Aulas (101-...)
Aula 101-102
(10 [3.ª (só a primeira parte da aula)], 11 [1.ª (só a primeira parte da aula);
4.ª], 13/mar [1.ª (segunda parte desta aula)]) Correção do questionário sobre início de
«Sempre é uma companhia».
É Você
(Tribalistas)
É você
Só você
Que na vida vai comigo
agora
Nós dois na floresta e
no salão
Nada mais
Deita no meu peito e me
devora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um
gesto, rio afora
É você
Só você
Que invadiu o centro do
espelho
Nós dois na biblioteca e
no saguão
Ninguém mais
Deita no meu leito e se
demora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um
gesto, rio afora
Passa
para discurso indireto
estes dois parágrafos:
—
É você, só você, que na vida vai comigo agora, nós dois na floresta e no salão,
nada mais. — disse ela. — Deita no meu peito e me devora, na vida só resta
seguir um risco, um passo, um gesto, rio afora.
—
É você, só você, que invadiu o centro do espelho, nós dois na biblioteca e no
saguão, ninguém mais. — respondeu ele. — Deita no meu leito e se demora.
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Exemplifica
o discurso indireto livre:
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Vai
até às pp. 78-79 do manual. Começa por ler a curta, mas muito conhecida, ode de
Ricardo Reis
e resolve os itens 1 e 2:
1. [Características são:] ______________.
2. A lua serve ao poeta como exemplo da atitude que os
homens devem perseguir, na medida em que . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Passa
agora à crónica de Miguel
Araújo, «Lavar a louça». Responde aos itens 1 a 5 da p.
79, indicando as alíneas que escolhes:
1. ______ ; 2.
______ ; 3. ______ ; 4. ______ ; 5.
______
Lavar
a louça pode exemplicar as tarefas que, por não mobilizarem competências
transcendentes e serem exequíveis sem se estar a pensar muito, servem até para
aliviar o stress ou, mesmo — numa espécie de desculpa para a evidente
procrastinação —, para adiar a dedicação a atividades mais complexas e com
deveríamos estar mais comprometidos.
Tenta
esboçar um elenco de outras tarefas com esta mesma característica,
socorrendo-te de experiência própria:
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Relanceia
as pp. 80-81 e, se tiveres tempo, resolve «Praticar» (p. 81):
1. ______ ; 2.
______ ; 3. ______ .
Tempo
do discurso vs. Tempo da história |
|
«George»,
de Maria Judite de Carvalho; «Sempre é uma companhia», de Manuel da Fonseca |
Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore |
Alteração da ordem dos acontecimentos |
|
Em «George», a analepse não é recurso a priori,
digamos, mas somos informados de factos anteriores ao tempo que serve de
referência, o de George, através de recordações avulsas (por exemplo: «Os
pais não sabiam compreender esse desejo de liberdade, por isso se foi um dia
com uma velha mala de cabedal»), que ligam o tempo de George ao seu passado,
ou seja, ao tempo de Gi (de certo modo, as analepses acabam por não ser
necessárias, uma vez que a presença de Gi em diálogo com George resolve a
necessidade de informar sobre o _____). Pela mesma razão, não há propriamente
prolepses (a presença de
Georgina já informa sobre o futuro de George). Em «Sempre é uma
companhia», o momento em que Batola se recorda do Rata é uma curtíssima
______. Entretanto, uma alusão ao que só sucederá no dia seguinte («aquela
noite é a véspera de um extraordinário acontecimento») constitui uma leve
_____. |
A analepse é um recurso essencial. A
história é-nos dada in media res — no momento em que o protagonista sabe da
morte de Alfredo —, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo,
constituindo esse flash back a
maior parte do filme. (O começo in media res era uma regra das
epopeias clássicas. Nos Lusíadas, a ação começa já depois de passado o
cabo da Boa Esperança, e saberemos o que acontecera antes através da enorme
analepse que é o discurso do Gama ao rei de ______.) Em Cinema Paraíso
há apenas um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, com a presença da
imagem do Salvatore adulto a pensar (só para nos lembrarmos de que o tempo da
enunciação não é aquele) até a história contada em analepse chegar ao _____
em que começara. Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas
de Alfredo, que alude, velada mas certeiramente, ao futuro de ______, que,
como sabemos, se tornará realizador. |
Omissão e resumo de factos; abrandamento e
aceleração do ritmo |
|
Há uma elipse (corte, salto no relato) mesclada
com resumo (em que um
lapso de tempo é dado em poucas pinceladas), quando se trata de abreviar o
relato do resto do mês: «E os dias custam tão pouco a passar que o fim do mês
caiu de surpresa em cima da aldeia de Alcaria». Estes momentos de
resumo/elipse aceleram o ritmo da ______. Poderia haver zonas em
que o relato se demorasse excessivamente, abrandando
a velocidade da narrativa (por exemplo, as descrições em Eça de Queirós são
passos em que o tempo do discurso parece mais lento do que o da história). No
conto de Manuel da Fonseca, não teremos casos de verdadeira pausa na ação, embora as primeiras
páginas insistam na representação do quotidiano habitual de Batola. O mesmo
se pode dizer dos encontros em «George», desproporcionais em termos da
importância na vida da personagem mas razoáveis dada a estrutura do ________. |
Uma elipse notável consiste no salto dos
anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos
um novo ator sob a mão de ______, o que aliás resolve também um problema que
se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das
personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a resumos,
que aproveitam as imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de
trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e
______ a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em
poucos minutos). Ao contrário, uma
história contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece
fazer demorar o discurso
relativamente ao tempo «real». Há, portanto, uma pausa
em termos de tempo da ação. |
TPC — Vai preparando as leituras dos poemas de Mensagem
(para a fase de grupos da Liga dos Campeões). Também vou deixar em Gaveta de
Nuvens ficha corrigida (do Caderno de atividades) sobre discurso
direto, indireto e indireto livre.
Aula 103 (11 [1.ª], 12 [3.ª], 13/mar [4.ª]) Correção de texto sobre «Gisela»/Farsa de Inês Pereira.
Começar de novo
(Ivan
Lins, Vítor Martins; interpret. por Simone)
Começar de novo e contar comigo.
Vai valer a pena ter amanhecido.
Ter-me rebelado. Ter-me debatido.
Ter-me machucado. Ter sobrevivido.
Ter virado a mesa. Ter-me conhecido.
Ter virado o barco. Ter-me socorrido.
Começar de novo e contar comigo.
Vai valer a pena ter amanhecido.
Sem as tuas garras, sempre tão seguras.
Sem o teu fantasma. Sem tua moldura.
Sem tuas esporas. Sem o teu domínio.
Sem tuas escoras. Sem o teu fascínio.
Começar de novo e contar comigo.
Vai valer a pena já ter-te esquecido.
Começar de novo.
Na
canção «Começar de novo» — composta por Ivan Lins e Vítor Martins,
cantada por Simone
— são relevantes as anáforas. Explica o seu valor expressivo. Considera também
a espécie de refrão, «Começar de novo e contar comigo».
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Já
há dois anos ouvimos «Os Maridos das Outras», de Miguel
Araújo, e também a propósito da Farsa de Inês Pereira.
Na altura, estávamos ainda no quadro em que Inês, depois de rejeitado Pero
Marques, conhecia as agruras que lhe trazia o marido que escolhera, o escudeiro
Brás da Mata, que entretanto a deixara em Lisboa e fora para a guerra, em
Arzila. A correção do comentário que lhes pedi então rezava assim:
A canção de Miguel Araújo
remete para um perfil ideal de marido, inalcançável, que se opõe ao que «[t]oda
a gente sabe que os homens são». Esse marido virtual, que parece só um produto
do ressentimento de quem tem os maridos reais, lembra a demanda de Inês Pereira
por um homem «discreto», «que saiba tanger viola».
Ficará ela a perceber que,
afinal, todos os homens são «brutos», «lixo», «animais»? É verdade que as
expetativas de Inês já estão circunscritas, uma vez que diz não se importar que
o pretendente seja «mal feito, feo, pobre» e até está disposta a pouco comer e
beber («com ũa borda de boleima / e ũa vez d’água fria / nam quero mais cada
dia»).
Sabendo
agora a conclusão da peça, responde à pergunta acima, procurando incluir muitas
citações da canção «Começar de novo».
Sim,
depois da má experiência com o Escudeiro Brás da Mata, Inês Pereira . . . . . .
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Os maridos das outras (Miguel Araújo)
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer.
São muito pouco astutos, muito pouco astutos.
