Tepecê de férias e outros trabalhos de casa para o 3.º período
Eis as tarefas
que os podem ir ocupando (admito que, ao longo do 3.º período, não haja muito
mais para fazer em casa). Prazos, desta vez, são rigorosíssimos. Escrevo isto a
1 de abril, mas é mesmo verdade.
Escreve frase sobre ler, leitura, livros (mas que fuja
aos lugares comuns). Pensa em solução que torne a frase chamativa (alguma
ideias de que me lembrei: usar charadas, emojis, várias línguas, caligrama,
ironia, aliterações; mas a redação inteligente já pode ser suficientemente
impressiva). Dado que, entretanto, me pediram esclarecimento acerca da extensão apropriada, direi que será a de um slogan, um aforismo, enfim, entre uma linha e, no máximo, três ou quatro linhas. Deixo-lhes estes exemplos de frases sobre leitura (mas as vossas devem ser originais). Escolherei as melhores frases, carreando-as para o CRE/Biblioteca,
que mas pediu e pretende usá-las na semana de 16 de abril, para promoção do
prazer da leitura. Este trabalho pode ser-me dado em papel logo na primeira ou,
no máximo, na segunda aula do 3.º período.
Cria microfilme
— ou um trabalho cujo suporte final seja um documento vídeo — a propósito de
livro(s) lido(s) no período passado ou em curso de leitura agora. Este vídeo
pode ser feito individualmente ou em pequeníssimo grupo (em pares, talvez — de qualquer
modo, terão de me perguntar se aceito os pares em causa; e serei mais renitente
para triplas). Terá de ter, pelo menos, dois minutos e meio (o que não significa que
não deva ter um pouco mais — cerca de três minutos —; e, se se tratar de tarefa
por grupo, três minutos e meio será mesmo o mínimo aceitável). Notem que,
quando se refere ‘tempo mínimo’, fica explícito que trabalhos com menos tempo
não serão aceites e fica implícito que o mais adequado será até que o trabalho
ultrapasse aquela duração (no trabalho anterior foi surpreendente: (i) serem-me
entregues trabalhos cuja duração não cumpria o mínimo; (ii) haver muitas
situações em que os trabalhos pareciam não querer demorar-se nem mais um
segundo — atingindo os 2.29, 2.30 e, por vezes, até fechando um pouco
abruptamente, como se não percebessem que podiam continuar ainda). Não indicarei uma duração máxima, mas não se espera que os filmes vão muito além do dobro do tempo mínimo exigido.
Não se pretende uma apreciação crítica do
livro ou livros; o trabalho será uma abordagem criativa cuja relação com a
obra-fonte pode ser relativamente indireta. Como já expliquei para o primeiro trabalho
deste tipo, sobre poesia trovadoresca, o livro que é o ponto de partida é
apenas isso mesmo: um pretexto para criação vossa, original. Desta vez, gostava
que a abordagem fosse até mais livre e, já agora, mais sofisticada em termos
técnicos. Os melhores microfilmes de anos anteriores poderão dar ideia do que
se pretende. Deem um relance a estes exemplos
de bibliofilmes de há dez anos ou a estes bibliofilmes
de há três anos (já fiz uma seleção dos melhores); também será possível, a
partir da secção 'Alguns
trabalhos antigos', ver bibliofilmes de há seis anos (mas, neste caso, vejam
talvez apenas os que tiveram notas de muito bom).
Se o trabalho for em grupo, pode o vídeo fazer
abordagem que, globalmente, aluda aos livros lidos pelos autores. Os temas dos dois
concursos que menciono a seguir (‘Ulisses e Penélope’ [ou ‘Minotauro e o
labirinto’ ou ‘Zeus e os Jogos Olimpícos’] e ‘Amor e desamor [de Inês e Pedro]’)
talvez pudessem servir de agregadores (não terão as vidas de Ulisses/Penélope
ou de Inês/Pedro pontos aproximávais de características dos livros que lhes terão
calhado?).
