Saturday, August 29, 2020

Aula 101-102

 

Aula 101-102 (26 [1.ª], 27 [5.ª, 2.ª, 4.ª], 28/abr [3.ª]) Passamos à «Conclusão» de Amor de Perdição (os capítulos obrigatórios são «Introdução», «Conclusão» e dois à escolha entre I, IV, X, XIX). Fica aqui o que se passou entretanto (desde o cap. X que terminara com a prisão de Simão):

Capítulo XI Domingos Botelho sabe da prisão de Simão e determina que ele seja tratado de acordo com a lei. Simão aceita com indiferença esse tratamento e dá entrada na prisão. Apresenta-se Mariana, para lhe dar apoio.

Capítulo XII O narrador transcreve parte de uma carta de Rita, recordando, cinquenta e sete anos depois, a reação da família à prisão de Simão. Depois, relata-se o julgamento de Simão, condenado a morrer na forca, «arvorada no local do delito». Mariana entra num estado próximo da loucura.

Capítulo XIII Depois da prisão de Simão, Teresa é conduzida ao convento de Monchique e dá sinais de fraqueza e doença. Nas cartas trocadas com Simão, expressa-se o desgosto de ambos pela separação e pela próxima morte de Teresa.

Capítulo XIV — Tadeu de Albuquerque chega ao convento e pretende levar Teresa para Viseu, que, todavia, recusa ir. A madre apoia Teresa; Tadeu, apesar das diligências que faz, não consegue o que deseja.

Capítulo XV — Simão continua preso, na Cadeia da Relação, e escreve as suas meditações sobre o seu destino. Visitado por João da Cruz, Simão sabe que Mariana melhorou. É o ferrador quem leva uma carta a Teresa. Entretanto, Mariana ficará a cuidar de Simão.

Capítulo XVI — Conta-se a história da fuga de Manuel Botelho, irmão de Simão, com «uma dama desleal a seu marido». Trata-se de um incidente que o narrador reconhece «não muito concertado com o seguimento da história», mas que mostra o modo de ser do pai de Manuel e Simão.

Capítulo XVII — João da Cruz está em casa e dedica-se ao trabalho de ferrador. Entretanto, chega um estranho que dispara sobre ele, matando-o, num ato de vingança. Mariana, estando na prisão com Simão, é informada. Ambos reagem com grande emoção.

Capítulo XVIII — Pena de Simão é comutada em dez anos de degredo para a Índia, também por causa de intervenção de Domingos Botelho (mais por capricho de contrariar Albuquerque do que por amor paternal). Seria até autorizado que a pena fosse cumprida na cadeia de Vila Real, mas Simão não aceita. Mariana, agora sem pai, decide acompanhar Simão no degredo. Acentuam-se as manifestações de dedicação a Simão, ao ponto de Mariana anunciar que se suicidará, quando a sua companhia já não for necessária.

Capítulo XIX — Teresa pede a Simão que aceite cumprir pena na cadeia (em Vila Real), que assim ainda haveria esperança para ambos, mas ele recusa essa solução. Teresa escreve-lhe que, assim, ela morrerá.

Capítulo XX — Simão é conduzido à nau que o levará ao degredo. Já a bordo, vê Teresa. A nau passa diante do convento, no momento em que Teresa desfalece e morre.

Vamos ler hoje a primeira parte da «Conclusão» de Amor de Perdição (pp. 222-224). Circunda a melhor alínea de cada item. (Usa apenas as páginas deste texto.)

 

O constituinte «num beliche de passageiro» (l. 2) desempenha a função sintática de

a) complemento agente da passiva.

b) complemento indireto.

c) complemento oblíquo.

d) modificador do grupo verbal.

 

A conjunção coordenativa copulativa «e» (l. 2) constitui um mecanismo de coesão

a) lexical.

b) frásica.

c) referencial.

d) interfrásica.

 

Em «tê-lo-ia» (ll. 10-11), o pronome é

a) catáfora de «Simão Botelho» (l. 7).

b) anáfora de «O ouvido» (l. 10).

c) anáfora de «[um] arame» (l. 10).

d) anáfora de «Simão Botelho» (l. 7).

 

A «voz única no silêncio da terra e do céu» (ll. 13-14) reporta-se

a) ao comandante.

b) a Mariana.

c) a Simão.

d) ao vento.

 

Através da oração adjetiva relativa explicativa «que era dela» (l. 16) percebemos que

a) no maço enviado haveria cartas de Simão.

b) a carta em causa era de Mariana.

c) a carta em causa não tivera a intermediação da mendiga.

d) o maço das cartas fora enviado por Teresa.

 

No período (e oração) que constitui a l. 18, o predicado é

a) «Dizia assim».

b) «Dizia».

c) «Dizia assim a carta».

d) «a carta».

 

Em vez de «se me Deus não engana» (l. 20), diríamos hoje «se Deus não me engana». Em qualquer dos casos, o pronome desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) sujeito.

c) complemento oblíquo.

d) complemento indireto.

