Monday, September 09, 2024

Aulas (62-81)

Aula 62-63 (6 [3.ª], 7 [4.ª], 9/jan [1.ª]) Correções a respostas dadas na aula 42-43 (sobre «Bem sei que [...]»).

[Exemplo de solução possível para item 3:]

As anáforas «Bem sei» (vv. 1, 5, 9) sublinham a certeza de que o espaço descrito é um espaço de felicidade, mas também de que, sendo fruto do sonho, é inacessível.

Já nas estrofes finais, a repetição de «Sei» (vv. 13, 17, 19), aliás ele próprio reforçado («Sei, sim», v. 13; «Sei, sei, sei tudo», v. 17; e «sei também», v. 17), realça a afirmação de que o sonho é inerente à essência do sujeito poético.

Com exemplares de Mensagem (da coleção «iagora»), preenchimento de grelha acerca do paratexto e da estrutura da obra.

Fernando Pessoa, Mensagem

Paratexto e estrutura

Faz a referência bibliográfica (autor, título, cidade da editora, editora, ano da edição).

A primeira fonte destes elementos deve ser o frontispício (página [3], neste caso). Quando haja dados de que não possamos certificar-nos pelo rosto (o referido frontispício), recorreremos ao colofão (na última folha), à ficha técnica, à capa:

___________________________

Este livro não numera a edição. Se o fizesse, esse elemento poderia constar logo após o título. E poríamos a seguir à data da edição e entre parênteses o ano da 1.ª edição, 1934.

Verifica estas partes do livro (matéria que se integra no estudo do paratexto):

Capa: tem um ________ (poema visual) que usa versos de Pessoa e desenha a efígie do poeta.

Contracapa: reproduz o poema «________», o primeiro texto de Mensagem; em baixo, vêm os logótipos dos ________.

Lombada: tem só o ______ da obra.

Colofão (ou, à latina, colofon): em vez do tradicional «Acabou de imprimir-se a […]», contém uma espécie de __________.

O anterrosto repete o desenho caligramático da capa. No entanto, há na p. ____ o que poderia ser o verdadeiro anterrosto, já que a página tem apenas o título, como é característico das páginas três. Terá sido lapso (e a ordem das pp. 5 e 3 ter saído mal, sendo a p. 1 uma mera folha de guarda)?

No miolo do livro há, no cabeçalho, o título corrente, nas páginas ímpares, e nome do autor, nas _____. Nesse espaço, dito dos «títulos correntes», vem «Índice» na parte do livro que lhe corresponde.

Na p. [7], temos a epígrafe: «_________» (‘Bendito Deus Nosso Senhor que nos deu o Sinal’).

Preenche as quadrículas vagas da tábua seguinte, sobre a estrutura de Mensagem:

Primeira parte / Brasão

Os Campos

O dos Castelos

 

 

Ulisses

Viriato

O Conde D. Henrique

D. Tareja

D. Afonso Henriques

D. Dinis

D. João o Primeiro

D. Filipa de Lencastre

As Quinas

 

D. Fernando, Infante de Portugal

D. Pedro, Regente de Portugal

D. João, Infante de Portugal

D. Sebastião, Rei de Portugal

A Coroa

Nun’Álvares Pereira

 

[A Cabeça do Grifo:] O Infante D. Henrique

[Uma Asa do Grifo:] D. João o Segundo

[A Outra Asa do Grifo:] Afonso de Albuquerque

Segunda parte / Mar Português

O Infante

 

Padrão

O Mostrengo

Epitáfio de Bartolomeu Dias

Os Colombos

Ocidente

Fernão de Magalhães

Ascensão de Vasco da Gama

 

A Última Nau

Prece

 

Os Símbolos

 

O Quinto Império

O Desejado

As Ilhas Afortunadas

 

 

O Bandarra

António Vieira

«Screvo meu livro à beira-mágoa»

Os Tempos

Noite

Tormenta

Calma

Antemanhã

 

De que tratam as três partes de Mensagem?

A 1.ª parte, «Brasão», trata da fase de _______ de Portugal e seu crescimento. A 2.ª parte, «Mar Português», versa a ______ de Portugal, os Descobrimentos. A 3.ª parte, «O Encoberto», trata da estagnação da pátria e, profeticamente, do seu ressurgimento.

«Brasão» tem _______ {numeral, mas por extenso} poemas, repartidos por cinco partes, que aproveitam classificações heráldicas (campos; castelos, quinas; coroa; timbre). A primeira destas sub-partes funciona como introdução às dezassete _________, abordadas em cada poema, que representam características do povo português. A epígrafe de «Brasão» é «________», um oxímoro (‘Guerra sem guerra’).

A parte «Mar Português» é constituída por _____ poemas e não tem outra repartição. A epígrafe desta parte, «________» (‘Posse do mar’), alude à saga dos descobrimentos. Desta parte já referimos em aula um dos poemas, precisamente o homónimo da secção, «__________», a propósito da frase tornada proverbial «Tudo vale a pena, se a alma não é pequena».

A parte «O Encoberto» implica a visão esotérica de Pessoa, uma síntese de história, mito e profecia. Esta parte situa-se depois do desastre de _______. Está aliás toda centrada na figura do rei ______, o encoberto. Logo pelos títulos se vê que a organização, agora, decorre mais do simbolismo, não se adotando tanto o formato ‘galeria de personagens’. A epígrafe é «________» (‘Paz nos céus’), que corresponderá ao estado ideal conseguido com o profetizado Quinto Império.

Pelo índice, repara nas datas predominantes da elaboração dos poemas. Os poemas da primeira parte são quase todos posteriores a ______, ou deste exato ano. Os textos de «Mar Português» são maioritariamente de _____-_____, a época do sidonismo. Finalmente, o ano mais representado na terceira parte é 1934 (precisamente, o ano da publicação de Mensagem, penúltimo da vida de Pessoa, quando o Estado Novo se implantava).

Vejamos a estrutura formal, em termos de versificação, de Mensagem.

Que tipo de estrofe predomina? {circunda os quatro tipos que consideres mais presentes, após folheares o livro sem grandes demoras} Dísticos, tercetos, quartetos ou quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas ou novenas, décimas, centésimas.

Os versos {escolhe} são brancos / têm rima / são amarelos.

O metro (o número de sílabas métricas) predominante deve ser o {escolhe} monossílabo, dissílabo, trissílabo, tetrassílabo, pentassílabo (ou redondilha menor), hexassílabo, heptassílabo (ou redondilha maior), octossílabo, eneassílabo, decassílabo, hendecassílabo, dodecassílabo (alexandrino).

O único poema que não tem título é o terceiro aviso, que está na p. ____. É o único texto em que o assunto parece ser o próprio poeta.

O último verso de Mensagem é «______», seguindo-se-lhe a fórmula de despedida latina, «_________» (‘Saúde [Força, Felicidade], Irmãos’).

Na tábua da p. 109 do manual, os poemas que são reproduzidos estão identificados pela indicação da página, entre parênteses retos e a azul.

Classifica as orações sublinhadas.

Efeito do observador

(Os Azeitonas)

A ciência, aos dezasseis,
Desafia algumas leis
E, já que Saturno tem anéis, | ______________
Pode a Lua encher só para mim.

Já vi um arco-íris circular,
Já dei dois tiros no mesmo lugar,
Mas o que considero singular
É que a Lua insiste em se encher assim.

Já fiz as equações,
Determinei as funções.
A ciência comprovou | _____________
[Que] somos todos iguais
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.

Somos todos condutores de carrosséis,
Não lemos mapas, andamos aos papéis, | _____________
Então deitamos fora a sorte deste Norte, | _____________
Fazemo-nos reis,
Já que a Lua se pode comportar assim.

Sou dos do bem,

Mas não sei bem o que é do mal. | ______________
Sou um cético otimista, hipócrita ocasional,
E, se observo mudo o resultado experimental, | _____________
Então que a Lua sorria só porque sim.

Já fiz as equações,
Determinei as funções.
A ciência comprovou
[Que] somos todos iguais  | ____________
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.

E, se o espaço curva para ti, | ____________
Vou aos esses até chegar aí
E fico a contar que um dia, ao luar,
Tudo vá mudar e, só porque sim, | ____________
Mude o nosso spin
E consiga provar
Que estamos entrelaçados no fim... | ____________
No fim!

Já fiz as equações, | _____________
Determinei as funções.
A ciência comprovou
[Que] somos todos iguais
Lá no fundo,
Pó de estrela e nada mais.

Escreve um comentário, uma apreciação crítica com cerca de duzentas palavras, ao anúncio «As Primas», da NOS Empresas. Na tua apreciação deves incluir os termos «palavras homónimas», «palavras convergentes», «étimo», «verbo» (ou «forma verbal»), «nome».

Procura seguir as etapas sugeridas habitualmente para as apreciações críticas (a descrição do objeto apresentado, destacando elementos significativos da sua composição; um comentário crítico, fundamentando devidamente a sua apreciação e utilizando um discurso valorativo; uma conclusão adequada aos pontos de vista desenvolvidos).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[solução possível:]

Trata-se de anúncio televisivo da Nos Empresas. Em breves trinta segundos, publicita-se uma nova vantagem desta firma — disponibilizar aos aderentes um «gestor dedicado» —, sublinhando o clip os benefícios que advêm do atendimento personalizado.

A situação usada mostra um incauto utilizador dos novos serviços a ficar admirado por poder falar com uma verdadeira pessoa e não com «as primas». Percebemos que estas «primas» servem a caricatura das informações prestadas por centrais telefónicas automatizadas («prima um, se quer ...»; «prima dois, se ...»), demoradas e incómodas. A brincadeira assenta na homonímia entre «prima», do verbo «pre-mir», e o nome «prima», parentesco. As duas palavras homónimas são, em perspetiva diacrónica, convergentes, o fenómeno que sucede quando étimos diferentes (neste caso, a forma do verbo premere e o feminino de primu-) resultaram em palavras coincidentes em som e grafia (sincronicamente, homónimas; historicamente, convergentes).

A ingenuidade do feliz cliente da NOS, que não percebe a homonímia, é crucial para salientar a surpresa e, ao mesmo tempo, a novidade do que se pretende vender. A bonomia do homem, a simpatia de quem o atende, o risível da situação são ingredientes que favorecem a mensagem que o filme publicitário quer transmitir.

TPC — Lê sem falta, nas pp. 163-165, o conto «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho. A sua leitura prévia é necessária para uma destas aulas.

 

 

Aula 64 (7 [1.ª], 8 [3.ª], 9/jan [4.ª])

Recantiga (Miguel Araújo)

E era as folhas espalhadas, muito recalcadas no correr do ano

A recolherem, uma a uma, por entre a caruma de volta ao ramo

 

E era à noite a trovoada que encheu na enxurrada aquela poça morta.

