Aulas (41-61)
Aula
41 (19 [1.ª], 21/nov [4.ª])
Correção de questionário de gramática.
Solução do questionário de gramática — Versão com cão King a alertar
a aldeia
Kamela
(< Kamala + camela) |
amálgama |
dossiê
(< fr. dossier) |
empréstimo |
Santi
(< Santiago) |
truncação |
IVA
(pronunciado iva) |
acrónimo |
vírus
[informática] < vírus |
extensão
semântica |
zumbido |
onomatopeia |
Ota
(< Otamendi) |
truncação |
domótica
(< domos [‘casa’] + informática) |
amálgama |
SLB
(pronunciado esseelebê) |
sigla |
O
cão King alertou a aldeia. |
perfetivo |
O
King é o herói da aldeia. |
genérico |
O
King costuma seguir a dona por toda a parte. |
habitual |
Olímpia
andava a passear pelos campos. |
imperfetivo |
Olímpia tem revelado, nestes últimos meses,
múltiplos sinais de Alzheimer. |
iterativo |
Comerei
o chocolate. |
Comê-lo-ei. |
Amas
Georgina? |
Ama-la? |
Copia
a frase. |
Copia-a. |
O vestido transparente de Ana Moura provocou
celeuma. |
modificador
restritivo do nome |
Não tremas, Terra, porque não queremos mais
um terremoto. |
vocativo |
Fábio
Loureiro fugiu para Marrocos. |
complemento
oblíquo |
Os
jornalistas elegeram Rodri bola de ouro. |
predicativo
do complemento direto |
Desenlacemos
as mãos. |
predicado |
Delegados e subdelegados nomearam segunda
suplente a Neves. |
predicativo
do complemento direto |
A alteração do futebol do Benfica é mérito
do turco Artur. |
complemento
do nome |
O produtor de vinho está preocupado com a
filoxera. |
complemento
do nome |
Em
Chaves, um cão matou uma criança. |
modificador
do grupo verbal |
A Cova da Moura, que visitei há anos para
fazer inquéritos dialetológicos, é pacata. |
complemento
direto |
Em
Valência, desapareceram bens e pessoas. |
sujeito |
Estão
aí as intercalares. |
sujeito |
Mourinho, que os fãs admiram, usa a Uber
Eats. |
modificador
apositivo do nome |
A falecida avó do menino, que era de Faiões,
também era muito boa pessoa. |
sujeito |
Fernando Valente, o principal suspeito, pode
ser acusado até final do mês. |
modificador
apositivo do nome |
Son, que o treinador do Tottenham substituiu
inesperadamente, ficou surpreendido. |
complemento
direto |
Quatro dos golos foram marcados por Gyökeres. |
complemento
agente da passiva |
Os donos de carros andam preocupados com a
violência gratuita. |
predicativo
do sujeito |
Os alunos ultrapassaram-me na chegada ao
bloco. |
complemento
direto |
A Amorim os sportinguistas desejam muitas felicidades. |
complemento
indireto |
Quando chover como em Valência, Lisboa sofrerá. |
modificador
do grupo verbal |
O
afilhado de Marco Paulo ficou podre de rico. |
predicativo
do sujeito |
Na
Europa consideram-nos muito simpáticos. |
complemento
direto |
Solução do questionário de gramática — Versão com cão a atacar criança
chave [‘solução’] < chave, ‘instrumento que abre
portas, cofres, etc.’ |
extensão
semântica |
TAP
(pronunciado tape) |
acrónimo |
ronronar |
onomatopeia |
Mada
(< Madalena) |
truncação |
nega
(< negativa) |
truncação |
Chalanix
(< Chalana + Asterix) |
amálgama |
ateliê
(< fr. atelier) |
empréstimo |
TPC
(pronunciado tepecê) |
sigla |
espanglês
(< espanhol + inglês) |
amálgama |
Em
Faiões, a criança foi atacada pelo cão. |
perfetivo |
A
Judiciária está a investigar a morte da criança. |
imperfetivo |
A família costumava visitar os avôs sempre que
possível. |
habitual |
Esta raça de cães tem ocasionado todas as semanas
notícias tristíssimas. |
iterativo |
A
cadela é do avô do menino. |
genérico |
Amaria
Lídia. |
Amá-la-ia. |
Entrega
a folha. |
Entrega-a. |
Bebes
a cerveja? |
Bebe-la? |
A
decisão sobre telemóveis está para breve. |
complemento
do nome |
Abriguem-se, alunos, porque vem aí um
exercício de prevenção. |
vocativo |
Designaram Marta Baptista representante dos
alunos no Conselho Geral. |
predicativo
do complemento direto |
Os adeptos leoninos culpam Varandas pela venda de
Amorim ao MU. |
complemento
do nome |
Georgina
só agora regressou do hospital. |
complemento
oblíquo |
Os dragartos acharam Bruno Lage uma ótima
escolha. |
predicativo
so complemento direto |
Dentro de poucos dias começam umas pequenas
férias. |
sujeito |
As
cheias em Barcelona preocupam-nos. |
complemento
direto |
Nunca
deu problemas o cão que matou o bebé. |
sujeito |
O homem que matou a sua companheira não sabe
o que lhe passou pela cabeça. |
modificador
restritivo do nome |
Durante as eleições para a Associação, a escola
fica caótica. |
predicativo
do sujeito |
Odair, que abalroou uma data de automóveis,
corria como se não houvesse amanhã. |
sujeito |
Matilde Mourinho, que é joalheira, casou-se
em Azeitão. |
sujeito |
Mourinho, que os fãs adoram, encomenda muita
coisa pela Uber Eats. |
complemento
direto |
Filomena Silva, a tia da grávida da Murtosa,
passou dias e dias sem dormir. |
modificador
apositivo do nome |
Porque há eleições para a AE, a escola está barulhenta. |
modificador
do grupo verbal |
O orçamento de estado foi aprovado pela maioria
dos deputados. |
complemento
agente da passiva |
Na prisão de Vale de Judeus, os telemóveis são mais que muitos. |
modificador
do grupo verbal |
Ao
Sporting só pagam a cláusula. |
complemento
indireto |
A
grávida da Murtosa continua desaparecida. |
predicativo
do sujeito |
Abraço-te
por mais este bom resultado. |
complemento
direto |
Vem
sentar-te comigo. |
predicado |
A
saia azul de Kim custou milhares de euros. |
modificador
restritivo do nome |
A parte B do Grupo
I da prova de exame de Português mais recente (2024, 2.ª fase) aproveitava
uma ode de Ricardo Reis. (A
parte A do mesmo Grupo I usava um texto de A Cidade e as Serras,
de Eça de Queirós; a parte C — ou item 7 — pedia uma «breve
exposição» em que se compararia uma pintura de René Magritte e o texto da parte
A.)
PARTE B
Leia o poema e as notas.
As rosas amo dos jardins
de Adónis1,
Essas volucres2
amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
5 A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e
acabam
Antes que Apolo3 deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida
um dia,
10 Inscientes4, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo
Reis, Poesia,
edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp.
13-14.
NOTAS
1 Adónis – jovem da mitologia grega, símbolo
de beleza masculina.
2 volucres – efémeras.
3 Apolo – deus grego do sol.
4 Inscientes – ignorantes.
* 4. Explicite a importância
da referência aos elementos da natureza para o desenvolvimento do pensamento do
sujeito poético.
. . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
[Solução possível:
As rosas representam a
efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v.
3), morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro
lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6) e perecem antes que ele se
ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a
aproveitarem moderadamente a vida, conscientes da sua finitude, semelhante à de
«um dia» (v. 9) das rosas.
O curso diurno do sol
representa a duração da vida: para a rosa, um dia; para o ser humano, uma
passagem efémera («O pouco que duramos» ‒ v. 12).]
* 5. Explique os quatro
últimos versos do poema, tendo em conta o ideal de vida defendido pelo sujeito
poético.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
[Solução possível:
Face à constatação da
efemeridade da vida, o sujeito poético aconselha Lídia a que viva o momento
presente («Assim façamos nossa vida um dia» ‒ v. 9), de acordo com o
princípio epicurista do carpe diem, único caminho
para a felicidade e para a ausência de dor, assumindo uma atitude de
indiferença face à passagem do tempo, num esforço de autodisciplina. Exorta-a a
assumir uma atitude deliberada de aceitação da efemeridade da vida e da
inevitabilidade da morte («há noite antes e após / O pouco que duramos» ‒ vv. 11-12).]
6. Complete as afirmações
abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de
respostas, registe apenas as letras – a) e b) – e, para cada uma
delas, o número que corresponde à opção selecionada.
No poema apresentado, constata-se o classicismo da poesia de
Ricardo Reis, nomeadamente através do recurso à _______ [a)], nos versos
7 e 8. O carácter moralista da poesia deste heterónimo pessoano é indiciado
pelo uso de verbos conjugados na primeira pessoa do modo conjuntivo, como ocorre
_______ [b)]
a) |
b) |
1. perífrase 2. hipérbole 3. metonímia |
1. no verso 12 2. no verso 1 3. no verso 9 |
Aula 42-43 (25 [3.ª], 26 [4.ª], 28/nov [1.ª]) Correção de comentário a «O avô e o neto».
[Solução possível para
comentário a «O avô e o neto»:
O poema configura uma narrativa, uma vez que recria um
episódio com personagens (avô
e neto), as suas ações e as suas falas.
É possível delimitar dois momentos: as três primeiras
estrofes centram-se na reação emotiva do avô, «ao ver o neto a brincar» (v. 1);
as três seguintes focam essencialmente o neto e a naturalidade da sua
brincadeira e das suas palavras.
O sujeito poético narra uma situação ilustrativa da
nostalgia da infância. O avô, «ao ver o neto a brincar» (v. 1), sente uma
tristeza motivada pelas saudades do seu tempo de criança e deseja poder voltar
a esses momentos (vv. 3-6). Ao recordar o passado, lembra a tristeza inocente
que advinha da desconstrução dos seus castelos de brincar. Associam-se, assim,
uma tristeza presente relativa ao passado e a recordação de uma tristeza vivida
nesse passado.
A fala do neto revela a inocência típica das crianças,
ao pensar que o choro do avô se deve à queda da construção. ]
Na p. 38, lê «Às vezes, em sonho triste».
As estrofes são {escolhe, mas no futuro terás de
saber de cor estes nomes} dísticos / tercetos / quadras / quintilhas /
sextilhas / setilhas / oitava / novena ou nona / décima.
