Aulas (62-81)
Aula 62-63 (6 [3.ª], 7 [4.ª], 9/jan [1.ª]) Correções a
respostas dadas na aula 42-43 (sobre «Bem sei que [...]»).
[Exemplo
de solução possível para item 3:]
As anáforas «Bem sei» (vv. 1, 5, 9) sublinham a certeza de que o
espaço descrito é um espaço de felicidade, mas também de que, sendo fruto do
sonho, é inacessível.
Já nas estrofes finais, a repetição de «Sei» (vv. 13, 17, 19),
aliás ele próprio reforçado («Sei, sim», v. 13; «Sei, sei, sei tudo», v. 17; e
«sei também», v. 17), realça a afirmação de que o sonho é inerente à essência
do sujeito poético.
Com exemplares de Mensagem (da coleção «iagora»),
preenchimento de grelha acerca do paratexto e da estrutura da obra.
Fernando Pessoa,
Mensagem
Paratexto e estrutura
Faz a referência bibliográfica (autor, título, cidade da editora, editora, ano da edição).
A primeira fonte destes
elementos deve ser o frontispício (página [3], neste caso). Quando haja
dados de que não possamos certificar-nos pelo rosto (o referido
frontispício), recorreremos ao colofão (na última folha), à ficha
técnica, à capa:
___________________________
Este livro não numera a edição.
Se o fizesse, esse elemento poderia constar logo após o título. E poríamos a
seguir à data da edição e entre parênteses o ano da 1.ª edição, 1934.
Verifica estas partes do livro (matéria que se integra
no estudo do paratexto):
Capa:
tem um ________ (poema visual) que usa versos de Pessoa e desenha a efígie do
poeta.
Contracapa: reproduz o poema «________», o primeiro texto de Mensagem; em baixo, vêm os logótipos dos
________.
Lombada: tem só o ______ da obra.
Colofão (ou, à latina, colofon):
em vez do tradicional «Acabou de imprimir-se a […]», contém uma espécie de
__________.
O anterrosto repete o desenho caligramático da capa. No entanto, há
na p. ____ o que poderia ser o verdadeiro anterrosto, já que a página tem
apenas o título, como é característico das páginas três. Terá sido lapso (e a
ordem das pp. 5 e 3 ter saído mal, sendo a p. 1 uma mera folha de guarda)?
No miolo do livro há, no cabeçalho, o título corrente, nas
páginas ímpares, e nome do autor, nas _____. Nesse espaço, dito dos «títulos
correntes», vem «Índice» na parte do livro que lhe corresponde.
Na p. [7], temos a epígrafe: «_________» (‘Bendito Deus
Nosso Senhor que nos deu o Sinal’).
Preenche as quadrículas vagas da tábua
seguinte, sobre a estrutura de Mensagem:
Primeira parte / Brasão |
Os Campos |
O dos Castelos |
|
|
|||
|
Ulisses |
||
Viriato |
|||
O Conde D. Henrique |
|||
D. Tareja |
|||
D. Afonso Henriques |
|||
D. Dinis |
|||
D. João o Primeiro |
D. Filipa de Lencastre |
||
As Quinas |
|
||
D. Fernando, Infante de Portugal |
|||
D. Pedro, Regente de Portugal |
|||
D. João, Infante de Portugal |
|||
D. Sebastião, Rei de Portugal |
|||
A Coroa |
Nun’Álvares Pereira |
||
|
[A Cabeça do Grifo:] O Infante D. Henrique |
||
[Uma Asa do Grifo:] D. João o Segundo |
|||
[A Outra Asa do Grifo:]
Afonso de Albuquerque |
|||
Segunda parte / Mar Português |
O Infante |
||
|
|||
Padrão |
|||
O Mostrengo |
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Epitáfio de Bartolomeu Dias |
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Os Colombos |
|||
Ocidente |
|||
Fernão de Magalhães |
|||
Ascensão de Vasco da Gama |
|||
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A Última Nau |
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Prece |
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Os Símbolos |
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O Quinto Império |
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O Desejado |
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As Ilhas Afortunadas |
|||
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O Bandarra |
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António Vieira |
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«Screvo meu livro à beira-mágoa» |
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Os Tempos |
Noite |
||
Tormenta |
|||
Calma |
|||
Antemanhã |
|||
|
De que tratam as três partes de Mensagem?
A 1.ª
parte, «Brasão», trata da fase de _______ de Portugal e seu crescimento. A 2.ª
parte, «Mar Português», versa a ______ de Portugal, os Descobrimentos. A 3.ª
parte, «O Encoberto», trata da estagnação da pátria e, profeticamente, do seu
ressurgimento.
«Brasão» tem _______ {numeral,
mas por extenso} poemas, repartidos por cinco partes, que aproveitam
classificações heráldicas (campos; castelos, quinas; coroa; timbre). A primeira
destas sub-partes funciona como introdução às dezassete _________, abordadas em
cada poema, que representam características do povo português. A epígrafe de
«Brasão» é «________», um oxímoro (‘Guerra sem guerra’).
A parte «Mar Português» é constituída por _____ poemas e não tem outra
repartição. A epígrafe desta parte, «________» (‘Posse do mar’), alude à saga
dos descobrimentos. Desta parte já referimos em aula um dos poemas,
precisamente o homónimo da secção, «__________», a propósito da frase tornada
proverbial «Tudo vale a pena, se a alma não é pequena».
A parte «O Encoberto» implica a visão esotérica de Pessoa, uma síntese
de história, mito e profecia. Esta parte situa-se depois do desastre de
_______. Está aliás toda centrada na figura do rei ______, o encoberto. Logo
pelos títulos se vê que a organização, agora, decorre mais do simbolismo, não
se adotando tanto o formato ‘galeria de personagens’. A epígrafe é «________»
(‘Paz nos céus’), que corresponderá ao estado ideal conseguido com o
profetizado Quinto Império.
Pelo
índice, repara nas datas
predominantes da elaboração dos poemas. Os poemas da primeira parte são quase
todos posteriores a ______, ou deste exato ano. Os textos de «Mar Português»
são maioritariamente de _____-_____, a época do sidonismo. Finalmente, o ano
mais representado na terceira parte é 1934 (precisamente, o ano da publicação
de Mensagem, penúltimo da vida de
Pessoa, quando o Estado Novo se implantava).
Vejamos a estrutura formal, em termos de versificação, de Mensagem.
Que tipo de estrofe predomina? {circunda os quatro tipos que consideres mais
presentes, após folheares o livro sem grandes demoras} Dísticos, tercetos,
quartetos ou quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas ou
novenas, décimas, centésimas.
Os versos {escolhe} são brancos / têm rima / são
amarelos.
O metro (o número de sílabas métricas) predominante deve ser o {escolhe} monossílabo, dissílabo,
trissílabo, tetrassílabo, pentassílabo (ou redondilha menor), hexassílabo,
heptassílabo (ou redondilha maior), octossílabo, eneassílabo, decassílabo,
hendecassílabo, dodecassílabo (alexandrino).
O único poema que não tem
título é o terceiro aviso, que está na p. ____. É o único texto em que o
assunto parece ser o próprio poeta.
O último verso de Mensagem é «______», seguindo-se-lhe a
fórmula de despedida latina, «_________» (‘Saúde [Força, Felicidade], Irmãos’).
Na tábua da p. 109 do
manual, os poemas que são reproduzidos estão identificados pela indicação da
página, entre parênteses retos e a azul.
Classifica
as orações sublinhadas.
Efeito do observador
(Os
Azeitonas)
A ciência, aos dezasseis,
Desafia algumas leis
E, já que Saturno tem anéis, | ______________
Pode a Lua encher só para mim.
Já vi um arco-íris circular,
Já dei dois tiros no mesmo lugar,
Mas o que considero singular
É que a Lua insiste em se encher assim.
Já fiz as equações,
Determinei as funções.
A ciência comprovou | _____________
[Que] somos todos iguais
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.
Somos todos condutores de carrosséis,
Não lemos mapas, andamos aos papéis, | _____________
Então deitamos fora a sorte deste Norte, | _____________
Fazemo-nos reis,
Já que a Lua se pode comportar assim.
Sou dos do bem,
Mas não sei bem o que é do mal. | ______________
Sou um cético otimista, hipócrita ocasional,
E, se observo mudo o resultado experimental, | _____________
Então que a Lua sorria só porque sim.
Já fiz as equações,
Determinei as funções.
A ciência comprovou
[Que] somos todos iguais | ____________
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.
E, se o espaço curva para ti, | ____________
Vou aos esses até chegar aí
E fico a contar que um dia, ao luar,
Tudo vá mudar e, só porque sim, | ____________
Mude o nosso spin
E consiga provar
Que estamos entrelaçados no fim... | ____________
No fim!
Já fiz as equações, | _____________
Determinei as funções.
A ciência comprovou
[Que] somos todos iguais
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.
Escreve um comentário, uma
apreciação crítica com
cerca de duzentas palavras, ao anúncio «As Primas», da NOS Empresas. Na tua
apreciação deves incluir os termos «palavras homónimas», «palavras
convergentes», «étimo», «verbo» (ou «forma verbal»), «nome».
Procura seguir as etapas
sugeridas habitualmente para as apreciações críticas (a descrição do objeto apresentado,
destacando elementos significativos da sua composição; um comentário crítico,
fundamentando devidamente a sua apreciação e utilizando um discurso valorativo;
uma conclusão adequada aos pontos de vista desenvolvidos).
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[solução possível:]
Trata-se de anúncio televisivo da Nos Empresas. Em breves trinta
segundos, publicita-se uma nova vantagem desta firma — disponibilizar aos
aderentes um «gestor dedicado» —, sublinhando o clip os benefícios que advêm do
atendimento personalizado.
A situação usada mostra um incauto utilizador dos novos serviços a
ficar admirado por poder falar com uma verdadeira pessoa e não com «as primas».
Percebemos que estas «primas» servem a caricatura das informações prestadas por
centrais telefónicas automatizadas («prima um, se quer ...»; «prima dois, se
...»), demoradas e incómodas. A brincadeira assenta na homonímia entre «prima»,
do verbo «pre-mir», e o nome «prima», parentesco. As duas palavras homónimas
são, em perspetiva diacrónica, convergentes, o fenómeno que sucede quando
étimos diferentes (neste caso, a forma do verbo premere e o feminino de primu-)
resultaram em palavras coincidentes em som e grafia (sincronicamente,
homónimas; historicamente, convergentes).
A ingenuidade do feliz cliente da NOS, que não percebe a homonímia,
é crucial para salientar a surpresa e, ao mesmo tempo, a novidade do que se
pretende vender. A bonomia do homem, a simpatia de quem o atende, o risível da
situação são ingredientes que favorecem a mensagem que o filme publicitário
quer transmitir.
TPC — Lê sem falta, nas pp. 163-165, o conto «Famílias
desavindas», de Mário de Carvalho. A sua leitura prévia é necessária para uma
destas aulas.
Aula 64 (7 [1.ª], 8 [3.ª], 9/jan [4.ª])
Recantiga
(Miguel Araújo)
E
era as folhas espalhadas, muito recalcadas no correr do ano
A recolherem, uma a uma,
por entre a caruma de volta ao ramo
E era à noite a trovoada
que encheu na enxurrada aquela poça morta.
