Friday, September 06, 2024

Aula 148-149 e CXLVIII-CXLIX

Aula 148-149 (2 [3.ª], 3 e 5 [4.ª, antecipa-se, neste caso, a aula 150, que troca com parte desta 148-149], 5/jun]) e CXLVIII-CXLIX (30/mai [1.ª]) Correção de exercício com Pessoa na Brasileira e de Parte C com estátuas.

2019, 1.ª fase

7.           Do diálogo de José Saramago com o «passado» emerge, em romances como Memorial do Convento e O Ano da Morte de Ricardo Reis, uma visão crítica sobre o tempo histórico representado e sobre a sociedade desse tempo.

Escreva uma breve exposição na qual comprove a afirmação anterior, baseando-se na sua experiência de leitura de um dos romances mencionados. A sua exposição deve incluir:

uma introdução ao tema;

um desenvolvimento no qual explicite dois aspetos que são objeto de crítica pelo narrador, fundamentando cada um desses aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;

uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Comece por indicar, na folha de respostas, o título da obra por si selecionada.

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Complemento do nome

Resolve estes exercícios roubados a Maria Regina Rocha, Gramática de Português. Ensino Secundário, 10.º, 11.º e 12.º ano, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 238-239:

1. Em cada uma das frases que se seguem, sublinhe o complemento do nome.

a) A tia do Abílio fez cem anos ontem.

b) O Marco tem, desde pequeno, a paixão pelo judo.

c) Os contos de Miguel Torga são lidos por todos os alunos.

d) Esta ida a Madrid foi muito cansativa.

e) Ele feriu-se num dedo da mão esquerda.

f) Não se nota nada a diferença de idade entre as duas irmãs.

g) O teorema de Pitágoras foi descoberto e demonstrado no século VI a.C.

h) Os navios que estavam perto aperceberam-se do pedido de socorro.

j) Ele sempre mostrou ter respeito pelos mais velhos.

k) O patrão do meu sobrinho gosta muito dele.

i) O relacionamento entre os dois não foi afetado por este equívoco.

l) O Monumento aos Descobrimentos localiza-se em Belém.

m) A escassez de água é uma triste realidade.

n) Tenho muito medo dos sismos, pois não temos defesa.

o) Esta perna da mesa está mais curta do que as outras e, por isso, a mesa balança.



Continuo a roubar exercícios à generosa Maria Regina Rocha (p. 240):



E este ainda (p. 241):



#

Soneto de Camões

Recitador

Eu

Mestre

1

A fermosura desta fresca serra

Alice

 

 

2

Acho-me da Fortuna salteado;

Ana

 

 

3

Alegres campos, verdes arvoredos,

André

 

 

4

Alma minha gentil, que te partiste

Carlos

 

 

5

Amor é um fogo que arde sem se ver,

Carol

 

 

6

Aquela triste e leda madrugada,

Cristian

 

 

7

Busque Amor novas artes, novo engenho,

Eduardo

 

 

8

Correm turvas as águas deste rio,

Frederico

 

 

9

Enquanto quis Fortuna que tivesse

Gonçalo F.

 

 

10

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Gonçalo S.

 

 

11

Grão tempo há já que soube da Ventura

Helena

 

 

12

Está o lascivo e doce passarinho

Joana S.

 

 

13

Leda serenidade deleitosa,

Joana C.

 

 

14

O céu, a terra, o vento sossegado...

João

 

 

15

Oh! como se me alonga, de ano em ano,

Laura

 

 

16

Posto me tem fortuna em tal estado,

Margarida

 

 

17

Transforma-se o amador na cousa amada,

Cecília

 

 

18

Um mover d’olhos, brando e piadoso,

Neves

 

 

19

Doces águas e claras do Mondego,

Mariana

 

 

20

Ah, minha Dinamene assi deixaste

Matias

 

 

21

Brandas águas do Tejo que, passando

Matilde

 

 

22

Correm turvas as águas deste rio,

Miguel B.

 

 

23

Ditoso seja aquele que somente

Miguel M.

 

 

24

Sete anos de pastor Jacob servia

 

 

 

25

Crecei, desejo meu, pois que a Ventura

Rafaela

 

 

26

Doces lembranças da passada glória,

Ranya

 

 

27

Gostos falsos de amor, gostos fingidos,

Salvador

 

 

28

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Tiago M.

 

 

 

#

Soneto de Camões

Recitador

Eu

Mestre

1

A fermosura desta fresca serra

Afonso

 

 

2

Acho-me da Fortuna salteado;

André

 

 

3

Alegres campos, verdes arvoredos,

Anna

 

 

4

Alma minha gentil, que te partiste

Carolina V.