Quantas rimas diferentes há em cada estrofe? Há ______,
exceto no caso da terceira estrofe, em que teríamos um esquema rimático
__-__-__-__-__.
Vê,
no entanto, este detalhe do manuscrito de Pessoa e propõe uma nova decifração
do v. 13 do poema (ou v. 3 da estrofe em causa), tendo em conta o esquema
rimático mais esperável:
O verso que Pessoa efetivamente escreveu foi . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
Faz a divisão em sílabas métricas do verso que
corresponda ao teu número de pauta (se fores de 21 em diante, subtrai vinte,
escolhendo o v. 1, depois o v. 2, etc.); e classifica o verso em termos de métrica:
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Responde às perguntas 1 a 4 no manual, completando as
respostas que já pus.
1. Ao longo do poema, o
sujeito poético descreve um «país» imaginado. Comprova o carácter idealizado
desse lugar.
Ao longo do poema, descreve-se um «país» _______, que existe
apenas «em sonho triste» (v. 1) e como resposta aos «desejos» (v. 2) do ______
poético. Trata-se de um espaço sem existência ____, acessível apenas nos
momentos de «longínquo divagar» (v. 15).
2. Seleciona a opção de resposta adequada para completar as
afirmações. [Vê as alíneas com as alternativas no manual]:
O vocabulário utilizado no texto contribui para acentuar o
carácter onírico do local descrito. Assim, o advérbio «longinquamente» (v. 3)
assinala ______ entre a existência concreta do «eu» e o «país» sonhado, cuja irrealidade
é reforçada através do adjetivo _____.
3. Explicita o modo como é
vivida a passagem do tempo, tendo em conta a segunda estrofe do poema.
De acordo com a segunda estrofe, a experiência da passagem do
tempo é marcada pela espontaneidade ou ______ — «Vive-se como se nasce / Sem o
querer nem saber» (vv. 6-7) — e pela _____ cíclica da vida — «O tempo morre e
renasce / Sem que o sintamos correr.» (vv. 9-10). Deste modo, tratando-se de um
tempo circular, não-linear, não há consciência da sua _______.
4. Identifica o recurso
expressivo presente no verso 17 — «É uma infância sem fim.» — e relaciona o seu
valor com as características do «país» descrito ao longo do poema.
A ______,
associando a existência no país onírico a uma «infância» ilimitada, resume o
ambiente de felicidade e de ingenuidade que o sujeito poético imagina, num
espaço/tempo marcado pela ______ de pensamentos e pela inocência próprios da
meninice.
Usaremos a prova de exame de 2019 (1.ª fase), que
aproveitava um texto igualmente «catalogado» como sobre ‘sonho e realidade’.
Responde aos três itens que constituíam a Parte
A do Grupo I — no caso do item 2 podes aproveitar na tua resposta o que,
nos «Critérios de classificação», se recomendava como tópicos alegáveis, ainda
que, de qualquer modo, tenhas de compor essa síntese em texto e possas
acrescentar ideias tuas.
Bem sei que há ilhas lá ao sul de
tudo
Onde há paisagens que não pode
haver.
Tão belas que são como que o veludo
Do tecido que o mundo pode ser.
5 Bem
sei. Vegetações olhando o mar,
Coral, encostas, tudo o que é a
vida
Tornado amor e luz, o que o sonhar
Dá à imaginação anoitecida.
Bem sei. Vejo isso tudo. O mesmo
vento
10 Que
ali agita os ramos em torpor
Passa de leve por meu pensamento
E o pensamento julga que é amor.
Sei, sim, é belo, é longe, é
impossível,
Existe, dorme, tem a cor e o fim,
15 E,
ainda que não haja, é tão visível
Que é uma parte natural de mim.
Sei tudo, sei, sei tudo. E sei
também
Que não é lá que há isso que lá
está.
Sei qual é a luz que essa paisagem
tem
20 E
qual a rota que nos leva lá.
Fernando Pessoa, Poesia do Eu, edição de Richard Zenith,
2.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 2008, pp. 314-315.
1. Nas três primeiras estrofes, o sujeito poético descreve um
lugar idealizado. Apresente duas características desse espaço e exemplifique
cada uma delas com uma transcrição pertinente.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . .
2. Explique o conteúdo dos versos 3 e
4 e relacione-o com a temática pessoana em evidência no poema.
[tópicos nos «Critérios de classificação», sobre o item 2:
Devem ser abordados os tópicos
seguintes, ou outros igualmente relevantes:
‒ comparação entre a beleza das ilhas e o «veludo», para sugerir a suavidade/a
felicidade que o mundo pode proporcionar, se existir harmonia/se a tessitura
dos seus elementos for harmoniosa;
‒ enquadramento na temática do sonho e da realidade, na
medida em que as ilhas imaginadas permitem ao sujeito poético vislumbrar um
mundo de plenitude a que, no entanto, só pode aceder através do sonho. ]
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. Explicite dois sentidos das
anáforas e das suas variantes (versos 1, 5, 9, 13, 17 e 19), tendo em conta o
desenvolvimento temático do poema.
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[copiar:
As anáforas «Bem sei» (vv.
1, 5, 9) sublinham a certeza de que o espaço descrito é um espaço de
felicidade, mas também de que, sendo fruto do sonho, é inacessível.
Já nas estrofes finais, a
repetição de «Sei» (vv. 13, 17, 19), aliás ele próprio reforçado («Sei, sim»,
v. 13; «Sei, sei, sei tudo», v. 17»; e «sei também», v. 17), realça a afirmação
de que o sonho é inerente à essência do sujeito poético.]
TPC — Lê «Leituras de livros»
(no blogue ou via classroom). Depois, diz-me qualquer coisa ou escreve-me ainda
em novembro.
Aula 44 (26 [1.ª], 27 [3.ª], 28/nov [4.ª]) A Parte B do Grupo I da prova nacional de Português deste ano (2024, 1.ª fase) usou um texto de Álvaro de Campos que tem que ver com a nostalgia da infância (que já conhecemos quer no ortónimo quer, precisamente, em Álvaro de Campos).
PARTE B
Leia o poema.
Depus a máscara e vi-me ao espelho...
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
5 É-se sempre
a criança,
O passado que fica,
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor.
10 Assim sou a
máscara.
E volto à normalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes,
Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514.
*4. Explique a importância da
máscara na construção da dualidade do sujeito poético, tal como é apresentada
ao longo do poema.
*5. Depois de tirar a
máscara, o sujeito poético opta por tornar a pô-la.
Justifique essa opção, com
base em dois aspetos significativos.
6. Considere as afirmações
seguintes sobre o poema.
I. O ato de se ver ao
espelho sugere o desejo de autoconhecimento por parte do sujeito poético.
II. O sujeito poético anseia
voltar a viver o seu tempo de infância.
III. A coexistência de versos
longos e de versos curtos contribui para o ritmo do poema.
IV. O recurso às reticências,
no verso 3, indicia a frustração sentida pelo sujeito poético.
V. No texto, evidenciam-se
características da linguagem poética de Álvaro de Campos, como a liberdade
formal e o uso de anáforas.
Identifique as três afirmações verdadeiras. Escreva, na
folha de respostas, os números que correspondem às afirmações selecionadas.
Depois
de vermos parte do segundo episódio de O
Programa do Aleixo, série 2, na linha sob os constituintes destacados identifica
a função
sintática que desempenham.
Na Rússia, uma mulher sobreviveu ao ataque de um urso polar.
________ _____________________
Os ursos polares são os branquinhos, Busto.
____________
____
Como os ursos são
branquinhos, toda a gente lhes
quer fazer festinhas.
___ ________
Ø [Eu] Sempre soube que os ursos polares eram os mais
perigosos.
Sujeito (subentendido) _________________________________
O Busto julga-se mais
biólogo do que os outros.
___
______________________
Diz-me o nome da tua rede wireless para eu me ligar à internet.
___ _____________________
O nome que eu tinha era «BrunoAleixo2000» e a internet estava lenta.
__________ ____
Olha, chegou o Bussaco.
_________
Os ursos polares não
caem em truques básicos.
______________ ________________
Fui para o Polo Norte a pé.
_____________ ____
Eu acho que a minha prima deve ser boa.
__________________________
O Nélson acha a prima boa.
_______
___
Já conheces textos
«deambulatórios». Lemos o ano passado poemas de Cesário Verde em que o
sujeito poético vai observando o contexto e refletindo sobre ele, ou pensando
em si próprio, à medida que passeia pela cidade. Alberto Caeiro também poderia
escrever textos assim, ainda que observando paisagens campesinas (e evitando
refletir muito ou, pelo menos, dizendo-nos que não refletiria). Podemos criar
texto no mesmo estilo, de quem vai andando (e pensando), mas em prosa — ou em prosa
quase poética.
Escreve texto com características de prosa poética
deambulatória. O narrador passeia pela cidade e vai observando e refletindo.
Cada período deve ter mais uma palavra que o anterior. Um dos
critérios para aferir qualidade do resultado é não se perceber que havia algum
constrangimento formal.
Exemplo:
Passeio. Melhor, divago. Erro sem destino. Vou não sei aonde. Esta
Lisboa que observo assusta-me. E, no entanto, conheço-a desde criança.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . .
TPC — Termina as frases
iniciadas em aula e trá-las na próxima aula.
Aula 45-46 (28 [3.ª], 29/nov [1.ª, 4.ª]) Correção dos «Lembro-me».
O
tepecê da aula 27-28 foi lerem um questionário resolvido sobre «Se eu pudesse
trincar a terra toda», o poema XXI de «O Guardador de Rebanhos», de Alberto Caeiro,
nas pp. 58-59. Voltamos a esse poema, para completares estas respostas que já
iniciei.
1. Para o sujeito poético, a
sensação é tudo, valorizando a perceção das coisas tais como são. Transcreve do
poema expressões que provem que os sentidos estão em atividade.
Para o sujeito poético, é
vital sentir, afirmando mesmo que seria mais feliz “se ________” (v. 3). Neste
poema, é evidente a valorização das sensações, como se pode constatar através
das expressões “________” (v. 2), “Nem tudo é dias de sol” (v. 8), “montanhas e
planícies” (v. 12), “________” (v. 16) e “o poente é belo” (v. 19). Sendo
Caeiro um poeta do “olhar”, verifica-se que dá especial realce às _________.
2. O sujeito poético olha o
mundo com naturalidade e simplicidade. Explica a influência desta atitude no
modo de sentir a vida.
