Friday, September 06, 2024

Aula 150

Aula 150 (3/jun [1.ª, 3.ª, 4.ª]) Segue-se um trecho do último capítulo de O Ano da Morte... (a meio, cortei um pouco):

[...] Quando Ricardo Reis chegou ao jardim havia já muitas pessoas, morar aqui perto era um privilégio, não há melhor sítio em Lisboa para ver entrar e sair os barcos. Não eram os navios de guerra que estavam a bombardear a cidade, era o forte de Almada que disparava contra eles. Contra um deles. Ricardo Reis perguntou, Que barco é aquele, teve sorte, calhou dar com um entendido, É o Afonso de Albuquerque. Era então ali que ia o irmão de Lídia, o marinheiro Daniel, a quem nunca vira, por um momento quis imaginar um rosto, viu o de Lídia, a estas horas também ela chegou a uma janela do Hotel Bragança, ou saiu para a rua, vestida de criada, atravessou a correr o Cais do Sodré, agora está na beira do cais, aperta as mãos sobre o peito, talvez a chorar, talvez com os olhos secos e as faces incendiadas, de repente dando um grito porque o Afonso de Albuquerque foi atin­gido por um tiro, logo outro, há quem bata palmas no Alto de Santa Catarina, neste momento apareceram os velhos, quase lhes rebentam os pulmões, como terão eles conseguido chegar aqui tão depressa, em tão pouco tempo, morando lá nas profundas do bairro, mas prefeririam morrer a perder o espetáculo, ainda que venham a morrer por não tê-lo perdido. Parece, tudo isto, um sonho. O Afonso de Albuquerque navega devagar, provavelmente foi atingido em algum órgão vital, a casa das caldeiras, o leme. O forte de Almada continua a disparar, parece o Afonso de Albuquerque que respondeu, mas não há a certeza. Deste lado da cidade começaram a soar tiros, mais violentos, mais espaçados, É o forte do Alto do Duque, diz alguém, estão perdidos, já não vão poder sair. E é neste momento que outro barco começa a navegar, um contratorpedeiro, o Dão, só pode ser ele, procurando ocultar-se no fumo das suas próprias chaminés e encostando-se à margem sul para es­capar ao fogo do forte de Almada, mas, se deste escapa, não foge ao do Alto do Duque, as granadas rebentam na água, contra o talude, estas são de enquadramento, as próximas atingem o barco, o impacto é direto, já sobe no Dão uma bandeira branca, rendição, mas o bombardeamento continua, o navio vai adernado, então são mostrados sinais de maior dimensão, lençóis, sudários, mortalhas, é o fim, o Bartolomeu Dias nem chegará a largar a boia. São nove horas, cem minutos passaram desde que isto principiou, a neblina da primeira manhã já se desvaneceu, o sol brilha desafogado, a esta hora devem andar a caçar os marinheiros que se atiraram à água. Deste miradouro não há mais nada para ver. Ainda aí vêm uns retardatários, não puderam chegar mais cedo, os veteranos explicam como foi, Ricardo Reis sentou-se num banco, sentaram-se depois ao lado dele os velhos, que, escusado será dizer, quise­ram meter conversa, mas o senhor doutor não responde, está de cabeça baixa como se tivesse sido ele o que quis ir ao mar e acabou apanhado na rede. Enquanto os adultos conversam, cada vez menos excitadamente, os rapazitos começaram a saltar ao eixo, as meninas cantam, Fui ao jardim da Celeste, o que foste lá fazer, fui lá buscar uma rosa, e outra podia ser a can­tiga, nazarena, Não vás ao mar Tonho, podes morrer Tonho, ai Tonho Tonho, que desgraçado tu és, não tem esse nome o irmão de Lídia, mas em desgraça não será grande a diferença. Ricardo Reis levanta-se do banco, os velhos, ferozes, já não dão por ele, o que valeu foi ter dito uma mulher, compassiva, Coitadinhos, refere-se aos marinheiros, mas Ricardo Reis sentiu esta doce palavra como um afago, a mão sobre a testa ou suave correndo pelo cabelo, e entra em casa, atira-se para cima da cama desfeita, escondeu os olhos com o antebraço para poder chorar à vontade, lágrimas absurdas, que esta revolta não foi sua, sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo, hei de dizê-lo mil vezes, que importa àquele a quem já nada importa que um perca e outro vença. Ricardo Reis levanta-se, põe a gravata, vai sair, mas ao passar a mão pela cara sente a barba crescida, não precisa de olhar-se ao espelho para saber que não gosta de si neste estado, os pelos brancos brilhando, cara de sal e pimenta, anunciação da velhice. Os dados já foram atirados sobre a mesa, a carta jogada foi coberta pelo ás de trunfo, por mais depressa que corras não salvarás o teu pai da forca, são ditos comuns que ajudam a tornar suportáveis para o vulgo as resoluções do destino, sendo assim vai Ricardo Reis barbear-se e lavar-se, é um homem vulgar, enquanto se barbeia não pensa, dá apenas atenção ao deslizar da navalha, um destes dias terá de assentar-lhe o fio, que parece dobrado. Eram onze e meia quando saiu de casa, vai ao Hotel Bragança, é natural, ninguém pode estranhar que um antigo cliente, que não o foi de passagem, mas por quase três contínuos meses, ninguém estranhará que esse cliente, tão bem servido por uma das criadas do hotel, a qual teve um irmão nesta revolta, ela lho tinha dito, Ah, sim senhor doutor, tenho um irmão que é marinheiro no Afonso de Albuquerque, ninguém estranhará que vá saber, interessar-se, Coitada da rapariga, o que lhe havia de ter acontecido, há pessoas que nascem sem sorte. [...]

