Thursday, September 16, 2021

Aulas (3.º período: 145-161)

Aula 145-146 (17 [1.ª], 18/mai [3.ª]) Correção de redação de item 7 (parte C):

Nos critérios de classificação estipulava-se o seguinte: 7. Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

Em O Ano da Morte de Ricardo Reis, é evidente o olhar crítico do narrador sobre:

  a opressão vivida durante o Estado Novo, patente, por exemplo, no controlo exercido pela PVDE/pela polícia política sobre a população e na existência de delatores;

  a repressão de manifestações de revolta, como a que ocorreu durante a sublevação dos marinheiros;

  a manipulação da informação transmitida pelos meios de comunicação social, por exemplo, sobre as notícias da guerra na Europa;

  a propaganda política, patente, por exemplo, no enaltecimento de Salazar, perspetivado como um modelo para os outros países/como o «salvador» da pátria.

Nota que os critérios apresentam o assunto da crítica de modo genérico (a opressão durante o Estado Novo ... / a repressão de manifestações... / a manipulação da informação ...) e citam as evidências no enredo da obra apenas enquanto exemplos (controlo pela PVDE, reação à sublevação dos marinheiros, notícias  ...). Receio que alguns de vocês passassem diretamente aos exemplos, por não lhes ser fácil encontrar os tais termos generalizadores. É um treino que é preciso fazer.

Isto também é verdade para o Grupo III: distinguir tese (a vossa posição quanto ao assunto em causa), argumentos (ou seja em que se baseiam para ter tomado a posição definida na introdução) e respetivos exemplos (casos concretos que comprovam o argumento que deram).

Relê o texto «Ricardo Reis e Lídia», na p. 276 do manual, para responderes às perguntas da p. 277, de «Leitura do texto», completando o que já fui lançando como esboço de solução (mas não deixes de, antes, ler as perguntas):

1. [Acrescenta as formas verbais que suprimi]

No início do excerto, o sentimento dominante em Lídia ___ a tristeza, provocada pela frustração, pelo vazio, por achar que a sua presença ali _____ de justificar-se. O reconhecimento e a proximidade de Ricardo Reis ______-lhe contentamento, realização, plenitude. _____-se, então, a ansiedade e o desejo.

1.1 [Acrescenta os nomes em falta]

O momento de despir a ______ e vestir a sua roupa corresponde ao arrefecimento do corpo e das emoções. A nudez desvenda-a como _______, liberta de uma qualquer condição social, que ama e se sente amada.

2. [Acrescenta os advérbios]

A metáfora da primavera celebra o amor sensual, o rejuvenescimento tardio, mas ______ compensador. A modalização final («talvez») _______ se aproxima da formulação de um desejo, favorecendo a cumplicidade do leitor.

Completa o quadro também na p. 277 («Escrita», 1), substituindo nas minhas soluções as palavras disparatadas pelas corretas. Na solução para cada quadrícula pus uma palavra da minha lavra (portanto, disparatada).

Estatuto social — Estatuto social elevado (encontros ao jantar, na sala de estar do hotel, no teatro, visitas, intensíssimo contacto físico)

Retrato físico — De aparência muito jovem e delicada, impossibilitada de usar a mão central.

Familiares / — ligação ao contexto político — Submissão ao genro / — ligação de cumplicidade passiva com o regime (contacto com os diversos meios de propaganda, espetáculos, livros, Fátima)

Papel na relação — Papel decisivo na relação: - marcação do primeiro encontro, visitas (casota e consultório), cartas, separação. / Separação, permanência num poema.

Vivências de Reis — Curiosidade, pedofilia, dúvida.

Os nomes / relação intertextual com as Odes — Nome inscrito num poema escrito depois da separação (poema existente do heterónimo queirosiano).

Pensa nas perguntas 2 e 3 no final da p. 277, ambas sobre Lídia e Marcenda. Relativamente ao ponto 3, sem escreveres propriamente, regista o que darias como um dos argumentos e o exemplo respetivo, depois de decidida a tua posição (que ficaria só numa introdução que houvesse).

Antes de anotares esse argumento e exemplo, lê os dois textos explicativos, ou expositivos, na p. 278 (de Clara Ferreira Alves e de Maria Alzira Seixo).



Num dos dias da quarentena de 2020, vinha no Público a fotografia que te mostrarei, com a estátua de Pessoa, de Lagoa Henriques, na Brasileira, num Chiado deserto. Escreve um texto, do género que queiras, sobre a imagem. Esse teu texto deverá ter a seguinte estrutura:

1.º período — Frase simples.

2.º período — Subordinada adverbial concessiva + Subordinante.

3.º período — Subordinada adverbial temporal + Subordinante.

4.º período — Coordenada + Coordenada assindética + Coordenada copulativa.

5.º período — Coordenada + Coordenada adversativa (que será também Subordinante da oração que se segue) + Subordinada substantiva completiva.

6.º período — Frase simples.

Estive a experimentar e a mim chegaram-me umas setenta e cinco palavras. Resolve por isso tudo em cerca de setenta a cem palavras. Estes seis períodos constituiriam normalmente um único parágrafo, mas admito que, para efeitos de clareza da resposta, possas pôr cada período num novo parágrafo, ficando assim com seis parágrafos.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e Liga Europa)

Vamos procurar encontrar analogias entre Cantar 2 e Frei Luís de Sousa (que, no fundo, é a verdadeira obra de leitura integral em todas as escolas no secundário e, em termos de probabilidade de saída em prova de exame, só terá rival em Fernando Pessoa).

Início de Cantar 2

Frei Luís de Sousa, ato I

No começo há um encaixe: estamos a assistir a um ________. Só depois, quando nos é dada uma imagem dos bastidores e de Moon, percebemos que aquelas peripécias não pertenciam ao ______ nível narrativo.

Na primeira cena, ouvimos Madalena a ler, e comentar, um passo de ________, o episódio de Inês de Castro. Na segunda cena, a leitura de Madalena é interrompida por ______, e é então que começa o diálogo.

O tópico desta parte é a presença entre a assistência ao espetáculo — uma adaptação de Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll — de uma caça-talentos, a cadela ______, estando Buster Moon e o seu grupo ansiosos com o veredito da importante crítica. _______ vai anotando os gestos da canina «scouter», informando Moon. A certa altura, porém, Suki abandona a sala, o que preocupa Moon, que ainda procura convencê-la a ficar e, depois a irá até seguir no meio do trânsito, com risco de algum acidente _______.

O ato revela-nos a angústia de Madalena, motivada pela preocupação com a viagem de regresso do marido, Manuel de _______ Coutinho, que fora a Lisboa, mas, mais fundamente, pela incerteza, que a intranquiliza há muito, quanto à morte do primeiro marido, D. João de _______. Telmo, com os seus presságios e alusões a D. João, vai aumentando a ansiedade de Madalena, que também interage com a filha, Maria, cujo temperamento e falta de saúde preocupam Madalena e contribuem para tornar o ambiente premonitório de um final _______.

O passo termina com Moon a não se ______ com a sentença, exarada pela cadela «olheira», de que o seu grupo não era suficientemente bom, e mostrando-se decidido a provar que não era assim, o que vai obrigar a troupe a viajar para outra _______, a sofisticada Redshore.

O primeiro ato termina com Manuel de Sousa Coutinho a não se _______ com a pretensão de os governantes se instalarem no seu palácio, a que decide pôr fogo, o que vai obrigar a família a mudar para outra casa, ainda que também em _______, o vetusto palácio de D. João.

 

 

Aula 147R-147 (18 [1.ª], 19/mai [3.ª]) Em leitura na diagonal, percorre os doze sonetos de Antero de Quental e atribui-lhes uma das seguintes classificações quanto ao tópico que em cada um prevalece:

Intervenção na sociedade (apelo à)

Desilusão dados os elevados ideais do sujeito poético

Amor ideal, mulher, sonho

Solidão, potenciada por noite, natureza

Existência de Deus (problema da)

Escolhe um dos sonetos de Antero (que começarás por identificar nesta folha). A tinta, por favor.

(i) Comenta um recurso expressivo, que identificarás no soneto, mostrando como se insere no resto do poema (isto é, como o valoriza).

(ii) Mostra como o último terceto do soneto é decisivo para a interpretação do poema.

Soneto escolhido: «____________».

(i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

(ii) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e Liga Europa)

Classifica quanto à função sintática os constituintes sublinhados:

Anda estragar-me os planos

(Salvador Sobral)

Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes,      _________

Já tenho a minha conta de serões serenos,

Quero ir dançar.      ________

 

Sei por onde vou,       _______

É o melhor caminho,

Não deixo    nada    ao acaso;      c. direto | _______

Por favor, anda trocar-me o passo.