O sujeito poético aceita
as coisas tais como elas são, valorizando a diferença na _____ (“montanhas e
planícies”, “rochedos e ervas”, vv. 12-13) e os momentos bons e maus da vida (“_______”,
v. 6; “E que o poente é belo e é bela a noite que fica”, v. _). Assim,
considera que os aspetos menos agradáveis da Natureza e da vida são uma
realidade que é necessário sentir e viver.
3. Com o verso “Sentir como
quem olha” (v. 16), sintetizam-se algumas características da poesia de Alberto
Caeiro. Refere-as.
Partindo do verso “Sentir
como quem olha” (v. 16), podem apontar-se algumas características da poesia de
Alberto Caeiro, nomeadamente: o interesse exclusivo pela realidade e pela
observação das coisas ______ da vida; a importância de experimentar o mundo
através dos ______; a felicidade advinda da visão calma e clara do que o
rodeia; o sensacionismo, sendo boas as ______ por serem naturais; a valorização
da simplicidade e a visualização/perceção das coisas como elas ____.
4.
Relaciona o último verso com a mensagem global do poema.
[copiar:]
O último verso sintetiza a
aceitação harmoniosa da ordem da Natureza e das vivências humanas. Para o
sujeito poético, viver implica aceitar pacificamente a existência e o mundo tal
como se apresentam, sem os questionar. Ou seja, “[o] que é preciso é ser-se
natural e calmo” (v. 14), seguindo o curso dos acontecimentos, sem refletir
sobre eles.
Usando
os verbetes de ‘terra’ e ‘Terra’ — do Grande Dicionário Língua Portuguesa
(Porto Editora, 2004) —, escolhe a aceção de «terra» presente nas seguintes
ocorrências:
ocorrência de «terra» |
significado |
poema de Alberto Caeiro na p. 58, v. 1 |
|
poema de Alberto Caeiro na p. 62, v. 1 |
|
poema de Alberto Caeiro na p. 62, v. 2 |
|
poema de Jorge de Sena, p. 63,
terceira palavra do v. 1 |
|
poema de Jorge de Sena, p. 63,
sexta palavra do v. 1 |
|
no poema de Jorge de Sena, p. 63, v. 4 |
|
no poema de Jorge de Sena, p. 63, v. 10 |
lugar onde se nasceu (aceção 4 de ‘terra’) |
no poema de Jorge de Sena, p. 63, v. 13 |
|
no poema de Jorge de Sena, p. 63, v. 14 |
|
Vê os verbetes (na outra folha), classifica
o processo de formação e indica a etimologia:
palavra |
processo
de formação |
etimologia |
terracota |
empréstimo |
do italiano terracotta |
terrada1 |
derivada por sufixação |
de terra + -ada |
terrada2 |
|
|
terra-inglesa |
|
|
terra-nova |
|
|
terrão |
|
|
terreal |
|
|
terrear |
|
|
terreiro |
|
|
terrento |
|
|
Resolve o item 3 da p. 63:
3. Quer
no poema de Alberto Caeiro quer no de Jorge de Sena a descrição dos espaços é
feita com recurso a artifícios que salientam, por um lado, a identificação do
sujeito poético com um dos locais, notória na utilização do ______ (a)
em ambos os textos, e, por outro lado, uma visão crítica da cidade.
No texto B, essa visão
crítica é reforçada pelo uso da ______ (b) e alargada ao contexto
sociopolítico do poema (1947) nos ______ (c).
Alguns tens de exame em torno de Aspeto ou Modalidade (todos do grupo II):
[2019, 1.ª fase]
7.
Indique a modalidade e o valor modal expressos em «temos de ser capazes de
reconhecer, imaginativamente, os erros e as incongruências» (linhas 15 e 16)
__________________
[2019, 2.ª fase]
7.
Indique o valor aspetual veiculado por cada uma das expressões seguintes: a)
«Quando eu era pequeno tinha a Gija» (linhas 20 e 21); b) «Desapareceu da minha
vida de repente» (linhas 22 e 23).
__________________
[2018, 1.ª fase]
5.
As formas verbais presentes em «A intraduzibilidade de um termo é normal.»
(linha 1) e em «Assim, o termo ganhou uma extensão invulgar» (linha 20) têm,
respetivamente, um valor aspetual
(A)
genérico e perfetivo. | (B) iterativo e perfetivo. | (C) genérico
e imperfetivo. | (D) iterativo e imperfetivo.
[2018,
2.ª fase]
4.
No excerto compreendido entre «Considera negativamente» (linha 22) e «de abuso»
(linha 23) [«Considera negativamente a violência em todas as suas formas. A
nossa sociedade eliminou as formas mais brutais de abuso.»], as formas verbais
têm, respetivamente, um valor aspetual
(A)
genérico e iterativo. | (B) perfetivo e iterativo. | (C)
imperfetivo e genérico. | (D) genérico e perfetivo.
5.
As frases «E não restam dúvidas de que, em boa medida, as suas observações têm
fundamento.» (linha 18) e «Talvez sejamos hipócritas» (linha 32) exprimem a
modalidade epistémica
(A)
com valor de probabilidade, no primeiro caso, e com valor de certeza, no
segundo caso.
(B) com valor de
probabilidade, em ambos os casos.
(C) com valor de
certeza, em ambos os casos.
(D) com valor de
certeza, no primeiro caso, e com valor de probabilidade, no segundo caso.
Os dois poemas enquadrados
a cor de rosa são disfóricos relativamente a espaços de que tratam. No texto de
Caeiro, isso só acontece na segunda estrofe. No texto de Sena há sempre
disforia, mas talvez com dois focos diferentes. Desenvolve esta ideia. Inclui
citações. A caneta.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Lê «Leituras de livros»
(blogue ou classroom). Digam-me/Escrevam-me ainda em novembro.
Aula 47-48 (2 [3.ª], 3 [4.ª], 5/dez [1.ª]) Correções a comentário sobre Sena vs. Caeiro e/ou tepecê com frases deambulatórias.
Não abras o manual.
Dentro dos envelopes estão recortes com versos de um poema de Fernando Pessoa, ortónimo, que tentarás ordenar corretamente.
O poema tem rima, mas não tem métrica regular nem as estrofes têm número de
versos idêntico (há um terceto, uma quintilha, outro terceto, uma quadra, outra
quadra, um dístico final).
O
esquema rimático já distribuído pelas estrofes é o que ponho a seguir. Outra
uma ajuda: a rima A
é -ia. A rima B
é -iste.
A / A / A // B / C / D / C / B // E / D / E // F / G
/ H / E // F / I / J / H // J / H
[Já depois de
vermos o poema no manual, na p. 44]
O
poema é dado como ilustrativo da ‘nostalgia de infância’
no ortónimo. Porém, talvez consigamos ver laivos dos outros Pessoas aqui e ali.
Copia versos que pudessem ser...
de
Alberto Caeiro: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
de
Ricardo Reis: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
de
Álvaro de Campos: [todo o poema poderia ser do Campos da fase intimista, se
se lhe retirasse a rima (e se acrescentasse algum momento mais disfórico)]
do Pessoa ortónimo da «dor de pensar»: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Propõe
uma solução para rimas dos vv. 13 e 17, procurando torná-las numa única rima
(mas fazendo o mínimo de alterações no resto do texto).
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vai
até à p. 215, para leres o poema «O sopro», de Ana Luísa Amaral, que está entre os
quatro poetas pós-Pessoa estudados no manual (Miguel Torga,
Alexandre O’Neill,
Nuno Júdice, Ana Luísa Amaral). Responde aos itens da
p. 216:
1.
Fundamenta o recurso à conjunção adversativa no verso 16, atendendo ao
desenvolvimento temático do poema.
A
__________ introduz o momento em que o sujeito poético contrasta o «ar feliz»
(v. 18) e despreocupado da ______ que observa, que brinca distraidamente com a
asa da carteira, com a sua velhice e com o aspeto desgastado da indumentária
que traz _______.
2. Explica
de que forma o comportamento da «mulher» (v. 1) contrasta com a atitude das
«pessoas» referidas na quinta estrofe.
A
mulher age de forma _______ e espontânea, brincando com a asa da sua carteira,
alheada da gravidade das «pessoas ______» (v. 19). Estas pousam as mãos «sobre
o colo» (v. 21) e mantêm-se quietas, numa atitude de sisudez que os advérbios
dos vv. 20-21 («______________», «seriamente») destacam e que contrasta com a
brincadeira da mulher.
3.
Apresenta uma interpretação para o título do poema.
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
4.
Seleciona a opção de resposta adequada para
completar a afirmação.
De
entre os vários processos que contribuem para imprimir ritmo ao poema,
destaca-se a presença, em simultâneo, {circunda a alínea correta} (A) |
(B) | (C) | (D)
As Pessoas (Os Azeitonas)
A
vida não vai nada bem
Para a miúda do cabelo azul
O que é que a levou a pintar
O cabelo assim de azul
Será que são questões de pai
Ela a dizer olha pai
E ele de olhos no jornal
A dizer filha já vai
E ela de cabelo azul
O
dia correu de feição
Para o cavalheiro ali atrás
Com cara de que tanto faz
Quem é que ganha as eleições
Tanto lhe dá se a nação
Cai nas mãos dos espanhóis
É como se dois e dois
Não fosse sequer questão
Para o cavalheiro ali atrás
As
pessoas todas são iguais
E acham mesmo que as demais
Conspiram com outras que tais
Em vidas boas
Duradouros pactos ancestrais
De pessoas pedras e animais
Tirando a dessa pessoa
A vida é boa
E as pessoas são todas iguais
O
homem do olhar obtuso
Põe as culpas na mulher
No governo, no país
Na tatuagem de ex-recluso
Sente ofensa pessoal
Pela indiferença boçal
Do cavalheiro ali atrás
E dava-lhe tanto faz
Ao indigente ali atrás
Aquela
senhora de idade
Agarra com as duas mãos
A bolsa de napa marrom
Murmura um lamento sem som
Será que na bolsa marrom
Leva fotos tipo passe
Como se o tempo congelasse
No tempo em que o tempo era bom
A senhora duma certa idade
As
pessoas são todas iguais
E acham que as outras pessoas
Conspiram com outras que tais
Em vidas boas
Com sorrisos e sonhos boçais
Interagem com os demais
Tirando a dessa pessoa, a vida é boa
A vida é boa
E as pessoas são todas iguais
Escreve um poema, com
estrutura estrófica semelhante à de «Sopro», que parta também da observação de
uma personagem, mas que, depois, se vá afastando do retrato e ganhe um escopo
cada vez mais subjetivo. Extensão dos versos pode assemelhar-se à do poema de
Ana Luísa Amaral. E também não haverá rima.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aula 49 (3 [1.ª], 4 [3.ª], 5/dez [4.ª]) Vamos ver as partes B e C do Grupo I da prova de exame de 2023 (1.ª fase). A parte A apresentava três itens (1, 2, 3) todos com escrita e sobre dois textos de José Saramago (um de O ano da morte de Ricardo Reis; e outro de Memorial do Convento); esses três itens, de interpretação dos textos, eram para responder por todos os alunos, independentemente de terem estudado nas suas escolas O ano da morte ou o Memorial.
