Aulas (3.º período: 145-161)
Aula
145-146 (17 [1.ª], 18/mai [3.ª]) Correção de redação
de item 7 (parte C):
Nos critérios de classificação estipulava-se o seguinte: 7.
Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente
relevantes.
Em
O Ano da Morte de Ricardo Reis, é evidente o olhar crítico do narrador
sobre:
‒ a
opressão
vivida durante o Estado Novo, patente, por exemplo, no controlo exercido pela
PVDE/pela polícia
política
sobre a população
e na existência
de delatores;
‒ a
repressão de manifestações de revolta, como a que ocorreu durante a sublevação
dos marinheiros;
‒ a
manipulação
da informação
transmitida pelos meios de comunicação social, por exemplo, sobre as notícias da guerra na Europa;
‒ a
propaganda política,
patente, por exemplo, no enaltecimento de Salazar, perspetivado como um modelo
para os outros países/como o «salvador» da pátria.
Nota
que os critérios apresentam o assunto da crítica de modo genérico (a opressão
durante o Estado Novo ... / a repressão de manifestações... / a manipulação da
informação ...) e citam as evidências no enredo da obra apenas enquanto
exemplos (controlo pela PVDE, reação à sublevação dos marinheiros,
notícias ...). Receio que alguns de
vocês passassem diretamente aos exemplos, por não lhes ser fácil encontrar os
tais termos generalizadores. É um treino que é preciso fazer.
Isto
também é verdade para o Grupo III: distinguir tese (a vossa posição quanto ao
assunto em causa), argumentos (ou seja em que se baseiam para ter tomado a
posição definida na introdução) e respetivos exemplos (casos concretos que
comprovam o argumento que deram).
1. [Acrescenta
as formas verbais que suprimi]
No
início do excerto, o sentimento dominante em Lídia ___ a tristeza, provocada
pela frustração, pelo vazio, por achar que a sua presença ali _____ de
justificar-se. O reconhecimento e a proximidade de Ricardo Reis ______-lhe
contentamento, realização, plenitude. _____-se, então, a ansiedade e o desejo.
1.1 [Acrescenta
os nomes em falta]
O
momento de despir a ______ e vestir a sua roupa corresponde ao arrefecimento do
corpo e das emoções. A nudez desvenda-a como _______, liberta de uma qualquer
condição social, que ama e se sente amada.
2. [Acrescenta
os advérbios]
A metáfora da
primavera celebra o amor sensual, o rejuvenescimento tardio, mas ______
compensador. A modalização final («talvez») _______ se aproxima da formulação
de um desejo, favorecendo a cumplicidade do leitor.
Completa o quadro também na p. 277 («Escrita», 1),
substituindo nas minhas soluções as palavras disparatadas pelas corretas. Na
solução para cada quadrícula pus uma palavra da minha lavra (portanto,
disparatada).
Estatuto social —
Estatuto social elevado (encontros ao jantar, na sala de estar do hotel, no
teatro, visitas, intensíssimo contacto físico)
Retrato físico — De
aparência muito jovem e delicada, impossibilitada de usar a mão central.
Familiares / — ligação ao contexto político — Submissão ao genro / — ligação de cumplicidade passiva com
o regime (contacto com os diversos meios de propaganda, espetáculos, livros,
Fátima)
Papel na relação —
Papel decisivo na relação: - marcação do primeiro encontro, visitas (casota e
consultório), cartas, separação. / Separação, permanência num poema.
Vivências de Reis —
Curiosidade, pedofilia, dúvida.
Os nomes / relação intertextual com as Odes — Nome inscrito num poema escrito depois da separação (poema
existente do heterónimo queirosiano).
Pensa
nas perguntas 2 e 3 no final da p. 277, ambas sobre Lídia e Marcenda.
Relativamente ao ponto 3, sem escreveres propriamente, regista o que darias
como um dos argumentos e o exemplo respetivo, depois de decidida a tua posição
(que ficaria só numa introdução que houvesse).
Antes
de anotares esse argumento e exemplo, lê os dois textos explicativos, ou expositivos,
na p. 278 (de Clara Ferreira Alves e de Maria Alzira Seixo).
Num
dos dias da quarentena de 2020, vinha no Público a fotografia que te
mostrarei, com a estátua de Pessoa, de Lagoa Henriques, na Brasileira, num
Chiado deserto. Escreve um texto, do género que queiras, sobre a imagem. Esse
teu texto deverá ter a seguinte estrutura:
1.º
período — Frase simples.
2.º
período — Subordinada adverbial concessiva + Subordinante.
3.º
período — Subordinada adverbial temporal + Subordinante.
4.º
período — Coordenada + Coordenada assindética + Coordenada copulativa.
5.º
período — Coordenada + Coordenada adversativa (que será também Subordinante da
oração que se segue) + Subordinada substantiva completiva.
6.º
período — Frase simples.
Estive
a experimentar e a mim chegaram-me umas setenta e cinco palavras. Resolve por
isso tudo em cerca de setenta a cem palavras. Estes seis períodos constituiriam
normalmente um único parágrafo, mas admito que, para efeitos de clareza da
resposta, possas pôr cada período num novo parágrafo, ficando assim com seis
parágrafos.
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Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e
Liga Europa)
Vamos procurar
encontrar analogias entre Cantar 2 e Frei Luís de Sousa (que, no
fundo, é a verdadeira obra de leitura integral em todas as escolas no
secundário e, em termos de probabilidade de saída em prova de exame, só terá
rival em Fernando Pessoa).
Início de Cantar 2 |
Frei Luís de Sousa, ato I |
No começo há um encaixe: estamos a assistir a um ________.
Só depois, quando nos é dada uma imagem dos bastidores e de Moon, percebemos
que aquelas peripécias não pertenciam ao ______ nível narrativo. |
Na primeira cena, ouvimos Madalena a ler, e comentar, um
passo de ________, o episódio de Inês de Castro. Na segunda cena, a leitura
de Madalena é interrompida por ______, e é então que começa o diálogo. |
O tópico desta parte é a presença entre a assistência ao espetáculo
— uma adaptação de Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll — de
uma caça-talentos, a cadela ______, estando Buster Moon e o seu grupo
ansiosos com o veredito da importante crítica. _______ vai anotando os gestos
da canina «scouter», informando Moon. A certa altura, porém, Suki abandona a
sala, o que preocupa Moon, que ainda procura convencê-la a ficar e, depois a
irá até seguir no meio do trânsito, com risco de algum acidente _______. |
O ato revela-nos a angústia de Madalena,
motivada pela preocupação com a viagem de regresso do marido, Manuel de _______
Coutinho, que fora a Lisboa, mas, mais fundamente, pela incerteza, que a
intranquiliza há muito, quanto à morte do primeiro marido, D. João de _______.
Telmo, com os seus presságios e alusões a D. João, vai aumentando a ansiedade
de Madalena, que também interage com a filha, Maria, cujo temperamento e
falta de saúde preocupam Madalena e contribuem para tornar o ambiente
premonitório de um final _______. |
O passo termina com Moon a não se ______ com a sentença,
exarada pela cadela «olheira», de que o seu grupo não era suficientemente
bom, e mostrando-se decidido a provar que não era assim, o que vai obrigar a troupe
a viajar para outra _______, a sofisticada Redshore. |
O primeiro ato termina com Manuel de Sousa Coutinho a não se
_______ com a pretensão de os governantes se instalarem no seu palácio, a que
decide pôr fogo, o que vai obrigar a família a mudar para outra casa, ainda
que também em _______, o vetusto palácio de D. João. |
Aula 147R-147 (18 [1.ª], 19/mai [3.ª]) Em leitura na diagonal, percorre os doze sonetos de Antero de Quental e atribui-lhes uma das seguintes classificações quanto ao tópico que em cada um prevalece:
Intervenção
na sociedade (apelo à)
Desilusão
dados os elevados ideais do sujeito poético
Amor
ideal, mulher, sonho
Solidão,
potenciada por noite, natureza
Existência
de Deus (problema da)
Escolhe
um dos sonetos de Antero (que começarás por identificar nesta folha). A tinta,
por favor.
(i)
Comenta um recurso expressivo, que identificarás no soneto, mostrando como se
insere no resto do poema (isto é, como o valoriza).
(ii)
Mostra como o último terceto do soneto é decisivo para a interpretação do
poema.
Soneto escolhido: «____________».
(i)
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(ii)
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Leituras
em voz alta (Liga dos Campeões e Liga Europa)
Classifica
quanto à função sintática os constituintes sublinhados:
Anda
estragar-me os planos
(Salvador
Sobral)
Ah, faltam-me as
saudades e os ciúmes, _________
Já tenho a minha conta de
serões serenos,
Quero ir dançar.
________
Sei por onde vou,
_______
É o melhor caminho,
Não deixo nada ao acaso; c. direto | _______
Por favor, anda trocar-me
o passo.