Toda a gente sabe que os homens são brutos.
Toda a gente sabe que os homens são feios
Deixam conversas por acabar
E roupa por apanhar.
E vêm com rodeios, vêm com rodeios.
Toda a gente sabe que os homens são feios.
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação.
Dóceis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as
amigas da mulher.
E tudo os que os homens não...
Tudo que os homens não...
Tudo que os homens não...
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são.
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Gostam de músicas de que ninguém gosta
Nunca deixam a mesa posta.
Abaixo de bicho, abaixo de bicho.
Toda a gente sabe que os homens são lixo.
Toda a gente sabe que os homens são animais
Que cheiram muito a vinho
E nunca sabem o caminho.
Na na na na na na, na na na na na.
Toda a gente sabe que os homens são animais.
Mas os maridos das outras não
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação.
Amáveis criaturas, de outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes as
amigas da mulher.
E tudo os que os homens não...
Tudo que os homens não...
Tudo que os homens não...
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são
Os maridos das outras são.
TPC — Relanceia ficha
corrigida sobre a Farsa de Inês Pereira.
Aula 104-105 (13 [3.ª], 14/mar [1.ª, 4.ª])
Ainda estamos aqui (Miguel Araújo)
Os horizontes e as marés,
As estátuas, as pontes, a
américa, a lua, os cafés,
Tudo passa,
Tudo passa.
Os cataventos e as estações,
Os amores-perpétuos,
Desertos, as desilusões,
Tudo passa,
Tudo passa.
O tempo voa,
O tempo coa
E, por mais que doa a passar,
Nós ainda estamos aqui,
Ainda estamos aqui,
Eu ainda te tenho a ti
E nós ainda estamos aqui.
Os homens e as gerações,
As horas, as eras, as iras, azares, ilusões,
Tudo passa,
Tudo passa.
Os astros e o planisfério,
Bandeiras ao vento,
Os mastros, países, impérios,
Tudo passa,
Tudo passa.
Os paraísos prometidos,
Palavras escavadas na pedra e os
seus sentidos,
Tudo passa,
Tudo passa.
Tudo o que existe
E o que resiste,
E, por tudo o que ainda há de vir,
Nós ainda estamos aqui,
Ainda estamos aqui,
Eu ainda te tenho a ti
E nós ainda estamos aqui.
Passa
a terceira estrofe para o discurso indireto:
Ele
disse que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Relendo
a letra da canção, transcreve deíticos
pessoais (há pronomes, formas verbais):
____________________;
temporais
(advérbio, formas verbais): ___________________;
espaciais
(só vejo um advérbio): ____________________.
Liga dos Campeões (12.º 1.ª)
Grupo
A Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Carlos |
1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ana |
5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Rafaela |
9 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Matilde |
13 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
André |
17 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana C. |
21 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Miguel B. |
25 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
B Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Margarida |
2 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Miguel M. |
6 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Eduardo |
10 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Frederico |
14 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cecília |
18 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tiago |
22 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João |
26 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
C Leitor |
sorteio |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Ranya |
3 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Helena |
7 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Alice |
11 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Neves |
15 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gonçalo S. |
19 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Mariana |
23 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana S. |
27 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
D Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Laura |
4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Carol |
8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Salvador |
12 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Cristian |
16 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Matias |
20 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gonçalo F. |
24 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liga dos Campeões (12.º 3.ª)
Grupo
A Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Bea A. |
1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Madalena |
5 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Clara |
9 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bea B. |
13 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
B Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Francisca |
2 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João C. |
6 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Henrique |
10 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ana Rita |
14 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
C Leitor |
sorteio |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Tomás |
3 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Dinis |
7 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sarah |
11 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Jair |
15 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Grupo
D Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Beatriz |
4 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
João G. |
8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Joana |
12 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liga dos Campeões (12.º 4.ª)
Grupo
A Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Lourenço |
1 |
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Afonso |
5 |
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Sofia |
9 |
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Joana |
13 |
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Leonor |
17 |
|
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Rafa |
21 |
|
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Santiago |
25 |
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Grupo
B Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
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Letícia |
2 |
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Mariana A. |
6 |
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Ribeiro |
10 |
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Rodrigues |
14 |
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Francisco |
18 |
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Eliana |
22 |
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Manuel |
26 |
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Grupo
C Leitor |
sorteio |
1.ªjornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Gonçalo S. |
3 |
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Leonor M. |
7 |
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Margarida |
11 |
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André |
15 |
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Carolina V. |
19 |
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Carolina S. |
23 |
|
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|
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|
João |
27 |
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Grupo
D Leitor |
sorteio |
1.ª jornada |
2.ª jornada |
3.ª jornada |
4.ª jornada |
Média |
||||
Mensagem |
Mensagem |
a designar |
a designar |
|||||||
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
Eu |
Mestre |
|||
Mada |
4 |
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Leonor C. |
8 |
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Tiago N. |
12 |
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Gonçalo V. |
16 |
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Keyla |
20 |
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Edwin |
24 |
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Anna |
28 |
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Eis o texto na contracapa do DVD do filme que temos
visto:
Esta obra-prima do realizador Giuseppe Tornatore é um olhar
nostálgico sobre a vida de um jovem na Itália do pós-guerra e o seu fascínio
pelo cinema, tendo vencido o Óscar para o Melhor Filme Estrangeiro e o Grande
Prémio do Júri do Festival de Cannes.
“Alfredo está a morrer”. Esta notícia surpreendeu o realizador
de sucesso Salvatore (Jacques Perrin), levando-o a recordar a sua infância e o
tempo que passara na sala de projeção do cinema da sua vila, Cinema Paraíso.
Alfredo (Philippe Noiret), projecionista do cinema, foi um
amigo inseparável do pequeno Salvatore, conhecido por “Totó”, à medida que este
crescia na sua terra natal, uma vila devastada pelos horrores da guerra. O
cinema oferecia fantasia e evasão aos habitantes da pequena vila, fazendo
esquecer a dura realidade da fome e da pobreza.
Cinema Paraíso é um
filme inesquecível e um maravilhoso tributo ao cinema que marcou uma geração
inteira de espetadores.
Redige sinopse para filme
que aproveitasse relato feito na p. 380 (incluído na Crónica de D. João I).
Esse relato é o início da revolução de 1383-85. O filme trataria de todo esse
período mas a sinopse partiria do primeiro pretexto da ação, o início do
episódio (na tal p. 380). Também criarás o título do filme, que seria inspirado
nos testemunhos de Fernão Lopes.
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Aula 106-107 (17 [3.ª], 18 [4.ª], 20/mar [1.ª]) Correção de comentário-resposta acerca de sinopse para «Do alvoroço [...]». Audição de «E o resto é História» sobre a maior mentira da história de Portugal.
E o resto é história sobre «A maior mentira da história de Portugal»
Na p. 203, lê «Guichê/2»,
de Alexandre O’Neill.
Responde aos seguintes
itens (nas pp. 203-204):
1. Interpreta a comparação com
que se inicia o poema, tendo em conta a situação narrada.
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2. Seleciona a opção adequada
para completar a afirmação abaixo apresentada.
No excerto dos versos 6 a
10, o sujeito poético exprime sentimentos distintos. Manifesta a sua indignação
por ter sido ultrapassado na fila, como sugere o recurso ao ______, mas também _______
face à sua atitude para com a senhora «que se insinuou a meia-bicha» (v. 3).
(A) diminutivo ... orgulho
(B) discurso direto ...
orgulho
(C) diminutivo ...
surpresa
(D) discurso direto ...
surpresa
3. Explicita a crítica desenvolvida
nos versos 11 a 19.
[Completa esta
resposta:]
Nos versos 11 a 19, a
crítica é dirigida aos «_________» (v. 11), ou seja, os funcionários da
repartição, que interrompem o momento em que «________» (v. 11) apenas para
auxiliar subservientemente a mulher «que se ________ a meia-bicha» (v. 3). A
sátira concretiza-se na representação cómica dos _________ ociosos e
ineficazes.
4. Relaciona a interrogação do
verso 20 com o sentido dos versos seguintes.
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Dá novo título
— expressivo, inteligente e que, de certo modo, mostre que conheces o texto — a
cada um dos contos que lhes pedi que lessem:
[ao conto de Manuel da Fonseca, «Sempre é
uma companhia»:]
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[ao conto de Maria
Judite de Carvalho, «George»:]
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[ao conto de Mário de
Carvalho, «Famílias desavindas»:]
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Aula 108 (18 [1.ª], 19 [3.ª], 20/mar [4.ª]) Copio quatro estrofes do canto IV de Os Lusíadas (uma parte das que relatam acontecimentos da revolução de 1383-85). Recordo que tudo isto se inclui no longo discurso de Vasco da Gama ao rei de Melinde. À direita estão significados de algumas palavras ou expressões. Quando houver alternativas — separadas por barra: «/» —, circunda a correta.
