Aula 97-98
Aula 97-98 (19 [1.ª], 20 [5.ª, 2.ª,
4.ª], 21/abr [3.ª]) Correção da biografia de personagem castiça (segundo o
modelo dos primeiros parágrafos do cap. I de Amor de Perdição).
[pp. 206-207]
«de bons humores para dar
ao autor de seus dias um resto de velhice feliz» (ll. 3-4) significa
a) ‘com sentido de humor
para dar a Camilo Castelo Branco um fim de vida agradável’.
b) ‘com disposição para
cumprir a vontade do pai’.
c) ‘de bom humor para
conceder a Camilo uns últimos dias aceitáveis’.
d) ‘com vontade de
corresponder a um apelo de Deus’.
O parágrafo «O silêncio de
Teresa era interrogador.» (l. 5) quer dizer que
a) Teresa a si própria se
perguntava das razões daquele silêncio.
b) Teresa falava com a
colega ao lado durante a secante atividade «Ouvindo o silêncio, lendo».
c) a filha de Tadeu de
Albuquerque usara uma interrogação retórica.
d) Teresa não percebera a
situação.
Na l. 6, «minha filha»
desempenha a função sintática de
a) vocativo.
b) sujeito.
c) modificador apositivo
do nome.
d) complemento direto.
O advérbio «cegamente» (l.
7) significa
a) ‘de olhos vendados’.
b) ‘como se não houvesse
amanhã’.
c) ‘com confiança em
outrem’.
d) ‘tipo Stevie Wonder’.
«e talvez com o desfalque do
teu grande património» (l. 11) alude à possibilidade de Tadeu
a) deserdar a filha.
b) tirar do banco joias
que pertenciam à filha.
c) atirar um cocó de cão à
cara da sonsa da filha.
d) roubar a Teresa a
coleção de Barbies e Nenucos e a filmografia anotada de Violetta.
«desassombrada do
diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração» (ll. 12-13)
significa
a) ‘sem influência do
sacana do Simão’.
b) ‘sem o espírito do
diabo assombrar a sua ingenuidade’.
c) ‘liberta do fascínio das
ideias malditas do Diabo’.
d) ‘com o coração puro livre
das más influências dos infiéis’.
O determinante possessivo
«seu» (l. 16) tem como referente
a) Tadeu de Albuquerque.
b) o primo Baltasar.
c) Simão.
d) Domingos Botelho.
Para Albuquerque, Baltasar
é um «composto de todas as virtudes» (l. 24),
a) só lhe faltando a beleza.
b) quer
quanto às relevantes (ser rico, sabedor, bom cristão), quer nas acessórias (não
ser um emplastro).
c) tanto no domínio sexual
como no espiritual.
d) só comparável a compostos
como CaCO3 ou COCÓ2.
Em termos de classificação
de orações podemos descrever «Quero que cases!» (l. 35) assim:
a) Subordinante + Subordinada
adjetiva relativa explicativa.
b) Subordinante +
Subordinada consecutiva.
c) Subordinante + Subordinada
substantiva completiva.
d) Subordinante + Subordinada
adjetiva relativa restritiva.
Segundo o que se lê no parágrafo
das ll. 45-50, o conselho que Baltasar deu a seu tio foi
a) que não pusesse Teresa
num convento e mandasse matar Simão.
b) que deixasse Simão a seu
cargo e permitisse a Teresa ficar em casa.
c) que fizesse Teresa entrar
num convento e esperasse que Simão chegasse de Coimbra.
d) esquecer tudo e avançar
bastante na leitura de Os Maias ou a Ilustre Casa de Ramires.
[pp. 208-209]
Ainda antes de terminada a
leitura da carta de Teresa (ll. 1-5), Simão pensou
a) em matar Baltasar, por
um ímpeto resultante da paixão.
b) em apunhalar o primo de
Teresa, por um imperativo do seu amor pela fidalga de Viseu.
c) que era urgente começar
a preparar leitura expressiva de sonetos de Antero.
d) em matar Baltasar, mais
por feitio do que pelo amor a Teresa.
No período que começa com «Nenhuma daquelas páginas» (l. 11),
diz-se-nos que
a) Simão lera com paixão
todas as cartas enviadas por Teresa.
b)
Simão, assim que lia as cartas de Teresa, ficava fortalecido, vencia os seus ímpetos
mais irracionais.
c) as páginas da história
do coração de Simão eram as cartas que recebia de Teresa.
d) Simão, ao estudar,
pensava sempre em Teresa.
No último período do
primeiro parágrafo (ll. 18-19), Simão
a) procura convencer-se de
que as afrontas de Baltasar não seriam assim tão graves.
b) atribui as ameaças de
Baltasar a má interpretação por Teresa.
c) atinge o auge da sua
fúria, dadas as ameaças e os insultos que lhe relata Teresa.
d) decide-se pela vingança
(que horrorizará a própria Teresa).
Em
«Perguntou ao arrieiro se conhecia alguma casa em Viseu onde ele pudesse estar
escondido uma noite ou duas, sem receio de ser denunciado» (ll. 27-29), a
oração começada por «se» é
a)
subordinada substantiva completiva e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa explicativa.
b) subordinada
substantiva relativa e a começada por «onde» é subordinada adjetiva relativa
restritiva.
c)
subordinada adverbial condicional e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa explicativa.
d)
subordinada substantiva completiva e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa restritiva.