 

Tenho uma rotina

Para todos os dias,      _______

Há de durar muitos anos;

Por favor, anda estragar-me os planos.     ______

 

Tira os livros da ordem certa,

Deixa   a janela do quarto   aberta,     c. direto | ________

Faz-me esquecer que amanhã vou trabalhar.      _______

 

Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes,

 tenho a minha conta de serões serenos,     ________

Quero ir dançar.

 

Um, dois...

Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes,    _______

Já tenho a minha conta de serões serenos,

Tardes tontas, manhãs mecânicas,    _______

Eu quero é ir dançar.

 

 

Aula 148-149 (20/mai [1.ª, 3.ª]) Correções (versos ao estilo dos vários Pessoas e Sleepwalk).

Hoje leremos trecho do cap. XIII de O Ano da Morte de Ricardo Reis. Podemos retomar as sínteses de cada capítulo, preenchendo as dos capítulos 10 a 13:

Cap. X — Ricardo Reis escreve a Marcenda para a informar da nova morada. Dias depois deixa o hotel. Na sua primeira noite na casa alugada, recebe a visita de Fernando Pessoa e falam sobre solidão.

Cap. XI — Lídia vai visitar Ricardo Reis para verificar se está bem instalado e ele acaba por beijá-la na boca. Dias depois, recebe a visita de (q) _____, que, pela primeira vez na vida, é beijada por um homem.

Cap. XII — Lídia prontifica-se a cuidar da limpeza da nova casa e os dois acabam por se envolver. Ricardo Reis escreve uma carta confusa a Marcenda. Começa, entretanto, a trabalhar, substituindo temporariamente um colega especialista em coração e pulmões. Esta situação leva-o a escrever novamente a Marcenda. Entretanto, quase ao fim de um mês, recebe (r). _____ da jovem, de Coimbra, anunciando que o visitará no consultório.

Cap. XIII — Ricardo Reis encontra-se com Fernando Pessoa junto à estátua do Adamastor e os dois conversam acerca da relação de Reis (s) _____ e sobre a vida e a morte. Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com (t) _____ e, a propósito disso, falam da ida de Ricardo Reis à polícia, de Salazar e de Hitler. Lídia, enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo que está com um problema de impotência, o médico repele-a, o que a deixa tristíssima e sem perceber o que se passava. Marcenda aparece no consultório e Ricardo propõe (u) ______. Ela recusa, alegando (v) ______.

No texto «Ricardo e Fernando» (pp. 279-280) o diálogo entre as personagens do heterónimo e de Pessoa acaba por ser pretexto para se abordar assuntos de «política».

Faz-se uma caracterização quase expositiva acerca do Estado Novo e de Salazar (parágrafo das ll. 1-21), alude-se também a Hitler e ao advento do nazismo na Alemanha (22-40) — de certo modo, este tópico implica uma espécie de «prolepse subentendida», na medida em que supõe que os leitores sabem o que se passaria depois já no enquadramento da Segunda Grande Guerra, mesmo se os acontecimentos referidos não são posteriores ao tempo da ação do romance (1935-1936). Só que o destaque dado ao nacional-socialismo alemão e a Hitler justifica-se por factos que ainda não sucederam. A partir da l. 41, aproveita-se a caracterização da situação alemã para se retomar a crítica ao Estado Novo, agora sobretudo às ligações entre a Igreja e o Estado.

O manual assinala uma referência intertextual («agora é que Portugal vai cumprir-se» alude ao último verso de «Infante», o primeiro poema da segunda parte de Mensagem). Mas, mais explicitamente, também «quando na Mensagem chamei santo a Portugal, lá está, São Portugal» (ll. 51-52) retoma um poema de Mensagem, «Nun’Álvares Pereira», no seu antepenúltimo verso.

Relê então «Ricardo e Fernando», nas pp. 279-280 do manual. Responde às perguntas 1.1 e 1.2 da p. 281, completando o que já está lançado:

1.1 [o que falta são só contrações de preposição + artigo (nunca preposições simples portanto)]

Um retrato crítico de Salazar, acentuado ____ designação de partes («um quarto»...) é dado ____ enumeração ___ diversas facetas que este combinava — o paternalismo, a utilização ___ religião como um ___ pilares ___ seu poder, o discurso profético, a representação ___ papel de salvador ___ Pátria, a política ___ «mão de ferro», continuadora de Sidónio Pais.

1.2 [o que falta são duas citações]

Exprimem a crítica as afirmações: «_______»; «______».

No texto abaixo — uma resposta-modelo ao Grupo III de um exame, com texto de opinião, que procurámos resolver recentemente, sobre importância das artes na formação —, marca o argumento 1, o respetivo exemplo, o argumento 2 e o seu exemplo.

O futuro da humanidade é indissociável do progresso científico e tecnológico, mas, tal como no passado, não deixará de implicar a valorização das artes, enquanto dimensão fundamental de uma formação de base humanista.

Na verdade, o conhecimento científico e tecnológico desenvolve-se a um ritmo intenso, o que nos coloca enormes desafios, entre os quais a urgência da construção de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. Deste modo, a interseção da arte e da tecnologia é um assunto cada vez mais mobilizador e o caso da Royal College of Arts, uma das melhores universidades de design do mundo, torna-se emblemático. Esta instituição anunciou recentemente um plano que aposta no potencial de jovens profissionais que consigam misturar soluções tecnológicas e criatividade artística.

Podemos, sem dúvida, questionar: a tecnologia será capaz de eliminar as mais belas expressões de arte? Creio que a resposta será negativa porque a humanidade nunca perderá valores essenciais como a sensibilidade e a criatividade. Pelo contrário, a tecnologia, cada vez mais veloz e ousada, abre enormes perspetivas para profundas mudanças na literatura, na música, nas artes plásticas, na arquitetura. Lembremo-nos da importância da tecnologia durante a pandemia na transmissão de vários eventos artísticos online, como, por exemplo, os vários concertos em streaming disponibilizados pela Casa da Música, no Porto.

Em suma, a tecnologia e a ciência têm vindo a transformar profundamente o homem e o mundo como os conhecíamos, mas também têm contribuído para o desenvolvimento de ideias e de projetos que visam a promoção do desenvolvimento da sensibilidade estética e artística em diferentes suportes tecnológicos.

[266 palavras; resposta modelo roubada a uma sebenta da Areal Editores]



Mostra de que forma a pintura de René Magritte se pode relacionar com as representações do amor em O ano da morte de Ricardo Reis, num texto de opinião, com entre duzentas palavras a duzentas e cinquenta palavras. A tinta. Duas citações.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e Liga Europa)

Vamos continuar a procurar analogias entre Cantar 2 e Frei Luís de Sousa. Há uma semelhança óbvia quanto ao que é determinante para o desfecho de filme e peça — uma personagem ausente cujo regresso pode resultar num fim feliz ou num fim trágico.

Terceiro trecho deCantar 2

Frei Luís de Sousa, ato II

Há concentração no _____ e no tempo. Tudo vai decorrer no mesmo edifício, a Crystal Tower, embora em andares diferentes. Toda a ação está condensada, dado o prazo definido pelo lobo-magnata _____. É ele que avaliará o resultado, como promete num cartão: «Não faças ____, Moon. Senão, ...».

Como é regra das tragédias, há concentração no espaço e no _____. Este ato II e o ato III decorrem no mesmo palácio, embora em duas _____ diferentes. Toda a ação destes dois atos fica condensada em vinte e quatro horas (o ato I decorrera sete dias antes). O ____, porém, já tudo determinou.

O regresso de ______ decidirá a vida do grupo de Moon. Havia ____ anos que desaparecera da vista do público, desde que morrera a sua mulher e se recolhera numa mansão inexpugnável. Para tentar convencer Clay a regressar, Miss Crawley, num espampanante carro vermelho, desloca-se à fortaleza do leão misantropo, não se esquecendo de levar uma cesta de fruta como presente, mas é brutalmente ____, regressando a Redshore City cheia de mazelas.

O regresso de ______ decidirá a vida da família Coutinho. Havia ____ anos que desaparecera na batalha de Alcácer Quibir (sete anos depois casou Madalena com Manuel; passaram entretanto mais catorze anos: Maria, filha do casal, terá agora treze anos). Neste caso, as personagens não vão em busca de D. João, mas instalam-se na que fora a sua casa. Madalena reage ao confronto com o velho ambiente com o mesmo ____ de Miss Crawley após ter tentado chegar à fala com Clay.

Entretanto a jovem loba ____, filha de Crystal, aproveita as vertigens de Rosita para se ______ na preparação do espetáculo.

Entretanto, a jovem ____, filha do pecado, aproveita o novo espaço para tentar _____ o passado da mãe (quem era aquele retratado?).

TPC — Lê as pp. 242-244 do manual, que tratam de Salazar, e as pp. 239-241, sobre «A Alemanha nazi» e «A Guerra Civil de Espanha».

