Aulas (21-40)
Aula 21-22 (24 [1.ª], 25 [3.ª], 26 [4.ª], 27/out [5.ª]) Correção
de introdução e conclusão de texto de opinião sobre o Padre Vieira.
Segue-se um resumo do capítulo III do «Sermão de Santo António
aos Peixes», tirado de um livro para crianças (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes, adaptado
para os mais novos por Rui Lage; ilustrações de André Letria; Quasi, 2008) e completado
por mim num dos parágrafos. Lê o resumo e completa o quadro no verso.
[p. 34, ll. 1-4] Apenas de alguns de vós,
irmãos peixes, falarei agora.
[pp.
34-35, ll. 4-35] O primeiro tem lugar na Escritura, é o peixe de Tobias. Ia Tobias pela margem
de um rio, quando um peixe enorme veio na sua direção para o comer. O anjo Rafael
disse a Tobias que arrastasse o peixe pela barbatana e lhe retirasse as
entranhas, já que o fel (a bílis) lhe seria útil, para curar a cegueira, e o coração,
para vencer os demónios. Com efeito, o fel serviria para aplicar nos olhos do
pai de Tobias, que, sendo cego, logo recuperou a visão. Quanto ao coração,
queimada uma sua parte, fez afastar um demónio que assaltara o próprio Tobias.
[pp. 35-36, ll. 36-64] Quem haverá que não louve e admire muito a rémora,
peixinho tão pequeno no corpo e tão grande na força, que, não sendo
maior que um palmo, quando se pega ao leme de uma nau da Índia a prende e amarra
mais que as próprias âncoras? Oh, se houvesse uma rémora na terra que tivesse
tanta força como a do mar, menos perigos haveria na vida e menos naufrágios no
Mundo!
[p. 36, ll. 65-89] Não menos admirável é a
tremelga, ou raia elétrica, a que os
latinos chamaram torpedo. Cá a conhecemos mais de fama que de vista. Mas com as grandes virtudes é assim: quanto
maiores são, mais se escondem. O pescador segura a cana na mão e deixa o
anzol ir ao fundo; mal a raia morde o isco, começa a tremer-lhe o braço. De
maneira que passa a força da boca do peixe ao anzol, do anzol a linha, da linha
à cana e da cana ao braço do pescador. Oxalá
aos padres, pescadores da terra, lhes tremesse assim o braço do esforço
de tanto pescarem almas! Tanto pescar e
tão pouco tremer!
[p. 38, ll. 1-34] Navegando daqui para o Pará, vi
correr pela tona da água, aos saltos, um cardume de peixinhos que não conhecia.
Disseram-me que lhes chamavam quatro-olhos,
e na verdade me pareceu que eram quatro os seus olhos, em tudo perfeitos. «Dá graças a Deus»,
disse a um destes peixes, pois às águias, que são os linces do ar,
deu-lhes a natureza somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra,
também dois; e a ti, peixinho, quatro.
A
razão dos quatro-olhos é a de que estes peixinhos, que andam sempre na superfície
da água, não só são perseguidos por outros peixes mas também por aves marítimas
que vivem na costa. Como têm inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a
natureza as sentinelas e deu-lhes quatro olhos. Ensinou-me esse peixinho que
tanto devo olhar para cima, onde há o azul do céu e nuvens que passam, cheias de
sonhos, como para baixo, onde há terra, respeitando a natureza e vivendo em harmonia
com bichos e homens.
[manual omite] Por fim, irmãos peixes, dou-vos graças
porque ajudais os mais pobres. Elogiem-se
na mesa dos ricos as aves e os animais terrestres com que se fazem esplêndidos
banquetes, mas vós, peixes, continuai a alimentar os pobres, e sereis
recompensados. Tomai o exemplo das
irmãs sardinhas. Porque cuidais que as multiplica o Criador em tão grande
número? Porque são sustento de pobres. As solhas e os salmões são raros,
porque se servem à mesa dos reis e dos poderosos, mas o peixe que sustenta a
fome dos pobres, a esse, Cristo o multiplica e aumenta.
Peixe |
Característica boa (que
deve servir de exemplo aos homens) |
Peixe
de Tobias |
As
suas entranhas deitavam um fel que _______________. |
Rémora |
Apesar
de pequeno, fixando-se ao leme de um barco, _______________. |
Torpedo
(raia elétrica) |
Quando
toca no isco, ______________. |
Quatro-olhos |
Os
seus quatro olhos permitem que _____________. |
Sardinha |
Serve
de _____________. |
Resolve este exercício sobre pontuação,
que se centra no caso das vírgulas:
A(s)
vírgula(s) pode(m) ser usada(s)
1.
para assinalar a elisão (isto é, a omissão) de um elemento.
2. para separar os vocativos.
3. para separar modificadores
(no início ou no meio da frase).
4. para separar elementos
que desempenham a mesma função sintática.
5. para separar orações
coordenadas assindéticas (as sem conjunção) e, até, as sindéticas.
6. para separar alguns conectores.
7. para separar os modificadores
apositivos.
8. para separar uma oração adverbial (principalmente, quando
colocada antes ou no meio da subordinante).
9. para separar orações
subordinadas adjetivas relativas explicativas.
Atribui
às frases uma das explicações (1-9) do uso de vírgula(s) inventariadas em cima:
___
Diogo Jota, o internacional português do Liverpool, marcou dois golos.
___ Comi uma alface,
quando a conheci.
___ Stor, dê-me a fatia
do bolo rançoso.
___ Bebi sangria,
aguardente, bagaço, vinho tinto, chá.
___ Ela tem uma das melhores
memórias; ele, uma das piores.
___ Ontem, comi uma alface
de estimação.
___ Não voteis na lista
Z, votai na lista de vinhos.
___ Não creio, contudo,
que sejas parvo.
___ Combinava, por
vezes, uns assaltos.
___ E, se tudo correr
bem, encontramo-nos em Paris.
___ Porque estava frio,
despi a camisola.
___ A iguana, que estava lindíssima,
beijou o iguano.
O recorte em cima, de «banco»,
permite-nos ver que o trocadilho com «banco» no anúncio do Banif (Paulo Alves)
ou da CGD (Scolari) aproveita duas aceções de «banco»: a segunda no verbete,
‘instituição financeira’, e a _______________, ‘móvel para as pessoas se
sentarem’ (embora, num dicionário mais completo, decerto figurasse ainda o sentido
específico de ‘banco de suplentes’). Estamos, portanto, no domínio do campo _____
{lexical / semântico / relvado} de
uma única palavra. Estamos perante um fenómeno de polissemia.
Já «canto» (‘ângulo’) e «canto»
(‘ato de cantar’) não são aceções de uma mesma palavra. São duas palavras
diferentes, como se conclui do facto de estarem em verbetes próprios e confirma
o terem étimos diferentes (____ e cantu-).
São palavras ____ {homónimas / polissémicas / maluquinhas / homógrafas
/ homófonas}. São exemplos de um
fenómeno de homonímia.
A propósito de «Mofo ou
bafio?» e «Primeiro-ministro discursa» (série Lopes da Silva):
A relação que há entre os
dois verbos «mofar» cujos verbetes (do Dicionário
da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011) te apresento é de _____ {polissemia / homonímia}. São palavras _____ {iguais
/ homónimas / homógrafas / homófonas},
como se infere de terem origem diferente: o étimo de «mofar» é o germânico
«____» (‘estar mal-humorado’), enquanto «mofar» virá de «mofo» + «____».
A estas palavras, que,
tendo étimos diferentes, vieram a coincidir (mas apenas na aparência gráfica e
fonética) chamamos também, numa perspetiva histórica, palavras _____ {divergentes / convergentes}.
Este processo nada tem que
ver com o da ______: aí, temos uma mesma palavra original a ganhar vários
sentidos (várias aceções), num fenómeno de enriquecimento semântico (seja por ______
do sentido inicial, seja por redução).
Quanto a «mofo» e «bafio»,
são palavras ______ {polissémicas / monossémicas}, mesmo se os sentidos de
«bafio» não estão numerados. Aliás, têm uma aceção comum a ambas, ‘____’, e uma
outra em que o significado dado remete precisamente para o outro elemento do
par de aqui se trata. Há depois uma aceção popular, coloquial, de «mofo»,
correspondente a ‘_______’, mas já distante das outras.
Ou seja, a diferença que
no sketch se queria encontrar não
está dicionarizada. A diferença percecionada pelos dois amigos dever-se-ia a
uma _______ {denotação / conotação / homonímia} de ordem puramente subjetiva.
Nos verbetes de «maniatar»
e de «bloquear» reconhecemos a aceção em que o político usava as duas palavras;
a aceção n.º __ de «maniatar» e a n.º __ de «bloquear». No entanto, as pessoas
que ouvem o discurso parecem atribuir a «maniatar» ______ {conotação / denotação / polissemia} diferente da que dão a
«bloquear».
Esse matiz mais ofensivo
talvez esteja contemplado na aceção n.º __ do verbete, marcada com a
abreviatura que assinala sentido _____: ‘tolher a liberdade’.
Porém, também pode ser que
a aversão a «maniatar» se relacione com o facto de esta palavra, na aceção 2,
incluir expressões do campo lexical da ‘polícia’: «______», «______». A
multidão interpretaria «maniatar» nesse sentido, sinónimo de «algemar».
