Aulas (1 a 5)
Aula 1 (15/set [1.ª, 2.ª, 3.ª]) Muito poucas palavras de apresentação; blogue (cfr. Apresentação).
Esta folha trata de aspetos
ligados às aulas de Português da tua turma ou à nossa escola em geral. Vai
lendo as frases e preenchendo as palavras cruzadas.
Como é costume em palavras cruzadas, só ponho
informação para o que ocupa pelo menos duas quadrículas. Nas linhas em que há
mais do que uma palavra, as informações aparecem separadas por barras (||).
1.
Antes de adotar o nome de um escritor nascido em 1900, e falecido às 14 horas
do dia 8 de Fevereiro de 1985, a nossa escola chamava-se Escola Secundária de
______. || Em francês, para perguntarmos a idade a alguém, dizemos: «Quel ___
as-tu?».
2.
Nos Lusíadas, o poeta _____ os feitos gloriosos dos portugueses (verbo «exaltar»,
na 3.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo). || Abreviatura de «Senhor»
(ao contrário).
3.
Em Português não haverá aqueles testes (marcados antecipadamente, feitos numa
aula inteira, etc.) que farás na maioria ___ outras disciplinas. «Então como é
que seremos avaliados?», perguntam. Serão avaliados por tudo o que forem
fazendo. || Um século antes de Jesus nascer, as moedas não tinham gravado «Séc.
I ___».
4.
Farei que as aulas terminem sempre à hora certa; mas, se der o ____ para a
saída (que aliás não há) e estivermos ainda a falar ou a terminar algum
trabalho, peço-lhes que não arrumem logo as coisas à pressa. || Abreviatura de
«Senhor», em inglês.
5.
A aula é uma ___ altura para mascar pastilha elástica. || Para Fernando Pessoa
(aliás, para o heterónimo Alberto Caeiro), «O Tejo é mais belo que o rio que
corre pela minha aldeia, / Mas o Tejo não é mais belo que o ___ que corre pela
minha aldeia». || A sala da ___ (sigla) da escola fica no bloco C; no mesmo
piso, ao fundo, tens a biblioteca (também é possível levar livros para casa,
por, salvo erro, períodos de cinco dias).
6. Aqui vai um exemplo de ____ ouvido na televisão: queixava-se Luís Filipe Vieira, quando ainda era presidente do Benfica, de que «os super-sumos já queriam arranjar novos jogadores» (a palavra correta é «suprassumo») — o atual treinador do Benfica tem um no nome. || Abreviatura de «televisão».
7.
A ele recorremos quando ignoramos o significado de uma palavra (em casa, tenta
ter um à mão).
8.
Interjeição que exprime medo ou dor, mas não é «ai».
9.
Há palavras variáveis e palavras invariáveis: «palavras», «variáveis» e «invariáveis»
são ______ variáveis (mas, por exemplo, «e» é uma palavra invariável). || A
partir de agora, devem trazer sempre o manual Letr__ em dia (cada um o
seu, não um por carteira!); e nada de chegar à sala e dizerem que ainda têm de
o ir buscar ao cacifo.
10.
Infinitivo do verbo «Asilar». || Nas aulas vão sobretudo fazer tarefas para
treino da leitura e da escrita, já que é ___ o principal objetivo da disciplina
de Português.
A.
Antónimo de «mal». || É importante que tragam sempre algumas folhas onde
escrevam o que eu lhes peça, e que essas folhas possam ficar no dossiê ou serem-___
entregues; queria também que trouxessem sempre caneta, lápis, borracha. ||
Interjeição que significa ‘para cima’.
B.
Nuno Markl, __-aluno da ESJGF, escreveu o argumento da série 1986, que
se passa, em boa parte, aqui na escola e cujo enredo se inspira na experiência de
Markl como aluno da então Secundária de Benfica. || Provavelmente, não te
deitas a horas ____.
C.
«O Epaminondas não tem jeito nenhum para o críquete: é um _____» (vegetal). || Aqui
fica uma homenagem à falecida Isabel II: li há tempos A leitora incomum,
de Alan Bennett, que cria uma ficção engraçada que trata do gosto de ler e da
rainha, com que ___ algumas vezes. || E outra homenagem a escritor falecido há dois anos, Javier Marías, talvez o mais importante autor espanhol da
atualidade: o seu primeiro livro que __ foi Vidas escritas, pequenas
biografias sobre escritores a partir de retratos de cada um.
D.
