Aula 44
Aula
44 (13 [1.ª], 14/nov [2.ª, 3.ª])
Correção de questionário de gramática.
Versão
com Quenda a chutar mal
|
Kamela
(< Kamala + camela) |
amálgama |
|
dossiê
(< fr. dossier) |
empréstimo |
|
Santi
(< Santiago) |
truncação |
|
IVA
(pronunciado iva) |
acrónimo |
|
vírus
[informática] < vírus |
extensão
semântica |
|
zumbir
(< do som do inseto a esvoaçar) |
onomatopeia |
|
Ota
(< Otamendi) |
truncação |
|
domótica
(< domos [‘casa’] + informática) |
amálgama |
|
SLB
(pronunciado esseelebê) |
sigla |
|
Quenda
chutou mal. |
perfetivo |
|
O
King é o herói da aldeia. |
genérico |
|
O
King costuma seguir a dona por toda a parte. |
habitual |
|
Olímpia
andava a passear pelos campos. |
imperfetivo |
|
Olímpia
tem revelado, cada fim de semana, múltiplos sinais de Alzheimer. |
iterativo |
|
Fernando
Pessoa bebia aguardente. |
imperfetivo |
|
O
Benfica já não deve apurar-se para a próxima fase da Champions. |
epistémica |
|
Segundo
[..], o rapaz [...] não pode sair da instituição. |
deôntica |
|
Ufa!
Tanta gramática! |
apreciativa |
|
Fernando
Pessoa nasceu em 1888. |
epistémica |
|
Tens
de estudar mais os valores modais. |
deôntica |
|
Fábio
Loureiro fugiu para Marrocos. |
complemento
oblíquo |
|
Os
jornalistas elegeram Dembélé bola de ouro. |
predicativo
do complemento direto |
|
Desenlacemos
as mãos. |
predicado |
|
Delegados
e subdelegados nomearam representante suplente dos alunos o Francisco. |
predicativo
do complemento direto |
|
A
alteração do futebol do Benfica é mérito de Lukebakio. |
complemento
do nome |
|
Em
Chaves, um cão matou uma criança. |
modificador
do grupo verbal |
|
A
Cova da Moura, que visitei há anos para fazer inquéritos
dialetológicos, é pacata. |
complemento
direto |
|
Li
que a rapidez do automóvel trouxe novos estímulos. |
complemento
direto |
|
Estão
aí as intercalares. |
sujeito |
|
Mourinho,
que os fãs admiram, usa a Uber Eats. |
modificador
apositivo do nome |
|
A
falecida avó do menino, que era de Faiões, também era muito boa
pessoa. |
sujeito |
|
Fernando
Valente, o principal suspeito, pode ser acusado até final do mês. |
modificador
apositivo do nome |
|
Quatro
dos golos foram marcados por Gyökeres. |
agente
da passiva |
|
Estou
certo de que a próxima edição será um sucesso. |
complemento
do adjetivo |
|
Os
alunos ultrapassaram-me na chegada ao bloco. |
complemento
direto |
|
A
Amorim os sportinguistas desejam muitas felicidades. |
complemento
indireto |
|
A
tia faleceu, porque tinha um duende no peito. |
modificador
do grupo verbal |
|
O
afilhado de Marco Paulo ficou podre de rico. |
predicativo
do sujeito |
|
Na
Europa consideram-nos muito simpáticos. |
complemento
direto |
|
Não
tremas, Terra, porque não queremos mais um terremoto. |
vocativo |
Versão
com advogado de Sócrates a renunciar
|
chave
[‘solução’] < chave, ‘instrumento que abre portas, cofres, etc.’ |
extensão
semântica |
|
TAP
(pronunciado tape) |
acrónimo |
|
ronrom
(< do ruído da traqueia do gato) |
onomatopeia |
|
Mana
(< Manaen) |
truncação |
|
nega
(< negativa) |
truncação |
|
Chalanix
(< Chalana + Asterix) |
amálgama |
|
ateliê
(< fr. atelier) |
empréstimo |
|
TPC
(pronunciado tepecê) |
sigla |
|
espanglês
(< espanhol + inglês) |
amálgama |
|
Pessoa
fazia traduções em firmas de amigos. |
imperfetivo |
|
Em
Faiões, a criança foi atacada pelo cão. |
perfetivo |
|
A
Judiciária está a investigar a morte da criança. |
imperfetivo |
|
A
família costumava visitar os avôs sempre que possível. |
habitual |
|
Esta
raça de cães tem ocasionado todas as semanas notícias tristíssimas. |
iterativo |
|
A
cadela é do avô do menino. |
genérico |
|
É
uma tristeza estudarem tão pouco! |
apreciativa |
|
A
renúncia do advogado de Sócrates deve ser uma estratégia da defesa. |
epistémica |
|
A
juíza não pode pactuar com estas manobras dilatórias. |
deôntica |
|
Traz-me
o facalhão, Heliodoro. |
deôntica |
|
No
dia 20 a escola faz quarenta e quatro anos. |
epistémica |
|
Abriguem-se,
alunos, porque vem aí um exercício de prevenção. |
vocativo |
|
Designaram
Joana Domingues representante dos alunos no Conselho Geral. |
predicativo
do complemento direto |
|
A
tradução de poemas é sempre um grande desafio. |
complemento
do nome |
|
Georgina
só agora regressou do hospital. |
complemento
oblíquo |
|
Os
dragartos acharam Bruno Lage uma ótima escolha. |
predicativo
do complemento direto |
|