Parte
B
Leia
o poema e as notas.
Quem
vê, Senhora, claro e manifesto1
o lindo ser de vossos olhos
belos,
se não perder a vista só em
vê-los,
já não paga o que deve a vosso
gesto2.
5 Este
me parecia preço honesto;
mas eu, por de vantagem
merecê-los,
dei mais a vida e alma por
querê-los,
donde já me não fica mais de
resto.
Assi que a vida e
alma e esperança
10 e
tudo quanto tenho, tudo é vosso,
e o proveito disso eu só o levo.
Porque é tamanha
bem-aventurança3
o dar-vos quanto tenho e quanto
posso
que, quanto mais vos pago, mais
vos devo.
Luís
de Camões, Rimas, edição de A. J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina,
1994, p. 125.
Notas
1
claro e manifesto – de forma clara e incontestável. | 2 gesto –
rosto. | 3 bem-aventurança – grande felicidade.
* 4. Explicite,
com base em dois aspetos significativos, o modo como o sujeito poético reage à
figura feminina evocada no poema. Fundamente a sua resposta com transcrições
pertinentes.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[Solução possível:
O sujeito poético mostra fascínio pela beleza da Senhora,
refletida nos seus olhos, ideia patente em «o lindo ser de vossos olhos belos,
/ se não perder a vista só em vê-los» (vv. 2 e 3).
A veneração pela amada leva o poeta a explicitar
submeter-se-lhe, como fica evidente na entrega total do sujeito poético («tudo
quanto tenho, tudo é vosso» – v. 10).
Note-se ainda a felicidade do sujeito poético, que deriva da
sua entrega plena à amada («é tamanha bem-aventurança / o dar-vos quanto tenho
e quanto posso» – vv. 12 e 13).]
* 5. Considere as afirmações seguintes
sobre o soneto.
(A) O sujeito poético dirige-se à
Senhora através de uma apóstrofe.
(B)
A expressão «perder a vista» (verso 3) é usada com sentido metafórico.
(C)
O sujeito poético arrepende-se de desejar algo cujo preço elevado o impede de
saldar a dívida.
(D) O poema ilustra o estilo engenhoso
do poeta, nomeadamente no último terceto, quando recorre à antítese e ao
paralelismo alcançado através do jogo de palavras.
(E)
Entre a Senhora e o sujeito poético existe uma relação de igualdade.
Identifique as duas afirmações
falsas.
6. Selecione a opção que completa
corretamente a frase seguinte.
Na segunda quadra, o sujeito
poético pretende enfatizar
(A) a sua entrega incondicional, a fim de ser merecedor
de admirar a beleza singular dos olhos da Senhora.
(B) o seu descontentamento por ter de pagar o «preço
honesto» exigido a quem contempla a Senhora.
(C) o contraste entre o preço a pagar para contemplar a
Senhora e a bem-aventurança que alcança.
(D) a ideia de que, ao dar a vida e a alma para ser
merecedor da beleza da Senhora, se iguala aos outros.
PARTE C
Leia a cantiga de amor a seguir
transcrita, tendo em vista o estabelecimento de uma comparação com o soneto
camoniano apresentado na Parte B desta prova.
A
dona que eu am’e tenho por senhor
amostrade-mi-a, Deus, se vos en
prazer for1,
senom dade-mi2
a morte.
A que tenh’eu por lume3
destes olhos meus
5 e
por que choram sempr’, amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a
morte.
Essa que vós fezestes melhor
parecer
de quantas sei, ai, Deus!,
fazede-mi-a veer4,
senom dade-mi a
morte.
10 Ai
Deus! que mi a fezestes mais ca mim amar5,
mostrade-mi-a, u6
possa com ela falar,
senom dade-mi a
morte.
Cantigas Medievais
Galego-Portuguesas,
Vol. I, edição de Graça Videira Lopes, Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal,
2016, pp. 151-152.
Notas
1
amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for – mostrai-ma, Deus, se vos
agradar. | 2 dade-mi – dai-me. | 3 lume – luz. | 4 fazede-mi-a
veer – fazei-me vê-la. | 5 mi a fezestes mais ca mim amar – fizeste
com que eu a amasse mais do que a mim próprio. | 6 u – onde.
* 7. Escreva uma breve exposição na qual
compare os poemas das partes B e C quanto às ideias expressas.
A sua exposição deve incluir:
• uma
introdução;
• um desenvolvimento no qual explicite
um aspeto em que os poemas se aproximam e um aspeto em que os poemas se
distinguem;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do
texto
[ Indicações
do IAVE para os classificadores:
Relativamente a cada aspeto, deve
ser abordado um dos tópicos seguintes, ou outro igualmente relevante.
Os poemas aproximam-se, na medida em que:
− ambos os sujeitos poéticos revelam
uma profunda devoção pelas suas senhoras, o que se evidencia no facto de o
sujeito poético do soneto de Camões descrever a amada como aquela a quem deu «a
vida e alma e esperança / e tudo quanto tenho, tudo é vosso» (vv. 9 e 10),
enquanto o sujeito poético da cantiga de amor descreve a amada como a luz dos
seus olhos (v. 4) / aquela que ama mais do que a si mesmo (v. 10) / aquela a
quem serve / presta vassalagem (v. 1);
− ambos os sujeitos poéticos
enaltecem as damas por quem estão apaixonados, destacando a sua beleza, o que
está patente no facto de o sujeito poético do soneto de Camões descrever a
«Senhora» como alguém cujos olhos belos fascinam quem a vê («o lindo ser de
vossos olhos belos, / se não perder a vista só em vê-los» – vv. 2 e 3),
enquanto o sujeito poético da cantiga de amor descreve a amada como um ser
criado por Deus, que a fez a mais bela de todas as mulheres (vv. 7 e 8).
Os poemas distinguem-se, na medida em que:
− no soneto, o sujeito poético
exprime comprazimento na entrega total de si à dama, o que se evidencia, por
exemplo, nos versos 7 e 8 («dei mais a vida e alma por querê-los, / donde já me
não fica mais de resto.») e nos versos 12 e 13 («é tamanha bem-aventurança / o
dar-vos quanto tenho e quanto posso»), enquanto, na cantiga de amor, o sujeito
poético expressa o seu sofrimento amoroso (coita d’amor), pedindo a Deus que
lhe dê a morte, se não puder ver a amada (vv. 2 e 3, 5 e 6, 8 e 9) ou com ela
falar (vv. 11 e 12);
− no soneto, o sujeito poético faz
referência aos olhos femininos para enfatizar a beleza da «Senhora», como se
constata em «Quem vê, Senhora, claro e manifesto / o lindo ser de vossos olhos
belos» (vv. 1 e 2), enquanto, na cantiga de amor, o sujeito poético se refere
aos seus próprios olhos para evidenciar o seu sofrimento devido à ausência da
amada, como se verifica em «destes olhos meus / e por que choram sempr’» (vv. 4
e 5) ]
Escreve a introdução:
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . .
[cópia de um modelo de solução:]
A lírica camoniana de escola clássica, em que se incluem os
sonetos, revela uma atitude de adoração do sujeito poético pela mulher amada
que nos recorda a que, talvez ainda mais hiperbolicamente, exibiam os trovadores medievais nas suas cantigas de
amor. (Ao contrário, muitas composições do Camões mais tradicional parecem
pertencer à linhagem das cantigas de amigo, com o seu ambiente de maior
proximidade entre apaixonados.)
Depois de vermos o trecho de Último a sair, em que as ações de Bruno Nogueira ficam nos
antípodas do código do amor cortês na lírica medieval, completa a tabela
com as seguintes palavras (aqui desordenadas):
ator / trovador /
sussurrar / Bruno / desejo / religiosa / proximidade / voyeurismo / regra /
elogia / assediar / honestidade / intervêm / intervém / nobres / inacessível
Cantigas de amor |
Último a sair, episódio Bruno-Sónia |
O sujeito poético é um trovador, que se dirige à sua
«senhor», que não ______ e é um ser sobretudo idealizado, incorpóreo. |
Bruno Nogueira é quem
inicia o diálogo, mas tanto o homem (Bruno) como a mulher (Sónia Balacó)
______. |
Ambiente é palaciano, o «eu» (trovador) e a dama
são _____. Origem das cantigas de amor é provençal (lembre-se que a primeira
dinastia portuguesa tinha ascendentes franceses), ao contrário das cantigas
de amigo, provavelmente autóctones. |
Contexto imita o de um reality
show, supondo-se que as personagens em causa se comportam como jovens
______ e modelo-atriz. |
Amor é mais aspiração do que experiência
sentimental; tudo está sujeito a convenções; ______ respeita a senhor[a] a
quem presta vassalagem amorosa, à maneira cavaleiresca. |
______ não se coíbe de
fazer propostas bastantes explícitas, mais físicas do que espirituais, e
trata a sua colega sem qualquer reserva ou delicadeza. |
Pretende-se prolongar o estado de tensão, sem
chegar ao fim do ______. |
Bruno não resiste a
seduzir Sónia sob os lençóis, mesmo quando se supunha ficarem apenas a
______. |
_______ da senhor[a] não
poderia ser posta em causa, não havendo quaisquer alusões impróprias, sem se
sair nunca da esfera espiritual; a «mesura»
implicava que não se poderia suspeitar da identificação da amada. |
Bruno não se preocupa em
preservar a imagem de Sónia, o seu estratagema passa mesmo por aproveitar o
______ do público, o que implicava expor ao máximo a sua relação com a amada. |
O sujeito poético, o
trovador, superlativa a senhor[a],
que elogia com devoção quase _______. |
Sem grande sentido do
charme, Bruno é várias vezes desagradável com Sónia, que deprecia mais do que
_______. |
Há distância entre trovador e a senhor[a], que lhe é _______. |
Haveria ________ máxima
entre amante e amada, se dependesse apenas de Bruno. |
Fidelidade é outra ______ imposta
ao trovador. |
Bruno, assim que Sónia se
lhe esquiva, vai _______ Luciana e Débora. |
Aula 50-51 (5 [3.ª], 6 [1.ª, 4.ª]) Correções.