De repente, em
ricochete, a refazer-se em sete nuvens gota a gota
E era, de repente, o
rio, num só rodopio, a subir o monte
E a correr contra a
corrente assim de trás para a frente, a voltar à fonte
Um monte de cartas
espalhadas desmoronando-se todo em castelo
E era a linha duma vida
sendo recolhida de volta ao novelo
E era aquelas coisas
tontas, as afrontas que eu digo e [de] que me arrependo
A voltarem para mim,
como se assim tivessem remendo
E era eu um passarinho
caído no ninho à espera do fim
E eras tu, até que
enfim, a voltar para mim.
Tendo em conta a
letra da canção, assinala as características que a aproximariam dos dois
géneros principais da lírica trovadoresca:
características de «Recantiga» que a aproximam das |
|
cantigas de amigo |
cantigas de amor |
contexto popular,
campestre |
contexto nobre,
palaciano |
presença
de natureza (por vezes, até como confidente) |
ausência de cenário
descritível |
namoro, amor visto
como concretizável |
discurso
sobre amor, que é meramente idealizado |
sujeito lírico
feminino |
sujeito lírico
masculino |
tu acessível |
senhor[a] distante |
No
cancioneiros da Biblioteca Nacional e da Vaticana esta cantiga de amigo de D. Dinis
foi copiada sem uma das estrofes. Porém, se nos guiarmos pelas regras da
paralelística, conseguimos reconstituir o terceto em falta. Preenche esses três
versos:
Bom dia vi amigo,
pois seu mandad’hei migo,
louçana.
Bom
dia vi amado,
pois
mig’hei seu mandado,
louçana.
Pois
seu mandad’hei migo,
rog’eu
a Deus e digo
louçana.
Pois
migo hei seu mandado,
rog’eu
a Deus de grado,
louçana.
Rog’eu
a Deus e digo
por
aquel meu amigo,
louçana.
________________
________________
_____________
Por
aquel meu amigo,
que
o veja comigo,
louçana.
Por
aquel namorado,
que
fosse já chegado,
louçana.
mandado = notícia | migo
= comigo | rogo = peço | louçana = bonita | de grado = de
bom grado
Sobre
cantigas de amigo,
vê pp. 374-377. Nas pp. 376-377, tens, analisada, uma cantiga de amigo que, em
termos de paralelística, é diferente das que vimos em aula. Quanto ao «enredo»,
assenta «num encontro falhado: a moça foi rezar a uma ermida, não por devoção,
[...] mas para se encontrar com o seu amigo; como ele não apareceu, considera
justo fazê-lo sofrer e recusar-lhe doravante qualquer recompensa».
O
site Cantigas Medievais Galego-Portuguesas
(https://cantigas.fcsh.unl.pt/), de onde tirei o resumo acima, é muito útil
para todas as revisões que queiras fazer em torno de lírica trovadoresca. A sua consulta pode
ficar como tepecê.
Transcrevo
ainda outra cantiga de amigo de D.
Dinis, desta vez só com quatro estrofes. O assunto é «a
donzela anuncia alegremente à mãe que vai ter com o seu amigo, que lhe marcou
um encontro». Imagina que teria mais outras quatro estrofes. Escreve esses
tercetos segundo o que a paralelística estipula e criando tu o resto.
Pera
veer meu amigo,
que talhou
preito comigo,
alá vou,
madre.
Pera
veer meu amado,
que mig’há
preito talhado,
alá
vou, madre.
Que
talhou preito comigo;
é
por esto que vos digo:
alá
vou, madre.
Que
mig’há preito talhado;
é
por esto que vos falo:
alá
vou, madre.
___________________
___________________
______________
___________________
___________________
______________
___________________
___________________
______________
___________________
___________________
______________
talhar
preito = marcar encontro | alá = lá, ali | migo
= comigo | madre = mãe | esto = isto, isso
No
exame nacional de 2020
(2.ª fase), a parte B
do grupo I (itens 4-6) recorria a uma cantiga de amigo. (A parte A
assentava em textos de Saramago; a parte C
era um pedido de exposição sobre a representação da amada na lírica de Camões.)
Parte B
Leia o poema de Martim
Codax e as notas.
Mia irmana fremosa,
treides1 comigo
a la igreja de Vig’2,
u3 é o mar salido4:
E miraremos las ondas!
Mia irmana fremosa,
treides de grado5
5 a
la igreja de Vig’, u é o mar levado6:
E miraremos las ondas!
A la igreja de Vig’, u é o
mar salido,
e verra i7, mia
madre, o meu amigo:
E miraremos las ondas!
10 A
la igreja de Vig’, u é o mar levado,
e verra i, mia madre, o
meu amado:
E miraremos las ondas!
A Lírica Galego-Portuguesa, edição de Elsa Gonçalves
e Maria Ana Ramos, 2.ª ed., Lisboa, Comunicação, 1985, p. 262.
Notas: 1 treides
– vinde. 2 Vig’ – Vigo. 3
u – onde. 4 salido – agitado. 5
de grado – de vontade; com gosto. 6 levado –
agitado. 7 verra i – virá aí.
4. Refira dois dos
sentimentos que motivam o sujeito de enunciação desta cantiga a ir a Vigo.
Apresente, para cada um desses sentimentos, uma transcrição pertinente.
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[4.
O sujeito poético, uma rapariga, revela amor pelo seu namorado, o que fica
patente no uso das expressões «meu
amigo»
(v. 8) ou «meu
amado»
(v. 11). O eu da cantiga tem a esperança de ver aquele por quem está apaixonada, como
antecipa no refrão («E
miraremos las ondas!», vv. 3, 6, 9, 12)
e no verso 8 («e
verra i, mia madre, o meu amigo»).]
5. Explicite o papel da
natureza nesta cantiga, bem como o valor simbólico que assume.
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[5.
Se o espaço que a donzela anuncia como destino é a igreja, a verdade é que o
mar ou a ria de Vigo parecem ser o verdadeiro cenário para o encontro com o amigo, constituindo a
natureza a testemunha do desejado enlace amoroso. O mar agitado («salido»,
«levado») ou, metonimicamente, as suas ondas refletem, simbolicamente, o estado
de alma da donzela, que espera com ansiedade reunir-se ao namorado.]
6. Complete as afirmações
seguintes, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de respostas,
registe apenas as letras — a), b) e c) — e, para cada uma
delas, o número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Do ponto de vista formal,
esta cantiga classifica-se como paralelística. Uma evidência dessa estrutura
formal é ______ a).
Quanto ao desenvolvimento temático, é de
assinalar, por um lado, o facto de, em todas as estrofes, o sujeito poético se
dirigir a um interlocutor; a partir da terceira estrofe, esse interlocutor
passa a ser ______ b). Por outro lado, constata-se que, nas duas últimas
estrofes, o sentido do verso «E miraremos las ondas!» evolui, podendo, mais
claramente, ser associado _______ c).
a) |
b) |
c) |
1. o facto de todos os dísticos terem o mesmo
número de sílabas métricas |
1. o mar revolto |
1. à ideia de proximidade entre a donzela e o seu
amado |
2. a existência de quatro estrofes, todas elas
constituídas por tercetos |
2. a mãe |
2. à permanente vigilância que familiares exercem
sobre a donzela |
3. a repetição dos versos da primeira estrofe na
segunda estrofe e da terceira estrofe na quarta estrofe, com variação das
palavras em posição de rima |
3. a irmã |
3. à preocupação da donzela com o estado do mar |
[6. a) 3; b) 2; c) 1.]
TPC — Consulta o site Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Além disso, não esqueças a leitura, já pedida,
do conto «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho, nas pp. 163-165 do
manual.
Para a aula de quinta-feira, dia
16-1-2025, traz o livro ou livros que tens lido conforme
combinado. Ser-te-á pedido, então, que referencies o que leste até agora, bem
como alguma aplicação (exercício, resposta, etc.) em volta do livro, ou livros,
em causa.
Aula 65-66 (9 [3.ª], 10/jan [1.ª, 4.ª]) Vai relendo o conto «Famílias desavindas» (pp. 163-165), de Mário de Carvalho, que pedira que lessem em casa. Escolhe a melhor alínea de cada item, circundando-a. Não consultes nada além do próprio texto.
[Depois de reler ll.
1-6]
Os semáforos a pedal de que trata o conto
a) ainda existem, tal como outros idênticos na
Guatemala.
b) já não existem, tendo os últimos desaparecido
nos anos setenta, na Guatemala.
c) ainda existiam, à data da narração, ao
contrário dos da Guatemala.
d) nunca existiram, segundo o narrador, como se
perceberá ao longo do conto.
[ll. 7-14]
As garrafas de Bordéus eram
a) um dos negócios de Letelessier.
b) parte da estratégia para vender os semáforos.
c) elementos do «trânsito de carroças de vinho».
d) contrapartida oferecida pelo autarca.
Os semáforos foram colocados na
a) Ponte, primeiro; na Rua Fernão Penteado,
depois.
b) movimentada rua Fernão Penteado.
c) deserta rua Fernão Penteado, depois de vários
locais ponderados.
d) travessa de João Roiz de Castel-Branco.
[ll. 15-20]
Em «Durante a Primeira Guerra foi introduzida uma
melhoria» (ll. 18-19), «Durante a Primeira Guerra» e «uma melhoria» são,
respetivamente,
a) modificador do grupo verbal e complemento
direto.
b) modificador do grupo verbal e sujeito.
c) modificador de frase e complemento direto.
d) modificador do grupo verbal e predicativo do
sujeito.
«que a roda da frente era destituída de utilidade»
(ll. 19-20) é oração subordinada
a) adjetiva relativa restritiva e tem a função de
modificador restritivo do nome.
b) substantiva relativa e tem a função de sujeito.
c) substantiva completiva e tem a função de
complemento direto.
d) adjetiva relativa explicativa e tem a função de
modificador apositivo do nome.
[ll. 21-26]
Quanto à função sintática, «de que os concorrentes
soubessem andar de bicicleta» (22-23) é
a) complemento do nome.
b) complemento do adjetivo.
c) complemento direto.
d) complemento oblíquo.
O «que» na linha 24 desempenha a função de
a) sujeito.
b) complemento direto.
c) modificador restritivo do nome.
d) predicativo do sujeito.
Depreende-se que
a) o regulamento para semaforeiro foi revisto,
tendo, assim, sido escolhido Ramon.
b) foi contratado, por influências, alguém que não
cumpria as condições estipuladas.
c) a escolha de Ramon foi acertada porque
aprenderia a andar de bicicleta.
d) o esforço e boa vontade de Ramon foram
determinantes na seleção do semaforeiro.
[ll. 27-36]
Em termos de valor aspetual, «Por alturas da
Segunda Grande Guerra foi substituído pelo seu filho Ximenez» (ll. 27-28) é
a) perfetivo.
b) iterativo.
c) habitual.
d) imperfetivo.
Em termos de valor aspetual, «A administração
continua a pagar um vencimento modesto» (ll. 30-31) é
a) perfetivo.
b) iterativo.
c) habitual.
d) imperfetivo.
[ll. 37-39]
A personalização do semáforo é um conceito
a) verosímil, no contexto da narrativa, mas que
remete para o absurdo da situação.
b) inverosímil, abonado também na referência
inicial aos semáforos da Guatemala.
c) irrazoável, dado o restante enredo, e crítico
da maneira de ser dos portuenses.
d) fantástico, na medida em que personifica um
objeto inanimado.