4
«Alteradas
então do Reino as gentes || Alteradas = Agitadas / Mudadas
C’o
ódio que ocupado os peitos tinha, || os peitos = os corações / as bexigas
Absolutas
cruezas e evidentes || cruezas = miudezas / crueldades
Faz
do povo o furor, por onde vinha; || furor = fofura / fúria
Matando
vão amigos e parentes
Do
adúltero Conde e da Rainha, || Conde = Andeiro / D. Henrique
Com
quem sua incontinência desonesta || incontinência
= descaramento / aversão a comprar no Continente
Mais,
despois de viúva, manifesta. || despois = depois
5
«Mas
ele, enfim, com causa desonrado, || ele = Luís Montenegro / Andeiro
Diante
dela a ferro frio morre, || a ferro frio =
a golpes de punhal / engomado com ferro arrefecido
De
outros muitos na morte acompanhado,
Que
tudo o fogo erguido queima e corre:
Quem,
como Astianás, precipitado, || Quem = bispo
|| Astianás = filho de Heitor (herói troiano)
Sem
lhe valerem ordens, de alta torre;
A
quem ordens, nem aras, nem respeito; || quem = uma abadessa || aras =
altares / araras
Quem
nu por ruas, e em pedaços feito.
6
«Podem-se
pôr em longo esquecimento
As
cruezas mortais que Roma viu, || Roma = Roma antiga / S. S. Lázio / A. S.
Roma
Feitas
do feroz Mário e do cruento || Mário [e Cila] = adversários em Roma
Sila,
quando o contrário lhe fugiu. || o contrário = o seu adversário
Por
isso Lianor, que o sentimento || Lianor = infanta de Espanha / rainha Leonor
Teles
Do
morto Conde ao mundo descobriu, || Conde = Conde João Fernandes Andeiro
Faz
contra Lusitânia vir Castela, || Lusitânia = Portugal
Dizendo
ser sua filha herdeira dela. || dela = da Lusitânia / de Marco Paulo
7
«Beatriz
era a filha, que casada
C’o
Castelhano está que o Reino pede, || Castelhano que o Reino pede = D. João
de Castela
Por
filha de Fernando reputada, || reputada = considerada / prostituída
Se
a corrompida fama lho concede. || fama = reputação / Famalicão
Com
esta voz Castela alevantada, || alevantada = incitada
Dizendo
que esta filha ao pai sucede, || pai = D. Fernando / algum amante de D.
Leonor Teles
Suas
forças ajunta, pera as guerras, || pera = para / maçã (ou esposa do
pero)
De
várias regiões e várias terras.
104
«Não cometera o moço
miserando || moço miserando = Faeton (ou Faetonte) / Cristianito
O carro alto do pai, nem o
ar vazio || carro alto do pai = Tesla /
carro do Sol (Hélio ou Apolo)
O grande arquitector c’o
filho, dando || grande arquitector = Dédalo
/ Souto Moura || filho = Ícaro
Um, nome ao mar, e o outro,
fama ao rio. || mar = mar Egeu (ou mar Icário) || rio = rio Pó
Nenhum cometimento alto e
nefando || alto = sublime / gigante || nefando = ímpio
Por fogo, ferro, água,
calma e frio,
Deixa intentado a humana
geração. || intentado = por tentar
Mísera sorte! Estranha
condição!»
A alusão a Faetonte e a Ícaro justifica-se por esses episódios
da mitologia serem alegorias da ______ desmedida, o mesmo pecado que o Velho do
Restelo aponta aos portugueses defensores das viagens marítimas dos
Descobrimentos.
Eis a parte B do grupo
I da prova nacional de 2019 (época especial):
PARTE B
Leia o texto. Se
necessário, consulte as notas.
Como
quando do mar tempestuoso
o
marinheiro, lasso1 e trabalhado,
d’
um naufrágio cruel já salvo a nado,
só
ouvir falar nele o faz medroso;
5 e
jura que em que2 veja bonançoso
o
violento mar, e sossegado
não
entre nele mais, mas vai, forçado
pelo
muito interesse cobiçoso;
assi,
Senhora, eu, que da tormenta
10 de
vossa vista fujo, por3 salvar-me,
jurando
de não mais em outra ver-me;
minh’
alma, que de vós nunca se ausenta,
dá-me
por preço4 ver-vos, faz tornar-me
donde
fugi tão perto de perder-me.
Luís de Camões, Rimas,
edição de A. J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 1994, p. 138.
NOTAS
1 — lasso – cansado; fatigado.
2 — em que – ainda que.
3 — por – para.
4 — dá-me por preço – impõe-me; dá-me por
destino.
4. Explicite a comparação
que é desenvolvida ao longo do poema.
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5. Interprete a antítese
«salvar-me» (verso 10) / «perder-me» (verso 14), no contexto da relação amorosa
que o sujeito poético estabelece com a «Senhora».
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6. Relativamente ao soneto
transcrito, apresente:
a) o esquema rimático;
b) a classificação das rimas.
. . . . . . . . . . . . .
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TPC — Em Gaveta de Nuvens
ficam duas fichas do Caderno de Atividades (já corrigidas), sobre Camões
(lírico e épico), que deves ler.
Aula 109-110 (21 [1.ª, 4.ª], 24/mar [3.ª])
Depois de leres
«“Albertina” ou “O inseto-insulto” ou “O quotidiano recebido como mosca”» (pp.
201-202), de Alexandre O’Neill,
escreve um comentário em que reflitas sobre como o texto aborda a arte e a
criação poética.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Alexandre O’Neill,
«Divertimento com sinais ortográficos», Poesias Completas & Dispersos,
Lisboa, Assírio & Alvim, 2017, pp. 103 [trema], 105 [acento circunflexo],
109 [parênteses]:
¨
Frequento palavras
estrangeiras.
Já vivi em saudade,
mas expulsaram-me
(p’ra sempre?...)
da língua portuguesa.
^
Se me puseres
Serás a mais bonita das
mulheres...
( )
Quem nos dera bem juntos
Sem grandes apartes metido
entre nós
Ao estilo das
frases-poemas de O’Neill a partir de carateres, escreve uns três fragmentos
sobre carateres que escolhas: # & $ % 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 Q W E R T Y U I O
P A S D F G H J K L Ç Z X C V B N M q w e r t u i o p a s d f g h j k l ç z x c
v b n m.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Na sua atividade de
copy-writer (em empresas de publicidade), O’Neill criou slogans conhecidos.
Outros são ideias que não chegaram a ter aplicação efetiva. (Tirei os exemplos
deste site.)
Cria slogans alternativos para algumas destas mesmas entidades.
Há mar e mar, há ir e
voltar [Instituto de Socorros a Náufragos]
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Vá de Metro, Satanás. [brincadeira para
Metropolitano (em latim: Vade retro, Satanas = Vai-te, Satanás)]
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Parker preenche em silêncio o seu papel. [para
canetas Parker]
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Bosch é bom. [para frigoríficos Bosch]
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Tofa: revelando num instante o segredo de um aroma.
[para cafés Tofa]
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Gazcidla, o gás da cidade. [para o gás Gazcidla]
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Eu sou, tu és, ele é, nós sumus C. [para
refrigerante, creio; Laranjina C?]
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«George», de Maria Judite de Carvalho; «Sempre é uma companhia», de
Manuel da Fonseca; «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho |
Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore |
Espaço |
|
Em «Sempre é uma companhia», a aldeia alentejana
— mais adivinhada do que descrita — e, sobretudo, a _____ são espaços que não
desempenham apenas a função de cenário porque a ação é por elas determinada.
A evolução no ambiente sentido na loja do Batola quer pelos donos quer pelos
aldeãos-clientes resulta da chegada da _____ (do mesmo modo que, no filme Cinema
Paraíso, o cinema acompanha a vida dos habitantes da vila
siciliana). Em «Famílias desavindas» é uma rua do Porto que
constitui a referência que se mantém ao longo de gerações, sendo o ____ o
elemento que determina os comportamentos das personagens. «George» é o único caso em que não há um mesmo
espaço que sirva de referência à evolução das personagens. Alude-se a espaços
que correspondem à juventude e à meia-idade da personagem (para Gi, a casa
dos pais; para George, _____), não havendo local atribuído a
Georgina/terceira idade. |
A vila, o largo central e, sobretudo, o _____
não são mero cenário. Os vários estados do edifício (o primeiro cinema, a
destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o protagonista
regressa) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção da passagem do
_____. O edifício vai causar a cegueira de Alfredo, tornando-se depois
ocupação semiprofissional do protagonista. A ação da parte amorosa acaba também por
aproveitar o cinema (o primeiro beijo do par protagonista vai acontecer aí).