 

Na mesma l. 20, «em descanso» é

a) complemento direto.

b) complemento oblíquo.

c) modificador do grupo verbal.

d) predicativo do sujeito.

 

A «esposa do céu» (ll. 21-22) remete para

a) Teresa.

b) Nossa Senhora.

c) Rita.

d) Mariana.

 

«a última esperança» (l. 31) alude à circunstância de

a) Simão não ter aceitado uma derradeira comutação da pena, preferindo o degredo.

b) Teresa estar a morrer (ou já ter morrido até).

c) Simão ter confessado a Mariana que nunca a amaria senão como irmã.

d) o Sporting poder perder pontos em Braga.

 

A paisagem que se infere de «Estou vendo a casinha que tu descrevias defronte de Coimbra, cercada de árvores, flores e aves» (ll. 42-43) corresponde

a) à paisagem romântica típica (agreste, espontânea) e aludirá a Romeu e Julieta.

b) à paisagem característica das cantigas de amor medievais.

c) ao ambiente que Simão encontraria no degredo, na Índia.

d) a um lugar calmo, simples, recatado (locus amœnus) e parece remeter também para Pedro e Inês.

 

A carta transcrita (ll. 19-68) é um texto encaixado cujo narrador é

a) homodiegético.

b) externo.

c) omnisciente.

d) heterodiegético.

 

A oração «que levantava a cabeça ao menor movimento dele» (ll. 69-70) desempenha a função de

a) modificador apositivo.

b) modificador restritivo.

c) complemento oblíquo.

d) complemento direto.

 

No período «Rogo-lhe que vá, porque não é necessário o seu sacrifício» (l. 74), temos

a) subordinante + subordinada adverbial causal.

b) subordinante + subordinada substantiva completiva + subordinada adverbial causal.

c) subordinante + subordinada substantiva relativa + subordinada adverbial causal.

d) subordinante + subordinada adjetiva relativa explicativa + subordinada adverbial causal.

 

Na fala das ll. 88-89, Simão

a) quer tranquilizar o capitão, que sabe estar do seu lado.

b) ironiza, para amesquinhar o capitão.

c) mente, determinado a tentar o suicídio depois.

d) está irritado com o capitão.

 

Nas linhas 91-95, o comandante

a) diz ir descer ao quarto, despede-se de Simão e de Mariana.

b) diz ir descer ao quarto, para conversar a sós com Mariana.

c) pede a Simão que desça ao quarto, Simão anui, mas diz sofrer mais, e ainda fica no convés.

d) sugere a Simão que vá para o quarto, Simão assente (embora diga ir sofrer mais) e descem ambos.


Assistência a trecho de episódio 3 de Programa do Aleixo (17-21):

[Jogo do Stop:] Nos sujeitos e nos complementos diretos não contam eventuais determinantes (a letra será a do nome ou pronome); no complemento indireto, haverá sempre, é claro, a preposição «a» (contraída ou não), mas o que conta será o resto; o «por» não conta no caso de agentes da passiva; no caso de modificadores ou de complementos oblíquos, se houver preposição inicial, esta não conta para definir a letra inicial. Nos verbos das frases passivas, o auxiliar não conta (é a inicial do particípio passado que interessará).

Letra

Estrutura

I

Sujeito

Núcleo do Predicado

Modificador do grupo verbal

Complemento oblíquo [País]

A Irene

i

no inverno

a Inglaterra

 

Sujeito

Núcleo do Predicado

Complemento indireto

Complemento direto

 

 

 

 

 

Sujeito

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Predicativo do c. direto

 

 

 

 

 

Sujeito

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Modificador do grupo verbal [País]

 

 

 

 

 

Modificador do GV [Capital]

Sujeito

Núcleo do Predicado

Predicativo do sujeito

 

 

 

 

 

Sujeito

Núcleo do Predicado

Agente da passiva

Modificador do grupo verbal

 

 

 

 

 

Sujeito [Figura artística]

Modificador apositivo

Núcleo do Predicado

Complemento direto

 

 

 

 

 

Vocativo

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Complemento indireto

 

 

 

 

 

Sujeito [Figura pública]

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Modificador do grupo verbal

 

 

 

 

 

Sujeito [Desportista]

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Modificador restritivo do nome

 

 

 

 

 

Núcleo do Predicado

Complemento direto

Complemento indireto

Modificador do grupo verbal

 

 

 

 

 

Sujeito [Banda]

Núcleo do predicado

Agente da passiva

Modificador do grupo verbal

 

 

 

 

 

Modificador de frase

Sujeito [Escritor]

Núcleo do Predicado

Complemento direto

 

 

 

 

O primeiro a terminar a frase corretamente ganha 3 pontos; o segundo, 2; o terceiro, 1. A cada frase que se revele errada é atribuído um ponto negativo (-1 ponto).

TPC — Reformula crónica de «Fugas» (abrirei espaço na Classroom para o efeito).

 

 

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