 

 

5

Amor é um fogo que arde sem se ver,

Carolina S.

 

 

6

Aquela triste e leda madrugada,

Edwin

 

 

7

Busque Amor novas artes, novo engenho,

Eliana

 

 

8

Correm turvas as águas deste rio,

Francisco

 

 

9

Enquanto quis Fortuna que tivesse

Gonçalo V.

 

 

10

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Gonçalo S.

 

 

11

Grão tempo há já que soube da Ventura

Joana

 

 

12

Está o lascivo e doce passarinho

João

 

 

13

Leda serenidade deleitosa,

Keyla

 

 

14

O céu, a terra, o vento sossegado...

Leonor M.

 

 

15

Oh! como se me alonga, de ano em ano,

Leonor

 

 

16

Posto me tem fortuna em tal estado,

Leonor C.

 

 

17

Transforma-se o amador na cousa amada,

Letícia

 

 

18

Um mover d’olhos, brando e piadoso,

Manuel

 

 

19

Doces águas e claras do Mondego,

Margarida

 

 

20

Ah, minha Dinamene assi deixaste

Mariana A.

 

 

21

Brandas águas do Tejo que, passando

Rodrigues

 

 

22

Correm turvas as águas deste rio,

Lourenço

 

 

23

Ditoso seja aquele que somente

Rafa

 

 

24

Sete anos de pastor Jacob servia

Santiago

 

 

25

Crecei, desejo meu, pois que a Ventura

Sofia

 

 

26

Doces lembranças da passada glória,

Ribeiro

 

 

27

Gostos falsos de amor, gostos fingidos,

Tiago N.

 

 

28

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Mada

 

 

 

#

Soneto de Camões

Recitador

Eu

Mestre

1

A fermosura desta fresca serra

Ana Rita

 

 

2

Acho-me da Fortuna salteado;

Bea A.

 

 

3

Alegres campos, verdes arvoredos,

Beatriz

 

 

4

Alma minha gentil, que te partiste

Bea B.

 

 

5

Amor é um fogo que arde sem se ver,

Dinis

 

 

6

Aquela triste e leda madrugada,

Francisca

 

 

7

Busque Amor novas artes, novo engenho,

Henrique

 

 

8

Correm turvas as águas deste rio,

Jair

 

 

9

Enquanto quis Fortuna que tivesse

Joana

 

 

10

Erros meus, má fortuna, amor ardente

João C.

 

 

11

Grão tempo há já que soube da Ventura

João G.

 

 

12

Está o lascivo e doce passarinho

 

 

 

13

Leda serenidade deleitosa,

Madalena

 

 

14

O céu, a terra, o vento sossegado...

 

 

 

15

Oh! como se me alonga, de ano em ano,

Sarah

 

 

16

Posto me tem fortuna em tal estado,

Tomás

 

 

17

Transforma-se o amador na cousa amada,

Clara

 

 

Preenche a coluna da direita, classificando a função sintática do constituinte sublinhado na coluna da esquerda. (A coluna do centro é apenas para ajudar.)

Frase (de O último a sair ou sobre o mesmo passo)

A ter em atenção

Função sintática

Segundo Unas, o público verá Filipa como boa (e não como burra).

Considerá-la-á boa (e não burra).

 

Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada.

Sente encarquilhada a pele.

 

Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada.

subordinada adverbial causal

 

Na verdade, só esteve alguns minutos no jacúzi.

* É na verdade que só esteve ...

 

Débora diz a Unas que está farta daquelas conversas.

«farta», sem mais, ficaria incompleto

 

Esta reunião faz-me lembrar a minha infância lá em Trás-os-Montes.

faz-me lembrá-la

 

Temos o direito de sonhar, nesta casa.

só nome «direito» ficaria incompleto

 

Temos o direito de sonhar, nesta casa.

√ Que acontece nesta casa? Temos ...

 

Vou-vos perguntar.

Vou-*os [√-lhes] perguntar

 

Se ganhassem o Euromilhões, o que é que faziam?

subordinada adverbial condicional

 

Acho que comprava uma casa junto ao mar.

subordinada substantiva completiva

 

Eu comprava um banco.

Eu ... e tu também.

 

Ó Filipa, se comprares um banco não ficas com o dinheiro das pessoas.