Tenho uma rotina
Para todos os dias, _______
Há de durar muitos anos;
Por favor, anda estragar-me os
planos. ______
Tira os livros da ordem
certa,
Deixa a janela do quarto aberta, c. direto | ________
Faz-me esquecer que
amanhã vou trabalhar. _______
Ah, faltam-me as saudades
e os ciúmes,
Já tenho a minha conta
de serões serenos, ________
Quero ir dançar.
Um, dois...
Ah, faltam-me as
saudades e os ciúmes, _______
Já tenho a minha conta de
serões serenos,
Tardes tontas,
manhãs mecânicas, _______
Eu quero é ir dançar.
Aula 148-149 (20/mai [1.ª, 3.ª]) Correções (versos ao estilo dos vários Pessoas e Sleepwalk).
Hoje leremos trecho do cap. XIII de O
Ano da Morte de Ricardo Reis. Podemos retomar as sínteses de cada capítulo,
preenchendo as dos capítulos 10 a 13:
Cap. X — Ricardo Reis escreve a Marcenda para a informar da nova
morada. Dias depois deixa o hotel. Na sua primeira noite na casa alugada,
recebe a visita de Fernando Pessoa e falam sobre solidão.
Cap. XI — Lídia vai visitar Ricardo Reis para verificar se está bem
instalado e ele acaba por beijá-la na boca. Dias depois, recebe a visita de (q)
_____, que, pela primeira vez na vida, é beijada por um homem.
Cap. XII — Lídia prontifica-se a cuidar da limpeza da nova casa e os
dois acabam por se envolver. Ricardo Reis escreve uma carta confusa a Marcenda.
Começa, entretanto, a trabalhar, substituindo temporariamente um colega
especialista em coração e pulmões. Esta situação leva-o a escrever novamente a
Marcenda. Entretanto, quase ao fim de um mês, recebe (r). _____ da
jovem, de Coimbra, anunciando que o visitará no consultório.
Cap. XIII — Ricardo Reis encontra-se com Fernando Pessoa junto à
estátua do Adamastor e os dois conversam acerca da relação de Reis (s)
_____ e sobre a vida e a morte. Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com (t)
_____ e, a propósito disso, falam da ida de Ricardo Reis à polícia, de Salazar
e de Hitler. Lídia, enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo
que está com um problema de impotência, o médico repele-a, o que a deixa
tristíssima e sem perceber o que se passava. Marcenda aparece no consultório e
Ricardo propõe (u) ______. Ela recusa, alegando (v) ______.
No texto «Ricardo e Fernando»
(pp. 279-280) o diálogo entre as personagens do heterónimo e de Pessoa acaba
por ser pretexto para se abordar assuntos de «política».
Faz-se uma caracterização quase expositiva
acerca do Estado Novo e de Salazar (parágrafo das ll. 1-21), alude-se também a
Hitler e ao advento do nazismo na Alemanha (22-40) — de certo modo, este tópico
implica uma espécie de «prolepse subentendida», na medida em que supõe que os
leitores sabem o que se passaria depois já no enquadramento da Segunda Grande
Guerra, mesmo se os acontecimentos referidos não são posteriores ao tempo da
ação do romance (1935-1936). Só que o destaque dado ao nacional-socialismo
alemão e a Hitler justifica-se por factos que ainda não sucederam. A partir da
l. 41, aproveita-se a caracterização da situação alemã para se retomar a
crítica ao Estado Novo, agora sobretudo às ligações entre a Igreja e o Estado.
O manual assinala uma referência
intertextual («agora é que Portugal vai cumprir-se» alude ao último verso de
«Infante», o primeiro poema da segunda parte de Mensagem). Mas, mais
explicitamente, também «quando na Mensagem chamei santo a Portugal, lá está,
São Portugal» (ll. 51-52) retoma um poema de Mensagem, «Nun’Álvares
Pereira», no seu antepenúltimo verso.
Relê então «Ricardo e Fernando», nas pp.
279-280 do manual. Responde às perguntas 1.1 e 1.2 da p. 281, completando o que
já está lançado:
1.1 [o que falta são só contrações de preposição + artigo
(nunca preposições simples portanto)]
Um retrato crítico de Salazar, acentuado
____ designação de partes («um quarto»...) é dado ____ enumeração ___ diversas
facetas que este combinava — o paternalismo, a utilização ___ religião como um
___ pilares ___ seu poder, o discurso profético, a representação ___ papel de
salvador ___ Pátria, a política ___ «mão de ferro», continuadora de Sidónio
Pais.
1.2 [o que falta são duas citações]
Exprimem a crítica as afirmações: «_______»;
«______».
No texto abaixo — uma
resposta-modelo ao Grupo III de um exame, com texto de opinião, que procurámos
resolver recentemente, sobre importância das artes na formação —, marca o argumento
1, o respetivo exemplo, o argumento 2 e o seu exemplo.
O futuro da humanidade é
indissociável do progresso científico e tecnológico, mas, tal como no passado,
não deixará de implicar a valorização das artes, enquanto dimensão fundamental
de uma formação de base humanista.
Na verdade, o conhecimento
científico e tecnológico desenvolve-se a um ritmo intenso, o que nos coloca
enormes desafios, entre os quais a urgência da construção de uma sociedade
centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. Deste modo,
a interseção da arte e da tecnologia é um assunto cada vez mais mobilizador e o
caso da Royal College of Arts, uma das melhores universidades de design
do mundo, torna-se emblemático. Esta instituição anunciou recentemente um plano
que aposta no potencial de jovens profissionais que consigam misturar soluções
tecnológicas e criatividade artística.
Podemos, sem dúvida,
questionar: a tecnologia será capaz de eliminar as mais belas expressões de
arte? Creio que a resposta será negativa porque a humanidade nunca perderá
valores essenciais como a sensibilidade e a criatividade. Pelo contrário, a
tecnologia, cada vez mais veloz e ousada, abre enormes perspetivas para
profundas mudanças na literatura, na música, nas artes plásticas, na
arquitetura. Lembremo-nos da importância da tecnologia durante a pandemia na
transmissão de vários eventos artísticos online, como, por exemplo, os
vários concertos em streaming disponibilizados pela Casa
da Música, no Porto.
Em suma, a tecnologia e a
ciência têm vindo a transformar profundamente o homem e o mundo como os
conhecíamos, mas também têm contribuído para o desenvolvimento de ideias e de
projetos que visam a promoção do desenvolvimento da sensibilidade estética e
artística em diferentes suportes tecnológicos.
[266
palavras; resposta modelo roubada a uma sebenta da Areal Editores]
Mostra de que forma a pintura de René Magritte se pode
relacionar com as representações do amor em O ano da morte de Ricardo Reis,
num texto de opinião, com entre duzentas palavras a duzentas e cinquenta
palavras. A tinta. Duas citações.
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Leituras em voz alta (Liga dos Campeões e
Liga Europa)
Vamos continuar a procurar analogias entre Cantar 2 e Frei
Luís de Sousa. Há uma semelhança óbvia quanto ao que é determinante para o
desfecho de filme e peça — uma personagem ausente cujo regresso pode resultar
num fim feliz ou num fim trágico.
Terceiro
trecho deCantar 2 |
Frei
Luís de Sousa, ato II |
Há concentração no _____
e no tempo. Tudo vai decorrer no mesmo edifício, a Crystal Tower, embora em
andares diferentes. Toda a ação está condensada, dado o prazo definido pelo
lobo-magnata _____. É ele que avaliará o resultado, como promete num cartão:
«Não faças ____, Moon. Senão, ...». |
Como é regra das
tragédias, há concentração no espaço e no _____. Este ato II e o ato III
decorrem no mesmo palácio, embora em duas _____ diferentes. Toda a ação
destes dois atos fica condensada em vinte e quatro horas (o ato I decorrera
sete dias antes). O ____, porém, já tudo determinou. |
O regresso de ______
decidirá a vida do grupo de Moon. Havia ____ anos que desaparecera da vista
do público, desde que morrera a sua mulher e se recolhera numa mansão
inexpugnável. Para tentar convencer Clay a regressar, Miss Crawley, num
espampanante carro vermelho, desloca-se à fortaleza do leão misantropo, não
se esquecendo de levar uma cesta de fruta como presente, mas é brutalmente
____, regressando a Redshore City cheia de mazelas. |
O regresso de ______
decidirá a vida da família Coutinho. Havia ____ anos que desaparecera na
batalha de Alcácer Quibir (sete anos depois casou Madalena com Manuel;
passaram entretanto mais catorze anos: Maria, filha do casal, terá agora
treze anos). Neste caso, as personagens não vão em busca de D. João, mas
instalam-se na que fora a sua casa. Madalena reage ao confronto com o velho
ambiente com o mesmo ____ de Miss Crawley após ter tentado chegar à fala com
Clay. |
Entretanto a jovem loba
____, filha de Crystal, aproveita as vertigens de Rosita para se ______ na
preparação do espetáculo. |
Entretanto, a jovem ____,
filha do pecado, aproveita o novo espaço para tentar _____ o passado da mãe
(quem era aquele retratado?). |
TPC — Lê as pp. 242-244 do manual, que tratam de Salazar, e as
pp. 239-241, sobre «A Alemanha nazi» e «A Guerra Civil de Espanha».