Na __UL (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) têm surgido ideias
interessantes acerca do que deve ser a universidade. || No sul de França,
antigamente, falava-‑se a «língua d’__». || Muitas palavras que herdámos da
presença dos árabes na península começam por esta sílaba.
E.
Pronome pessoal inglês. || O tipo de aulas que faremos permite que, ao mesmo tempo
que se treina a leitura e a escrita, eu ___ verificando o vosso aproveitamento.
F. Tudo o que fores fazendo em aula ficará guardado no teu dossiê (ou no teu ____), que escusas de trazer sempre. || Abreviatura de estação de rádio, instalada relativamente perto da área da nossa escola (são também as iniciais do heterónimo de Pessoa que Saramago fez herói de O ano da morte de Ricardo Reis).
G.
Episódio trágico (na sequência de naufrágio) narrado nos Lusíadas é o de
Manuel de Sousa Sepúlveda, cuja mulher, Leonor de Sá, preferiu enterrar-se no
solo a ser vista ___.
H.
A nossa _______ tem o nome de um poeta que foi também excelente prosador (as
suas crónicas, memórias, diários são bem agradáveis, embora seja mais referido
como autor das Aventuras de João Sem Medo).
|| Não faremos sumários, nem abriremos lições; porém, ___ quiseres consultar sumários,
aulas, apresentações usadas, etc., vê o blogue
Gaveta de Nuvens (o título é o de um livro de José Gomes Ferreira).
J.
Há muitas _______. Se já tens alguma em casa, aproveita-a, que virá a ser útil.
Se não tens, as sínteses no final do manual, bem como algumas reproduções de páginas
de gramática que estão em Gaveta de Nuvens, serão decerto suficientes.
L.
Quando ______ na aula de Língua Portuguesa, devo usar folhas com margens, porque
o excelso professor que as vai ler pode querer aí corrigir alguma coisa. || ___
já completaste as palavras cruzadas, repara no desenho de Bernardo Marques, em
que José Gomes Ferreira está no canto superior direito, a fumar.
TPC — Em Gaveta de Nuvens lê «Preceitos para o trabalho ao longo do ano».
Aula 2 (15
[1.ª], 19/fev [2.ª, 3.ª]) Assistência a trecho de episódio de Bruno Aleixo com
Busto a discorrer sobre modos literários (formas naturais da literatura).
Explicação acerca de modos, géneros, subgéneros.
Provavelmente, já conheces
a repartição dos textos literários em (A) lírico; (B) dramático; (C) narrativo.
Esta arrumação não fica muito longe da de Busto (Bruno Aleixo) — poesia; teatro; prosa —, que parece demasiado
centrada no contraste entre versos e prosa.
Em termos de Modos
literários, porém, devemos considerar: (A) lírico; (B) dramático;
(C) narrativo.
Classifica os seguintes excertos quanto ao
modo literário. (Relanceia a página em que estão, apenas para teres ideia dos
textos em que se inserem os fragmentos.) Não ligues, para já, à coluna mais à direita.
Trecho |
Autor |
Modo |
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Fui eu, fremosa, fazer oraçom, / nom por mia
alma, mais que viss’eu i / o meu amigo, e, poilo nom vi, / vedes, amigas, se
Deus mi perdom, / [...] / [...] [p. 376] |
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O Page do Meestre, que estava aa porta, como lhe
disserom que fosse pela vila segundo já era percebido, começou d’ir rijamente
a galope em cima do cavalo em que estava, dizendo altas vozes, braadando pela
rua: / — Matom o Meestre! Matom o Meestre nos Paaços da Rainha! Acorree ao
Meestre que matam! [p. 380] |
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Inês — Dai-me vós cá essa chave, / e i buscar vossa vida. Moço — Oh, que triste despedida! Inês — Oh, que nova tão
suave! / Desatado é o nó! [p. 384] |
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Este amor que vos tenho, limpo e puro / De
pensamento vil nunca tocado. / Em minha tenra idade começado / Tê-lo dentro
nesta alma só procuro. [p. 211] |
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De longe a ilha viram, fresca e bela, / Que
Vénus pelas ondas lha levava / (Bem como o vento leva branca vela) / Pera
onde a forte armada se enxergava; [p. 392] |
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Há quase duas décadas, um dos
meus tios começou a enviar-me postais das suas viagens. Lembro-me
especialmente de dois postais da Índia e de alguns relatos da América latina.
Para a minha imaginação infantil a ideia do meu tio, ou alguém que eu
conhecia intimamente , estar a caminho de Goa ou da Patagónia era o
equivalente à véspera de natal, era excitante, mal podia acreditar. [p. 364] |
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Géneros
dentro de cada modo literário
[modo narrativo:]
epopeia, romance, novela,
conto, …
[modo dramático:]
tragédia, comédia, farsa,
...
