Aulas (41-60)
Aula
41-42 (5
[1.ª, 4.ª], 11 [3.ª], 15/dez [5.ª]) Correção de apreciação crítica a cartazes
com frases «de ódio» (cfr. Apresentação).
Vai
lendo «Rapinar» e circundando a melhor alínea de cada item. Não consultes o
manual nem outras folhas tuas.
Este texto é excerto
a) de um sermão de Santo António.
b) do «Sermão de Santo
António [aos peixes]», de Vieira.
c) do capítulo III do
sermão que temos vindo a estudar em aula.
d) de um sermão de Vieira.
O pretexto para as ideias
defendidas pelo orador neste trecho está sintetizado logo nas ll. 1-4:
a) tendo D. João III pedido
informação sobre a Índia, respondeu-lhe S. Francisco Xavier que se roubava muito.
b) tendo el-rei D. João
III procurado saber se se roubava muito na Índia, escreveu-lhe afirmativamente S.
Francisco Xavier.
c) tendo D. João III querido
saber o estado da Índia, respondeu S. Francisco Xavier que se conjugavam muito certos
verbos.
d) Santo António informou D.
João III que, na Índia, o verbo rapio
se conjugava por todos os modos.
«se usa igualmente a mesma
conjugação» (l. 6) significa
a) ‘também se rouba’.
b) ‘usa-se o mesmo verbo’.
c) ‘conjuga-se do mesmo modo’.
d) ‘escreve-se, lê-se, ouve-se,
fala-se com o mesmo verbo’.
A repetição de «Furtam
pelo modo» (ll. 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21) constitui
a) um mecanismo de coesão
referencial.
b) uma anáfora.
c) uma ironia.
d) um mecanismo de coesão
frásica.
Os vários modos verbais
mencionados — indicativo, imperativo, conjuntivo, etc. (l. 9 e ss.) — são
a) invenções do orador, neologismos,
funcionando como reflexão metalinguística.
b) ‘modos de roubar’, no
seu sentido mais denotativo.
c) palavras divergentes.
d) termos gramaticais, denotativamente,
mas conotam as diversas maneiras de roubar.
O pronome «elas» (l. 28) é
uma
a) catáfora cujo referente
é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
b) anáfora cujo antecedente
é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
c) anáfora cujo referente
é «todas as pessoas» (l. 23).
d) catáfora cujo antecedente
é «todas as pessoas» (l. 23).
«roubadas e consumidas»
(l. 28) é
a) predicativo do complemento
direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo
do nome.
d) complemento direto.
Vai lendo «Ao
encontro do preciosismo» e circunda a melhor alínea de cada item. Não consultes
o manual nem outras folhas tuas.
«isso» (l. 5) é
a) deítico espacial.
b) deítico pessoal.
c) deítico temporal.
d) anáfora.
«Há dias» e «recebi» (l.
8) funcionam como marcas deíticas
a) temporal e pessoal-temporal,
respetivamente.
b) temporal e espacial, respetivamente.
c) de tempo.
d) temporal e pessoal-espacial,
respetivamente.
Na publicação original
desta crónica, a parte omitida pelo manual a seguir a «solicitada» (p. 19) — cfr. «(...)» — diz o seguinte: «por outro
lado, fica engraçada se involuntariamente certeira, porque a pobre revista,
mar, aventura, talvez viagens, vinha de facto de encontro aos meus interesses».
Significa isto que o cronista
a) até gostava de alguns dos
assuntos tratados na revista.
b) não tinha interesse na
revista.
c) tinha interesses coincidentes
com os conteúdos tratados na revista.
d) até, segundo tudo indicava,
poderia vir a gostar da revista.
«meus caros» (l. 21) é
a) sujeito.
b) modificador apositivo
do nome.
c) vocativo.
d) modificador restritivo
do nome.
O erro na mensagem publicitária
que levou o cronista a reagir consiste em falha de
a) coesão lexical.
b) coesão frásica.
c) coerência.
d) coesão referencial.
O referente de «[d]isso»
(l. 23) é
a) todo o parágrafo anterior
(l. 22).
b) «o certo é que
respondi» (l. 23).
c) «Sabe-se lá quem está
do outro lado...» (l. 22).
d) todo o parágrafo anterior
(l. 22) e, provavelmente, mais uma sua parte omitida no manual.