Aula 150-151 (24 [1.ª], 25/mai [3.ª]) Correção de trabalho com aforismos.
XIV |
Reis recebe uma carta de Marcenda a assegurar que nunca mais
se voltarão a ver, a pedir-lhe para nunca mais lhe escrever e a informá-lo de
que irá a Fátima. |
Restabelece-se, entretanto, a relação de Reis com Lídia, mas
o médico vai a (v.) _____, com o intuito de ver Marcenda. No entanto,
não consegue encontrá-la. |
|
XV |
Ricardo Reis fica a saber que o colega que está a substituir
vai retomar o seu lugar e isso leva-o a começar a pensar em regressar ao
Brasil. |
Fernando Pessoa visita novamente Ricardo
Reis e os dois falam sobre o facto de Reis continuar a ser vigiado por
Victor, sobre as relações amorosas de ambos e sobre o destino e a ordem. |
|
XVI |
Ricardo Reis escreve um poema dedicado a (w.) _______. |
Lídia comunica-lhe que está grávida e que não tenciona (x.)
__________. |
|
Fernando Pessoa faz nova visita a Ricardo
Reis e os dois falam sobre a perspetiva do regime em relação a diferentes
personalidades e sobre o seu obscurantismo. Durante a conversa, Ricardo Reis
confessa-lhe que vai ser pai e que ainda não decidiu se vai ou não perfilhar
a criança. |
|
XVII |
Ricardo Reis vai visitar Fernando Pessoa ao Cemitério dos
Prazeres e dialogam sobre o golpe militar ocorrido em Espanha. |
Usando um PDF de O
Ano da Morte de Ricardo Reis procurei todas as menções de «Álvaro de
Campos» e «Alberto Caeiro». Cheguei a estes passos — até esperava que
houvesse mais —, que lhes apresento sem nenhuma ordem em especial:
1. «Não penso em casar com a
Lídia, e ainda não sei se virei a perfilhar a criança, Meu querido Reis, se me
permite uma opinião, isso é uma safadice, Será, o Álvaro de Campos também pedia
emprestado e não pagava, O Álvaro de Campos era, rigorosamente, e para não sair
da palavra, um safado, Você nunca se entendeu muito bem com ele, Também nunca
me entendi muito bem consigo»;
2. «Ricardo Reis tirou a
carteira do bolso interior do casaco, extraiu dela um papel dobrado, fez menção
de o entregar a Fernando Pessoa, mas este recusou com um gesto, disse, Já não
sei ler, leia você, e Ricardo Reis leu, Fernando Pessoa faleceu Stop Parto para
Glasgow Stop Álvaro de Campos, quando recebi este telegrama decidi regressar,
senti que era uma espécie de dever, É muito interessante o tom da comunicação,
é o Álvaro de Campos por uma pena, mesmo em tão poucas palavras nota-se uma
espécie de satisfação maligna, quase diria um sorriso, no fundo da sua pessoa o
Álvaro é assim»;
3.«Acho-a muito bonita, e
ficou a olhar para ela por um segundo só, não aguentou mais do que um segundo;
virou costas, há momentos em que seria bem melhor morrer, Eu, que tenho sido
cómico às criadas de hotel, também tu Álvaro de Campos, todos nós. A porta
fechou-se devagar, houve uma pausa, e só depois se ouviram os passos de Lídia
afastando-se»;
4. «O barco onde não vamos é
que seria o barco da nossa viagem, Ah, todo o cais, uma saudade de pedra, e
agora que já cedemos à fraqueza sentimental de citar, dividido por dois, um
verso do Álvaro de Campos que há de ser tão célebre quanto merece, console-se
nos braços da sua Lídia, se ainda dura esse amor, olhe que eu nem isso tive,
Boa noite, Fernando, Boa noite, Ricardo, vem aí o carnaval, divirta-se»;
5.«Ricardo Reis está sozinho
na sua casa, se para almoçar e jantar, vê da janela o rio e os longes do
Montijo, o pedregulho do Adamastor, os velhos pontões, as palmeiras, desce uma
vez por outra ao jardim, lê duas páginas de um livro, deita-se cedo, pensa em
Fernando Pessoa que já morreu, também em Alberto Caeiro, desaparecido na flor
da idade e de quem tanto haveria ainda a esperar, em Álvaro de Campos que foi
para Glasgow, pelo menos dizia-o no telegrama, e provavelmente por lá se
deixará ficar, a construir barcos, até ao fim da vida ou à reforma, senta-se
uma vez por outra num cinema, a ver O Pão Nosso de Cada Dia, de King Vidor, ou
Os Trinta e Nove Degraus, com Robert Donat e Madeleine Carrol, e não resistiu a
ir ao S. Luís ver Audioscópicos, cinema em relevo, trouxe para casa, como
recordação, os óculos de celuloide que têm de ser usados, verde de um
lado, encarnado do outro, estes óculos são um instrumento poético, para ver
certas coisas não bastam os olhos naturais»;
6. «É fácil concluir que sim,
você sabe o que são as educações e as famílias, Uma criada não tem
complicações, Às vezes, Diz você muito bem, basta lembrar-nos do que dizia o
Álvaro de Campos, que muitas vezes foi cómico às criadas de hotel, Não é nesse
sentido, Então, qual, Uma criada de hotel também é uma mulher»;
7. «Não diz mais este jornal,
outro diz doutra maneira o mesmo, Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da
Mensagem, poema de exaltação nacionalista, dos mais belos que se têm escrito,
foi ontem a enterrar, surpreendeu-o a morte num leito cristão do Hospital de S.
Luís, no sábado à noite, na poesia não era só ele, Fernando Pessoa, ele era
também Álvaro de Campos, e Alberto Caeiro, e Ricardo Reis, pronto, já cá
faltava o erro»;
8. «Para dar só um exemplo,
aí temos o Alberto Caeiro, coitado, que, tendo morrido em mil novecentos e
quinze, não leu o Nome de Guerra, Deus saberá a falta que lhe fez, e a Fernando
Pessoa, e a Ricardo Reis, que também já não será deste mundo quando o Almada
Negreiros publicar a sua história».
Comenta
um/dois destes trechos, enquadrando-o(s) na obra e discorrendo acerca dos
efeitos conseguidos em termos narrativos ou estilísticos. Responde nas linhas
da outra folha e usa caneta. Assinala o(s) excerto(s) de que te vais ocupar. (Evita
trapalhices de ortografia ou de sintaxe, revendo bem, sem medo de riscar e
reescrever.)
Vamos contrastar o cap.
XVI de O Ano da Morte de Ricardo Reis e o filme Locke. O
capítulo do livro de José Saramago é importante porque nele se fica a saber que
Lídia está grávida. Será talvez uma oportunidade para depois, quando puderes,
reveres as relações de Reis com as duas personagens femininas, Lídia e
Marcenda, para o que podes usar a coluna ‘Representações do amor’ da tabela
que, no manual, sintetiza o enredo (pp. 246-248).
O ano da morte de Ricardo
Reis,
cap. XVI |
Locke, primeiros quinze minutos |
A ação decorre pouco depois do 10 de junho de 1936, num
quarto na casa da Rua de ______, estando na cama Ricardo Reis e ______. |
A ação decorre num fim de tarde ou começo de noite, dentro
de um carro, que se dirige a _______, em que está apenas _____ Locke. |
Há dois incidentes assinaláveis enquanto Ricardo e Lídia
estão na cama: um tremor de terra; a informação dada por Lídia de que deve
______ («tenho um atraso de dez dias»). |
O foco do enredo durante a viagem são dois acontecimentos na
vida do protagonista: ______; e uma operação de construção civil decisiva. |
Através do discurso do narrador — omnisciente e focalizado
no protagonista —, ficamos a saber que Ricardo Reis está surpreendido e
procura ________ antes de responder («Que foi que disseste[?]»). Depois,
reage com certo alheamento, com _______ («embora ciente de que é sua
obrigação contribuir para a solução do problema, não se senti[a] implicado na
origem dele»). |
Através de um primeiro telefonema — dirigido Bethan, que
declara não amar —, ficamos a saber que Ivan Locke tenta chegar rapidamente a
_______, porque se sente implicado no nascimento que vai acontecer. Os
telefonemas imediatos mostram a sua ________ em avisar a família (estava
combinado um jantar-serão animado) e em contactar subordinados e superiores
da firma em que trabalha. |
Ricardo Reis, «tenteando com mil _______, pesando cada
palavra, distribui as responsabilidades, Não tivemos cuidado». O narrador
acha que Lídia até deveria ter perguntado «Que cuidados devia eu ter tido,
nunca ele se retirou no momento crítico, nunca usou aqueles carapuços de
borracha». No entanto, sem nada lhe _______, ela apenas repete «Estou
grávida, afinal é uma coisa que acontece a quase todas as mulheres, não é
nenhum terramoto». |
Ivan Locke procura com todas as _______ que os filhos não
fiquem ao corrente do que se passa, pedindo a Katrina que use o telefone do
outro andar. Na conversa com a mulher, não lhe oculta nada, mas começa por
contextualizar defensivamente o acontecido — a amante, ocasional, tinha já
quarenta e três anos, não era nenhuma estampa, tinham bebido uns copos. No
entanto, fá-lo mais para atenuar o choque que Katrina iria ter do que para
mitigar a própria ________. |
Só então Reis se _____ a saber as intenções de Lídia
(«Pensas em deixar vir a criança[?]», o que o narrador diz poder ser
percebido como Reis a «sugerir o desmancho»). Lídia, sempre mais serena do
que Ricardo, responde «Vou deixar vir o menino». Perguntar-lhe-á a seguir se
ele não ficara ____ com ela. Ele diz que não, mas, no fundo, está irritado:
«se ela não faz o aborto, , fico para aqui com um filho às costas». E Lídia
diz a Ricardo «as incríveis palavras»: «Se não quiser ______ o menino, não
faz mal, fica sendo filho de pai incógnito, como eu». |
Katrina, que investira muito naquele particular serão — cfr.