[modo lírico:]
soneto, ode, canção, écloga,
…
Os três textos que criarás
podem ser fragmentos de um texto maior (como se só estivesse na página um
recorte do texto completo). O tema será o mesmo nos três fragmentos. [No
slide, explicarei o resto.]
Tema comum: _________.
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TPC — Em Gaveta de Nuvens, lê umas páginas que copiei de uma gramática sobre ‘Modos literários’ (o link ficará realçado a cor berrante).
Aula 3-4 (16 [1.ª], 16 [2.ª], 18/set [3.ª]) Os parágrafos que se seguem tratam do autor de que este ano mais falaremos, Fernando Pessoa. Deves assinalar a sua veracidade (V) ou falsidade (F). Estão escondidas subtis impossibilidades, anacronias, mas também é preciso ter em conta que Fernando Pessoa tinha efetivamente muitas idiossincrasias.
Fernando Pessoa chamava-se
António porque nasceu no dia de Santo António (em Lisboa, no Largo de São
Carlos, a 13 de junho de 1888).
Estudou em Durban (na
atual África do Sul, na região de Natal, então uma colónia inglesa), onde o
padrasto era cônsul. Aprendeu a dominar tão bem o inglês, que venceu prémios
literários e se distinguiu como o melhor aluno da região (o que aliás, em princípio,
lhe deveria ter dado acesso a Oxford — era o prémio oficial —, mas não
aconteceu).
Fernando Pessoa e o
Mahatma Gandhi viveram ambos na África do Sul pela mesma época (no início do
século XX).
Fazendo-se passar por
psiquiatra, com o nome de Faustino Antunes, por razões clínicas interessado em
informar-se sobre a saúde mental de um seu paciente — precisamente, o próprio
Pessoa —, já em Lisboa, em 1907, Fernando Pessoa escreveu a antigos professores
e condiscípulos da Durban High School, a pedir-lhes um retrato psicológico
daquele seu suposto doente. Houve respostas, cuidadosas e detalhadas.
Com vinte um anos, em
agosto de 1909, Pessoa viajou até Portalegre, para ir comprar maquinaria de
tipografia. É provável que nos vinte e seis anos que se seguiram, até à sua
morte, pouco mais tenha saído para lá dos arredores de Lisboa. Quanto à
tipografia que foi comprar (para a Empresa Íbis, Tipográfica e Editora), quase
nada nela se imprimiu.
Na Olisipo, editora que
criou, Pessoa publicou livros considerados escandalosos, como as Canções, de António Botto, poeta,
homossexual (e assumido frequentador dos urinóis de Lisboa), ou Sodoma divinizada, de Raul Leal, que
tinha «uma pulsão irresistível para o bizarro e o excessivo». Pessoa defendeu
sempre a liberdade de expressão, sem receio de afrontar as indignações e os
movimentos de censura.
O poema em inglês Antinous (1918), raro caso de livro de
Pessoa publicado em vida, hoje dir-se-ia ser de apologia da pedofilia e o
próprio poeta o considerava obsceno.
Os heterónimos são autores
fictícios, com biografias inventadas por Pessoa, cujos nomes subscrevem textos
concebidos pelo poeta nos estilos de cada um. Os mais importantes, os
verdadeiros heterónimos, serão Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis.
Costuma ser referido como semi-heterónimo Bernardo Soares. No entanto, se
quisermos considerar os vários autores fictícios criados por Pessoa,
contabilizaremos cento e trinta e seis.
Um dos heterónimos de
Pessoa — e que é autor de contos policiais em inglês — chama-se Cocó.
Nos primeiros trinta e
dois anos de vida, Pessoa mudou de residência mais de vinte vezes, tendo
chegado a morar na área do Agrupamento de escolas de Benfica.
«Amorzinho», «Terrível
Bebé», «Vespa vespíssima», «Bebé fera», «Bebezinho mau», «Ophelinha pequena»,
«Bombom», «Boquinha doce», «Minha bonequinha»,
«Meu Íbis chamado Ophélia», «Íbis do Íbis da Íbis do Íbis», «Bebé rabino»,
«Bebé do Nininho», «Anjinho bebé», «Anjinha bué lindinha» e «Nenuquinho
fofinho» são nomes carinhosos por que Fernando (Pessoa), nas suas cartas de
amor, trata Ofélia (Queirós), com quem namoriscou em 1920 e no final de 1929.