A infância de Totó morreu com o enterro de Alfredo e a destruição do cinema,
mas Salvatore resgatará parte desse passado, os fotogramas dos ____. Salvatore viveu em Roma durante décadas, que são
elididas no filme, passa os
limites da Península Itálica — Sicília é uma ilha, embora quase colada ao
continente — e, em Giancaldo, redescobre os filmes que eram a sua companhia.
Depara-se ainda com o antigo _____ do cinema, mais velho, e vemos o louco da
praça, já diferente mas com as mesmas manias. |
Desenlace |
|
Nos contos «Sempre é uma companhia» e «Famílias
desavindas», a narrativa fica relativamente fechada (e, nos dois casos, com
desfechos otimistas, redentores, na medida em que as personagens antagonistas
se ____). Em «George», a narrativa fica em aberto — ou
menos fechada —, ainda que se depreenda que o futuro de George corresponderá
ao que é assumido através do retrato da personagem _____, parecendo este
final mais disfórico do que os dos outros contos. |
A linha de ação da paixão pelo cinema e a da
memória da infância ficaram fechadas, mas haverá alguma indefinição ainda no
que se refere à ____ Salvatore-Elena. A narrativa não fica em aberto mas
também não é uma típica narrativa fechada. Há disforia, mas fica a noção de
que se conservou uma memória de quem, ou do que, se amava. O final é uma
epifania, uma revelação: Salvatore vê a sequência dos fotogramas que tinham
sido censurados pelo _____. |
TPC — Em Gaveta de Nuvens, relanceia os PDF (ou
lê-os mesmo para perceberes as narrativas em causa) em torno de Aurora, Circe,
Faetonte, Alcíone e Ceíce.
Aula 111-112 (25 [1.ª (só a primeira parte da aula); 4.ª], 26 [3.ª (só a primeira parte da aula)], 27/mar [1.ª (2.ª parte da aula)]) Correção de títulos para contos. Questionário de compreensão de «Um filme em forma de O’Neill» (pp. 223-224).
Fica só, por favor, nas
pp. 223-224 do manual, junto do texto de que se ocupa o grupo II. Circunda a
melhor alínea de cada item.
«Um filme em forma de
O’Neill» é
a) um filme.
b) uma apreciação crítica.
c) um texto de opinião.
d) uma reportagem.
Com a referência ao «inadaptável» (l. 3), o autor
a) destaca a complexidade das narrativas de
Alexandre O’Neill.
b) insinua a impossibilidade de adequação
cinematográfica da obra de O’Neill.
c) sugere a dificuldade da tarefa de João Botelho.
d) salienta as limitações e fragilidades do
trabalho de João Botelho.
Pelo que se retira da leitura do primeiro
parágrafo (ll. 1-13),
a) o Filme do Desassossego não foi a
primeira adaptação de obra literária feita por Botelho.
b) o Filme do Desassossego foi a primeira
adaptação de obra literária feita por Botelho.
c) Um Filme em Forma de Assim foi a segunda
adaptação de obra literária feita por Botelho.
d) João Botelho não tem adaptado ao cinema obras
literárias.
As expressões «do texto de onde partem» (l. 6) e
«disso» (l. 11) desempenham as funções
a) de complemento do nome e de complemento
oblíquo, respetivamente.
b) de complemento do adjetivo e de complemento
oblíquo, respetivamente.
c) de complemento do nome, em ambos os casos.
d) de complemento oblíquo, em ambos os casos.
A oração subordinada presente em «os livros dão
inevitavelmente mais liberdade a quem os lê» (ll. 9-10) é
a) substantiva relativa e tem a função sintática
de complemento indireto.
b) substantiva completiva e tem a função sintática
de complemento direto.
c) adjetiva relativa restritiva e tem a função
sintática de modificador restritivo do nome.
d) adjetiva relativa explicativa e tem a função de
modificador apositivo do nome.
Entre as ll. 11-17, percebemos que Um Filme em
Forma de Assim seguiu estratégia idêntica à que João Botelho usara na
adaptação
a) de Tempos Difíceis.
b) de Os Maias.
c) de Tempos Difíceis e de Os Maias,
obras com fio narrativo.
d) do fragmentário Livro do Desassossego.
Segundo o parágrafo das linhas 17-22, Um Filme
em Forma de Assim
a) adapta uma trama narrativa prévia.
b) é uma biografia de O’Neill.
c) segue o enredo de um conto de O’Neill.
d) usa uma abordagem global.
No parágrafo das ll. 23-26 destaca-se a
centralidade, no filme,
a) do som.
b) das festas.
c) da noite e de transas.
d) do bombeiro Dudu, que, coitado, está de baixa
médica.
Segundo o parágrafo das ll. 27-30, os cenários do
filme são
a) realistas.
b) assumidamente estilizados.
c) naturalistas.
d) abstratos.
No mesmo quinto parágrafo (ll. 27-30), a
personalidade peculiar de Alexandre O’Neill é realçada através da
a) metáfora.
b) ironia.
c) gradação.
d) antítese.
Um Filme em Forma de Assim partilha com produções
anteriores de João Botelho
a) a dimensão musical.
b) a estruturação narrativa.
c) a artificialidade da linguagem.
d) as opções de cenografia.
Em «as cores de Almodóvar» (ll. 29-30) — e recordo
que Pedro Almodóvar é um cineasta —, «Almodóvar» corresponde «filmes de
Almodóvar», o que significa que se trata de uma
a) metáfora.
b) metonímia.
c) personificação.
d) anáfora.
«Um filme que se sente mais do que se segue» (ll.
32-33) vinca
a) a índole narrativa do filme em causa.
b) a importância de cenários e música.
c) o realismo da obra.
d) o caráter decisivo dos poemas inseridos na
obra.
A oração subordinada «quem for ver este Filme
em Forma de Assim» (ll. 34-35) é
a) substantiva completiva, com função de
complemento direto.
b) substantiva completiva, com função de sujeito.
c) substantiva relativa, com função de sujeito.
d) substantiva relativa, com função de complemento
direto.
O filme será «verdadeiramente O’Neilliano» (l.
37), porque
a) trata de livro de Alexandre O’Neill.
b) é da autoria de Alexandre O’Neill.
c) é sobre Alexandre O’Neill.
d) tem com pontos comuns ao estilo de Alexandre
O’Neill.
Quanto ao processo de formação, «O’Neilliano» (l.
37) é uma palavra
a) composta por derivação.
b) derivada por sufixação.
c) composta por sufixação.
d) composta morfossintaticamente.
Itens de provas de exame com figuras
de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a
sinestesia e a anáfora. | (B)
a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6.
Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A)
uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6.
No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de
Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo
em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do
romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A)
perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5.
Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e
infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos
objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as
grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A)
uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo
[2013, época especial]
1.7.
Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de
papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele
dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um
lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar
nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um
Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As
letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A)
hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
[2016,
1.ª fase, item do grupo I]
1.
Explique o
sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início
do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes,
para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos,
para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam
leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não
seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz
com a hipocrisia do mundo? (Pausa)
Quem é
mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em
paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].
[2016, época especial,
item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial,
item do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam,
ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção
crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Cenário de
resposta do item 1 do exame de
2016, 1.ª fase
As antíteses expressam a oposição entre os
valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade
político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo,
Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta
defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da
reflexão anterior, Matilde interroga-se
ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com
a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique
uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de
resposta do item 4 do exame de 2016, época especial
A metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente
frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos,
também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da metáfora,
o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por
outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Cenário de
resposta do item 5 do exame de 2016, época especial
Com
o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de
consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um
comportamento condenável.
Assumida esta
condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um
comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.
Aula 113 (26 [3.ª, mas na segunda parte da aula (na primeira parte da aula, fez-se o correspondente a aula 111)], 27/mar [1.ª (mas na segunda parte, far-se-á o correspondente a aula 112])
[Soneto:]
Já a saudosa Aurora destoucava
os
seus cabelos d’ouro delicados,
e
as flores, nos campos esmaltados,
do
cristalino orvalho borrifava;
quando
o fermoso gado se espalhava
de
Sílvio e de Laurente pelos prados;
pastores
ambos, e ambos apartados,
de
quem o mesmo Amor não se apartava.