Os
itens que se seguem tratam de crónica de Luís Filipe Borges, «Muda de vida», do
filme Clube dos Poetas Mortos e de
conteúdos dados ou revistos há pouco tempo. Não recorras ao manual nem a outras
fontes. Circunda a melhor alínea de cada item.
O
rapaz choroso que é referido no primeiro parágrafo era conduzido por um
a) professor e
advogado.
b) encenador
profissional.
c) economista e
professor.
d) economista e
advogado.
O «miúdo de quinze
anos» (cfr. primeiro parágrafo) é
a) um rapaz conhecido
do autor.
b) o próprio
narrador, mais novo.
c) o destinatário do
texto.
d) o protagonista
desta crónica.
O uso do presente do
Indicativo nos primeiros parágrafos («Estamos»; «chora»; «vai»; etc.) resulta
de
a) simultaneidade
entre ato de enunciação e o que se relata (o enunciado).
b) esse tempo verbal
poder adequar-se à expressão do futuro.
c) intenção de se
exprimir aspeto imperfetivo da ação.
d) vontade de se dar
um facto passado como se fosse presenciado na atualidade.
«Não é o que está a
pensar, chiça» (1.º parágrafo, ll. 4-5) previne
a) inferência de que
o aluno era «graxista».
b) conjetura de que o
professor tivesse batido no aluno.
c) que os leitores
pensem que o aluno tinha reprovado.
d) possibilidade de
se julgar estar em causa um ato pedófilo.
Na terceira linha do
segundo parágrafo, «prof» é um exemplo de
a) sigla.
b) acrónimo.
c) truncação.
d) amálgama.
«Oh Captain, my
Captain» (terceiro parágrafo) é uma citação
a) inventada no filme
Clube dos Poetas Mortos.
b) de verso de Walt
Whitman.
c) de fala de peça de
Shakespeare.
d) de trecho de
Álvaro de Campos.
Em «o
considero meu mestre» (fim do 2.º período do quarto parágrafo), os
constituintes sublinhados são, respetivamente,
a) sujeito,
complemento direto.
b) complemento
indireto, complemento direto.
c) complemento
direto, predicativo do complemento direto.
d) complemento
oblíquo, complemento direto.
«Ontem o professor telefonou-me» (1.º período do
quinto parágrafo), em termos de tempo e de aspeto, indica
a) simultaneidade e aspeto perfetivo.
b) posterioridade e aspeto iterativo.
c) anterioridade e aspeto perfetivo.
d) anterioridade e aspeto imperfetivo.
«Continuo a tratá-lo assim» (2.º período do quinto
parágrafo) implica
a) simultaneidade e aspeto imperfetivo.
b) anterioridade e aspeto imperfetivo.
c) simultaneidade e aspeto perfetivo.
d) posterioridade e aspeto habitual.
Ainda no começo do
quinto parágrafo, o 2.º período — «Continuo a tratá-lo assim, artigo definido
em destaque, embora ele mo desaconselhe» — significa que o professor
a) lhe pedia para o
tratar sem artigo.
b) lhe pedira para
usar tratamento mais informal.
c) lhe pedira que o
tratasse por tu.
d) preferia o uso de
«stor» ao uso, mais académico, de «professor».
«artigo definido em
destaque» (5.º parágrafo) traduz que, para o narrador, aquele professor
a) não se confunde
com os outros.
b) é o mais definido.
c) é o mais
indefinido.
d) é um entre vários.
Na l. 9 da segunda coluna (portanto, no quinto
parágrafo), na oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que publica de
quando em vez», «que» desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) modificador restritivo do nome.
c) complemento direto.
d) complemento oblíquo.
«apercebo-me de que o
tempo é maleável» (no final do quinto parágrafo) alude à circunstância de
a) o narrador
facilmente se transportar para o passado.
b) o protagonista ser
capaz de desenvolver diversíssimas atividades.
c) se ter esbatido a diferença etária entre as
duas personagens.
d) a personagem estar disposta a mudar
radicalmente vida.
Em «Previsível o professor nunca foi, graças a Deus»
(último período do sexto, e penúltimo, parágrafo), «previsível» desempenha a
função sintática de
a) modificador de frase.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento direto.
d) predicativo do complemento direto.
No sétimo, e último, parágrafo, em «E, quando
desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15 anos [...]», a vírgula após a
conjunção «e»
a) está incorreta.
b) está correta, porque isola-se depois uma oração
subordinada temporal.
c) está correta, porque fazemos realmente uma
pausa a seguir à conjunção.
d) está incorreta, porque não estabelecemos
qualquer pausa entre as duas conjunções («e» e «quando»).
«quando desligo o telefone» desempenha a função
sintática de
a) oração.
b) modificador de frase.
c) modificador de grupo verbal.
d) complemento oblíquo.
Neste mesmo sétimo parágrafo, o narrador revela
a) saudade dos tempos de adolescente.
b) indecisão quanto à melhor forma de ajudar um
amigo.
c) tristeza quanto ao que o destino trouxera ao
ex-professor.
d) angústia por ter estragado uma amizade de
tantos anos.
Os anseios do professor de Economia, bem como os
dos alunos de Clube dos Poetas Mortos,
obedecem a uma perspetiva
a) epicurista (à Reis; ou à Caeiro).
b) estoica (à Reis).
c) inconformista.
d) futurista.
Na interpretação original, horaciana, de «Carpe
diem» — que é a seguida por Ricardo Reis —, o conselho a dar ao professor seria
a) o no título do texto: «Muda de vida».
b) «Arrisca, que a vida são dois dias».
c) «Tudo vale a pena se a alma não é pequena».
d) «Deixa-te estar, vive o melhor possível a tua
situação atual».
«Esta aposta pode correr mal» — frase que invento
— exemplifica a modalidade
a) apreciativa.
b) epistémica (valor de probabilidade).
c) deôntica (valor de permissão).
d) deôntica (valor de obrigação).
A
água cai
A água cai
do céu singelo.
Cai
como cabelo,
A cair
pelos ombros de uma rapariga.
A água
cai,
Criando
poças no asfalto,
Espelhos
sujos com nuvens e prédios no interior.
Cai
sobre o telhado da minha casa.
Cai
sobre a minha mãe e no meu cabelo.
A
maioria das pessoas chama-lhe chuva.
[de personagem
de Paterson, filme realizado por Jim Jarmusch]
Escreve poema
que, tal como sucede em «A água cai», se foque num objeto ou circunstância
(aqui era a chuva), descritos com sentido de observação (podendo recorrer-se a
comparações, metáforas ou outras figuras), terminando-se de modo liminar,
talvez surpreendente.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .
Classifica os que
quanto à classe de palavra (pronome relativo; conjunção completiva).
No caso dos pronome relativos, diz a função sintática que desempenham.
Gosto de ti (Luísa Sobral)
Gosto de ti, dos pés aos cabelos,
Da ponta dos dedos até à ponta do nariz.
Gosto de ti, de cada pestana,
Da pele, que é cama | _______
Das constelações que eu fiz. | _______
Gosto de ti e sinto até dores no peito,
Mas é só feitio, não defeito,
É amor a transbordar.
Gosto de ti
E, quando se gosta assim,
Só nos dá para cantar.
Gosto de ti, das tuas bochechas,
Sei que foram feitas para beijar devagar. |
_______
E gosto de ti, dos tornozelos,
Até dos cotovelos, que não são fáceis de
amar. | _______
Gosto de ti e sinto até dores no peito,
Mas é só feitio, não defeito,
É amor a transbordar.
Gosto de ti,
Gosto só porque sim, porque é tão bom gostar.
Compara a abordagem ao tema do amor na
letra da canção de Luísa Sobral com a atitude que vimos na cantiga de amor e no
soneto de Camões estudados na última/penúltima aula. Refere dois aspetos distintivos.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .
Depois de vermos
o passo de O último a sair, completa com valor temporal (anterioridade, simultaneidade,
posterioridade), valor aspetual
(perfetivo,
imperfetivo, habitual, iterativo, genérico) e valor modal (epistémico, deôntico,
apreciativo).
Frases de O último a sair — «Terapia de relaxamento» |
v a
l o r
e s |
||
temporal |
aspetual |
modal |
|
Aprendi em Algés uma
técnica de relaxamento à base de peixe. |
______ |
______ |
XXXXXX |
Isto é só malucos,
meu, fogo! |
______ |
______ |
______ |
Não posso explicar
antes [ser à base de peixe]. |
simultaneidade |
XXXXXX |
______ |
Fecha
os olhos, vai respirando. |
______ |
______ ______ |
deôntico
(obrigação) |
Estás a sentir? |
______ |
imperfetivo |
XXXXXX |
Não andamos aqui a
mandar com uma sardinha uns aos outros. |
______ |
______ |
XXXXXX |
Com uma dourada é que
é! |
XXXXXX |
XXXXXX |
______ |
Andaram a mexer no
armário dos medicamentos... |
______ |
______ |
XXXXXX |
Eu estou parvo, de
certeza absoluta. |
______ |
______ |
______ |
Tens de tomar a raia
de oito em oito horas. |
______ |
______ |
______ |
Estragou a raia. |
______ |
______ |
XXXXXX |
Porque
isto está a afetar-me mesmo! |
______ |
______ |
______ ______ |
Resolve «Praticar», 1, na
p. 329. [Circunda a alínea certa:] (A) | (B) | (C) | (D).
TPC — Volto a falar das
leituras de livros. O que se pretende é que leiam várias obras. Portanto, assim
que já tenham lido a que me anunciaram, deviam ir logo pensando em outra
leitura. (Por outro lado, quem ainda me disse/escreveu nada deve fazê-lo.)
Aula 52-53 (9 [3.ª], 12/dez [1.ª, 4.ª]) Vai até à p. 217, onde temos mais um poema de Ana Luísa Amaral, «Pequenos ritos». Responde às perguntas que ponho a seguir (que são as do manual):
Letras
prévias
1.1. Identifica uma passagem
do poema que se segue que pudesse integrar a campanha da SPEMD, fundamentando a
tua escolha.
1.1.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Educação
Literária
1. Justifica a utilização dos
dois pontos nas três ocorrências textuais (vv. 1, 6 e 12).
1. {escolhe uma destas
quatro soluções e acrescenta uma melhor explicitação}
Os dois pontos introduzem
explicações.
Os dois pontos introduzem citações.
Os dois pontos introduzem enumerações.
Os dois pontos introduzem consequências.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2. Delimita, fundamentando,
os dois momentos da organização interna do poema.