No
sketch «Parvoíce em torno de
sinónimos» (série Meireles) também se brinca com subtis ______ {conotações / denotações} atribuídas a cada palavra, confirmando-se, se
acreditássemos sempre nos contrastes usados — «fez»/«efetuou»; «parece-me
que»/«dá-me a sensação de que»; «permite»/«possibilita»/«torna possível»;
«preciso»/«exato»; «entrevista»/«conversa amena», etc. —, que não há sinónimos
perfeitos.
Prepara
dois argumentos (com os respetivos exemplos) para:
Estado
deve apoiar quem tenha animais de estimação.
Estado deve
desincentivar (dificultar) que as pessoas tenham animais de estimação.
[Escolhe
só uma das posições. A
tinta.]
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TPC
— Em Gaveta de Nuvens lê, ou revê, «denotação, conotação; polissemia; hiperonímia, holonímia; campo lexical, campo semântico». Entretanto, não
te esqueças de resolver na Classroom a pergunta com um pedido de texto (com
cinco funções sintáticas).
Aula 23-24 (25 [1.ª], 30 [3.ª, 5.ª], 31/out [4.ª]) Sobre critérios de avaliação (ver Apresentação).
A
23 de setembro deste ano, no Público, na sua coluna «Ainda ontem», Miguel Esteves Cardoso
publicou a crónica «Contra a obediência». Quanto à crónica «Senhor Gato, dá
licença?», saiu a 24 de março, também de 2023. Sintetiza cada uma das crónicas e, ao
mesmo tempo, relaciona-as com o cap. II do «Sermão de Santo António», do Padre
António Vieira (concretamente, com o parágrafo na p. 31 do manual). Usa menos
de cem palavras.
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Em menos de cinquenta
palavras, sintetiza cada uma das duas crónicas de MEC que te terei distribuído
(além das reproduzidas na fotocópias):
Na crónica «________», . .
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Na crónica «________», . .
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Escolhe um animal. O teu
texto louvá-lo-á, permitindo, possivelmente também através de metáforas,
concluir da sua vantagem relativamente aos homens (e mostrando como poderia
constituir um bom exemplo).
[Exemplo:
Quem haverá que não admire
o camelo? Tem este curioso habitante dos desertos do Saara virtudes que não encontro
em outro animal.
Nas suas bossas, armazena
água, providencialmente, sabendo que o caminho será longo e penoso. Oxalá
fôssemos todos assim, como o previdente camelo, e pensássemos a tempo na
velhice, e rebeubéu pardais ao ninho.
Não tem o pachorrento
mamífero uma, mas duas bossas. Rejeita a unicidade, prefere a tal tal tal…]
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TPC — Nas pp. 38-39 do manual, estuda o questionário resolvido sobre o
passo do «Quatro-olhos» (do cap. III do «Sermão de Santo António»).
Aula 25-26 (31 [1.ª], 2 [4.ª], 3 [5.ª], 6/out [3.ª]) Correção de louvor a animais (cfr. Apresentação).
Vai até às páginas 40-42 e, à medida que fores
preenchendo o que ponho a seguir, vai lendo o cap. IV do «Sermão de Santo António», sem preocupação de percorrer
tudo.
Como o Padre
António Vieira já anunciara (cap. II, p. 30, l. 14), este capítulo
vai ser de _______ dos peixes. São dois os motivos dessa crítica:
1. {l. 3} os peixes __________;
2. {ll. 77-84} os peixes
investem _____ ao isco.
E o orador mostra que os homens incorrem nos
mesmos erros:
1. os homens são comidos por
outros homens, quando ______ {ll. 22-29} e quando ________ {ll. 31-40};
2. os homens seguem cegamente os seus engodos por vaidade,
quando combatem {manual omite} e quando se deixam explorar em troca de _______
{ll. 85-93}.
Responde às seguintes perguntas, completando os
meus esboços:
1. Explica como funciona a
identificação entre peixes e homens neste cap. IV.
Traça-se
uma analogia entre os peixes, que se comem (os maiores comem os mais pequenos,
o que aliás torna o caso mais grave), e os homens, que também estão sempre a
procurar «comer» o seu semelhante (entenda-se ‘_______’). Infere-se que entre
os homens são igualmente os mais ______ a prejudicar os mais frágeis.
2. Identifica os usos polissémicos
do verbo «comer» neste ponto do sermão.
Quando
se diz «peixes, [...] vos comeis uns aos outros» (ll. 4-5), a aceção de «comer»
que se pode considerar mais próxima é ‘______’ {‘devorar’ / ‘ter relações
sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; quando se pergunta «Cuidais que só
os Tapuias se comem uns aos outros?» (ll. 17-18), «comer» equivale a ‘______’
{‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; em «andarem
buscando os homens [...] como se hão de comer» (ll. 21-22), «comer» tem o
sentido de ‘______’{‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}.
3. Comenta a referência, no
contexto da pregação, ao «sertão» (l. 16) e aos «Tapuias» (l. 17).
No
contexto do sermão — pregado no Maranhão, em 1654, a uma audiência de _____ —,
a referência ao sertão e aos índios, dizendo aos ouvintes que não julgassem serem
os índios aqueles que o orador estava a _____ («Para cá, para cá; para a Cidade
é que haveis de olhar»), visava culpabilizar os _____ e aludir à _____ que
exerciam sobre os nativos.
Depois de vermos o trailer
de Tudo pelo vosso bem, responde ao item 1.2 da p. 40:
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Nas pp. 346-347 estão sintetizados os Valores
modais e aspetuais (faltam só os temporais).
Para as categorias tempo, aspeto, modo (modalidade) concorrem a flexão, os verbos auxiliares,
informação lexical, advérbios e grupos preposicionais:
valores temporais: anterioridade («passado»), simultaneidade («presente»),
posterioridade («futuro»);
valores
aspetuais:
perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo e o «não-aspeto» genérico;
valores
modais:
de apreciação (modalidade apreciativa), de permissão/obrigação (modalidade
deôntica), de probabilidade-certeza (modalidade epistémica)
Nas quadrículas, destaquei as expressões
que conferem alguns dos valores citados. Preencherás a lacuna com o valor que
esteja em causa, como fiz na primeira frase.
Trecho
de «Debate com o Super-Homem» (série Barbosa) |
Tempo |
Aspeto |
Modalidade |
Ó
Joaquim Barbosa, você vai ter de moderar este debate com mais isenção. |
vai ter de... (ir + inf [«futuro
próximo»]) posterioridade |
|
ter de moderar (ter de + inf) deôntica (obrigação) |
Quem
nos está a ouvir em casa deve estar com a ideia de que o meu adversário é o
Super-Homem |
está (presente e estar
a + inf) _____ |
está a ouvir (estar a + inf) _____ |
deve estar (dever) _____ |
Mas,
repare, o seu adversário é o Super-Homem. |
|
é _____ |
repare (imperativo) _____ |
Proponho-me criar, durante esta legislatura, 150.000
postos de trabalho. |
proponho-me
criar (lex.) _____ |
durante esta legislatura _____ |
|
Não
me interrompa, por favor! |
|
|
não me interrompa ______ |
Vou também criar estágios para licenciados. | Vou também
limpar o Rio Alviela. | Vou fazer aquilo de que a nossa economia precisa. |
Vai usar que super-poder? | Vou telefonar ao governador do Banco de Portugal. |
Vou criar/limpar/... ir + inf («futuro próximo») _____ |
|
|
Temos
que apostar no turismo. |
|
|
temos de apostar (ter de + inf) _____ |
Vou pegar no planeta Terra e girá-lo para que o Sol possa
incidir sobre o nosso país oito meses por ano. |
Vou pegar / vou girá-lo (ir + inf) _____ |
oito meses por ano _____ |
possa incidir _____ |
Isso
é lamentável! |
|
ser _____ |
adjetivo, entoação _____ |
Eu
salvo o planeta entre duas a três vezes por semana. |
|
salvo [...] duas a três vezes
por semana _____ |
|
Eu
salvei o planeta uma vez. |
salvei (pretérito) _____ |
salvei
uma vez (perfeito) _____ |
|
Você
fartou-se de me interromper. |
fartou-se (pretérito) _____ |
fartou-se (lex) _____ interromper (lex) _____ |
|
Na quinta parte (ou capítulo) do «Sermão
de Santo António», o Padre António
Vieira critica alguns peixes especificamente, o que lhe serve para
tipificar vícios encontráveis também nos homens. Peço-te exercício idêntico com
outros animais, prosseguindo a lista que já comecei:
O que tenho contra vocês, gatos, é serem
esquivos, escapulindo-se-nos sempre que tentamos aproximar-nos. Também os
homens padecem dessa característica. Quando os outros precisam deles, quantas
vezes não fogem às suas responsabilidades, preferindo concentrar-se nos seus
interesses. Ao contrário, Santo António acudiu sempre a todos e prontamente.
O que tenho contra vocês, cães, é serem
desleixados e sujos, defecando na rua sem hesitação, fazendo que escorreguemos
nos vossos cocós pegajosos e nojentos. Contudo, os homens assim procedem
igualmente, quando cospem para o chão ou deixam lixo por toda a parte. Já Santo
António, nunca poluiu a natureza e até o seu burel e corda eram, além de limpíssimos,
recicláveis.
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Público, «Ípsilon», 27-9-2019, p.
