Sunday, August 24, 2025

Aula 44

 

Aula 44 (13 [1.ª], 14/nov [2.ª, 3.ª]) Correção de questionário de gramática.

Versão com Quenda a chutar mal

Kamela (< Kamala + camela)

amálgama

dossiê (< fr. dossier)

empréstimo

Santi (< Santiago)

truncação

IVA (pronunciado iva)

acrónimo

vírus [informática] < vírus

extensão semântica

zumbir (< do som do inseto a esvoaçar)

onomatopeia

Ota (< Otamendi)

truncação

domótica (< domos [‘casa’] + informática)

amálgama

SLB (pronunciado esseelebê)

sigla

 

Quenda chutou mal.

perfetivo

O King é o herói da aldeia.

genérico

O King costuma seguir a dona por toda a parte.

habitual

Olímpia andava a passear pelos campos.

imperfetivo

Olímpia tem revelado, cada fim de semana, múltiplos sinais de Alzheimer.

iterativo

Fernando Pessoa bebia aguardente.

imperfetivo

 

O Benfica já não deve apurar-se para a próxima fase da Champions.

epistémica

Segundo [..], o rapaz [...] não pode sair da instituição.

deôntica

Ufa! Tanta gramática!

apreciativa

Fernando Pessoa nasceu em 1888.

epistémica

Tens de estudar mais os valores modais.

deôntica

 

Fábio Loureiro fugiu para Marrocos.

complemento oblíquo

Os jornalistas elegeram Dembélé bola de ouro.

predicativo do complemento direto

Desenlacemos as mãos.

predicado

Delegados e subdelegados nomearam representante suplente dos alunos o Francisco.

predicativo do complemento direto

A alteração do futebol do Benfica é mérito de Lukebakio.

complemento do nome

Em Chaves, um cão matou uma criança.

modificador do grupo verbal

A Cova da Moura, que visitei há anos para fazer inquéritos dialetológicos, é pacata.

complemento direto

Li que a rapidez do automóvel trouxe novos estímulos.

complemento direto

Estão aí as intercalares.

sujeito

Mourinho, que os fãs admiram, usa a Uber Eats.

modificador apositivo do nome

A falecida avó do menino, que era de Faiões, também era muito boa pessoa.

sujeito

Fernando Valente, o principal suspeito, pode ser acusado até final do mês.

modificador apositivo do nome

Quatro dos golos foram marcados por Gyökeres.

agente da passiva

Estou certo de que a próxima edição será um sucesso.

complemento do adjetivo

Os alunos ultrapassaram-me na chegada ao bloco.

complemento direto

A Amorim os sportinguistas desejam muitas felicidades.

complemento indireto

A tia faleceu, porque tinha um duende no peito.

modificador do grupo verbal

O afilhado de Marco Paulo ficou podre de rico.

predicativo do sujeito

Na Europa consideram-nos muito simpáticos.

complemento direto

Não tremas, Terra, porque não queremos mais um terremoto.

vocativo

Versão com advogado de Sócrates a renunciar

chave [‘solução’] < chave, ‘instrumento que abre portas, cofres, etc.’

extensão semântica

TAP (pronunciado tape)

acrónimo

ronrom (< do ruído da traqueia do gato)

onomatopeia

Mana (< Manaen)

truncação

nega (< negativa)

truncação

Chalanix (< Chalana + Asterix)

amálgama

ateliê (< fr. atelier)

empréstimo

TPC (pronunciado tepecê)

sigla

espanglês (< espanhol + inglês)

amálgama

 

Pessoa fazia traduções em firmas de amigos.

imperfetivo

Em Faiões, a criança foi atacada pelo cão.

perfetivo

A Judiciária está a investigar a morte da criança.

imperfetivo

A família costumava visitar os avôs sempre que possível.

habitual

Esta raça de cães tem ocasionado todas as semanas notícias tristíssimas.

iterativo

A cadela é do avô do menino.

genérico

 

É uma tristeza estudarem tão pouco!

apreciativa

A renúncia do advogado de Sócrates deve ser uma estratégia da defesa.

epistémica

A juíza não pode pactuar com estas manobras dilatórias.

deôntica

Traz-me o facalhão, Heliodoro.

deôntica

No dia 20 a escola faz quarenta e quatro anos.

epistémica

 

Abriguem-se, alunos, porque vem aí um exercício de prevenção.

