Thursday, August 27, 2020

Os Maias 18

 

Mariana D. (11.º 5.ª)

Mariana D. (Bom+) Ponto forte Transposição do enredo do capítulo assente em recriação narrativa engenhosa e concretizada com eficiência. Fluência e leveza (domínio técnico, escrita com ironia no registo que convém às personagens do XXI, leitura em voz alta expressiva e natural). Ficar disponível cenário do episódio (cento e muitos anos depois; embora eu pusesse menos Casa do Alentejo e mais subida até ao Chiado). Aspeto melhorável Na segunda parte do filme, houve menos revisão da escrita e segurança na leitura (valeria a pena ter repetido para evitar duas ou três hesitações e as construções um pouco improvisadas que corrijo em baixo). A corrigir: «o quão tudo está diferente» (preferível: «como tudo está diferente»); «*uma rua que antigamente era necessário andar aos empurrões» (uma rua em que antigamente era necessário andar aos empurrões); «*o sentimento que sinto é um tanto de nostálgico» (o meu sentimento é de nostalgia / estou um tanto nostálgico); «*olho por estes caminhos que agora só resta pequenas memórias» (olho estes caminhos de que só restam vagas memórias»;  pronúncia de «Orléans» (seria mais ou menos assim: [órlêã]).

 

Manel E., Manel S. & Marta L. (11.º 4.ª)

Marta L. & Manéis (Muito Bom) Ponto forte Moldura de primeiro nível narrativo (a conversa entre editor, Carlos e Ega) permite alusões a matéria também fora do capítulo (revelando aliás verdadeiro conhecimento da obra) e, encaixados (em espécie de prolepses, já que se trata do que vai sendo ideado à mesa de trabalho mas ainda não se concretizou efetivamente), trechos do enredo da obra. Reunião, com grande naturalidade, dos dois objetivos do trabalho (aproveitar enredo da obra; criar outra obra). Escrita sofisticada (no exato registo requerido pela situação criada) e, ao mesmo tempo, quase impecável representação. Paisagens de Lisboa correspondentes aos exatos locais. Aspeto melhorável É claro que em representação ao longo de dezoito minutos teria de haver ligeiras hesitações no ataque de alguma frase ou no exato matiz de expressividade (mas são raros esses momentos). A corrigir: pronúncia de Figaro (à francesa: «Figar[ô]»; embora admite que se usasse também o aportuguesamento «Fígaro»); quase no final: «*parêçamos» (pareçamos).

 

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