Aula 148-149 e CXLVIII-CXLIX
Aula 148-149 (2 [3.ª], 3 e 5 [4.ª, antecipa-se, neste caso, a aula 150, que
troca com parte desta 148-149], 5/jun]) e CXLVIII-CXLIX (30/mai [1.ª]) Correção de exercício com Pessoa na Brasileira e de
Parte C com estátuas.
2019,
1.ª fase
7.
Do diálogo de José Saramago com
o «passado» emerge, em romances como Memorial do Convento e O Ano da
Morte de Ricardo Reis, uma visão crítica sobre o tempo histórico
representado e sobre a sociedade desse tempo.
Escreva
uma breve exposição na qual comprove a afirmação anterior, baseando-se na sua
experiência de leitura de um dos romances mencionados. A sua exposição deve
incluir:
• uma introdução
ao tema;
• um desenvolvimento no qual
explicite dois aspetos que são objeto de
crítica pelo narrador, fundamentando cada um desses
aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
• uma conclusão
adequada ao desenvolvimento do tema.
Comece
por indicar, na folha de respostas, o título da obra por si selecionada.
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Resolve estes exercícios roubados a Maria Regina Rocha, Gramática
de Português. Ensino Secundário, 10.º, 11.º e 12.º ano, Porto, Porto
Editora, 2016, pp. 238-239:
1. Em cada uma das frases que
se seguem, sublinhe o complemento do nome.
a) A tia do Abílio fez cem
anos ontem.
b) O Marco tem, desde
pequeno, a paixão pelo judo.
c) Os contos de Miguel
Torga são lidos por todos os alunos.
d) Esta ida a Madrid foi
muito cansativa.
e) Ele feriu-se num dedo
da mão esquerda.
f) Não se nota nada a
diferença de idade entre as duas irmãs.
g) O teorema de Pitágoras
foi descoberto e demonstrado no século VI a.C.
h) Os navios que estavam
perto aperceberam-se do pedido de socorro.
j) Ele sempre mostrou ter
respeito pelos mais velhos.
k) O patrão do meu
sobrinho gosta muito dele.
i) O relacionamento entre
os dois não foi afetado por este equívoco.
l) O Monumento aos
Descobrimentos localiza-se em Belém.
m) A escassez de água é
uma triste realidade.
n) Tenho muito medo dos
sismos, pois não temos defesa.
o) Esta perna da mesa está
mais curta do que as outras e, por isso, a mesa balança.
Continuo a roubar exercícios à generosa Maria Regina Rocha (p.
240):
E este ainda (p. 241):
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Alice |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
Ana |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
André |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Carlos |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Carol |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Cristian |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Eduardo |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Frederico |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Gonçalo
F. |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
Gonçalo
S. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
Helena |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
Joana S. |
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Joana C. |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
João |
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Laura |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Margarida |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Cecília |
|
|
18 |
Um mover d’olhos, brando e piadoso, |
Neves |
|
|
19 |
Doces águas e
claras do Mondego, |
Mariana |
|
|
20 |
Ah, minha
Dinamene assi deixaste |
Matias |
|
|
21 |
Brandas águas
do Tejo que, passando |
Matilde |
|
|
22 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Miguel
B. |
|
|
23 |
Ditoso
seja aquele que somente |
Miguel
M. |
|
|
24 |
Sete
anos de pastor Jacob servia |
|
|
|
25 |
Crecei,
desejo meu, pois que a Ventura |
Rafaela |
|
|
26 |
Doces
lembranças da passada glória, |
Ranya |
|
|
27 |
Gostos falsos
de amor, gostos fingidos, |
Salvador |
|
|
28 |
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, |
Tiago M. |
|
|
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Afonso |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
André |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
Anna |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Carolina
V. |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Carolina
S. |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Edwin |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Eliana |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Francisco |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Gonçalo
V. |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
Gonçalo
S. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
Joana |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
João |
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Keyla |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
Leonor M. |
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Leonor |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Leonor C. |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Letícia |
|
|
18 |
Um mover d’olhos, brando e piadoso, |
Manuel |
|
|
19 |
Doces águas e
claras do Mondego, |
Margarida |
|
|
20 |
Ah, minha
Dinamene assi deixaste |
Mariana A. |
|
|
21 |
Brandas águas
do Tejo que, passando |
Rodrigues |
|
|
22 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Lourenço |
|
|
23 |
Ditoso
seja aquele que somente |
Rafa |
|
|
24 |
Sete
anos de pastor Jacob servia |
Santiago |
|
|
25 |
Crecei,
desejo meu, pois que a Ventura |
Sofia |
|
|
26 |
Doces
lembranças da passada glória, |
Ribeiro |
|
|
27 |
Gostos falsos
de amor, gostos fingidos, |
Tiago N. |
|
|
28 |
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, |
Mada |
|
|
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Ana Rita |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
Bea A. |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
Beatriz |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Bea
B. |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Dinis |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Francisca |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Henrique |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Jair |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Joana |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
João
C. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
João G. |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
|
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Madalena |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
|
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Sarah |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Tomás |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Clara |
|
|
Preenche a coluna da direita, classificando
a função sintática do
constituinte sublinhado na
coluna da esquerda. (A coluna do centro é apenas para ajudar.)
