Aula 101-102
Aula 101-102 (26 [1.ª], 27 [5.ª, 2.ª,
4.ª], 28/abr [3.ª]) Passamos à «Conclusão»
de Amor de Perdição (os capítulos
obrigatórios são «Introdução», «Conclusão» e dois à escolha entre I, IV, X,
XIX). Fica aqui o que se passou entretanto (desde o cap. X que terminara com a
prisão de Simão):
Capítulo XI —
Domingos Botelho sabe da prisão de Simão e determina que ele seja tratado de
acordo com a lei. Simão aceita com indiferença esse tratamento e dá entrada na
prisão. Apresenta-se Mariana, para lhe dar apoio.
Capítulo XII —
O narrador transcreve parte de uma carta de Rita, recordando, cinquenta e sete
anos depois, a reação da família à prisão de Simão. Depois, relata-se o julgamento
de Simão, condenado a morrer na forca, «arvorada no local do delito». Mariana
entra num estado próximo da loucura.
Capítulo XIII —
Depois da prisão de Simão, Teresa é conduzida ao convento de Monchique e dá
sinais de fraqueza e doença. Nas cartas trocadas com Simão, expressa-se o
desgosto de ambos pela separação e pela próxima morte de Teresa.
Capítulo XIV — Tadeu de Albuquerque chega ao convento e pretende
levar Teresa para Viseu, que, todavia, recusa ir. A madre apoia Teresa; Tadeu,
apesar das diligências que faz, não consegue o que deseja.
Capítulo XV — Simão continua preso, na Cadeia da Relação, e
escreve as suas meditações sobre o seu destino. Visitado por João da Cruz,
Simão sabe que Mariana melhorou. É o ferrador quem leva uma carta a Teresa.
Entretanto, Mariana ficará a cuidar de Simão.
Capítulo XVI — Conta-se a história da fuga de Manuel Botelho,
irmão de Simão, com «uma dama desleal a seu marido». Trata-se de um incidente
que o narrador reconhece «não muito concertado com o seguimento da história»,
mas que mostra o modo de ser do pai de Manuel e Simão.
Capítulo XVII — João da Cruz está em casa e dedica-se ao
trabalho de ferrador. Entretanto, chega um estranho que dispara sobre ele,
matando-o, num ato de vingança. Mariana, estando na prisão com Simão, é informada.
Ambos reagem com grande emoção.
Capítulo XVIII — Pena de Simão é comutada em dez anos de degredo
para a Índia, também por causa de intervenção de Domingos Botelho (mais por
capricho de contrariar Albuquerque do que por amor paternal). Seria até autorizado
que a pena fosse cumprida na cadeia de Vila Real, mas Simão não aceita.
Mariana, agora sem pai, decide acompanhar Simão no degredo. Acentuam-se as
manifestações de dedicação a Simão, ao ponto de Mariana anunciar que se suicidará,
quando a sua companhia já não for necessária.
Capítulo XIX — Teresa pede a Simão que
aceite cumprir pena na cadeia (em Vila Real), que assim ainda haveria esperança
para ambos, mas ele recusa essa solução. Teresa escreve-lhe que, assim, ela morrerá.
Capítulo XX — Simão é conduzido à nau que o levará ao
degredo. Já a bordo, vê Teresa. A nau passa diante do convento, no momento em
que Teresa desfalece e morre.
Vamos ler
hoje a primeira parte da «Conclusão» de Amor
de Perdição (pp. 222-224). Circunda a melhor alínea de cada item. (Usa
apenas as páginas deste texto.)
O constituinte «num beliche
de passageiro» (l. 2) desempenha a função sintática de
a) complemento agente da
passiva.
b) complemento indireto.
c) complemento oblíquo.
d) modificador do grupo
verbal.
A conjunção coordenativa
copulativa «e» (l. 2) constitui um mecanismo de coesão
a) lexical.
b) frásica.
c) referencial.
d) interfrásica.
Em «tê-lo-ia» (ll. 10-11),
o pronome é
a) catáfora de «Simão Botelho»
(l. 7).
b) anáfora de «O ouvido»
(l. 10).
c) anáfora de «[um] arame» (l.
10).
d) anáfora de «Simão
Botelho» (l. 7).
A «voz única no silêncio da
terra e do céu» (ll. 13-14) reporta-se
a) ao comandante.
b) a Mariana.
c) a Simão.
d) ao vento.
Através da oração adjetiva
relativa explicativa «que era dela» (l. 16) percebemos que
a) no maço enviado haveria
cartas de Simão.
b) a carta em causa era de
Mariana.
c) a carta em causa não
tivera a intermediação da mendiga.
d) o maço das cartas fora
enviado por Teresa.