Tem de haver algumas partes, pelo menos, com
expressão oral (em off ou «em direto», de leitura, diálogo ou monólogo — espontâneo
ou representado), mas, desta vez, este elemento pode ser menos constante ao longo
do filme. Assume-se que, mais do que uma gravação com leitura em voz alta, estes
trabalhos tenderão agora a ser microfilmes propriamente ditos, uma primeira
experiência em termos mais cinematográficos. Não se descarta que alguns adotem
um formato com menos ambições — uma simples gravação áudio mais imagem fixa —,
mas adverte-se que é uma solução que será menos valorizada. Nos trabalhos em
dupla (ou em tripla), os vários autores devem intervir oralmente alguma vez.
Como em todos os nossos trabalhos, seria
severamente castigado qualquer aproveitamento de trechos de outros autores sem
indicação clara dessa citação. De qualquer modo, esta prevenção seria mais
necessária se se tratasse de comentar, analisar, apreciar as obras, fazer
resumo — e, repito, não é isso que se pretende. No trabalho anterior fiz um apelo
que repito: evitem as imagens googladas (a montagem de um filme fundado em
slides com imagens apressadamente pesquisadas não é interessante; mesmo os slides com a capa da obra ficam, em geral, feiosos).
O microfilme deve chegar-me em formato MP4, WMV,
etc. (por favor, vejam se não me enviam, por engano, o ficheiro ainda de
projeto, WLMP). Tentem que o título do ficheiro seja Bibliofilme de Fulana, Beltrano
e Sicrana do 10.º 0.ª ou Bibliofilme de Fulano do 10.º 0.ª. No corpo do e-mail, peço-lhes que indiquem o livro, ou os livros, que serviram de ponto de partida (e os autores do bibliofilme, se não for apenas quem subscreve a mensagem). Como
sempre digo, se nada responder é que não recebi mail (agradeço sempre; infelizmente,
muitas vezes para dizer que ainda está em projeto de MovieMaker ou que se
esqueceram do anexo). Desta vez, não alertarei os autores de trabalhos que não
cumpram o tempo mínimo (mas, é claro, esses trabalhos não serão avaliados ou,
se o forem, terão sempre nota fraca).
Trabalhos serão incorporados em Gaveta de
Nuvens a partir de hospedagem no YouTube ou em outra plataforma do género
(de que tratarei eu). Portanto, devem ter em conta que os filmes ficam
acessíveis universalmente — ainda que, segundo a minha experiência, que a
estatística de visualizações confirma, acabem por só ser vistos pelos leitores
do próprio blogue (e, mesmo assim, por muito poucos). Para quem se sinta
constrangido, convém evitar abordagens pessoais ou que impliquem exposição do
próprio autor. Não descarto substituir a incorporação em Gaveta de Nuvens
por exibição em aula da gravação, mas, francamente, é solução que me parece até
mais constrangedora e, sobretudo, muito menos eficaz em termos de benefício da
aprendizagem de todos e da economia do nosso tempo.
Prazo: envio
(para luisprista@netcabo.pt) até às 23 horas e 59 minutos de 20 22 de abril de
2018. Quem já souber que vai ter problemas com o computador no último
dia para envio do trabalho deve apontar para data anterior.
Valerá a pena ponderarem se não conseguiriam
que o filme correspondesse ao que é pedido num dos dois concursos que refiro a
seguir. Se assim fosse, além de resolverem uma tarefa escolar, poderiam
aproveitar o mesmo trabalho para concorrer a um destes concursos:
Concurso
sobre Ulisses e Penélope [Olimpíadas da Cultura Clássica; também são aceites os
temas ‘Minotauro
e o labirinto’ ou ‘Zeus e os Jogos Olimpícos’] (http://www.rbe.mec.pt/np4/2005.html)
— trabalho pode ser filme, blogue, música (clip filmado); individual ou
coletivo (neste caso de dois a quatro elementos, mas, como disse já,
constituição do grupo deverá ser por mim aprovada). Este concurso, para alunos
ou grupos que tivessem lido a Odisseia é especialmente interessante, mas
admito que mesmo para outros que partam de outros livros mas conheçam aquelas
personagens de Homero.