15:
Depois de relanceares de novo a apreciação
crítica a Parasitas («O cheiro a rabanete velho», Ípsilon,
por Luís Miguel Oliveira), acrescenta-lhe
um curto parágrafo. Seria o penúltimo parágrafo, depois de «absolutamente
literal» e antes de «Retrato corrosivo e devastador».
Procura que o estilo de escrita não
destoe muito do resto. Já a posição que tomes não é obrigatório que seja favorável
ao filme — podes, se quiseres, adotar uma perspetiva menos elogiosa (numa apreciação
crítica, pode haver trechos que apontem falhas, mesmo se a obra em análise é globalmente
valorizada).
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TPC — Chamá-los-ei a alguma
tarefa na Classroom.
Aula 27-28 (6 [5.ª], 7 [1.ª, 4,ª], 8/nov [3.ª]) Correção das apreciações críticas a cartoon de Gargalo (cfr. Apresentação).
O título, «Ler é maçada», é
a) síntese das ideias defendidas no texto
acerca dos livros muito comerciais.
b) citação de verso de Fernando Pessoa, que
se torna irónico dado o contexto.
c) crítica aos grandes livros, como o Dom Quixote de La Mancha.
d) caracterização de qualquer situação de
leitura.
Em «Ler é maçada», o sujeito é
a) «é».
b) «maçada».
c) «é maçada».
d) «Ler».
Segundo o que lemos no primeiro período
(ll. 1-3), caracteriza as «bestas céleres» serem
a) livros maus, pequenos e que se vendem
depressa.
b) livros grandes e mal escritos, que se
vendem depressa e que não são complexos.
c) animais rápidos.
d) duplas enormidades.
A qualificação «Livros escritos para o
momento e não para o futuro» (l. 6) serve para
a) contrastar o caráter
transitório de um best-seller com a perenidade
de uma verdadeira obra literária.
b) vincar o imediatismo
dos best-sellers e o seu afastamento
de temas como a ficção científica.
c) elogiar a preocupação com a atualidade
que revela a maioria dos best-sellers.
d) valorizar os livros classificados como «best-sellers» por se focarem no presente.
A Bíblia
e o Dom Quixote de La Mancha são
evocados (ll. 7-10) como exemplos de
a) «bestas céleres».
b) bons livros que se venderam muito num dado
momento.
c) livros que sempre tiveram e hão de ter
mercado por serem «bestas céleres».
d) livros «a sério» que, no entanto, se vendem
muito e sempre.
O sujeito «o romancista» (l. 11) tem como referente
a) os bons autores.
b) os romancistas em geral.
c) os bons romancistas.
d) os autores de best-sellers.
«existências» (l. 11) reporta-se a
a) ‘livros à venda’.
b) ‘vidas dos leitores’.
c) ‘perceção que os leitores têm acerca da
vida das personagens dos livros’.
d) ‘seres humanos’.
O quarto parágrafo (ll. 12-17) serve para
a) indicar as características dos romances
que se tornam grandes êxitos comerciais.
b) assumir que os livros que muito vendem
são verdadeiros cocós de cão.
c) assinalar as preferências dos autores de
ficção popular.
d) tentar definir os géneros e os temas que
são apropriados pelas «bestas céleres».
Na l. 17 o período podia continuar depois
de «também», mantendo o seu sentido, desde que se seguisse
a) «temas polémicos».
b) «são temas polémicos».
c) o predicado do período anterior.
d) o sujeito do período anterior.
O caso de Dickens (ll. 18-20) serve como exemplo
dos
a) autores comerciais.
b) muitos bons autores que vendem bem e depressa.
c) escritores de mérito que, apesar disso,
conseguem vender bem e depressa.
d) autores que raramente vendem muito.
Os autores que o cronista considera terem
sido «escritores a sério que foram bestas célebres» (ll. 20-21) são referidos
enquanto
a) maus escritores mas que se tornaram
célebres.
b) escritores não-comerciais mas muito vendidos
por motivos circunstanciais.
c) bons escritores que se tornaram maus
escritores porque a isso foram obrigados.
d) maus escritores que se tornaram bons
escritores dada a sua biografia.
«fazer sociologia de bolso ou metafísica
aguada» (ll. 29-30) é observação que
a) considera benéficas certas estratégias
de divulgação adotadas pelos best-sellers.
b) olha criticamente as abordagens simplificadoras
das «bestas céleres».
c) descreve com neutralidade,
sem juízo de valor, abordagens típicas dos livros que se vendem muito.
d) salienta o caráter popular e acessível
de assuntos tratados nos best-sellers.
Entre as orações «Nenhuma besta é célere» e
«se for difícil» (ll. 30-31),
a) deveria haver uma vírgula, porque a segunda
oração é uma subordinada condicional.
b) aceita-se que se dispense
a vírgula, porque a oração condicional está depois da subordinante.
c) não pode haver vírgula.
d) a falta de vírgula é um erro.
«Nenhuma besta é célere se for difícil» (ll. 30-31) quer dizer que
a) uma condição para um livro ser besta é
ser célere.
b) uma das características de um best-seller é ser de fácil leitura.
c) se leem mais facilmente os livros que
vendem muito.
d) nenhum animal rápido é difícil.
Na l. 31, o constituinte «difícil» é
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) complemento direto.
d) difícil.
A crónica que leste, de Pedro Mexia, é
predominantemente
a) narrativa.
b) instrucional.
c) expositiva.
d) descritiva.
Resolve aqui o item 3 da p. 43 (escreve mesmo as
palavras das melhores alíneas):
Um dos objetivos da oratória é movere, ou seja,
persuadir. Para o alcançar, nas linhas 15 a 21, entre outros processos, Vieira
recorre às frases _______ (a) e ao modo ______ (b). Também a repetição de palavras
do campo lexical de _______ (c) e a _________ (d) contribuem para convencer o
auditório.
Vamos falar de antropónimos.
Para já, não dos nomes de batismo (os primeiros
nomes), mas dos apelidos.
Boa parte dos apelidos começaram por ser patronímicos (= ‘nomes de pai’): o primeiro Marques era filho de um
Marco; o primeiro Simões, filho de um Simão; o primeiro Lopes, filho de um
Lopo. (Estes apelidos terminavam em -z,
porque o morfema que se afixava ao nome de batismo do pai era -ici, que evoluiu para -iz, -ez
ou -z e, com a reforma ortográfica de
1911, para -s.) Atrás de muitos
apelidos terminados em -s estão, portanto,
primeiros nomes de homem.
Na
tabela seguinte, deduz os patronímicos ou os primeiros nomes (alguns destes eram
comuns na Idade Média mas caíram em desuso depois).
Nome |
Patronímico |
Sancho |
|
Soeiro |
|
Estêvão |
|
Gonçalo |
|
|
Dias |
|
Mendes |
Nuno |
|
|
Martins |
Telo |
|
|
Anes |
|
Peres / Pires |
|
Vasques |
|
Álvares / Alves |
Paio / Pelágio |
|
|
Antunes |
|
Moniz |
Porém, nem todos os esses em final de apelido se devem àquele -ici. Por exemplo, os apelidos Reis e Santos
celebram datas do calendário cristão: o Dia de ______ e o Dia de Todos os _______.
De qualquer modo, além de patronímicos e de nomes de
invocação religiosa, há ainda mais duas origens comuns dos apelidos: topónimos (nomes de lugares) e alcunhas.
Na
quinta parte (ou capítulo) do «Sermão de Santo António», o Padre António Vieira vai criticar
alguns peixes especificamente, o que lhe serve para tipificar vícios
encontráveis também nos homens. Peço-te exercício idêntico com outros animais,
prosseguindo a lista que já comecei:
O que tenho contra vocês, gatos, é serem esquivos, escapulindo-se-nos
sempre que tentamos aproximar-nos. Também os homens padecem dessa
característica. Quando os outros precisam deles, quantas vezes não fogem às
suas responsabilidades, preferindo concentrar-se nos seus interesses. Ao
contrário, Santo António acudiu sempre a todos e prontamente.
O
que tenho contra vocês, cães, é serem desleixados e sujos, defecando na rua sem
hesitação, fazendo que escorreguemos nos vossos cocós pegajosos e nojentos.
Contudo, os homens assim procedem igualmente, quando cospem para o chão ou
deixam lixo por toda a parte. Já Santo António, nunca poluiu a natureza e até o
seu burel e corda eram, além de limpíssimos, recicláveis.
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O
filme O Discurso do Rei interessa-nos
a vários títulos. Sobretudo, far-nos-á reconhecer a importância da oratória, neste caso ilustrada por
peripécias verídicas: as dificuldades de fala de Jorge VI, a terapia da sua
expressão oral, o decisivo discurso com que anunciou a II Guerra Mundial.
Entretanto, no início do
filme há várias referências ao onomástico
(aos nomes próprios), mais concretamente, a antropónimos (os nomes de pessoas) e é esse o tópico que nos vai mobilizar
por enquanto.
________ — nome que talvez
não esteja na moda tão cedo — foi um grande orador grego. Ter seixos na boca
enquanto ensaiava os discursos, episódio sempre citado, era uma das estratégias
a que recorrera para vencer a gaguez de que padecia.
O apelido do original terapeuta da fala, cujo primeiro nome é Lionel,
quase parece inventado propositadamente. Com efeito, «______» assemelha-se ao radical grego ‘logo’, que significa
‘discurso, palavra, razão, estudo’ (cfr.