De repente, em ricochete, a refazer-se em sete nuvens gota a gota

 

E era, de repente, o rio, num só rodopio, a subir o monte

E a correr contra a corrente assim de trás para a frente, a voltar à fonte

 

Um monte de cartas espalhadas desmoronando-se todo em castelo

E era a linha duma vida sendo recolhida de volta ao novelo

 

E era aquelas coisas tontas, as afrontas que eu digo e [de] que me arrependo

A voltarem para mim, como se assim tivessem remendo

 

E era eu um passarinho caído no ninho à espera do fim

E eras tu, até que enfim, a voltar para mim.

Tendo em conta a letra da canção, assinala as características que a aproximariam dos dois géneros principais da lírica trovadoresca:

características de «Recantiga» que a aproximam das

cantigas de amigo

cantigas de amor

contexto popular, campestre

contexto nobre, palaciano

presença de natureza (por vezes, até como confidente)

ausência de cenário descritível

namoro, amor visto como concretizável

discurso sobre amor, que é meramente idealizado

sujeito lírico feminino

sujeito lírico masculino

tu acessível

senhor[a] distante

No cancioneiros da Biblioteca Nacional e da Vaticana esta cantiga de amigo de D. Dinis foi copiada sem uma das estrofes. Porém, se nos guiarmos pelas regras da paralelística, conseguimos reconstituir o terceto em falta. Preenche esses três versos:


 

Bom dia vi amigo,

pois seu mandad’hei migo,

       louçana.

 

Bom dia vi amado,

pois mig’hei seu mandado,

       louçana.

 

Pois seu mandad’hei migo,

rog’eu a Deus e digo

       louçana.

 

Pois migo hei seu mandado,

rog’eu a Deus de grado,

       louçana.

 

Rog’eu a Deus e digo

por aquel meu amigo,

       louçana.

 

________________

________________

       _____________

 

Por aquel meu amigo,

que o veja comigo,

       louçana.

 

Por aquel namorado,

que fosse já chegado,

       louçana.

mandado = notícia | migo = comigo | rogo = peço | louçana = bonita | de grado = de bom grado

Sobre cantigas de amigo, vê pp. 374-377. Nas pp. 376-377, tens, analisada, uma cantiga de amigo que, em termos de paralelística, é diferente das que vimos em aula. Quanto ao «enredo», assenta «num encontro falhado: a moça foi rezar a uma ermida, não por devoção, [...] mas para se encontrar com o seu amigo; como ele não apareceu, considera justo fazê-lo sofrer e recusar-lhe doravante qualquer recompensa».

O site Cantigas Medievais Galego-Portuguesas (https://cantigas.fcsh.unl.pt/), de onde tirei o resumo acima, é muito útil para todas as revisões que queiras fazer em torno de lírica trovadoresca. A sua consulta pode ficar como tepecê.

Transcrevo ainda outra cantiga de amigo de D. Dinis, desta vez só com quatro estrofes. O assunto é «a donzela anuncia alegremente à mãe que vai ter com o seu amigo, que lhe marcou um encontro». Imagina que teria mais outras quatro estrofes. Escreve esses tercetos segundo o que a paralelística estipula e criando tu o resto.

 

Pera veer meu amigo,

que talhou preito comigo,

       alá vou, madre.

 

Pera veer meu amado,

que mig’há preito talhado,

       alá vou, madre.

 

Que talhou preito comigo;

é por esto que vos digo:

       alá vou, madre.

 

Que mig’há preito talhado;

é por esto que vos falo:

       alá vou, madre.

 

___________________

___________________

               ______________

 

___________________

___________________

               ______________

 

___________________

___________________

               ______________

 

___________________

___________________

               ______________

talhar preito = marcar encontro | alá = lá, ali | migo = comigo | madre = mãe | esto = isto, isso

No exame nacional de 2020 (2.ª fase), a parte B do grupo I (itens 4-6) recorria a uma cantiga de amigo. (A parte A assentava em textos de Saramago; a parte C era um pedido de exposição sobre a representação da amada na lírica de Camões.)

Parte B

Leia o poema de Martim Codax e as notas.

 

Mia irmana fremosa, treides1 comigo

a la igreja de Vig’2, u3 é o mar salido4:

               E miraremos las ondas!

 

Mia irmana fremosa, treides de grado5

5             a la igreja de Vig’, u é o mar levado6:

               E miraremos las ondas!

 

A la igreja de Vig’, u é o mar salido,

e verra i7, mia madre, o meu amigo:

               E miraremos las ondas!

 

10           A la igreja de Vig’, u é o mar levado,

e verra i, mia madre, o meu amado:

               E miraremos las ondas!

A Lírica Galego-Portuguesa, edição de Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos, 2.ª ed., Lisboa, Comunicação, 1985, p. 262.

Notas: 1 treides – vinde. 2 Vig’ – Vigo. 3 u – onde. 4 salido – agitado. 5 de grado – de vontade; com gosto. 6 levado – agitado. 7 verra i – virá aí.

4. Refira dois dos sentimentos que motivam o sujeito de enunciação desta cantiga a ir a Vigo. Apresente, para cada um desses sentimentos, uma transcrição pertinente.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[4. O sujeito poético, uma rapariga, revela amor pelo seu namorado, o que fica patente no uso das expressões «meu amigo» (v. 8) ou «meu amado» (v. 11). O eu da cantiga tem a esperança de ver aquele por quem está apaixonada, como antecipa no refrão («E miraremos las ondas!», vv. 3, 6, 9, 12) e no verso 8 («e verra i, mia madre, o meu amigo»).]

5. Explicite o papel da natureza nesta cantiga, bem como o valor simbólico que assume.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[5. Se o espaço que a donzela anuncia como destino é a igreja, a verdade é que o mar ou a ria de Vigo parecem ser o verdadeiro cenário para o encontro com o amigo, constituindo a natureza a testemunha do desejado enlace amoroso. O mar agitado («salido», «levado») ou, metonimicamente, as suas ondas refletem, simbolicamente, o estado de alma da donzela, que espera com ansiedade reunir-se ao namorado.]

6. Complete as afirmações seguintes, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de respostas, registe apenas as letras — a), b) e c) — e, para cada uma delas, o número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.

Do ponto de vista formal, esta cantiga classifica-se como paralelística. Uma evidência dessa estrutura formal é ______ a).

Quanto ao desenvolvimento temático, é de assinalar, por um lado, o facto de, em todas as estrofes, o sujeito poético se dirigir a um interlocutor; a partir da terceira estrofe, esse interlocutor passa a ser ______ b). Por outro lado, constata-se que, nas duas últimas estrofes, o sentido do verso «E miraremos las ondas!» evolui, podendo, mais claramente, ser associado _______ c).

a)

b)

c)

1. o facto de todos os dísticos terem o mesmo número de sílabas métricas

1. o mar revolto

1. à ideia de proximidade entre a donzela e o seu amado

2. a existência de quatro estrofes, todas elas constituídas por tercetos

2. a mãe

2. à permanente vigilância que familiares exercem sobre a donzela

3. a repetição dos versos da primeira estrofe na segunda estrofe e da terceira estrofe na quarta estrofe, com variação das palavras em posição de rima

3. a irmã

3. à preocupação da donzela com o estado do mar

[6. a) 3; b) 2; c) 1.]

TPC — Consulta o site Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Além disso, não esqueças a leitura, já pedida, do conto «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho, nas pp. 163-165 do manual.

Para a aula de quinta-feira, dia 16-1-2025, traz o livro ou livros que tens lido conforme combinado. Ser-te-á pedido, então, que referencies o que leste até agora, bem como alguma aplicação (exercício, resposta, etc.) em volta do livro, ou livros, em causa.

 

 

Aula 65-66 (9 [3.ª], 10/jan [1.ª, 4.ª]) Vai relendo o conto «Famílias desavindas» (pp. 163-165), de Mário de Carvalho, que pedira que lessem em casa. Escolhe a melhor alínea de cada item, circundando-a. Não consultes nada além do próprio texto.

[Depois de reler ll. 1-6]

Os semáforos a pedal de que trata o conto

a) ainda existem, tal como outros idênticos na Guatemala.

b) já não existem, tendo os últimos desaparecido nos anos setenta, na Guatemala.

c) ainda existiam, à data da narração, ao contrário dos da Guatemala.

d) nunca existiram, segundo o narrador, como se perceberá ao longo do conto.

 

[ll. 7-14]

As garrafas de Bordéus eram

a) um dos negócios de Letelessier.

b) parte da estratégia para vender os semáforos.

c) elementos do «trânsito de carroças de vinho».

d) contrapartida oferecida pelo autarca.

 

Os semáforos foram colocados na

a) Ponte, primeiro; na Rua Fernão Penteado, depois.

b) movimentada rua Fernão Penteado.

c) deserta rua Fernão Penteado, depois de vários locais ponderados.

d) travessa de João Roiz de Castel-Branco.

 

[ll. 15-20]

Em «Durante a Primeira Guerra foi introduzida uma melhoria» (ll. 18-19), «Durante a Primeira Guerra» e «uma melhoria» são, respetivamente,

a) modificador do grupo verbal e complemento direto.

b) modificador do grupo verbal e sujeito.

c) modificador de frase e complemento direto.

d) modificador do grupo verbal e predicativo do sujeito.

 

«que a roda da frente era destituída de utilidade» (ll. 19-20) é oração subordinada

a) adjetiva relativa restritiva e tem a função de modificador restritivo do nome.

b) substantiva relativa e tem a função de sujeito.

c) substantiva completiva e tem a função de complemento direto.

d) adjetiva relativa explicativa e tem a função de modificador apositivo do nome.

 

[ll. 21-26]

Quanto à função sintática, «de que os concorrentes soubessem andar de bicicleta» (22-23) é

a) complemento do nome.

b) complemento do adjetivo.

c) complemento direto.

d) complemento oblíquo.

 

O «que» na linha 24 desempenha a função de

a) sujeito.

b) complemento direto.

c) modificador restritivo do nome.

d) predicativo do sujeito.

 

Depreende-se que

a) o regulamento para semaforeiro foi revisto, tendo, assim, sido escolhido Ramon.

b) foi contratado, por influências, alguém que não cumpria as condições estipuladas.

c) a escolha de Ramon foi acertada porque aprenderia a andar de bicicleta.

d) o esforço e boa vontade de Ramon foram determinantes na seleção do semaforeiro.

 

[ll. 27-36]

Em termos de valor aspetual, «Por alturas da Segunda Grande Guerra foi substituído pelo seu filho Ximenez» (ll. 27-28) é

a) perfetivo.

b) iterativo.

c) habitual.

d) imperfetivo.

 

Em termos de valor aspetual, «A administração continua a pagar um vencimento modesto» (ll. 30-31) é

a) perfetivo.

b) iterativo.

c) habitual.

d) imperfetivo.

 

[ll. 37-39]

A personalização do semáforo é um conceito

a) verosímil, no contexto da narrativa, mas que remete para o absurdo da situação.

b) inverosímil, abonado também na referência inicial aos semáforos da Guatemala.

c) irrazoável, dado o restante enredo, e crítico da maneira de ser dos portuenses.

d) fantástico, na medida em que personifica um objeto inanimado.

 

[ll. 40-67]

«Sou um cidadão livre e desimpedido» (47), quanto ao valor aspetual, é

a) imperfetivo.

b) genérico.

c) perfetivo.

d) habitual.

