Saturday, September 07, 2024

Aula 77-78

Aula 77-78 (27 [3.ª], 28 [4.ª], 28 e 30 [1.ª]) Lê «A Mensagem de Pessoa» (pp. 122-123), uma crónica de João Marecos.

A perspetiva da professora da atual secundária Vergílio Ferreira é semelhante à defendida pelo sujeito poético do poema «D. Sebastião, Rei de Portugal», que lemos na última aula (na p. 119), e à do texto de psicóloga também lido então? {Sim / Não}

Se ainda não o fizeras, dá um relance aos outros poemas que tratam do mesmo D. Sebastião, já na terceira parte (nas pp. 71, 74 e 76 da edição de Mensagem que estamos a usar em aula), detendo-te sobretudo em «D. Sebastião» (p. 71; e p. 128 do manual), para depois preencheres o que se segue aqui em baixo.

Já depois de lido «D. Sebastião» (p. 128 do manual) — primeiro texto da 3.ª parte de Mensagem ( ‘O Encoberto’) e primeiro também de «Os Símbolos») —, completa a síntese a seguir, usando só preposições (não contraídas com determinantes) e conjunções.

D. Sebastião adquire ____ Mensagem um valor simbólico que ultrapassa a sua figura histórica. São os valores da determinação ___ da coragem que ele corporiza que funcionam _____ mito inspirador ___, nessa aceção, «fecundam a realidade»: «É Esse que regressarei».

O Sebastianismo ___ Mensagem não se liga, pois, ao caso específico ____ concreto de D. Sebastião, que não poderá, obviamente, voltar, _____ à ideologia que lhe está subjacente. ______ do «ser que houve» ___ que ficou no «areal» ______ a «morte», regressará a força inspiradora _____ D. Sebastião necessária ao ressurgimento anímico da nação.

No poema de Fernando Pessoa, D. Sebastião é o protótipo da loucura.

«Todos os homens são doidos e, apesar das precauções, só diferem entre si em virtude das proporções. Este mundo está cheio de loucos e quem não os queira ver deve fechar-se e partir o espelho.»

Nicolas Boileau

Partindo da citação de Nicolas Boileau, redige um texto de opinião, com um mínimo de [...] e um máximo de [...] palavras, no qual apresentes uma reflexão sobre a loucura. Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

«Os loucos estão certos / É preciso ouvi-los» (Diabo na Cruz)

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre as vantagens que a loucura nos pode trazer. [Fazer só o parágrafo de introdução e o parágrafo com primeiro argumento e respetivo(s) exemplo(s).]

[Introdução, que seria o 1.º parágrafo do texto de opinião]

Para os «Diabo na cruz», os loucos têm lições a dar-nos, a loucura seria positiva, vantajosa. Com efeito, ... / E, no entanto, ...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Recitações de sonetos de Pessoa

 

Recitador

Primeiro verso do soneto

Eu

Mestre

1

 

Meu coração é um almirante louco

 

 

2

 

Quando olho para mim não me percebo.

 

 

3

 

A praça da Figueira de manhã,

 

 

4

 

Todo o passado me parece incrível.

 

 

5

 

Olha, Daisy, quando eu morrer tu hás de

 

 

6

 

Sou vil, sou reles, como toda a gente,

 

 

7

 

Deuses, forças, almas de ciência ou fé,

 

 

8

 

Corre, raio de rio, e leva ao mar

 

 

9

 

Eu olho com saudade esse futuro

 

 

10

 

Não há verdade inteiramente falsa

 

 

11

 

Quem me roubou a minha dor antiga,

 

 

12

 

Quem me roubou quem nunca fui e a vida?

 

 

13

 

Depois que o som da terra, que é não tê-lo,

 

 

14

 

Por mais que tente, não me desembrulho.

 

 

15

 

A criança que fui chora na estrada.

 

 

16

 

Sossego enfim. Meu coração deserto

 

 

17

 

Deixei de ser aquele que esperava,

 

 

18

 

Meu coração é um pórtico partido

 

 

19

 

Dia a dia mudamos para quem

 

 

20

 

Qualquer coisa de obscuro permanece

 

 

21

 

Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,

 

 

22

 

Se acaso, alheado até do que sonhei,

 

 

23

 

Sonhei — quem não sonhara? — porque a tarde

 

 

24

 

Há quanto tempo não escrevo um soneto

 

 

25

 

A minha vida é um barco abandonado,

 

 

26

 

No alto da tua sombra, a prumo sobre

 

 

27

 

Súbita mão de algum fantasma oculto

 

 

28

 

O silêncio é teu gémeo no Infinito.

 

 

Classifica as orações sublinhadas:

Recomeço (Marco Rodrigues, Áurea)

Hoje, começo a vida outra vez, | ____________________
O tempo cura o que a saudade desfez. | ____________________
Pergunto ao velho destino: «Quem eu sou?»
Descubro o novo caminho por onde vou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de encontrar
No vento, que sopra e me guia, | ____________________
Minha alma vazia e sei

Que, um dia, vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um. | ____________________

Sigo na onda de esperança,
Que dança e eleva o desejo de te encontrar, | ____________________
P’ra de dois sermos só um, só um.

 

Sinto que eu já te conheci | ____________________
De um sonho que, outrora, vivi, | ____________________
Um estranho momento perfeito, | ____________________
Em que tudo parou | ____________________
Feito de um poema desfeito | ____________________
Que o tempo rasgou. | ____________________
Avanço sem olhar p’ra trás,
Sei que vou ser capaz de mudar. | ____________________
Fujo da nuvem sombria,
Vejo a luz que me guia e sei

 

Que um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um.

 

Sigo na onda de esperança | ____________________
Que dança e eleva o desejo de te encontrar,
P’ra de dois sermos só um, só um, só um,
P’ra de dois sermos só um, só um.

 

Que um dia vai tudo mudar,
A vida vai-te encontrar
E levar-me a ti,
P’ra de dois sermos só um, só um.

TPC — Revê gramática (sobretudo, classificação de orações; logo a seguir, funções sintáticas).

 

 

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