salsichas, cerveja, camisola do clube vestida —, começa por estranhar a ______
tomada pelo marido de falhar uma noite que se previa tão alegre. Fica
preocupada depois da insistência para que mude de telefone. Começa a ficar
______ quando há indícios da infidelidade de Ivan: «porque me estás a falar
de uma mulher?». Sempre estoico, Ivan mantém um discurso sereno e assume ir
______ o nascituro: «Esta noite, ela vai dar à luz e o filho é meu». Katrina
desliga. |
Reis tem afeto por Lídia — e dormiu com ela ______ vezes —
mas não parece assumir verdadeiramente a _____ de ter gerado o filho que ela
espera. |
Locke não tem grande afeto por Bethan — só dormiu com ela
numa ______ noite de estroinice — mas assume que a deve apoiar no momento do
parto e toma atitude ______. |
TPC — Dá vista de olhos a poemas «políticos» de Pessoa: a «À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais» e a poemas antissalazaristas (por exemplo, nesta edição, os textos 290, 291, 292, 294, 296, 297, 308, 315, 329, 334, além do célebre «Liberdade», o n.º 288).
Aula 152R-152 (25 [1.ª], 26/mai [3.ª]) Correção de trabalho com matriz sintática sobre imagem de Pessoa.
Exemplo:
A estátua de Fernando
Pessoa prevalece no Chiado despovoado. [Frase simples]
Embora a pandemia da
Covid-19 tenha forçado o refúgio da população portuguesa, a representação do
poeta permanece imperturbável. [Subordinada adverbial concessiva +
Subordinante]
Enquanto uma
catástrofe devasta o país, Pessoa emerge como um símbolo de perseverança. [Subordinada
adverbial temporal + Subordinante]
O poeta apresenta uma
pose serena, encara as adversidades com lucidez e inspira confiança na
superação desta calamidade. [Coordenada + Coordenada assindética +
Coordenada copulativa]
O pânico domina a
humanidade, mas a visão pessoana de um quinto império determina que o povo
lusitano reconquistará a grandiosidade perdida. [Coordenada + Coordenada
adversativa + Subordinada substantiva completiva]
Pessoa exige a
elevação da nação portuguesa perante uma ameaça mundial. [Frase simples]
(Pedro, 12.º 4.ª, 2019-20)
Uma frase-lema da organização de juventude alemã —
«Nós não somos nada» — leva o narrador a reportar-se à Mocidade Portuguesa, de
que trata o parágrafo que podes ler agora (ll. 112-136).
Escolhe a melhor alínea:
«são jovens patriotas que não quiseram esperar pela
obrigatoriedade que há de vir» (ll. 113-114) é uma
a) analepse, como prova o uso do Pretérito Perfeito
em «quiseram (esperar)».
b) prolepse, porque remete para factos posteriores
ao momento da narração.
c) ironia, dado que aqueles adolescentes eram
forçados à inscrição na Mocidade.
d) ironia, uma vez que a iniciativa daqueles jovens
tinha cariz antinacional.
As linhas 115 a 121 são
a) elogiosas relativamente à Mocidade Portuguesa.
b) irónicas
quanto à verdadeira adesão dos jovens.
c) críticas da
adesão que a Mocidade Portuguesa suscitou.
d) hiperbólicas,
para ridicularizarem a efetiva adesão de muitos jovens.
As listas (l.
121) incluíam os
a) combatentes na Guerra Civil de Espanha.
b) voluntários
que se alistavam nas forças de Franco.
c) jovens que se
tinham inscrito na Mocidade Portuguesa.
d) futuros
soldados da guerra colonial.
«Daqui por uns anos, vinte, trinta, cinquenta, que
pensarão os homens maduros, os velhos, se lá chegarem, deste entusiasmo da sua
mocidade [...] [?]».
O próprio narrador responde a esta pergunta nas ll.
130-136. Porém, na p. 287 do manual, num excerto de livro autobiográfico de
José Saramago, As Pequenas Memórias, temos, de certo modo, a resposta do
próprio autor. Lê esse excerto, «Pequena Memória».
Responde às perguntas 1 a 4 (da
mesma p. 287).
1. [à
resposta a seguir faltam só as preposições, simples ou contraídas]
A
ironia resulta, ___ um lado, ___ inversão ___ prioridades — «e, enfim, que ____
isso é que eu lá ia» — visto o autor intencionalmente colocar ___ fim a
preparação específica destinada ___ alunos ___ Escola Industrial; resulta,
ainda, ___ atribuição ___ estatuto ___ mistério ___ estes ensinamentos ___
caráter mais prático e não ___ primeiras áreas ___ conhecimento mencionadas.
2. [à
resposta faltam só adjetivos]
O
que levou o ______ estudante que era então o narrador a deixar de acompanhar os
acontecimentos da Guerra _______ de Espanha foi ter compreendido que os jornais
eram _______, e que, naturalmente, os leitores não acediam a informação ________.
3. [à resposta faltam
só formas verbais]
O
autor _______ a Mocidade Portuguesa ao regime responsável pela Censura, que
_______ por «militares reformados» ao seu serviço.
4. [à
resposta faltam só nomes]
O
_____ é predominantemente narrativo, seleciona a ______ mais relevante, a _______
verbal mais usada é a primeira e recorre a _________ diversas de representar o
_______ («Quando a ______ [...] começou, eu já trocara», «Até ao ______, que
cedo foi», «nas _______ seguintes»).
Vai também pensando na resposta aos itens de
«Gramática no texto»:
1. _____________
2. _____________
Vê
o cimo da p. 286, «Diálogo argumentativo». A reflexão que aí é proposta poderia
corresponder a um grupo III de exame. Imagina só que, depois da primeira
apresentação (de «É tão fácil [...]» a «[...] risco?»), viria o seguinte:
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva
pessoal sobre a problemática apresentada.
No
seu texto:
–
explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o
em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
–
utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
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Aula 153-154 (27/mai [1.ª, 3.ª]) Por favor, usa o manual apenas nas pp. 288-290, as relativas ao texto «A partida», um excerto de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Tentei pôr aqui itens à grupo II de exame (compreensão de texto; compreensão de texto com gramática leve; uns itens de gramática mais ativos) e controlar alguma coisa da leitura da obra.
O «jardim» que é referido na l. 1 é o
a) da Celeste.
b) do Adamastor.
c) da Estrela.
d) do Hotel Bragança.
O constituinte «ao jardim» (l. 1)
desempenha a função sintática de
a) complemento do nome.
b) modificador do grupo verbal.
c) complemento indireto.
d) complemento oblíquo.
Em «morar aqui perto» (ll. 1-2) — sobretudo
se assumirmos que é frase pensada mais pelo protagonista do que pelo narrador
—, «aqui» é uma marca deítica
a) temporal.
b) espacial.
c) pessoal.
d) pessoal e espacial.
O irmão de Lídia, Daniel, era
a) da Armada e seguidor do Estado Novo.
b) da PVDE e seguidor do Estado Novo.
c) marinheiro e contra a situação política
vigente.
d) da Marinha e sem convicções políticas.
«foi atingido» (ll. 11-12) tem valor
aspetual
a) imperfetivo.
b) iterativo.
c) perfetivo.
d) genérico.
Quem batia palmas (l. 12) fá-lo-ia por
a) estar a favor do regime político.
b) ser contra o regime político.
c) entusiasmo infantil de quem segue um
despique a que é indiferente.
d) má interpretação do que acontecia.