 

«Felizmente» (49-50) desempenha a função sintática de

a) complemento oblíquo.

b) modificador de frase.

c) sujeito.

d) modificador do grupo verbal.

 

«descendentes casadoiros» (50) é

a) complemento direto.

b) complemento indireto.

c) sujeito.

d) predicativo do sujeito.

 

«Piora sempre os resultados» (l. 50) é frase

a) com valor modal apreciativo.

b) em que se reflete acerca das consequências do casamento.

c) que pode ser lida como alusiva, por exemplo, a Amor de Perdição.

d) com valor modal deôntico.

 

Os médicos João Pedro, João e Paulo eram, respetivamente,

a) preocupado, modesto, explicativo.

b) proativo, incompetente, mais especulativo que prático.

c) livre, inseguro, sonolento.

d) missionário, hesitante, falador.

 

[ll. 68-77]

«mota» (l. 70) pode ser considerado

a) complemento oblíquo.

b) truncação.

c) caso de parassíntese.

d) conversão.

 

[ll. 78-81]

No primeiro período deste parágrafo, «quem dissesse que o semáforo ficou abandonado» é

a) oração subordinada substantiva relativa.

b) oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

c) oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

d) oração subordinada substantiva completiva.

 

«de remorsos» (80) é

a) modificador restritivo.

b) complemento oblíquo.

c) complemento do adjetivo.

d) predicativo do sujeito.

 

«enquanto o Paco não regressa» (81) é

a) modificador de frase.

b) modificador de grupo verbal.

c) complemento oblíquo.

d) oração adjetiva.

 

Os verdadeiros episódios 7 e 8 de 1986 (de que vimos apenas alguns trechos):

https://www.rtp.pt/play/p4460/e808307/1986;

https://www.rtp.pt/play/p4460/e808305/1986

Em Amor de Perdição, o obstáculo à paixão do jovem par amoroso (Simão e Teresa) é — como em Romeu e Julieta, de Shakespeare — o ódio entre as famílias dos pais. Na série 1986, criada por Nuno Markl, o namoro Tiago-Marta é prejudicado pelo ódio entre o pai de Tiago (comunista) e o pai de Marta (apoiante de Freitas do Amaral). Em «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho, o desfecho parece resolver um ódio de gerações. Começa por ler este passo de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco:

D. Rita pasmava da transformação, e o marido, bem con­vencido dela, ao fim de cinco meses, consentiu que seu filho lhe dirigisse a palavra.

Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezassete anos.

Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos seus anos.

Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze anos, como paixão perigosa, única e inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor aos quinze anos é uma brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é tentativa da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que está da fronde próxima chamando: tanto sabe a primeira o que é amar muito, como a segunda o que é voar para longe.

Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.

O magistrado e sua família eram odiosos ao pai de Teresa, por motivos de litígios, em que Domingos Botelho lhes deu sentenças contra. Afora isso, ainda no ano anterior dois criados de Tadeu de Albuquerque tinham sido feridos na celebrada pancadaria da fonte. É, pois, evidente que o amor de Teresa, declinando de si o dever de obtemperar e sacrificar-se ao justo azedume de seu pai, era verdadeiro e forte.

E este amor era singularmente discreto e cauteloso. Viram-se e falaram-se três meses, sem darem rebate à vizinhança, e nem sequer suspeitas às duas famílias. O destino que ambos se prometiam era o mais honesto: ele ia formar-se para poder sustentá-la, se não tivessem outros recursos; ela esperava que seu velho pai falecesse para, senhora sua, lhe dar, com o coração, o seu grande património. Espanta discrição tamanha na índole de Simão Botelho, e na presumível ignorância de Teresa em coisas materiais da vida, como são um património!

Na véspera da sua ida para Coimbra, estava Simão Botelho despedindo-se da suspirosa menina, quando subitamente ela foi arrancada da janela. O alucinado moço ouviu gemidos daquela voz que, um momento antes, soluçava comovida por lágrimas de saudade. Ferveu-lhe o sangue na cabeça; contorceu-se no seu quarto como o tigre contra as grades inflexíveis da jaula. Teve tentações de se matar, na impotência de socorrê-la. As restantes horas daquela noite passou-as em raivas e projectos de vingança. Com o amanhecer esfriou-lhe o sangue e renasceu a esperança com os cálculos.

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição, cap. II (trecho)

Aproveitando o teu conhecimento de Amor de Perdição (e o próprio passo que releste agora), o conto de Mário de Carvalho («Famílias desavindas») — e até a situação na série 1986 —, trata do problema da difícil coexistência de questões de honra familiar com os objetivos dos vários protagonistas.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Ir continuando leituras. Em termos de gramática, estudar classificação de orações (em Gaveta de Nuvens, vale a pena ler ‘Coordenação e subordinação’, que contém toda esta matéria).

 

 

Aula 67-68 (13/jan [3.ª], 14 [4.ª], 16/jan [1.ª]) Leitura de resposta a item 1 da p. 129 sobre o conceito de ‘quinto império’.

A partir da p. 128 do manual temos já poemas da terceira parte de Mensagem («D. Sebastião»), mas o texto por que vamos começar está já na p. 129.

Completa esta «tradução» do poema «O Quinto Império» (p. 129). Terás de copiar nos lugares corretos as paráfrases dos versos de Pessoa (nestas «traduções», não pus a pontuação de final de verso, para não ajudar demasiado).

«Traduções» a copiar nas lacunas (aqui, desordenadas, claro):

Perante a visão que só a alma tem

Senão o destino de esperar pela morte em vida

É da natureza humana ser descontente, querer possuir

Passados os quatro Impérios

Surgir à luz do dia

A Europa — todos esses Impérios acabaram

Pobre de quem vive seguro

Um sonho maior que faça abandonar todos os confortos e as certezas

Pobre aquele que se dá por contente

Gerações passam

 

O Quinto Império, a Nova Vida

 

_______________________________

Pobre de quem, seguro, se contenta com o pouco que tem

Sem um sonho maior, um desejo

Um íntimo fogo e objetivo

5             _______________________________

 

_______________________________

Pobre de quem apenas sobrevive e nada mais deseja

Esse não tem alma

Senão o instinto de não morrer

10           _______________________________

 

_______________________________

Num tempo que é feito de gerações

_______________________________

Mas as forças da guerra, irracionais, param

15           _______________________________

 

_______________________________

Completado o seu reino terreno

A Terra verá o quinto

_______________________________

20          Ele que começou a gerar-se da noite (morte)

 

Grécia, Roma, o Império Cristão

_______________________________

Acabaram porque tudo se acaba com o tempo

Falta assim viver o Império da Verdade

25          O Quinto Império a que preside D. Sebastião.

Depois de ouvirmos o início do episódio 11 («É a hora») de Não sei o que o amanhã trará — Um passeio sonoro na Lisboa de Fernando Pessoa, resolve os itens 1, 2 e 3, da p. 132:

1 ___; 2 ___; 3 __________________.

Pus em baixo uma tradução de «Nevoeiro» (p. 133), o último poema de Mensagem. Desta vez, cabe-te criar as paráfrases em falta.

 

Nevoeiro

 

Nem governante nem leis, nem tempos de paz ou de conflito

Podem definir a verdade, a essência

No que no presente é um fulgor triste

_______________________________

Vida exterior sem luz intensa, sem fogo de paixão e vontade

_______________________________

 

Os Portugueses não sabem o que verdadeiramente querem!

Não conhecem a sua alma — o seu Destino

_______________________________

Adivinha-se, no entanto, uma ânsia neles, uma ânsia de querer

Mas tudo é incerto, morte 

_______________________________

Portugal é, no presente, como o nevoeiro.

 

_______________________________

 

                                                                                         À vitória!

Só com citações do poema, completa esta análise de «Nevoeiro» (p. 133).

O poema inicia-se com uma imagem negativa de Portugal, que estará a «_________». Portugal surge personificado, marcado pela falta de identidade nacional (acentuada pelos quatro conetores copulativos em «__________») e por um estado de indefinição. A simbologia do título («_________») ajuda nesta caracterização depreciativa. Também boa parte do léxico da primeira estrofe remete para a opacidade, embora em contraste com a hipótese de uma luz («________», «_______», «________»).

Entretanto, surge o parêntese «______________», a assinalar a passagem para um clima menos cético. A oposição de caráter paradoxal «__________» relaciona-se com a linha ideológica que estrutura Mensagem: a simultaneidade da decadência de Portugal e a esperança do seu renascer. Dois pares de anáforas («_______», «_______»; «____», «____») intensificam a indefinição que envolve Portugal.

O apelo final («________») e a saudação em latim («________»), pelo tom exortativo que encerram revelam a crença na mudança de um Portugal que, no último verso da segunda estrofe, ainda surge mergulhado em «________».

Classifica as orações sublinhadas:

Ouvi dizer

(Ornatos Violeta)

Ouvi dizer | ________

Que o nosso amor acabou, | Subordinada ________________

Pois eu não tive a noção do seu fim. | Coordenada _____________

Pelo que eu já tentei,

Eu não vou vê-lo em mim,

Se eu não tive a noção | ______________

De ver nascer o homem.

 

E, ao que eu vejo, tudo foi para ti | Subordinada adverbial ___________

Uma estúpida canção que só eu ouvi, | Subordinada ____________

E eu fiquei com tanto para dar,

Que agora não vais achar nada bem | Subordinada adverbial __________

Que eu pague a conta em raiva.

 

E, pudesse eu pagar de outra forma, ... | Subordinada adverbial _________

E, pudesse eu pagar de outra forma, ...

E, pudesse eu pagar de outra forma, ...

 

Ouvi dizer

Que o mundo acaba amanhã. | Subordinada __________

Eu tinha tantos planos para depois,

Fui eu quem virou as páginas | Subordinada __________

Na pressa de chegar até nós

Sem tirar das palavras seu cruel sentido.

 

Sobre a razão estar cega

Resta-me apenas uma razão,

Um dia vais ser tu

E um homem como tu,

Como eu não fui.

Um dia vou-te ouvir dizer

 

E, pudesse eu pagar de outra forma, ...

E, pudesse eu…

 

Sei que um dia vais dizer...

 

E, pudesse eu pagar de outra forma, ...

E, pudesse eu…

 

A cidade está deserta | _____________

E alguém escreveu o teu nome em toda a parte, | Coordenada ________

Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas,

Em todo o lado essa palavra

Repetida ao expoente da loucura,

Ora amarga ora doce,

Para nos lembrar que o amor é uma doença, | Subordinada adverbial ________

Quando nele julgamos ver a nossa cura. | Subordinada adverbial _______:

TPC Vai lendo as páginas ensaísticas do manual em torno de Mensagem (por exemplo, as pp. 135-136). Na aula de sexta-feira, traz o livro ou livros que tens lido conforme combinado. Ser-te-á pedido, então, que referencies o que leste até agora, bem como alguma aplicação (exercício, resposta, etc.) em volta do livro, ou livros, em causa.