[ll. 40-67]
«Sou um cidadão livre e desimpedido» (47), quanto
ao valor aspetual, é
a) imperfetivo.
b) genérico.
c) perfetivo.
d) habitual.
«Felizmente» (49-50) desempenha a função sintática
de
a) complemento oblíquo.
b) modificador de frase.
c) sujeito.
d) modificador do grupo verbal.
«descendentes casadoiros» (50) é
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) sujeito.
d) predicativo do sujeito.
«Piora sempre os resultados» (l. 50) é frase
a) com valor modal apreciativo.
b) em que se reflete acerca das consequências do
casamento.
c) que pode ser lida como alusiva, por exemplo, a Amor
de Perdição.
d) com valor modal deôntico.
Os médicos João Pedro, João e Paulo eram,
respetivamente,
a) preocupado, modesto, explicativo.
b) proativo, incompetente, mais especulativo que
prático.
c) livre, inseguro, sonolento.
d) missionário, hesitante, falador.
[ll. 68-77]
«mota» (l. 70) pode ser considerado
a) complemento oblíquo.
b) truncação.
c) caso de parassíntese.
d) conversão.
[ll. 78-81]
No primeiro período deste parágrafo, «quem
dissesse que o semáforo ficou abandonado» é
a) oração subordinada substantiva relativa.
b) oração subordinada adjetiva relativa
restritiva.
c) oração subordinada adjetiva relativa
explicativa.
d) oração subordinada substantiva completiva.
«de remorsos» (80) é
a) modificador restritivo.
b) complemento oblíquo.
c) complemento do adjetivo.
d) predicativo do sujeito.
«enquanto o Paco não regressa» (81) é
a) modificador de frase.
b) modificador de grupo verbal.
c) complemento oblíquo.
d) oração adjetiva.
Os verdadeiros episódios 7
e 8 de 1986 (de que vimos apenas alguns trechos):
https://www.rtp.pt/play/p4460/e808307/1986;
https://www.rtp.pt/play/p4460/e808305/1986
Em Amor de Perdição, o obstáculo à paixão do jovem par amoroso (Simão
e Teresa) é — como em Romeu e Julieta,
de Shakespeare — o ódio entre as famílias dos pais. Na série 1986, criada por Nuno Markl, o namoro
Tiago-Marta é prejudicado pelo ódio entre o pai de Tiago (comunista) e o pai de
Marta (apoiante de Freitas do Amaral). Em «Famílias desavindas», de Mário de
Carvalho, o desfecho parece resolver um ódio de gerações. Começa por ler este
passo de Amor de Perdição,
de Camilo
Castelo Branco:
D. Rita pasmava da
transformação, e o marido, bem convencido dela, ao fim de cinco meses,
consentiu que seu filho lhe dirigisse a palavra.
Simão Botelho amava. Aí
está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezassete
anos.
Amava Simão uma sua
vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e
bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para
amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no coração do
vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos seus anos.
Os poetas cansam-nos a
paciência a falarem do amor da mulher aos quinze anos, como paixão perigosa,
única e inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. Enganam-se
ambos. O amor aos quinze anos é uma brincadeira; é a última manifestação do amor
às bonecas; é tentativa da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre com
os olhos fitos na ave-mãe, que está da fronde próxima chamando: tanto sabe a
primeira o que é amar muito, como a segunda o que é voar para longe.
Teresa de Albuquerque
devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.
O magistrado e sua família
eram odiosos ao pai de Teresa, por motivos de litígios, em que Domingos Botelho
lhes deu sentenças contra. Afora isso, ainda no ano anterior dois criados de
Tadeu de Albuquerque tinham sido feridos na celebrada pancadaria da fonte. É,
pois, evidente que o amor de Teresa, declinando de si o dever de obtemperar e
sacrificar-se ao justo azedume de seu pai, era verdadeiro e forte.
E este amor era
singularmente discreto e cauteloso. Viram-se e falaram-se três meses, sem darem
rebate à vizinhança, e nem sequer suspeitas às duas famílias. O destino que
ambos se prometiam era o mais honesto: ele ia formar-se para poder sustentá-la,
se não tivessem outros recursos; ela esperava que seu velho pai falecesse para,
senhora sua, lhe dar, com o coração, o seu grande património. Espanta discrição
tamanha na índole de Simão Botelho, e na presumível ignorância de Teresa em
coisas materiais da vida, como são um património!
Na véspera da sua ida para
Coimbra, estava Simão Botelho despedindo-se da suspirosa menina, quando
subitamente ela foi arrancada da janela. O alucinado moço ouviu gemidos daquela
voz que, um momento antes, soluçava comovida por lágrimas de saudade. Ferveu-lhe
o sangue na cabeça; contorceu-se no seu quarto como o tigre contra as grades
inflexíveis da jaula. Teve tentações de se matar, na impotência de socorrê-la.
As restantes horas daquela noite passou-as em raivas e projectos de vingança.
Com o amanhecer esfriou-lhe o sangue e renasceu a esperança com os cálculos.
Camilo Castelo Branco, Amor
de Perdição, cap. II (trecho)
Aproveitando o teu
conhecimento de Amor de Perdição (e o
próprio passo que releste agora), o conto de Mário de Carvalho («Famílias
desavindas») — e até a situação na série 1986 —, trata do problema da
difícil coexistência de questões de honra familiar com os objetivos dos vários
protagonistas.
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TPC — Ir continuando leituras. Em termos de gramática, estudar
classificação de orações (em Gaveta de Nuvens, vale a pena ler ‘Coordenação e subordinação’, que contém toda esta matéria).
Aula 67-68 (13/jan [3.ª], 14 [4.ª], 16/jan [1.ª]) Leitura de resposta a item 1 da p. 129 sobre o conceito de ‘quinto império’.
A partir da p. 128
do manual temos já poemas da terceira parte de Mensagem («D. Sebastião»), mas o texto por que vamos
começar está já na p. 129.
Completa esta
«tradução» do poema «O Quinto Império» (p. 129). Terás
de copiar nos lugares corretos as paráfrases dos versos de Pessoa (nestas
«traduções», não pus a pontuação de final de verso, para não ajudar demasiado).
«Traduções» a copiar nas
lacunas (aqui, desordenadas, claro):
Perante a visão que só a alma tem
Senão o destino de esperar pela morte em vida
É da natureza humana ser descontente, querer
possuir
Passados os quatro Impérios
Surgir à luz do dia
A Europa — todos esses Impérios acabaram
Pobre de quem vive seguro
Um sonho maior que faça abandonar todos os
confortos e as certezas
Pobre aquele que se dá por contente
Gerações passam
O
Quinto Império, a Nova Vida
_______________________________
Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco
que tem
Sem um sonho maior, um desejo
Um íntimo fogo e objetivo
5 _______________________________
_______________________________
Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais
deseja
Esse não tem alma
Senão o instinto de não morrer
10 _______________________________
_______________________________
Num tempo que é feito de gerações
_______________________________
Mas as forças da guerra, irracionais, param
15 _______________________________
_______________________________
Completado o seu reino terreno
A Terra verá o quinto
_______________________________
20 Ele que começou a gerar-se da noite
(morte)
Grécia, Roma, o Império Cristão
_______________________________
Acabaram porque tudo se acaba com o tempo
Falta assim viver o Império da Verdade
25 O Quinto Império a que preside D.
Sebastião.
Depois de ouvirmos o início do episódio 11 («É a
hora») de Não sei o que o amanhã trará — Um passeio sonoro na Lisboa de
Fernando Pessoa, resolve os itens 1, 2 e 3, da p. 132:
1 — ___; 2 — ___; 3 —
__________________.
Pus em baixo uma
tradução de «Nevoeiro» (p. 133), o último poema de Mensagem. Desta vez, cabe-te criar as
paráfrases em falta.
Nevoeiro
Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de
conflito
Podem definir a verdade, a essência
No que no presente é um fulgor triste
_______________________________
Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de
paixão e vontade
_______________________________
Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente
querem!
Não conhecem a sua alma — o seu Destino
_______________________________
Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma
ânsia de querer
Mas tudo é incerto, morte
_______________________________
Portugal é, no presente, como o nevoeiro.
_______________________________
À
vitória!
Só com citações do poema, completa esta análise
de «Nevoeiro» (p. 133).
O poema inicia-se
com uma imagem negativa de Portugal, que estará a «_________». Portugal surge
personificado, marcado pela falta de identidade nacional (acentuada pelos
quatro conetores copulativos em «__________») e por um estado de indefinição. A
simbologia do título («_________») ajuda nesta caracterização depreciativa.
Também boa parte do léxico da primeira estrofe remete para a opacidade, embora
em contraste com a hipótese de uma luz («________», «_______», «________»).
Entretanto, surge o
parêntese «______________», a assinalar a passagem para um clima menos cético.
A oposição de caráter paradoxal «__________» relaciona-se com a linha
ideológica que estrutura Mensagem: a
simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois
pares de anáforas («_______», «_______»; «____», «____») intensificam a
indefinição que envolve Portugal.
O apelo final
(«________») e a saudação em latim («________»), pelo tom exortativo que
encerram revelam a crença na mudança de um Portugal que, no último verso da
segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «________».
Classifica as orações sublinhadas:
Ouvi dizer
(Ornatos Violeta)
Ouvi dizer
| ________
Que o nosso amor acabou,
| Subordinada ________________
Pois eu não tive a noção do seu fim.
| Coordenada _____________
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim,
Se eu não tive a noção
| ______________
De ver nascer o homem.
E, ao que eu vejo, tudo foi
para ti | Subordinada adverbial ___________
Uma estúpida canção que só eu
ouvi, | Subordinada ____________
E eu fiquei com tanto para dar,
Que agora não vais achar nada bem
| Subordinada adverbial __________
Que eu pague a conta em raiva.
E, pudesse eu pagar de outra
forma, ... | Subordinada adverbial _________
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã.
| Subordinada __________
Eu tinha tantos planos para depois,
Fui eu quem virou as páginas
| Subordinada __________
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel
sentido.
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu,
Como eu não fui.
Um dia vou-te ouvir dizer
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu…
Sei que um dia vais dizer...
E, pudesse eu pagar de outra forma,
...
E, pudesse eu…
A cidade está deserta | _____________
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte, | Coordenada ________
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas,
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura,
Ora amarga ora doce,
Para nos lembrar que o amor é uma doença, |
Subordinada adverbial ________
Quando nele julgamos ver a nossa cura. | Subordinada adverbial
_______:
TPC
— Vai lendo as páginas
ensaísticas do manual em torno de Mensagem (por exemplo, as pp.
135-136). Na aula de sexta-feira, traz
o livro ou livros que tens lido conforme combinado. Ser-te-á pedido, então, que
referencies o que leste até agora, bem como alguma aplicação (exercício,
resposta, etc.) em volta do livro, ou livros, em causa.
Aula 69 (14/jan [1.ª]) ou LXIX (15 [3.ª], 16/jan [4.ª]) Correção de questionário sobre «Famílias desavindas».
Vê estes grupos III
— de provas de exames (nota, porém, que, nos últimos anos, nestes itens de
grupo III, têm-se pedido ora textos de opinião, ora apreciações
críticas):
GRUPO III (2019, 1.ª fase)
Se
algumas pessoas consideram que o acesso rápido e livre à informação é uma
mais-valia na sociedade atual, outras defendem que esta facilidade pode ter um
impacto negativo, tanto em termos pessoais como sociais.