«os velhos» (l. 13) são
a) vizinhos de Reis que habitualmente liam
jornais.
b) os professores, nomeadamente o de
Português.
c) Ricardo Reis e Fernando Pessoa.
d) grupo de habitantes do bairro atraídos
pelo que acontecia.
«tudo isto» (l. 16) é
a) predicativo do sujeito.
b) sujeito.
c) complemento direto.
d) predicativo do complemento direto.
O forte de Almada disparava (l. 25)
a) ao serviço dos espanhóis.
b) pelo lado dos revoltosos.
c) contra os amotinados.
d) a favor dos franquistas.
O «senhor doutor» (l. 39) é
a) Fernando Pessoa.
b) um médico.
c) um brasileiro.
d) um cocó com estudos.
«Não vás ao mar Tonho» (l. 46) recupera
a) momento passado no Dona Maria.
b) conversa havida numa deambulação por
Lisboa.
c) canção que Marcenda costumava cantar.
d) canção que Lídia costumava cantar.
«vespertinos» [= ‘jornais da tarde’] (l.
73), «jornal» (74), «títulos de primeira página» (74-75), «notícia» (75),
«página central dupla» (75) «outros títulos» (75-76) concorrem para a coesão
a) referencial.
b) temporal.
c) lexical.
d) interfrásica.
«parado no meio da rua» (ll. 77-78)
desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo do nome.
d) modificador do grupo verbal.
As palavras sublinhadas em «Lídia andará
à procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e
irreparável desgosto» (ll. 85-86) conferem à passagem
a) nexo explicativo.
b) sentido de posterioridade.
c) aceção de alternativa.
d) conotação de tristeza.
O quarto referido na l. 92 é o
a) de Lídia.
b) do Alto de Santa Catarina.
c) de Reis, no Hotel Bragança.
d) de Fernando Pessoa.
«nos» (l. 100) é
a) complemento indireto.
b) complemento direto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
«só tinha para uns meses» (l. 101)
reporta-se a
a) tempo de Reis em Lisboa.
b) vida póstuma de Pessoa.
c) gravidez de Lídia.
d) garrafas de aguardente do poeta.
«The god of the
labyrinth» (ll. 103-104) era livro
a) de Jorge Luis Borges.
b) escrito por personagem de conto de
Pessoa.
c) escrito, supostamente, por Herbert
Quain.
d) escrito por heterónimo de Pessoa.
O verbo auxiliar do complexo verbal «Devia
ficar» (l. 105) tem valor
a) temporal de anterioridade.
b) modal deôntico.
c) modal epistémico.
d) modal apreciativo.
«Vamos» (l. 115), dito por Pessoa e replicado logo
por Reis, vale como expressão deítica
a) pessoal.
b) temporal e espacial.
c) pessoal, temporal, espacial.
d) temporal.
«Diz o jornal que os presos foram levados
primeiro para o Governo Civil» (ll. 83-84) — classifica quanto à função
sintática o constituinte sublinhado:
a) ________.
«Deixo o mundo aliviado de um enigma»
(ll. 112-113) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes
sublinhados:
a) ________;
b) ________.
Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer
/ que não tornaremos a ver-nos» (ll. 99-100):
a) ________;
b) ________;
c) ________.
Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo
Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll.
102-103):
a) ________;
b) ________.
Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira
virtude / que se perde» (ll. 109-110):
a) ________;
b) ________.
Eis o grupo III da 2.ª fase do exame nacional do
ano passado (2021). Como se vê, tratou-se de uma apreciação crítica (e não de
texto de opinião, o outro formato comum):
Grupo III
Num texto bem estruturado, com um mínimo de
duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a apreciação
crítica da pintura A Engomadeira, da autoria de José de Almada
Negreiros.
O seu texto deve incluir:
– a descrição da imagem apresentada,
destacando elementos significativos da sua composição;
–
um comentário crítico, fundamentando a sua apreciação em, pelo menos, três
aspetos relevantes e utilizando um discurso valorativo.
José de Almada Negreiros, A
Engomadeira, 1938, in www.gulbenkian.pt (consultado em outubro de 2020).
Redige a apreciação crítica pedida numa das
provas do ano passado, mas fazendo que cada período comece com letra de três
nomes teus. No slide dou exemplo como seria com LUIS ANTONIO PRISTA. No
primeiro parágrafo usaria L, U, I, S como iniciais de cada período. No segundo
parágrafo, haveria A, N, T, O, N, I, O. No terceiro, e último, ...
Logo ao primeiro relance, a pintura de Almada surpreende pela geometria. Uma gaiola ao canto superior esquerdo é rigorosamente cúbica. Inesperadas, pela sua perfeição retangular, surgem três frestas de janela. Sobre o ferro a carvão, a engomadeira debruça-se com ombros e braços (e cabelo desgrenhado) a constituírem um ângulo agudo, agudíssimo.
A um olhar mais atento, não escapam as cores. Na verdade, predominam verdes […]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Classifica as
orações.
«A Terra Gira» (Os Quatro e Meia)
Eu não sei ________
Nem
como nem quando aqui cheguei. Substantiva(s) (coordenadas entre si)
Sem saber,
Dou por mim a viver a
correr.
E o mundo segue
Sem olhar para nós.
Queremos tudo, __________
Mas
vivemos tudo a sós. Coordenada
________
A terra gira em
contramão,
Ficamos tontos sem
direção,
Corremos
até nos faltar o ar Coordenada
_________
E a vida vai ficando
para depois
E continuamos os dois a
sonhar. Coordenada
_________
Mal me vi
No caminho até chegar
aqui,
Sem contar
Corro às cegas
Sem saber onde chegar.
E o mundo segue
Sem olhar para nós.
Queremos tudo,
Mas vivemos tudo a sós.
A terra gira em
contramão, ___________
Ficamos
tontos sem direção, ____________
Corremos até nos faltar
o ar
E a vida vai ficando
para depois ___________
E continuamos os dois a
sonhar.
E a terra gira em
contramão,
Ficamos tontos sem
direção,
Corremos até nos faltar
o ar
E a vida vai ficando
para depois
E continuamos os dois a
sonhar.
Bis
E,
mal nos encostamos aos lençóis Subordinada
adverbial __________
Com a lua iluminando
este T2,
Num
instante adormecemos os dois, __________ (e Coordenada)
Mas
logo chega a hora de acordar. __________
TPC — [para os dos quartos de final de LE e de LC:]
prepara leitura de Cesário Verde; [para todos:] completa a apreciação a
«A Engomadeira» começada em aula; [para todos, mas só para sexta:]
prepara recitação de poema que indicar (aqui).
Aula 155-156 (31/mai [1.ª], 1/jun [3.ª]) Correção de questionário sobre «A Partida» (e recolha de apreciações críticas).
Correção da parte de funções
sintáticas do questionário feito na última aula
«Diz
o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll.
83-84) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:
a)
complemento direto.
«Deixo
o mundo aliviado de um enigma» (ll. 112-113) — classifica quanto
à função sintática os dois constituintes sublinhados:
a)
complemento direto;
b)
predicativo do complemento direto.
Correção da parte de orações
do questionário feito na última aula
Classifica
as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (ll. 99-100):
a)
subordinante;
b)
subordinada adverbial final;
c)
subordinada substantiva completiva.
Classifica
as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se,
vestiu o casaco» (ll. 102-103):
a)
coordenada;
b)
coordenada assindética.
Classifica
as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 109-110):
a)
subordinante;
b)
subordinada adjetiva relativa restritiva.