Durante toda a tarde, Lídia não apareceu. Na hora da distribuição dos vespertinos Ricardo Reis saiu para comprar o jornal. Percorreu rapidamente os títulos da primeira página, procurou a continuação da notícia na página central dupla, outros títulos, ao fundo, em normando, Morreram doze marinheiros, e vinham os nomes, as idades, Daniel Martins de vinte e três anos, Ricardo Reis ficou parado no meio da rua, com o jornal aberto, no meio de um silêncio absoluto, a cidade parara, ou passava em bicos de pés, com o dedo indicador sobre os lábios fechados, de repente o barulho voltou ensurdecedor, a buzina dum automóvel, o despique de dois cauteleiros, o choro duma criança a quem a mãe puxava as orelhas, Se tornas a fazer outra, deixo-te sem conserto. Lídia não estava à espera nem havia sinal de que tivesse passado. É quase noite. Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil, depois para a Mitra, que os mortos, alguns por identificar, se encontram no necrotério. Lídia andará à procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e irreparável desgosto.

Então bateram à porta. Ricardo Reis correu, foi abrir, já prontos os braços para recolher a lacrimosa mulher, afinal era Fernando Pessoa, Ah, é você, Esperava outra pessoa, Se sabe o que aconteceu, deve calcular que sim, creio ter-lhe dito um dia que a Lídia tinha um irmão na Marinha, Morreu, Morreu. Estavam no quarto, Fernando Pessoa sentado aos pés da cama, Ricardo Reis numa cadeira. Anoitecera por completo. Meia hora passou assim, ouviram-se as pancadas de um relógio no andar de cima, É estranho, pensou Ricardo Reis, não me lembrava deste relógio, ou esqueci-me dele depois de o ter ouvido pela primeira vez. Fernando Pessoa tinha as mãos sobre o joelho, os dedos entrelaçados, estava de ca­beça baixa. Sem se mexer, disse, Vim cá para lhe dizer que não tornaremos a ver-nos, Porquê, O meu tempo chegou ao fim, lembra-se de eu lhe ter dito que só tinha para uns meses, Lembro-me, Pois é isso, acabaram-se. Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco. Foi à mesa de cabeceira buscar The god of the labyrinth, meteu-o debaixo do braço, Então vamos, disse, Para onde é que você vai, Vou consigo, Devia ficar aqui, à espera da Lídia, Eu sei que devia, Para a consolar do desgosto de ter ficado sem o irmão, Não lhe posso valer, E esse livro, para que é, Apesar do tempo que tive, não cheguei a acabar de lê-lo, Não irá ter tempo, Terei o tempo todo, Engana-se, a leitura é a primeira virtude que se perde, lembra-se. Ricardo Reis abriu o livro, viu uns sinais incompreensíveis, uns riscos pretos, uma página suja, Já me custa ler, disse, mas mesmo assim vou levá-lo, Para quê, Deixo o mundo aliviado de um enigma. Saíram de casa, Fernando Pessoa ainda observou, Você não trouxe chapéu, Melhor do que eu sabe que não se usa lá. Estavam no passeio do jardim, olhavam as luzes pálidas do rio, a sombra ameaçadora dos montes. Então vamos, disse Fernando Pessoa, Vamos, disse Ricardo Reis. O Adamastor não se voltou para ver, parecia-lhe que desta vez ia ser capaz de dar o grande grito. Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera.