2. O poema apresenta dois
momentos distintos. Nos versos 1 a 10, a atenção do sujeito poético centra-se . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. A
partir do verso 10, com a forma verbal no conjuntivo com valor imperativo, . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Tabacaria» é um dos mais importantes
poemas de Álvaro de Campos.
Vamos ouvi-lo em trechos lidos por vários declamadores. De cada um dos
recitadores ouviremos apenas uma parte do poema, de modo a conhecermos o
conjunto todo mas por diferentes cinco leitores, quase todos atores.
A ordem dos declamadores segue, ascendente
e aproximadamente, a sua idade (que o respeitinho é muito bonito). Note-se que
já morreram João Villaret, Mário Viegas e Antônio Abujamra. O vencedor será
convidado a assistir ao hastear da bandeira no dia da Escola Secundária José
Gomes Ferreira em 2025 (exceto se já tiver falecido).
Declamador |
Verso ou expressão destacável (por serem expressivos) |
Valores |
João Grosso |
|
|
Mário Viegas |
|
|
Sinde Filipe |
|
|
Antônio Abujamra |
|
|
João Villaret |
|
|
JOÂO GROSSO [sem vídeo disponível aqui]
[versos finais do longo «Tabacaria»:]
[...]
Mas
um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E
a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me
enérgico, convencido, humano,
E
vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo
um cigarro ao pensar em escrevê-los
E
saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo
o fumo como uma rota própria,
E
gozo, num momento sensitivo e competente,
A
libertação de todas as especulações
E
a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois
deito-me para trás na cadeira
E
continuo fumando.
Enquanto
o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se
eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez
fosse feliz.)
Visto
isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O
homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah,
conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O
Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como
por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me
adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e
o universo
Reconstruiu-se-me
sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Fernando Pessoa, Poesias de Álvaro de Campos, Lisboa, Ática,
1944 (imp. 1993)
Como alguém já disse, Álvaro
de Campos é o «duplo extrovertido de Pessoa». Estas
características encontram-se quer em poemas de Campos quer em textos ortónimos:
Atitude de autoanálise
Tédio existencial
Inadaptação à vida
Evocação nostálgica da infância
Associação da inconsciência à felicidade
Oposição sonho-realidade
Dor de pensar
Na coluna à direita dos versos de
«Tabacaria», escreve a característica que cada um deles pode ilustrar (vá lá,
não escrevas abreviadamente, escreve por extenso):
Versos de
«Tabacaria» |
Motivos
Campos & Ortónimo |
«Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso
querer ser nada.» (vv. 1-3) |
Tédio existencial |
«Olha que não há mais metafísica no mundo senão
chocolates. / Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria»
(vv. 46-47) |
|
«Que sei eu do que serei, eu que não sei o que
sou? / Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!» (vv. 33-34) |
|
«Fiz de mim o que não soube, / E o que podia
fazer de mim não o fiz» (vv. 59-60) |
|
«Falhei em tudo. / Como não fiz propósito
nenhum, talvez tudo fosse nada» (vv. 25-26) |
|
«Come chocolates, pequena» (v. 44) |
|
«À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do
mundo» (v. 4) |
|
«Estou hoje vencido, como se soubesse a
verdade.» (v. 14) |
|
«Não, não creio em mim» (v. 40) |
|
«Se eu casasse com a filha da minha lavadeira /
Talvez fosse feliz» (vv. 92-93) |
|
«Estou hoje dividido entre a lealdade que devo /
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, / E à sensação de
que tudo é sonho, como coisa real por dentro» (vv. 22-24) |
|
«Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que
é de folhas de estanho, / Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida»
(vv. 50-51) |
|
«Deito tudo para o chão, como tenho deitado a
vida» (v. 51) |
|
«Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade
com que comes» (v. 49) |
|
Duas hipóteses de ponto de
partida de poema:
1. «Pequenos ritos» seria o
tópico do poema que escreverias, que tomaria como modelo, nos aspetos de forma,
o poema de Ana Luísa Amaral. (Não escolherias como assunto a lavagem dos
dentes, mas um outro «pequeno rito».)
Nas quadras: observação
realista da circunstância de que se trata mesclada, ou seguida, de alusão a
regras impostas pela publicidade/ moralismo/ensino (enfim, pelo «normal» ou
socialmente assumido como correto). Num verso solto final: síntese irónica.
2. Poema que fosse uma
continuação de «Tabacaria», ainda que evitando deixar explicitadas referências
ao texto que é ponto de partida.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Ao longo desta (e
talvez início da próxima) semana, queria que escrevessem, a computador, os
poemas que formos achando valer a pena enviar ao Concurso Correntes d'escritas.
Vou abrir tarefa na Classroom para aí descarregarem o poema (ou poemas).
Evitem, por mais leve que seja, qualquer
aproveitamento de escritos alheios ou de IA. Não esqueçam título. Escrevam,
para já, o vosso nome (depois, para efeito de concurso, será preciso
pseudónimo).
Aula LIV (11/dez [3.ª]) [a 1.ª parte da aula corresponde a boa parte da aula 41 das outras duas turmas]
A parte B do Grupo
I da prova de exame de Português mais recente (2024, 2.ª fase) aproveitava
uma ode de Ricardo Reis. (A
parte A do mesmo Grupo I usava um texto de A Cidade e as Serras,
de Eça de Queirós; a parte C — ou item 7 — pedia uma «breve
exposição» em que se compararia uma pintura de René Magritte e o texto da parte
A.)
PARTE B
Leia o poema e as notas.
As rosas amo dos jardins
de Adónis1,
Essas volucres2
amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
5 A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e
acabam
Antes que Apolo3 deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida
um dia,
10 Inscientes4, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo
Reis, Poesia,
edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp.
13-14.
NOTAS
1 Adónis – jovem da mitologia grega, símbolo
de beleza masculina.
2 volucres – efémeras.
3 Apolo – deus grego do sol.
4 Inscientes – ignorantes.
* 4. Explicite a importância
da referência aos elementos da natureza para o desenvolvimento do pensamento do
sujeito poético.
. . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
[Solução possível:
As rosas representam a
efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v.
3), morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro
lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6) e perecem antes que ele se
ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a
aproveitarem moderadamente a vida, conscientes da sua finitude, semelhante à de
«um dia» (v. 9) das rosas.
O curso diurno do sol
representa a duração da vida: para a rosa, um dia; para o ser humano, uma
passagem efémera («O pouco que duramos» ‒ v. 12).]
* 5. Explique os quatro
últimos versos do poema, tendo em conta o ideal de vida defendido pelo sujeito
poético.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
[Solução possível:
Face à constatação da
efemeridade da vida, o sujeito poético aconselha Lídia a que viva o momento
presente («Assim façamos nossa vida um dia» ‒ v. 9), de acordo com o
princípio epicurista do carpe diem, único caminho
para a felicidade e para a ausência de dor, assumindo uma atitude de
indiferença face à passagem do tempo, num esforço de autodisciplina. Exorta-a a
assumir uma atitude deliberada de aceitação da efemeridade da vida e da
inevitabilidade da morte («há noite antes e após / O pouco que duramos» ‒ vv. 11-12).]
6. Complete as afirmações
abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de
respostas, registe apenas as letras – a) e b) – e, para cada uma
delas, o número que corresponde à opção selecionada.
No poema apresentado, constata-se o classicismo da poesia de
Ricardo Reis, nomeadamente através do recurso à _______ [a)], nos versos
7 e 8. O carácter moralista da poesia deste heterónimo pessoano é indiciado
pelo uso de verbos conjugados na primeira pessoa do modo conjuntivo, como ocorre
_______ [b)]
a) |
b) |
1. perífrase 2. hipérbole 3. metonímia |
1. no verso 12 2. no verso 1 3. no verso 9 |
Podendo socorrer-te dos valores
modais (modalidade)
apontados na p. 328, preenche a coluna à direita. De qualquer modo, os termos a
usar serão:
epistémica
(valor de certeza);
epistémica
(valor de probabilidade);
deôntica
(valor de obrigação);
deôntica
(valor de permissão);
apreciativa.
Frase de Último a sair, passo de traição de
Débora |
Modalidade (valor de ...) |
Pões-me
creme? [Débora para Bruno] |
deôntica
(valor de obrigação) |
Podes
pôr-me creme, faz favor. [Débora para Bruno] |
|
Posso.
[Bruno para Débora] |
|
Então
não posso. [Bruno para Débora] |
|
As
tuas mãos são uma coisa, Bruno! [Débora
para Bruno] |
|
São
super-fortes! [Débora para Bruno] |
|
Eu
até me estou a sentir mal. [Bruno para Débora] |
|
O
Unas é que devia estar a fazer
isto... [Bruno] |
|
Não
te preocupes. [Débora para Bruno] |
|
O
quintal ainda não é aí. [Débora para Bruno] |
|
E
o vizinho não tem de saber de
nada. [Débora para Bruno] |
|
Se calhar, posso
espalhar por mais sítios? [Bruno para Débora] |
|
Claro.
[Débora para Bruno] |
|
É
isso. [Débora para Bruno] |
|
Está
ótimo! [Débora para Bruno] |
|
Tens
uma melga aqui. [Unas para Débora] |
|
Posso matá-la? [Unas para
Débora] |
|
Granda
melga! Bem! [Bruno para Unas] |
|
[...]
quando podes ter o original [Bruno
para Débora] |
|
Se calhar, até quero o original.
[Débora para Bruno] |
|
Tipo duas
melgas que voavam mais ou menos
assim. [Bruno] |
|
Unas, isso é aquela conversa que não interessa a ninguém.
[Débora] |
|
Os poemas
de Adília
Lopes (nasc. 1960) que copiei em baixo supõem o conhecimento de
textos de Ricardo Reis (com a figura horaciana de «Lídia»). A alusão a Reis
está explícita no título do primeiro poema de Adília Lopes e na epígrafe (cfr. v. 21 de «Vem sentar-te comigo,
Lídia, à beira do rio», p. 68) e no último verso do segundo poema (além de que,
neste texto, o segundo verso repete o primeiro verso da ode de Reis «As rosas
amo do jardim de Adónis», p. 139).
Escreve um comentário
sobre estes poemas de Adília Lopes, procurando salientar a relação que eles
estabelecem com a ideologia de Ricardo Reis, citando, se for caso disso,
qualquer uma das suas odes lidianas.