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a
problemática apresentada.
No
seu texto:
—
explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o
em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
—
utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
GRUPO III (2019, 2.ª fase)
Tradicionalmente,
a casa era o espaço de domínio feminino; por seu lado, o homem movia-se
predominantemente num espaço exterior, fora de casa.
Será
que, na atualidade, esta visão do mundo está já ultrapassada?
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão
apresentada.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
GRUPO III (2018, 1.ª fase)
«Há
palavras que nos beijam / Como se tivessem boca.»
Alexandre
O’Neill, Poesias Completas, 4.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 2005,
p. 64.
«São
como um cristal, / as palavras. / Algumas, um punhal, / um incêndio.»
Eugénio de
Andrade, Antologia Breve, 6.ª ed., Porto, Fundação Eugénio de Andrade,
1994, p. 35.
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o poder
das palavras nas relações humanas.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
GRUPO III (2018, 2.ª fase)
Num
texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o impacto
do progresso técnico na qualidade de vida do ser humano, no futuro.
No
seu texto: [... {= ao anterior} ...]
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1. Lê o texto e repara nas formas que dizem respeito aos
«dinossauros». Em baixo, completa os itens, referindo qual é a relação entre
aquelas formas e dinossauros, determinando ainda se o seu uso corresponde a um
mecanismo de coesão lexical ou de coesão referencial.
Os Dinossauros
Em tempos, já houve a «mania dos dinossauros».
Então, toda a gente adorava esses monstros e não parava de dizer «— Que seres fantásticos!», que os peluches desses répteis eram «queridos»,
«fofinhos» e mais uma série de inutilidades.
Pergunto-me: o que é que se achou de tão espetacular nesses bichos? Eles são feios até dizer basta e, ainda por cima, estão
extintos. Em vez de se adorar tais criaturas,
porque não se olha para espécies em vias de extinção? Pensemos no Tamagochi, no
Nenuco e em tantas outras coisas pelas quais muitas pessoas perderam a cabeça.
Agora, estão esquecidos nos armários ou mesmo «extintos de brincadeiras». Os dinossauros foram pelo mesmo
caminho...
Enfim, foram febres da nossa sociedade que já passaram e que
deram muitos lucros, que é o que parece interessar!
a) «monstros» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de
coesão lexical;
b) «seres» — substituição
por um ___________; mecanismo de coesão lexical;
c) «répteis» —
substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão _________;
d) «bichos» — substituição
por um ___________; mecanismo de coesão _________;
e) «eles» —
pronominalização (uso de uma _________); mecanismo de coesão referencial;
f) Ø [estão extintos] —
recurso a uma elipse; mecanismo de coesão ______________;
g) «criaturas» —
substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão __________;
h) «dinossauros» —
repetição; mecanismo de coesão __________.
2. Os pronomes destacados nas frases seguintes asseguram a sua
coesão
referencial. Diz a que se refere cada um dos pronomes.
a) O Jaime conhecia muito bem o Eleutério. Ele conhecia-o tão bem que lhe ofereceu um presente
invulgar.
b) O rapaz viu a carrinha que estava estacionada à
beira da estrada.
c) O Marcelino viu o
Acácio no cinema e este disse-lhe que já tinha visto aquele filme.
d) O teu computador e o meu deviam ser substituídos.
e) Quaisquer que sejam as
dúvidas, esclarecê-las-ei!
f) Gosto muito de ler Eça
de Queirós. Tenho vários livros dele.
3. Assegura a coesão interfrásica dos enunciados
seguintes, ligando as orações com os conectores adequados.
a) Fui cedo para a bilheteira. Consegui bilhete.
b) Eram oito horas. Ele
chegou a casa.
c) Ele estava maldisposto.
Comera uma salada russa.
d) Comi um bolo. Bebi um
sumo.
e)
Consegui marcar os bilhetes para o concerto na Casa da Música. Não arranjei
lugares para Guimarães.
4. Seleciona do quadro abaixo os marcadores discursivos
adequados para completar os enunciados que se seguem.
efetivamente | depois | antigamente | agora | primeiro | ou seja
a) ________ tomei o
pequeno-almoço, _______ escovei os dentes.
b) ______ pensava que tudo
era fácil, mas, ________, penso que é mais complicado.
c) Adoro citrinos, ______,
laranjas, limões, limas. _______, são os meus frutos preferidos.
5. Conjuga os verbos entre parênteses por forma a assegurar a coesão
temporo-aspetual.
a) Ontem não saí de casa. _____ (ficar) o dia inteiro a descansar e a trabalhar, porque _______ (ter) uma semana complicada. ______ (dormir), _______ (ver) televisão, _____ (ler)
um pouco e _______ (estudar)
bastante, exceto a porcaria do Português.
b) Um dia, ______ (visitar) a Islândia para _____ (assistir) a uma aurora boreal. É claro
que _____ (haver) muito mais para
ver.
E, por fim, uma tarefa sobre coerência textual (da Nova Gramática didática de português, Carnaxide, Santillana, 2011, p. 306):
Restabelece a coerência
nos enunciados apresentados.
a) Deite a gelatina numa cama, de modo a ficar com cerca de 1 cm de descanso. Prepare a gelatina de morango de acordo com
as instruções da perfumaria, mas utilizando apenas 1 dl de sopa a ferver e 2 dl
de água fria.
b) Primeiro, entrei em casa da Etelvina; depois, cheguei lá.
c) Têm duas hipóteses: ou calam-se ou calam-se!
d) O dueto a solo foi fantástico!
e) D. Afonso Henriques foi o primeiro rei do Condado
Portucalense.
f) Venci, vi e cheguei.
TPC — Revê ‘Mecanismos de coesão textual’ no manual (pp. 351-352). / Completa os parágrafos iniciados em aula.
Os itens seguintes dizem respeito ao poema «Ulisses» — o
terceiro de Mensagem —, na p.
113 do manual. Vai lendo o texto e escolhendo a melhor resposta. Não consultes
outras páginas do manual.
No primeiro verso («O mito é o nada que é tudo»)
há
a) uma metonímia e uma metáfora.
b) uma metáfora e um oxímoro.
c) uma comparação e uma antítese.
d) um polissíndeto e uma aliteração.
O valor aspetual predominante em «O mito é o nada
que é tudo» é o
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) genérico.
«que abre os céus» (v. 2) é oração subordinada
a) adjetiva relativa e modificador restritivo do
nome.
b) substantiva completiva e complemento direto.
c) adverbial concessiva e modificador de frase.
d) adverbial temporal e modificador do grupo
verbal.
Nos vv. 2-5, ilustra-se a relevância dos mitos
através da alusão
a) ao Sol, que é mudo mas brilhante.
b) a Deus, nu mas vivo.
c) ao Céu.
d) a Cristo crucificado, a luz que a todos
ilumina.
No primeiro verso da segunda estrofe, o deítico
«Este» corresponde a
a) ‘o mito’.
b) ‘o mesmo sol que abre os céus’.
c) ‘Ulisses’.
d) ‘o corpo morto de Deus’.
«que aqui aportou» (v. 6) é oração subordinada
a) adjetiva relativa restritiva e modificador
restritivo do nome.
b) adjetiva relativa explicativa e modificador
apositivo do nome.
c) substantiva relativa e sujeito.
d) adjetiva relativa explicativa e complemento do
nome.
Em «que aqui aportou» (v. 6) o valor aspetual
predominante é
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) iterativo.
O advérbio «aqui» (v. 6) — um deítico — vale por
a) ‘Ítaca’.
b) ‘Troia’.
c) ‘Grécia’.
d) ‘Lisboa’.
«Foi por não ser existindo» (v. 7) deve ser um
hipérbato de
a) ‘por não ser foi existindo’.
b) ‘foi sendo por não existir’.
c) ‘por não ser existindo foi’.
d) ‘não foi por ser existindo’.
«nos» (v. 8) desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
«nos» (v. 10) desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento indireto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
Na última estrofe, defende-se que
a) a vida é mais importante do que o mito.
b) só há mito enquanto dura a vida.
c) só há vida enquanto dura o mito.
d) o mito permanece, mesmo quando a vida acaba.
Em «Assim a lenda se escorre» (v. 11) predominará
o valor aspetual
a) perfetivo.
b) habitual.
c) imperfetivo.
d) iterativo.
O uso de «mito» (vv. 1 ou 3) e «lenda» (v. 11)
constitui um mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) referencial.
«na realidade» (v. 12) desempenha a função
sintática de
a) modificador de grupo verbal.
b) predicativo do complemento direto.
c) complemento oblíquo.
d) complemento do adjetivo.
«E» (v. 13) constitui um mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) temporo-aspetual.
O uso da anáfora «la» (v. 13) constitui um
mecanismo de coesão
a) frásica.
b) interfrásica.
c) lexical.
d) referencial.
Segundo os vv. 11-13, «[a lenda fecunda a
realidade]», o que deve significar que
a) o mito faz amor com a realidade.
b) Ulisses é um grande maroto e Penélope não
merecia isto.
c) a lenda f... a realidade, isto é, estraga a
realidade, impede a realidade.
d) o mito dá novo sentido à realidade.
«Em baixo» (v. 14) desempenha a função sintática
de
a) modificador de frase.
b) sujeito.
c) modificador de grupo verbal.
d) complemento oblíquo.
«metade / De nada» (vv. 14-15), quanto à função
sintática, é
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) modificador apositivo do nome.
d) modificador restritivo do nome.
Em cada quintilha, o último verso e os quatro
primeiros têm, respetivamente,
[não percas tempo com os vv. 1 e 3 da primeira
estrofe, que são mais discutíveis]
a) cinco e oito sílabas métricas.
b) quatro e sete sílabas métricas.
c) cinco e sete sílabas métricas.
d) quatro e oito sílabas métricas.
Nas linhas a seguir escreve a referência do(s) livro(s) já
lido(s) este ano letivo ou cuja leitura esteja em curso. Se não tiveres lido o
livro todo, especifica onde estás (por ex: até à p. 125/200 [isto é, até à p.
125 de um livro que tem duzentas páginas]). A referência pode incluir apenas Autor,
Título, Editora. (Nota que, se se estivéssemos a escrever para outros
efeitos, a referência bibliográfica teria de ser mais completa, com indicação
de número de edição, cidade, ano, talvez tradutor, ...)
(A ideia é entregarem-me a folha e ir-se já pensando em novas
leituras. A folha passará a ser usada para estes registos ou para lhes pedir
alguma aplicação acerca dos livros lidos.)
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Resolve os itens da p. 114:
1. Identifica a frase que integra uma oração subordinada substantiva
relativa.
(A) Quem fundou
lendariamente a capital portuguesa?
(B) Ulisses é associado ao mito que explica a origem de Lisboa.
(C) A lenda é aceite por quem lhe reconhece valor.
(D) O herói da Odisseia fundou uma cidade no local onde
atualmente se situa Lisboa.
2. A oração subordinada presente na frase
«O poema desenvolve a ideia de que o mito pode explicar a realidade.» é
(A) substantiva
completiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adjetiva relativa explicativa.
(D) adjetiva relativa restritiva.
