Aula 42-43
Aula 42-43 (19 [1.ª, 3.ª]) Vai
relendo o conto «Famílias desavindas»
(pp. 163-165), de Mário de Carvalho, que pedira que
lessem em casa. Escolhe a melhor alínea de cada item, circundando-a.
[Depois de reler ll. 1-6]
Os
semáforos a pedal de que trata o conto
a)
ainda existem, tal como outros idênticos na Guatemala.
b)
já não existem, tendo os últimos desaparecido nos anos setenta, na Guatemala.
c)
ainda existiam, à data da narração, ao contrário dos da Guatemala.
d)
nunca existiram, segundo o narrador, como se perceberá ao longo do conto.
[ll.
7-17]
As
garrafas de Bordéus eram
a)
um dos negócios de Letelessier.
b)
parte da estratégia para vender os semáforos.
c)
elementos do «trânsito de carroças de vinho».
d)
contrapartida oferecida pelo autarca.
Os
semáforos foram colocados na
a)
Ponte, primeiro; na Rua Fernão Penteado, depois.
b)
movimentada rua Fernão Penteado.
c)
deserta rua Fernão Penteado, depois de vários locais ponderados.
d)
travessa de João Roiz de Castel-Branco.
[ll.
18-24]
Em
«Durante a Primeira Guerra foi introduzida uma melhoria» (ll. 22-23), «Durante
a Primeira Guerra» e «uma melhoria» são, respetivamente,
a)
modificador do grupo verbal e complemento direto.
b)
modificador do grupo verbal e sujeito.
c)
modificador de frase e complemento direto.
d)
modificador do grupo verbal e predicativo do sujeito.
«que
a roda da frente era destituída de utilidade» (l. 24) é oração subordinada
a)
adjetiva relativa restritiva e tem a função de modificador restritivo do nome.
b)
substantiva relativa e tem a função de sujeito.
c)
substantiva completiva e tem a função de complemento direto.
d)
adjetiva relativa explicativa e tem a função de modificador apositivo do nome.
[ll.
25-30]
Quanto
à função sintática, «de que os concorrentes soubessem andar de bicicleta»
(26-27) é
a)
complemento do nome.
b)
complemento do adjetivo.
c)
complemento direto.
d)
complemento oblíquo.
O
«que» na linha 28 desempenha a função de
a)
sujeito.
b)
complemento direto.
c)
modificador restritivo do nome.
d)
predicativo do sujeito.
Depreende-se
que
a)
o regulamento para semaforeiro foi revisto, tendo, assim, sido escolhido Ramon.
b)
foi contratado, por influências, alguém que não cumpria as condições
estipuladas.
c)
a escolha de Ramon foi acertada porque aprenderia a andar de bicicleta.
d)
o esforço e boa vontade de Ramon foram determinantes na seleção do semaforeiro.
[ll.
31-39]
Em
termos de valor aspetual, «Por alturas da Segunda Grande Guerra foi substituído
pelo seu filho Ximenez» (ll. 31-32) é
a)
perfetivo.
b)
iterativo.
c)
habitual.
d)
imperfetivo.
Em
termos de valor aspetual, «A administração continua a pagar um vencimento
modesto» (ll. 33-34) é
a)
perfetivo.
b)
iterativo.
c)
habitual.
d)
imperfetivo.
[ll.
40-42]
A personalização
do semáforo é um conceito
a)
verosímil, no contexto da narrativa, mas que remete para o absurdo da situação.
b)
inverosímil, abonado também na referência inicial aos semáforos da Guatemala.
c)
irrazoável, dado o restante enredo, e crítico da maneira de ser dos portuenses.
d)
fantástico, na medida em que personifica um objeto inanimado.
[ll.
43-85]
«Sou
um cidadão livre e desimpedido» (55-56), quanto ao valor aspetual, é
a)
imperfetivo.
b)
genérico.
c)
perfetivo.
d)
habitual.
«Felizmente»
(60) desempenha a função sintática de
a)
complemento oblíquo.
b)
modificador de frase.
c)
sujeito.
d)
modificador do grupo verbal.
«descendentes
casadoiros» (ll. 61-62) é
a)
complemento direto.
b)
complemento indireto.
c)
sujeito.
d)
predicativo do sujeito.
«Piora
sempre os resultados» (l. 62) é frase
a)
com valor modal apreciativo.
b)
em que se reflete acerca das consequências do casamento.
c)
que pode ser lida como alusiva, por exemplo, a Amor de Perdição.
d)
com valor modal deôntico.
Os
médicos João Pedro, João e Paulo eram, respetivamente,
a)
preocupado, modesto, explicativo.
b)
proativo, incompetente, mais especulativo que prático.
c)
livre, inseguro, sonolento.
d)
missionário, hesitante, falador.