Leituras de Cesário Verde para Quartos de
Final das duas Ligas (ver aqui — pp. 122-129 deste PDF — as quatro partes de »O Sentimento dum Ocidental»)
12.º 1.ª
Liga dos Campeões
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
Quartos de final |
||||||
(α) João F. |
|
|
(ζ) Francisca S.-L. |
|
|
[ι] |
(β) Francisca P. |
|
|
(ε) Nuno |
|
|
[κ] |
(γ) Daniel |
|
|
(θ) Francisco |
|
|
[λ] |
(δ) Ricardo N. |
|
|
(η) Diogo |
|
|
[μ] |
Semi-finais |
||||||
(ι) |
|
|
(κ) |
|
|
[ν] |
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
[ξ] |
Final |
||||||
(ν) |
|
|
(ξ) |
|
|
[φ] |
Liga Europa
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
Quartos de final |
||||||
(A5) Tiago |
|
|
(ζ) Ricardo M. |
|
|
[η] |
(B5) Catarina |
|
|
(δ) Maria |
|
|
[θ] |
(C5) Inês |
|
|
(γ) Mariana D. |
|
|
[ι] |
(D5) Tomás |
|
|
(ε) Diana |
|
|
[κ] |
Semi-finais |
||||||
(η) |
|
|
(κ) |
|
|
[λ] |
(θ) |
|
|
(ι) |
|
|
[μ] |
Final |
||||||
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
[ω] |
Supertaça
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
(φ) |
|
|
(ω) |
|
|
|
12.º 3.ª
Liga dos Campeões
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
Quartos de final |
||||||
(α) Inês S. |
|
|
(ζ) Madá |
|
|
[ι] |
(β) Inês G. |
|
|
(ε) Mariana |
|
|
[κ] |
(γ) Henrique |
|
|
(θ) Margarida R. |
|
|
[λ] |
(δ) Pina |
|
|
(η) Joana N. |
|
|
[μ] |
Semi-finais |
||||||
(ι) |
|
|
(κ) |
|
|
[ν] |
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
[ξ] |
Final |
||||||
(ν) |
|
|
(ξ) |
|
|
[φ] |
Liga Europa
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
||
Quartos de final |
||||||||
(A5) Martinho |
|
|
|
(ζ) Neves |
|
|
|
[η] |
(B5) Leonor |
|
|
|
(δ) Margarida S. |
|
|
|
[θ] |
(C5) Eduardo H. |
|
|
|
(γ) Tiago |
|
|
|
[ι] |
(D5) Eduardo C. |
|
|
|
(ε) João C. |
|
|
|
[κ] |
Semi-finais |
||||||||
(η) |
|
|
(κ) |
|
|
[λ] |
||
(θ) |
|
|
(ι) |
|
|
[μ] |
||
Final |
||||||||
(λ) |
|
|
(μ) |
|
|
[ω] |
Supertaça
Leitor |
Eu |
Mestre |
Leitor |
Eu |
Mestre |
Vencedor |
(φ) |
|
|
(ω) |
|
|
|
TPC — Todos devem ir preparando, para sexta,
recitação de soneto de Pessoa que lhes tenha calhado (ver aqui). Apurados para as semi-finais
(da Liga dos Campeões e da Liga Europa) devem preparar leitura dos sonetos de
Jorge de Sena que lhes cabem (aqui). (Entretanto, não se esqueçam de me ir trazendo livros
que lhes tenha emprestado.)
Aula 157R-157 (1 [1.ª], 2/jun [3.ª]) Correções da tarefa a partir de quadro de Magritte (e representações do amor).
Completa a tabela. (Na coluna da esquerda, a sobre a obra de
José Saramago, uso vários trechos tirados do manual Entre Nós e as Palavras,
de Alexandre Dias Pinto e Patrícia Nunes.)
Título, género, espaço, sociedade |
|
O Ano da Morte de Ricardo Reis |
Locke |
O título
esclarece-nos sobre o foco principal e o género da obra. |
|
O título inclui nomes
próprios, dois antropónimos, primeiro nome e apelido da personagem principal.
Mas antes do complemento do nome «Ricardo Reis», temos palavras que parecem
evocar o género ____. Com efeito, «O Ano
da Morte» faz adivinhar que se trata também de relatar um dado período de
tempo e que o romance visa acompanhar a história de Portugal numa fase
crucial do século _____. |
O título socorre-se de um
nome próprio, um antropónimo, o apelido da personagem principal. Esta escolha
deve significar que se pretende realçar a ____ do herói. Com efeito,
mostra-se-nos Ivan Locke sozinho com as suas resoluções, que explicita aos
outros sem hesitar, raciocinando agora apenas para levar a cabo as decisões
que já tomara. Algures se considera este filme um thriller _____. |
Ambas
as obras se movem entre a história, a ficção e a sociedade. |
|
A ação da obra cruza-se
com os acontecimentos históricos, as personagens acompanham os acontecimentos
sociais e políticos e são afetados por eles: Reis é interrogado pela polícia política
do _____, cruza-se com os espanhóis fugidos à Guerra Civil; o irmão de Lídia,
Daniel Martins, morre na revolta dos marinheiros; etc. O narrador está conotado
com uma perspetiva progressista da realidade política, que contrasta com a visão
_____ do Estado Novo. |
O filme não deixa de
retratar situações que revelam preocupações de ordem _____ (as relações
familiares, a solidão, as hierarquias profissionais, o desporto e a televisão),
ainda que nos pareçam menos programáticas do que as do livro de Saramago). Os contactos de Ivan
dão-nos ideia de diversos perfis profissionais: Donal, os _____, o
albanês, outros biscateiros (versus
patrão em Chicago; e chefe local), funcionários da Câmara, etc. |
Espaço é
determinante da ação. |
|
______ é o lugar geográfico
em que a ação se desenrola. A rede de ruas forma o labirinto que Reis percorre
nas suas deambulações pela cidade e do qual não consegue _____. A personagem
sente-se perdida e presa em Lisboa e às circunstâncias sociais e políticas do
seu ______. A capital portuguesa é um
lugar carregado de memórias do passado que assumem significados para o presente.
Nela coexistem o Tejo, o Terreiro do Paço ou a ______ de Camões. Por exemplo,
o cais de Lisboa e as estátuas de Camões e do Adamastor são inevitavelmente
conotados com o tempo dos feitos heroicos da expansão, que contrasta com o
_______ medíocre e cinzento. |
Quanto
ao espaço físico, o ______ é o lugar onde a ação visível se desenrola. A autoestrada
que liga a Londres a cidade em que vive Ivan é o caminho que o protagonista
percorre e do qual não pretende _____. A personagem sente-se condicionada
no carro, mas procura controlar as circunstâncias daquela ______. Através do telefone mantemo-nos
ao corrente do que se passa nos outros espaços em que se concentram as outras
linhas de ação (a casa, a _____, o estaleiro da obra). O espaço de que o herói
não pode sair constrange-o mas não é obstáculo inultrapassado (cfr. o
esquecimento do livro-guia). Serve também para diálogos monologais com o pai
que lembram um _____ frustrante. |
Num dos episódios finais de Último a sair, Rui Unas e Bruno Nogueira ensaiam clichés
para usarem assim que um deles seja expulso. Quando, às vezes, lhes critico o
uso de lugares comuns em redações,
estou a pensar, no fundo, no que se vai designando agora mais como «cliché»
(< fr. cliché, ‘chapa ‘).
Classifica a função sintática que desempenham os
constituintes sublinhados.
Clichés
de despedida (e supostos clichés) |
Funções
sintáticas |
Se tu saíres, eu também saio. |
modificador (de frase) |
A casa não será a mesma coisa sem ti, Rui. |
|
Eu fico lá fora, à tua espera, meu. |
|
Até a barraca abana. |
|
A casa, sem ti, vai ficar muita vazia, meu. |
|
Foi o país e o mundo. |
|
Que dizem os teus olhos? |
|
Eles só passam as imagens que lhes convêm. |
|
Quando lavas os pés, vais
mesmo lá abaixo ou esfregas os pés um no outro? |
modificador (do grupo verbal) |
Outros
trechos |
Funções
sintáticas |
Faltam aqui coisas, tipo... |
|
Estás a ver, correu-me mal. |
|
Só havia uma hipótese de ele não sair. |
|
Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de
tal coisa. |
|
Unas e Bruno consideram Roberto incapaz de
tal coisa. |
|
[Meias-finais das duas Ligas]
Os quatro poemas que se seguem foram
escritos por Jorge de Sena, em 1961 («Quatro Sonetos a Afrodite
Anadiómena», Metamorfoses, Lisboa,
Moraes, 1963).
Se excetuarmos as palavras «gramaticais»
(preposições, ______, determinantes, pronomes) e algumas transposições do grego,
há sobretudo vocábulos criados pelo poeta, ainda que seguindo os padrões
morfológicos do português (são, quanto à formação, palavras ______).
Também as características de versificação
esperáveis são efetivamente cumpridas, já que, em termos de métrica, temos
versos ______, e a rima das quadras é _____ e emparelhada, enquanto que, nas
duas estrofes finais dos sonetos, surgem os esquemas rimáticos C-C-____ (para o
primeiro e último poemas) e C-D-_______, C-D-____ (no segundo e terceiro
sonetos).
Reconhecemos também as classes da maioria das
palavras inventadas por Sena («sussúrica» será ______; «escalca», verbo;
«transcêndia», _____), bem como percebemos certas categorias («palquitonará» há
de ser uma 3.ª pessoa do singular do _______ do Indicativo; «fissivirão», uma
3.ª pessoa do ______ do mesmo tempo; «refucarai», a 2.ª pessoa do plural do
______).
Quanto a mim, há dois casos em que Sena
decidiu mal as grafias. No terceiro soneto há uma acentuação impossível
no sistema ortográfico português: «______» nunca poderia ter o acento gráfico
que lhe foi posto, já que, mesmo sem ele, era já uma palavra grave. Também não
concordo com a grafia «______», no segundo soneto, pois que a formação do
plural implicava um «res» (compare-se: «júnior», «juniores»). No último soneto,
torço o nariz à acentuação gráfica de «meláina» e «Hefáistos».
I — PANDEMOS
Dentífona apriuna a veste iguana
de que se escalca auroma e tentavela.
Como superta e buritânea amela
se palquitonará transcêndia inana!
Que vúlcios defuratos, que inumana
sussúrica donstália penicela,
às trícotas relesta demiquela,
fissivirão bolíneos, ó primana!