O trecho do original que
foi omitido na linha 23 após «respondi» seria:
a) «Fosse incontinência da
vontade (vulgo, acrasia), ou intermitência de juízo (vulgo, afronésia), ou... whatever, respondi».
b) «Quiçá por falta de vontade
ou por intermitência de aborrecimento, ou... whatever, respondi».
c) «Fosse por falta de vontade
(vulgo, acrasia), ou por muito juízo (vulgo, afronésia), respondi».
d) «Fosse por ter pisado um
cocó de cão ou por alguma outra razão, respondi».
«irónico, variante de melindre»
(l. 29) caracteriza
a) a resposta do «publicitário»,
que, sob a capa irónica, mostrava ter-se agastado.
b) o cronista, que respondera
com ironia, melindrado pela mensagem.
c) a resposta do cronista
à mensagem recebida.
d) o cronista, que disfarçava
com ironia o ter ficado irritado com o atrevimento da resposta.
O pronome «me» (l. 30) desempenha
a função sintática de
a) complemento indireto.
b) complemento direto.
c) complemento oblíquo.
d) sujeito.
Para o cronista (cfr. ll. 30-31), o sentido de «preciosismo»
era
a) ‘uso errado de uma palavra
ou expressão’.
b) ‘uso de palavra rara
para evitar o recurso a um estrangeirismo’.
c) ‘bom uso da língua’.
d) ‘uso de um estrangeirismo
em vez da correspondente palavra vernácula’.
O ano passado falámos de empréstimos,
um dos processos irregulares de formação
de palavras. Os empréstimos permitem reconhecer as fases históricas em que
predominaram influências de certos países.
No
quadro em baixo, preenche a coluna que ainda está vazia. Depois, completa as lacunas
do texto. Descobrirás as relações entre a época de entrada no português de determinado
estrangeirismo, a língua de que veio essa palavra e a sua área temática.
Empréstimo |
Língua de origem |
Data da primeira ates- tação em português |
Área temática |
Desporto |
Inglês |
XIX (sport) |
|
Futebol |
Inglês |
XX |
|
Jóquei |
Inglês |
1858 |
|
Serenata |
Italiano |
1813 |
|
Maestro |
Italiano |
1858 |
|
Ária ('peça musical melodiosa') |
Italiano |
XVIII |
|
Bijuteria |
Francês |
1881 |
|
Vitrine |
Francês |
1873 |
|
Toilete |
Francês |
1899 |
|
Biombo |
Japonês |
XVI (beòbus) |
|
Quimono ('um tipo de
roupão') |
Japonês |
XVI (quimão) |
|
Catana ('espada curta') |
Japonês |
XVI |
Armas |
Trovar ('cantar versos') |
Provençal |
XIII |
|
Refrão |
Provençal |
XIV |
|
Rouxinol |
Provençal |
XIV (rousinol) |
|
Vilancete ('poema de tema
campestre') |
Castelhano |
XVI |
|
Endecha ('poema triste') |
Castelhano |
XVI |
|
Picaresco ('género literário
satírico') |
Castelhano |
XVII |
|
Maracujá |
Tupi |
1587 |
|
Mandioca |
Tupi |
1549 |
|
Piripiri |
Tupi |
1587 |
(Etimologias e datas segundo Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da
Língua Portuguesa, 1982)
Os provençalismos
(empréstimos do ______, uma língua antiga do sul de França) testemunham a importância
da literatura provençal na poesia galego-portuguesa medieval. Como consequência
da expansão portuguesa, a língua _____ deu-nos termos relativos a objetos que o
ocidente até então desconhecia. Do mesmo modo, os tupinismos que escolhi reportam-se a nomes de _______ que os europeus
foram encontrar no Brasil pela primeira vez. O castelhano deixou-nos muitas palavras do âmbito da literatura, que
entraram no português sobretudo nos séculos ___ e ___, a época do apogeu da
cultura espanhola, que aliás coincidiu com a dinastia filipina. Sobre os galicismos (estrangeirismos franceses),
lembre-se que durante o século ___ foi forte a influência francesa em vários campos,
entre os quais o da ______, como provam os exemplos. No campo musical, pela
mesma altura e já antes, era a _________ que inspirava os outros países. Na
transição para o século XX, uma série de desportos criados em ________ foram
adotados em outros países e, claro, com esses desportos vieram os termos respetivos.
Hoje em dia, o inglês é o maior fornecedor de estrangeirismos (nas tecnologias,
por exemplo, predominam nitidamente os anglicismos).