3.1. Classifica as orações que se seguem e
refere a função sintática que desempenham.
a. «que as figuras de que vai ocupar-se, os heróis fundadores, tenham
tido ou não existência histórica»
_____________ | sujeito.
b. «de que vai ocupar-se»
_____________ | modificador restritivo do nome.
c. «que [...] é tudo»
subordinada adjetiva relativa explicativa | ____________.
d. «que se seguem»
____________.
Adaline, de A idade de
Adaline (cfr. p. 71), ficou imune à passagem do tempo. Na série Ministério
do tempo (p. 108) vimos detetives a viajar no tempo para impedirem crimes. Escreve,
a tinta, uma exposição em que aludas ao modo como o tempo é tratado nos vários
heterónimos de Pessoa, no ortónimo e em Mensagem.
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TPC — Vai continuando leituras (de livros; de textos ensaísticos no
manual). Em termos de gramática, estudar classificação de orações, funções
sintáticas, valores aspetuais e modais, tipos de coesão, formação de palavras,
atos de fala, deíticos, ...
Aula 72-73 (20 [3.ª, aula abreviada, tendo o resto já sido feito há tempos ou sendo diluído em próximas aulas], 21 [4.ª], 23/jan [1.ª]) Correção de questionário de compreensão escrita sobre «Ulisses». Sobre Ulisses nos Lusíadas.
Lê o poema «Liberdade», de Fernando Pessoa, na p. 36
do manual. Responde ou escolhe a(s) alínea(s) certa(s).
Relanceando todo poema (e sobretudo as estrofes dos vv. 1-13 e
20-23), fica-se com a ideia de que defende {podes escolher mais do que uma
alínea}
a) que há coisas mais
importantes do que o trabalho intelectual.
b) a natureza, a ingenuidade, a vida simples.
c) que o trabalho dos intelectuais é importante.
d) a preguiça.
Percebe-se que os autores
do manual, ao porem este texto de Pessoa a seguir a «Andorinhas», canção de Ana
Moura, acharam que o poema {circunda a alínea certa}
a) defendia que não se
deve ler com sacrifício.
b) se opunha ao sentido da canção.
c) falava da importância de se ler.
d) falava da natureza, como a canção.
«Livros são papéis
pintados com tinta» (v. 14) pretende significar que {circunda a alínea certa}
a) os livros não são
assim tão importantes.
b) os livros são fundamentais para o espírito.
c) os livros são baratos.
d) os livros são obras de arte.
No entanto, a intenção de Fernando Pessoa não era bem a que julgam
os autores de Letras em dia. Vejamos como tudo se passou.
Este poema foi escrito a 16 de março de 1935. Em finais de fevereiro,
Salazar — que começara por ser ministro das Finanças mas era agora chefe do
governo — fizera um discurso em que dizia como os escritores se deviam
comportar relativamente à política. Salazar desvalorizava a escrita e a
leitura, concluindo com uma citação do escritor latino Séneca:
«Mas virá algum mal ao
Mundo de se escrever menos, se se escrever e, sobretudo, se se ler melhor?
Relembro a frase de Séneca: “em estantes altas até ao tecto, adornam o aposento
do preguiçoso todos os arrazoados e crónicas”».
Ora, a frase «em estantes altas até ao tecto, adornam o aposento do
preguiçoso todos os arrazoados [discursos] e crónicas» quer dizer que {circunda
a alínea certa}
a) os livros são
importantes.
b) os aposentos dos preguiçosos estão bem decorados.
c) deve ter-se muitos livros em casa.
d) os livros são coisa de preguiçosos.
Pessoa tencionava pôr no poema a mesma frase de Séneca (vê aqui o
que estava no texto que Pessoa escreveu à máquina). Não o chegou a fazer, porque o poema não foi logo publicado, já que a
censura não deixou, e porque o próprio poeta morreria nesse ano de 1935:
Sabendo isto — que era para aparecer no início do poema a frase de
Séneca — e que Pessoa estava contra Salazar, percebemos que a verdadeira a
intenção do poema «Liberdade» era afinal {circunda a alínea certa}
a) defender que há coisas
mais importantes do que o trabalho intelectual.
b) defender a natureza, a ingenuidade, a vida simples.
c) troçar da posição de Salazar e defender que o trabalho dos
intelectuais é importante.
d) defender a preguiça.
Na última estrofe está o que permitiu ao censor perceber que o
poema era anti-salazarista e, por isso, impedir a sua publicação. A palavra
dessa última estrofe que o censor identificou como alusão a Salazar terá sido
____________.
Repara agora no v. 21. É um verso que ficou célebre e que hoje
todos repetimos sem nos lembrarmos de que veio deste texto. No entanto, o que
Fernando Pessoa escreveu não foi exatamente o que as pessoas repetem, que
costuma ser
«O
melhor do mundo são as crianças.»,
mas
«Mas o
melhor do mundo são crianças, / Flores, música, o luar, e o sol [...]»
A diferença de sentido das duas versões é que na verdadeira, a que
Pessoa escreveu mesmo, {circunda a alínea correta}
a) «crianças» tem menos
importância, por faltar o determinante «as» e, assim, ficarem as crianças no
mesmo plano que «flores» e «música».
b) «crianças» tem mais importância.
Mais uns exercícios
tirados de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda, Patrícia Nunes, Caderno de Atividades. Português. 12.º ano,
Carnaxide, Santillana, 2012.
Assinala a hipótese
correta em cada item:
Na frase «Limpámos a casa, arrumámos os quartos e fizemos o jantar.», a oração destacada
classifica-se como...
oração coordenada
assindética. || oração coordenada copulativa. || oração coordenada disjuntiva.
|| oração coordenada conclusiva.
Na frase «Choveu tanto que o telhado da casa abateu.», a oração destacada classifica-se como...
oração
subordinada substantiva completiva. || oração subordinada adjetiva relativa
restritiva. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada
adverbial consecutiva.
Na frase «Caso o projeto seja aprovado, iniciaremos o trabalho no próximo mês.», a
oração destacada classifica-se como...
oração subordinada
adverbial consecutiva. || oração subordinada adverbial concessiva. || oração
subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial condicional.
Na frase «Os animais que nasceram recentemente no Jardim Zoológico atraíram muitos visitantes.», a oração destacada classifica-se como...
oração subordinante. ||
oração subordinada adjetiva relativa restritiva. || oração subordinada adjetiva
relativa explicativa. || oração coordenada.
Na frase «Ele fala melhor do que escreve.», a oração destacada classifica-se como...
oração
subordinada substantiva completiva. || oração subordinada adverbial concessiva.
|| oração subordinada adverbial consecutiva. || oração subordinada adverbial comparativa.
Na frase «Enquanto víamos o filme, comíamos pipocas.», a oração destacada
dassifica-se como...
oração subordinante. ||
oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial temporal.
|| oração subordinada adverbial concessiva.
Na frase «Este quadro é o
mais bonito, portanto vou levá-lo.», a oração destacada
classifica-se como...
oração coordenada
explicativa. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada
adverbial consecutiva. || oração coordenada conclusiva.
Na frase «O livro cujo autor foi premiado está à venda nesta livraria.», a oração destacada
classifica-se como...
oração
subordinada adjetiva relativa explicativa. || oração subordinada adjetiva
relativa restritiva. || oração subordinada substantiva relativa. || oração
subordinada substantiva completiva.
Delimita e classifica as
orações das frases que se seguem.
Dado que a exposição é
muito interessante, amanhã visitaremos o museu.
__________________________________
Ele considera que este
texto é muito atual.
__________________________________
Ele deparou com vários
obstáculos ao longo do caminho, contudo nunca desistiu.
__________________________________
Embora não o conheça
pessoalmente, julgo que é um bom profissional.
__________________________________
A ginasta esforçou-se
tanto que conseguiu vencer a prova.
__________________________________
Assim que a campainha
tocou, abri a porta.
__________________________________
Entrei no carro, pus a
chave na ignição e liguei os faróis.
__________________________________
A professora deu
instruções detalhadas, a fim de que os alunos não tivessem dúvidas na
realização do trabalho.
__________________________________
Do Caderno
de Atividades. Português. 11.º ano (Carnaxide, Santillana, 2011):
Liga as afirmações da
coluna A às hipóteses da coluna B que lhes correspondam:
Vai até à p. 115, para leres «D. Dinis». Lembro que D. Dinis foi
importante trovador — autor de cantigas de amigo e cantigas de amor — e também
é conhecido por ter mandado plantar o pinhal de Leiria. Teve os cognomes de «O
Lavrador» e «Rei-Poeta».
Mostra como em Mensagem
se traça o perfil de D. Dinis, indicando três características do retrato que aí
é feito do rei. Fundamenta essas características com citações pertinentes.
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TPC — Prepara leitura em voz alta (expressiva) destes três sonetos de Pessoa/Campos: (i) o com o teu número de pauta, (ii) o com número anterior ao
teu [se o teu número for 1, prepararás o soneto 28], (iii) o com o número
seguinte ao teu [se fores o 28, prepararás o soneto 1].
Do Caderno do Aluno do manual Plural.
12.º ano (Lisboa, Lisboa editora, s.d.; [não é o nosso]):
As frases que seguem
apresentam incorreções, não são coesas. Lê-as e estabelece com as afirmações
1-10 as correspondências que explicam o erro gramatical que lhes retira coesão.
Transforma as frases em frases coesas.
A. Os jovens gostam de ler livros nas férias de
aventuras.
_____________________________________________
B. Os
Lusíadas é
o nome da epopeia que escreveu Camões.
______________________________________________
C. Se ele escrevesse outras epopeias também a leríamos.
____________________________________________
D. Quem escreveu Os Lusíadas é Luís de Camões.
_______________________________________
E. A obra de Luís de Camões e de
Fernando Pessoa existe na biblioteca.
_________________________________________________________
F. A Mensagem de Fernando Pessoa é um
livro que eu gosto.
_______________________________________________
G. Fernando Pessoa respondeu
para Mário de Sá-Carneiro numa breve carta.
____________________________________________________________
H. A Mensagem é uma obra-prima, mas é um
grande livro.
_____________________________________________
I. Ele sempre utilizou.
_________________
J.
Devido aos seus problemas, a Diocleciana esteve sempre sobre observação.
______________________________________________________
1. O conector utilizado
estabelece uma relação não adequada entre as duas frases.
2. O sujeito deve preceder o
verbo.
3. O verbo gostar rege a
preposição «de».
4. O verbo da frase não rege
a preposição utilizada.
5. Os elementos da frase não
estão corretamente ordenados.
6. O tempo verbal utilizado
não deve ser o presente.
7. Uso incorreto da
preposição.
8. Falta o complemento direto,
uma vez que o verbo é transitivo.
9. Não há concordância entre
o pronome e o nome.
10. Não há concordância entre
o sujeito e o predicado
A maioria das frases
transcritas em baixo apresenta problemas de sintaxe (haverá
também frases incoerentes). Tenta perceber o erro gramatical que impede a sua coesão
(ou, em um ou dois casos, falta de coerência) e transforma-as em frases
corretas.
Tratam-se, de uma maneira geral, de apartamentos
lindíssimos.
______________________________
Ainda
existe muitas pessoas que precisam de casa.
______________________________
No
futuro haverão muitas casas tão boas como essas.
______________________________
Fazem
dez anos que mudei para a casa onde vivo.