Dentívolos palpículos, baissai!
Lingâmicos dolins, refucarai!
Por mamivornas contumai a veste!
E, quando prolifarem as sangrárias,
lambidonai tutílicos anárias,
tão placitantes como o pedipeste.
II — ANÓSIA
Que marinais sob tão pora luva
de esbranforida pela retinada
não dão volpúcia de imajar anteada
a que moltínea se adamenta ocuva?
Bocam dedetos calcurando a fuva
que arfala e dúpia de antegor tutada,
e que tessalta de nigrors nevada.
Vitrai, vitrai, que
estamineta cuva!
Labiliperta-se infanal a esvebe,
agluta, acedirasma, sucamina,
e maniter suavira o termidodo.
Que marinais dulcífima contebe,
ejacicasto, ejacifasto, arina!...
Que marinais, tão pora luva, todo...
III — URÂNIA
Purília amancivalva emergidanto,
imarculado e rósea, alviridente,
na azúrea juventil conquinomente
transcurva de aste o fido corpo tanto...
Tenras nadáguas que oculvivam quanto
palidiscuro, retradito e olente
é mínimo desfincta, repente,
rasga e sedente ao duro latipranto.
Adónica se esvolve na ambolia
de terso antena avante palpinado.
Fímbril, filível, viridorna, gia
em túlida mancia, vaivinado.
Transcorre uníflo e suspentreme o dia
noturno ao lia e luçardente ao cado.
IV — AMÁTIA
Timbórica, morfia, ó persefessa,
meláina, andrófona, repitimbídia,
ó basilissa, ó scótia, masturlídia,
amata cíprea, calipígea, tressa
de jardinatas nigras, pasifessa,
luni-rosácea lambidando erídia,
erínea, erítia, erótia, erânia, egídia,
eurínoma, ambológera, donlessa.
Ares, Hefáistos, Adonísio, tutos
alipigmaios, atilícios, futos
de lívia damitada, organissanta,
agonimais se esgorem morituros,
necrotentavos de escancárias duros,
tantisqua abradimembra a teia canta.
Completa (em geral, com termos de
narratologia ou com nomes de personagens):
Tempo do discurso vs. Tempo da história |
|
O
Ano da Morte de Ricardo Reis |
Locke |
Há alterações na ordem dos acontecimentos? |
|
Os acontecimentos do enredo são relatados,
predominantemente, numa sequência cronológica linear. Há, no entanto, leves transgressões
dessa linearidade _______, quando se alude a acontecimentos passados ou
futuros. A ______ não é recurso essencial, mas, por vezes, somos
informados de factos anteriores à história que está a ser narrada (há alusões
sobretudo a factos anteriores à intriga mas da vida de Fernando Pessoa, mais
do que da história em geral). As ______ são mais significativas, até porque
costumam ser menos habituais nos romances. Neste caso, temos, por exemplo, como
objeto de antecipação o 25 de abril de 1974. O discurso do ______ é atravessado por outros discursos.
Destacam-se os textos dos jornais e da rádio, que irrompem na _______ e desenham
a imagem de um Portugal idealizado, sob a batuta de Salazar. Também emergem
as referências a obras literárias (cfr. intertextualidade). |
Não há propriamente analepses ou prolepses, uma vez que o
tempo do discurso (medido em «película» de filme) e o tempo da ______ (no
fundo, o de uma viagem de carro entre duas cidades inglesas) parecem
coincidir completamente. Pretende-se que acreditemos que a ação decorre «em direto»
(abordagem que implica não haver distorções entre tempo da história e do ______).
Há alusões ao passado, mas apenas na conversa entre personagens (entre Locke
e ______ ou Katrina, sobretudo relativamente a um dia de há sete meses; ou em
desabafos dos colegas de trabalho de Locke, acerca dos nove ou dez anos
anteriores). Não se pode considerar que essas menções ao passado por
parte das personagens constituam alterações da ______ dos acontecimentos.
O mesmo se diga de intenções quanto ao _____, reveladas aqui e ali, por parte
de Locke ou das duas mulheres. São apenas isso: atos de fala de cada uma das
personagens. |
Há distorções na duração (omissões, resumos, pausas)? |
|
Não são muito significativas as omissões (por elipse ou por
resumo), embora, é claro, como em qualquer romance, sejam evitadas as
repetições: o quotidiano do protagonista não nos pode ser constantemente relatado.
Logo que as ações típicas estão suficientemente ilustradas, cabe-nos assumir que,
durante aquela época da ______, Ricardo Reis cumpriria dias semelhantes. Ao contrário, haverá zonas em que o relato parece demorar-se
excessivamente, ______ a velocidade da narrativa, uma vez que a narração é
entrelaçada com comentários e digressões do narrador, que interpreta os acontecimentos,
para dar conta das circunstâncias em que o povo português vive em 1935 e
1936. Nesses passos, o tempo do ______ parece mais lento do que o da história. |
A duração do discurso, no caso do cinema, corresponderá ao
que demora o filme a ser visto (num livro, a duração do ______ pode ser
medida em páginas). Tal como se viu acontecer em termos de ordem, também
quanto à duração em Locke se assume
haver completa equivalência entre o tempo da ação e o da nossa receção. Por exemplo, somos instados a crer que não há ______ e que,
portanto, não houve momentos mortos na viagem: Locke esteve sempre ao
telemóvel ou em monologais ajustes de contas com o ____ (e estes monólogos
até parecem demorar o tempo «real»). Se considerássemos dentro da diegese o que
originara a ação presente, poder-se-ia dizer que se recorrera a _____,
incluídos nos diálogos, para se conseguir incorporar, compactados, esses
longos sete meses. |
TPC — Prepara recitação. Vai trazendo livros que tenha
emprestado.
Aula 158-159 (3/jun [1.ª, 3.ª]) Recitações (com sonetos de Pessoa e Campos).
Escolhe um soneto (dentre esses vinte e
oito) e comenta-o. Num parágrafo final inclui alguma aproximação / analogia /
contraste / alusão a/com O ano da morte de Ricardo Reis.
Trata-se do soneto n.º __, cujo primeiro
verso é «___________», um poema de Álvaro de Campos / de Fernando Pessoa
ortónimo. O sujeito poético ...
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Identifica o
valor temporal, aspetual ou modal dos segmentos sublinhados:
Minha mãe está sempre certa (Os Quatro e Meia)
Ela
disse-me ao jantar
Tens o prato p’ra acabar modalidade: ______
A
cenoura é p’ra comer
Dos
teus olhos vai fazer tempo: ______
Duas
estrelas a brilhar
Ela
disse meu menino
Tu
ainda és pequenino aspeto: ______
Mas
o tempo corre louco aspeto: ______
E
todo o empenho é pouco
P’ra
guiares o teu destino
Ela
lê no meu olhar
Ou
na minha alma aberta
Não
sei bem como consegue tempo: ______
Mas
por muito que eu o negue
Minha mãe está sempre certa modalidade: ______
Ela
disse-me atenção
Vai vestir o teu blusão modalidade: ______
Olha
que de madrugada
Já faz frio e há geada aspeto: ______
E
não estamos no verão
Ela
disse tens de ver modalidade: ______
O
que está a acontecer aspeto: ______
Olha
que essa rapariga
É
muito mais que uma amiga
E
não a queres perder
Ela
lê no meu olhar
Ou
na minha alma aberta
Não sei bem como consegue modalidade: ______
Mas
por muito que eu o negue
Minha
mãe está sempre certa
Ela
disse tem cuidado tempo: ______
Vê
se abrandas um bocado
Não
ponderas nem sossegas
Não
pertences nem te entregas
De
verdade a nenhum lado
Ela
disse meu rapaz aspeto: ______
Sabes
bem do que és capaz
O
mundo espera por ti
Segue
em frente e sorri
Não
queiras ficar para trás
Ela
lê no meu olhar aspeto: ______
Ou
na minha alma aberta
Não
sei bem como consegue
Mas
por muito que eu o negue
Minha
mãe está sempre certa
Ela
lê no meu olhar
Ou
na minha alma aberta
Não
sei bem como consegue
Mas
por muito que eu o negue
Minha
mãe está sempre certa
Minha
mãe está sempre certa
Minha
mãe está sempre certa
Aula 160-161 (7/jun [1.ª, 3.ª]) Entregas, últimas correções.
Finais das duas
Ligas
Poemas de Fernando
Pessoa para as finais
Para a Liga Europa [campeões: Maria
(12.º 1.ª); João C. (12.º 3.ª); vice-campeões: Tomás (12.º 1.ª);
Margarida S. (12.º 3.ª)]:
Liberdade
(falta uma citação de
Séneca)
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doura
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa.
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Para a Liga dos Campeões [campeões: Ricardo
N. (12.º 1.ª); Inês G. (12.º 3.ª); vice-campeões: Nuno (12.º 1.ª);
Henrique (12.º 3.ª)]:
Saudade dada
Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas,
Brincam no tempo das berlindas,
As vindas vendo das varandas.