Frase (de O último a sair ou sobre
o mesmo passo) |
A ter em atenção |
Função sintática |
Segundo Unas, o público
verá Filipa como boa (e não como burra). |
Considerá-la-á boa (e
não burra). |
|
Porque está há semanas
no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
Sente encarquilhada a
pele. |
|
Porque está há semanas
no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
subordinada adverbial causal |
|
Na verdade, só esteve alguns minutos no jacúzi. |
* É na verdade que só esteve
... |
|
Débora diz a Unas que está
farta daquelas conversas. |
«farta», sem mais,
ficaria incompleto |
|
Esta reunião faz-me
lembrar a minha infância lá em Trás-os-Montes. |
faz-me lembrá-la |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
só nome «direito» ficaria
incompleto |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
√ Que acontece nesta
casa? Temos ... |
|
Vou-vos perguntar. |
Vou-*os [√-lhes]
perguntar |
|
Se ganhassem o
Euromilhões, o que é que faziam? |
subordinada adverbial
condicional |
|
Acho que comprava uma casa junto ao mar. |
subordinada substantiva
completiva |
|
Eu comprava um banco. |
Eu ... e tu também. |
|
Ó Filipa, se comprares um banco não ficas com o dinheiro das
pessoas. |
«autónomo», entre
vírgulas |
|
Todos me disseram que
eu não tinha lá dinheiro. |
todos mo
disseram |
|
Vamos fazer uma coisa que
eu acho do agrado de todos. |
«eu» é o sujeito |
|
Vamos fazer uma coisa que
eu acho do agrado de todos. |
acho-a assim ou assado |
|
Mandava fazer uma
igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= , que seria
revestida... |
|
Mandava fazer uma
igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= que seria linda |
|
Punha primeiro o
dinheiro a render. |
√ Que fazia ela
primeiro? Punha ... |
|
Continuo a não
gostar da minha personagem. |
cfr. verbo copulativo |
|
Eu ia para África. |
*Que faz ela para
África? Ia. |
|
Este assunto, de
África, tira-me a fome. |
Estes assuntos ...
tiram ... |
|
Precisas de água
para ir à internet? |
*Que faz ela de água?
Precisa ... |
|
Por todos foi ouvida a
voz da casa. |
cfr. Todos ouviram a voz da casa |
|
Por todos foi ouvida a voz da casa. |
auxiliar «ser»,
preposição |
|
Completa
a tabela. (Na coluna da esquerda, a sobre a obra de José Saramago, uso vários
trechos tirados do manual Entre Nós e as Palavras, de Alexandre Dias
Pinto e Patrícia Nunes.)
Título, género, espaço, sociedade |
|
O Ano da Morte de
Ricardo Reis |
Locke |
O título esclarece-nos sobre o foco principal e
o género da obra. |
|
O título
inclui nomes próprios, dois antropónimos, primeiro nome e apelido da
personagem principal. Mas antes do complemento do nome «Ricardo Reis», temos
palavras que parecem evocar o género ________. Com efeito, «O Ano da Morte» faz adivinhar que se trata também de
relatar um dado período de tempo e que o romance visa acompanhar a história
de Portugal numa fase crucial do século _____. |
O título
socorre-se de um nome próprio, um antropónimo, o apelido da personagem
principal. Esta escolha deve significar que se pretende realçar a _____ do
herói. Com efeito, mostra-se-nos Ivan Locke sozinho com as suas resoluções,
que explicita aos outros sem hesitar, raciocinando agora apenas para levar a
cabo as decisões que já tomara. Algures se considera este filme um thriller
________. |
Ambas as obras se movem entre a história, a
ficção e a sociedade. |
|
A ação
da obra cruza-se com os acontecimentos históricos, as personagens acompanham
os acontecimentos sociais e políticos e são afetados por eles: Reis é
interrogado pela polícia política do ________, cruza-se com os espanhóis
fugidos à Guerra Civil; o irmão de Lídia, Daniel Martins, morre na revolta
dos marinheiros; etc. O
narrador está conotado com uma perspetiva progressista da realidade política,
que contrasta com a visão __________ do Estado Novo. |
O filme
não deixa de retratar situações que revelam preocupações de ordem ________
(as relações familiares, a solidão, as hierarquias profissionais, o desporto
e a televisão), ainda que nos pareçam menos programáticas do que as do livro
de Saramago). Os
contactos de Ivan dão-nos ideia de diversos perfis profissionais: Donal, os
________, o albanês, outros biscateiros (versus patrão em Chicago; e chefe local), funcionários da Câmara,
etc. |
Espaço é
determinante da ação. |
|
_________
é o lugar geográfico em que a ação se desenrola. A rede de ruas forma o
labirinto que Reis percorre nas suas deambulações pela cidade e do qual não
consegue _____. A personagem sente-se perdida e presa em Lisboa e às
circunstâncias sociais e políticas do seu ______. A
capital portuguesa é um lugar carregado de memórias do passado que assumem
significados para o presente. Nela coexistem o Tejo, o Terreiro do Paço ou a
_______ de Camões. Por exemplo, o cais de Lisboa e as estátuas de Camões e do
Adamastor são inevitavelmente conotados com o tempo dos feitos heroicos da
expansão, que contrasta com o ______ medíocre e cinzento. |
Quanto ao espaço físico, o ______ é o lugar onde a ação
visível se desenrola. A autoestrada que liga a Londres a cidade em que vive
Ivan é o caminho que o protagonista percorre e do qual não pretende _____.
A personagem sente-se condicionada no carro, mas procura controlar as
circunstâncias daquela ______. Através
do telefone mantemo-nos ao corrente do que se passa nos outros espaços em que
se concentram as outras linhas de ação (a casa, a _______, o estaleiro da
obra). O espaço de que o herói não pode sair constrange-o mas não é obstáculo
inultrapassado (cfr. o esquecimento do livro-guia). Serve também para
diálogos monologais com o pai que lembram um _______ frustrante. |
TPC —Prepara recitação do
poema que te calhou e leituras que atribuí há pouco. Termina leitura do livro
de Saramago. Revê gramática.
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