Os estrangeirismos — ou seja, os empréstimos
na fase em que ainda são percebidos como estranhos à língua em que se integraram
— são criticados por quem tem uma atitude conservadora relativamente à língua
portuguesa. A luta contra os estrangeirismos levou a que alguns gramáticos mais
fanáticos procurassem substituí-los por palavras que eles próprios inventaram, segundo
padrões portugueses. São elas resultado de exagerado purismo, o preciosismo referido no artigo de Abel
Barros Baptista.
Verifica
se alguma das propostas venceu nos hábitos de hoje ou se foram os estrangeirismos
que triunfaram na língua corrente. Marca os neologismos que, apesar de tudo,
ainda se usem (haverá só um ou dois). Marca também a proposta que consideres
mais ridícula. Por fim, adivinha a origem dos estrangeirismos, escrevendo f(rancês) ou i(nglês).
Neologismos propostos por gramáticos |
Estrangeirismos |
Origem |
Nasóculos |
Pince-nez ('óculo de
mola') |
|
Preconício |
Reclame |
|
Lucivelo, abajúrdio |
Abajur (Abat-jour) |
|
Ancenúbio |
Nuance |
|
Ludâmbulo |
Turista |
|
Ludopédio, balípodo, pedibola,
furta-bola, bolapé |
Futebol |
|
Rabo de galo |
Cocktail |
|
Cardápio |
Menu |
|
Vesperal |
Matiné (Matinée) |
|
Bosquejo |
Sketch |
|
Ampara-seios, estrófio,
mamilar |
Sutiã (Soutien) |
|
Tabuínha de chocolate |
Tablete de chocolate |
|
Alviçareiro |
Repórter |
|
Runimol |
Avalanche |
|
Legicídio social |
Golpe de estado |
|
Venaplauso |
Claque |
|
Haurinxugo, hauricanulação |
Drenagem ('escoamento') |
|
Escreve um texto expositivo ou de opinião sobre assunto que
escolherás (procura talvez assunto em que te sintas bastante seguro,
especialista, mesmo se muito específico).
Não escolhas tópico ensinado em disciplinas escolares. Usa
pelo menos doze conectores (de sentidos diferentes) dos que estão na tabela da
p. 372, sublinhando-os.
Talvez 150-200 palavras.
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TPC — Consulta o Dicionário de estrangeirismos clicável a
partir de Gaveta de Nuvens (não
fiques só pela letra A) Escolhe três estrangeirismos, de línguas de origem diferentes.
Cria um equivalente vernáculo, com formação percetível e, eventualmente, alguma
graça.
Aula 43-44 (6 [1.ª], 7 [4.ª], 13 [3.ª], 18/dez [5.ª]) Correção de comentário sobre «Maria Albertina» (cfr. Apresentação).
Reveremos hoje os processos
de formação de palavras. Trata-se, para já, dos Processos
morfológicos (ou regulares) de formação de palavras. (Há também ‘Processos
irregulares de formação de palavras’, que não estudaremos agora.)
Pus a seguir um quadro de
classificações que já conhecerás parcialmente. Podes também ir seguindo o ponto
5.3 da p. 360 do manual. Só depois distribuirás pelas quadrículas estas dezoito
palavras.
gajo
(< gajão) | entristecer | alindar | saca-rolhas | pesca
(< pescar) | amável | reler socioeconómico
| apicultura | omnívoro | bomba-relógio
| guerrear | incompleto inalterado | estomatologia | um porto (< Porto) | burro
(< burro) | infelizmente
Na derivação
afixal (a que envolve adição
de constituintes morfológicos), distinguimos:
prefixação |
|
sufixação |
|
prefixação e sufixação |
|
parassíntese |
|
(A parassíntese,
que não surge no manual, consiste na afixação simultânea de um sufixo e um
prefixo a uma forma de base.)
Depois, no nosso livro, referem-se dois processos que não envolvem adição de constituintes
morfológicos. No entanto, note-se que a derivação não afixal (a que se costumava chamar derivação regressiva) implica ter havido
a ideia — errada — de que uma dada palavra era já uma derivada por afixação,
dela se podendo deduzir, por subtração dos supostos afixos, uma também suposta
palavra primitiva, que é afinal a palavra derivada regressivamente. A conversão é que nada tem a ver com afixos: é apenas a
situação em que uma palavra passa a ser usada numa nova classe.
derivação não afixal |
|
conversão |
|
Na composição,
distingue-se a composição morfossintática
(ou ‘por palavras’), que implica a associação de duas palavras (ou mais); e a composição morfológica (ou ‘por
radicais’), em que se associam dois radicais ou um radical e palavra.
composição morfossintática (palavra
+ palavra) |
|
|
composição morfológica |
radical + radical |
|
radical + palavra |
|
Depois de vermos a conferência
de Abel Xavier, completa com termos de gramática ou exemplos:
Por retórica ou por convicção,
Abel Xavier assumiu que «treinador», «lutador» e «vencedor» seriam formados por
________ («treinador» = ‘treina a dor’; «lutador» = ‘luta a dor’; «vencedor» =
‘vence a dor’).