 

 

Aula 150-151 (24 [1.ª], 25/mai [3.ª]) Correção de trabalho com aforismos.

Regressamos à tabela (que roubei a um manual da Leya) com sínteses de cada capítulo de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Completa:

XIV

Reis recebe uma carta de Marcenda a assegurar que nunca mais se voltarão a ver, a pedir-lhe para nunca mais lhe escrever e a informá-lo de que irá a Fátima.

Restabelece-se, entretanto, a relação de Reis com Lídia, mas o médico vai a (v.) _____, com o intuito de ver Marcenda. No entanto, não consegue encontrá-la.

XV

Ricardo Reis fica a saber que o colega que está a substituir vai retomar o seu lugar e isso leva-o a começar a pensar em regressar ao Brasil.

Fernando Pessoa visita novamente Ricardo Reis e os dois falam sobre o facto de Reis continuar a ser vigiado por Victor, sobre as relações amorosas de ambos e sobre o destino e a ordem.

XVI

Ricardo Reis escreve um poema dedicado a (w.) _______.

Lídia comunica-lhe que está grávida e que não tenciona (x.) __________.

Fernando Pessoa faz nova visita a Ricardo Reis e os dois falam sobre a perspetiva do regime em relação a diferentes personalidades e sobre o seu obscurantismo. Durante a conversa, Ricardo Reis confessa-lhe que vai ser pai e que ainda não decidiu se vai ou não perfilhar a criança.

XVII

Ricardo Reis vai visitar Fernando Pessoa ao Cemitério dos Prazeres e dialogam sobre o golpe militar ocorrido em Espanha.

Usando um PDF de O Ano da Morte de Ricardo Reis procurei todas as menções de «Álvaro de Campos» e «Alberto Caeiro». Cheguei a estes passos — até esperava que houvesse mais —, que lhes apresento sem nenhuma ordem em especial:

1. «Não penso em casar com a Lídia, e ainda não sei se virei a perfilhar a criança, Meu querido Reis, se me permite uma opinião, isso é uma safadice, Será, o Álvaro de Campos também pedia emprestado e não pagava, O Álvaro de Campos era, rigorosamente, e para não sair da palavra, um safado, Você nunca se entendeu muito bem com ele, Também nunca me entendi muito bem consigo»;

2. «Ricardo Reis tirou a carteira do bolso interior do casaco, extraiu dela um papel dobrado, fez menção de o entregar a Fernando Pessoa, mas este recusou com um gesto, disse, Já não sei ler, leia você, e Ricardo Reis leu, Fernando Pessoa faleceu Stop Parto para Glasgow Stop Álvaro de Campos, quando recebi este telegrama decidi regressar, senti que era uma espécie de dever, É muito interessante o tom da comunicação, é o Álvaro de Campos por uma pena, mesmo em tão poucas palavras nota-se uma espécie de satisfação maligna, quase diria um sorriso, no fundo da sua pessoa o Álvaro é assim»;

3.«Acho-a muito bonita, e ficou a olhar para ela por um segundo só, não aguentou mais do que um segundo; virou costas, há momentos em que seria bem melhor morrer, Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel, também tu Álvaro de Campos, todos nós. A porta fechou-se devagar, houve uma pausa, e só depois se ouviram os passos de Lídia afastando-se»;

4. «O barco onde não vamos é que seria o barco da nossa viagem, Ah, todo o cais, uma saudade de pedra, e agora que já cedemos à fraqueza sentimental de citar, dividido por dois, um verso do Álvaro de Campos que há de ser tão célebre quanto merece, console-se nos braços da sua Lídia, se ainda dura esse amor, olhe que eu nem isso tive, Boa noite, Fernando, Boa noite, Ricardo, vem aí o carnaval, divirta-se»;

5.«Ricardo Reis está sozinho na sua casa, se para almoçar e jantar, vê da janela o rio e os longes do Montijo, o pedregulho do Adamastor, os velhos pontões, as palmeiras, desce uma vez por outra ao jardim, lê duas páginas de um livro, deita-se cedo, pensa em Fernando Pessoa que já morreu, também em Alberto Caeiro, desaparecido na flor da idade e de quem tanto haveria ainda a esperar, em Álvaro de Campos que foi para Glasgow, pelo menos dizia-o no telegrama, e provavelmente por lá se deixará ficar, a construir barcos, até ao fim da vida ou à reforma, senta-se uma vez por outra num cinema, a ver O Pão Nosso de Cada Dia, de King Vidor, ou Os Trinta e Nove Degraus, com Robert Donat e Madeleine Carrol, e não resistiu a ir ao S. Luís ver Audioscópicos, cinema em relevo, trouxe para casa, como recordação, os óculos de celuloide que têm de ser usados, verde de um lado, encarnado do outro, estes óculos são um instrumento poético, para ver certas coisas não bastam os olhos naturais»;

6. «É fácil concluir que sim, você sabe o que são as educações e as famílias, Uma criada não tem complicações, Às vezes, Diz você muito bem, basta lembrar-nos do que dizia o Álvaro de Campos, que muitas vezes foi cómico às criadas de hotel, Não é nesse sentido, Então, qual, Uma criada de hotel também é uma mulher»;

7. «Não diz mais este jornal, outro diz doutra maneira o mesmo, Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da Mensagem, poema de exaltação nacionalista, dos mais belos que se têm escrito, foi ontem a enterrar, surpreendeu-o a morte num leito cristão do Hospital de S. Luís, no sábado à noite, na poesia não era só ele, Fernando Pessoa, ele era também Álvaro de Campos, e Alberto Caeiro, e Ricardo Reis, pronto, já cá faltava o erro»;

8. «Para dar só um exemplo, aí temos o Alberto Caeiro, coitado, que, tendo morrido em mil novecentos e quinze, não leu o Nome de Guerra, Deus saberá a falta que lhe fez, e a Fernando Pessoa, e a Ricardo Reis, que também já não será deste mundo quando o Almada Negreiros publicar a sua história».

Comenta um/dois destes trechos, enquadrando-o(s) na obra e discorrendo acerca dos efeitos conseguidos em termos narrativos ou estilísticos. Responde nas linhas da outra folha e usa caneta. Assinala o(s) excerto(s) de que te vais ocupar. (Evita trapalhices de ortografia ou de sintaxe, revendo bem, sem medo de riscar e reescrever.)

Vamos contrastar o cap. XVI de O Ano da Morte de Ricardo Reis e o filme Locke. O capítulo do livro de José Saramago é importante porque nele se fica a saber que Lídia está grávida. Será talvez uma oportunidade para depois, quando puderes, reveres as relações de Reis com as duas personagens femininas, Lídia e Marcenda, para o que podes usar a coluna ‘Representações do amor’ da tabela que, no manual, sintetiza o enredo (pp. 246-248).

O ano da morte de Ricardo Reis, cap. XVI

Locke, primeiros quinze minutos

A ação decorre pouco depois do 10 de junho de 1936, num quarto na casa da Rua de ______, estando na cama Ricardo Reis e ______.

A ação decorre num fim de tarde ou começo de noite, dentro de um carro, que se dirige a _______, em que está apenas _____ Locke.

Há dois incidentes assinaláveis enquanto Ricardo e Lídia estão na cama: um tremor de terra; a informação dada por Lídia de que deve ______ («tenho um atraso de dez dias»).

O foco do enredo durante a viagem são dois acontecimentos na vida do protagonista: ______; e uma operação de construção civil decisiva.

Através do discurso do narrador — omnisciente e focalizado no protagonista —, ficamos a saber que Ricardo Reis está surpreendido e procura ________ antes de responder («Que foi que disseste[?]»). Depois, reage com certo alheamento, com _______ («embora ciente de que é sua obrigação contribuir para a solução do problema, não se senti[a] implicado na origem dele»).

Através de um primeiro telefonema — dirigido Bethan, que declara não amar —, ficamos a saber que Ivan Locke tenta chegar rapidamente a _______, porque se sente implicado no nascimento que vai acontecer. Os telefonemas imediatos mostram a sua ________ em avisar a família (estava combinado um jantar-serão animado) e em contactar subordinados e superiores da firma em que trabalha.

Ricardo Reis, «tenteando com mil _______, pesando cada palavra, distribui as responsabilidades, Não tivemos cuidado». O narrador acha que Lídia até deveria ter perguntado «Que cuidados devia eu ter tido, nunca ele se retirou no momento crítico, nunca usou aqueles carapuços de borracha». No entanto, sem nada lhe _______, ela apenas repete «Estou grávida, afinal é uma coisa que acontece a quase todas as mulheres, não é nenhum terramoto».