vocativo

Designaram Joana Domingues representante dos alunos no Conselho Geral.

predicativo do complemento direto

A tradução de poemas é sempre um grande desafio.

complemento do nome

Georgina só agora regressou do hospital.

complemento oblíquo

Os dragartos acharam Bruno Lage uma ótima escolha.

predicativo do complemento direto

Dentro de poucos dias começam umas pequenas férias.

sujeito

As cheias em Barcelona preocupam-nos.

complemento direto

Há cada vez mais mulheres interessadas em praticar longboard dancing.

complemento do adjetivo

O homem que matou a sua companheira não sabe o que lhe passou pela cabeça.

modificador restritivo do nome

Olha que são só dois douradinhos.

complemento direto

Matilde Mourinho, que é joalheira, casou-se em Azeitão.

sujeito

Mourinho, que os fãs adoram, encomenda muita coisa pela Uber Eats.

complemento direto

Filomena Silva, a tia da grávida da Murtosa, passou dias e dias sem dormir.

modificador apositivo do nome

Porque há eleições para a AE, a escola está barulhenta.

modificador do grupo verbal

O orçamento de estado foi aprovado pela maioria dos deputados.

agente da passiva

Na prisão de Vale de Judeus, os telemóveis são mais que muitos.

modificador do grupo verbal

Ao Sporting só pagam a cláusula.

complemento indireto

A grávida da Murtosa continua desaparecida.

predicativo do sujeito

Abraço-te por mais este bom resultado.

complemento direto

Vem sentar-te comigo.

predicado

 

A parte B do Grupo I da prova de exame de Português mais recente (2024, 2.ª fase) aproveitava uma ode de Ricardo Reis. (A parte A do mesmo Grupo I usava um texto de A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós; a parte C — ou item 7 — pedia uma «breve exposição» em que se compararia uma pintura de René Magritte e o texto da parte A.)

PARTE B

Leia o poema e as notas.

 

As rosas amo dos jardins de Adónis1,

Essas volucres2 amo, Lídia, rosas,

               Que em o dia em que nascem,

               Em esse dia morrem.

5             A luz para elas é eterna, porque

Nascem nascido já o sol, e acabam

               Antes que Apolo3 deixe

               O seu curso visível.

Assim façamos nossa vida um dia,

10           Inscientes4, Lídia, voluntariamente

               Que há noite antes e após

               O pouco que duramos.

Ricardo Reis, Poesia, edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp. 13-14.

NOTAS

1 Adónis – jovem da mitologia grega, símbolo de beleza masculina.

2 volucres – efémeras.

3 Apolo – deus grego do sol.

4 Inscientes – ignorantes.

* 4. Explicite a importância da referência aos elementos da natureza para o desenvolvimento do pensamento do sujeito poético.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[Solução possível:

As rosas representam a efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v. 3), morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6) e perecem antes que ele se ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a aproveitarem moderadamente a vida, conscientes da sua finitude, semelhante à de «um dia» (v. 9) das rosas.

O curso diurno do sol representa a duração da vida: para a rosa, um dia; para o ser humano, uma passagem efémera («O pouco que duramos» v. 12).]

* 5. Explique os quatro últimos versos do poema, tendo em conta o ideal de vida defendido pelo sujeito poético.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[Solução possível:

Face à constatação da efemeridade da vida, o sujeito poético aconselha Lídia a que viva o momento presente («Assim façamos nossa vida um dia» v. 9), de acordo com o princípio epicurista do carpe diem, único caminho para a felicidade e para a ausência de dor, assumindo uma atitude de indiferença face à passagem do tempo, num esforço de autodisciplina. Exorta-a a assumir uma atitude deliberada de aceitação da efemeridade da vida e da inevitabilidade da morte («há noite antes e após / O pouco que duramos» vv. 11-12).]

6. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de respostas, registe apenas as letras – a) e b) – e, para cada uma delas, o número que corresponde à opção selecionada.

No poema apresentado, constata-se o classicismo da poesia de Ricardo Reis, nomeadamente através do recurso à _______ [a)], nos versos 7 e 8. O carácter moralista da poesia deste heterónimo pessoano é indiciado pelo uso de verbos conjugados na primeira pessoa do modo conjuntivo, como ocorre _______ [b)]

a)

b)

1. perífrase

2. hipérbole

3. metonímia

1. no verso 12

2. no verso 1

3. no verso 9

 

 

#