«logorreia», «logótipo», «logogrifo», «logopedia», «logograma»).
Também é interessante o
apelido usado pelo futuro rei, quando pretendia passar incógnito: _____ é decerto
um dos apelidos mais comuns em Inglaterra e é um patronímico (significa ‘____ de John’, sendo equivalente ao português
Anes, ao russo Ivanov, ao sérvio Jovanović, ao holandês Jansen, ao dinamarquês
Jensen, ao sueco Johansson, ao galês Jones, etc.). Outro apelido com origem patronímica
é o da presidente da Sociedade de Terapeutas da Fala, que teria recomendado
Lionel, a senhora Eillen ______ (onde adivinhamos um antepassado escocês filho
de um Leod).
A certa altura alude-se
aos nomes de batismo do então Duque de
Iorque. Chamava-se ele «Alberto Frederico Artur Jorge», embora o tratassem
familiarmente pelo hipocorístico ___
(< Albert). Mais à frente se verá o motivo de, aquando da coroação, ter
preferido o nome _______, em detrimento dos outros.
Uma última menção se pode
fazer. Surgem, ainda crianças, as princesas ______ e Margaret. A primeira é a recém-falecida
rainha. É a responsável pela relativa popularidade deste nome em Portugal há mais
de sessenta anos, já que visitou o país em 1957. É um caso curioso, porque
sempre fora muito corrente um outro nome que é seu cognato: «_____». Também _____ e Jaime são divergentes de um mesmo étimo, Iacobu.
Aula 29-30 (8 [1.ª], 9 [4.ª], 10 [5.ª], 13/nov [3.ª]) Correção de questionário de compreensão do escrito sobre «Ler é maçada» (ver Apresentação).
O capítulo V do «Sermão de Santo António» (pp. 49-54) aborda o que o
orador tem contra quatro tipos de «peixes». Deter-nos-emos nos três verdadeiros peixes, (pp. 49-53,
ll. 1-149), deixando para a próxima aula o polvo (já nas pp. 53-54, ll.
150-211).
Relanceando o texto, marca
as linhas em que começam e em que acabam os trechos sobre cada um dos animais
(incluindo as comparações com os homens):
os roncadores: ll. 2-____;
|| os pegadores: ll. ____-____;
os voadores: ll. ____-____; || o polvo: ll. 150-211.
Transcreve o passo em que está a queixa
principal sobre cada um dos peixes:
Peixe |
Repreensão |
Linhas |
roncadores |
«É possível que sendo vós . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . .» |
3-4 |
pegadores |
«sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores,
mas de tal sorte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .» |
40-41 |
voadores |
«. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pois porque vos meteis
a ser aves?» |
94-95 |
Os três
peixes de hoje (e o polvo) servem
para se aludir a pecados humanos. Outros
casos históricos confirmam esses
defeitos dos homens. Ao contrário, Santo
António seria um bom exemplo a seguir. Preenche:
Peixe |
Característica dos homens que está a ser criticada |
Outros maus exemplos |
Linhas a consultar |
O bom exemplo de Santo António |
|||
roncadores |
_______ |
São Pedro «roncou», porque asseverara ser o
único constante na sua fé, mas logo negou Cristo quando interpelado por uma
____. Também adormeceu, apesar de se ter comprometido a vigiar o horto. Caifás alardeava o ____. Pilatos exibia _____. |
8-22 31-34 |
Apesar do seu saber e poder, nunca deles fazia
alarde, preferia _____. |
34-36 |
||
pegadores |
_______ |
Não parte um vice-rei ou um governador sem que
vá acolitado por uma série de _____. Morto Herodes, também morreram os que dele
dependiam (como acontecerá aos peixes que se não despeguem do _____ que parasitam). |
46-51 57-64 |
Pegou-se apenas a Deus, como costuma ver-se na
imagem tradicional, em que Santo António surge com _____ ao colo. |
70-73 |
||
voadores |
_______ |
O mago Simão disse ser filho de Deus e anunciou
quando subiria aos céus, mas não só se viu privado de asas, para voar, como
de _____, para andar. Por
querer voar, Ícaro se _____. |
119-131 132-133 |
Tendo «asas» — a sabedoria — para «subir»,
preferiu _____: apagar-se, passar por leigo e sem ciência. |
134-149 |
Faz corresponder os trechos/sketches/personagens a
um dos peixes repreendidos no cap. V do «Sermão de Santo António» (roncador, pegador, voador, polvo). Depois pensa em
personagens/pessoas suscetíveis de ilustrar na tabela algum dos peixes criticados:
«Eu conheço o Lopes da Silva» |
Pegadores, pelo parasitismo, pelo oportunismo |
«Mães à compita» |
Roncadores, pela bazófia, pela vaidade |
Dédalo & Ícaro |
Voadores, pela ambição
irrazoável |
Georgina Rodríguez, Kátia Aveiro (e decerto
muitos outros do círculo de Cristiano Ronaldo) |
|
Jorge Jesus (em qualquer conferência de imprensa
ou entrevista) |
|
Ângelo Rodrigues (ator que esteve em risco de vida
por tomar produtos para ficar musculado) |
|
Familiares de políticos que ascendem a lugares
no governo, gabinetes ministeriais, autarquias |
|
Maneira de ser a que alude o provérbio «Quem te
manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?» |
|
Família de gémeas que obteve «cunha» através de
nora de Marcelo Rebelo de Sousa |
|
Famílias pobres de Parasitas |
|
«Fachada» (de Tiago Bettencourt) |
|
Hank (À
procura de Dory) |
|
Escreve uma apreciação
crítica ao conjunto dos cartazes na p. 48. Cerca
de 150 palavras. A tinta.
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TPC
— Lê nas pp. 46-47 «Aprender» sobre ‘Dêixis e referência deítica’. Tenta também
resolver «Praticar» (p. 47).
Aula 31-32 (13 [5.ª], 14 [1.ª, 4.ª], 22/nov [3.ª]) Correção do tepecê; correção da apreciação crítica entregue (cfr. Apresentação).
O que fizemos na última aula para os três
peixes que são criticados na primeira metade do cap. V do «Sermão de Santo António» — roncadores, «pegadores»,
voadores — fá-lo-emos agora para o peixe (na verdade, um molusco cefalópode)
abordado nas pp. 53-54, o polvo.
Assim, vai preenchendo as tabelas:
Peixe |
Repreensão |
Linhas |
polvo |
«Se está nos limos, ________; se está na areia,
_________; se está no lodo, _________; e[,] se está em alguma pedra, como
mais ordinariamente costuma estar, __________» |
158-160 |
Volta a surgir a analogia entre características do animal e vícios dos homens, ilustrados com peripécias bíblicas e contraditados
pelo bom exemplo de António:
Peixe |
Característica dos homens que está a ser criticada |
Outros maus exemplos |
Linhas a consultar |
O bom exemplo de Santo António |
|||
polvo |
_________ |
Judas abraçou Cristo mas foram outros que o ______
(o polvo abraça e, com os próprios braços, faz as _______). |
162-168 |
António foi o mais puro exemplar de ______; nele
nunca houve _______. |
181-184 |
Sobre as características que o Padre Vieira
critica no polvo (ll. 151-162):
retrato do polvo |
que o faz assemelhar-se
a.../ ou fingir |
capelo
(na cabeça) |
_____ |
_______
(braços) |
estrela |
falta
de ossos ou de espinha |
_____,
mansidão |
Desta
aparência modesta, desta «hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior
traidor do mar: |
|
por
malícia, muda de cor conforme o ambiente (como, mas apenas por _____, faz o
camaleão) |
lança
os braços e prende os _____ e os desacautelados |
Indica os recursos expressivos assinaláveis nos
passos seguintes. Usa:
metáfora [duas vezes]| apóstrofe
| comparação | antítese | interrogação retórica | anáfora
a) «O Polvo, com aquele seu
capelo na cabeça, parece um Monge» | ________
b) «E debaixo desta aparência tão modesta, ou
desta hipocrisia tão santa, [...]» | _________
c)
«Consiste esta traição do Polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas
cores de todas aquelas cores a que está pegado» | _________
d) «Se
está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo,
faz-se pardo; e, se está em alguma pedra, [...] faz-se da cor da mesma pedra» |
________
e) «E daqui que sucede?» | ________
f) «[...]
e o salteador, que está de emboscada dentro do seu próprio engano, lança-lhe os
braços de repente» | ________
g) «Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade
[...]» | ________
Em À procura de Dory, o polvo
(Hank) tem algumas das características atribuídas aos polvos no «Sermão de
Santo António» mas revela outras em que o Padre Vieira não pensara. No filme —
de que veremos sobretudo as partes em que intervém Hank —, o polvo começa por
parecer interesseiro e rezingão mas, progressivamente, vai-se tornando quase
frágil e simpático. No «Sermão de Santo António», o percurso é o contrário:
realça-se a aparência de santidade do polvo, para se vincar depois a
hipocrisia, a maldade.
Na tabela, podes usar
alguns destes adjetivos ou outros que te pareçam pertinentes:
dedicado | irritável |
irritadiço | esforçado | receoso | prestável | derrotista | sensível |
afectuoso | individualista | solitário | persuasivo | influenciável |
introvertido | afável | delicado | astucioso | manhoso | carinhoso | otimista |
calculista.