Com
verdadeiras lágrimas, Laurente,
—Não
sei (dizia) ó Ninfa delicada,
porque
não morre já quem vive ausente,
pois
a vida sem ti não presta nada?
Responde
Sílvio:—Amor não o consente,
que
ofende as esperanças da tornada.
[Soneto,
já dado no 10.º ano:]
Um mover d’olhos, brando e piadoso,
sem
ver de quê; um riso brando e honesto,
quase
forçado; um doce e humilde gesto,
de
qualquer alegria duvidoso;
um
despejo quieto e vergonhoso;
um
repouso gravíssimo e modesto;
ũa
pura bondade, manifesto
indício
da alma, limpo e gracioso;
um
encolhido ousar; ũa brandura;
um
medo sem ter culpa; um ar sereno;
um
longo e obediente sofrimento;
esta
foi a celeste fermosura
da
minha Circe,
e o mágico veneno
que
pôde transformar meu pensamento.
[Duas
oitavas de uma longuíssima écloga, a écloga VII, cujo v. 1 é «As doces
cantilenas que cantavam»:]
Estava
a triste Alcíone
esperando
com
longos olhos o marido ausente;
mas
os iradas ventos assoprando,
nas
águas o afogaram tristemente.
Em
sonhos se lhe está representando,
que
o coração pressago nunca mente;
só
do bem as suspeitas mentirão,
que
as do mal futuro certas são.
Ao
pranto os olhos seus a triste ensaia;
buscando
o mar com eles, ia e vinha,
quando
o corpo sem alma achou na praia.
Sem
alma o corpo achou, que n’ alma tinha!
Nereidas
do Egeio, consolai-a,
pois
este triste ofício vos convinha!
Consolai-a;
saí das vossas águas,
se
consolação há em grandes mágoas.
Vai até às pp. 386-387
do manual e, depois de leres os textos em cima, responde:
Os dois sonetos e a écloga (de que
se dão apenas duas oitavas) pertencem à lírica de Camões de {circunda a
alternativa correta} influência tradicional / inspiração clássica.
A métrica dos textos é exemplo da {circunda
a alternativa correta} medida velha
/ medida nova.
Dos seis temas enunciados nos pp.
386-387, quais os que enquadrariam cada um dos três textos: « Já a saudosa Aurora destoucava»: __________; «Um mover
d’olhos, brando e piadoso»: __________; «Estava a triste Alcíone esperando»: ___________.
Resumos meus do Dicionário
de Mitologia de Pierre Grimal:
Aurora — Eos é a personificação da Aurora.
Da sua união com Astreu nasceram os Ventos e os Astros. É representada como uma
deusa cujos dedos róseos abrem as portas do céu e ao carro do Sol. A sua lenda
preenche-se com os seus múltiplos amores. Conta-se que um dia se enamorou de
Ares, atraindo assim a cólera de Afrodite, que a castigou, transformando-a numa
eterna apaixonada.
Foram muitos os seus amantes: um
deles foi Oríon; outro, Céfalo. Contava-se que o raptara e o levara para a
Síria, onde lhe dera um filho chamado Faetonte. Por fim, teria raptado Titono.
Eos/Aurora suplicou a Zeus que tornasse Titono imortal mas esqueceu-se de pedir
para ele a eterna juventude, razão pela qual ele envelheceu atormentado por
diversas moléstias. Aurora/Eos fechou-o então no seu palácio, onde Titono levou
uma vida infeliz. Certas variantes da lenda acrescentam que Titono envelheceu
tanto que perdeu a forma humana, convertendo-se numa cigarra descarnada.
Alcíone — Alcíone desposara Ceíce. Formavam ambos um casal tão feliz,
que eles próprios se comparavam a Zeus e a Hera. Os deuses, irritados com tal
presunção, transformaram-nos em pássaros (a ele, em mergulhão; a ela, em
alcíone). Como Alcíone fazia o seu ninho na orla do mar e as vagas lho
destruíssem, Zeus compadeceu-se dela e ordenou que os ventos se acalmassem
durante os sete dias que precedem o solstício de inverno, período em que
Alcíone choca os ovos. São os chamados «dias do alcíone», que não conhecem
tempestade.
Ovídio conta uma história
sensivelmente diferente: Ceíce, casado com Alcíone, decidira ir consultar um
oráculo. Durante a viagem, foi surpreendido por uma tempestade, o navio
destruiu-se e ele próprio morreu afogado. O corpo foi trazido pelas ondas para a
costa, onde a sua mulher o encontrou. Com o desespero, ela transformou-se num
pássaro de pio lamentoso, e os deuses concederam uma metamorfose análoga ao
marido.
Circe — Circe é uma feiticeira que
aparece na Odisseia e nas lendas dos Argonautas. Habita na ilha de Ea.
Quando Ulisses sobe pela costa da Itália e aporta à ilha de Ea, manda metade da
tripulação fazer o reconhecimento. O grupo, comandado por Eurícolo, penetra na
floresta e depara-se com um palácio brilhante. Os gregos são bem recebidos pela
dona do palácio, que é Circe. Eurícolo — que vê Circe tocar os convivas com uma
varinha e transformá-los em diversos animais — apressa-se a fugir e volta para
junto de Ulisses, que decide ir procurar a feiticeira.
No caminho, Ulisses vê aparecer-lhe
o deus Hermes, que lhe fornece o segredo para escapar aos feitiços de Circe
(uma planta que deve misturar na bebida que Circe lhe oferecerá). Ulisses
dirigiu-se, então, ao palácio da feiticeira, que o recebe como fizera com os
companheiros, mas, desta vez, sem conseguir o mesmo efeito transformador. Circe
aceita reverter a metamorfose dos marinheiros e Ulisses passa junto dela um mês
(ou um ano?) de delícias. Teve da feiticeira um filho, Telégono, e, talvez,
também uma filha, Cassífone.
Há outras aventuras atribuídas a
Circe.
Resolve o ponto 4
da p. 223, comparando o soneto de Vasco Graça Moura,
«barbie em diagonal», com o soneto de Luís de
Camões «Um mover d’olhos, brando e piadoso». Cumpre as
indicações dadas no item do manual.
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As
duas oitavas extraídas da écloga VII de Camões
(e repara que métrica e esquema rimático são iguais aos de estâncias de Lusíadas),
por serem bastante narrativas, facilmente se transporão para um resumo, em
prosa. Tenta que esse resumo não ultrapasse as cinquenta palavras (os versos de
Camões têm exatamente o dobro):
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Atentando
no soneto «Já a saudosa Aurora destoucava», passa para discurso indireto os
dois tercetos:
Com
verdadeiras lágrimas, Laurente dizia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Sílvio
responde que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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[Se
o verbo «responder» estivesse no Pretérito Perfeito:]
Sílvio
respondeu que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Escreve exposição em que compares
«barbie em diagonal», de Vasco Graça Moura, com «Um mover de olhos, brando e
piadoso», de Camões (cfr. p. 223).
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Aula 114-115 (28 [1.ª], 31/mar [3.ª], 1/abr [4.ª]) Correção de questionário de compreensão de apreciação crítica ao filme Um filme em forma de assim.
Abre o manual na p. 226.
Refere-se aí um poema que transcrevo a seguir. Trata-se do primeiro poema de Mensagem, de Fernando Pessoa, «O dos castelos»:
O dos Castelos
A Europa jaz, posta nos
cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar sfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
Resolve a
pergunta, acrescentando à resposta os topónimos
(nomes de lugares) ou gentílicos
(designações de povos) em falta.
1. O
poema constrói-se através do desenvolvimento de uma personificação.
Explicita-a.
1. A ______ é descrita no poema como se de uma
figura feminina se tratasse. Assim, na descrição do continente europeu, corpo
cujos braços são a ______ e a _____, sobressai a cabeça «cujo rosto é _____».
Nessa cabeça, os cabelos são «românticos», sonhadores, toldam o rosto,
adensando o mistério que envolve a figura. Os olhos são «_____», marca da
herança clássica e civilizacional que este atributo conota, e o olhar que deles
se desprende é «esfíngico», indagador do desconhecido, e «fatal», pois a
procura desse desconhecido é motivada pelo destino.
Responde à pergunta 2; e lê a resposta que
dou à pergunta 3.
2. «A Europa jaz» (v. 1): mostra o valor
expressivo do verbo.