Há poemas de Pessoa
escritos em sessões de espiritismo e a meias com espíritos. A letra de Pessoa
surge-nos então com um desenho diferente.
O aforismo «Penso logo
existo» é da autoria de Pessoa.
O texto «Ultimatum», do
heterónimo Álvaro de Campos, publicado em 1917 no número único da Portugal Futurista, inclui, a letras
garrafais, a exclamação «Cocó!».
Pessoa teve intervenção
decisiva num episódio espetacular que envolveu o mágico internacional, e
espião, Aleister Crowley, que se teria suicidado (ou teria sido assassinado) na
Boca do Inferno.
O poema de Álvaro de
Campos cujo primeiro verso é «Ao volante do Chevrolet pela estrada de Cintra»,
de 1928, teve que ver com a promoção de um modelo daquela marca de automóveis
que acabava de ser comercializado em Portugal.
Fernando Pessoa deu-se
sempre bem com padrasto, com o irmão do padrasto e com o cunhado com que teve
de coabitar.
Ia aos escritórios em que
trabalhava também ao domingo.
Foi dispensado da
colaboração em O Jornal porque a
Associação dos Motoristas de Lisboa protestou, ofendida com uma referência que
Pessoa fizera numa das suas crónicas aos chauffeurs
(que, segundo ele, guiariam mal).
Já no último ano de vida,
em 1935, Pessoa não compareceu na sessão de entrega de prémios de concurso
literário do SPN (Secretariado de Propaganda Nacional), que vencera na
categoria ‘poema’, com o livro Mensagem,
no valor de cinco mil escudos (correspondente a mais do que um salário anual de
um professor).
Como causa da morte de
Fernando Pessoa, a 30 de novembro de 1935, tem-se indicado uma crise hepática
(teria o fígado demasiado deteriorado pelo muito que bebia). A última frase que
escreveu, já no Hospital de São Luís dos Franceses, para onde fora levado dois
dias antes, foi «I know not what tomorrow will bring».
Veremos o episódio de As minhas coisas favoritas (de Nuno Markl) de que trata «Letras Prévias», na p. 14 do manual, «Aqueles momentos imediatamente a seguir a acabar um livro incrível».
Não vale a pena, porém,
seguir muito o que se indica aí, a não ser talvez para decidir a resposta do
ponto 1.3:
1.3. Seleciona opção que
completa adequadamente a frase.
No final da rubrica
radiofónica, os locutores trocam impressões sobre
(A) autores preferidos.
(B) questões práticas de
leitura.
(C) aspetos gráficos dos
livros.
(D) experiências de
leitura da mesma obra.
Eis os títulos de outras crónicas de Nuno Markl sobre as minhas coisas favoritas (encontráveis aqui).
Arrancar um autocolante de
uma vez.
Escrever com um lápis bem
afiado.
A maneira como os cães nos
recebem.
Meter os pés na areia
molhada.
Cafuné.
Pizza.
Dar de comer a patos.
Quando o gelado sai com a
consistência perfeita.
Entrar numa casa de banho
pública vazia.
Quando chega uma
encomenda.
Partir um ovo de maneira
perfeita.
Conseguir tirar uma coisa
presa no dente.
Comer coisas extremamente
tostadas.
Acordar e perceber que é
sábado.
Frascos que a abrir fazem
«ploc».
A chuva.
Ver filmes de terror.
Tirar um soutien ao fim do
dia.
Uma alegria do
estacionamento.
Entrar numa cama lavada.
Chegar a casa.
Karaoke.
Dar a coisa certa aos
entes queridos.
Mexer em barrigas de cães
oferecidos.
Tomar duche depois de um
treino.
Buffet de pequeno-almoço
de hotel.
Segundos de amor numa
escada rolante.
Acompanhar sopa com
batatas fritas.
Encontrar objetos de
infância na casa dos pais.
Comer chantilly da lata.
Sestas.
Cantar no carro.
Ter conversas profundas
com os filhos.
O momento mágico em que
uma cãibra desaparece.
Esvaziar o recycle bin no
computador.
A semana entre o Natal e o
Ano Novo.
Ir a hortos.
Pôr um bebé a arrotar.
Encontrar dinheiro em
bolsos de casacos.
Encontrar lugar à porta.
Séries, podcasts e
documentários de crimes reais.
Ter o carro lavado.
Rebentar bolhas de
plástico de embalagens.
Coçar as costas.
Gomas.
Dar banho ao cão.