Comportamentos do polvo Hank |
Caracterização (por adjetivos) |
Disfarça-se de gato, de parede, de planta, de
corrimão, etc. |
Escondido, dissimulado, ocultado (mas sem se
conotar nada disto com a psicologia) |
Tenta convencer Dory a dar-lhe a etiqueta. |
Insinuante, ______, quase malicioso, ____, _____,
astuto; ligeiramente interesseiro, _____. |
Mostra-se diligente a conduzir Dory nos seus
percursos, a ajudá-la, mesmo contrariado. |
Solidário, solícito, ______, ______, prestimoso,
_____. |
Esconde-se e disfarça-se para não ser tocado
pelas crianças, de quem tem pavor. |
Medroso, timorato, ______ (talvez por estar
ainda traumatizado por ter perdido tentáculo). |
Chega a gritar com Dory, impaciente por ela não
lhe dar a etiqueta, quase lha tirando à força, mas acaba por se retrair e
controlar-se. |
Primário, _____, _____, mas, no fundo, com boa
índole. |
«Não quero ninguém com quem me preocupar. Tu
tens sorte: sem memórias, sem problemas». |
Pessimista, cético, _____; _____, _____, associal,
______. |
Não gosta de conversas nem de perguntas. Quer
viver dentro de caixa de vidro, sozinho, sem ter de conversar com ninguém. |
|
[no momento da separação:] «Vai ser
difícil eu esquecer-te, miúda»; «Estás bem?». |
Meigo, ______, ______, terno, cordial, _____,
______, ______. |
Preferia ficar preso, em exposição, mas deixa-se
conduzir por Dory (e, já antes da insistência dos outros peixes, aceitara
fugir a seu pedido). |
Inseguro, ______. |
[quase no final:] «Dou-me bem com a
loucura!». |
Entusiástico, arrebatado, ______. |
Destas
características de Hank assinala apenas, circundando-as, as que seriam
aplicáveis ao polvo de Vieira:
dedicado
| irritável | irritadiço | esforçado | receoso | prestável | derrotista |
sensível | afetuoso | individualista | solitário | persuasivo | influenciável |
introvertido | afável | dissimulado | insinuante | malicioso | astuto |
interesseiro | solidário | solícito | prestimoso | medroso | timorato |
primário | pessimista | cético | meigo | terno | cordial | inseguro |
entusiástico | arrebatado
Escreve
um comentário que aborde — em conjunto — o que é perguntado nos itens 1.1 e 1.2
de «Letras prévias», na p. 49 do manual.
«Fachada» (Tiago Bettencourt, 2019.
Rumo ao eclipse, 2020):
Não queiras sair sempre a
ganhar
Se a derrota o que te dá deformas
O que te transforma o lado mais fraco
E em tempo incerto saber confiar
Não queiras sair sempre a ganhar
Não escondas a pele por trás do medo
Coração sincero não disfarça a cor
Não mudes de assunto para parecer melhor
Como escada vais subindo
Cada dia descobrindo
Qual o plano que se segue
P’ra que a escada não se quebre
O teu corpo já cansado
Deste jogo disfarçado
Consumido pelo fеl
Teu castelo de papеl
Não passes por cima de quem te fez bem
Não deixes que a gula guie os teus passos
Respira na sombra, pensa melhor
Não finjas ser reto quando te convém
Não passes por cima de quem te quis bem
Pessoas já olham e falam baixinho
Não mudes de assunto, não juntes veneno
Assume o desvio enquanto é pequeno
Como escada vais subindo
Cada dia descobrindo
Qual o plano que se segue
P’ra que a escada não se quebre
O teu corpo já cansado
Deste jogo disfarçado
Consumido pelo fel
Teu castelo de papel
Queres passar a frase certa
P’ra acalmar a ferida aberta
Dizes que não viste nada
Mas eu sei que é só fachada
Como quem nunca viu nada
Mas eu sei que é só fachada
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TPC
— No final desta aula, serão chamados à Classroom.
Aula 33-34 (21 [1.ª, 4.ª], 24 [5.ª], 27/nov [3.ª]) Correção de texto com repreensões a animais (cfr. Apresentação).
Do manual Palavras 11
(Maria João Pereira e Fernanda Delindro; Porto, Areal, 2016), p. 48:
Vai lendo «O cérebro dos
golfinhos» e circundando a melhor alínea de cada item. (Por favor, não
consultes nada além do texto em causa.)
O verbo no primeiro período do texto (l. 1) tem o
valor aspetual
a) imperfetivo.
b) perfetivo.
c) habitual.
d) genérico.
«[...] debatem há várias décadas o seu
significado» (l. 3) apresenta valor aspetual
a) imperfetivo.
b) perfetivo.
c) iterativo.
d) genérico.
No terceiro período, a oração adjetiva relativa
«que escutam todos estes sons» (l. 3)
a) devia estar delimitada por vírgulas, porque se
trata de um modificador apositivo.
b) não está entre vírgulas, porque o seu sentido é
restritivo.
c) não poderia nunca estar entre vírgulas, porque
estas separariam sujeito e predicado.
d) deveria ter uma vírgula apenas (antes de
«que»).
As aspas — as do texto, note-se — em
«“linguística”» (l. 4)
a) assinalam o sentido porventura denotativo da
palavra.
b) marcam uma citação.
c) vincam a riqueza dos sons.
d) atenuam o sentido, deixando perceber um valor
conotativo.
Quando Justin Gregg lembra que «Também não existem
provas de que os golfinhos não possam viajar no tempo, não consigam dobrar
colheres com a mente, nem sejam capazes de disparar raios laser pelos espiráculos» (ll. 13-15), pretende
a) defender que não se deve descartar a existência
da linguagem dos golfinhos só por não haver provas dela.
b) sublinhar que não é razoável prosseguir com a
crença de que os golfinhos têm uma linguagem.
c) assumir como possíveis as três situações que
refere, ainda que lhes falte comprovação.
d) vincar que, ao contrário das situações
improváveis que menciona, há evidências de os golfinhos terem uma linguagem.
Na linha 13, «exasperados» é
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo do nome.
d) complemento indireto.
Justin Gregg considera que o lugar comum ‘há muita
coisa que desconhecemos’ (l. 16)
a) é pertinente.
b) tem servido para dar fôlego a ideias sem base
científica.
c) está presente em todo o lado.
d) tem-se introduzido pela porta dos fundos.
O itálico em «golfinhês»
(l. 17) deve-se
a) ao seu valor conotativo.
b) ao facto de se tratar de um neologismo.
c) ao facto de ser uma palavra polissémica.
d) à intenção de ironizar e mostrar descrença na
existência de uma linguagem dos golfinhos.
Na linha 20, «de o»
a) deveria estar contraído em «do».
b) está bem escrito, porque se inicia aí uma
oração (infinitiva).
c) deveria ser substituído por «de que o».
d) evidencia um erro de coesão frásica (cfr., por exemplo, «pelo o»).
Para Stan Kuczaj (cfr. quarto parágrafo), a falta de comprovação científica de haver
uma linguagem dos golfinhos adviria
a) da inexistência do «golfinhês».
b) da metodologia e instrumentos usados nas
investigações.
c) da inépcia dos cientistas.
d) do pouco investimento nas investigações.
No primeiro período do quarto parágrafo (ll.
18-21),
a) falta uma vírgula depois de «investigadores»
(l. 19) e poderia haver vírgulas a delimitarem «para Justin Gregg» (l. 18).
b) não há falha de coesão gramatical indiscutível.
c) apenas faltam vírgulas a delimitarem «para
Justin Gregg» (l. 18).
d) a vírgula depois de «certa» (l. 20) está
errada.
O segmento «um dos maiores mistérios da ciência
por resolver» (l. 25) é
a) sujeito.
b) complemento direto.
c) uma oração.
d) predicativo do sujeito.
As reticências na linha 25 visam
a) traduzir desconhecimento da situação real.
b) enfatizar, quase ironicamente, a possibilidade
de estarmos perante um equívoco.
c) mostrar hesitação, ignorância acerca da
hipótese correta.
d) evitar a redundância, omitindo o que já ficara
suficientemente claro.
A referência bibliográfica (l. [27])
a) está correta.
b) estará imperfeita, porque falta o título do
artigo.
c) está incorreta, porque «National Geographic» devia estar entre aspas.
d) devia incluir, depois do título da revista, o
título do artigo.
Tem valor deítico
a) «aquilo» (l. 18).
b) «aquele» (l. 22).
c) «nos últimos dois ou três anos» (l. 23).
d) «estes sons» (l. 3).
Trata-se de um texto
a) narrativo e instrucional.
b) descritivo e argumentativo.
c) expositivo.
d) narrativo.
Sabendo nós que «delfim» vem do latim delphinu- (e
tem entre as suas aceções precisamente a de ‘golfinho’) e que «golfinho» vem
também do latim delphinu- (entretanto, terá havido, no percurso da palavra,
alguma contaminação com «golfo»), podemos dizer que
a) «delfim» e «golfinho» são palavras homónimas.
b) «delfim» e «golfinho» são palavras divergentes.
c) «delfim» e «golfinho» são palavras
convergentes.
d) «delfim» e «golfinho» são palavras parónimas
(isto é, parecidas).