2.
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3. Mostra como nos vv. 10-12 se exprime a
predestinação de Portugal na Europa: alicerçado no passado, continuar, no
futuro, a procura do desconhecido.
3. Portugal é o rosto da
Europa que contempla o desconhecido. Ora, esse desconhecido é o Ocidente, o mar
a desvendar para tornar possível o paradoxo de construir o «futuro do passado».
É a Portugal que cabe, pois, a missão predestinada de construção do futuro.
Como se fez em 1, resolve a pergunta 4,
acrescentando os nomes de lugares.
4.
Explica o título — «O dos castelos» — na sua relação com o resto do
poema.
4.
«O dos castelos» é
_______, definido no poema como o rosto da _______, o olhar e guia da _______,
_______ cujo brasão ostenta os
castelos, referenciais do passado, mas cuja missão é a construção do futuro.
Lembremos que este é o primeiro poema da primeira parte de Mensagem, que remete para a fundação da
nacionalidade inscrita no brasão.
Passa à leitura do poema
de Ana Luísa Amaral «Europa (poema 2)», que tem com «O dos
Castelos» óbvia relação de intertextualidade.
O quadro seguinte, que retirei do manual Plural,
assinala algumas expressões com que o poema alude ao texto de Pessoa,
desdizendo-o, de certo modo:
Fernando
Pessoa |
Ana
Luísa Amaral |
A Europa [...] Fita [...] O Ocidente,
futuro do passado (vv. 10-11) |
Pouco fita a Europa, a não ser mortos (v.
1); nem fita nada (v. 21) |
posta nos cotovelos (v. 1); cotovelo
esquerdo é recuado [...] diz Itália (vv. 5-7); O direito é em ângulo», «diz
Inglaterra» (vv. 6-8) |
nem cotovelos tem (v. 21) |
românticos cabelos (v. 3) |
que ventos lhe assomaram os cabelos? (v.
12) |
A mão [...] em que se apoia o rosto (v.
9) |
nem mãos (v. 20) |
Fita, com olhar esfíngico e fatal (v. 10) |
Não tem olhos agora de fitar (v. 17); Sem
esfinge que deslumbre (v. 25) |
Responde ao item 2
de ‘Ler / Analisar’ (p. 226):
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Escreve uma miniapreciação
crítica, conjunta, destes anúncios:
Anúncio «Há químicos de
que ninguém gosta — Marca Própria Pingo Doce»:
— Adoro estes iogurtes,
porque odeio químicos.
[Vê-se no final:] 5.º
Congresso Mundial de Químicos.
Anúncio «É impressão tua —
Marca Própria Pingo Doce»:
— É impressão minha ou
estou a sentir alguma química?
— Química? É
impressão tua. São do Pingo Doce.
.
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À direita
da letra — que aliás é mesmo muito tosca —, identifica as figuras de estilo (os
recursos expressivos) presentes nos segmentos sublinhados.
Guerra
Nuclear
(António Variações;
interpretada por Marisa Liz)
Já esqueceram o cantar e o sorriso | _________________
Já não são homens de boa vontade
A loucura está a vencer o juízo
O ódio, a amizade
Estão-se a despir de toda a humanidade | _______________
Vou
protestar,
Denunciar, alertar | ________________
Querem fazer a guerra nuclear
Vou protestar
Denunciar, estou-me a alarmar
Que culpa tenho eu se eles se querem | __________________
Suicidar?
O
tratado de paz foi rasgado | __________________
Já começam a fazer ameaças
O poder já está descontrolado
Estão-se a embriagar
De bombas | ___________________
E os dedos já querem apertar
Vou
protestar
Denunciar, vou alertar
Querem fazer a guerra nuclear
Vou protestar
Denunciar, estou-me a alarmar
Que culpa tenho eu se eles se querem
Suicidar? | ___________________
Vou protestar | __________________
(cfr. vv. ss.)
Estou-me a alarmar
Vou implorar
Ao Deus da vida p’ra os neutralizar
Vou suplicar
Vou-me queixar
Estou-me a alarmar
Vou suplicar
Ao Deus da vida p’ra os neutralizar
Vou
implorar, |
___________________
Vou implorar.
Olimpíadas da Cultura
Clássica
(escrita) — Na manhã (ou madrugada?) de segunda-feira saber-se-á «desafio»
(que, aposto, não será demasiado restritivo — provavelmente, ideias que tenham
em torno das personagens em causa, com o cuidado de se mostrar também algum
conhecimento dos passos de Camões já indicados, serão aproveitáveis sem grandes
acomodações).
Desafio aparecerá no site
das Olimpíadas mas eu tentarei divulgá-lo também (Gaveta de Nuvens).
Texto tem de ser manuscrito (450 a 800 palavras). Terei de enviar os PDF dos
textos ainda nesse mesmo dia. Posso vir à escola para recolher manuscritos e
fazer os PDF ou posso receber os PDF por mail.
Aula CXVI (1/abr [1.ª] — e só nesta turma) Correções de trabalho (já antigo) sobre Pessoa e tempo e de comentário sobre polissemia de «químicos» num anúncio do Pingo Doce.
Itens de provas de exame com figuras
de estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a
sinestesia e a anáfora. | (B)
a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6.
Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A)
uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6.
No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de
Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo
em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do
romance de Eça de Queirós.»]) constitui um exemplo de
(A)
perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5.
Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e
infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos
objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as
grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A)
uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo
[2013, época especial]
1.7.
Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de
papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele
dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um
lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar
nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um
Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As
letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A)
hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
[2016,
1.ª fase, item do grupo I]
1.
Explique o
sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no início
do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam valentes,
para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que sejam justos,
para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes que sejam
leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não
seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz
com a hipocrisia do mundo? (Pausa)
Quem é
mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em
paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].
[2016, época especial,
item do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial,
item do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui devorant plebem meam,
ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção
crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Cenário de
resposta do item 1 do exame de
2016, 1.ª fase
As antíteses expressam a oposição entre os
valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade
político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo,
Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta
defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da
reflexão anterior, Matilde interroga-se
ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em conformidade com
a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique
uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
Cenário de
resposta do item 4 do exame de 2016, época especial
A metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente
frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos,
também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da metáfora,
o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por
outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Cenário de
resposta do item 5 do exame de 2016, época especial
Com
o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de
consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um
comportamento condenável.
Assumida esta condenação por parte do auditório,
Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao
anteriormente apontado.
«George», de Maria Judite de Carvalho; «Sempre é uma companhia», de
Manuel da Fonseca; «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho |
Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore |
Espaço |
|
Em «Sempre é uma companhia», a aldeia alentejana
— mais adivinhada do que descrita — e, sobretudo, a _____ são espaços que não
desempenham apenas a função de cenário porque a ação é por elas determinada.
A evolução no ambiente sentido na loja do Batola quer pelos donos quer pelos
aldeãos-clientes resulta da chegada da _____ (do mesmo modo que, no filme Cinema
Paraíso, o cinema acompanha a vida dos habitantes da vila
siciliana). Em «Famílias desavindas» é uma rua do Porto que
constitui a referência que se mantém ao longo de gerações, sendo o ____ o
elemento que determina os comportamentos das personagens. «George» é o único caso em que não há um mesmo
espaço que sirva de referência à evolução das personagens. Alude-se a espaços
que correspondem à juventude e à meia-idade da personagem (para Gi, a casa
dos pais; para George, _____), não havendo local atribuído a
Georgina/terceira idade. |
A vila, o largo central e, sobretudo, o _____
não são mero cenário. Os vários estados do edifício (o primeiro cinema, a
destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o protagonista
regressa) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção da passagem do
_____. O edifício vai causar a cegueira de Alfredo, tornando-se depois
ocupação semiprofissional do protagonista. A ação da parte amorosa acaba também por
aproveitar o cinema (o primeiro beijo do par protagonista vai acontecer aí).
A infância de Totó morreu com o enterro de Alfredo e a destruição do cinema,
mas Salvatore resgatará parte desse passado, os fotogramas dos ____. Salvatore viveu em Roma durante décadas, que são
elididas no filme, passa os
limites da Península Itálica — Sicília é uma ilha, embora quase colada ao
continente — e, em Giancaldo, redescobre os filmes que eram a sua companhia.