De onde ouvem vir a rir as vindas
Fitam a fio as frias bandas.
Mas em torno à tarde se entorna
A atordoar o ar que arde
Que a eterna tarde já não torna!
E em tom de atoarda todo o alarde
Do adornado ardor transtorna
No ar de torpor da tarda tarde.
E há nevoentos desencantos
Dos encantos dos pensamentos
Nos santos lentos dos recantos
Dos bentos cantos dos conventos...
Prantos de intentos, lentos, tantos
Que encantam os atentos ventos.
Último
trecho deCantar 2 |
Frei
Luís de Sousa, atos II e III |
Nas tragédias, costuma
acontecer os protagonistas desafiarem o _____. O coala Buster Moon assegura ao
lobo Crystal que Clay Calloway entrará no espetáculo. Essa _____ foi a sua híbris
(húbris ou hybris). |
Nas _____, costuma acontecer
os protagonistas desafiarem o destino. O casal Coutinho casou sem poder ter a
certeza absoluta de que D. João de Portugal morrera. Essa _____ foi a sua híbris
(húbris ou hybris). |
A angústia que se segue à
hybris só terminará com o regresso de Clay. Inicialmente, porém, tudo corre
mal: Clay trata mal Crawley; ____ percebe que Moon o enganara; o
cantor-eremita não cede aos argumentos de Ash e Moon. |
A angústia, mais evidente
em Madalena, só terminaria se houvesse prova da morte de ____. Ora, é verdade
que o tinham procurado muito sem o encontrar, mas, vinte um anos depois, ainda
faltava a tal prova. |
Entretanto, a trupe ficara
a ensaiar em Redshore City, enquanto Moon e Ash viajavam até à mansão de ____.
O ambiente nos ensaios é de trabalho quase militar, sob a coordenação firme de
Miss Crawley, que não se coíbe de repreender Porsha. |
Entretanto,
a família vai a Lisboa (agradecer; ver a tia Joana de Castro), ficando em
Almada Madalena e o cunhado (frei ____). É um dia fatal (sexta-feira;
aniversário de Alcácer Quibir; aniversário do primeiro casamento de Madalena;
aniversário ainda da primeira vez que Madalena vira Manuel). |
Ash pede para ficar a
tentar convencer Clay enquanto Moon regressa aos ____. Ash anuncia a Moon que Clay
aceitou participar no espétaculo e ele mesmo lho confirma. |
Madalena pede a Miranda
que fique no cais enquanto a família não regressar de Lisboa. Miranda anuncia a
Madalena que um _____ pede para ser recebido e só com ela falará. |
O medo de Moon atinge o
ponto máximo quando é chamado à presença de _____, que lhe diz estar
informado de que não há ligação de Clay ao grupo de Buster, o ameaça ferozmente
e se apresta a atirá-lo do alto do edifício (o que só não sucede por o lobo
ser chamado a uma _____, ficando Moon, provisioriamente, encarcerado numa divisão). |
O sofrimento de Madalena
(pathos) vai atingir o seu ponto máximo (clímax) quase no final do ato
II, quando se dá o reconhecimento (anagnórise), pelo romeiro, da figura de ______
entre os retratos (Madalena não chega a perceber que o romeiro é o próprio
João; Jorge é que o adivinha: «Romeiro, romeiro, quem és tu?»/«_____!».) |
Como se trata de uma
comédia, o que parecia catastrófico vai ser resolvido, superando-se os
obstáculos que vão aparecendo (as dificuldades de ____ com a dança são
resolvidas com a ajuda de uma dançarina de rua; a boa imitação de um beijo
por _____ vai ser conseguida através da presença de um elefante por quem se
apaixonara; _____ saltará a fim de salvar Moon; Clay, depois de hesitar em cima
da hora, acaba mesmo por reaparecer). |
Como se trata de uma tragédia,
a catástrofe vai implicar o fim da família, ainda que haja algumas tentativas
de que o desfecho seja diferente (_____, ignorando quem é o romeiro, estranha
que não se encare outra solução, o que aliás é secamente rejeitado por Manuel;
João de Portugal pede a _____, que quase não o reconhecera, que diga ser ele
um impostor; e, já na penúltima cena, ____ insurge-se contra a inflexibilidade
dos pais). |
Tudo é um grande êxito.
Todos se redimem, incluindo a mimada ____, o vaidoso Darius. Só o lobo mau Crystal
fica sozinho na própria sala em que decorrera o espetáculo, até ser mandado
prender pela cadela vira-casacas ____. |
Tudo já está determinado
pelo destino. Para se redimirem, Madalena e _____ separam-se, abandonando a
vida secular. _____ morre («de vergonha») na própria igreja em que os pais se
estão a ordenar. |
Até 15 de junho: Concurso literário José Gomes Ferreira (entrega na BE).
[A
todos:] que lhes corra tudo muito bem, agora e pela vida fora. Não queremos
cá Pessoas, nem Campos, nem Reis, nem mesmo o ingénuo do Caeiro ou o estoico do
Ivan Locke. Uma mistura do mais feliz de Gunter, Moon, Ash, e os outros a vosso
gosto, é o meu voto. Enfim, tendencialmente personificados.
[Aos
que vão a exame de Português:] irei pondo em Gaveta de Nuvens
— no final da página de entrada — «cábulas» para exames (mistura de conselhos
práticos e alguma revisão do que me parece merecedor do nosso foco); serão «posts»
que procurarão cobrir o que é mais útil tratar.
Será para ser lido mas irei pondo também
apresentações comentadas oralmente, para não ser muito cansativo). Em cada dia
até ao exame tentarei ir pondo alguma coisa. Mas há matérias que são mais
estudáveis por iniciativa vossa. Para já, sugiro:
Ter convosco os três manuais (10.º ano;
11.º ano, 12.º ano).
Ler de novo um dos contos que
estão no manual na unidade 2:
o de Maria Judite de Carvalho — «George» (pp. 150-155) —,
o de Manuel da Fonseca — «Sempre é uma companhia» (pp. 136-142)
—,
ou o de Mário de Carvalho — «Famílias desavindas» (pp.
163-165).
Procurar, relativamente a esse conto (basta
um) ficar com a capacidade de o recontar, analisar estruturalmente.
Rever um dos poetas estudados (Miguel
Torga; Eugénio de Andrade; Ana Luísa Amaral; as sínteses sobre cada um estão
nas pp. 194, 207, 225).
Perceber algumas das características recorrentes da sua poesia.
Reler capítulos 1 (introdução) e
5 (repreensões a quatro peixes em particular) do «Sermão de Santo António». Compreender
toda a estrutura do sermão.
…
Responderei a qualquer dúvida no próprio
dia: luisprista@netcabo.pt.
Se vir que vale a pena pôr materiais via
Classroom, enviarei para os que me dizem ir (ou poder ir) a exame; porém, em
princípio preferirei ir deixando as tais cábulas no blogue, sem estar a
ser intromissivo.
3.º período — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como
parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
||
Aula |
Questionário sobre «A
Partida», trecho de O ano da morte… (aula 153-154) |
|
Procura
em livros de frases aforísticas relacionáveis com O ano da morte… (aula
141-142) |
||
Observação direta da
eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas |
||
Escrita |
||
Aula |
Redação descritiva, com chegada
a uma cidade (aula 129-130) |
|
Comentário sobre Marcenda
e ideologia de odes de Reis (aula 131-132) |
||
Comentário comparativo
entre passo de Último a sair e O ano da morte… (aula139-140) |
||
Exposição
de uma parte C de exame, sobre história em O ano da morte… (aula 143-144) |
||
Comentário
sobre amor em O ano da morte… a partir de quadro de Magritte (aula
148-149) |
||
Comentário a soneto de Fernando
Pessoa ou Álvaro de Campos (aula 158-159) |
||
Casa |
Redação de texto de
opinião de grupo III de exame (tepecê de 138R-138) |
|
Criação
de versos pastiches de cada Pessoa a partir de Sleepwalk (tepecê de CXLI-CXLII) |
||
Apreciação crítica a «A
Engomadeira», de Almada Negreiros (tepecê de 153-154) |
||
Oral
+ Educação literária |
||
Casa Aula |
Leituras expressivas de sonetos
de Camões (a partir do tepecê da aula 129-130) |
|
Leituras
expressivas de sonetos de Antero [e Sena] (a partir do tepecê da aula 141-142) |
||
Recitação de sonetos de
Pessoa (a partir do tepecê da aula 153-154) |
||
Gramática |
||
(Casa) Aula |
[Questionário sobre «A
Partida», trecho de O ano da morte… (aula 153-154)] |
|
Criação
de texto segundo matriz sintática, dada uma imagem de Pessoa (aula 145-146) |
||
Observação direta da
atenção nos momentos em que se trata de ouvir explicações de conteúdos |
||
Assiduidade,
pontualidade, material |
#
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