«autónomo», entre vírgulas

 

Todos me disseram que eu não tinha lá dinheiro.

todos mo disseram

 

Vamos fazer uma coisa que eu acho do agrado de todos.

«eu» é o sujeito

 

Vamos fazer uma coisa que eu acho do agrado de todos.

acho-a assim ou assado

 

Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira.

= , que seria revestida...

 

Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira.

= que seria linda

 

Punha primeiro o dinheiro a render.

√ Que fazia ela primeiro? Punha ...

 

Continuo a não gostar da minha personagem.

cfr. verbo copulativo

 

Eu ia para África.

*Que faz ela para África? Ia.

 

Este assunto, de África, tira-me a fome.

Estes assuntos ... tiram ...

 

Precisas de água para ir à internet?

*Que faz ela de água? Precisa ...

 

Por todos foi ouvida a voz da casa.

cfr. Todos ouviram a voz da casa

 

Por todos foi ouvida a voz da casa.

auxiliar «ser», preposição

 

               Completa a tabela. (Na coluna da esquerda, a sobre a obra de José Saramago, uso vários trechos tirados do manual Entre Nós e as Palavras, de Alexandre Dias Pinto e Patrícia Nunes.)

Título, género, espaço, sociedade

O Ano da Morte de Ricardo Reis

Locke

O título esclarece-nos sobre o foco principal e o género da obra.

O título inclui nomes próprios, dois antropónimos, primeiro nome e apelido da personagem principal. Mas antes do complemento do nome «Ricardo Reis», temos palavras que parecem evocar o género ________. Com efeito, «O Ano da Morte» faz adivinhar que se trata também de relatar um dado período de tempo e que o romance visa acompanhar a história de Portugal numa fase crucial do século _____.

O título socorre-se de um nome próprio, um antropónimo, o apelido da personagem principal. Esta escolha deve significar que se pretende realçar a _____ do herói. Com efeito, mostra-se-nos Ivan Locke sozinho com as suas resoluções, que explicita aos outros sem hesitar, raciocinando agora apenas para levar a cabo as decisões que já tomara. Algures se considera este filme um thriller ________.

Ambas as obras se movem entre a história, a ficção e a sociedade.

A ação da obra cruza-se com os acontecimentos históricos, as personagens acompanham os acontecimentos sociais e políticos e são afetados por eles: Reis é interrogado pela polícia política do ________, cruza-se com os espanhóis fugidos à Guerra Civil; o irmão de Lídia, Daniel Martins, morre na revolta dos marinheiros; etc.

O narrador está conotado com uma perspetiva progressista da realidade política, que contrasta com a visão __________ do Estado Novo.

O filme não deixa de retratar situações que revelam preocupações de ordem ________ (as relações familiares, a solidão, as hierarquias profissionais, o desporto e a televisão), ainda que nos pareçam menos programáticas do que as do livro de Saramago).

Os contactos de Ivan dão-nos ideia de diversos perfis profissionais: Donal, os ________, o albanês, outros biscateiros (versus patrão em Chicago; e chefe local), funcionários da Câmara, etc.

Espaço é determinante da ação.

_________ é o lugar geográfico em que a ação se desenrola. A rede de ruas forma o labirinto que Reis percorre nas suas deambulações pela cidade e do qual não consegue _____. A personagem sente-se perdida e presa em Lisboa e às circunstâncias sociais e políticas do seu ______.

A capital portuguesa é um lugar carregado de memórias do passado que assumem significados para o presente. Nela coexistem o Tejo, o Terreiro do Paço ou a _______ de Camões. Por exemplo, o cais de Lisboa e as estátuas de Camões e do Adamastor são inevitavelmente conotados com o tempo dos feitos heroicos da expansão, que contrasta com o ______ medíocre e cinzento.

Quanto ao espaço físico, o ______ é o lugar onde a ação visível se desenrola. A autoestrada que liga a Londres a cidade em que vive Ivan é o caminho que o protagonista percorre e do qual não pretende _____. A personagem sente-se condicionada no carro, mas procura controlar as circunstâncias daquela ______.

Através do telefone mantemo-nos ao corrente do que se passa nos outros espaços em que se concentram as outras linhas de ação (a casa, a _______, o estaleiro da obra). O espaço de que o herói não pode sair constrange-o mas não é obstáculo inultrapassado (cfr. o esquecimento do livro-guia). Serve também para diálogos monologais com o pai que lembram um _______ frustrante.

TPC —Prepara recitação do poema que te calhou e leituras que atribuí há pouco. Termina leitura do livro de Saramago. Revê gramática.

 

 

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