Concurso
Inês de Castro, sobre ‘Amor e desamor [idealmente com alguma alusão a Pedro e
Inês]’ (http://gavetadenuvens.blogspot.pt/2017/08/concurso-ines-de-castro.html)
— produto final em vídeo mas deve corresponder a artes performativas (teatro,
dança, filme); grupos de dois a cinco elementos (mas constituição do grupo
teria de ser por mim aprovada — e, como se depreende, da explicação genérica
anterior, prefiro pares ou, quando muito, trios).
Escreve crónica de viagem
para Fugas (suplemento do Público, aos sábados) — Depois de ver
alguns exemplos da coluna «Fugas dos leitores» (http://gavetadenuvens.blogspot.pt/2017/08/as-fugas-dos-leitores.html;
ou no site do jornal, em baixo; sobre ‘relato de viagem’, pode ser útil a p.
303 do manual), e percebendo que se trata de dar conta de viagem, saída,
verdadeira mas que também é possível assumir como ‘viagem’, metaforicamente,
por exemplo, até a leitura de um livro, escrever texto que me será enviado, ou
dado em folha impressa, e que eu reverei (lançando depois vocês essas emendas
no vosso ficheiro, enviando-me de novo). Se se achar que vale a pena, a crónica
será enviada para o suplemento do Público Fugas (https://www.publico.pt/fugasdosleitores).
Os textos, acompanhados preferencialmente por uma foto, devem ter cerca de 2500
caracteres. Esta tarefa deve ser enviada (para luisprista@netcabo.pt) entre 25 de abril e 1 de maio.
Prepara leitura em voz alta, tendencialmente expressiva, das estâncias de Os Lusíadas que te vierem a ser atribuídas (cfr. fase final da Liga dos Campeões ou Liga Europa). Para já, em
baixo deixo uma leitura de todas as estâncias do poema em português do Brasil; logo
que possa, deixarei uma leitura minha mas só das estâncias que estão no manual.
Depois, em função dos jogos da LC e da LE — que esclarecerei logo nas primeiras
aulas do 3.º período —, prepararão as vossas estâncias. Enfim, esta tarefa não
pode ser de imediato preparada, já que dependerá também da evolução dos jogos nas duas
ligas.
Leituras minhas:
E já para as novas jornadas (de LC, LE e preparação do Mundial):
E já para as novas jornadas (de LC, LE e preparação do Mundial):
Estuda gramática — como de costume, não datarei o que
faremos para testar estes conteúdos — um ou dois daqueles nossos trabalhos de gramática —, mas posso fixar já os assuntos que
estarão em causa: além das funções sintáticas já estudadas, veremos agora
especialmente a de complemento do nome [pp. 129-130] e a de complemento do
adjetivo [p. 199]; também a história da língua (o português: génese, variação e
mudança [pp. 64-66]; principais etapas do português [cfr. p. 64 e pp. 203-205];
arcaísmo e neologismo [p. 239]); ao lado da história do português, a genealogia
linguística [p. 269] e a geografia do português [pp. 270-272]; revisão dos processos
regulares de formação de palavras [p. 319]; revisão e certo aprofundamento de classificação
de orações [p. 323]; epopeias e estrutura de Os Lusíadas [pp. 216-221, 275].
[em atraso:]
Quem não
enviou reformulação de palavra de
estimação ou de verbete falso pode, deve, fazê-lo agora (ou mesmo enviar a
primeira versão), logo que possa. Pode ajudar a redação do falso verbete esta chave que está
num marcador do Dicionário Houaiss.
Quem não
chegou a fazer recitação de soneto de
Camões (ou a fez muito mal — no fundo, quem teve nota negativa) poderá apresentá-la
logo que queira (leitura-exemplo).
Queria lembrar-lhes ainda, já fora das tarefas escolares
propriamente ditas, a possibilidade de escreverem texto para Concurso literário José Gomes Ferreira
(poesia; prosa narrativa; teatro), cujo prazo final é 15 de junho.
Veja-se aqui o regulamento.
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