 

 

Aula 69 (14/jan [1.ª]) ou LXIX (15 [3.ª], 16/jan [4.ª]) Correção de questionário sobre «Famílias desavindas».

Vê estes grupos III — de provas de exames (nota, porém, que, nos últimos anos, nestes itens de grupo III, têm-se pedido ora textos de opinião, ora apreciações críticas):

GRUPO III (2019, 1.ª fase)

Se algumas pessoas consideram que o acesso rápido e livre à informação é uma mais-valia na sociedade atual, outras defendem que esta facilidade pode ter um impacto negativo, tanto em termos pessoais como sociais.

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a problemática apresentada.

No seu texto:

— explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;

— utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

GRUPO III (2019, 2.ª fase)

Tradicionalmente, a casa era o espaço de domínio feminino; por seu lado, o homem movia-se predominantemente num espaço exterior, fora de casa.

Será que, na atualidade, esta visão do mundo está já ultrapassada?

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.

No seu texto: [... {= ao anterior} ...]

GRUPO III (2018, 1.ª fase)

«Há palavras que nos beijam / Como se tivessem boca.»

Alexandre O’Neill, Poesias Completas, 4.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 2005, p. 64.

«São como um cristal, / as palavras. / Algumas, um punhal, / um incêndio.»

Eugénio de Andrade, Antologia Breve, 6.ª ed., Porto, Fundação Eugénio de Andrade, 1994, p. 35.

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o poder das palavras nas relações humanas.

No seu texto: [... {= ao anterior} ...]

GRUPO III (2018, 2.ª fase)

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre o impacto do progresso técnico na qualidade de vida do ser humano, no futuro.

No seu texto: [... {= ao anterior} ...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Aproveito uns exercícios sobre Coesão textual tirados da Nova Gramática didática de português (Carnaxide, Santillana, 2011), pp. 306-307, em que introduzi pouquíssimas reformulações:

1. Lê o texto e repara nas formas que dizem respeito aos «dinossauros». Em baixo, completa os itens, referindo qual é a relação entre aquelas formas e dinossauros, determinando ainda se o seu uso corresponde a um mecanismo de coesão lexical ou de coesão referencial.

Os Dinossauros

Em tempos, já houve a «mania dos dinossauros».

Então, toda a gente adorava esses monstros e não parava de dizer «— Que seres fantásticos!», que os peluches desses répteis eram «queridos», «fofinhos» e mais uma série de inutilidades.

Pergunto-me: o que é que se achou de tão espetacular nesses bichos? Eles são feios até dizer basta e, ainda por cima, estão extintos. Em vez de se adorar tais criaturas, porque não se olha para espécies em vias de extinção? Pensemos no Tamagochi, no Nenuco e em tantas outras coisas pelas quais muitas pessoas perderam a cabeça. Agora, estão esquecidos nos armários ou mesmo «extintos de brincadeiras». Os dinossauros foram pelo mesmo caminho...

Enfim, foram febres da nossa sociedade que já passaram e que deram muitos lucros, que é o que parece interessar!

a) «monstros» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão lexical;

b) «seres» — substituição por um ___________; mecanismo de coesão lexical;

c) «répteis» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão _________;

d) «bichos» — substituição por um ___________; mecanismo de coesão _________;

e) «eles» — pronominalização (uso de uma _________); mecanismo de coesão referencial;

f) Ø [estão extintos] — recurso a uma elipse; mecanismo de coesão ______________;

g) «criaturas» — substituição por um hiperónimo; mecanismo de coesão __________;

h) «dinossauros» — repetição; mecanismo de coesão __________.

2. Os pronomes destacados nas frases seguintes asseguram a sua coesão referencial. Diz a que se refere cada um dos pronomes.

a) O Jaime conhecia muito bem o Eleutério. Ele conhecia-o tão bem que lhe ofereceu um presente invulgar.

b) O rapaz viu a carrinha que estava estacionada à beira da estrada.

c) O Marcelino viu o Acácio no cinema e este disse-lhe que já tinha visto aquele filme.

d) O teu computador e o meu deviam ser substituídos.

e) Quaisquer que sejam as dúvidas, esclarecê-las-ei!

f) Gosto muito de ler Eça de Queirós. Tenho vários livros dele.

3. Assegura a coesão interfrásica dos enunciados seguintes, ligando as orações com os conectores adequados.

a) Fui cedo para a bilheteira. Consegui bilhete.

b) Eram oito horas. Ele chegou a casa.

c) Ele estava maldisposto. Comera uma salada russa.

d) Comi um bolo. Bebi um sumo.

e) Consegui marcar os bilhetes para o concerto na Casa da Música. Não arranjei lugares para Guimarães.

4. Seleciona do quadro abaixo os marcadores discursivos adequados para completar os enunciados que se seguem.

efetivamente | depois | antigamente | agora | primeiro | ou seja

a) ________ tomei o pequeno-almoço, _______ escovei os dentes.

b) ______ pensava que tudo era fácil, mas, ________, penso que é mais complicado.

c) Adoro citrinos, ______, laranjas, limões, limas. _______, são os meus frutos preferidos.

5. Conjuga os verbos entre parênteses por forma a assegurar a coesão temporo-aspetual.

a) Ontem não saí de casa. _____ (ficar) o dia inteiro a descansar e a trabalhar, porque _______ (ter) uma semana complicada. ______ (dormir), _______ (ver) televisão, _____ (ler) um pouco e _______ (estudar) bastante, exceto a porcaria do Português.

b) Um dia, ______ (visitar) a Islândia para _____ (assistir) a uma aurora boreal. É claro que _____ (haver) muito mais para ver.

E, por fim, uma tarefa sobre coerência textual (da Nova Gramática didática de português, Carnaxide, Santillana, 2011, p. 306):

Restabelece a coerência nos enunciados apresentados.

a) Deite a gelatina numa cama, de modo a ficar com cerca de 1 cm de descanso. Prepare a gelatina de morango de acordo com as instruções da perfumaria, mas utilizando apenas 1 dl de sopa a ferver e 2 dl de água fria.

b) Primeiro, entrei em casa da Etelvina; depois, cheguei lá.

c) Têm duas hipóteses: ou calam-se ou calam-se!

d) O dueto a solo foi fantástico!

e) D. Afonso Henriques foi o primeiro rei do Condado Portucalense.

f) Venci, vi e cheguei.

TPC — Revê ‘Mecanismos de coesão textual’ no manual (pp. 351-352). / Completa os parágrafos iniciados em aula.

 

 

Aula 70-71 (16 [3.ª], 17/jan [1.ª, 4.ª]) Correção de comentário sobre textos com famílias desavindas.

Os itens seguintes dizem respeito ao poema «Ulisses» — o terceiro de Mensagem —, na p. 113 do manual. Vai lendo o texto e escolhendo a melhor resposta. Não consultes outras páginas do manual.

 

No primeiro verso («O mito é o nada que é tudo») há

a) uma metonímia e uma metáfora.

b) uma metáfora e um oxímoro.

c) uma comparação e uma antítese.

d) um polissíndeto e uma aliteração.

 

O valor aspetual predominante em «O mito é o nada que é tudo» é o

a) perfetivo.

b) habitual.

c) imperfetivo.

d) genérico.

 

«que abre os céus» (v. 2) é oração subordinada

a) adjetiva relativa e modificador restritivo do nome.

b) substantiva completiva e complemento direto.

c) adverbial concessiva e modificador de frase.

d) adverbial temporal e modificador do grupo verbal.

 

Nos vv. 2-5, ilustra-se a relevância dos mitos através da alusão

a) ao Sol, que é mudo mas brilhante.

b) a Deus, nu mas vivo.

c) ao Céu.

d) a Cristo crucificado, a luz que a todos ilumina.

 

No primeiro verso da segunda estrofe, o deítico «Este» corresponde a

a) ‘o mito’.

b) ‘o mesmo sol que abre os céus’.

c) ‘Ulisses’.

d) ‘o corpo morto de Deus’.

 

«que aqui aportou» (v. 6) é oração subordinada

a) adjetiva relativa restritiva e modificador restritivo do nome.

b) adjetiva relativa explicativa e modificador apositivo do nome.

c) substantiva relativa e sujeito.

d) adjetiva relativa explicativa e complemento do nome.

 

Em «que aqui aportou» (v. 6) o valor aspetual predominante é

a) perfetivo.

b) habitual.

c) imperfetivo.

d) iterativo.

 

O advérbio «aqui» (v. 6) — um deítico — vale por

a) ‘Ítaca’.

b) ‘Troia’.

c) ‘Grécia’.

d) ‘Lisboa’.

 

«Foi por não ser existindo» (v. 7) deve ser um hipérbato de

a) ‘por não ser foi existindo’.

b) ‘foi sendo por não existir’.

c) ‘por não ser existindo foi’.

d) ‘não foi por ser existindo’.

 

«nos» (v. 8) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) complemento indireto.

c) sujeito.

d) complemento oblíquo.

 

«nos» (v. 10) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) complemento indireto.

c) sujeito.

d) complemento oblíquo.

 

Na última estrofe, defende-se que

a) a vida é mais importante do que o mito.

b) só há mito enquanto dura a vida.

c) só há vida enquanto dura o mito.

d) o mito permanece, mesmo quando a vida acaba.

 

Em «Assim a lenda se escorre» (v. 11) predominará o valor aspetual

a) perfetivo.

b) habitual.

c) imperfetivo.

d) iterativo.

 

O uso de «mito» (vv. 1 ou 3) e «lenda» (v. 11) constitui um mecanismo de coesão

a) frásica.

b) interfrásica.

c) lexical.

d) referencial.

 

«na realidade» (v. 12) desempenha a função sintática de

a) modificador de grupo verbal.

b) predicativo do complemento direto.

c) complemento oblíquo.

d) complemento do adjetivo.

 

«E» (v. 13) constitui um mecanismo de coesão

a) frásica.

b) interfrásica.

c) lexical.

d) temporo-aspetual.

 

O uso da anáfora «la» (v. 13) constitui um mecanismo de coesão

a) frásica.

b) interfrásica.

c) lexical.

d) referencial.

 

Segundo os vv. 11-13, «[a lenda fecunda a realidade]», o que deve significar que

a) o mito faz amor com a realidade.

b) Ulisses é um grande maroto e Penélope não merecia isto.

c) a lenda f... a realidade, isto é, estraga a realidade, impede a realidade.

d) o mito dá novo sentido à realidade.

 

«Em baixo» (v. 14) desempenha a função sintática de

a) modificador de frase.

b) sujeito.

c) modificador de grupo verbal.

d) complemento oblíquo.

 

«metade / De nada» (vv. 14-15), quanto à função sintática, é

a) predicativo do sujeito.

b) predicativo do complemento direto.

c) modificador apositivo do nome.

d) modificador restritivo do nome.

 

Em cada quintilha, o último verso e os quatro primeiros têm, respetivamente,

[não percas tempo com os vv. 1 e 3 da primeira estrofe, que são mais discutíveis]

a) cinco e oito sílabas métricas.

b) quatro e sete sílabas métricas.

c) cinco e sete sílabas métricas.

d) quatro e oito sílabas métricas.