Ivan Locke procura com todas as _______ que os filhos não fiquem ao corrente do que se passa, pedindo a Katrina que use o telefone do outro andar. Na conversa com a mulher, não lhe oculta nada, mas começa por contextualizar defensivamente o acontecido — a amante, ocasional, tinha já quarenta e três anos, não era nenhuma estampa, tinham bebido uns copos. No entanto, fá-lo mais para atenuar o choque que Katrina iria ter do que para mitigar a própria ________.

Só então Reis se _____ a saber as intenções de Lídia («Pensas em deixar vir a criança[?]», o que o narrador diz poder ser percebido como Reis a «sugerir o desmancho»). Lídia, sempre mais serena do que Ricardo, responde «Vou deixar vir o menino». Perguntar-lhe-á a seguir se ele não ficara ____ com ela. Ele diz que não, mas, no fundo, está irritado: «se ela não faz o aborto, , fico para aqui com um filho às costas». E Lídia diz a Ricardo «as incríveis palavras»: «Se não quiser ______ o menino, não faz mal, fica sendo filho de pai incógnito, como eu».

Katrina, que investira muito naquele particular serão — cfr. salsichas, cerveja, camisola do clube vestida —, começa por estranhar a ______ tomada pelo marido de falhar uma noite que se previa tão alegre. Fica preocupada depois da insistência para que mude de telefone. Começa a ficar ______ quando há indícios da infidelidade de Ivan: «porque me estás a falar de uma mulher?». Sempre estoico, Ivan mantém um discurso sereno e assume ir ______ o nascituro: «Esta noite, ela vai dar à luz e o filho é meu». Katrina desliga.

Reis tem afeto por Lídia — e dormiu com ela ______ vezes — mas não parece assumir verdadeiramente a _____ de ter gerado o filho que ela espera.

Locke não tem grande afeto por Bethan — só dormiu com ela numa ______ noite de estroinice — mas assume que a deve apoiar no momento do parto e toma atitude ______.

TPC — Dá vista de olhos a poemas «políticos» de Pessoa: a «À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais» e a poemas antissalazaristas (por exemplo, nesta edição, os textos 290, 291, 292, 294, 296, 297, 308, 315, 329, 334, além do célebre «Liberdade», o n.º 288).

 

 

Aula 152R-152 (25 [1.ª], 26/mai [3.ª]) Correção de trabalho com matriz sintática sobre imagem de Pessoa.

Exemplo:

A estátua de Fernando Pessoa prevalece no Chiado despovoado. [Frase simples]

Embora a pandemia da Covid-19 tenha forçado o refúgio da população portuguesa, a representação do poeta permanece imperturbável. [Subordinada adverbial concessiva + Subordinante]

Enquanto uma catástrofe devasta o país, Pessoa emerge como um símbolo de perseverança. [Subordinada adverbial temporal + Subordinante]

O poeta apresenta uma pose serena, encara as adversidades com lucidez e inspira confiança na superação desta calamidade. [Coordenada + Coordenada assindética + Coordenada copulativa]

O pânico domina a humanidade, mas a visão pessoana de um quinto império determina que o povo lusitano reconquistará a grandiosidade perdida. [Coordenada + Coordenada adversativa + Subordinada substantiva completiva]

Pessoa exige a elevação da nação portuguesa perante uma ameaça mundial. [Frase simples]

(Pedro, 12.º 4.ª, 2019-20)

Vai até à p. 284 do manual. O trecho de O Ano da Morte de Ricardo Reis a que as autoras do manual deram o título «Em Portugal, a onda cresce» vem na sequência de abordagem à eclosão da Guerra Civil de Espanha e de comentários (em prolepse, em parte) acerca das derivas políticas em Itália, em Portugal, na Alemanha e, agora, na Espanha.

Uma frase-lema da organização de juventude alemã — «Nós não somos nada» — leva o narrador a reportar-se à Mocidade Portuguesa, de que trata o parágrafo que podes ler agora (ll. 112-136).

Escolhe a melhor alínea:

«são jovens patriotas que não quiseram esperar pela obrigatoriedade que há de vir» (ll. 113-114) é uma

a) analepse, como prova o uso do Pretérito Perfeito em «quiseram (esperar)».

b) prolepse, porque remete para factos posteriores ao momento da narração.

c) ironia, dado que aqueles adolescentes eram forçados à inscrição na Mocidade.

d) ironia, uma vez que a iniciativa daqueles jovens tinha cariz antinacional.

As linhas 115 a 121 são

a) elogiosas relativamente à Mocidade Portuguesa.

b) irónicas quanto à verdadeira adesão dos jovens.

c) críticas da adesão que a Mocidade Portuguesa suscitou.

d) hiperbólicas, para ridicularizarem a efetiva adesão de muitos jovens.

 

As listas (l. 121) incluíam os

a) combatentes na Guerra Civil de Espanha.

b) voluntários que se alistavam nas forças de Franco.

c) jovens que se tinham inscrito na Mocidade Portuguesa.

d) futuros soldados da guerra colonial.

«Daqui por uns anos, vinte, trinta, cinquenta, que pensarão os homens maduros, os velhos, se lá chegarem, deste entusiasmo da sua mocidade [...] [?]».

O próprio narrador responde a esta pergunta nas ll. 130-136. Porém, na p. 287 do manual, num excerto de livro autobiográfico de José Saramago, As Pequenas Memórias, temos, de certo modo, a resposta do próprio autor. Lê esse excerto, «Pequena Memória».

Responde às perguntas 1 a 4 (da mesma p. 287).

1. [à resposta a seguir faltam só as preposições, simples ou contraídas]

A ironia resulta, ___ um lado, ___ inversão ___ prioridades — «e, enfim, que ____ isso é que eu lá ia» — visto o autor intencionalmente colocar ___ fim a preparação específica destinada ___ alunos ___ Escola Industrial; resulta, ainda, ___ atribuição ___ estatuto ___ mistério ___ estes ensinamentos ___ caráter mais prático e não ___ primeiras áreas ___ conhecimento mencionadas.

2. [à resposta faltam só adjetivos]

O que levou o ______ estudante que era então o narrador a deixar de acompanhar os acontecimentos da Guerra _______ de Espanha foi ter compreendido que os jornais eram _______, e que, naturalmente, os leitores não acediam a informação ________.

3. [à resposta faltam só formas verbais]

O autor _______ a Mocidade Portuguesa ao regime responsável pela Censura, que _______ por «militares reformados» ao seu serviço.

4. [à resposta faltam só nomes]

O _____ é predominantemente narrativo, seleciona a ______ mais relevante, a _______ verbal mais usada é a primeira e recorre a _________ diversas de representar o _______ («Quando a ______ [...] começou, eu já trocara», «Até ao ______, que cedo foi», «nas _______ seguintes»).

Vai também pensando na resposta aos itens de «Gramática no texto»:

1. _____________

2. _____________

Vê o cimo da p. 286, «Diálogo argumentativo». A reflexão que aí é proposta poderia corresponder a um grupo III de exame. Imagina só que, depois da primeira apresentação (de «É tão fácil [...]» a «[...] risco?»), viria o seguinte:

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a problemática apresentada.

No seu texto:

– explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;

– utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 

 

Aula 153-154 (27/mai [1.ª, 3.ª]) Por favor, usa o manual apenas nas pp. 288-290, as relativas ao texto «A partida», um excerto de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Tentei pôr aqui itens à grupo II de exame (compreensão de texto; compreensão de texto com gramática leve; uns itens de gramática mais ativos) e controlar alguma coisa da leitura da obra.

O «jardim» que é referido na l. 1 é o

a) da Celeste.

b) do Adamastor.

c) da Estrela.

d) do Hotel Bragança.

 

O constituinte «ao jardim» (l. 1) desempenha a função sintática de

a) complemento do nome.

b) modificador do grupo verbal.

c) complemento indireto.

d) complemento oblíquo.

 

Em «morar aqui perto» (ll. 1-2) — sobretudo se assumirmos que é frase pensada mais pelo protagonista do que pelo narrador —, «aqui» é uma marca deítica

a) temporal.

b) espacial.

c) pessoal.

d) pessoal e espacial.

 

O irmão de Lídia, Daniel, era

a) da Armada e seguidor do Estado Novo.

b) da PVDE e seguidor do Estado Novo.

c) marinheiro e contra a situação política vigente.

d) da Marinha e sem convicções políticas.

 

«foi atingido» (ll. 11-12) tem valor aspetual

a) imperfetivo.

b) iterativo.

c) perfetivo.

d) genérico.

 

Quem batia palmas (l. 12) fá-lo-ia por

a) estar a favor do regime político.

b) ser contra o regime político.

c) entusiasmo infantil de quem segue um despique a que é indiferente.

d) má interpretação do que acontecia.