______________________________
Em
Portugal precisam-se muito de casas novas.
______________________________
A
casa é muito boa, porém gostei bastante dela.
______________________________
Em todas as casas há excelentes roupeiros, por conseguinte
o Filipe não comprou nenhuma.
______________________________
Eu
perguntei a ele se queria ser meu namorado.
______________________________
Vai até à p. 115 e vai lendo o poema «D. Dinis». Lembro que D.
Dinis foi importante trovador — autor de cantigas de amigo e cantigas de amor —
e também é conhecido por ter mandado plantar o pinhal de Leiria. Teve os
cognomes de «O Lavrador» e «Rei-Poeta».
Mostra como em Mensagem se traça o perfil de D. Dinis,
indicando três características do retrato que aí é feito do rei. Fundamenta
essas características com citações pertinentes.
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TPC — Relanceia artigo «O melhor do mundo não são as crianças».
Aula 75-76 (23 [3.ª], 24/jan [1.ª, 4.ª]) Correções de resposta sobre «D. Dinis». Audição de exposição sobre o sebastianismo em Mensagem.
Na p. 119, lê «D. Sebastião, Rei de Portugal», o
primeiro de quatro poemas de Mensagem, de Fernando Pessoa, dedicados a D. Sebastião. Só este, porém, está
ainda na 1.ª parte (portanto, em «Brasão», de que é a quinta «Quina»). Os
outros três poemas sobre Sebastião ficam já na 3.ª parte («D. Sebastião», «O
Desejado», «O Encoberto»).
Completa só com formas verbais esta análise do
poema (de uma edição cuja consulta aconselho vivamente — está aliás
indecentemente copiada no blogue na íntegra — e que tem ao lado de cada poema
uma sua explicação: Fernando Pessoa, Mensagem,
edição especial comemorativa do 75.º aniversário da morte de Fernando Pessoa,
comentada por Auxília Ramos e Zaida Braga, Vila Nova de Famalicão, Centro
Atlântico, 2010):
_________-se como um louco, porque quis uma grandeza
aparentemente indevida — «Qual a Sorte a não dá» —, D. Sebastião admite com
orgulho essa loucura e _________ a ideia de que nem a morte a extinguiu ou
poderá extinguir. O «ser que houve», esse _________ nos areais
de Alcácer Quibir, o «ser que há», esse não é perecível,
porque o sonho também o não é.
Indo mais além neste
discurso de «elogio da loucura», D. Sebastião _________ aqueles que o ouvem a
herdarem a sua loucura. Trata-se de uma espécie de apelo à continuidade do seu
sonho de grandeza.
Num remate de natureza
tanto reflexiva como desafiadora, o poeta ________-se sobre o que ________ o
homem dos restantes animais: é o sonho que permite que o homem seja mais que um «Cadáver adiado». É o sonho que eleva o homem e o faz ________ a
própria morte. D. Sebastião surge, então, como, uma espécie de Messias que ________ a boa nova
da salvação.
Faz corresponder cada
segmento de A a um único segmento de
B, de modo a obteres uma afirmação
adequada: a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___.
Lê o texto que se segue, sobre ‘loucura’, um excerto de editorial de Sofia
Barrocas (que fui buscar ao manual Expressões,
12.º ano, como fiz com o exercício anterior):
A loucura aterroriza-nos e
fascina-nos. Sentimos um medo indisfarçável de um dia atravessarmos a fronteira
— às vezes tão ténue — que nos separa daquilo a que chamamos «o mundo real»,
onde vivemos de acordo com as normas de um mal definido conceito de «normalidade»,
e mergulharmos nessa realidade distorcida (achamos nós) a que optámos por
chamar loucura. E no entanto... quando olhamos os «nossos loucos» com um misto
de comiseração, respeito e fascínio não podemos por vezes deixar de pensar se
os loucos não seremos nós, se não serão «eles» que estão certos, ao
escudarem-se numa realidade só deles [...]. São personagens intrigantes,
fascinantes, desconcertantes, acarinhadas [... ] como símbolos vivos de alguma
coisa que não sabemos definir bem. Vale a pena conhecê-los. Quanto mais não
seja pelas questões que nos obrigam a pôr aos nossos «eus» mais escondidos.
Sofia Barrocas, «Nota de
abertura», Notícias
Magazine, n.° 934, 18 de abril de 2010
Verifica se o entendimento
da loucura expresso no poema de
Pessoa coincide, total ou parcialmente, com o apresentado no trecho do
editorial.
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Vai dando um relance aos
outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp.
71, 74 e 76 da edição de Mensagem que
estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71;
e p. 128 do manual), para depois responderes a um item.
Leituras em voz alta de sonetos de Fernando Pessoa
|
Leitor |
Primeiro verso do soneto |
Eu |
Mestre |
1 |
|
Meu coração é um almirante louco |
|
|
2 |
|
Quando olho para mim não me percebo. |
|
|
3 |
|
A praça da Figueira de manhã, |
|
|
4 |
|
Todo o passado me parece incrível. |
|
|
5 |
|
Olha, Daisy, quando eu morrer tu hás de |
|
|
6 |
|
Sou vil, sou reles, como toda a gente, |
|
|
7 |
|
Deuses, forças, almas de ciência ou fé, |
|
|
8 |
|
Corre, raio de rio, e leva ao mar |
|
|
9 |
|
Eu olho com saudade esse futuro |
|
|
10 |
|
Não há verdade inteiramente falsa |
|
|
11 |
|
Quem me roubou a minha dor antiga, |
|
|
12 |
|
Quem me roubou quem nunca fui e a vida? |
|
|
13 |
|
Depois que o som da terra, que é não tê-lo, |
|
|
14 |
|
Por mais que tente, não me desembrulho. |
|
|
15 |
|
A criança que fui chora na estrada. |
|
|
16 |
|
Sossego enfim. Meu coração deserto |
|
|
17 |
|
Deixei de ser aquele que esperava, |
|
|
18 |
|
Meu
coração é um pórtico partido |
|
|
19 |
|
Dia a dia mudamos para quem |
|
|
20 |
|
Qualquer coisa de obscuro permanece |
|
|
21 |
|
Sonhei, confuso, e o sono foi disperso, |
|
|
22 |
|
Se acaso, alheado até do que sonhei, |
|
|
23 |
|
Sonhei — quem não sonhara? — porque a tarde |
|
|
24 |
|
Há quanto tempo não escrevo um soneto |
|
|
25 |
|
A
minha vida é um barco abandonado, |
|
|
26 |
|
No alto da tua sombra, a prumo sobre |
|
|
27 |
|
Súbita mão de algum fantasma oculto |
|
|
28 |
|
O silêncio é teu gémeo no Infinito. |
|
|
TPC — Prepara recitação (declamação de cor) do soneto de Pessoa
que corresponde ao teu número de pauta + 2 (assim, se és o n.º 1,
decorarás o soneto 3; se és o n.º 27, decorarás o soneto 1; se és o 28,
memorizarás o soneto 2). Não te contentes apenas com memorizar: convém que
saibas o poema de cor mas também que sejas capaz de o recitar com a
expressividade apropriada.
Aula 77-78 (27 [3.ª], 28 [4.ª], 28 e 30 [1.ª]) Lê «A Mensagem de Pessoa» (pp. 122-123), uma crónica de João Marecos.
A perspetiva da professora
da atual secundária Vergílio Ferreira é semelhante à defendida pelo sujeito
poético do poema «D. Sebastião, Rei de Portugal», que lemos na última
aula (na p. 119), e à do texto de psicóloga também lido então? {Sim / Não}
Se ainda não o fizeras, dá
um relance aos outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira
parte (nas pp. 71, 74 e 76 da edição de Mensagem
que estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p.
71; e p. 128 do manual), para depois preencheres o que se segue aqui em baixo.
Já depois de lido «D.
Sebastião» (p. 128 do manual) — primeiro texto da 3.ª parte de Mensagem ( ‘O Encoberto’) e primeiro
também de «Os Símbolos») —, completa a síntese a seguir, usando só preposições (não contraídas com
determinantes) e conjunções.
D. Sebastião adquire ____ Mensagem um
valor simbólico que ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da
determinação ___ da coragem que ele corporiza que funcionam _____ mito
inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a
realidade»: «É Esse que regressarei».
O
Sebastianismo ___ Mensagem
não se liga, pois, ao caso específico ____ concreto de D. Sebastião, que não
poderá, obviamente, voltar, _____ à ideologia que lhe está subjacente. ______
do «ser que houve» ___ que ficou no
«areal» ______ a «morte», regressará a força inspiradora _____ D. Sebastião necessária
ao ressurgimento anímico da nação.
No poema de Fernando
Pessoa, D. Sebastião é o protótipo da loucura.
«Todos os homens são
doidos e, apesar das precauções, só diferem entre si em virtude das proporções.
Este mundo está cheio de loucos e quem não os queira ver deve fechar-se e
partir o espelho.»
Nicolas Boileau
Partindo da citação de
Nicolas Boileau, redige um texto de
opinião, com um mínimo de [...] e um máximo de [...] palavras, no qual
apresentes uma reflexão sobre a loucura.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo a dois argumentos e ilustra cada um
deles com, pelo menos, um exemplo significativo.
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«Os loucos estão certos /
É preciso ouvi-los» (Diabo na Cruz)
Num texto de opinião bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta
palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre as vantagens que a loucura nos
pode trazer. [Fazer só o parágrafo de introdução e o parágrafo com primeiro
argumento e respetivo(s) exemplo(s).]
[Introdução, que seria o 1.º parágrafo do texto de
opinião]
Para os «Diabo na cruz», os loucos têm lições a
dar-nos, a loucura seria positiva, vantajosa. Com efeito, ... / E, no entanto,
...
.
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Recitações de sonetos de Pessoa
|
Recitador |
Primeiro verso do soneto |
Eu |
Mestre |
1 |
|
Meu
coração é um almirante louco |
|
|
2 |
|
Quando
olho para mim não me percebo. |
|
|
3 |
|
A
praça da Figueira de manhã, |
|
|
4 |
|
Todo
o passado me parece incrível. |
|
|
5 |
|
Olha,
Daisy, quando eu morrer tu hás de |
|
|
6 |
|
Sou
vil, sou reles, como toda a gente, |
|
|
7 |
|
Deuses,
forças, almas de ciência ou fé, |
|
|
8 |
|
Corre,
raio de rio, e leva ao mar |
|
|
9 |
|
Eu
olho com saudade esse futuro |
|
|
10 |
|
Não
há verdade inteiramente falsa |
|
|
11 |
|
Quem
me roubou a minha dor antiga, |
|
|
12 |
|
Quem
me roubou quem nunca fui e a vida? |
|
|
13 |
|
Depois
que o som da terra, que é não tê-lo, |
|
|
14 |
|
Por
mais que tente, não me desembrulho. |
|
|
15 |
|
A
criança que fui chora na estrada. |
|
|
16 |
|
Sossego
enfim. Meu coração deserto |
|
|
17 |
|
Deixei
de ser aquele que esperava, |
|
|
18 |
|
Meu coração é um pórtico
partido |
|
|
19 |
|
Dia
a dia mudamos para quem |
|
|
20 |
|
Qualquer
coisa de obscuro permanece |
|
|
21 |
|
Sonhei,
confuso, e o sono foi disperso, |
|
|
22 |
|
Se
acaso, alheado até do que sonhei, |
|
|
23 |
|
Sonhei
— quem não sonhara? — porque a tarde |
|
|
24 |
|
Há
quanto tempo não escrevo um soneto |
|
|
25 |
|
A minha vida é um barco
abandonado, |
|
|
26 |
|
No
alto da tua sombra, a prumo sobre |
|
|
27 |
|
Súbita
mão de algum fantasma oculto |
|
|
28 |
|
O
silêncio é teu gémeo no Infinito. |
|
|
Classifica as orações
sublinhadas:
Recomeço (Marco Rodrigues, Áurea)
Hoje,
começo a vida outra vez, | ____________________
O tempo cura o que a saudade desfez. | ____________________
Pergunto ao velho destino: «Quem eu sou?»