Depara-se ainda com o antigo _____ do cinema, mais velho, e vemos o louco da
praça, já diferente mas com as mesmas manias. |
Desenlace |
|
Nos contos «Sempre é uma companhia» e «Famílias
desavindas», a narrativa fica relativamente fechada (e, nos dois casos, com
desfechos otimistas, redentores, na medida em que as personagens antagonistas
se ____). Em «George», a narrativa fica em aberto — ou
menos fechada —, ainda que se depreenda que o futuro de George corresponderá
ao que é assumido através do retrato da personagem _____, parecendo este
final mais disfórico do que os dos outros contos. |
A linha de ação da paixão pelo cinema e a da
memória da infância ficaram fechadas, mas haverá alguma indefinição ainda no
que se refere à ____ Salvatore-Elena. A narrativa não fica em aberto mas
também não é uma típica narrativa fechada. Há disforia, mas fica a noção de
que se conservou uma memória de quem, ou do que, se amava. O final é uma
epifania, uma revelação: Salvatore vê a sequência dos fotogramas que tinham
sido censurados pelo _____. |
Usa as seguintes
modalidades:
epistémica
(valor de certeza) || epistémica (valor de
probabilidade) || deôntica (valor de
obrigação) || deôntica (valor de
permissão) || apreciativa.
Frase de Último a sair, passo de traição de
Débora |
Modalidade (valor de ...) |
Pões-me
creme? [Débora para Bruno] |
deôntica
(valor de obrigação) |
Podes
pôr-me creme, faz favor. [Débora para Bruno] |
|
Posso.
[Bruno para Débora] |
|
Então
não posso. [Bruno para Débora] |
|
As
tuas mãos são uma coisa, Bruno! [Débora
para Bruno] |
|
São
super-fortes! [Débora para Bruno] |
|
Eu
até me estou a sentir mal. [Bruno para Débora] |
|
O
Unas é que devia estar a fazer
isto... [Bruno] |
|
Não
te preocupes. [Débora para Bruno] |
|
O
quintal ainda não é aí. [Débora para Bruno] |
|
E
o vizinho não tem de saber de
nada. [Débora para Bruno] |
|
Se calhar, posso
espalhar por mais sítios? [Bruno para Débora] |
|
Claro.
[Débora para Bruno] |
|
É
isso. [Débora para Bruno] |
|
Está
ótimo! [Débora para Bruno] |
|
Tens
uma melga aqui. [Unas para Débora] |
|
Posso matá-la? [Unas para
Débora] |
|
Granda
melga! Bem! [Bruno para Unas] |
|
[...]
quando podes ter o original [Bruno
para Débora] |
|
Se calhar, até quero o original.
[Débora para Bruno] |
|
Tipo duas
melgas que voavam mais ou menos
assim. [Bruno] |
|
Unas, isso é aquela conversa que não interessa a ninguém.
[Débora] |
|
Aula 116 (2 [3.ª], 3/abr [4.ª]) Lê o texto que se segue, tirado de: Bill François, A Eloquência da Sardinha. Histórias extraordinárias do mundo submarino, tradução de Sandra Silva, Lisboa, Quetzal, 2021, pp. 57-59:
Passar a tarde de quarta-feira
fechado, privado de liberdade... Haveria
castigo mais cruel para uma criança do que esta multa saldada em horas de vida?
Fora punido por «sonhar» e por estar a fazer desenhos em vez de estudar os
ângulos dos triângulos; numa sala de aula sombria e fria juntei-me
a dois colegas que cumpriam pena por
estarem «à conversa». Para aquelas pessoas que queriam ensinar-nos
a vida, os piores crimes eram falar e
sonhar.
No entanto, comunicar é indispensável à aprendizagem.
Comunicar é, na realidade, fundamental para criar uma civilização e mantê-la
viva.
Os polvos estão classificados entre os animais mais
inteligentes que povoam o nosso planeta, detendo provavelmente o recorde de
inteligência dos invertebrados. Os seus cérebros são incrivelmente
qualificados, com capacidade de raciocínio e dedução: constituem uma verdadeira
anomalia da evolução na família dos moluscos, que agrupa seres aparentemente
simplórios, como o mexilhão e o burrié. Para além de uma mente astuta, os
polvos possuem um corpo espantoso: são totalmente flexíveis e capazes de
esgueirar-se por buracos minúsculos; mudam de forma e de cor quando bem lhes
apetece e possuem oito braços, onde se localiza boa parte do seu sistema
nervoso, ferramentas essas cuja destreza inteligente põe à prova os nossos
robôs de maior precisão. Estes atributos poderiam ter feito deles a espécie
dominante do nosso planeta, tanto mais que, vivendo dentro de água, disporiam
de 71% da superfície do globo para criar a sua civilização.
Mas não o conseguiram, pelo menos por enquanto. Uma
possível explicação para o seu fracasso pode estar relacionada com o modo de
transmitirem os seus conhecimentos. Um polvo adquire conhecimentos ao longo de
toda a vida: desenvolve estratégias complexas, como fazer-se
passar pelos seus predadores para conseguir
escapar-lhes, utilizar
uma concha vazia como armadura ou rastejar até terra firme
para ali se alimentar em apneia. Até há
pouco tempo, acreditava-se que estes cefalópodes eram incapazes de comunicar; hoje
sabemos que não é assim. Trocam truques de sobrevivência, exprimem-se através
dos braços e das mudanças de cor, e até existem cidades de polvos, regidas por interações
sociais complexas e construídas sobre as
pilhas de conchas que lhes servem de alimento. Mas, embora partilhem
conhecimentos, os polvos são incapazes de transmiti-los à geração seguinte.
Isso deve-se à
forma como se reproduzem. O início de vida de um polvo é extremamente triste e
dramático. Uma vez fecundados os ovos, os machos partem para outras ocupações e
as fêmeas permanecem na gruta onde fazem a postura, vigiando e oxigenando as
pequenas estalactites brancas onde se contorcem os embriões de polvos. Mas os
embriões demoram tanto tempo a eclodir e a fêmea protege-os
com tanto zelo que, privada de alimento
desde a postura, morre de exaustão pouco antes da eclosão dos ovos. Nunca
poderá falar com a sua progenitura, nem transmitir o seu conhecimento à nova
geração. Por essa razão, o jovem polvo tem de aprender tudo sozinho. A
impossibilidade de educar os seus filhos custou
aos polvos a conquista da terra firme, as cidades, as catedrais, os satélites 4G, o metro à hora de
ponta, os debates nas redes sociais, as declarações de impostos e todas as
outras alegrias da civilização. Talvez tenha sido melhor
para eles, mas é uma pena, pois teriam certamente dotado as suas catedrais
de extintores e os seus metros de internet.
Ao longo do excerto de A Eloquência da Sardinha surgem
alguns momentos de leve ironia. Sublinhei esses passos (ou, pelo menos, os que
localizei mais imediatamente).
Explica o que origina a tal leve ironia, humor, nestes
segmentos:
«aparentemente simplórios» — O humor advém de . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«pelo menos por enquanto» — Resulta
irónico o facto de. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«A impossibilidade de educar os seus filhos
custou aos polvos a conquista da terra firme,
as cidades, as catedrais, os satélites 4G,
o metro à hora de ponta, os debates nas redes sociais, as declarações de
impostos e todas as outras alegrias da civilização» — Na série de
«alegrias da civilização» (expressão que é já irónica) a que os polvos não
puderam aceder algumas são cómicas por as estranharmos atribuíveis a polvos
(ereção de catedrais, satélites 4G), outras são irónicas por . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (metro à hora de ponta,
discussões em redes sociais, impostos).
«é uma pena, pois teriam certamente dotado as suas catedrais
de extintores e os seus metros de internet» — A brincadeira resulta de o cronista
aproveitar para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . .
Vai até à p. 394 do manual.
Reportando-te ao polvo do «Sermão de Santo António [aos Peixes]», do Padre
António Vieira, localiza o episódio, circundando as boas alternativas (em
itálico):
A parte sobre o polvo está no
capítulo I / II / III / IV / V /VI, que contém as repreensões / os
elogios aos peixes, em geral / particular.
