Wednesday, September 08, 2021

Aula 70-71

Aula 70-71 (21/jan [1.ª, 3.ª]) Na p. 105, lê «D. Sebastião, Rei de Portugal», o primeiro de quatro poemas de Mensagem, de Fernando Pessoa, dedicados a D. Sebastião. Só este, porém, está ainda na 1.ª parte (portanto, em «Brasão», de que é a quinta «Quina»). Os outros três poemas sobre Sebastião ficam já na 3.ª parte («D. Sebastião», «O Desejado», «O Encoberto»).

Completa só com formas verbais esta análise do poema (de uma edição cuja consulta aconselho vivamente — está aliás indecentemente copiada no blogue na íntegra — e que tem ao lado de cada poema uma sua explicação: Fernando Pessoa, Mensagem, edição especial comemorativa do 75.º aniversário da morte de Fernando Pessoa, comentada por Auxília Ramos e Zaida Braga, Vila Nova de Famalicão, Centro Atlântico, 2010):

_______-se como um louco, porque quis uma grandeza aparentemente indevida — «Qual a Sorte a não dá» —, D. Sebastião admite com orgulho essa loucura e ______ a ideia de que nem a morte a extinguiu ou poderá extinguir. O «ser que houve», esse _____ nos areais de Alcácer Quibir, o «ser que há», esse não é perecível, porque o sonho também o não é.

Indo mais além neste discurso de «elogio da loucura», D. Sebastião ______ aqueles que o ouvem a herdarem a sua loucura. Trata-se de uma espécie de apelo à continuidade do seu sonho de grandeza.

Num remate de natureza tanto reflexiva como desafiadora, o poeta _____-se sobre o que ______ o homem dos restantes animais: é o sonho que permite que o homem seja mais que um «Cadáver adiado». É o sonho que eleva o homem e o faz _____ a própria morte. D. Sebastião surge, então, como, uma espécie de Messias que ____ a boa nova da salvação.

Faz corresponder cada segmento de A a um único segmento de B, de modo a obteres uma afirmação adequada: a = ___; b = ___; c = ___; d = ___; e = ___.



Lê o texto que se segue, sobre ‘loucura’, um excerto de editorial de Sofia Barrocas (que fui buscar ao manual Expressões, 12.º ano, como fiz com o exercício anterior):

A loucura aterroriza-nos e fascina-nos. Sentimos um medo indisfarçável de um dia atravessarmos a fronteira — às vezes tão ténue — que nos separa daquilo a que chamamos «o mundo real», onde vivemos de acordo com as normas de um mal definido conceito de «normalidade», e mergulharmos nessa realidade distorcida (achamos nós) a que optámos por chamar loucura. E no entanto... quando olhamos os «nossos loucos» com um misto de comiseração, respeito e fascínio não podemos por vezes deixar de pensar se os loucos não seremos nós, se não serão «eles» que estão certos, ao escudarem-se numa realidade só deles [...]. São personagens intrigantes, fascinantes, desconcertantes, acarinhadas [... ] como símbolos vivos de alguma coisa que não sabemos definir bem. Vale a pena conhecê-los. Quanto mais não seja pelas questões que nos obrigam a pôr aos nossos «eus» mais escondidos.

Sofia Barrocas, «Nota de abertura», Notícias Magazine, n.° 934, 18 de abril de 2010

Verifica se o entendimento da loucura expresso no poema de Pessoa coincide, total ou parcialmente, com o apresentado no trecho do editorial.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Vai dando um relance aos outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp. 71, 74 e 76 da edição de Mensagem que estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71), para depois responderes a um item.

PRIMEIRO

D. SEBASTIÃO

’Sperai! Caí no areal e na hora adversa

Que Deus concede aos seus

Para o intervalo em que esteja a alma imersa

Em sonhos que são Deus.

 

Que importa o areal e a morte e a desventura

Se com Deus me guardei?

É O que eu me sonhei que eterno dura,

É Esse que regressarei.

Já depois de lido o «D. Sebastião» reproduzido em cima (o na p. 71; primeiro da 3.ª parte de Mensagem — designada ‘O Encoberto’ — e primeiro também de «Os Símbolos»), completa a síntese a seguir, usando só preposições (não contraídas com determinantes) e conjunções.

D. Sebastião adquire ____ Mensagem um valor simbólico que ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da determinação ___ da coragem que ele corporiza que funcionam _____ mito inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a realidade»: «É Esse que regressarei».

O Sebastianismo ___ Mensagem não se liga, pois, ao caso específico ____ concreto de D. Sebastião, que não poderá, obviamente, voltar, _____ à ideologia que lhe está subjacente. ______ do «ser que houve» ___ que ficou no «areal» ______ a «morte», regressará a força inspiradora _____ D. Sebastião necessária ao ressurgimento anímico da nação.

No poema de Fernando Pessoa, D. Sebastião é o protótipo da loucura.

«Todos os homens são doidos e, apesar das precauções, só diferem entre si em virtude das proporções. Este mundo está cheio de loucos e quem não os queira ver deve fechar-se e partir o espelho.»

Nicolas Boileau

Partindo da citação de Nicolas Boileau, redige um texto de opinião, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, no qual apresentes uma reflexão sobre a loucura.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

[Aliás, vais só completar a introdução que deixo no slide e fazeres o primeiro argumento (e respetivo exemplo). / Podes também aproveitar, se o preferires, este enunciado:

«Os loucos estão certos / É preciso ouvi-los» (Diabo na Cruz)

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre as vantagens que a loucura nos pode trazer.

[Fazer só o parágrafo de introdução e o parágrafo com primeiro argumento e respetivo(s) exemplo(s).]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC Não esqueças os trabalhos em curso (este e este).

 

 

#