Lê estes itens de exame (2014, 1.ª fase, Grupo I,
B) tratavam do passo dos Voadores:
Com os Voadores tenho
também uma palavra, e não é pequena a queixa. Dizei-me, Voadores, não vos fez
Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? O mar fê-lo Deus para vós,
e o ar para elas. Contentai-vos com o mar e com nadar, e não queirais voar,
pois sois peixes. Se acaso vos não conheceis, olhai para as vossas espinhas e
para as vossas escamas, e conhecereis que não sois ave, senão peixe, e ainda
entre os peixes não dos melhores. Dir-me-eis, Voador, que vos deu Deus maiores
barbatanas que aos outros do vosso tamanho. Pois porque tivestes maiores
barbatanas, por isso haveis de fazer das barbatanas asas? Mas ainda mal, porque
tantas vezes vos desengana o vosso castigo. Quisestes ser melhor que os outros
peixes, e por isso sois mais mofino que todos. Aos outros peixes do alto,
mata-os o anzol ou a fisga, a vós sem fisga nem anzol, mata-‑vos a vossa
presunção e o vosso capricho. Vai o navio navegando e o Marinheiro dormindo, e
o Voador toca na vela ou na corda, e cai palpitando. Aos outros peixes mata-os
a fome e engana-os a isca, ao Voador mata-o a vaidade de voar, e a sua isca é o
vento. Quanto melhor lhe fora mergulhar por baixo da quilha e viver, que voar
por cima das entenas e cair morto.
Padre António Vieira, Sermão
de Santo António (aos peixes) e Sermão da Sexagésima,
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 102-103
4. Caracterize
o tipo humano que o peixe voador simboliza, tendo por base o excerto
transcrito.
5. Explicite
as consequências do comportamento do peixe voador, fundamentando a resposta com
citações textuais pertinentes.
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Do Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Rio de Janeiro, Objetiva, 2001:
Depois de ler o seu
discurso de Natal de 1934, Jorge V, querendo incentivar o filho, sublinha-lhe a
importância da comunicação nos tempos que corriam:
«Este aparelho altera
tudo. Outrora bastava a um rei fazer boa figura fardado e não cair do cavalo.
Agora, temos de entrar na casa das pessoas e ser-lhes simpáticos. Esta família
está reduzida a imitar a mais baixa das criaturas: tornámo-nos atores.»
Vê também, à direita, o cartoon «O líder», de Angel Boligan.
Escreve um texto
expositivo-argumentativo, com cerca de 150 palavras, que trate o tópico comum à
citação de Jorge V e à imagem.
Sem que sejam o foco
primeiro do teu texto — portanto, apenas enquanto ilustração do que defendas —,
podes incluir alguma alusão à frase de Jorge V (e ao caso dramático de Jorge
VI) e ao cartoon.
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No final do trecho de hoje
do Discurso do Rei, o futuro Jorge VI
usa uma série de imprecações. Esses termos soltos — de registo muito popular —
não desempenham qualquer função sintática, exprimindo sobretudo uma emoção. Em
termos de classes de palavras são integráveis nas interjeições (no manual, estão na p. 340). Nota que o quadro em
baixo — que tirei de Da Comunicação à
Expressão. Gramática Prática — não contém todas as interjeições, já que se
trata de uma classe de palavras aberta
(como a dos nomes ou a dos adjetivos; e ao contrário das preposições ou das
conjunções).
Em que
fila entrariam estas expressões do Duque de Iorque: «M[...]a!» (= ‘cocó!’),
«F[...]-se!» (= ‘faça-se amor!’)? E o «berdamerda!» que ouvimos há pouco (ou
ouviremos ainda)?
Reações expressas |
Interjeições |
Locuções interjetivas |
dor |
Ui!, Ai! |
Ai de mim!,
Pobre de mim! |
alegria |
Ah!, Oh! |
|
espanto, surpresa |
Hi!, Ah!, Olá!, Ena!, Caramba! |
Essa é boa! |
advertência |
Cuidado! |
|
desejo |
Oxalá! |
Deus queira!, Quem dera!, Bem haja! |
dúvida |
Hum!, Ora! |
|
encorajamento, animação |
Eia!, Coragem!,
Força!, Avante!, Vamos! |
Para a
frente! |
aplauso |
Bis!,
Bravo!, Viva! |
Muito bem! |
impaciência, aborrecimento |
Ui!, Bolas!, Poça!, Arre!,
Apre!, Irra!, Hem! |
Raios te
partam!, Ora bolas! |
resignação |
Paciência! |
|
chamamento, invocação |
Ó! Psiu!,
Pst!, Alô!, Olá!, Eh!, Socorro! |
Ó da
guarda!, Aqui d'el-rei! |
[pedido de] silêncio |
Psiu!,
Chiu!, Silêncio!, Caluda! |
|
reclamação, repulsa, rejeição |
Hei!,
Abaixo!, Safa!, Fora!, Arreda! |
|
suspensão |
Alto!,
Basta! |
Alto lá! |
indignação |
Oh!,
Homessa! |
Essa agora! |
medo, terror |
Oh!, Ui!, Uh!, Credo!, Jesus!, Abrenúncio! |
Valha-me
Deus! |
cansaço |
Uf!, Ah! |
|
TPC
— Em Gaveta de Nuvens lê o que está
em ‘Classes de palavras’ sobre Interjeições. (Não esqueças tarefas na
Classroom: texto sobre escola com dez funções sintáticas; leitura de contos.)
O capítulo VI do «Sermão de Santo António» corresponde à peroração, a última parte de um
discurso. Vai ouvindo a excelente leitura em voz alta de Luís Lima Barreto e,
na parte final, olhando também o manual (p. 58), que corta parte deste capítulo
(só estão no manual os passos de que indico as linhas). Depois, preenche o que
falta no quadro.
linhas |
expressão no «Sermão» |
expressão
equi-valente ou que usaríamos hoje |
comentário |
1 |
despido |
_______ |
O Padre Vieira usa a forma verbal mais antiga da
1.ª pessoa do Presente do Indicativo de «despedir», mas a forma que usamos
atualmente resulta de analogia com as de outros verbos (cfr. «posso», «meço», «peço»). |
|
vades
[para
que vos vades consolados] |
_______ |
É esta a forma da 2.ª pessoa
do plural do Presente do Conjuntivo de «ir»; no entanto, se tivermos em conta
que se usaria agora a 3.ª pessoa do plural (porque o tratamento seria «vocês»
e não «vós»), a forma comum seria «_____». |
|
outro
[não
sei quando ouvireis outro] |
outro
sermão |
Lembremos que o Padre Vieira
ia partir para Portugal (aliás, em parte, para defesa dos índios), pelo que
aquele seria, durante tempo, o último sermão que lhe ouviriam os _______. |
|
mui [mui
antiga] |
_______ |
O advérbio «mui» resulta de uma ______
(supressão do som final) de «muito» (como «São» resulta de apócope de
«Santo»). |
|
ficastes |
_______ |
É esta a 2.ª pessoa do plural do Pretérito
Perfeito, embora, como quase já não usamos esta pessoa, a forma nos pareça
incorreta (se tivéssemos em conta que usaríamos hoje a 3.ª pessoa do plural —
«vocês, peixes» —, teríamos a forma «______»). |
|
habitadores |
_______ |
Os peixes são os habitantes do elemento que é
matéria do primeiro sacramento (cfr.
infra), a água. |
|
primeiro
sacramento |
batismo |
Os sete sacramentos são Batismo, Confirmação,
Comunhão, Penitência, Extrema unção, Ordem, Matrimónio («a matéria» do
Batismo é a ______). |
|
pregara
[se
eu lhes pregara] |
_______ |
Até tarde o Pretérito Mais-que-perfeito serviu
em casos em que hoje temos de usar o Imperfeito do Conjuntivo. |
|
Oh [Oh
quantas almas chegam (...)] |
_______ |
É a interjeição (não é a expressão que se apõe a
um vocativo), mas, hoje, usaríamos a seguir uma vírgula ou um ponto de ______. |
3 |
alvedrio |
_______ |
Hoje, preferiríamos a outra palavra do par de
divergentes resultantes do lat. arbitrium (a palavra que hoje mais usamos é a
que nos chegou por via erudita; a palavra usada por Vieira é a da chamada
«via ______»). |
10 |
do
seu divino acatamento |
de
______ |
«Acatamento» é a presença ou vista de pessoa
divina a quem se deve reverência. |
12 |
de um homem, que tinha as minhas mesmas obrigações, |
de
______ |
Este apóstolo tinha as mesmas obrigações de
Vieira e traiu-as (por isso Vieira diz correr também esse risco). |
Num livro,
o Paratexto é o que não é o texto
propriamente dito. Inclui categorias da responsabilidade do autor (título, dedicatórias, epígrafes)
e outras da responsabilidade do editor (capa,
contracapa, orelhas, sobrecapa, cintas). Há ainda prefácio ou posfácio, notas, índices, bibliografia, ilustrações, que podem ser quer da
responsabilidade autoral quer da do editor.
Verificarás as partes do
livro que te calhar, completando o que se segue (preenche as linhas e risca ou
circunda as alternativas dentro das chavetas):
Capa
A capa, além do logotipo da editora (Tinta-da-China), terá o nome do
autor (______) e o título da obra (abreviado, se o título completo for grande).