[ll.
86-91]
«mota»
(l. 88) pode ser considerado
a)
complemento oblíquo.
b)
truncação.
c)
caso de parassíntese.
d)
conversão.
[ll.
96-99]
No
primeiro período deste parágrafo, «quem dissesse que o semáforo ficou
abandonado» é
a)
oração subordinada substantiva relativa.
b)
oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
c)
oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
d)
oração subordinada substantiva completiva.
«de
remorsos» (98) é
a)
modificador restritivo.
b)
complemento oblíquo.
c)
complemento do adjetivo.
d)
predicativo do sujeito.
«enquanto
o Paco não regressa» (99) é
a)
modificador de frase.
b)
modificador de grupo verbal.
c)
complemento oblíquo.
d)
oração adjetiva.
[Para os mais rápidos:]
Na
p. 166, resolve o item 1 de «Gramática no texto» mas, além da solução da função
sintática, indica também o critério formal em que te apoiaste (vê como fiz para
A):
A «quase com selvajaria»
= 2 [Modificador do grupo verbal] | Que fizeram eles quase com selvajaria?
Opuseram-se a um jovem engenheiro que considerou a roda dispensável.
B «a um jovem
engenheiro» = ___ | __________
C «a roda» = ___ |
__________
D «dispensável» = ___ | considerou a roda dispensável — considerou
dispensável a roda.
Vamos
cumprir mais uma «linha temática» das que se têm convencionado para o estudo de
Fernando
Pessoa em nome próprio (isto é, ortónimo)
e que no manual vem designada como ‘sonho
e realidade’ (pp. 41-44).
Para
já, usaremos a prova de exame de 2019 (1.ª fase). Responde aos três itens que
constituíam a Parte A do Grupo I —
no caso do item 2 podes aproveitar na tua resposta o que, nos «Critérios de
classificação», se recomendava como tópicos alegáveis, ainda que, de qualquer
modo, tenhas de compor essa síntese em texto e possas acrescentar ideias tuas.
Bem sei que há ilhas lá ao sul de
tudo
Onde há paisagens que não pode
haver.
Tão belas que são como que o veludo
Do tecido que o mundo pode ser.
Bem sei. Vegetações olhando o mar,
Coral, encostas, tudo o que é a
vida
Tornado amor e luz, o que o sonhar
Dá à imaginação anoitecida.
Bem sei. Vejo isso tudo. O mesmo
vento
Que ali agita os ramos em torpor
Passa de leve por meu pensamento
E o pensamento julga que é amor.
Sei, sim, é belo, é longe, é
impossível,
Existe, dorme, tem a cor e o fim,
E, ainda que não haja, é tão
visível
Que é uma parte natural de mim.
Sei tudo, sei, sei tudo. E sei
também
Que não é lá que há isso que lá
está.
Sei qual é a luz que essa paisagem
tem
E qual a rota que nos leva lá.
Fernando
Pessoa, Poesia do Eu, edição de
Richard Zenith, 2.ª ed., Lisboa,
Assírio & Alvim, 2008, pp. 314-315.
1. Nas três primeiras estrofes, o sujeito poético descreve um lugar
idealizado. Apresente duas características desse espaço e exemplifique cada uma
delas com uma transcrição pertinente.
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2. Explique o conteúdo dos versos 3 e 4 e relacione-o
com a temática pessoana em evidência no poema.
[ tópicos nos «Critérios de classificação», sobre o item 2:
Devem ser abordados os tópicos
seguintes, ou outros igualmente relevantes:
‒
comparação entre a beleza das ilhas e o «veludo», para sugerir a suavidade/a
felicidade que o mundo pode proporcionar, se existir harmonia/se a tessitura
dos seus elementos for harmoniosa;
‒
enquadramento na temática do sonho e da realidade, na
medida em que as ilhas imaginadas permitem ao sujeito poético vislumbrar um
mundo de plenitude a que, no entanto, só pode aceder através do sonho. ]
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3. Explicite dois sentidos das anáforas e das suas
variantes (versos 1, 5, 9, 13, 17 e 19), tendo em conta o desenvolvimento
temático do poema.
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TPC —
Durante esta e próxima semana, o tepecê é escreverem e depositarem o conto na classroom
e, depois, à medida que forem recebendo as primeiras versões corrigidas,
descarregarem nova versão limpa. Pedia que, nessa altura, me dessem de novo, em
aula, a versão com emendas, para eu controlar o lançamento das correções (em
anos anteriores, reparei que essa tarefa nem sempre era cumprida com cuidado).
Na versão limpa acrescentem, no final do texto, um pseudónimo.
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