se traduz por uma coletânea» («livro, que é constituído por uma coletânea» ou «livro, que constitui uma coletânea» ou «livro, que corresponde a uma coletânea»); «o sucesso dele» («o seu sucesso»); «pois ele esteve na comissão» («pois estivera na comissão»); hesito relativamente a «descrições desses acontecimentos» (em princípio, acontecimentos não se descrevem, narram-se); alguns «ele» a mais (alternativas: fazer elipse; pôr «Feynman», «o físico», «o cientista», «o grande divulgador da Física»); «caminho para a comida» («caminho para os alimentos»).


Marta P.



Marta P. (15,8) Pontos fortes Leitura em voz alta (sem incorreções e em velocidade adequada). Texto acerca do contexto da escolha do livro (incluindo papel nela desempenhado por familares) e, em geral, a estruturação do trabalho de escrita. Aspetos melhoráveis Na segunda parte, a abordagem está talvez demasiado focada na síntese da história. Emendar: «recorrendo-se das suas capacidades» («socorrendo-se das suas capacidades»); «será o detetive mais famoso de sempre que marcou várias gerações» («será o detetive mais famoso de sempre, tendo marcado várias gerações»); «sem quaisquer indícios que dessem indicações quanto à natureza do crime» («sem quaisquer indícios da natureza do crime»). Slide aquém das capacidades gráficas de Marta.


Paco



Paco (15,5) Pontos fortes Ter-se escolhido livro relacionável com outra obra (a célebre As Minas de Salomão). Leitura em voz alta bastante razoável, sobretudo tendo em conta que o texto era denso (ainda assim aconselharia menos velocidade; houve ainda pausa desnecessária após «decide que [...]»; pronúncia pouco clara de «epidemia» e de frase nas imediações). Aspetos melhoráveis Daria menos pormenores do enredo e, em compensação, deixaria mais espaço para opinião, apreciação. Foi pena que o slide não tivesse aproveitado a verdadeira capa da edição portuguesa (até por se tratar de coleção bastante identificável — a coleção «Livros B», da editorial Estampa, de capas de cartolina preta e miolo azul). Emendar: «assim começa o início da narração» (««assim começa a narração»); «este foi aquele que se relacionava mais» («este era aquele que se relacionava mais»; «este foi aquele que me pareceu relacionar-se mais»); «o livro rodeia-se de uma aventura em suspense» («a história o livro gira em volta de uma aventura cheia de suspense»); «e localizam a ..., tal como a localização de...».


Pedro A.



Pedro A. (11,3) Pontos fortes Interessantes as menções a outras obras e à hesitação na escolha. Conceção do slide. Aspetos melhoráveis Não me parece ter havido investimento suficiente no trabalho (livro não terá sido lido, ou não foi lido na íntegra; mas também o texto e a leitura em voz alta me pareceram pouco elaborados ou ensaiados; tempo mínimo da gravação não chegou a ser cumprido).Note-se o seguinte: um autor não é nunca participante (ou é sempre participante, se quisermos), o narrador é que pode ser, como é neste caso, homodiegético (aliás autodiegético, porque, se bem me lembro, o narrador é mesmo o protagonista).


Marta V.





Marta V. (15,5) Pontos fortes Leitura em voz alta fluente (embora a capacidade da Marta — e, talvez, a noção de que o texto estava grande — a leve a ser excessivamente rápida). MInuto final, com esboço de análise narratológica Slide criativo e esticamente conseguido. Aspetos melhoráveis Teria sido mais vantajosa uma estratégia que passasse menos pelo resumo do enredo (são demasiados pormenores) — essa prolixidade (quase se chegava aos seis minutos!) acaba por se fazer acompanhar de naturais falhas na sintaxe. Emendaria: «algumas inquitudes» («algumas inquietações»); «era suscetível a qualquer pessoa» («era sensível a qualquer pessoa»; «era demasiado suscetível»); «cinquentas páginas»; «é um assassino em série do qual o pai o protegeu» («é um assassino em série que o pai protegeu»); «prova disso é que este...» («este» não é adequado, já que o referente — o livro —está demasiado longe); «a maneira arranjada pelo pai» («a maneira engendrada pelo pai»); «os traumas vividos enquanto a sua infância» («os traumas da infância»); demasiados «seus» ou «suas».


Cláudia





Cláudia (15,5) Pontos fortes Boa leitura em voz alta. Texto bastante bem escrito (salvo nos passos que destaco em baixo). Slide elegante. Aspetos melhoráveis Tipo de livro escolhido (aceite, é certo; mas um pouco fora dos géneros em que pensara). Algumas falhas de coesão frásica: «passam maus tratos» (preferível: «sofrem maus tratos»); «sobre pressão» («sob pressão»); «concentrações filosóficas» («digressões filosóficas»).