 

Nas linhas a seguir escreve a referência do(s) livro(s) já lido(s) este ano letivo ou cuja leitura esteja em curso. Se não tiveres lido o livro todo, especifica onde estás (por ex: até à p. 125/200 [isto é, até à p. 125 de um livro que tem duzentas páginas]). A referência pode incluir apenas Autor, Título, Editora. (Nota que, se se estivéssemos a escrever para outros efeitos, a referência bibliográfica teria de ser mais completa, com indicação de número de edição, cidade, ano, talvez tradutor, ...)

(A ideia é entregarem-me a folha e ir-se já pensando em novas leituras. A folha passará a ser usada para estes registos ou para lhes pedir alguma aplicação acerca dos livros lidos.)

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Resolve os itens da p. 114:

1. Identifica a frase que integra uma oração subordinada substantiva relativa.

(A) Quem fundou lendariamente a capital portuguesa?

(B) Ulisses é associado ao mito que explica a origem de Lisboa.

(C) A lenda é aceite por quem lhe reconhece valor.

(D) O herói da Odisseia fundou uma cidade no local onde atualmente se situa Lisboa.

 

2. A oração subordinada presente na frase «O poema desenvolve a ideia de que o mito pode explicar a realidade.» é

(A) substantiva completiva.

(B) substantiva relativa.

(C) adjetiva relativa explicativa.

(D) adjetiva relativa restritiva.

 

3.1. Classifica as orações que se seguem e refere a função sintática que desempenham.

a. «que as figuras de que vai ocupar-se, os heróis fundadores, tenham tido ou não existência histórica»

_____________ | sujeito.

b. «de que vai ocupar-se»

_____________ | modificador restritivo do nome.

c. «que [...] é tudo»

subordinada adjetiva relativa explicativa | ____________.

d. «que se seguem»

____________.

Adaline, de A idade de Adaline (cfr. p. 71), ficou imune à passagem do tempo. Na série Ministério do tempo (p. 108) vimos detetives a viajar no tempo para impedirem crimes. Escreve, a tinta, uma exposição em que aludas ao modo como o tempo é tratado nos vários heterónimos de Pessoa, no ortónimo e em Mensagem.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Vai continuando leituras (de livros; de textos ensaísticos no manual). Em termos de gramática, estudar classificação de orações, funções sintáticas, valores aspetuais e modais, tipos de coesão, formação de palavras, atos de fala, deíticos, ...

 

 

Aula 72-73 (20 [3.ª, aula abreviada, tendo o resto já sido feito há tempos ou sendo diluído em próximas aulas], 21 [4.ª], 23/jan [1.ª]) Correção de questionário de compreensão escrita sobre «Ulisses». Sobre Ulisses nos Lusíadas.

Lê o poema «Liberdade», de Fernando Pessoa, na p. 36 do manual. Responde ou escolhe a(s) alínea(s) certa(s).

Relanceando todo poema (e sobretudo as estrofes dos vv. 1-13 e 20-23), fica-se com a ideia de que defende {podes escolher mais do que uma alínea}

a) que há coisas mais importantes do que o trabalho intelectual.

b) a natureza, a ingenuidade, a vida simples.

c) que o trabalho dos intelectuais é importante.

d) a preguiça.

Percebe-se que os autores do manual, ao porem este texto de Pessoa a seguir a «Andorinhas», canção de Ana Moura, acharam que o poema {circunda a alínea certa}

a) defendia que não se deve ler com sacrifício.

b) se opunha ao sentido da canção.

c) falava da importância de se ler.

d) falava da natureza, como a canção.

«Livros são papéis pintados com tinta» (v. 14) pretende significar que {circunda a alínea certa}

a) os livros não são assim tão importantes.

b) os livros são fundamentais para o espírito.

c) os livros são baratos.

d) os livros são obras de arte.

No entanto, a intenção de Fernando Pessoa não era bem a que julgam os autores de Letras em dia. Vejamos como tudo se passou.

Este poema foi escrito a 16 de março de 1935. Em finais de fevereiro, Salazar — que começara por ser ministro das Finanças mas era agora chefe do governo — fizera um discurso em que dizia como os escritores se deviam comportar relativamente à política. Salazar desvalorizava a escrita e a leitura, concluindo com uma citação do escritor latino Séneca:

«Mas virá algum mal ao Mundo de se escrever menos, se se escrever e, sobretudo, se se ler melhor? Relembro a frase de Séneca: “em estantes altas até ao tecto, adornam o aposento do preguiçoso todos os arrazoados e crónicas”».

Ora, a frase «em estantes altas até ao tecto, adornam o aposento do preguiçoso todos os arrazoados [discursos] e crónicas» quer dizer que {circunda a alínea certa}

a) os livros são importantes.

b) os aposentos dos preguiçosos estão bem decorados.

c) deve ter-se muitos livros em casa.

d) os livros são coisa de preguiçosos.

Pessoa tencionava pôr no poema a mesma frase de Séneca (vê aqui o que estava no texto que Pessoa escreveu à máquina). Não o chegou a fazer, porque o poema não foi logo publicado, já que a censura não deixou, e porque o próprio poeta morreria nesse ano de 1935:



Sabendo isto — que era para aparecer no início do poema a frase de Séneca — e que Pessoa estava contra Salazar, percebemos que a verdadeira a intenção do poema «Liberdade» era afinal {circunda a alínea certa}

a) defender que há coisas mais importantes do que o trabalho intelectual.

b) defender a natureza, a ingenuidade, a vida simples.

c) troçar da posição de Salazar e defender que o trabalho dos intelectuais é importante.

d) defender a preguiça.

Na última estrofe está o que permitiu ao censor perceber que o poema era anti-salazarista e, por isso, impedir a sua publicação. A palavra dessa última estrofe que o censor identificou como alusão a Salazar terá sido ____________.

Repara agora no v. 21. É um verso que ficou célebre e que hoje todos repetimos sem nos lembrarmos de que veio deste texto. No entanto, o que Fernando Pessoa escreveu não foi exatamente o que as pessoas repetem, que costuma ser

«O melhor do mundo são as crianças.»,

mas

«Mas o melhor do mundo são crianças, / Flores, música, o luar, e o sol [...]»

A diferença de sentido das duas versões é que na verdadeira, a que Pessoa escreveu mesmo, {circunda a alínea correta}

a) «crianças» tem menos importância, por faltar o determinante «as» e, assim, ficarem as crianças no mesmo plano que «flores» e «música».

b) «crianças» tem mais importância.

 

Mais uns exercícios tirados de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda, Patrícia Nunes, Caderno de Atividades. Português. 12.º ano, Carnaxide, Santillana, 2012.

Assinala a hipótese correta em cada item:

Na frase «Limpámos a casa, arrumámos os quartos e fizemos o jantar.», a oração destacada classifica-se como...

oração coordenada assindética. || oração coordenada copulativa. || oração coordenada disjuntiva. || oração coordenada conclusiva.

Na frase «Choveu tanto que o telhado da casa abateu.», a oração destacada classifica-se como...

oração subordinada substantiva completiva. || oração subordinada adjetiva relativa restritiva. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial consecutiva.

Na frase «Caso o projeto seja aprovado, iniciaremos o trabalho no próximo mês.», a oração destacada classifica-se como...

oração subordinada adverbial consecutiva. || oração subordinada adverbial concessiva. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial condicional.

Na frase «Os animais que nasceram recentemente no Jardim Zoológico atraíram muitos visitantes.», a oração destacada classifica-se como...

oração subordinante. || oração subordinada adjetiva relativa restritiva. || oração subordinada adjetiva relativa explicativa. || oração coordenada.

Na frase «Ele fala melhor do que escreve.», a oração destacada classifica-se como...

oração subordinada substantiva completiva. || oração subordinada adverbial concessiva. || oração subordinada adverbial consecutiva. || oração subordinada adverbial comparativa.

Na frase «Enquanto víamos o filme, comíamos pipocas.», a oração destacada dassifica-se como...

oração subordinante. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial temporal. || oração subordinada adverbial concessiva.

Na frase «Este quadro é o mais bonito, portanto vou levá-lo.», a oração destacada classifica-se como...

oração coordenada explicativa. || oração subordinada adverbial causal. || oração subordinada adverbial consecutiva. || oração coordenada conclusiva.

Na frase «O livro cujo autor foi premiado está à venda nesta livraria.», a oração destacada classifica-se como...

oração subordinada adjetiva relativa explicativa. || oração subordinada adjetiva relativa restritiva. || oração subordinada substantiva relativa. || oração subordinada substantiva completiva.

Delimita e classifica as orações das frases que se seguem.

Dado que a exposição é muito interessante, amanhã visitaremos o museu.

__________________________________

Ele considera que este texto é muito atual.

__________________________________

Ele deparou com vários obstáculos ao longo do caminho, contudo nunca desistiu.

__________________________________

Embora não o conheça pessoalmente, julgo que é um bom profissional.

__________________________________

A ginasta esforçou-se tanto que conseguiu vencer a prova.

__________________________________

Assim que a campainha tocou, abri a porta.

__________________________________

Entrei no carro, pus a chave na ignição e liguei os faróis.

__________________________________

A professora deu instruções detalhadas, a fim de que os alunos não tivessem dúvidas na realização do trabalho.

__________________________________

 

Do Caderno de Atividades. Português. 11.º ano (Carnaxide, Santillana, 2011):

Liga as afirmações da coluna A às hipóteses da coluna B que lhes correspondam:

 

Vai até à p. 115, para leres «D. Dinis». Lembro que D. Dinis foi importante trovador — autor de cantigas de amigo e cantigas de amor — e também é conhecido por ter mandado plantar o pinhal de Leiria. Teve os cognomes de «O Lavrador» e «Rei-Poeta».

Mostra como em Mensagem se traça o perfil de D. Dinis, indicando três características do retrato que aí é feito do rei. Fundamenta essas características com citações pertinentes.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Prepara leitura em voz alta (expressiva) destes três sonetos de Pessoa/Campos: (i) o com o teu número de pauta, (ii) o com número anterior ao teu [se o teu número for 1, prepararás o soneto 28], (iii) o com o número seguinte ao teu [se fores o 28, prepararás o soneto 1].

 

 

Aula 74 (21 [1.ª (na verdade, neste tempo da turma 1.ª, optou-se por antecipar o que figura em parte da aula 72-73: correção de questionário, «Liberdade»)], 22 [3.ª], 23/jan [4.ª]) Correção de trabalho anterior.

Do Caderno do Aluno do manual Plural. 12.º ano (Lisboa, Lisboa editora, s.d.; [não é o nosso]):

As frases que seguem apresentam incorreções, não são coesas. Lê-as e estabelece com as afirmações 1-10 as correspondências que explicam o erro gramatical que lhes retira coesão. Transforma as frases em frases coesas.