Descubro o novo caminho por onde vou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de encontrar
No vento, que sopra e me guia, | ____________________
Minha alma vazia e sei
Que,
um dia, vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um. |
____________________
Sigo
na onda de esperança,
Que dança e eleva o desejo de te encontrar, | ____________________
P’ra de dois sermos só um, só um.
Sinto que eu já te conheci |
____________________
De um sonho que, outrora, vivi, | ____________________
Um estranho momento perfeito, | ____________________
Em que tudo parou | ____________________
Feito de um poema desfeito | ____________________
Que o tempo rasgou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de mudar. | ____________________
Fujo da nuvem sombria,
Vejo a luz que me guia e sei
Que
um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um.
Sigo
na onda de esperança
| ____________________
Que dança e eleva o desejo de te encontrar,
P’ra de dois sermos só um, só um, só um,
P’ra de dois sermos só um, só um.
Que
um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um, só um.
TPC — Revê gramática
(sobretudo, classificação de orações; logo a seguir, funções sintáticas).
Aula 79 (28 [1.ª], 29 [3.ª], 30/jan [4.ª]) [na turma 1.ª, neste dia deu-se a primeira parte da aula 77-78; e o que se enuncia a seguir será dado na 1.ª parte da aula do dia 30 da turma em causa, ou seja, na aula 77-78]) Correções de texto argumentativo sobre «Os loucos estão certos».
Questionários
de gramática
(orações e funções sintáticas):
Versão
com bombeiro Duda a ficar com o barco que está no quintal
Classifica
as orações sublinhadas (escusas de
escrever «oração»):
Os
aparelhos microcic da AudiçãoAtiva são tão pequenos que António Sala não
quer outra coisa. |
|
O bombeiro Dudu
gostaria de ficar com a embarcação que está no quintal de Marco Paulo. |
|
O
companheiro da assassina do gelo seco, que morava em Benfica, não tem
medo da mulher. |
|
Depois
de Maria Cerqueira Gomes, é Carolina Patrocínio quem chega agora à Prime
Video. |
|
A
estudante foi levada para o hospital para que se recolhessem indícios da
violação. |
|
Catarina
Martins tanto gosta de ouvir discutir os jogos do Benfica em Bruxelas como
gosta do críquete e do caril na Mouraria. |
|
Desde que ele instalou
o elevador Levita, sente-se muito mais feliz. |
|
A advogada do bombeiro
diz que Dudu dá valor afetivo aos bens de Marco Paulo. |
|
Os jornalistas
perguntaram a Lage se se demitia. |
|
Vamos tentar novamente mas, desta vez, vamos
tentar bem. |
|
Ruben
Amorim quebrou regra após jogos, dado que mostrou toda a sua fúria ao
plantel por mais uma derrota com o Brighton, e ainda partiu uma TV. |
|
Ainda que Amorim
fizesse quarenta anos, a equipa cumpriu os treinos
habituais. |
|
Fábio Coentrão foi
encontrado com uma tonelada de santolas e ameaçou os jornalistas. |
|
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
A publicação dos
poemas de Pessoa foi sobretudo póstuma. |
|
A Lídia que
Ricardo Reis refere não é a escritora Lídia Jorge. |
|
D. Dinis, cujo
retrato foi cientificamente criado, morreu há setecentos anos. |
|
Logo à noite o Benfica
entra no estádio da Juventus. |
|
Os argentinos
consideram Milei a melhor opção. |
|
A tua prova deixou-me
orgulhoso. |
|
Ângelo Rodrigues, que
enfrentou uma infeção generalizada em 2017, já se meteu noutra. |
|
Versão com António
Ferro a criar prémio especial
Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever
«oração»):
Como Pessoa não
vencera o prémio Antero de Quental, António Ferro criou
um prémio especial. |
|
Embora os resultados
de Amorim sejam fracotes, os adeptos parecem gostar dele. |
|
Em entrevista ao ex-bola de ouro Romário, Neymar
lembrou a vez em que Jorge Jesus lhe tentou ensinar a bater pénaltis e não
conteve os risos. |
|
Érica Postiço, ex-trabalhadora do Bloco de
Esquerda, diz ter sido despedida em 2022 quando amamentava. |
|
Uma estudante italiana diz que foi violada na
zona do Martim Moniz. |
|
Ignoro se o amanhã
trará coisas boas. |
|
Miúdo da Noruega é quem carrega. |
|
Baldoni nega as acusações de assédio sexual de
Lively e acusa o casal de estrelas de usar o seu poder para lhe destruir
carreira. |
|
Gostei mais do furação Hermínia do que
simpatizei com a tempestade Ivo. |
|
O Cristian faz anos, mas também tem de
resolver o questionário de gramática. |
|
Amo-te tanto que te
odeio. |
|
Temos estado a estudar o único livro que
Pessoa publicou em português. |
|
O bombeiro Dudu, que herdou um décimo da
fortuna de Marco Paulo, homenageou o artista no dia em que este, se fosse
vivo, faria 80 anos. |
|
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
Não gosto de
Ricardo Reis como gosto de Campos. |
|
Os socialistas
nomearam Alexandra Leitão candidata à Câmara de Lisboa. |
|
As redes sociais
consideram-te um cobarde. |
|
Quero ir ver a
exposição sobre Alexandre O’Neill que está na Biblioteca Nacional. |
|
Não acredito muito na
planificação de redações, exceto para textos argumentativos. |
|
Temos estado a estudar o único livro que
Pessoa publicou em português. |
|
Pessoa, que foi os
quatro melhores poetas portugueses do século XX, morreu há quase noventa
anos. |
|
Versão
com avançado dos gansos
Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever
«oração»):
Depois que Duplexe Tchamba colocou a bola no
avançado dos gansos, que marcou o terceiro golo dos casapianos, Rui
Costa levantou-se e saiu. |
|
Quem conheço com o
nome Ivo são excelentes amigos que não são tempestades. |
|
GrillMaxx é tão versátil que até faz
deliciosas panquecas. |
|
O polémico áudio que vazou nas redes sociais
é um bocado ordinário. |
|
Ângelo Rodrigues viajou para o México a fim
de experimentar cogumelos mágicos. |
|
Os poemas ingleses de
Pessoa são mais convencionais do que são os seus textos em português. |
|
A estudante alemã, em Erasmus no Monte de
Caparica, afogou-se, mas só populares perceberam a situação. |
|
Uma vez que Pessoa bebia muito, supôs-se erradamente
ter tido uma cirrose. |
|
Muitos alunos
recitaram bem, apesar de que não eram fáceis os sonetos de Pessoa. |
|
O Cristian faz hoje
anos e vai ser sempre feliz. |
|
Desde que cá cheguei, falamos sempre dos
tempos de Sir Alex [Ferguson]. |
|
O meu filho fala comigo sempre aos berros porque
não sabe que eu já comprei o maravilhoso Power ear. |
|
Perguntaram a Rui
Costa se o treinador tinha o lugar em risco. |
|
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
Alberto Caeiro, que
é percecionado como um pastor, seria o mestre de heterónimos e de
ortónimo. |
|
Os italianos já
regressaram a Bolonha. |
|
Os jornalistas
elegeram Vítor Bruno treinador do mês. |
|
Os professores
acharam-nos desinteressados. |
|
Ainda teremos de rever
a lírica de Camões, que terá nascido há quinhentos anos. |
|
A divulgação do
áudio melindrou os dirigentes do Benfica. |
|
Em aula li o soneto que
tu me aconselhaste. |
|
Aula 80-81 (30 [3.ª], 31/jan [1.ª, 4.ª]) Correção de questionário de gramática (usando-se apenas a versão da turma 3.ª).