 

«os velhos» (l. 13) são

a) vizinhos de Reis que habitualmente liam jornais.

b) os professores, nomeadamente o de Português.

c) Ricardo Reis e Fernando Pessoa.

d) grupo de habitantes do bairro atraídos pelo que acontecia.

 

«tudo isto» (l. 16) é

a) predicativo do sujeito.

b) sujeito.

c) complemento direto.

d) predicativo do complemento direto.

 

O forte de Almada disparava (l. 25)

a) ao serviço dos espanhóis.

b) pelo lado dos revoltosos.

c) contra os amotinados.

d) a favor dos franquistas.

 

O «senhor doutor» (l. 39) é

a) Fernando Pessoa.

b) um médico.

c) um brasileiro.

d) um cocó com estudos.

 

«Não vás ao mar Tonho» (l. 46) recupera

a) momento passado no Dona Maria.

b) conversa havida numa deambulação por Lisboa.

c) canção que Marcenda costumava cantar.

d) canção que Lídia costumava cantar.

 

«vespertinos» [= ‘jornais da tarde’] (l. 73), «jornal» (74), «títulos de primeira página» (74-75), «notícia» (75), «página central dupla» (75) «outros títulos» (75-76) concorrem para a coesão

a) referencial.

b) temporal.

c) lexical.

d) interfrásica.

 

«parado no meio da rua» (ll. 77-78) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) modificador restritivo do nome.

d) modificador do grupo verbal.

 

As palavras sublinhadas em «Lídia andará à procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e irreparável desgosto» (ll. 85-86) conferem à passagem

a) nexo explicativo.

b) sentido de posterioridade.

c) aceção de alternativa.

d) conotação de tristeza.

 

O quarto referido na l. 92 é o

a) de Lídia.

b) do Alto de Santa Catarina.

c) de Reis, no Hotel Bragança.

d) de Fernando Pessoa.

 

«nos» (l. 100) é

a) complemento indireto.

b) complemento direto.

c) sujeito.

d) complemento oblíquo.

 

«só tinha para uns meses» (l. 101) reporta-se a

a) tempo de Reis em Lisboa.

b) vida póstuma de Pessoa.

c) gravidez de Lídia.

d) garrafas de aguardente do poeta.

 

«The god of the labyrinth» (ll. 103-104) era livro

a) de Jorge Luis Borges.

b) escrito por personagem de conto de Pessoa.

c) escrito, supostamente, por Herbert Quain.

d) escrito por heterónimo de Pessoa.

 

O verbo auxiliar do complexo verbal «Devia ficar» (l. 105) tem valor

a) temporal de anterioridade.

b) modal deôntico.

c) modal epistémico.

d) modal apreciativo.

 

«Vamos» (l. 115), dito por Pessoa e replicado logo por Reis, vale como expressão deítica

a) pessoal.

b) temporal e espacial.

c) pessoal, temporal, espacial.

d) temporal.

 

«Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll. 83-84) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:

a) ________.

 

«Deixo o mundo aliviado de um enigma» (ll. 112-113) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes sublinhados:

a) ________;

b) ________.

 

Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (ll. 99-100):

a) ________;

b) ________;

c) ________.

 

Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 102-103):

a) ________;

b) ________.

 

Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 109-110):

a) ________;

b) ________.

Eis o grupo III da 2.ª fase do exame nacional do ano passado (2021). Como se vê, tratou-se de uma apreciação crítica (e não de texto de opinião, o outro formato comum):

Grupo III

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a apreciação crítica da pintura A Engomadeira, da autoria de José de Almada Negreiros.

O seu texto deve incluir:

– a descrição da imagem apresentada, destacando elementos significativos da sua composição;

– um comentário crítico, fundamentando a sua apreciação em, pelo menos, três aspetos relevantes e utilizando um discurso valorativo.



José de Almada Negreiros, A Engomadeira, 1938, in www.gulbenkian.pt (consultado em outubro de 2020).

Redige a apreciação crítica pedida numa das provas do ano passado, mas fazendo que cada período comece com letra de três nomes teus. No slide dou exemplo como seria com LUIS ANTONIO PRISTA. No primeiro parágrafo usaria L, U, I, S como iniciais de cada período. No segundo parágrafo, haveria A, N, T, O, N, I, O. No terceiro, e último, ...

Logo ao primeiro relance, a pintura de Almada surpreende pela geometria. Uma gaiola ao canto superior esquerdo é rigorosamente cúbica. Inesperadas, pela sua perfeição retangular, surgem três frestas de janela. Sobre o ferro a carvão, a engomadeira debruça-se com ombros e braços (e cabelo desgrenhado) a constituírem um ângulo agudo, agudíssimo.

A um olhar mais atento, não escapam as cores. Na verdade, predominam verdes […]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Classifica as orações.

«A Terra Gira» (Os Quatro e Meia)

Eu não sei     ________

Nem como nem quando aqui cheguei.     Substantiva(s) (coordenadas entre si)

Sem saber,

Dou por mim a viver a correr.

 

E o mundo segue

Sem olhar para nós.

Queremos tudo,     __________

Mas vivemos tudo a sós.     Coordenada ________

 

A terra gira em contramão,

Ficamos tontos sem direção,

Corremos até nos faltar o ar     Coordenada _________

E a vida vai ficando para depois

E continuamos os dois a sonhar.     Coordenada _________

 

Mal me vi

No caminho até chegar aqui,

Sem contar

Corro às cegas

Sem saber onde chegar.

 

E o mundo segue

Sem olhar para nós.

Queremos tudo,

Mas vivemos tudo a sós.

 

A terra gira em contramão,     ___________

Ficamos tontos sem direção,     ____________

Corremos até nos faltar o ar

E a vida vai ficando para depois     ___________

E continuamos os dois a sonhar.

 

E a terra gira em contramão,

Ficamos tontos sem direção,

Corremos até nos faltar o ar

E a vida vai ficando para depois

E continuamos os dois a sonhar.

 

Bis

 

E, mal nos encostamos aos lençóis     Subordinada adverbial __________

Com a lua iluminando este T2,

Num instante adormecemos os dois,     __________ (e Coordenada)

Mas logo chega a hora de acordar.     __________

TPC — [para os dos quartos de final de LE e de LC:] prepara leitura de Cesário Verde; [para todos:] completa a apreciação a «A Engomadeira» começada em aula; [para todos, mas só para sexta:] prepara recitação de poema que indicar (aqui).

 

 

Aula 155-156 (31/mai [1.ª], 1/jun [3.ª]) Correção de questionário sobre «A Partida» (e recolha de apreciações críticas).

Correção da parte de funções sintáticas do questionário feito na última aula

«Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll. 83-84) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:

a) complemento direto.

«Deixo o mundo aliviado de um enigma» (ll. 112-113) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes sublinhados:

a) complemento direto;

b) predicativo do complemento direto.

Correção da parte de orações do questionário feito na última aula

Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (ll. 99-100):

a) subordinante;

b) subordinada adverbial final;

c) subordinada substantiva completiva.

Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 102-103):

a) coordenada;

b) coordenada assindética.

Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 109-110):

a) subordinante;

b) subordinada adjetiva relativa restritiva.

 

 

Leituras de Cesário Verde para Quartos de Final das duas Ligas (ver aqui — pp. 122-129 deste PDF — as quatro partes de »O Sentimento dum Ocidental»)

 

12.º 1.ª

 

Liga dos Campeões

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

Quartos de final

(α) João F.

 

 

(ζ) Francisca S.-L.

 

 

[ι]

(β) Francisca P.

 

 

(ε) Nuno

 

 

[κ]

(γ) Daniel

 

 

(θ) Francisco

 

 

[λ]

(δ) Ricardo N.

 

 

(η) Diogo

 

 

[μ]

Semi-finais

(ι)

 

 

(κ)

 

 

[ν]

(λ)

 

 

(μ)

 

 

[ξ]

Final

(ν)

 

 

(ξ)

 

 

[φ]

 

Liga Europa

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

Quartos de final

(A5) Tiago

 

 

(ζ) Ricardo M.

 

 

[η]

(B5) Catarina

 

 

(δ) Maria

 

 

[θ]

(C5) Inês

 

 

(γ) Mariana D.

 

 

[ι]

(D5) Tomás

 

 

(ε) Diana

 

 

[κ]

Semi-finais

(η)

 

 

(κ)

 

 

[λ]

(θ)

 

 

(ι)

 

 

[μ]

Final

(λ)

 

 

(μ)

 

 

[ω]

 

Supertaça

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

(φ)

 

 

(ω)

 

 

 

 

12.º 3.ª

 

Liga dos Campeões

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

Quartos de final

(α) Inês S.

 

 

(ζ) Madá

 

 

[ι]

(β) Inês G.

 

 

(ε) Mariana

 

 

[κ]

(γ) Henrique

 

 

(θ) Margarida R.

 

 

[λ]

(δ) Pina

 

 

(η) Joana N.