A. Os jovens gostam de ler livros nas férias de aventuras.

_____________________________________________

B. Os Lusíadas é o nome da epopeia que escreveu Camões.

______________________________________________

C. Se ele escrevesse outras epopeias também a leríamos.

____________________________________________

D. Quem escreveu Os Lusíadas é Luís de Camões.

_______________________________________

E. A obra de Luís de Camões e de Fernando Pessoa existe na biblioteca.

_________________________________________________________

F. A Mensagem de Fernando Pessoa é um livro que eu gosto.

_______________________________________________

G. Fernando Pessoa respondeu para Mário de Sá-Carneiro numa breve carta.

____________________________________________________________

H. A Mensagem é uma obra-prima, mas é um grande livro.

_____________________________________________

I. Ele sempre utilizou.

_________________

J. Devido aos seus problemas, a Diocleciana esteve sempre sobre observação.

______________________________________________________

1. O conector utilizado estabelece uma relação não adequada entre as duas frases.

2. O sujeito deve preceder o verbo.

3. O verbo gostar rege a preposição «de».

4. O verbo da frase não rege a preposição utilizada.

5. Os elementos da frase não estão corretamente ordenados.

6. O tempo verbal utilizado não deve ser o presente.

7. Uso incorreto da preposição.

8. Falta o complemento direto, uma vez que o verbo é transitivo.

9. Não há concordância entre o pronome e o nome.

10. Não há concordância entre o sujeito e o predicado

A maioria das frases transcritas em baixo apresenta problemas de sintaxe (haverá também frases incoerentes). Tenta perceber o erro gramatical que impede a sua coesão (ou, em um ou dois casos, falta de coerência) e transforma-as em frases corretas.

Tratam-se, de uma maneira geral, de apartamentos lindíssimos.

______________________________

Ainda existe muitas pessoas que precisam de casa.

______________________________

No futuro haverão muitas casas tão boas como essas.

______________________________

Fazem dez anos que mudei para a casa onde vivo.

______________________________

Em Portugal precisam-se muito de casas novas.

______________________________

A casa é muito boa, porém gostei bastante dela.

______________________________

Em todas as casas há excelentes roupeiros, por conseguinte o Filipe não comprou nenhuma.

______________________________

Eu perguntei a ele se queria ser meu namorado.

______________________________

Vai até à p. 115 e vai lendo o poema «D. Dinis». Lembro que D. Dinis foi importante trovador — autor de cantigas de amigo e cantigas de amor — e também é conhecido por ter mandado plantar o pinhal de Leiria. Teve os cognomes de «O Lavrador» e «Rei-Poeta».

Mostra como em Mensagem se traça o perfil de D. Dinis, indicando três características do retrato que aí é feito do rei. Fundamenta essas características com citações pertinentes.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Relanceia artigo «O melhor do mundo não são as crianças».

 

 

Aula 75-76 (23 [3.ª], 24/jan [1.ª, 4.ª]) Correções de resposta sobre «D. Dinis». Audição de exposição sobre o sebastianismo em Mensagem.

Na p. 119, lê «D. Sebastião, Rei de Portugal», o primeiro de quatro poemas de Mensagem, de Fernando Pessoa, dedicados a D. Sebastião. Só este, porém, está ainda na 1.ª parte (portanto, em «Brasão», de que é a quinta «Quina»). Os outros três poemas sobre Sebastião ficam já na 3.ª parte («D. Sebastião», «O Desejado», «O Encoberto»).

Completa só com formas verbais esta análise do poema (de uma edição cuja consulta aconselho vivamente — está aliás indecentemente copiada no blogue na íntegra — e que tem ao lado de cada poema uma sua explicação: Fernando Pessoa, Mensagem, edição especial comemorativa do 75.º aniversário da morte de Fernando Pessoa, comentada por Auxília Ramos e Zaida Braga, Vila Nova de Famalicão, Centro Atlântico, 2010):

_________-se como um louco, porque quis uma grandeza aparentemente indevida — «Qual a Sorte a não dá» —, D. Sebastião admite com orgulho essa loucura e _________ a ideia de que nem a morte a extinguiu ou poderá extinguir. O «ser que houve», esse _________ nos areais de Alcácer Quibir, o «ser que há», esse não é perecível, porque o sonho também o não é.

Indo mais além neste discurso de «elogio da loucura», D. Sebastião _________ aqueles que o ouvem a herdarem a sua loucura. Trata-se de uma espécie de apelo à continuidade do seu sonho de grandeza.

Num remate de natureza tanto reflexiva como desafiadora, o poeta ________-se sobre o que ________ o homem dos restantes animais: é o sonho que permite que o homem seja mais que um «Cadáver adiado». É o sonho que eleva o homem e o faz ________ a própria morte. D. Sebastião surge, então, como, uma espécie de Messias que ________ a boa nova da salvação.

Faz corresponder cada segmento de A a um único segmento de B, de modo a obteres uma afirmação adequada: a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___.



Lê o texto que se segue, sobre ‘loucura’, um excerto de editorial de Sofia Barrocas (que fui buscar ao manual Expressões, 12.º ano, como fiz com o exercício anterior):

A loucura aterroriza-nos e fascina-nos. Sentimos um medo indisfarçável de um dia atravessarmos a fronteira — às vezes tão ténue — que nos separa daquilo a que chamamos «o mundo real», onde vivemos de acordo com as normas de um mal definido conceito de «normalidade», e mergulharmos nessa realidade distorcida (achamos nós) a que optámos por chamar loucura. E no entanto... quando olhamos os «nossos loucos» com um misto de comiseração, respeito e fascínio não podemos por vezes deixar de pensar se os loucos não seremos nós, se não serão «eles» que estão certos, ao escudarem-se numa realidade só deles [...]. São personagens intrigantes, fascinantes, desconcertantes, acarinhadas [... ] como símbolos vivos de alguma coisa que não sabemos definir bem. Vale a pena conhecê-los. Quanto mais não seja pelas questões que nos obrigam a pôr aos nossos «eus» mais escondidos.

Sofia Barrocas, «Nota de abertura», Notícias Magazine, n.° 934, 18 de abril de 2010

Verifica se o entendimento da loucura expresso no poema de Pessoa coincide, total ou parcialmente, com o apresentado no trecho do editorial.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vai dando um relance aos outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp. 71, 74 e 76 da edição de Mensagem que estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71; e p. 128 do manual), para depois responderes a um item.

Leituras em voz alta de sonetos de Fernando Pessoa

 

Leitor

Primeiro verso do soneto

Eu

Mestre

1

 

Meu coração é um almirante louco

 

 

2

 

Quando olho para mim não me percebo.

 

 

3

 

A praça da Figueira de manhã,

 

 

4

 

Todo o passado me parece incrível.

 

 

5

 

Olha, Daisy, quando eu morrer tu hás de

 

 

6

 

Sou vil, sou reles, como toda a gente,

 

 

7

 

Deuses, forças, almas de ciência ou fé,

 

 

8

 

Corre, raio de rio, e leva ao mar

 

 

9

 

Eu olho com saudade esse futuro

 

 

10

 

Não há verdade inteiramente falsa

 

 

11

 

Quem me roubou a minha dor antiga,

 

 

12

 

Quem me roubou quem nunca fui e a vida?

 

 

13

 

Depois que o som da terra, que é não tê-lo,

 

 

14

 

Por mais que tente, não me desembrulho.

 

 

15

 

A criança que fui chora na estrada.

 

 

16

 

Sossego enfim. Meu coração deserto

 

 

17

 

Deixei de ser aquele que esperava,

 

 

18

 

Meu coração é um pórtico partido

 

 

19

 

Dia a dia mudamos para quem

 

 

20

 

Qualquer coisa de obscuro permanece

 

 

21

 

Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,

 

 

22

 

Se acaso, alheado até do que sonhei,

 

 

23

 

Sonhei — quem não sonhara? — porque a tarde

 

 

24

 

Há quanto tempo não escrevo um soneto

 

 

25

 

A minha vida é um barco abandonado,

 

 

26

 

No alto da tua sombra, a prumo sobre

 

 

27

 

Súbita mão de algum fantasma oculto

 

 

28

 

O silêncio é teu gémeo no Infinito.

 

 

TPC — Prepara recitação (declamação de cor) do soneto de Pessoa que corresponde ao teu número de pauta + 2 (assim, se és o n.º 1, decorarás o soneto 3; se és o n.º 27, decorarás o soneto 1; se és o 28, memorizarás o soneto 2). Não te contentes apenas com memorizar: convém que saibas o poema de cor mas também que sejas capaz de o recitar com a expressividade apropriada.

 

 

Aula 77-78 (27 [3.ª], 28 [4.ª], 28 e 30 [1.ª]) Lê «A Mensagem de Pessoa» (pp. 122-123), uma crónica de João Marecos.

A perspetiva da professora da atual secundária Vergílio Ferreira é semelhante à defendida pelo sujeito poético do poema «D. Sebastião, Rei de Portugal», que lemos na última aula (na p. 119), e à do texto de psicóloga também lido então? {Sim / Não}

Se ainda não o fizeras, dá um relance aos outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp. 71, 74 e 76 da edição de Mensagem que estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71; e p. 128 do manual), para depois preencheres o que se segue aqui em baixo.

Já depois de lido «D. Sebastião» (p. 128 do manual) — primeiro texto da 3.ª parte de Mensagem ( ‘O Encoberto’) e primeiro também de «Os Símbolos») —, completa a síntese a seguir, usando só preposições (não contraídas com determinantes) e conjunções.

D. Sebastião adquire ____ Mensagem um valor simbólico que ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da determinação ___ da coragem que ele corporiza que funcionam _____ mito inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a realidade»: «É Esse que regressarei».

O Sebastianismo ___ Mensagem não se liga, pois, ao caso específico ____ concreto de D. Sebastião, que não poderá, obviamente, voltar, _____ à ideologia que lhe está subjacente. ______ do «ser que houve» ___ que ficou no «areal» ______ a «morte», regressará a força inspiradora _____ D. Sebastião necessária ao ressurgimento anímico da nação.

No poema de Fernando Pessoa, D. Sebastião é o protótipo da loucura.

«Todos os homens são doidos e, apesar das precauções, só diferem entre si em virtude das proporções. Este mundo está cheio de loucos e quem não os queira ver deve fechar-se e partir o espelho.»

Nicolas Boileau

Partindo da citação de Nicolas Boileau, redige um texto de opinião, com um mínimo de [...] e um máximo de [...] palavras, no qual apresentes uma reflexão sobre a loucura. Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

«Os loucos estão certos / É preciso ouvi-los» (Diabo na Cruz)

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre as vantagens que a loucura nos pode trazer. [Fazer só o parágrafo de introdução e o parágrafo com primeiro argumento e respetivo(s) exemplo(s).]

[Introdução, que seria o 1.º parágrafo do texto de opinião]

Para os «Diabo na cruz», os loucos têm lições a dar-nos, a loucura seria positiva, vantajosa. Com efeito, ... / E, no entanto, ...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Recitações de sonetos de Pessoa

 

Recitador

Primeiro verso do soneto

Eu

Mestre

1

 

Meu coração é um almirante louco

 

 

2

 

Quando olho para mim não me percebo.