Sem repetires nenhum dos
itens em cima, escreve uma lista tua de «coisas favoritas», procurando
seguir o estilo adotado por Markl:
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Escreve, com um
desenvolvimento semelhante ao das crónicas que vimos, um texto sobre uma — só
uma — das tuas coisas favoritas.
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TPC
— Não te esqueças que pedi que lessem «Preceitos para o trabalho ao longo do ano».
Aula 5 (18 [1.ª], 19/set [2.ª, 3.ª]) Correção de textos sobre «As minhas coisas favoritas» (cfr. Apresentação).
Um dos poucos assuntos de
gramática específicos do 12.º ano são os chamados «processos irregulares de formação
de palavras». As suas definições estão na p. 343 do manual. Por
vezes, esta mesma matéria vem sob a designação «processos não-morfológicos de formação de palavras» (lembrar-te-ás
que estudaste já os «processos morfológicos (ou regulares) de formação
de palavras», pelo que perceberás que se trata de contrastar os dois
processos).
Terás de lançar na coluna
à esquerda o nome dos processos e lançar na coluna à direita as palavras que te
dou a seguir, quase todas retiradas do sketch
«Curso de preparação para o casamento», da série Lopes da Silva (as que já
estão na tabela são exemplos mais comuns):
mousse | São (< Conceição) | gravar
[a eucaristia] (‘fixar sons ou imagens em disco ou fita magnética’ [<
‘esculpir com buril ou cinzel; estampar; imprimir’]) | abreijos (abraços + beijos) NCMDL
(< Núcleo de Conselheiros Matrimoniais da Diocese de Lisboa) | CAAAB (pronunciado [kαab]; < Cool
Até Abrir A Boca) | sofá | pumba! | chocolate
Processos |
Exemplos |
Extensão semântica |
navegar (na net), chumbo (‘reprovação’) |
|
scanear, pizza |
|
portunhol, motel |
|
CEE, ESJGF |
|
CRE, ovni |
Onomatopeia |
coaxar, tiquetaque |
|
zoo, nega (‘nota negativa’), otorrino |
Resolve
o item 3 de «Praticar», na p. 343 (dentro dos parênteses retos, o número de
palavras que deves inscrever; algumas delas, porém, entram em mais do que uma
categoria):
Extensão
semântica |
[3] |
Empréstimo |
[6] |
Amálgama |
[2] |
Sigla |
[2] |
Acrónimo |
[3] |
Truncação |
[4] |
Onomatopeia |
[2] |
Os exercícios seguintes —
ainda sobre processos irregulares de formação de palavras — são
tirados de Nova Gramática didática do
português:
1.
Os exemplos listados abaixo ilustram um processo irregular de formação de
palavras. Identifique-o. __________
leitor (‘aquele que lê’) > leitor
(‘professor universitário’)
salvar (‘livrar de perigo’) > salvar
(‘guardar’)
2. Distribua as palavras que
se seguem pelo quadro abaixo.
soirée | restaurante | menu | jeep | bife | lambreta | diesel
| airoso | flamenco | maestro | recuerdo | futebol | confetti | piloto |
dobermann | stock | alzheimer | tapa | tablier | muesli
Empréstimos |
|
Galicismos |
|
Anglicismos |
|
Italianismos |
|
Espanholismos |
|
Germanismos |
|
3.
Descubra, na sopa de letras, seis palavras formadas por amálgama.
Encontrá-las-á na horizontal e na vertical.
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
4.
A lista de palavras apresentada é composta por acrónimos e siglas.
Classifique-as e especifique o seu significado. [Não especifiques por escrito;
pensa só.]
a) PALOP — _______ || b)
CD — _______ || c) PSP — ______ || d) BD —______ || e) OTAN — _______ || f) OMS
— _______ || g) ONU — _____ || h) TAP — _______ || i) UE — _______ || j) PME —
______
5.
Recorra ao processo de truncação para formar palavras.
a) motociclo > _____ | b)
fotografia > _____ | c) exposição > _____ d) zoológico > _____ | e)
quilograma > _____ | f) metropolitano > _____ g) hipermercado > ______
| h) discoteca > ______
6.
Proponha uma onomatopeia para cada caso apresentado.
a) avalancha — _______ | b)
mergulho — _______ | c) vidro partido — _______ | d) chuva — ______ | e) batida
na porta — ______ | f) vento — ______
TPC — Dá um relance à ficha
do Caderno de Atividades sobre ‘Processos irregulares de formação de
palavras’ (pp. 61-62), que reproduzo, já resolvida, em Gaveta de Nuvens.
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