Os livros desta coleção,
‘Literatura de viagens’, têm capas com uma única cor de fundo, que vai variando
de obra para obra, e uma ilustração a negro. A autora da capa, a capista, é ______ (como podemos ler na ficha
técnica, que está no verso do frontispício). Às vezes, os autores das capas
usam fotografias ou ilustrações de outros artistas, cuja referência figurará
também na ficha, mas não é o que sucede neste caso.
Na lombada, se descartarmos as ilustrações, temos os mesmos elementos
que na capa: título (abreviado), ______, logotipo da editora.
Na contracapa há uma citação de ________ (o conhecido Santo
Agostinho), que percebemos serve de lema a toda a coleção, e {um/dois
excerto(s)}, tirado(s) do {livro propriamente dito e/ou do prefácio}. Vem
também {o nome do tradutor, o nome do coordenador da coleção, o código de
barras}.
Os livros desta coleção
não têm badanas (orelhas), porque são de capa dura. As
badanas usam-se em livros de capa mole ou nas sobrecapas. O que costuma estar escrito nas badanas pode ser uma
notícia biobibliográfica sobre o autor, o elenco de outros livros da coleção,
uma lista dos livros do mesmo autor, até uma sinopse do livro.
Uma característica
especial desta coleção é estarem coladas nos versos da capa e da contracapa, e funcionando também como primeiro
resguardo das folhas do livro, cartolinas de cor com o mapa das _______ de que
trata a obra.
Folhas
Páginas não
numeradas ímpares (pp. [1], [3], [5], [7]), de rosto, portanto
Há guarda (folha em branco ou só com o logotipo da editora)? {Sim /
Não}.
Há anterrosto (página que terá só o título, talvez até abreviado)?
{Sim / Não}.
Quanto ao frontispício (portada ou página de rosto),
que contém {autor / título completo (e subtítulo) / tradução / cidade, editora,
ano / coordenador da coleção}, é a página mais importante de qualquer livro, e
é por ela que se faz a referência bibliográfica.
Em alguns dos livros desta
coleção, antes das páginas numeradas vem o índice.
Páginas não numeradas pares ([2], [4], [6], [8]), de verso,
portanto
Qual das páginas tem a ficha técnica? {O verso do anterrosto /
A contraportada, ou seja, o verso do frontispício}. Que elementos aí vemos?
{Endereços da editora / título original (se o livro for uma tradução) e autor
da tradução / autor do prefácio / responsáveis por capa, revisão, composição /
depósito legal / data da edição}.
Páginas numeradas mas ainda antes do texto propriamente dito
Deverá haver um Prefácio, escrito por alguém que não é
o autor do livro. Neste caso, o prefaciador foi ___________.
Em alguns dos livros, já
na parte da responsabilidade do autor, pode haver páginas de dedicatória {Não tem / Tem, a _________},
alguma epígrafe (citação, máxima)
{Não / Sim, e é uma frase do autor / é um provérbio / é uma citação de outro
autor / _________} e até algum prólogo
ou introdução {Não / Sim}.
Páginas do texto principal
No cabeçalho, nas páginas
ímpares, vem o título corrente (o
título do livro, talvez abreviado) e, nas pares, o nome do ______).
Há notas de rodapé (pé de
página)? {Não / Sim, do autor / tradutor / editor}.
Páginas depois do texto principal
Creio que, como em todos
os volumes desta coleção, haverá uma Nota
biográfica (acerca do autor), da responsabilidade da editora. {Confirma-se
/ Não}.
Ainda antes, pode haver
algum Posfácio ou Nota à edição, mas é raro.
Nos livros desta coleção
não há secções que aparecem em outras obras, como bibliografia, cronologia,
índices toponímico (lugares) ou onomástico
(nomes), lista de ilustrações.
{Confirma-se que não há / Há: ______}.
Na
última (ou penúltima) folha há o colofão
(ou colofon): «[Título] foi composto em caracteres [fonte] e impresso na [tipografia],
em papel [marca e gramagem], em [data: _____]».
Por
vezes, surge ainda a lista de obras na
coleção. {Neste caso, não / Sim}.
Relanceando agora também o
miolo da obra, tenta perceber o exato género
do livro, sabendo-se já que todas as obras da coleção cabem na classificação
abrangente de ‘literatura de viagens’. (Nota que alguns dos géneros seguintes
podem até coexistir — nesse caso, terás de selecionar mais do que um item.)
É um livro de {crónicas /
relato de viagem / narrativa(s) de ficção / narrativa(s) autobiográfica(s) /
diário / reportagem / reflexões político-sociológicas sob a forma epistolar
(isto é, em cartas) / memórias / ensaio / [outro:
_______]}.
Pensa numa obra (que
inventarás). Tanto pode ser biografia ou autobiografia, como coletânea de
crónicas, livro de viagens, romance, antologia de contos, ensaio, etc., mas
sempre de autor por ti criado. Desse
livro inexistente escreverás o seguinte paratexto.
Anterrosto:
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Frontispício (página de
rosto ou portada) {Põe os diversos elementos em linhas
diferentes}:
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Texto para contracapa:
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Curta biografia do autor
para badanas (orelhas):
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Lista de obras da mesma
coleção (para orelhas ou para páginas finais):
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Índice (bastarão cinco entradas; dispenso a indicação das páginas):
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TPC
— Completa e melhora (e, depois, traz-mo) texto iniciado em aula.
Aula
37-38 (28
[1.ª, 4.ª], 4/dez [3.ª, 5.ª]) Correção do questionário de compreensão de «O
cérebro dos golfinhos» (cfr. Apresentação).
Vai até à p. 60, onde temos o discurso de João Miguel Tavares no dia de
Portugal de 2019. Segundo o próprio diz, foi o primeiro filho da democracia a
presidir às comemorações do 10 de junho (ou seja, foi quem primeiro presidiu às
comemorações do Dia de Portugal tendo nascido já depois de ______).
O texto no manual não reproduz dois minutos e meio que ficariam
entre «liberdade.» (l. 12) e «Os portugueses» (l. 13). Ouvi-los-emos, para
tentares depois responder à pergunta que ponho a seguir (aproveita para emendar
a citação, que, na transcrição no manual, tem um erro):
Qual é, para o orador, a
diferença essencial entre a geração dos pais e a sua? Relaciona essa diferença
com a tese defendida no discurso («Não é fácil saber ______ é que estamos a
lutar hoje em dia», l. 16; precisamos que nos deem algo em que acreditar).
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Responde ainda, agora a
propósito dos primeiros dois parágrafos (ll. 5-12), ao que é perguntado no item
1.1 da p. 61 (relacionar deíticos com a função desta parte do texto).
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Há uma característica inevitável
da língua: a maneira como ela é diferente conforme a idade das pessoas,
os sítios que frequentam, os seus interlocutores. Esta característica tem o nome
de variação. E tem um resultado: a língua
de quem vive em determinado tempo é sempre muito diferente da dos seus antepassados.
A isso se chama mudança linguística.
As duas tabelas mostram um
caso de variação e mudança no campo particular das escolhas de nomes de pessoas.
Excecionalmente, até podemos trabalhar com referência a poucas décadas, porque,
sendo uma área da língua muito exposta às vaidades humanas e influenciada por
acontecimentos diretos — telenovelas, surgimento de vedetas de futebol, etc. —,
o ritmo das mudanças é anormalmente elevado.
Nas colunas já preenchidas estão os nomes mais
populares em cada década (a fonte dos dados é a 3.ª Conservatória do Registo
Civil de Lisboa). À direita, deixei espaço para tentares completar o top dos nomes
dos nascidos o ano passado.
Nomes femininos |
||||||
|
1960 |
1970 |
1980 |
1990 |
2000 |
2022 (segundo tu) |
1.º |
Maria |
Maria |
Ana |
Ana |
Ana |
|
2.º |
Ana |
Ana |
Carla/Maria |
Joana |
Maria |
|
3.º |
Isabel |
Carla |
Sónia |
Sara |
Inês |
Leonor |
4.º |
Anabela |
Paula |
Sandra |
Andreia |
Beatriz |
Matilde |
5.º |
Teresa |
Sandra |
Cláudia |
Cátia |
Mariana |
|
6.º |
Helena |
Isabel |
Susana |
Inês |
Joana |
Carolina |
7.º |
Cristina |
Anabela |
Andreia |
Catarina |
Catarina |
Beatriz |
8.º |
Elisabete |
Elisabete |
Patrícia |
Cláudia |
Sara |
Margarida |
9.º |
Fernanda |
Elsa |
Marta |
Vanessa |
Carolina |
Francisca |
10.º |
Luísa |
----------- |
Cátia |
Maria |
Daniela |
|
Nomes masculinos |
||||||
|
1960 |
1970 |
1980 |
1990 |
2000 |
2022 (segundo tu) |
1.º |
José |
Paulo |
Ricardo |
João |
João |
|
2.º |
António |
José |
Pedro |
Tiago |
Diogo |
|
3.º |
João |
João |
Nuno |
André |
Pedro |
|
4.º |
Luís |
Luís |
João |
Pedro |
Tiago |
Tomás |
5.º |
Carlos |
Carlos |
Bruno |
Ricardo |
André |
Duarte |
6.º |
Pedro |
António |
Carlos |
Diogo |
José |
Lourenço |
7.º |
Paulo |
Rui |
Paulo |
Fábio |
Miguel |
Santiago |
8.º |
Fernando |
Pedro |
Rui |
Nuno |
Francisco |
Martim |
9.º |
Manuel |
Nuno |
Hugo/Luís |
Bruno |
Gonçalo |
Miguel |
10.º |
Rui |
Jorge |
Tiago |
Miguel |
Ricardo |
|
Em 1990, o nome «Vanessa»
foi o nono mais escolhido (por influência estrangeira, decerto relacionada com estarem
então na moda a atriz inglesa Vanessa Redgrave e a cantora francesa Vanessa
Paradis). Quanto a «Albertina», há décadas que não está na moda; mas, por
exemplo, uma minha tia-avó chamava-se «Maria Albertina».