Na verdade, trata-se de palavras
________, constituídas pelas ________ «treina(r)», «luta(r)» ou «vence(r)» a que
se acrescentou o _________ -dor. Este
sufixo de nominalização tem o significado de ‘profissão, agente’, inscrevendo-se
num grupo de sufixos que servem para formar nomes agentivos: -ário («empresário», «____»); -ino («campino», «____»); -eiro («carteiro», «____»); -ista («pianista», «____»); -nte («estudante», «____»).
O ex-treinador do Olhanense
comete ainda um lapso, ao criar a palavra «eficacidade» (em vez de «______»). Porém,
foi um erro com lógica. Entre os vários ______ de nominalização que significam
‘qualidade, estado, propriedade’ estão -idade
(«velocidade») e -ia («alegria»), ao
lado de, por exemplo, -ice («tolice»)
e -ura («ternura»). Só que ao adjetivo
«eficaz» cabe o sufixo nominalizador -ia
(e não ______).
Distribui pelos quadros
estas palavras de «Possuído por vozes da rádio» (série Lopes da Silva). Nem
todas as quadrículas serão preenchidas e haverá outras com mais do que uma
palavra.
[o seu melhor] acordar | é desagradável | chinfrineira
|os Já Fumega | passatempo | desprevenido |
um transtorno (< transtornar)
| telenovela | sintonizar | troca (<
trocar) | transbordar
derivação com adição de
constituintes morfológicos |
|
prefixação |
|
sufixação |
|
prefixação e sufixação |
|
parassíntese |
|
derivação sem adição de
constituintes morfológicos |
|
derivação não afixal |
|
conversão |
|
composição |
|
composição morfossintática |
|
composição morfológica |
|
Escreve os dois parágrafos
do desenvolvimento de
Tema: Liberdade de
expressão
Ponto de vista (tese): A perspetiva de Voltaire
acerca da liberdade de expressão tem vindo a ser ...
1.º parágrafo: Argumento + Exemplo
2.º parágrafo: Argumento + Exemplo
[tema] Atribui-se a
Voltaire, embora erradamente, uma frase em que o escritor teria dito defender
até à morte a liberdade de expressão mesmo de ideias de que discordasse
radicalmente.
[ponto de vista ou tese]
Esta perspetiva acerca da liberdade de expressão tem vindo a ser posta em
causa; deveríamos estar mais atentos e protegê-la.
Esta perspetiva acerca da
liberdade de expressão tem sido, felizmente, matizada pela necessidade de
erradicar o «discurso de ódio».
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Aula 45-46 (12 [1.ª, 4.ª], 18/dez [3.ª]; esta aula será diluída em outras no caso da turma 5.ª) Correção de questionário de compreensão dos textos «Rapinar» e «Ao encontro do preciosismo» (cfr. Apresentação).
Em termos de correção
linguística dos vossos textos, o problema mais comum tem que ver com a Acentuação gráfica.
Sistematizamos agora essa matéria, cujo desconhecimento é a fonte maior de erros
nas redações.
As
formas erradas que se seguem são retiradas de textos vossos ou de outros colegas.
Todas têm problemas de acentos. Escreve a forma já corrigida, ao lado da regra que lhe corresponda (escreve, portanto,
na coluna da direita, onde já pus alguns exemplos).