Sara





Sara (13) Pontos fortes Texto não tem erros de sintaxe (e início, mais confessional, ou fecho, apreciativo, seriam exemplo de abordagem a seguir). Slide. Aspetos melhoráveis Leitura em voz alta demasiado rápida, como se o texto não coubesse no tempo dado e por isso se tivesse de ir com pressa (o que leva mesmo a certa falta de fôlego); creio que, se tivesse havido mais ensaio, se poderia ter chegado a um estilo mais pausado, mais coloquial. Pronúncia de «negligenciasse» (não é «n[i]gligenciasse»). Este ritmo exagerado tomado na leitura em voz alta relaciona-se, provavelmente, com a estratégia usada na escrita: há demasiado relato do enredo.


Marta B.





Marta B. (17,8) Pontos fortes Redação do texto, no estilo autobiográfico ideal, bastante respaldada em aspetos paratextuais: a coleção ‘Vampiro’, os números dos livros na coleção, as contracapas, a página inicial, uma dada linha. Slide, que também aproveita o paratexto (as lombadas), e de forma criativa. Também muito boa leitura em voz alta (pronúncia de «excepto» talvez não deva ter o som [p], mas há certa variação ainda hoje). Aspetos melhoráveis Não foi aproveitado todo o tempo mínimo estipulado. (E, a propósito de regras estipuladas, poderíamos também referir o incumprimento do prazo de entrega.) A corrigir na redação: «que das prateleiras da casa dedicadas ao tema convivem» («que convivem nas prateleiras da casa dedicadas ao tema»); «desespero mental» («desespero»); «depois de R. S. morrer, a sua personagem não morreu com ele» («depois de R. S. morrer, a sua personagem não morreu» ou «R. S. morreu mas a sua personagem sobreviveu-lhe»).


Joana





Joana (15) Pontos fortes Não há erros na leitura em voz alta, embora ela decerto não tenha sido muito ensaiada (a Joana, logo à primeira, consegue fazer leituras como esta, o que significa que talvez devêssemos esperar até bastante melhor). Ter-se efetivamente lido o livro (apesar de o texto ser, sobretudo, uma sinopse, percebe-se que é resumo feito pela própria autora, sem contributos wikipédicos). Slide criativo e informativo. Aspetos melhoráveis Umas três ou quatro retificações a fazer ao texto escrito: «certos autores que gostava» («certos autores de que gostava»); «e que já tinha lido um livro ou outro» («e de que já tinha lido um livro ou outro»); «exigem explicações aos criados, ao que estes alegam que...» («exigem explicações aos criados, alegando estes que...»); «o final é surpreendente, ao ler a carta...» («o final é surprendente, ao ler-se/ser lida/lermos/... a carta...»). Teria preferido abordagem menos centrada no resumo. E o prazo incumprido, claro.

 

 

Afonso



Afonso  (9) Pontos fortes Leitura em voz alta pausada, calma, embora pouco ensaiada. Aspetos melhoráveis Toda a parte de resumo da obra é plagiada da net. Slide representa livro em inglês (supunha-se que fosse a exata obra lida...) e é mesmo só a capa. Concluindo: livro foi mesmo lido? Correções à redação: «assassinado» (devia ser «assassinato»); em «Dentro da vasta coleção desta», a anáfora («esta») não é possível, porque, na frase anterior, não há nenhum antecedente correspondente a Agatha Christie; em vez de «foi planeado para que seja», era preferível «foi planeado para que fosse». Pronúncia de «Poirot» é «P[ua]rot». Atraso na entrega do trabalho.

 

Francisco




Francisco (17,3) Pontos fortes Muito boa escrita, metafórica, subtilmente irónica. Leitura também é boa, embora um pouco mais de lentidão não fizesse mal (aliás, não seria bem mais lentidão, mas evitar-se pronúncias aglutinadoras de sílabas). Slide também criativo. Aspetos melhoráveis Há dois ou três cortes (pausas) na gravação, o que é sempre algum tanto desvalorizador. Regências: «provém em saber» (terá de ser «provém de saber»); «num género literário que pensei entrar com vantagem» («num género literário em que pensei entrar com vantagem» [aqui, o problema foi de leitura ou de redação?]). No que se refere a pronúncias, notar: o «a» de «h[a]rém» costuma ser aberto; o «i» de «opinião» costuma ser lido como «e» mudo). Prazo de entrega não foi cumprido.

 

Inês


Inês (12,5) Pontos fortes Haver, no parte final do texto, uma apreciação crítica que, fugindo ao lugar comum, aponta sobretudo aspetos negativos dos policiais de Doyle. Leitura em voz alta saiu clara, embora talvez demasiado solene (era mais adequado um estilo mais «conversado», menos formal). Aspetos melhoráveis Não foram cumpridos prazo de entrega e o tempo mínimo estipulado (foram usados 2.13 apenas). Até por isso, há relativamente pouca análise da obra. Slide também parece bastante apressado. Na redação há passos a corrigir: em vez de «tivera lido», seria «tinha lido» ou «lera»; em vez de «É-nos narrado o caráter», ficaria melhor «É-nos mostrado» ou «É retratado».

 

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