Por favor, usa apenas a folha com o texto que distribuí. Tentei imitar itens à grupo II de exame (compreensão de texto; compreensão de texto com gramática leve; uns itens de gramática mais ativos) e controlar alguma coisa da leitura da obra.

O «jardim» que é referido na l. 1 é o

a) da Celeste.

b) do Adamastor.

c) da Estrela.

d) do Hotel Bragança.

 

O constituinte «ao jardim» (l. 1) desempenha a função sintática de

a) complemento do nome.

b) modificador do grupo verbal.

c) complemento indireto.

d) complemento oblíquo.

 

Em «morar aqui perto» (l. 1) — sobretudo se assumirmos que é frase pensada mais pelo protagonista do que pelo narrador —, «aqui» é uma marca deítica

a) temporal.

b) espacial.

c) pessoal.

d) pessoal e espacial.

 

O irmão de Lídia, Daniel, era

a) da Armada e seguidor do Estado Novo.

b) da PVDE e seguidor do Estado Novo.

c) marinheiro e contra a situação política vigente.

d) da Marinha e sem convicções políticas.

 

«foi atingido» (l. 10) tem valor aspetual

a) imperfetivo.

b) iterativo.

c) perfetivo.

d) genérico.

 

Quem batia palmas (l. 11) fá-lo-ia por

a) estar a favor do regime político.

b) ser contra o regime político.

c) entusiasmo infantil de quem segue um despique a que é indiferente.

d) má interpretação do que acontecia.

 

«os velhos» (ll. 11-12) são

a) vizinhos de Reis que habitualmente liam jornais.

b) os professores, nomeadamente o de Português.

c) Ricardo Reis e Fernando Pessoa.

d) grupo de habitantes do bairro atraídos pelo que acontecia.

 

«tudo isto» (l. 14) é

a) predicativo do sujeito.

b) sujeito.

c) complemento direto.

d) predicativo do complemento direto.

 

O forte de Almada disparava (ll. 21-22)

a) ao serviço dos espanhóis.

b) pelo lado dos revoltosos.

c) contra os amotinados.

d) a favor dos franquistas.

 

O «senhor doutor» (l. 32) é

a) Fernando Pessoa.

b) um médico.

c) um brasileiro.

d) um cocó com estudos.

 

«Não vás ao mar Tonho» (l. 36) recupera

a) momento passado no Dona Maria.

b) conversa havida numa deambulação por Lisboa.

c) canção que Marcenda costumava cantar.

d) canção que Lídia costumava cantar.

 

«vespertinos» [= ‘jornais da tarde’] (l. 59), «jornal» (60), «títulos de primeira página» (60), «notícia» (61), «página central dupla» (61) «outros títulos» (61) concorrem para a coesão

a) referencial.

b) temporal.

c) lexical.

d) interfrásica.

 

«parado no meio da rua» (l. 63) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) modificador restritivo do nome.

d) modificador do grupo verbal.

 

As palavras sublinhadas em «Lídia andará à procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e irreparável desgosto» (ll. 70-71) conferem à passagem

a) nexo explicativo.

b) sentido de posterioridade.

c) aceção de alternativa.

d) conotação de tristeza.

 

O quarto referido na l. 75 é o

a) de Lídia.

b) do Alto de Santa Catarina.

c) de Reis, no Hotel Bragança.

d) de Fernando Pessoa.

 

«nos» (l. 80) é

a) complemento indireto.

b) complemento direto.

c) sujeito.

d) complemento oblíquo.

 

«só tinha para uns meses» (l. 81) reporta-se a

a) tempo de Reis em Lisboa.

b) vida póstuma de Pessoa.

c) gravidez de Lídia.

d) garrafas de aguardente do poeta.

 

«The god of the labyrinth» (l. 83) era livro

a) de Jorge Luis Borges.

b) escrito por personagem de conto de Pessoa.

c) escrito, supostamente, por Herbert Quain.

d) escrito por heterónimo de Pessoa.

 

O verbo auxiliar do complexo verbal «Devia ficar» (l. 84) tem valor

a) temporal de anterioridade.

b) modal deôntico.

c) modal epistémico.

d) modal apreciativo.

 

«Vamos» (ll. 92-93), dito por Pessoa e replicado logo por Reis, vale como expressão deítica

a) pessoal.

b) temporal e espacial.

c) pessoal, temporal, espacial.

d) temporal.