 

 

[μ]

Semi-finais

(ι)

 

 

(κ)

 

 

[ν]

(λ)

 

 

(μ)

 

 

[ξ]

Final

(ν)

 

 

(ξ)

 

 

[φ]

 

Liga Europa

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

Quartos de final

(A5) Martinho

 

 

 

(ζ) Neves

 

 

 

[η]

(B5) Leonor

 

 

 

(δ) Margarida S.

 

 

 

[θ]

(C5) Eduardo H.

 

 

 

(γ) Tiago

 

 

 

[ι]

(D5) Eduardo C.

 

 

 

(ε) João C.

 

 

 

[κ]

Semi-finais

(η)

 

 

(κ)

 

 

[λ]

(θ)

 

 

(ι)

 

 

[μ]

Final

(λ)

 

 

(μ)

 

 

[ω]

 

Supertaça

 

Leitor

Eu

Mestre

Leitor

Eu

Mestre

Vencedor

(φ)

 

 

(ω)

 

 

 

TPC — Todos devem ir preparando, para sexta, recitação de soneto de Pessoa que lhes tenha calhado (ver aqui). Apurados para as semi-finais (da Liga dos Campeões e da Liga Europa) devem preparar leitura dos sonetos de Jorge de Sena que lhes cabem (aqui). (Entretanto, não se esqueçam de me ir trazendo livros que lhes tenha emprestado.)

 

 

Aula 157R-157 (1 [1.ª], 2/jun [3.ª]) Correções da tarefa a partir de quadro de Magritte (e representações do amor).

Completa a tabela. (Na coluna da esquerda, a sobre a obra de José Saramago, uso vários trechos tirados do manual Entre Nós e as Palavras, de Alexandre Dias Pinto e Patrícia Nunes.)

Título, género, espaço, sociedade

O Ano da Morte de Ricardo Reis

Locke

O título esclarece-nos sobre o foco principal e o género da obra.

O título inclui nomes próprios, dois antropónimos, primeiro nome e apelido da personagem principal. Mas antes do complemento do nome «Ricardo Reis», temos palavras que parecem evocar o género ____. Com efeito, «O Ano da Morte» faz adivinhar que se trata também de relatar um dado período de tempo e que o romance visa acompanhar a história de Portugal numa fase crucial do século _____.

O título socorre-se de um nome próprio, um antropónimo, o apelido da personagem principal. Esta escolha deve significar que se pretende realçar a ____ do herói. Com efeito, mostra-se-nos Ivan Locke sozinho com as suas resoluções, que explicita aos outros sem hesitar, raciocinando agora apenas para levar a cabo as decisões que já tomara. Algures se considera este filme um thriller _____.

Ambas as obras se movem entre a história, a ficção e a sociedade.

A ação da obra cruza-se com os acontecimentos históricos, as personagens acompanham os acontecimentos sociais e políticos e são afetados por eles: Reis é interrogado pela polícia política do _____, cruza-se com os espanhóis fugidos à Guerra Civil; o irmão de Lídia, Daniel Martins, morre na revolta dos marinheiros; etc.

O narrador está conotado com uma perspetiva progressista da realidade política, que contrasta com a visão _____ do Estado Novo.

O filme não deixa de retratar situações que revelam preocupações de ordem _____ (as relações familiares, a solidão, as hierarquias profissionais, o desporto e a televisão), ainda que nos pareçam menos programáticas do que as do livro de Saramago).

Os contactos de Ivan dão-nos ideia de diversos perfis profissionais: Donal, os _____, o albanês, outros biscateiros (versus patrão em Chicago; e chefe local), funcionários da Câmara, etc.

Espaço é determinante da ação.

______ é o lugar geográfico em que a ação se desenrola. A rede de ruas forma o labirinto que Reis percorre nas suas deambulações pela cidade e do qual não consegue _____. A personagem sente-se perdida e presa em Lisboa e às circunstâncias sociais e políticas do seu ______.

A capital portuguesa é um lugar carregado de memórias do passado que assumem significados para o presente. Nela coexistem o Tejo, o Terreiro do Paço ou a ______ de Camões. Por exemplo, o cais de Lisboa e as estátuas de Camões e do Adamastor são inevitavelmente conotados com o tempo dos feitos heroicos da expansão, que contrasta com o _______ medíocre e cinzento.

Quanto ao espaço físico, o ______ é o lugar onde a ação visível se desenrola. A autoestrada que liga a Londres a cidade em que vive Ivan é o caminho que o protagonista percorre e do qual não pretende _____. A personagem sente-se condicionada no carro, mas procura controlar as circunstâncias daquela ______.

Através do telefone mantemo-nos ao corrente do que se passa nos outros espaços em que se concentram as outras linhas de ação (a casa, a _____, o estaleiro da obra). O espaço de que o herói não pode sair constrange-o mas não é obstáculo inultrapassado (cfr. o esquecimento do livro-guia). Serve também para diálogos monologais com o pai que lembram um _____ frustrante.

Num dos episódios finais de Último a sair, Rui Unas e Bruno Nogueira ensaiam clichés para usarem assim que um deles seja expulso. Quando, às vezes, lhes critico o uso de lugares comuns em redações, estou a pensar, no fundo, no que se vai designando agora mais como «cliché» (< fr. cliché, ‘chapa ‘).

Classifica a função sintática que desempenham os constituintes sublinhados.

Clichés de despedida (e supostos clichés)

Funções sintáticas

Se tu saíres, eu também saio.

modificador (de frase)

A casa não será a mesma coisa sem ti, Rui.

 

Eu fico lá fora, à tua espera, meu.

 

Até a barraca abana.

 

A casa, sem ti, vai ficar muita vazia, meu.

 

Foi o país e o mundo.

 

Que dizem os teus olhos?

 

Eles só passam as imagens que lhes convêm.

 

Quando lavas os pés, vais mesmo lá abaixo ou esfregas os pés um no outro?

modificador (do grupo verbal)

Outros trechos

Funções sintáticas

Faltam aqui coisas, tipo...

 

Estás a ver, correu-me mal.

 

Só havia uma hipótese de ele não sair.

 

Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de tal coisa.

 

Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de tal coisa.

 

 

[Meias-finais das duas Ligas]

Os quatro poemas que se seguem foram escritos por Jorge de Sena, em 1961 («Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena», Metamorfoses, Lisboa, Moraes, 1963).

Se excetuarmos as palavras «gramaticais» (preposições, ______, determinantes, pronomes) e algumas transposições do grego, há sobretudo vocábulos criados pelo poeta, ainda que seguindo os padrões morfológicos do português (são, quanto à formação, palavras ______).

Também as características de versificação esperáveis são efetivamente cumpridas, já que, em termos de métrica, temos versos ______, e a rima das quadras é _____ e emparelhada, enquanto que, nas duas estrofes finais dos sonetos, surgem os esquemas rimáticos C-C-____ (para o primeiro e último poemas) e C-D-_______, C-D-____ (no segundo e terceiro sonetos).

Reconhecemos também as classes da maioria das palavras inventadas por Sena («sussúrica» será ______; «escalca», verbo; «transcêndia», _____), bem como percebemos certas categorias («palquitonará» há de ser uma 3.ª pessoa do singular do _______ do Indicativo; «fissivirão», uma 3.ª pessoa do ______ do mesmo tempo; «refucarai», a 2.ª pessoa do plural do ______).

Quanto a mim, há dois casos em que Sena decidiu mal as grafias. No terceiro soneto há uma acentuação impossível no sistema ortográfico português: «______» nunca poderia ter o acento gráfico que lhe foi posto, já que, mesmo sem ele, era já uma palavra grave. Também não concordo com a grafia «______», no segundo soneto, pois que a formação do plural implicava um «res» (compare-se: «júnior», «juniores»). No último soneto, torço o nariz à acentuação gráfica de «meláina» e «Hefáistos».

 

I — PANDEMOS

Dentífona apriuna a veste iguana

de que se escalca auroma e tentavela.

Como superta e buritânea amela

se palquitonará transcêndia inana!

 

Que vúlcios defuratos, que inumana

sussúrica donstália penicela,

às trícotas relesta demiquela,

fissivirão bolíneos, ó primana!

 

Dentívolos palpículos, baissai!

Lingâmicos dolins, refucarai!

Por mamivornas contumai a veste!

 

E, quando prolifarem as sangrárias,

lambidonai tutílicos anárias,

tão placitantes como o pedipeste.

 

II — ANÓSIA

Que marinais sob tão pora luva

de esbranforida pela retinada

não dão volpúcia de imajar anteada

a que moltínea se adamenta ocuva?

 

Bocam dedetos calcurando a fuva

que arfala e dúpia de antegor tutada,

e que tessalta de nigrors nevada.

Vitrai, vitrai, que estamineta cuva!