[o] porque [das coisas] / intíma [adjetivo] / tentão [Presente do Indicativo] / provavél / tambem / contrario [adjetivo ou nome] / brincavamos / cardiaco
/ acreditára [Mais-que-perfeito] / proximo
/ unica / so / relogio / neuronios / fôra / saira [Mais-que-perfeito] / passeavamos /estáva / príncipal / ultimo [adjetivo] / dificil / alguem / estadio /
sotão / iría / faceis / Africa / páis [‘parentes’] / [ontem] juramos / alí / e
[Presente de «Ser»] / [quis] deixa-los
/ pensão [Presente] / possivel /
tivémos / ninguem / podera [Futuro] /
dár-me / hipotese / acabára / sonambula / [eles] mantém / saíu / imprevísivel /
irónicamente / começaram [Futuro] /
familia / passáros / musica / incrivel /faziamos / noticias [nome] / chegármos / iamos / lêem
regra que as grafias em cima não cumprem |
formas já corrigidas |
Palavra aguda terminada
em a, e ou o (com ou sem -s) leva acento. |
má deixá-los |
Palavra aguda terminada
em ditongo nasal [ãw] leva til. |
verão começarão |
Palavra aguda terminada
em i ou u (com ou sem s) precedidos
de vogal com que não formem ditongo leva acento. |
Luís saí
baú |
Palavra aguda
terminada em -em ou ens, se tem mais de uma sílaba, leva acento. |
parabéns também ninguém alguém (ele)
mantém |
Palavra aguda terminada
em ditongo aberto leva acento. |
céu dói |
3.ª pessoa do plural
de «ter» ou «vir» leva acento circunflexo (para se distinguir da forma do singular). |
vêm (eles) mantêm |
Palavras agudas fora
das condições acima descritas não levam acento. |
peru ali dar-me |
Palavras graves, não
havendo outra condição especial, não levam acento. |
vemos acreditara
tivemos ironicamente leem |
Palavras graves
terminadas em -l, -n, -r, -s, -x e -ps levam acento. |
nível hífen provável possível |
Palavra grave terminada
em ditongo oral (seguido ou não de -s)
leva acento. |
fúteis fáceis |
Palavra grave terminada
em -ã ou -ão (seguidos ou não de s)
leva acento. |
órfã sótão |
Palavra cuja sílaba
tónica i ou u não forma ditongo com a vogal anterior (a não ser se se seguir
um -nh ou -m, -n e -r) leva acento. |
constituído sair saindo
rainha saíra |
1.ª pessoa do plural
do pretérito perfeito da 1.ª conjugação leva acento (para se distinguir do
presente). [para nortenhos, prescindível] |
andámos jurámos |
3.ª pessoa do singular
do pretérito perfeito do verbo «poder» leva acento (para se distinguir do presente). |
pôde |
Não se emprega acento
antes de ditongos iu ou ui precedidos de vogal. |
caiu saiu |
Todas as palavras
esdrúxulas (verdadeiras ou aparentes) têm acento. |
esdrúxula Flávio
íntima
brincávamos relógio
íamos |
Escreve uma apreciação
crítica da curta-metragem O emprego (referida na p. 70 do manual).
Deves incluir as palavras
«distopia», «Padre António Vieira», «Sermão de Santo António», «final», «inesperado»,
«alegoria».
Para melhorar coesão
lexical, podes usar: «filme», «curta», «curta-metragem», «animação»,
«película», «El empleo».
A caneta. Menos de 150
palavras.
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Albert
George, nascido em 1895, foi inesperadamente rei de Inglaterra. Foi excelente atleta,
serviu na Armada Real, lutou na I Guerra, tendo sido sempre educado no pressuposto
de que o seu irmão Eduardo seria rei. Afinal, Jorge VI reinaria, e numa época
dramática. Coube-lhe a ele anunciar
aos ingleses que, mais uma vez, a Inglaterra estava em guerra.
[O discurso do rei]
Nesta
hora difícil, talvez a mais dolorosa da nossa história, transmito para todos os
lares do meu povo, tanto aqui como além mar, esta mensagem dita com o mesmo sentimento
profundo por cada um de vós como se eu pudesse entrar nas vossas casas e falar-vos
diretamente.
Pela segunda vez nas
nossas vidas, estamos em guerra.
Tentámos e tentámos
descobrir uma saída pacífica, ultrapassando as diferenças entre nós e os nossos
inimigos; mas tudo foi em vão.
Fomos forçados a um conflito,
pois com os nossos aliados fomos levados a enfrentar um desafio que põe em causa
um princípio que, se perdurasse, se revelaria fatal em qualquer linha civilizada
do mundo.
É um princípio que permite
a um Estado, numa simples procura egoísta de poder, desrespeitar tratados e
juramentos solenes, justificando o uso da força ou da ameaça da força contra um
Estado soberano e independente de outros Estados.
Um tal princípio, despido
de qualquer disfarce, é certamente a doutrina mais primitiva de que poder constitui
um direito, e, se este princípio se estabelecesse em todo o mundo, a liberdade
do nosso próprio país e de toda a Comunidade Britânica de nações estaria em perigo.
Mas, mais do que isto, os
povos do mundo estariam unidos pelo medo e seria o fim de todas as esperanças de
uma paz estável e segura, de justiça e liberdade entre as nações.