Soluções
Versão com bombeiro Dudu a querer barco que está no
quintal
Classifica
as orações sublinhadas (escusas de
escrever «oração»):
Os aparelhos microcic da AudiçãoAtiva são tão
pequenos que António Sala não quer outra coisa. |
subordinada adverbial consecutiva |
O bombeiro Dudu
gostaria de ficar com a embarcação que está no quintal de Marco Paulo. |
subordinada adjetiva
relativa restritiva |
O companheiro da assassina do gelo seco, que
morava em Benfica, não tem medo da mulher. |
subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Depois de Maria Cerqueira Gomes, é Carolina
Patrocínio quem chega agora à Prime Video. |
subordinada substantiva relativa |
A estudante foi levada para o hospital para
que se recolhessem indícios da violação. |
subordinada adverbial final |
Catarina Martins tanto gosta de ouvir discutir
os jogos do Benfica em Bruxelas como gosta do críquete e do caril na
Mouraria. |
subordinada adverbial comparativa |
Desde que ele instalou
o elevador Levita, sente-se muito mais feliz. |
subordinada adverbial
temporal |
A advogada do bombeiro
diz que Dudu dá valor afetivo aos bens de Marco Paulo. |
subordinada
substantiva completiva |
Os jornalistas
perguntaram a Lage se se demitia. |
subordinada
substantiva completiva |
Vamos tentar novamente mas, desta vez, vamos
tentar bem. |
coordenada adversativa |
Ruben Amorim quebrou regra após jogos, dado
que mostrou toda a sua fúria ao plantel por mais uma derrota com o Brighton,
e ainda partiu uma TV. |
subordinada adverbial causal |
Ainda que Amorim
fizesse quarenta anos, a equipa cumpriu os treinos
habituais. |
subordinada adverbial
concessiva |
Fábio Coentrão foi
encontrado com uma tonelada de santolas e ameaçou os jornalistas. |
coordenada copulativa |
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
A publicação dos
poemas de Pessoa foi sobretudo póstuma. |
complemento do nome |
A Lídia que
Ricardo Reis refere não é a escritora Lídia Jorge. |
complemento direto |
D. Dinis, cujo
retrato foi cientificamente criado, morreu há setecentos anos. |
modificador apositivo
do nome |
Logo à noite o Benfica
entra no estádio da Juventus. |
complemento oblíquo |
Os argentinos
consideram Milei a melhor opção. |
predicativo do
complemento direto |
A tua prova deixou-me
orgulhoso. |
complemento direto |
Ângelo Rodrigues, que
enfrentou uma infeção generalizada em 2017, já se meteu noutra. |
sujeito |
Versão
com António Ferro a criar prémio especial
Classifica
as orações sublinhadas (escusas de
escrever «oração»):
Como Pessoa não
vencera o prémio Antero de Quental, António Ferro criou
um prémio especial. |
subordinada adverbial causal |
Embora os resultados
de Amorim sejam fracotes, os adeptos parecem gostar dele. |
subordinada adverbial
concessiva |
Em entrevista ao ex-bola de ouro Romário, Neymar
lembrou a vez em que Jorge Jesus lhe tentou ensinar a bater pénaltis e não
conteve os risos. |
coordenada copulativa |
Érica Postiço, ex-trabalhadora do Bloco de
Esquerda, diz ter sido despedida em 2022 quando amamentava. |
subordinada adverbial
temporal |
Uma estudante italiana diz que foi violada na
zona do Martim Moniz. |
subordinada substantiva completiva |
Ignoro se o amanhã
trará coisas boas. |
subordinada
substantiva completiva |
Miúdo da Noruega é quem carrega. |
subordinada
substantiva relativa |
Baldoni nega as acusações de assédio sexual de
Lively e acusa o casal de estrelas de usar o seu poder para lhe destruir
carreira. |
subordinada
adverbial final |
Gostei mais do furação Hermínia do que
simpatizei com a tempestade Ivo. |
subordinada
adverbial comparativa |
O Cristian faz anos, mas também tem de
resolver o questionário de gramática. |
coordenada
adversativa |
Amo-te tanto que te
odeio. |
subordinada adverbial
consecutiva |
Temos estado a estudar o único livro que
Pessoa publicou em português. |
subordinada adjetiva relativa restritiva |
O bombeiro Dudu, que herdou um décimo da
fortuna de Marco Paulo, homenageou o artista no dia em que este, se fosse
vivo, faria 80 anos. |
subordinada adjetiva relativa explicativa |
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
Não gosto de
Ricardo Reis como gosto de Campos. |
complemento oblíquo |
Os socialistas
nomearam Alexandra Leitão candidata à Câmara de Lisboa. |
predicativo do
complemento direto |
As redes sociais
consideram-te um cobarde. |
complemento direto |
Quero ir ver a
exposição sobre Alexandre O’Neill que está na Biblioteca Nacional. |
sujeito |
Não acredito muito na
planificação de redações, exceto para textos argumentativos. |
complemento do nome |
Temos estado a estudar o único livro que
Pessoa publicou em português. |
complemento direto |
Pessoa, que foi os
quatro melhores poetas portugueses do século XX, morreu há quase noventa
anos. |
modificador apositivo
do nome |
Versão
com avançado dos gansos
Classifica
as orações sublinhadas (escusas de
escrever «oração»):
Depois que Duplexe Tchamba colocou a bola no
avançado dos gansos, que marcou o terceiro golo dos casapianos, Rui
Costa levantou-se e saiu. |
subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Quem conheço com o
nome Ivo são excelentes amigos que não são tempestades. |
subordinada substantiva relativa |
GrillMaxx é tão versátil que até faz
deliciosas panquecas. |
subordinada adverbial consecutiva |
O polémico áudio que vazou nas redes sociais
é um bocado ordinário. |
subordinada adjetiva
relativa restritiva |
Ângelo Rodrigues viajou para o México a fim
de experimentar cogumelos mágicos. |
subordinada adverbial final |
Os poemas ingleses de
Pessoa são mais convencionais do que são os seus textos em português. |
subordinada adverbial comparativa |
A estudante alemã, em Erasmus no Monte de
Caparica, afogou-se, mas só populares perceberam a situação. |
coordenada adversativa |
Uma vez que Pessoa bebia muito, supôs-se erradamente
ter tido uma cirrose. |
subordinada adverbial causal |
Muitos alunos
recitaram bem, apesar de que não eram fáceis os sonetos de Pessoa. |
subordinada adverbial
concessiva |
O Cristian faz hoje
anos e vai ser sempre feliz. |
coordenada copulativa |
Desde que cá cheguei, falamos sempre dos
tempos de Sir Alex [Ferguson]. |
subordinada adverbial
temporal |
O meu filho fala comigo sempre aos berros porque
não sabe que eu já comprei o maravilhoso Power ear. |
subordinada
substantiva completiva |
Perguntaram a Rui
Costa se o treinador tinha o lugar em risco. |
subordinada
substantiva completiva |
Classifica
quanto à função sintática
os constituintes sublinhados:
Alberto Caeiro, que
é percecionado como um pastor, seria o mestre de heterónimos e de
ortónimo. |
modificador apositivo
do nome |
Os italianos já
regressaram a Bolonha. |
complemento oblíquo |
Os jornalistas
elegeram Vítor Bruno treinador do mês. |
predicativo do
complemento direto |
Os professores
acharam-nos desinteressados. |
complemento direto |
Ainda teremos de rever
a lírica de Camões, que terá nascido há quinhentos anos. |
sujeito |
A divulgação do
áudio melindrou os dirigentes do Benfica. |
complemento do nome |
Em aula li o soneto que
tu me aconselhaste. |
complemento direto |
Num texto de opinião, defenda
uma perspetiva pessoal sobre qual deveria ser a palavra do ano.
No seu texto:
— explicite, de forma
clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos,
cada um deles ilustrado com um exemplo significativo.
liberdade | auricular |
conflitos | fogos | imigração | inclusão | INEM | jovem | polícia | transportes
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .
1.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser
vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
||
Aula |
Questionário sobre «De verão», de Cesário Verde
(aula 3) |
|
Questionário sobre carta de Pessoa a Adolfo
Casais Monteiro (aula 9-10) |
||
Questionário sobre «O país dos teimosos», de
Ricardo Araújo Pereira (aula 19-21) |
||
Questionário
sobre «Muda de vida», de Luís Filipe Borges (aula 50-51) |
||
Questionário
sobre «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho (aula 65-66) |
||
Questionário
sobre «Ulisses», de Fernando Pessoa (aula 70-71) |
||
Observação direta da eficiência a resolver as
tarefas com textos em todas as aulas |
||
Escrita |
||
Aula |
«As minhas coisas favoritas» (aula 1-2) |
|
Comparação de «Gato que brincas na rua» com «Ela
canta, pobre ceifeira» (aula 4-5) |
||
Narrativa depois do recado «Snr. Pessoa» (aula
6-7) |
||
Apreciação crítica da curta Dia Triunfal
(aula 9-10) |
||
Ode ao estilo das de Campos (aula 11-12) |
||
Comentário com comparação entre os dois «Lisbon
Revisited» (aula 16-17) |
||
Resposta a item 7 (parte C) sobre Frei Luís
de Sousa (aula 18) |
||
Trechos inspirados em bandas sonoras de filmes
(aula XXII-XXIII ou 22-23) |
||
Comentário em torno de «Notas sobre Tavira»,
Campoe e Caeiro (aula 24-25) |
||
Comparação entre ««Matarruano sonhador» e
Alberto Caeiro (aula 27-28) |
||
Reescrita de «Dobrada à moda do Porto» (aula 31) |
||
Comparação entre poemas de Ricardo Reis e de
José Gomes Ferreira (aula 32-33) |
||
Resposta a item de exame
sobre herói romântico [só no 12.º 1.ª e no 12.º 4.ª] (aula 35-36) |
||
Comentário sobre «O avô e o neto», de Fernando
Pessoa (aula 39-40) |
||
Resposta a item de exane sobre «Sonho e
realidade» (aula 42-43) |
||
Comentário contrastivo entre textos de Caeiro e
Jorge de Sena (aula 45-46) |
||
Item, ou itens, de exame de 2019, sobre «Bem sei
que há ilhas [...]» (aula 42-43) |
||
Comentário sobre famílias desavindas e heróis
românticos (aula 46R-46) |
||
Poemas segundo Paterson e Ana Luís
Amaral, «Tabacaria» (aulas 50-51 ou 52-53) |
||
Décimas com rima segundo modelo de «Sísifo», de
Torga (aula 55-56) |
||
Poema com epígrafe retirada de versos de livro
de poesia do século XX (aula 57-58) |
||
Exposição sobre famílias
desavindas em Mário de Carvalho, Camilo, 1986 (aula 65-66) |
||
Redação de argumentos escolhidos dentre quatro
enunciados de exame (aula 69) |
||
Caracterização do rei em «D. Dinis», de Pessoa
(aula 72-73 ou 74) |
||
Argumentos para «Os loucos estão certos» [só no
12.º 3.ª e no 12.º 4.ª] (aula 77-78) |
||
Aula + Casa |
«Lembro-me que» (tepecê de
39-40) |
|
Texto deambulatório com períodos
progressivamente maiores (tepecê de 44) |
||
Crónica de viagem para «Fugas» [só no 12.º 3.ª]
(a partir da aula XIX-XX) |
||
Expressão
oral |
||
(Casa) Aula |
Leitura em voz alta expressiva de versos de
poemas do século XX (aula 57-58) |
|
Leitura em voz alta expressiva de soneto de
Pessoa ou Campos (aula 75-76) |
||
Recitação de soneto de Pessoa ou Campos (aula
77-78) |
||
Educação
literária |
||
Casa |
Leitura de livros (ao longo do semestre, a partir da aula 35-36) |
|
Gramática |
||
(Casa) Aula |
Questionário sobre funções sintáticas, aspeto,
etc. (aula 32-33 ou 34 ou 35-36) |
|
Questionário sobre orações e funções sintáticas (aula 77-78 ou 79) |
||
Assiduidade,
pontualidade, material, ... |
||
|
Deixo aqui alguns conselhos
para se melhorar (infere-se, portanto, que estou a criticar os
aspetos que assinalei à esquerda com xis). Evitarei repeti-los quando falar com
cada um, cingindo-me então, se houver tempo, aos aspetos mais positivos.
1. Evitar
faltar a aulas (a não ser, é claro, por motivo compreensível).
2. Ser pontual.
3. Em aula, ser autónomo (ir lendo — ler mesmo, não ficar à
espera — as tarefas pelas folhas e procurando resolver o que seja pedido). Não
saltar itens à mínima dificuldade.
4. Fazer as tarefas pedidas para casa (neste semestre, nem
lhes pedi muitas tarefas a preparar em casa — as falhas na recitação ou
na preparação de leitura em voz alta é que podem entrar aqui; e, claro,
a gramática, de que trato a seguir).
5. Focar-se mais no estudo de gramática, procurando fazer
revisão do que não se tenha acompanhado. Assuntos de gramática podem ser
estudados isoladamente (são aliás de índole diferente uns dos outros), por isso
não há que descartar estas matérias só porque se interiorizou que é difícil.
Podes começar por ir estudando as folhas finais do manual (pp. 314-371), já que
está aí quase tudo o que é preciso recuperar.
6. Estar concentrado nos momentos em que se «explica matéria»
ou se dão indicações julgadas úteis (evita tagarelar nessas alturas).
7. Ler livros, o que me parece ser a melhor maneira de
melhorar na compreensão de textos (e na ortografia, e escrita em geral).
Poderias ter avançado mais na leitura de livros combinada neste semestre.
8. Evitar escrita «trapalhona» (revê sempre; olha as emendas
feitas nas redações; atenta nos erros que são advertidos em aula, fugindo a
repeti-los).
9. Em certas tarefas da aula procurar ser menos demorado (em
termos de exame, é preocupante que fiques tanto tempo só numa tarefa).
10. Arruma mesmo o telemóvel assim que estiveres em aula (como
sabes, já tive de te chamar a atenção para o facto de estares a usar o
telemóvel).
TPC — Lê o conto «George», de
Maria Judite de Carvalho, nas pp. 148-153 do manual. (Além disso, como sempre,
aproveita para fazer outras leituras.)
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