Isso leva-nos à canção «Maria
Albertina», que, composta por António Variações, em 1983, foi depois recriada
em 2004, pelos Humanos:
Maria Albertina
Maria
Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
David Fonseca, Manuela
Azevedo, Camané, Humanos, Lisboa, EMI
— Valentim de Carvalho, 2004
Escreve um comentário a «Maria Albertina». Nesse comentário (com, pelo
menos, cem palavras [100-150 palavras]), explicitarás em que medida a letra da
canção apresenta uma crítica à escolha de nomes no nosso país. Inclui, pelo
menos, uma citação. A caneta.
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TPC — Lê no manual as páginas sobre «Coesão textual» (pp. 368-371); na
p. 368, podes também rever o que já sabemos sobre «Coerência textual».
Aula 39-40 (29 [1.ª], 30/nov [4.ª], 6 [3.ª], 11/dez [5.ª]) Correção de argumentos sobre animais de estimação (cfr. Apresentação).
Especificamente sobre a coesão textual, a tabela a seguir
agrupa erros (encontrados em escritos de turmas do 11.º ano) que exemplificam o
incumprimento dos vários mecanismos a que devemos recorrer. Na coluna do meio,
corrigirás o que retirei de redações e que evidencia alguma falha nas
estratégias que tornam os textos coesos.
Coesão frásica
trecho agramatical |
trecho corrigido |
fonte do problema |
conhecido pelo o nome |
conhecido ___ nome |
ortografia |
à [á] tempos encontrei o José |
__ tempos encontrei o José |
|
o
facto de haverem nomes portugueses |
o facto de ___ nomes portugueses |
concordância |
o
grupo mais numeroso dos apelidos vêm
de |
o
grupo mais numeroso dos apelidos __ de |
|
prefiro isto do que aquilo |
prefiro isto ____ |
regência |
os políticos aperceberam-se que |
os políticos
aperceberam-se __ |
|
a convicção
que Lionel era bom médico |
a
convicção ___ Lionel era bom médico |
|
o aspeto que chamei a atenção |
o aspeto ____ chamei a atenção |
|
a parte que mais gostei |
a parte ___ mais gostei |
|
chamou a filha de «Maria Albertina» |
chamou a filha «Maria Albertina» |
|
o rei Jorge VI que era gago, tinha de discursar |
o rei Jorge _____ tinha
de discursar |
função sintática (e
pontuação que implica) |
«Maria
Albertina» cantada agora pelos Humanos
foi escrita por Variações |
«Maria
Albertina» ________ foi escrita por Variações |
|
como por exemplo a
telefonia |
_________ a telefonia |
Coesão interfrásica
terminou o discurso continuando a |
terminou o _______ a |
reconhecimento de
subordinação ou coordenação
|
A letra
foi criada por Variações, e a
música foi modernizada pelos Humanos |
A
letra foi criada por _______ a música foi modernizada pelos Humanos |
|
Sendo que |
[Frase anterior], sendo que |
|
Pois o rei gaguejava. |
_________ |
|
Estando o rei cada vez mais
gago. |
Estando
o rei cada vez mais gago, [subordinante] |
|
o facto da Albertina ter uma filha |
o facto __ Albertina ter
uma filha |
|
apesar do rei sofrer de gaguez |
apesar __ rei sofrer de
gaguez |
|
Concluindo, Ou seja, Como já referi, Hoje em dia, Nos dias de hoje, Na minha opinião, |
ø |
banalização de
articuladores
|
Direi então que |
______ |
Coesão temporal
Bertie não discursou no
Natal mas, antes, falou em Wembley |
Bertie não discursou no
Natal mas, antes, ______ em Wembley |
correlação dos tempos
verbais |
Antes de ter conhecido Lionel,
Bertie experimentou várias terapias |
Antes de ter conhecido Lionel,
Bertie _______ várias terapias |
|
não falava com Lionel há meses |
não falava com Lionel _____
meses |
|
Não acho que será correto |
Não acho que ______
correto |
modo exigido pela
negativa |
Agrada-me que escolheste um bom nome |
Agrada-me que ______ um
bom nome |
modo
exigido pela subordinação |
Coesão referencial
O surgimento da rádio foi
o azar de Bertie. Porém, ele venceria
a rádio |
O surgimento da rádio foi
o grande azar de Bertie. Porém, ______ |
anáfora e elipse |
António Variações
critica o novorriquismo nos nomes. António
Variações refere a |
_______ critica o novorriquismo
nos nomes. António Variações refere a |
catáfora |
Bertie ficou angustiado. Ele falara pouco mais do que |
Bertie ficou angustiado.
Falara pouco mais do que |
______ |
O filho de Jorge V era
pai de Elisabeth e Margaret. Ele tinha
aquelas duas filhas |
O filho de Jorge V era pai
de Elisabeth e Margaret. ____ tinha aquelas duas filhas |
correferência não anafórica |
O rapaz [de] que o pai era Jorge V |
O rapaz ____ pai era
Jorge V |
pronominalizações diversas |
O século passado, onde nasceu a telefonia, |
O século passado, ______ nasceu a telefonia, |
Coesão lexical
a citação que faz Jorge V |
a _____ que faz Jorge V |
pertinência do termo |
o cartoon demonstra |
o cartoon _____ |
|
o cronista fala que |
o cronista ______ que |
|
A rádio acabava de surgir.
Foi a rádio que |
A rádio acabava de surgir.
Foi a _____ que |
sinonímia |
a escolha dos nomes mostra
que os portugueses têm pouca criatividade. Essa não originalidade |
a escolha dos nomes
mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa ______ |
antonímia |
A rádio acabava de
surgir. Foi a rádio que |
A rádio acabava de surgir.
Foi _______ que |
hiperonímia |
coisas do género |
[termo mais específico] |
______ |
À medida que fores vendo
os sketches, escreve nas quadrículas ainda vagas o foco da caricatura, isto
é, o traço característico de debates
ou discursos políticos que
se pretende criticar. (Procura não te ficares pela situação concreta, demasiado
ridícula, mas encontrar os aspetos típicos de que ela possa ser o emblema caricatural).
Sketch com discurso de político |
Autores |
O que se pretende caricaturar |
Palavras |
Porta dos Fundos |
|
Deputado dirige-se à
Assembleia |
Gato Fedorento |
Formalismo da oratória
política |
Lições sobre política, futebol
e afins |
Gato Fedorento |
|
Faltas dos deputados |
Gato Fedorento |
|
Escândalo na cantina |
Gato Fedorento |
|
Grupo parlamentar de
palhaços |
Gato Fedorento |
|
Vota Lopes da Silva |
Gato Fedorento |
Recurso
a palavras e entoações apenas para suscitar aplausos (como espetáculo sujeito
a um protocolo entre orador e claque) |
Primeiro-ministro
discursa |
Gato Fedorento |
Sketch com debate |
Autores |
O que se pretende caricaturar |
Debate quente |
Porta dos Fundos |
|
Debate político insultuoso |
Gato Fedorento |
|
Desculpe, o sotor usou um
argumento |
Gato Fedorento |
|
Ó sotor |
Gato Fedorento |
|
Completa,
no estilo das frases que já lancei, usando o que saibas acerca do «Sermão de
Santo António [aos Peixes]», do Padre António Vieira, de oratória, de aspetos
históricos. Podes ir «flanando» pelo manual, mas evita transposições sem
criação tua.
S olho (esturjão) — e não «solha» — e salmão são peixes que
Vieira opõe às sardinhas.
E xórdio. Constitui a abertura dos discursos; corresponde-lhe o
capítulo I do «Sermão».
R oncador. Pedro
Nuno Santos, ao prometer deixar os banqueiros alemães a tremerem de medo.
M ______________________________
à o-ão: «O cão que faz ão-ão/ É bom para os que
o são», mas Vieira prefere os peixes, que não se deixam domesticar.
O ______________________________
D ______________________________
E ______________________________
S ______________________________
A ______________________________
N ______________________________
T ______________________________
O ______________________________
A ______________________________
N ______________________________
T ______________________________
Ó ou Oh?
Em Vieira, «oh» serve ora como interjeição (oh!)
ora em vocativos (ó fulano, …).
N ______________________________
I ______________________________
O ______________________________
A ______________________________
O ______________________________
S uscitar a benevolência dos ouvintes e o interesse
pelo assunto é objetivo do Exórdio.
P ______________________________
E ______________________________
I ______________________________
X avier (São Francisco), o «apóstolo do
Oriente», era jesuíta, tal como o Padre Vieira.
E ______________________________
S ______________________________
TPC — Em «Coerência e coesão textuais» (Gaveta de Nuvens), lê a parte sobre ‘Coesão’
(as páginas iniciais, sobre coerência, podes olhá-las com menos atenção).
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