 

 

3

 

A praça da Figueira de manhã,

 

 

4

 

Todo o passado me parece incrível.

 

 

5

 

Olha, Daisy, quando eu morrer tu hás de

 

 

6

 

Sou vil, sou reles, como toda a gente,

 

 

7

 

Deuses, forças, almas de ciência ou fé,

 

 

8

 

Corre, raio de rio, e leva ao mar

 

 

9

 

Eu olho com saudade esse futuro

 

 

10

 

Não há verdade inteiramente falsa

 

 

11

 

Quem me roubou a minha dor antiga,

 

 

12

 

Quem me roubou quem nunca fui e a vida?

 

 

13

 

Depois que o som da terra, que é não tê-lo,

 

 

14

 

Por mais que tente, não me desembrulho.

 

 

15

 

A criança que fui chora na estrada.

 

 

16

 

Sossego enfim. Meu coração deserto

 

 

17

 

Deixei de ser aquele que esperava,

 

 

18

 

Meu coração é um pórtico partido

 

 

19

 

Dia a dia mudamos para quem

 

 

20

 

Qualquer coisa de obscuro permanece

 

 

21

 

Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,

 

 

22

 

Se acaso, alheado até do que sonhei,

 

 

23

 

Sonhei — quem não sonhara? — porque a tarde

 

 

24

 

Há quanto tempo não escrevo um soneto

 

 

25

 

A minha vida é um barco abandonado,

 

 

26

 

No alto da tua sombra, a prumo sobre

 

 

27

 

Súbita mão de algum fantasma oculto

 

 

28

 

O silêncio é teu gémeo no Infinito.

 

 

Classifica as orações sublinhadas:

Recomeço (Marco Rodrigues, Áurea)

Hoje, começo a vida outra vez, | ____________________
O tempo cura o que a saudade desfez. | ____________________
Pergunto ao velho destino: «Quem eu sou?»
Descubro o novo caminho por onde vou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de encontrar
No vento, que sopra e me guia, | ____________________
Minha alma vazia e sei

Que, um dia, vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um. | ____________________

Sigo na onda de esperança,
Que dança e eleva o desejo de te encontrar, | ____________________
P’ra de dois sermos só um, só um.

 

Sinto que eu já te conheci | ____________________
De um sonho que, outrora, vivi, | ____________________
Um estranho momento perfeito, | ____________________
Em que tudo parou | ____________________
Feito de um poema desfeito | ____________________
Que o tempo rasgou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de mudar. | ____________________
Fujo da nuvem sombria,
Vejo a luz que me guia e sei

 

Que um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um.

 

Sigo na onda de esperança | ____________________
Que dança e eleva o desejo de te encontrar,
P’ra de dois sermos só um, só um, só um,
P’ra de dois sermos só um, só um.

 

Que um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um, só um.

TPC — Revê gramática (sobretudo, classificação de orações; logo a seguir, funções sintáticas).

 

 

Aula 79 (28 [1.ª], 29 [3.ª], 30/jan [4.ª]) [na turma 1.ª, neste dia deu-se a primeira parte da aula 77-78; e o que se enuncia a seguir será dado na 1.ª parte da aula do dia 30 da turma em causa, ou seja, na aula 77-78]) Correções de texto argumentativo sobre «Os loucos estão certos».

Questionários de gramática (orações e funções sintáticas):

Versão com bombeiro Duda a ficar com o barco que está no quintal

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Os aparelhos microcic da AudiçãoAtiva são tão pequenos que António Sala não quer outra coisa.

 

O bombeiro Dudu gostaria de ficar com a embarcação que está no quintal de Marco Paulo.

 

O companheiro da assassina do gelo seco, que morava em Benfica, não tem medo da mulher.

 

Depois de Maria Cerqueira Gomes, é Carolina Patrocínio quem chega agora à Prime Video.

 

A estudante foi levada para o hospital para que se recolhessem indícios da violação.

 

Catarina Martins tanto gosta de ouvir discutir os jogos do Benfica em Bruxelas como gosta do críquete e do caril na Mouraria.

 

Desde que ele instalou o elevador Levita, sente-se muito mais feliz.

 

A advogada do bombeiro diz que Dudu dá valor afetivo aos bens de Marco Paulo.

 

Os jornalistas perguntaram a Lage se se demitia.

 

Vamos tentar novamente mas, desta vez, vamos tentar bem.

 

Ruben Amorim quebrou regra após jogos, dado que mostrou toda a sua fúria ao plantel por mais uma derrota com o Brighton, e ainda partiu uma TV.

 

Ainda que Amorim fizesse quarenta anos, a equipa cumpriu os treinos habituais.

 

Fábio Coentrão foi encontrado com uma tonelada de santolas e ameaçou os jornalistas.

 

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

A publicação dos poemas de Pessoa foi sobretudo póstuma.

 

A Lídia que Ricardo Reis refere não é a escritora Lídia Jorge.

 

D. Dinis, cujo retrato foi cientificamente criado, morreu há setecentos anos.

 

Logo à noite o Benfica entra no estádio da Juventus.

 

Os argentinos consideram Milei a melhor opção.

 

A tua prova deixou-me orgulhoso.

 

Ângelo Rodrigues, que enfrentou uma infeção generalizada em 2017, já se meteu noutra.

 

Versão com António Ferro a criar prémio especial

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Como Pessoa não vencera o prémio Antero de Quental, António Ferro criou um prémio especial.

 

Embora os resultados de Amorim sejam fracotes, os adeptos parecem gostar dele.

 

Em entrevista ao ex-bola de ouro Romário, Neymar lembrou a vez em que Jorge Jesus lhe tentou ensinar a bater pénaltis e não conteve os risos.

 

Érica Postiço, ex-trabalhadora do Bloco de Esquerda, diz ter sido despedida em 2022 quando amamentava.

 

Uma estudante italiana diz que foi violada na zona do Martim Moniz.

 

Ignoro se o amanhã trará coisas boas.

 

Miúdo da Noruega é quem carrega.

 

Baldoni nega as acusações de assédio sexual de Lively e acusa o casal de estrelas de usar o seu poder para lhe destruir carreira.

 

Gostei mais do furação Hermínia do que simpatizei com a tempestade Ivo.

 

O Cristian faz anos, mas também tem de resolver o questionário de gramática.

 

Amo-te tanto que te odeio.

 

Temos estado a estudar o único livro que Pessoa publicou em português.

 

O bombeiro Dudu, que herdou um décimo da fortuna de Marco Paulo, homenageou o artista no dia em que este, se fosse vivo, faria 80 anos.

 

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

Não gosto de Ricardo Reis como gosto de Campos.

 

Os socialistas nomearam Alexandra Leitão candidata à Câmara de Lisboa.

 

As redes sociais consideram-te um cobarde.

 

Quero ir ver a exposição sobre Alexandre O’Neill que está na Biblioteca Nacional.

 

Não acredito muito na planificação de redações, exceto para textos argumentativos.

 

Temos estado a estudar o único livro que Pessoa publicou em português.

 

Pessoa, que foi os quatro melhores poetas portugueses do século XX, morreu há quase noventa anos.

 

Versão com avançado dos gansos

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Depois que Duplexe Tchamba colocou a bola no avançado dos gansos, que marcou o terceiro golo dos casapianos, Rui Costa levantou-se e saiu.

 

Quem conheço com o nome Ivo são excelentes amigos que não são tempestades.

 

GrillMaxx é tão versátil que até faz deliciosas panquecas.

 

O polémico áudio que vazou nas redes sociais é um bocado ordinário.

 

Ângelo Rodrigues viajou para o México a fim de experimentar cogumelos mágicos.

 

Os poemas ingleses de Pessoa são mais convencionais do que são os seus textos em português.

 

A estudante alemã, em Erasmus no Monte de Caparica, afogou-se, mas só populares perceberam a situação.

 

Uma vez que Pessoa bebia muito, supôs-se erradamente ter tido uma cirrose.

 

Muitos alunos recitaram bem, apesar de que não eram fáceis os sonetos de Pessoa.

 

O Cristian faz hoje anos e vai ser sempre feliz.

 

Desde que cá cheguei, falamos sempre dos tempos de Sir Alex [Ferguson].

 

O meu filho fala comigo sempre aos berros porque não sabe que eu já comprei o maravilhoso Power ear.

 

Perguntaram a Rui Costa se o treinador tinha o lugar em risco.

 

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

Alberto Caeiro, que é percecionado como um pastor, seria o mestre de heterónimos e de ortónimo.

 

Os italianos já regressaram a Bolonha.

 

Os jornalistas elegeram Vítor Bruno treinador do mês.

 

Os professores acharam-nos desinteressados.

 

Ainda teremos de rever a lírica de Camões, que terá nascido há quinhentos anos.

 

A divulgação do áudio melindrou os dirigentes do Benfica.

 

Em aula li o soneto que tu me aconselhaste.

 

 

 

Aula 80-81 (30 [3.ª], 31/jan [1.ª, 4.ª]) Correção de questionário de gramática (usando-se apenas a versão da turma 3.ª).

Soluções

Versão com bombeiro Dudu a querer barco que está no quintal

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Os aparelhos microcic da AudiçãoAtiva são tão pequenos que António Sala não quer outra coisa.

subordinada adverbial consecutiva

O bombeiro Dudu gostaria de ficar com a embarcação que está no quintal de Marco Paulo.

subordinada adjetiva relativa restritiva

O companheiro da assassina do gelo seco, que morava em Benfica, não tem medo da mulher.

subordinada adjetiva relativa explicativa

Depois de Maria Cerqueira Gomes, é Carolina Patrocínio quem chega agora à Prime Video.

subordinada substantiva relativa

A estudante foi levada para o hospital para que se recolhessem indícios da violação.

subordinada adverbial final

Catarina Martins tanto gosta de ouvir discutir os jogos do Benfica em Bruxelas como gosta do críquete e do caril na Mouraria.

subordinada adverbial comparativa

Desde que ele instalou o elevador Levita, sente-se muito mais feliz.

subordinada adverbial temporal

A advogada do bombeiro diz que Dudu dá valor afetivo aos bens de Marco Paulo.

subordinada substantiva completiva

Os jornalistas perguntaram a Lage se se demitia.

subordinada substantiva completiva

Vamos tentar novamente mas, desta vez, vamos tentar bem.

coordenada adversativa

Ruben Amorim quebrou regra após jogos, dado que mostrou toda a sua fúria ao plantel por mais uma derrota com o Brighton, e ainda partiu uma TV.

subordinada adverbial causal

Ainda que Amorim fizesse quarenta anos, a equipa cumpriu os treinos habituais.

subordinada adverbial concessiva

Fábio Coentrão foi encontrado com uma tonelada de santolas e ameaçou os jornalistas.

coordenada copulativa

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

A publicação dos poemas de Pessoa foi sobretudo póstuma.

complemento do nome

A Lídia que Ricardo Reis refere não é a escritora Lídia Jorge.

complemento direto

D. Dinis, cujo retrato foi cientificamente criado, morreu há setecentos anos.

modificador apositivo do nome

Logo à noite o Benfica entra no estádio da Juventus.