(anti-Ricardo Reis)
O rio
é bom
para nadar
e as flores
para dar
o resto
são cantigas
casa-te com Lídia
tem bebés
passa a lua de mel
na Grécia
Adília Lopes, Sete rios entre campos
«pega tu nelas»
Ricardo
Reis
Mão morta vai bater àquela porta
as rosas
amo dos jardins de Adónis
ao
escrever
é preciso
reconciliar uma lebre
com uma
tartaruga
oh como
era lebre a tartaruga!
Mas
porque será sempre Lídia
a pegar
nas rosas
Dr.
Ricardo Reis?
Adília Lopes, Os 5 livros de versos
salvaram o tio
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aula 55-56 (12 [3.ª], 13/dez [1.ª, 4.ª]) Correção de questionário de compreensão de «Muda de vida».
Lê «Sísifo» (p.
199), de Miguel Torga.
Completa a resposta aos itens 1 e 2, da mesma p. 199, que já fui esboçando:
1. Justifica a utilização do
modo imperativo na primeira estrofe, considerando a intencionalidade e o
assunto do texto.
1. O imperativo anuncia
uma intencionalidade didática, moralista. Ao longo do texto, o sujeito poético
procura transmitir ao seu interlocutor («tu») ___________ de vida.
2. Interpreta o uso de
reticências no primeiro verso.
2. Considerando a figura
mitológica que inspira o poema, identificada no título, as reticências sugerem
o carácter __________ da ação humana.
Escreve
poema que obedeça a estes constrangimentos: duas décimas; sem métrica regular
(entre decassílabos e trissílabos); cinco rimas em cada décima; v. 1 com um
verbo; título
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . .
Classifica as orações
sublinhadas:
O
prometido é devido (Carlos
Tê / Rui Veloso)
Naquele trilho secreto,
Com
palavras santo e senha,
Eu
fui língua e tu, dialeto,
Eu
fui lume e tu foste lenha.
Fomos
guerras e alianças,
| ______________
Tratados
de paz e pessangas,
Fomos sardas, pele e tranças, | .............................
Popeline, seda e ganga.
Recordo
aquele acordo,
Bem
claro e assumido:
Eu
trepava um eucalipto
| ___________
E tu tiravas o vestido. | ____________
Dessa
vez, tu não cumpriste
E
faltaste ao prometido;
Eu
fiquei sentido e triste.
Olha que isso não se faz: | | ___________
Disseste que,
se eu fosse audaz, | | _____________
Tu tiravas o vestido.|.................................
O
prometido é devido.
Rompi
eu as minhas calças,
| _____________
Esfolei
mãos e joelhos
E
tu reduziste o acordo
| ______________
A
um montão de cacos velhos.
Eu,
que vinha de tão longe | _____________
(do
outro lado da rua),
Fazia
o que tu quisesses | _______________
Só
para te poder ver nua.
Quero
já os almanaques
| ________________
Do
fantasma e do patinhas,
Os
falcões e os mandrakes.
Tão
cedo, não terás novas minhas.
Aspeto, Modalidade
Preguiçosamente,
socorro-me destas perguntas da Nova
Gramática didática de português (Carnaxide, Santillana, 2011, p. 233).
Identifica o valor aspetual (perfetivo, imperfetivo, iterativo, habitual, genérico).
Frase |
Aspeto |
Ele
acabou de redigir a ata da reunião da Associação de Estudantes. |
|
A
Ângela anda a ler muita literatura alemã. |
|
Vou
ao cinema todos os sábados. |
|
Nem
todas as bandas de rock são famosas. |
|
Ela
andava tão feliz! |
|
O
Conhé gritou quando ouviu um estrondo. |
|
O
exercício faz bem à saúde. |
|
Chegas
sistematicamente atrasado! |
|
Refere a modalidade (epistémica, deôntica, apreciativa) expressa nos enunciados que
se seguem. Escreve ainda o valor modal (certeza,
probabilidade; obrigação, permissão).
Enunciado |
Modalidade |
Valor modal |
Provavelmente, a Diana não chega a horas. |
|
|
Que vestido maravilhoso! |
|
|
Termina essa tarefa! |
|
|
Podes terminar o trabalho na próxima aula. |
|
|
Podes ter escrito isso, mas eu não vi a tua
mensagem. |
|
|
Eles devem chegar amanhã |
|
|
Felizmente tenho férias para a semana. |
|
|
Podes ir para o teu quarto. |
|
|
Algumas destas afirmações
sobre a modalidade são falsas. Identifica-as.
A —
A modalidade deôntica está relacionada com o domínio da obrigação e da
permissão.
B — A modalidade apreciativa está diretamente
ligada à incerteza.
C — A modalidade nunca pode estar associada ao uso
de adjetivos.
Hiperónimos, Hipónimos, Holónimos,
Merónimos
Depois de vermos «Super de
origem» (série Lopes da Silva), completa, consoante o caso, com o nome em falta
(entre aspas) ou com um dos seguintes termos: hiperónimo, hipónimo, holónimo, merónimo, co-hipónimo, co-merónimo.
«Costureirinha Maravilha»,
«Super de Origem», «Clark Kent» são ________, porque têm um hiperónimo comum,
«Super-herói(s)».
«Aileron», «Aventais»,
«Subwoofers», «Jantes» podem ter como seu ____________ «acessório(s) de
automóvel».
«Tuning» será hipónimo de
«_________»
Talvez um pouco
forçadamente, «Barbinha» pode ser considerado ________ de «adepto de tuning».
«Carro» é _______ de
«jante».
«____» — tirado ao adepto
de tuning — é hipónimo de «chapéu».
«fatiota», relativamente a
«touca» ou «emblema SO», é holónimo, sendo estes últimos, portanto, _________.
«tesoura», «dedal» serão
__________ de «utensílio de costura».
De novo me socorro da Nova Gramática didática de português
(Carnaxide, Santillana, 2011), pp. 218-219, para umas últimas revisões acerca
de holonímia,
meronímia,
hiperonímia,
hiponímia:
Encontra diferentes hipónimos para os
hiperónimos apresentados.
hiperónimo |
hipónimos |
||||
flor |
|
|
|
|
|
grau de parentesco |
|
|
|
|
|
peixe |
|
|
|
|
|
cor |
|
|
|
|
|
No quadro que se segue, encontras vários
hipónimos que pertencem a um mesmo hiperónimo. Elimina, barrando-o, o intruso
de cada grupo e descobre o hiperónimo correspondente.
hipónimos |
hiperónimo |
gato, golfinho, andorinha, Varandas,
baleia, tubarão |
|
avião, teatro, autocarro, bicicleta,
automóvel |
|
Terra, Vénus, Zeus, Jorge Jesus, Hades |
|
enciclopédia,
dicionário, romance, prontuário, gramática |
|
médico, jornalista, pai, professor,
pedreiro |
|
morango, dobrada, banana, laranja,
pêssego |
|
banco, televisão, leitor de CD,
micro-ondas, frigorífico |
|
Refere possíveis merónimos
do holónimo «livro».
____________________
Descobre um holónimo para
cada conjunto de palavras apresentado.
Raiz, caule, folha, ramo, fruto — ___________
Telhas,
tijolos, paredes, janelas, portas — ____________
Palco,
plateia, cadeiras, balcão, cortina — ____________
Capa,
contracapa, lombada, folhas, introdução — __________
Guelras,
barbatanas, escamas, espinhas, boca — __________
Teclado,
rato, monitor, leitor de CD, cabo de alimentação — __________
Cabeça,
pé, braço, perna, costas — __________
TPC
— Lê a ficha corrigida sobre Frase complexa que pus em Gaveta de Nuvens.
Aula 57-58 (16 [3.ª], 17 [4.ª], 19/dez [1.ª]) Vamos dar um relance aos poetas das gerações posteriores à de Pessoa. O mais velho será o nosso patrono José Gomes Ferreira, nascido em 1900, e a mais jovem, Adília Lopes, nascida em 1960, aliás antiga aluna da Pedro de Santarém.
Caberá
a cada um dos alunos um livro de dimensão razoável (por vezes, com a obra
completa de um dado poeta) ou vários pequenos livros (diversas obras soltas de
um mesmo autor). Manuseia-os com o cuidado que se deve ter sempre e, sobretudo,
quando os livros em causa são de quem não gosta de ter livros com os cadernos
soltos — por os terem espalmado —, vincados — por os terem usado sob papéis em
que se tivesse escrito — ou com folhas rasgadas — por os terem folheado
negligentemente.
O
objetivo é escolher uma estrofe ou duas (mas num total de menos de
dez versos). Não interessa se esses versos são do início, do meio ou do fim
de um poema (ou se até são um poema completo), mas terão de ser seguidos. Transcreverás
os versos na tua folha, muito legivelmente. Depois, lê-los-ás à turma.
Elegeremos
o melhor trecho poético. A nossa classificação incidirá sobre os versos
ouvidos, o que implica que (1) se trate de passos interessantes; (2) a
tua leitura em voz alta seja expressiva.
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[Referência bibliográfica
simplificada: Autor, «Título do poema», Obra:] . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Poeta (nascido entre 1900 e 1960) |
lido por... |
minha nota |
nota do mestre |
lugar |
José Gomes Ferreira
(1900-1985) |
|
|
|
|
José Régio (1901-1969) |
|
|
|
|
Vitorino Nemésio
(1901-1978) |
|
|
|
|
António Gedeão
(1906-1995) |
|
|
|
|
Miguel Torga (1907-1995) |
|
|
|
|
José Blanc de Portugal
(1914-2001) |
|
|
|
|
Ruy Cinatti
(1915-1986) |
|
|
|
|
Sophia
de Mello Breyner Andresen (1919-2004) |
|
|
|
|
Jorge de Sena
(1919-1978) |
|
|
|
|
João José Cochofel
(1920-1982) |
|
|
|
|
Raul de Carvalho
(1920-1984) |
|
|
|
|
Carlos de Oliveira
(1921-1981) |
|
|
|
|
Eugénio de Andrade (1923-2005) |
|
|
|
|
Mário
Cesariny de Vasconcelos (1923-2006) |
|
|
|
|
Natália Correia
(1923-1992) |
|
|
|
|
Sebastião da Gama
(1924-1952) |
|
|
|
|
Alexandre
O’Neill (1924-1986) |
|
|
|
|
António Ramos Rosa
(1924-2013) |
|
|
|
|
David Mourão Ferreira
(1927-1996) |
|
|
|
|
João Rui de Sousa
(1928) |
|
|
|
|
Maria Alberta Menéres
(1930-2019) |
|
|
|
|
Herberto Helder
(1930-2015) |
|
|
|
|
Armando Silva Carvalho
(1931-2017) |
|
|
|
|
Ruy Belo (1933-1978) |
|
|
|
|
António Osório
(1933-2021) |
|
|
|
|
Pedro Tamen
(1934-2021) |
|
|
|
|
Manuel Alegre (1936) |
|
|
|
|
Alberto Pimenta (1937) |
|
|
|
|
Fernando Assis Pacheco
(1937-1995) |
|
|
|
|
Fiama Hasse Pais
Brandão (1938-2007) |
|
|
|
|
Luiza Neto Jorge
(1939-1989) |
|
|
|
|
João Miguel Fernandes
Jorge (1943) |
|
|
|
|
António Franco
Alexandre (1944) |
|
|
|
|
Joaquim Manuel
Magalhães (1945) |
|
|
|
|
Al Berto (1948-1997) |
|
|
|
|
Nuno Júdice
(1949) |
|
|
|
|
Ana Luísa Amaral
(1956) |
|
|
|
|
Adília Lopes (1960) |
|
|
|
|
Escreve poema que tenha
como epígrafe verso de poeta (não do escolhido para o texto lido). Transcreve o
verso (à direita, em cima, com a referência correta).