Dentro
de poucos dias começam umas pequenas férias. |
sujeito |
|
As
cheias em Barcelona preocupam-nos. |
complemento
direto |
|
Há
cada vez mais mulheres interessadas em praticar longboard dancing. |
complemento
do adjetivo |
|
O
homem que matou a sua companheira não sabe o que lhe passou pela
cabeça. |
modificador
restritivo do nome |
|
Olha
que são só dois douradinhos. |
complemento
direto |
|
Matilde
Mourinho, que é joalheira, casou-se em Azeitão. |
sujeito |
|
Mourinho,
que os fãs adoram, encomenda muita coisa pela Uber Eats. |
complemento
direto |
|
Filomena
Silva, a tia da grávida da Murtosa, passou dias e dias sem dormir. |
modificador
apositivo do nome |
|
Porque
há eleições para a AE, a escola está
barulhenta. |
modificador
do grupo verbal |
|
O
orçamento de estado foi aprovado pela maioria dos deputados. |
agente
da passiva |
|
Na
prisão de Vale de Judeus, os telemóveis são
mais que muitos. |
modificador
do grupo verbal |
|
Ao
Sporting só pagam a cláusula. |
complemento
indireto |
|
A
grávida da Murtosa continua desaparecida. |
predicativo
do sujeito |
|
Abraço-te
por mais este bom resultado. |
complemento
direto |
|
Vem
sentar-te comigo. |
predicado |
A parte B do Grupo
I da prova de exame de Português mais recente (2024, 2.ª fase) aproveitava
uma ode de Ricardo Reis. (A
parte A do mesmo Grupo I usava um texto de A Cidade e as Serras,
de Eça de Queirós; a parte C — ou item 7 — pedia uma «breve
exposição» em que se compararia uma pintura de René Magritte e o texto da parte
A.)
PARTE B
Leia o poema e as notas.
As rosas amo dos jardins
de Adónis1,
Essas volucres2
amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
5 A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e
acabam
Antes que Apolo3 deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida
um dia,
10 Inscientes4, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo
Reis, Poesia,
edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp.
13-14.
NOTAS
1 Adónis – jovem da mitologia grega, símbolo
de beleza masculina.
2 volucres – efémeras.
3 Apolo – deus grego do sol.
4 Inscientes – ignorantes.
* 4. Explicite a importância
da referência aos elementos da natureza para o desenvolvimento do pensamento do
sujeito poético.
. . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
[Solução possível:
As rosas representam a
efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v.
3), morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro
lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6) e perecem antes que ele se
ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a
aproveitarem moderadamente a vida, conscientes da sua finitude, semelhante à de
«um dia» (v. 9) das rosas.
O curso diurno do sol
representa a duração da vida: para a rosa, um dia; para o ser humano, uma
passagem efémera («O pouco que duramos» ‒ v. 12).]
* 5. Explique os quatro
últimos versos do poema, tendo em conta o ideal de vida defendido pelo sujeito
poético.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
[Solução possível:
Face à constatação da
efemeridade da vida, o sujeito poético aconselha Lídia a que viva o momento
presente («Assim façamos nossa vida um dia» ‒ v. 9), de acordo com o
princípio epicurista do carpe diem, único caminho
para a felicidade e para a ausência de dor, assumindo uma atitude de
indiferença face à passagem do tempo, num esforço de autodisciplina. Exorta-a a
assumir uma atitude deliberada de aceitação da efemeridade da vida e da
inevitabilidade da morte («há noite antes e após / O pouco que duramos» ‒ vv. 11-12).]
6. Complete as afirmações
abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço. Na folha de
respostas, registe apenas as letras – a) e b) – e, para cada uma
delas, o número que corresponde à opção selecionada.
No poema apresentado, constata-se o classicismo da poesia de
Ricardo Reis, nomeadamente através do recurso à _______ [a)], nos versos
7 e 8. O carácter moralista da poesia deste heterónimo pessoano é indiciado
pelo uso de verbos conjugados na primeira pessoa do modo conjuntivo, como ocorre
_______ [b)]
|
a) |
b) |
|
1. perífrase 2. hipérbole 3. metonímia |
1. no verso 12 2. no verso 1 3. no verso 9 |
#
Português / 12.º 1.ª; 12.º 2.ª; 12.º 3.ª / Escola Secundária José Gomes Ferreira / 2025-2026
(O nome do blogue aproveita título de um livro do patrono da escola.)
<< Home