Mas já que estamos nas covas do mar, antes que saiamos
delas, temos lá o irmão Polvo, contra o qual têm suas queixas, e grandes, não menos
que São Basílio, e Santo Ambrósio. O Polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece
um Monge, com aqueles seus raios estendidos, parece uma Estrela, com aquele não
ter osso, nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão. E debaixo desta
aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, testemunham contestamente
os dois grandes Doutores da Igreja Latina, e Grega, que o dito Polvo é o maior traidor
do mar. Consiste esta traição do Polvo primeiramente em se vestir, ou pintar das
mesmas cores de todas aquelas cores, a que está pegado. As cores, que no Camaleão
são gala, no Polvo são malícia; as figuras, que em Proteu são fábula, no Polvo são
verdade, e artifício. Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se
branco; se está no lodo, faz-se pardo; e se está em alguma pedra, como mais ordinariamente
costuma estar, faz-se da cor da mesma pedra. E daqui que sucede? Sucede que outro
peixe inocente da traição vai passando desacautelado, e o salteador, que está de
emboscada dentro do seu próprio engano, lança-lhe os braços de repente, e fá-lo
prisioneiro. Fizera mais Judas? Não fizera mais; porque nem fez tanto. Judas abraçou
a Cristo, mas outros O prenderam: o Polvo é o que abraça, e mais o que prende. Judas
com os braços fez o sinal, e o Polvo dos próprios braços faz as cordas. Judas é
verdade que foi traidor, mas com lanternas diante: traçou a traição às escuras,
mas executou-a muito às claras. O Polvo escurecendo-se a si tira a vista aos outros,
e a primeira traição, e roubo, que faz, é à luz, para que não distinga as cores.
Vê, Peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade, pois Judas em tua comparação já
é menos traidor.
Oh que excesso tão afrontoso, e tão indigno de um elemento tão
puro, tão claro, e tão cristalino como o da Água, espelho natural não só da terra,
senão do mesmo Céu. Lá disse o Profeta por encarecimento que «nas nuvens do ar até
a água é escura»: Tenebrosa aqua in nubibus aeris. [Salmo 17, 12]. E disse
nomeadamente «nas nuvens do ar», para atribuir a escuridade ao outro elemento, e
não à água, a qual em seu próprio elemento sempre é clara, diáfana e transparente,
em que nada se pode ocultar, encobrir, nem dissimular. E que neste mesmo elemento
se crie, se conserve, e se exercite com tanto dano do bem público um monstro tão
dissimulado, tão fingido, tão astuto, tão enganoso, e tão conhecidamente traidor?
Vejo, Peixes, que pelo conhecimento, que tendes das terras, em que batem os vossos
mares, me estais respondendo, e convindo, que também nelas há falsidades, enganos,
fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores, e mais perniciosas traições. E sobre
o mesmo sujeito, que defendeis, também podereis aplicar aos semelhantes outra propriedade
muito própria; mas pois vós a calais, eu também a calo. Com grande confusão porém
vos confesso tudo, e muito mais do que dizeis, pois o não posso negar. Mas ponde
os olhos em António, vosso Pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura,
da sinceridade, e da verdade, onde nunca houve dolo , fingimento ou engano. E sabei
também que para haver tudo isto em cada um de nós, bastava antigamente ser Português,
não era necessário ser Santo.
Vê agora o esquema da p. 395. Se se tratasse de uma
fila equivalente mas em função do texto de Bill François, ficaria:
Polvo (Vieira) |
Camuflagem
(capacidade de mudar de cor) |
Hipocrisia,
dissimulação e traição. |
Polvo (François) |
|
|
O que
fizemos em tempos para os três peixes que são criticados na primeira metade do cap. V do «Sermão de Santo António» —
roncadores, «pegadores», voadores — fá-lo-emos de novo para o peixe (na
verdade, um molusco cefalópode) abordado em último lugar, o polvo. Assim, vai preenchendo as
tabelas:
Peixe |
Repreensão |
Linhas |
polvo |
«Se está nos limos,
__________; se está na areia, ___________; se está no lodo, _________; e[,]
se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, ____________» |
1.ª metade do 1.º parágrafo |
Volta
a surgir a analogia entre características
do animal e vícios dos homens,
ilustrados com peripécias bíblicas e
contraditados pelo bom exemplo de
António:
Característica dos homens
que está a ser criticada |
Outros maus exemplos |
Passos a consultar |
|
O bom exemplo de Santo
António |
|||
polvo |
|
Judas abraçou Cristo mas
foram outros que o _________ (o polvo abraça e, com os próprios braços, faz
as ___________). |
2.ª metade do 1.º parágrafo |
António foi o mais puro
exemplar de _______________; nele nunca houve _________________. |
três últimos períodos |
Sobre
as características que o Padre Vieira critica no polvo:
retrato do polvo |
que o faz assemelhar-se a.../ ou fingir |
capelo (na cabeça) |
__________ |
_____ (braços) |
Estrela |
falta de ossos ou de
espinha |
__________, mansidão |
Desta aparência modesta, desta
«hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior traidor do mar: |
|
por malícia, muda de cor
conforme o ambiente (como, mas apenas por ___, faz o camaleão) |
lança os braços e prende
os _________ e os desacautelados |
Indica os recursos
expressivos assinaláveis nos passos seguintes. Usa:
metáfora [duas vezes]| apóstrofe | comparação | antítese
| interrogação retórica | anáfora
a) «O Polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um Monge»
| ___________
b) «E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia
tão santa, [...]» | _________
c) «Consiste esta traição do Polvo primeiramente em se vestir
ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pegado» |
___________
d) «Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se
branco; se está no lodo, faz-se pardo; e, se está em alguma pedra, [...] faz-se
da cor da mesma pedra» | __________
e) «E daqui que sucede?» | ____________
f) «[...] e o salteador, que está de emboscada dentro do seu
próprio engano, lança-lhe os braços de repente» | ___________
g) «Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade [...]» |
_____________
[Do
cap. V do «Sermão de Santo António», do Padre António Vieira]
TPC
— Serão chamados à Classroom um dia destes (para tarefa, de índole não
obrigatória, a entregar até ao recomeço das aulas).
Aula 117-118 (3 [3.ª], 4/abr [1.ª, 4.ª]) Correção de apreciação crítica (a publicidade com químicos e Pingo Doce).
Para encontrarmos um
motivo que oponha a poesia de Ana Luísa
Amaral às de Miguel Torga e Alexandre O’Neill, talvez pudéssemos
centrarmo-nos no que mais influencia cada uma das três escritas. Ana Luísa Amaral aproveita mais a
poesia de outros escritores — os seus poemas têm muitas vezes marcas de
intertextualidade evidentes —, o que é associável ao facto de ser professora de
literatura e ter investigado poetisas como Emily Dickinson e Sylvia Plath (mas
também Pessoa é, por vezes, objeto de trabalho intertextual, como vimos em
«Europa (poema 2)» ou veremos ainda em «Fingimentos poéticos»). Os poemas de
Ana Luísa Amaral são de amor e acerca do quotidiano.
Alexandre O’Neill é muitas vezes irónico,
brinca com a linguagem e com os modos de ser.
Entretanto, também nos
falta conhecer alguns poemas de Nuno Júdice.
No caso de Miguel Torga, a escolher um inspirador
constante da sua poesia, talvez devêssemos apontar a terra, a natureza, um
certo Portugal.
De Torga já conhecemos
«Sísifo» (p. 199). Lê agora «Orfeu
Rebelde» (pp. 197-198).
Explica o título,
associando-o à «teoria» que o sujeito poético faz acerca da sua poesia.
.
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Depois de assistirmos a
partes do documentário Miguel Torga, o
meu Portugal, assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
afirmações abaixo:
I — Eduardo Lourenço
afirma que
A.
Miguel Torga analisou Portugal sem conhecer Frederico Varandas.
B.
Miguel Torga fez o retrato de Portugal.
C.
Miguel Torga retratou um Portugal integrado na Europa.
D.
Nos portugueses, Miguel Torga admirava a assiduidade e a pontualidade.
E.
Aquilino Ribeiro e Miguel Torga são os grandes retratistas de Portugal.
II — António Barreto
afirma que
F.
Miguel Torga mostrou a Natureza de uma região do país.
G.
O sofrimento é uma dominante na obra de Miguel Torga, mas não na sua poesia.
H.
A pobreza, a inveja, o desconhecimento de si mesmos, o lerem mal os enunciados
das tarefas são alguns dos defeitos dos portugueses revelados por Miguel Torga.
I.
Miguel Torga desejava que os portugueses fossem capazes de olhar a realidade e
não vivessem a pensar só nos testes de Matemática.
III — José Manuel Mendes
afirma que
J. Miguel Torga considera Portugal o reino das
sombras.
Alexandre O'Neill (ou
alguém referindo-se-lhe?) disse que os seus textos pretendiam «desimportantizar
a poesia».
Aproveitando a necessária
explicação (gramatical mesmo) do processo de formação deste neologismo, comenta
como se exprime assim tão bem uma das características da escrita de O'Neill.
A tinta.
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TPC — Lê livros. Vai comprando, ou tendo à mão, de José
Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis.
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