 

Labiliperta-se infanal a esvebe,

agluta, acedirasma, sucamina,

e maniter suavira o termidodo.

 

Que marinais dulcífima contebe,

ejacicasto, ejacifasto, arina!...

Que marinais, tão pora luva, todo...

 

III — URÂNIA

Purília amancivalva emergidanto,

imarculado e rósea, alviridente,

na azúrea juventil conquinomente

transcurva de aste o fido corpo tanto...

 

Tenras nadáguas que oculvivam quanto

palidiscuro, retradito e olente

é mínimo desfincta, repente,

rasga e sedente ao duro latipranto.

 

Adónica se esvolve na ambolia

de terso antena avante palpinado.

Fímbril, filível, viridorna, gia

 

em túlida mancia, vaivinado.

Transcorre uníflo e suspentreme o dia

noturno ao lia e luçardente ao cado.

 

IV — AMÁTIA

Timbórica, morfia, ó persefessa,

meláina, andrófona, repitimbídia,

ó basilissa, ó scótia, masturlídia,

amata cíprea, calipígea, tressa

 

de jardinatas nigras, pasifessa,

luni-rosácea lambidando erídia,

erínea, erítia, erótia, erânia, egídia,

eurínoma, ambológera, donlessa.

 

Ares, Hefáistos, Adonísio, tutos

alipigmaios, atilícios, futos

de lívia damitada, organissanta,

 

agonimais se esgorem morituros,

necrotentavos de escancárias duros,

tantisqua abradimembra a teia canta.

Completa (em geral, com termos de narratologia ou com nomes de personagens):

Tempo do discurso vs. Tempo da história

O Ano da Morte de Ricardo Reis

Locke

Há alterações na ordem dos acontecimentos?

Os acontecimentos do enredo são relatados, predominantemente, numa sequência cronológica linear. Há, no entanto, leves transgressões dessa linearidade _______, quando se alude a acontecimentos passados ou futuros.

A ______ não é recurso essencial, mas, por vezes, somos informados de factos anteriores à história que está a ser narrada (há alusões sobretudo a factos anteriores à intriga mas da vida de Fernando Pessoa, mais do que da história em geral). As ______ são mais significativas, até porque costumam ser menos habituais nos romances. Neste caso, temos, por exemplo, como objeto de antecipação o 25 de abril de 1974.

O discurso do ______ é atravessado por outros discursos. Destacam-se os textos dos jornais e da rádio, que irrompem na _______ e desenham a imagem de um Portugal idealizado, sob a batuta de Salazar. Também emergem as referências a obras literárias (cfr. intertextualidade).

Não há propriamente analepses ou prolepses, uma vez que o tempo do discurso (medido em «película» de filme) e o tempo da ______ (no fundo, o de uma viagem de carro entre duas cidades inglesas) parecem coincidir completamente.

Pretende-se que acreditemos que a ação decorre «em direto» (abordagem que implica não haver distorções entre tempo da história e do ______). Há alusões ao passado, mas apenas na conversa entre personagens (entre Locke e ______ ou Katrina, sobretudo relativamente a um dia de há sete meses; ou em desabafos dos colegas de trabalho de Locke, acerca dos nove ou dez anos anteriores).

Não se pode considerar que essas menções ao passado por parte das personagens constituam alterações da ______ dos acontecimentos. O mesmo se diga de intenções quanto ao _____, reveladas aqui e ali, por parte de Locke ou das duas mulheres. São apenas isso: atos de fala de cada uma das personagens.

Há distorções na duração (omissões, resumos, pausas)?

Não são muito significativas as omissões (por elipse ou por resumo), embora, é claro, como em qualquer romance, sejam evitadas as repetições: o quotidiano do protagonista não nos pode ser constantemente relatado. Logo que as ações típicas estão suficientemente ilustradas, cabe-nos assumir que, durante aquela época da ______, Ricardo Reis cumpriria dias semelhantes.

Ao contrário, haverá zonas em que o relato parece demorar-se excessivamente, ______ a velocidade da narrativa, uma vez que a narração é entrelaçada com comentários e digressões do narrador, que interpreta os acontecimentos, para dar conta das circunstâncias em que o povo português vive em 1935 e 1936. Nesses passos, o tempo do ______ parece mais lento do que o da história.

A duração do discurso, no caso do cinema, corresponderá ao que demora o filme a ser visto (num livro, a duração do ______ pode ser medida em páginas). Tal como se viu acontecer em termos de ordem, também quanto à duração em Locke se assume haver completa equivalência entre o tempo da ação e o da nossa receção.

Por exemplo, somos instados a crer que não há ______ e que, portanto, não houve momentos mortos na viagem: Locke esteve sempre ao telemóvel ou em monologais ajustes de contas com o ____ (e estes monólogos até parecem demorar o tempo «real»). Se considerássemos dentro da diegese o que originara a ação presente, poder-se-ia dizer que se recorrera a _____, incluídos nos diálogos, para se conseguir incorporar, compactados, esses longos sete meses.

TPC — Prepara recitação. Vai trazendo livros que tenha emprestado.

 

 

Aula 158-159 (3/jun [1.ª, 3.ª]) Recitações (com sonetos de Pessoa e Campos).

Escolhe um soneto (dentre esses vinte e oito) e comenta-o. Num parágrafo final inclui alguma aproximação / analogia / contraste / alusão a/com O ano da morte de Ricardo Reis.

Trata-se do soneto n.º __, cujo primeiro verso é «___________», um poema de Álvaro de Campos / de Fernando Pessoa ortónimo. O sujeito poético ...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Identifica o valor temporal, aspetual ou modal dos segmentos sublinhados:

Minha mãe está sempre certa (Os Quatro e Meia)

 

Ela disse-me ao jantar

Tens o prato p’ra acabar     modalidade: ______

A cenoura é p’ra comer

Dos teus olhos vai fazer     tempo: ______

Duas estrelas a brilhar

 

Ela disse meu menino

Tu ainda és pequenino     aspeto: ______

Mas o tempo corre louco     aspeto: ______

E todo o empenho é pouco

P’ra guiares o teu destino

 

Ela lê no meu olhar

Ou na minha alma aberta

Não sei bem como consegue     tempo: ______

Mas por muito que eu o negue

Minha mãe está sempre certa     modalidade: ______

 

Ela disse-me atenção

Vai vestir o teu blusão     modalidade: ______

Olha que de madrugada

Já faz frio e há geada     aspeto: ______

E não estamos no verão

 

Ela disse tens de ver     modalidade: ______

O que está a acontecer     aspeto: ______

Olha que essa rapariga

É muito mais que uma amiga

E não a queres perder

 

Ela lê no meu olhar

Ou na minha alma aberta

Não sei bem como consegue     modalidade: ______

Mas por muito que eu o negue

Minha mãe está sempre certa

 

Ela disse tem cuidado     tempo: ______

Vê se abrandas um bocado

Não ponderas nem sossegas

Não pertences nem te entregas

De verdade a nenhum lado

 

Ela disse meu rapaz     aspeto: ______

Sabes bem do que és capaz

O mundo espera por ti

Segue em frente e sorri

Não queiras ficar para trás

 

Ela no meu olhar     aspeto: ______

Ou na minha alma aberta

Não sei bem como consegue

Mas por muito que eu o negue

Minha mãe está sempre certa

 

Ela lê no meu olhar

Ou na minha alma aberta

Não sei bem como consegue

Mas por muito que eu o negue

Minha mãe está sempre certa

Minha mãe está sempre certa

Minha mãe está sempre certa

 

 

 

Aula 160-161 (7/jun [1.ª, 3.ª]) Entregas, últimas correções.

Finais das duas Ligas

Poemas de Fernando Pessoa para as finais

Para a Liga Europa [campeões: Maria (12.º 1.ª); João C. (12.º 3.ª); vice-campeões: Tomás (12.º 1.ª); Margarida S. (12.º 3.ª)]:

 

Liberdade

(falta uma citação de Séneca)

Ai que prazer

Não cumprir um dever,

Ter um livro para ler

E não o fazer!

Ler é maçada,

Estudar é nada.

O sol doura

Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,

Sem edição original.

E a brisa, essa,

De tão naturalmente matinal,

Como tem tempo não tem pressa.

 

Livros são papéis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa em que está indistinta

A distinção entre nada e coisa nenhuma.

 

Quanto é melhor, quando há bruma,

Esperar por D. Sebastião,

Quer venha ou não!

 

Grande é a poesia, a bondade e as danças...

Mas o melhor do mundo são crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca

Só quando, em vez de criar, seca.

 

O mais do que isto

É Jesus Cristo,

Que não sabia nada de finanças

Nem consta que tivesse biblioteca...