complemento oblíquo

Os argentinos consideram Milei a melhor opção.

predicativo do complemento direto

A tua prova deixou-me orgulhoso.

complemento direto

Ângelo Rodrigues, que enfrentou uma infeção generalizada em 2017, já se meteu noutra.

sujeito

Versão com António Ferro a criar prémio especial

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Como Pessoa não vencera o prémio Antero de Quental, António Ferro criou um prémio especial.

subordinada adverbial causal

Embora os resultados de Amorim sejam fracotes, os adeptos parecem gostar dele.

subordinada adverbial concessiva

Em entrevista ao ex-bola de ouro Romário, Neymar lembrou a vez em que Jorge Jesus lhe tentou ensinar a bater pénaltis e não conteve os risos.

coordenada copulativa

Érica Postiço, ex-trabalhadora do Bloco de Esquerda, diz ter sido despedida em 2022 quando amamentava.

subordinada adverbial temporal

Uma estudante italiana diz que foi violada na zona do Martim Moniz.

subordinada substantiva completiva

Ignoro se o amanhã trará coisas boas.

subordinada substantiva completiva

Miúdo da Noruega é quem carrega.

subordinada substantiva relativa

Baldoni nega as acusações de assédio sexual de Lively e acusa o casal de estrelas de usar o seu poder para lhe destruir carreira.

subordinada adverbial final

Gostei mais do furação Hermínia do que simpatizei com a tempestade Ivo.

subordinada adverbial comparativa

O Cristian faz anos, mas também tem de resolver o questionário de gramática.

coordenada adversativa

Amo-te tanto que te odeio.

subordinada adverbial consecutiva

Temos estado a estudar o único livro que Pessoa publicou em português.

subordinada adjetiva relativa restritiva

O bombeiro Dudu, que herdou um décimo da fortuna de Marco Paulo, homenageou o artista no dia em que este, se fosse vivo, faria 80 anos.

subordinada adjetiva relativa explicativa

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

Não gosto de Ricardo Reis como gosto de Campos.

complemento oblíquo

Os socialistas nomearam Alexandra Leitão candidata à Câmara de Lisboa.

predicativo do complemento direto

As redes sociais consideram-te um cobarde.

complemento direto

Quero ir ver a exposição sobre Alexandre O’Neill que está na Biblioteca Nacional.

sujeito

Não acredito muito na planificação de redações, exceto para textos argumentativos.

complemento do nome

Temos estado a estudar o único livro que Pessoa publicou em português.

complemento direto

Pessoa, que foi os quatro melhores poetas portugueses do século XX, morreu há quase noventa anos.

modificador apositivo do nome

Versão com avançado dos gansos

               Classifica as orações sublinhadas (escusas de escrever «oração»):

Depois que Duplexe Tchamba colocou a bola no avançado dos gansos, que marcou o terceiro golo dos casapianos, Rui Costa levantou-se e saiu.

subordinada adjetiva relativa explicativa

Quem conheço com o nome Ivo são excelentes amigos que não são tempestades.

subordinada substantiva relativa

GrillMaxx é tão versátil que até faz deliciosas panquecas.

subordinada adverbial consecutiva

O polémico áudio que vazou nas redes sociais é um bocado ordinário.

subordinada adjetiva relativa restritiva

Ângelo Rodrigues viajou para o México a fim de experimentar cogumelos mágicos.

subordinada adverbial final

Os poemas ingleses de Pessoa são mais convencionais do que são os seus textos em português.

subordinada adverbial comparativa

A estudante alemã, em Erasmus no Monte de Caparica, afogou-se, mas só populares perceberam a situação.

coordenada adversativa

Uma vez que Pessoa bebia muito, supôs-se erradamente ter tido uma cirrose.

subordinada adverbial causal

Muitos alunos recitaram bem, apesar de que não eram fáceis os sonetos de Pessoa.

subordinada adverbial concessiva

O Cristian faz hoje anos e vai ser sempre feliz.

coordenada copulativa

Desde que cá cheguei, falamos sempre dos tempos de Sir Alex [Ferguson].

subordinada adverbial temporal

O meu filho fala comigo sempre aos berros porque não sabe que eu já comprei o maravilhoso Power ear.

subordinada substantiva completiva

Perguntaram a Rui Costa se o treinador tinha o lugar em risco.

subordinada substantiva completiva

               Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

Alberto Caeiro, que é percecionado como um pastor, seria o mestre de heterónimos e de ortónimo.

modificador apositivo do nome

Os italianos já regressaram a Bolonha.

complemento oblíquo

Os jornalistas elegeram Vítor Bruno treinador do mês.

predicativo do complemento direto

Os professores acharam-nos desinteressados.

complemento direto

Ainda teremos de rever a lírica de Camões, que terá nascido há quinhentos anos.

sujeito

A divulgação do áudio melindrou os dirigentes do Benfica.

complemento do nome

Em aula li o soneto que tu me aconselhaste.

complemento direto

Num texto de opinião, defenda uma perspetiva pessoal sobre qual deveria ser a palavra do ano.

No seu texto:

— explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo.

liberdade | auricular | conflitos | fogos | imigração | inclusão | INEM | jovem | polícia | transportes

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)


Leitura

Aula

Questionário sobre «De verão», de Cesário Verde (aula 3)

 

Questionário sobre carta de Pessoa a Adolfo Casais Monteiro (aula 9-10)

Questionário sobre «O país dos teimosos», de Ricardo Araújo Pereira (aula 19-21)

Questionário sobre «Muda de vida», de Luís Filipe Borges (aula 50-51)

Questionário sobre «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho (aula 65-66)

Questionário sobre «Ulisses», de Fernando Pessoa (aula 70-71)

Observação direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas

Escrita

Aula

«As minhas coisas favoritas» (aula 1-2)

 

Comparação de «Gato que brincas na rua» com «Ela canta, pobre ceifeira» (aula 4-5)

Narrativa depois do recado «Snr. Pessoa» (aula 6-7)

Apreciação crítica da curta Dia Triunfal (aula 9-10)

Ode ao estilo das de Campos (aula 11-12)

Comentário com comparação entre os dois «Lisbon Revisited» (aula 16-17)

Resposta a item 7 (parte C) sobre Frei Luís de Sousa (aula 18)

Trechos inspirados em bandas sonoras de filmes (aula XXII-XXIII ou 22-23)

Comentário em torno de «Notas sobre Tavira», Campoe e Caeiro (aula 24-25)

Comparação entre ««Matarruano sonhador» e Alberto Caeiro (aula 27-28)

Reescrita de «Dobrada à moda do Porto» (aula 31)

Comparação entre poemas de Ricardo Reis e de José Gomes Ferreira (aula 32-33)

Resposta a item de exame sobre herói romântico [só no 12.º 1.ª e no 12.º 4.ª] (aula 35-36)

Comentário sobre «O avô e o neto», de Fernando Pessoa (aula 39-40)

Resposta a item de exane sobre «Sonho e realidade» (aula 42-43)

Comentário contrastivo entre textos de Caeiro e Jorge de Sena (aula 45-46)

Item, ou itens, de exame de 2019, sobre «Bem sei que há ilhas [...]» (aula 42-43)

Comentário sobre famílias desavindas e heróis românticos (aula 46R-46)

Poemas segundo Paterson e Ana Luís Amaral, «Tabacaria» (aulas 50-51 ou 52-53)

Décimas com rima segundo modelo de «Sísifo», de Torga (aula 55-56)

Poema com epígrafe retirada de versos de livro de poesia do século XX (aula 57-58)

Exposição sobre famílias desavindas em Mário de Carvalho, Camilo, 1986 (aula 65-66)

Redação de argumentos escolhidos dentre quatro enunciados de exame (aula 69)

Caracterização do rei em «D. Dinis», de Pessoa (aula 72-73 ou 74)

Argumentos para «Os loucos estão certos» [só no 12.º 3.ª e no 12.º 4.ª] (aula 77-78)

Aula +

Casa

«Lembro-me que» (tepecê de 39-40)

Texto deambulatório com períodos progressivamente maiores (tepecê de 44)

Crónica de viagem para «Fugas» [só no 12.º 3.ª] (a partir da aula XIX-XX)

Expressão oral

(Casa)

Aula

Leitura em voz alta expressiva de versos de poemas do século XX (aula 57-58)

 

Leitura em voz alta expressiva de soneto de Pessoa ou Campos (aula 75-76)

Recitação de soneto de Pessoa ou Campos (aula 77-78)

Educação literária

Casa

Leitura de livros (ao longo do semestre, a partir da aula 35-36)

 

Gramática

(Casa)

Aula

Questionário sobre funções sintáticas, aspeto, etc. (aula 32-33 ou 34 ou 35-36)

 

Questionário sobre orações e funções sintáticas (aula 77-78 ou 79)

Assiduidade, pontualidade, material, ...

 

Deixo aqui alguns conselhos para se melhorar (infere-se, portanto, que estou a criticar os aspetos que assinalei à esquerda com xis). Evitarei repeti-los quando falar com cada um, cingindo-me então, se houver tempo, aos aspetos mais positivos.

1.            Evitar faltar a aulas (a não ser, é claro, por motivo compreensível).

2.           Ser pontual.

3.           Em aula, ser autónomo (ir lendo — ler mesmo, não ficar à espera — as tarefas pelas folhas e procurando resolver o que seja pedido). Não saltar itens à mínima dificuldade.

4.           Fazer as tarefas pedidas para casa (neste semestre, nem lhes pedi muitas tarefas a preparar em casa — as falhas na recitação ou na preparação de leitura em voz alta é que podem entrar aqui; e, claro, a gramática, de que trato a seguir).

5.            Focar-se mais no estudo de gramática, procurando fazer revisão do que não se tenha acompanhado. Assuntos de gramática podem ser estudados isoladamente (são aliás de índole diferente uns dos outros), por isso não há que descartar estas matérias só porque se interiorizou que é difícil. Podes começar por ir estudando as folhas finais do manual (pp. 314-371), já que está aí quase tudo o que é preciso recuperar.

6.           Estar concentrado nos momentos em que se «explica matéria» ou se dão indicações julgadas úteis (evita tagarelar nessas alturas).

7.            Ler livros, o que me parece ser a melhor maneira de melhorar na compreensão de textos (e na ortografia, e escrita em geral). Poderias ter avançado mais na leitura de livros combinada neste semestre.

8.           Evitar escrita «trapalhona» (revê sempre; olha as emendas feitas nas redações; atenta nos erros que são advertidos em aula, fugindo a repeti-los).

9.           Em certas tarefas da aula procurar ser menos demorado (em termos de exame, é preocupante que fiques tanto tempo só numa tarefa).

10.         Arruma mesmo o telemóvel assim que estiveres em aula (como sabes, já tive de te chamar a atenção para o facto de estares a usar o telemóvel).

TPC — Lê o conto «George», de Maria Judite de Carvalho, nas pp. 148-153 do manual. (Além disso, como sempre, aproveita para fazer outras leituras.)

 

 

#