Este é o derradeiro fim
que me leva a falar-vos para casa, e ao meu povo além mar, que fará dele a nossa
causa.
Peço-vos que permaneçais calmos
e firmes e unidos nesta prova.
A tarefa será dura. Aproximam-se certamente
dias sombrios e a guerra deixará de estar confinada aos campos de batalha, mas
só poderemos agir bem se conhecermos o bem e, humildemente, dedicarmos a nossa
causa a Deus. Se a ela permanecermos fiéis, prontos para qualquer tarefa ou sacrifício
que nos seja exigido, então, com a ajuda de Deus, venceremos.
[texto introdutório e
tradução do discurso de Jorge VI tirados de Isabel Casanova, Discursar em português... E não só. O discurso
em análise, Lisboa, Plátano, 2011]
TPC — Relanceia a ficha ‘Coesão textual’ do Caderno do aluno, que reproduzirei já com soluções.
Aula 47-48 (13 [1.ª], 14 [4.ª], 20/dez [3.ª]; 8/jan [5.ª]) Já analisámos o paratexto de livros de uma coleção de viagens. Vamos rever essas noções mas aplicadas a teatro, ao Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, a obra que nos vai ocupar nos próximos tempos.
O manual — que apresenta o
texto integral da peça mas com interrupções (para introduzir perguntas, outros
textos, esquemas) — tem, na p. 75, uma reprodução facsimilada da página inicial
original.
E, na p. 82, sob «Educação Literária»,
temos essa mesma página já com a grafia modernizada, seguindo-se-lhe a didascália
com o cenário do Ato I («Ato Primeiro»).
Título da
peça |
[não esqueças a sublinha correspondente ao itálico
dos títulos de livros:] _____________ |
Autor |
_____________ |
Género (farsa, tragédia, drama
[romântico], comedia, tragicomédia, ...) |
____, que serve mesmo de subtítulo. Porém, se
lermos o que o diz o próprio Garrett em «Memória ao Conservatório Real»» (p. 78
do manual, ll. 30-32), percebemos que, «pela índole», considerava a peça uma
______. |
Informação sobre representações |
«Representado, a primeira vez, em _____,
por uma sociedade __, no teatro da Quinta do _____, em 4 de julho de __.» |
Lista de personagens («pessoas») |
[além das três que já pus, indica as três seguintes:]
Manuel de Sousa, Madalena de Vilhena, Maria, ______, ______, ______. |
Quantos atos há? |
___ (percebemo-lo logo pela tábua-resumo na p. 81);
no manual, a cena I de cada ato está nas pp. __, 109, __. |
Há descrição do cenário de
cada ato? |
Sim. As didascálias descritivas dos cenários
estão antes de cada ato. Portanto, no manual, respetivamente, nas pp. __, __,
131. |
Quantas
cenas têm os atos? |
Doze; _____; _____. |
Há didascálias junto das
falas das personagens? |
[Transcreve a primeira que encontres — entre
parênteses e em itálico, a seguir ao nome que antecede a fala:] «________ maquinalmente
e devagar o que acaba de ler». |
Onde se passa a ação? |
Em _____. |
Ouçamos agora o trecho do programa
radiofónico Vamos todos morrer, de Hugo
Van der Ding, https://www.rtp.pt/play/p5661/e511131/vamos-todos-morrer,
referido na p. 74 do manual, para depois respondermos a 1.1:
(A) | (B) | (C) | (D) |
(E) | (F)
Como já percebeste, a didascália relativa
ao cenário do ato I está na p. 82. É uma sala de um palácio de finais do século
XVI, domicílio de família rica.
Redige uma didascália
equivalente, mas transposta para o século XXI e para um contexto de classe média
(média-alta, média-baixa ou, mesmo, baixa mas não de um sem-abrigo). Uma verdadeira
didascália ficaria sublinhada (ou em itálico), mas, excecionalmente, vamos
prescindir dessa regra.
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Nesta aula trataremos de Paratexto
(no fundo, as partes do livro que não correspondem ao texto principal). Faz
corresponder os termos (1-22) a cada uma das descrições (a-v). Já resolvi o
primeiro termo, a que corresponde a definição i.
1. _i_ Lombada
2. __ Prefácio
3. __ Portada, rosto ou frontispício
4. __ Sinopse
5. __ Dedicatória
6. __ Índice
7. __ Rodapé ou pé
8. __ Capa
9. __ Título corrente
10. __ Adenda ou apêndice
11. __ Bibliografia
12. __ Sobrecapa
13. __ Contraportada
14. __ Posfácio
15. __ Contracapa
16. __ Glossário
17. __ Cinta
18. __ Guarda
19. __ Orelhas, abas ou badanas
20. __ Cólofon ou colofão
21. __ Epígrafe
22. __ Anterrosto
a.