No período (e oração) que
constitui a l. 18, o predicado é
a) «Dizia assim».
b) «Dizia».
c) «Dizia assim a carta».
d) «a carta».
Em vez de «se me Deus não
engana» (l. 20), diríamos hoje «se Deus não me engana». Em qualquer dos casos,
o pronome desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) complemento indireto.
Na mesma l. 20, «em
descanso» é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) modificador do grupo
verbal.
d) predicativo do sujeito.
A «esposa do céu» (ll.
21-22) remete para
a) Teresa.
b) Nossa Senhora.
c) Rita.
d) Mariana.
«a última esperança» (l.
31) alude à circunstância de
a) Simão não ter aceitado uma
derradeira comutação da pena, preferindo o degredo.
b) Teresa estar a morrer
(ou já ter morrido até).
c) Simão ter confessado a
Mariana que nunca a amaria senão como irmã.
d) o Sporting poder perder
pontos em Braga.
A paisagem que se infere de
«Estou vendo a casinha que tu descrevias defronte de Coimbra, cercada de
árvores, flores e aves» (ll. 42-43) corresponde
a) à paisagem romântica
típica (agreste, espontânea) e aludirá a Romeu e Julieta.
b) à paisagem característica
das cantigas de amor medievais.
c) ao ambiente que Simão encontraria
no degredo, na Índia.
d) a um lugar calmo, simples,
recatado (locus amœnus) e parece
remeter também para Pedro e Inês.
A carta transcrita (ll. 19-68)
é um texto encaixado cujo narrador é
a) homodiegético.
b) externo.
c) omnisciente.
d) heterodiegético.
A oração «que levantava a
cabeça ao menor movimento dele» (ll. 69-70) desempenha a função de
a) modificador apositivo.
b) modificador restritivo.
c) complemento oblíquo.
d) complemento direto.
No período «Rogo-lhe que
vá, porque não é necessário o seu sacrifício» (l. 74), temos
a) subordinante +
subordinada adverbial causal.
b) subordinante +
subordinada substantiva completiva + subordinada adverbial causal.
c) subordinante +
subordinada substantiva relativa + subordinada adverbial causal.
d) subordinante +
subordinada adjetiva relativa explicativa + subordinada adverbial causal.
Na fala das ll. 88-89,
Simão
a) quer tranquilizar o capitão,
que sabe estar do seu lado.
b) ironiza, para amesquinhar
o capitão.
c) mente, determinado a
tentar o suicídio depois.
d) está irritado com o
capitão.
Nas linhas 91-95, o
comandante
a) diz ir descer ao quarto,
despede-se de Simão e de Mariana.
b) diz ir descer ao quarto,
para conversar a sós com Mariana.
c) pede a Simão que desça
ao quarto, Simão anui, mas diz sofrer mais, e ainda fica no convés.
d) sugere a Simão que vá
para o quarto, Simão assente (embora diga ir sofrer mais) e descem ambos.
Assistência
a trecho de episódio 3 de Programa do Aleixo (17-21):
[Jogo do Stop:] Nos sujeitos e nos
complementos diretos não contam eventuais determinantes (a letra será a do nome
ou pronome); no complemento indireto, haverá sempre, é claro, a preposição «a»
(contraída ou não), mas o que conta será o resto; o «por» não conta no caso de
agentes da passiva; no caso de modificadores ou de complementos oblíquos, se
houver preposição inicial, esta não conta para definir a letra inicial. Nos
verbos das frases passivas, o auxiliar não conta (é a inicial do particípio
passado que interessará).
Letra |
Estrutura |
|||
I |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Modificador do grupo verbal |
Complemento oblíquo [País] |
A
Irene |
irá |
no
inverno |
a
Inglaterra |
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento indireto |
Complemento
direto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Predicativo do c. direto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo verbal [País] |
|
|
|
|
|
|
Modificador do GV [Capital] |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Predicativo do sujeito |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Figura artística] |
Modificador apositivo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
|
|
|
|
|
Vocativo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Figura pública] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Desportista] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador restritivo do nome |
|
|
|
|
|
|
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Banda] |
Núcleo do predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Modificador de frase |
Sujeito [Escritor] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
|
|
|
O primeiro a terminar a
frase corretamente ganha 3 pontos; o segundo, 2; o terceiro, 1. A cada frase
que se revele errada é atribuído um ponto negativo (-1 ponto).
TPC — Reformula crónica de
«Fugas» (abrirei espaço na Classroom para o efeito).
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