 

Para a Liga dos Campeões [campeões: Ricardo N. (12.º 1.ª); Inês G. (12.º 3.ª); vice-campeões: Nuno (12.º 1.ª); Henrique (12.º 3.ª)]:

 

Saudade dada

 

Em horas inda louras, lindas

Clorindas e Belindas, brandas,

Brincam no tempo das berlindas,

As vindas vendo das varandas.

De onde ouvem vir a rir as vindas

Fitam a fio as frias bandas.

 

Mas em torno à tarde se entorna

A atordoar o ar que arde

Que a eterna tarde já não torna!

E em tom de atoarda todo o alarde

Do adornado ardor transtorna

No ar de torpor da tarda tarde.

 

E há nevoentos desencantos

Dos encantos dos pensamentos

Nos santos lentos dos recantos

Dos bentos cantos dos conventos...

Prantos de intentos, lentos, tantos

Que encantam os atentos ventos.

 

Último trecho deCantar 2

Frei Luís de Sousa, atos II e III

Nas tragédias, costuma acontecer os protagonistas desafiarem o _____. O coala Buster Moon assegura ao lobo Crystal que Clay Calloway entrará no espetáculo. Essa _____ foi a sua híbris (húbris ou hybris).

Nas _____, costuma acontecer os protagonistas desafiarem o destino. O casal Coutinho casou sem poder ter a certeza absoluta de que D. João de Portugal morrera. Essa _____ foi a sua híbris (húbris ou hybris).

A angústia que se segue à hybris só terminará com o regresso de Clay. Inicialmente, porém, tudo corre mal: Clay trata mal Crawley; ____ percebe que Moon o enganara; o cantor-eremita não cede aos argumentos de Ash e Moon.

A angústia, mais evidente em Madalena, só terminaria se houvesse prova da morte de ____. Ora, é verdade que o tinham procurado muito sem o encontrar, mas, vinte um anos depois, ainda faltava a tal prova.

Entretanto, a trupe ficara a ensaiar em Redshore City, enquanto Moon e Ash viajavam até à mansão de ____. O ambiente nos ensaios é de trabalho quase militar, sob a coordenação firme de Miss Crawley, que não se coíbe de repreender Porsha.

Entretanto, a família vai a Lisboa (agradecer; ver a tia Joana de Castro), ficando em Almada Madalena e o cunhado (frei ____). É um dia fatal (sexta-feira; aniversário de Alcácer Quibir; aniversário do primeiro casamento de Madalena; aniversário ainda da primeira vez que Madalena vira Manuel).

Ash pede para ficar a tentar convencer Clay enquanto Moon regressa aos ____.

Ash anuncia a Moon que Clay aceitou participar no espétaculo e ele mesmo lho confirma.

Madalena pede a Miranda que fique no cais enquanto a família não regressar de Lisboa.

Miranda anuncia a Madalena que um _____ pede para ser recebido e só com ela falará.

O medo de Moon atinge o ponto máximo quando é chamado à presença de _____, que lhe diz estar informado de que não há ligação de Clay ao grupo de Buster, o ameaça ferozmente e se apresta a atirá-lo do alto do edifício (o que só não sucede por o lobo ser chamado a uma _____, ficando Moon, provisioriamente, encarcerado numa divisão).

O sofrimento de Madalena (pathos) vai atingir o seu ponto máximo (clímax) quase no final do ato II, quando se dá o reconhecimento (anagnórise), pelo romeiro, da figura de ______ entre os retratos (Madalena não chega a perceber que o romeiro é o próprio João; Jorge é que o adivinha: «Romeiro, romeiro, quem és tu?»/«_____!».)

Como se trata de uma comédia, o que parecia catastrófico vai ser resolvido, superando-se os obstáculos que vão aparecendo (as dificuldades de ____ com a dança são resolvidas com a ajuda de uma dançarina de rua; a boa imitação de um beijo por _____ vai ser conseguida através da presença de um elefante por quem se apaixonara; _____ saltará a fim de salvar Moon; Clay, depois de hesitar em cima da hora, acaba mesmo por reaparecer).

Como se trata de uma tragédia, a catástrofe vai implicar o fim da família, ainda que haja algumas tentativas de que o desfecho seja diferente (_____, ignorando quem é o romeiro, estranha que não se encare outra solução, o que aliás é secamente rejeitado por Manuel; João de Portugal pede a _____, que quase não o reconhecera, que diga ser ele um impostor; e, já na penúltima cena, ____ insurge-se contra a inflexibilidade dos pais).

Tudo é um grande êxito. Todos se redimem, incluindo a mimada ____, o vaidoso Darius. Só o lobo mau Crystal fica sozinho na própria sala em que decorrera o espetáculo, até ser mandado prender pela cadela vira-casacas ____.

Tudo já está determinado pelo destino. Para se redimirem, Madalena e _____ separam-se, abandonando a vida secular. _____ morre («de vergonha») na própria igreja em que os pais se estão a ordenar.

 

Até 15 de junho: Concurso literário José Gomes Ferreira (entrega na BE).

 

[A todos:] que lhes corra tudo muito bem, agora e pela vida fora. Não queremos cá Pessoas, nem Campos, nem Reis, nem mesmo o ingénuo do Caeiro ou o estoico do Ivan Locke. Uma mistura do mais feliz de Gunter, Moon, Ash, e os outros a vosso gosto, é o meu voto. Enfim, tendencialmente personificados.

 

[Aos que vão a exame de Português:] irei pondo em Gaveta de Nuvens — no final da página de entrada — «cábulas» para exames (mistura de conselhos práticos e alguma revisão do que me parece merecedor do nosso foco); serão «posts» que procurarão cobrir o que é mais útil tratar.

Será para ser lido mas irei pondo também apresentações comentadas oralmente, para não ser muito cansativo). Em cada dia até ao exame tentarei ir pondo alguma coisa. Mas há matérias que são mais estudáveis por iniciativa vossa. Para já, sugiro:

 

Ter convosco os três manuais (10.º ano; 11.º ano, 12.º ano).

Ler de novo um dos contos que estão no manual na unidade 2:

o de Maria Judite de Carvalho — «George» (pp. 150-155) —,

o de Manuel da Fonseca — «Sempre é uma companhia» (pp. 136-142) —,

ou o de Mário de Carvalho — «Famílias desavindas» (pp. 163-165).

Procurar, relativamente a esse conto (basta um) ficar com a capacidade de o recontar, analisar estruturalmente.

Rever um dos poetas estudados (Miguel Torga; Eugénio de Andrade; Ana Luísa Amaral; as sínteses sobre cada um estão nas pp. 194, 207, 225). Perceber algumas das características recorrentes da sua poesia.

Reler capítulos 1 (introdução) e 5 (repreensões a quatro peixes em particular) do «Sermão de Santo António». Compreender toda a estrutura do sermão.

Responderei a qualquer dúvida no próprio dia: luisprista@netcabo.pt.

Se vir que vale a pena pôr materiais via Classroom, enviarei para os que me dizem ir (ou poder ir) a exame; porém, em princípio preferirei ir deixando as tais cábulas no blogue, sem estar a ser intromissivo.

3.º período — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)


Leitura

Aula

Questionário sobre «A Partida», trecho de O ano da morte… (aula 153-154)

 

Procura em livros de frases aforísticas relacionáveis com O ano da morte… (aula 141-142)

Observação direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas

Escrita

Aula

Redação descritiva, com chegada a uma cidade (aula 129-130)

 

Comentário sobre Marcenda e ideologia de odes de Reis (aula 131-132)

Comentário comparativo entre passo de Último a sair e O ano da morte… (aula139-140)

Exposição de uma parte C de exame, sobre história em O ano da morte… (aula 143-144)

Comentário sobre amor em O ano da morte… a partir de quadro de Magritte (aula 148-149)

Comentário a soneto de Fernando Pessoa ou Álvaro de Campos (aula 158-159)

Casa

Redação de texto de opinião de grupo III de exame (tepecê de 138R-138)

Criação de versos pastiches de cada Pessoa a partir de Sleepwalk (tepecê de CXLI-CXLII)

Apreciação crítica a «A Engomadeira», de Almada Negreiros (tepecê de 153-154)

Oral + Educação literária

Casa

Aula

Leituras expressivas de sonetos de Camões (a partir do tepecê da aula 129-130)

 

Leituras expressivas de sonetos de Antero [e Sena] (a partir do tepecê da aula 141-142)

Recitação de sonetos de Pessoa (a partir do tepecê da aula 153-154)

Gramática

(Casa)

Aula

[Questionário sobre «A Partida», trecho de O ano da morte… (aula 153-154)]

 

Criação de texto segundo matriz sintática, dada uma imagem de Pessoa (aula 145-146)

Observação direta da atenção nos momentos em que se trata de ouvir explicações de conteúdos

Assiduidade, pontualidade, material

 

 

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