Face posterior externa de um livro (pode incluir sinopse, citações de críticos,
código de barras).
b.
Página branca colocada no início e no fim do livro (não deveria contar para a paginação).
c.
Margem inferior da página (onde pode haver notas, além das que fiquem no final do
texto).
d.
Referência tipográfica registada na última página de um livro («Este livro foi
impresso [etc.]»).
e.
Frase ou citação colocada no início de um livro ou de um capítulo, por vezes em
página única.
f.
Página onde aparece o título completo da obra, autor, lugar, editor e data
(eventualmente, prefaciador e tradutor); é por ela que se faz a referência bibliográfica.
g.
Face anterior externa de um livro (livros podem tê-la mole ou dura).
h.
Folha impressa (de papel ou outro material) que pode envolver a capa.
i.
Parte lateral de um livro, que une a capa e a contracapa (numa estante é muito
relevante).
j. Texto colocado no final de
um livro com esclarecimentos, autorais ou não, que parece cumprir desígnios
semelhantes que o prefácio mas com maior discrição.
k. Cada uma das partes da
capa e da contracapa, ou da sobrecapa, de um livro que se dobram para dentro
(podem ter texto sobre o autor, listas de livros da coleção).
l.
Banda de papel que pode envolver um livro e que contém elementos que o publicitam.
m. Página ímpar, não numerada,
que precede o frontispício e só leva o título (abreviado, se for longo).
n. Frase ou pequeno texto em
que o autor oferece a obra a alguém, geralmente numa página isolada.
o. Sumário do conteúdo de um
livro (que pode figurar na contracapa ou nas orelhas).
p. Acrescentamento, suplemento,
um pouco à margem do resto, no fim de um livro.
q. Verso da portada, onde
fica muitas vezes a ficha técnica.
r. Texto introdutório no início
do livro, para o apresenta (não costuma ser do autor).
s. Lista, alfabeticamente
ordenada, dos termos técnicos utilizados num livro e respetivos significados.
t. Listagem de obras consultadas
ou sobre um determinado assunto.
u. Título (abreviado) que
fica no cabeçalho das páginas ímpares; nas pares fica, em geral, o nome do
autor.
v. Relação dos capítulos, temas,
palavras ou autores contidos num livro, com indicação da(s) página(s) em que surgem.
Como já
percebeste, a didascália relativa ao cenário do ato I está na p. 82. É uma sala
de um palácio de finais do século XVI, domicílio de família rica. Redige uma
didascália equivalente, mas transposta para o século XXI e para um contexto de
classe média (média-alta, média-baixa ou, mesmo, baixa mas não de um
sem-abrigo).
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Nos espaços à direita da
letra da canção, escreve a função sintática dos constituintes que sublinhei:
«Nos
desenhos animados (Nunca acaba mal)»
(Os Azeitonas)
Eu quero a sorte de
um cartoon ____________
Nas manhãs da RTP1 ____________
És o meu Tom Sawyer ____________
E o meu Huckleberry Finn
E vens de mascarilha
e espadachim ____________
Lá em cima, há planetas
sem fim ____________
Tu
és o meu super-herói ____________
Sem tirar o chapéu de
cowboy
Com o teu galeão e uma
garrafa de rum
Eu era tua e de mais
nenhum ____________
Um por todos e todos por
um
Nos desenhos animados
Eu já conheço o fim
O bem
abre caminho ____________
A golpe de espadachim ____________
E o príncipe encantado
Volta sempre para mim ____________
Eu sou a Jane e tu, Tarzan ____________
A Julieta do meu
D’Artagnan
Se o teu cavalo falasse
Tinha tanto para contar
Ao fantasma debaixo dos
meus lençóis ____________
Dos tesouros que
escondemos dos espanhóis ____________
Nos desenhos animados
Eu já conheço o fim
O bem abre caminho
A golpe de espadachim
E o príncipe encantado
Volta sempre para mim ____________
Quando chegar o final ____________
Já podemos mudar de
canal
Nos desenhos animados
É raro chover ____________
E nunca, quase nunca
acaba mal.
TPC
— Lembro tarefas em curso, na Classroom, destacando o interesse de irem lendo
contos (não só os dois que considero obrigatórios, mas ainda os que os possam
ler das revistas que anexei).