«Epígrafe»,
Fulano, «Título do poema», Livro, p.
#
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
TPC — Não esqueças
descarregar versões passadas a limpo que eu tenha sugerido valer a pena enviar
a concurso. E vai lendo livro.
Aula 59 (18/dez [3.ª]) Preparação dos envios para o Correntes d’escritas.
Lê o poema «Liberdade», de Fernando Pessoa, na p. 36 do manual. Responde (ou
escolhe a alínea certa).
O poema defende
a) que há coisas mais
importantes do que o trabalho intelectual.
b) a natureza, a ingenuidade, a vida simples.
c) que o trabalho dos intelectuais é importante.
d) a preguiça.
Percebe-se que os autores do manual, ao porem este texto de Pessoa
a seguir a «Andorinhas», acharam que o poema
a) defendia que não se
deve ler com sacrifício.
b) se opunha ao sentido da canção.
c) falava da importância de se ler.
d) falava da natureza, como a canção.
«Livros são papéis pintados com tinta» (v. 14) pretende significar
que
a) os livros não são
assim tão importantes.
b) os livros são fundamentais para o espírito.
c) os livros são baratos.
d) os livros são obras de arte.
No entanto, a intenção de Fernando Pessoa não era bem a que julgam
os autores de Letras em dia. Vejamos como tudo se passou.
Este poema foi escrito a 16 de março de 1935. Em finais de fevereiro,
Salazar — que começara por ser ministro das Finanças e era já então o chefe do
governo — fizera um discurso em que dizia como os escritores se deviam
comportar relativamente à política. Salazar desvalorizava a escrita e a
leitura, concluindo com uma citação do escritor latino Séneca: «Mas virá algum
mal ao Mundo de se escrever menos, se se escrever e, sobretudo, se se ler
melhor? Relembro a frase de Séneca: “em estantes altas até ao teto, adornam o
aposento do preguiçoso todos os arrazoados e crónicas”».
Ora, a frase «em estantes altas até ao teto, adornam o aposento do
preguiçoso todos os arrazoados [discursos] e crónicas» quer dizer que
a) os livros são
importantes.
b) os aposentos dos preguiçosos estão bem decorados.
c) deve ter-se muitos livros em casa.
d) os livros são coisa de preguiçosos.
Pessoa tencionava pôr no poema a mesma frase de Séneca (vê aqui o
que estava no texto que Pessoa escreveu à máquina). Não o chegou a fazer,
porque o poema não foi logo publicado, já que a censura não deixou, e porque o
próprio poeta morreria nesse ano de 1935:
Sabendo isto — que era para aparecer no início do poema a frase de
Séneca — e que Pessoa estava contra Salazar, percebemos que a verdadeira a
intenção do poema «Liberdade» era afinal
a) defender que há coisas
mais importantes do que o trabalho intelectual.
b) defender a natureza, a ingenuidade, a vida simples.
c) troçar da posição de Salazar e defender que o trabalho dos
intelectuais é importante.
d) defender a preguiça.
Na última estrofe está o que permitiu ao censor perceber que o
poema era anti-salazarista e, por isso, impedir a sua publicação. A palavra
dessa última estrofe que o censor identificou como alusão a Salazar terá sido
_______.
Repara agora no verso 21. É um verso que ficou célebre e que hoje
todos repetimos sem nos lembrarmos de que veio deste texto. No entanto, o que
Fernando Pessoa escreveu não foi exatamente o que as pessoas repetem, que
costuma ser
«O
melhor do mundo são as crianças.»,
mas
«Mas o
melhor do mundo são crianças, / Flores, música, o luar, e o sol [...]»
A diferença de sentido das duas versões é que na verdadeira, a que
Pessoa escreveu mesmo,
a) «crianças» tem menos
importância, por faltar o determinante «as» e, assim, ficarem as crianças no
mesmo plano que «flores» e «música».
b) «crianças» tem mais importância.
Aula 60-61 (19 [3.ª], 20/dez [1.ª, 4.ª]) Preparação de envios de poemas a Correntes d’Escritas.
Tendo visto a primeira
parte de documentário sobre Fernando Pessoa feito para a série ‘Grandes
Portugueses’, assinala, à esquerda de cada período (a esquerda é para este
lado: ←), se a afirmação é V(erdadeira) ou F(alsa).
Pessoa
viveu parte da infância e da adolescência em território da atual África do Sul
(à época, colónia inglesa).
Fernando Pessoa admirava
Cesário Verde.
O poema «Tabacaria» é do
heterónimo Ricardo Reis.
«Sou tudo» é o primeiro
verso de «Tabacaria».
Fernando Pessoa nasceu no
dia de Santo António, em Lisboa, em 1898.
Pessoa nasceu em frente ao
teatro de São Carlos, que seu pai, crítico musical do Diário de Notícias, frequentava.
«Eis-me aqui em Portugal»
é o primeiro verso de uma quadra que, ainda criança, dedicou à mãe.
«Deus quer, o homem sonha,
a obra morre» é o primeiro verso de «O Infante», poema de Mensagem.
Enquanto adolescente,
Pessoa viveu com a madrasta, o pai e os cinco meios-irmãos.
A língua em que mais
escrevia até cerca dos vinte anos era o francês.
Em Lisboa, durante dois
anos, Fernando Pessoa foi aluno da Faculdade de Direito.
Pessoa teve uma
tipografia, comprada com herança da avó Dionísia, mas esse negócio não teve
grande sucesso.
O emprego de Pessoa
implicava um rígido horário fixo, como o de um funcionário público.
No local do emprego,
Fernando Pessoa nunca escrevia textos seus.
O poeta americano Walt
Whitman influenciou Fernando Pessoa.
Pessoa deixou mais de
trinta e sete mil papéis com escritos seus.
Em Lisboa, Pessoa viveu em
cerca de dez casas diferentes.
Sendo embora Lisboa o seu
habitat preferencial, Pessoa viajava frequentemente.
A estreia de Pessoa no
meio literário aconteceu em 1912, com a publicação de artigos na Águia.
A revista Orpheu teve como colaboradores, entre
outros, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros.
Classifica quanto à função
sintática o que está sublinhado. (Quando os constituintes sublinhados são
também uma oração, dou a sua classificação entre parênteses.)
Sei
lá
(Bárbara Tinoco)
Eu sei lá em que dia da semana vamos.
Sei lá qual é a estação do ano. | ______ (subordinada
substantiva relativa)
Sei lá — talvez nem sequer queira saber —, | ______ (sub.
subst. compl. infinitiva)
Eu sei lá porque dizem que estou louca. | ______ (sub.
substantiva completiva)
Sei lá... Já não sou quem fui, sou outra. | ______ (sub.
substantiva relativa)
Sei lá... Pergunta-me amanhã,
Talvez eu saiba responder. | ______ (sub. subs. completiva
infinitiva)
E eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo,
Mas, no fim, o que sobra de mim? | _______
E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas,
Mas, no fim, tiras mais um pouco de mim.
Então, força, leva mais um bocado,
Que eu não vou a nenhum lado, | _______
Leva todo o bom que há em mim,
Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço,
Mas, no fim, o que sobra de mim?
Mas tu sabes lá as guerras que eu tenho! | ______
Tu sabes lá das canções que eu componho!
Tu sabes lá — talvez nem sequer queiras saber —,
Mas tu sabes lá da maneira que eu te amo! | ______
Tu sabes lá... Digo a todos que é engano. | ______
Tu sabes lá... Pergunto-te amanhã, | _______
Mas não vais saber responder.
E eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo,
Mas, no fim, o que sobra de mim?
E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas,
Mas, no fim, tiras mais um pouco de mim.
Então, força, leva mais um bocado,
Que eu não vou a nenhum lado.
Leva todo o bom que há em mim, | ______ (sub. adj. rel.
restrit.)
Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço,
Mas, no fim, o que sobra de mim? | _____
Sim, eu juro...
Sim, eu juro...
Os grupos III de provas
exame têm sido textos de opinião
ou apreciações críticas (de
imagens, pinturas, cartoons), uns e outros com entre 200 a 350 palavras. Os
dois géneros estão explicados nas pp. 354-355 e 358-359.
Transcrevo o enunciado
típico quando se pede uma apreciação
crítica:
III
Num texto bem estruturado,
com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a
apreciação crítica do cartoon abaixo apresentado, da autoria de Fulano.
[vem um cartoon ou uma
pintura]
O seu texto deve incluir:
— a descrição da imagem apresentada, destacando
elementos significativos da sua composição;
— um comentário crítico,
fundamentando devidamente a sua apreciação e utilizando um discurso valorativo;
— uma conclusão adequada
aos pontos de vista desenvolvidos
A imagem sobre que te vais
ocupar será o desenho principal de uma capa de um Inimigo Público
— que, há poucos anos, se deixou de publicar enquanto suplemento do Público
(continua mas apenas como página no Expresso).
Além dessa imagem maior,
haverá o texto da notícia que o desenho ilustra, a que também deves
fazer menção, integradamente. No fundo, neste caso, a apreciação crítica
debruça-se não rigorosamente sobre uma imagem mas sobre uma notícia (satírica)
ilustrada. O desenho/cartoon estará assinado por N[uno] S[araiva].
No resto, deves tentar seguir o estipulado no enunciado do exame.
Escolhe a capa que mais te
convier entre os exemplares que deixar sobre a carteira.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Lê os livros que combinámos.
#
<< Home