No último parágrafo,
«arrieiro» (ll. 25, 28, 29) e «homem»
(31) concorrem para a coesão
a) lexical (por reiteração
e por hiperonímia).
b) referencial.
c) lexical (por sinonímia).
d) interfrásica.
O uso de «e» (31) é um
processo de coesão
a) interfrásica.
b) lexical.
c) frásica.
d) referencial.
Amor
de Perdição. Memórias duma família (novela
de Camilo
Castelo Branco) |
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Um
Amor de Perdição (filme de Mário Barroso) |
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Tempo |
[Camilo:] Ação decorre no século ___, em dois momentos. Na moldura
introdutória estávamos nos anos sessenta do século XIX — quando o narrador lê
os registos da Cadeia da Relação —; a intriga propriamente dita decorre
sessenta anos antes, nos inícios do XIX (1801-1807), se descartarmos o resumo
dos antecedentes da família. |
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[Barroso:] Ação decorre no século ___. |
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Espaço |
[Camilo:] Ação decorre em ___ (e em Coimbra e, mais tarde, no
Porto). |
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[Barroso:] Ação decorre em ___. |
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Narrador |
[Camilo:] Embora de 1.ª pessoa, não é ____, exceto na moldura do
1.º nível narrativo, quando nos diz como chegou à história que vai contar. Depois,
só esporadicamente usa a 1.ª pessoa (mas há alusões aos «leitores» e às «leitoras»,
o que reforça o caráter subjetivo da narração) e a focalização parece quase
omnisciente. A certa altura (cap. XII), transcreve-se carta de Rita com os
«tristes acontecimentos da minha mocidade». (É aliás comum o recurso a cartas
para preencher o relato da narrativa.) |
|
[Barroso:] É homodiegético, já que é a voz de ____ que vamos ouvindo. |
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Personagens |
Simão |
[Camilo:] É rebelde mas genial. Em Coimbra, onde estuda
Humanidades, arranja desacatos por defender ideias da Revolução Francesa, mas
passa nos exames. Em Viseu, luta sozinho contra o povo para defender um criado
que fora atacado no ____. |
[Barroso:] É rebelde mas genial. No colégio, a que aliás vai pouco,
tem vintes e só um dezasseis, mas agride professor. Na noite de Lisboa, luta
sozinho para defender Zé Xavier, que fora atacado numa _____. |
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Pai |
[Camilo:] Domingos Botelho, corregedor, inicialmente ____ Simão, mas
é frio, inconstante, impiedoso. Tem características ridicularizadas pelo narrador. |
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[Barroso:] Domingos Botelho, juiz, inicialmente defende Simão, mas
quer sobretudo que o filho não o _____. Não é tão castiço como a personagem
do livro. |
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Mãe |
[Camilo:] Rita Preciosa, nobre decadente e pretensiosa, preocupa-se
com Simão, mesmo que se aborreça com o desprezo a que este vota os Caldeirões
e prefira o filho ___. |
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[Barroso:] [Rita] Preciosa, burguesa rica, fútil no seu
quotidiano, tem comportamentos quase incestuosos com ____, mas não deixa de
se preocupar com Simão. |
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Manuel |
[Camilo:] É personagem quase instrumental. Queixa-se do irmão. É visto
como mais fraco. Estuda Direito, em ____; por sugestão da mãe, tentará ser
cadete de cavalaria, em Bragança; depois, regressará a Coimbra para
Matemáticas. Reconcilia-se com Simão, mas foge com uma açoriana casada. (Terá
de novo intervenção só no cap. XVI.) |
|
[Barroso:] É personagem mais
saliente do que no livro. Queixa-se do irmão. É o estereótipo do
fraco. Parece amante da mãe; estuda no mesmo colégio que o irmão, mas, por
sugestão da mãe, prefere ser transferido para o Colégio ___. Tem má relação com Rita. |
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Irmãs & Zé |
[Camilo:] As três irmãs (Maria, Ana, Rita) «são o prazer e a vida toda
do coração de sua mãe». A mais nova, Rita, é a ___ de Simão. |
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[Barroso:] Rita e Simão dão-se muito bem. Rita, que detesta Manuel,
está a ler Amor de Perdição. (Não
há mais irmãs.) Zé Xavier é, para já, personagem instrumental (desempenha funções
que, no livro, cabem a criados). Parece interessar-se por ___. |
||
Teresa |
[Camilo:] É ___ de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai de
Simão (magistrado sentenciara em desfavor de Tadeu). |
|
[Barroso:] É filha de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai
de Simão (segundo a mãe, porque o Albuquerque o impedira de ser ___). |
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Amor |
[Camilo:] Simão vê Teresa na ___ em frente e logo se apaixona.
Comunicação entre os dois será feita sobretudo por carta. |
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[Barroso:] Simão vê Teresa num vídeo da equipa de ___ de Rita e
logo se apaixona. Comunicação entre os dois será feita sobretudo por telemóvel. |
Assistência a curtos momentos de filme de 1943 (minutos
30-32,15; 35-38,15):
e a dois minutos do filme de Manoel de Oliveira (2-4):
«A
submissão é uma ignomínia, quando o poder paternal é uma afronta» é uma frase
célebre de uma das cartas de Simão a Teresa (cap. VIII). Discute a sua
modernidade, num breve texto de opinião (180-220 palavras) que tenha em conta o
que já conheces da obra.
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TPC
— Continua a procurar avançar na leitura da obra de Eça que tenhas escolhido (A
Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias).
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