 

«Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll. 68-69) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 

«Deixo o mundo aliviado de um enigma» (l. 90) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes sublinhados:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

 

Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (l. 80):

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

 

Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 82-83):

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

 

Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 87-88):

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

Completa (em geral, com termos de narratologia ou com nomes de personagens):

Tempo do discurso vs. Tempo da história

O Ano da Morte de Ricardo Reis

Locke

Há alterações na ordem dos acontecimentos?

Os acontecimentos do enredo são relatados, predominantemente, numa sequência cronológica linear. Há, no entanto, leves transgressões dessa linearidade _______, quando se alude a acontecimentos passados ou futuros.

A _____ não é recurso essencial, mas, por vezes, somos informados de factos anteriores à história que está a ser narrada (há alusões sobretudo a factos anteriores à intriga mas da vida de Fernando Pessoa, mais do que da história em geral). As ______ são mais significativas, até porque costumam ser menos habituais nos romances. Neste caso, temos, por exemplo, como objeto de antecipação o 25 de abril de 1974.

O discurso do ______ é atravessado por outros discursos. Destacam-se os textos dos jornais e da rádio, que irrompem na ______ e desenham a imagem de um Portugal idealizado, sob a batuta de Salazar. Também emergem as referências a obras literárias (cfr. intertextualidade).

Não há propriamente analepses ou prolepses, uma vez que o tempo do discurso (medido em «película» de filme) e o tempo da ________ (no fundo, o de uma viagem de carro entre duas cidades inglesas) parecem coincidir completamente.

Pretende-se que acreditemos que a ação decorre «em direto» (abordagem que implica não haver distorções entre tempo da história e do _____). Há alusões ao passado, mas apenas na conversa entre personagens (entre Locke e ______ ou Katrina, sobretudo relativamente a um dia de há sete meses; ou em desabafos dos colegas de trabalho de Locke, acerca dos nove ou dez anos anteriores).

Não se pode considerar que essas menções ao passado por parte das personagens constituam alterações da ______ dos acontecimentos. O mesmo se diga de intenções quanto ao ______, reveladas aqui e ali, por parte de Locke ou das duas mulheres. São apenas isso: atos de fala de cada uma das personagens.

Há distorções na duração (omissões, resumos, pausas)?

Não são muito significativas as omissões (por elipse ou por resumo), embora, é claro, como em qualquer romance, sejam evitadas as repetições: o quotidiano do protagonista não nos pode ser constantemente relatado. Logo que as ações típicas estão suficientemente ilustradas, cabe-nos assumir que, durante aquela época da _______, Ricardo Reis cumpriria dias semelhantes.

Ao contrário, haverá zonas em que o relato parece demorar-se excessivamente, ________ a velocidade da narrativa, uma vez que a narração é entrelaçada com comentários e digressões do narrador, que interpreta os acontecimentos, para dar conta das circunstâncias em que o povo português vive em 1935 e 1936. Nesses passos, o tempo do _________ parece mais lento do que o da história.

A duração do discurso, no caso do cinema, corresponderá ao que demora o filme a ser visto (num livro, a duração do _______ pode ser medida em páginas). Tal como se viu acontecer em termos de ordem, também quanto à duração em Locke se assume haver completa equivalência entre o tempo da ação e o da nossa receção.

Por exemplo, somos instados a crer que não há ______ e que, portanto, não houve momentos mortos na viagem: Locke esteve sempre ao telemóvel ou em monologais ajustes de contas com o ____ (e estes monólogos até parecem demorar o tempo «real»). Se considerássemos dentro da diegese o que originara a ação presente, poder-se-ia dizer que se recorrera a ________, incluídos nos diálogos, para se conseguir incorporar, compactados, esses longos sete meses.

Eis o grupo III da 2.ª fase do exame nacional de 2021. Como se vê, tratou-se de uma apreciação crítica (e não de texto de opinião, o outro formato comum):

Grupo III

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a apreciação crítica da pintura A Engomadeira, da autoria de José de Almada Negreiros.

O seu texto deve incluir:

– a descrição da imagem apresentada, destacando elementos significativos da sua composição;

– um comentário crítico, fundamentando a sua apreciação em, pelo menos, três aspetos relevantes e utilizando um discurso valorativo.

José de Almada Negreiros, A Engomadeira, 1938, in www.gulbenkian.pt (consultado em outubro de 2020).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 

 

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