Sobre as gravações
Sobre as gravações em torno
de leituras de livros
Além dos comentários que farei junto de cada gravação, vale a
pena fazer as seguintes «repreensões» (e alguns louvores) em geral:
Dissera, bastante denotativamente,
que as gravações deveriam ter entre três e cinco minutos. Ora ainda houve
algumas gravações com menos de três minutos (Compreendo melhor as, aliás raras,
ultrapassagens dos cinco minutos.)
Nas indicações do trabalho, sugeri
que o slide evitasse ser apenas a simples capa. Houve alguns belos slides, mas
também houve outros apenas com as capas (e dois ou três com capas buscadas na
net...).
Pedira um único slide, o que, em
geral, foi cumprido. Ainda assim, muitos quiseram pôr legendas/títulos quanto a
mim escusados.
Infelizmente, ainda detetei situações de
evidente plágio (da net [encontrando mesmo os sites usados]; de livros,
eventualmente). Notei um estilo de plágio decerto em moda que é o uso de toda a
sintaxe do texto wikipédico mas com comutações de algumas expressões,
sinónimos. Continua a ser plágio, é claro. É grave, já comecei a punir
situações dessas, futuramente serei ainda mais agreste.
Muitas vezes, os nomes em francês foram
pronunciados como se fossem ingleses (lembro estes: «Georges» [notar o esse que
já indicia ser nome francês], «Simenon», «Maigret», «Jules», «Lupin»). Ao
contrário, os nomes ingleses foram quase sempre ditos com pronúncia invejável.
Houve quem tentasse não uma
leitura em voz alta convencional mas uma simulação de conversa, embora com
texto lido. Esta estratégia não resultou muito. (Usa-se, por exemplo, em
congressos, por parte de conferencistas já muito tarimbados, que são capazes de
ler como se estivessem a desvendar as suas ideias pela primeira vez. Porém, o
próprio texto, aquando da elaboração, já tem de prever a sua acomodação a este
estilo de leitura.)
Fiquei com a ideia de que algumas
das leituras foram pouco ensaiadas, embora também tivesse clara noção de que
algumas leituras implicaram bastantes repetições.
Apesar do que advertira, houve gravações
em que predominou o resumo. Tiveram mais êxito as abordagens que misturaram
referências ao enredo com considerações pessoais, com apreciações críticas, alguma
leve análise de narratologia, etc.
Alguns desaproveitaram a faculdade
que oferece a escrita de se reformular, melhorar: houve até um ou outro textos que
me pareceram estarem apenas esboçados e serem desenvolvidos no momento.
A abordagem sobretudo biográfica —
e wikipédica — deu também, quase sempre, mau resultado.
Em termos de escrita, localizadamente,
as agramaticalidades gritantes tiveram que ver com relativos (os «cujos», os
«onde» despropositados). Notei também certo exagero de anáforas (um texto oral não
consente tantas pronominalizações quanto um que seja lido visualmente). Ou, ao
contrário, demasiadas repetições, por desaproveitamento dos mecanismos de
coesão referencial e lexical.
Houve alguns problemas técnicos na
captação de som. Desta vez, houve menos situações de escolha de programas
diferentes, falta de conclusão do projeto do Movie Maker, etc.
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