Aula 49-50 (20/dez [1.ª], 3 [3.ª], 4 [4.ª] 5/jan [5.ª]) Correção de apreciação crítica à animação «O emprego».
Retomando os Processos morfológicos de formação de palavras,
que estudámos a aula passada, distribui pelos quadros estas palavras dos sketch «Chatanato» (série Lopes da
Silva):
totalidade | psicólogo | invulgar | aeromodelismo | desconhecer
| chatice | igualmente | adormecer | sorrir | caixa de óculos
| [um] chato | visita (< visitar) | gajo
| filatelia
derivação
com adição de constituintes morfológicos |
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prefixação |
|
sufixação |
|
prefixação e sufixação |
|
parassíntese |
|
derivação
sem adição de constituintes morfológicos |
|
conversão |
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derivação não afixal |
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composição |
|
composição morfológica |
|
composição
morfossintática |
|
No sketch cujos protagonistas são o talhante Lopes da Silva e a
freguesa Dona Raquel (série Lopes da Silva), a característica mais saliente é o
uso de diminutivos. Em
geral, são nomes que aparecem assim graduados, mas há palavras de outras
classes:
Palavra derivada (com
sufixo diminutivo) |
Palavra sem o diminutivo |
Classe |
[Está] boazinha? |
boa |
|
[umas] espetadinhas |
|
|
franguinho |
|
nomes (N) |
lombinhos |
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|
campinho |
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|
guisadinhas |
|
adjetivos (Adj) |
linguinha |
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coelhinho |
|
|
saborzinho |
|
|
[tão] gostosinho |
|
|
molhozinho |
|
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porquinho |
|
|
[papilas] gustativinhas |
|
|
peruzinho |
|
|
suculentozinho |
|
|
peixinho |
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|
talhinho |
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|
poucochinho |
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tempinho |
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|
parvalhãozinho |
|
|
cretinazinha |
|
|
talhantezinho |
|
|
[sua] pegazinha |
pega |
|
ruinha! |
|
|
Os diminutivos conferem valores
variados (pequenez, estima, desprezo, etc.). Neste caso, a maioria dos
diminutivos visava dar mostras de ________, sendo porém os últimos, depois de
se perceber que a cliente não ia comprar carne, de ________.
Nota
que a junção do sufixo inho pode
fazer-se à forma de base ou à palavra inteira, requerendo por vezes uma ligação
suplementar (com -z- ou com outra
consoante) — _______, _______, _______ {retira
da tabela exemplos com consoante anteposta a -inho} — ou não — ________ {só um exemplo}.
Em «Um quilinho de kunâmi» (série
Meireles) há bastantes adjetivos (uns graduados em comparativo, superlativo,
etc.; outros graduados através de diminutivos). Surgem ainda nomes que, pelo
seu significado, pela entoação ou pelo diminutivo, também exprimem uma
valorização. Marca os [A]djetivos e
os [N]omes. Circunda os sufixos diminutivos.
Um quilinho de kunâmi.
É
kunâmi do bom.
É
fruta tropical raríssima.
Paizinho!
Isto
é bom, muito raro.
Por
isso o preço é upa-upa, puxadote.
Olh'ò
kunâmi fresquinho!
Isto
é só fruta podre.
É
preciso ter um gosto sofisticado.
Docinho...
Maravilha!
Isto
faz um suminho...
Alface
velha, ameixas podres, ...
Com todo o respeito, a sua mulher é uma pega.
É
um bocadinho, é.
Ainda
há gente simpática...
Completa com complemento
direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal.
Moras em Cabul? |
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Os estores da minha casa
foram estragados pela ventania. |
|
Em Miranda do Douro come-se boa carne. |
|
O Sandro é o último português sem telemóvel. |
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Comi anteontem uma costeleta de gato excelente. |
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O Alípio foi ali e já vem. |
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Iracema mentiu a Adalberto. |
|
Na livraria vendem carapaus. |
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Ontem passei por ela. |
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Regressaste da Líbia. |
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O Ulisses põe o livro na estante. |
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Os jornalistas
consideraram Messi o melhor. |
predicativo do complemento
direto |
Identifica as funções sintáticas (sujeito, predicado, complemento direto,
etc.), na canção com que se inicia o filme O
amor acontece. Interessam só as expressões sublinhadas.
Sinto-o nos meus dedos, Sinto-o nos meus pés, O amor anda à minha volta, O Natal está à minha volta, E o
sentimento cresce, Está escrito no vento, Está onde quer que vá. Por isso, se gostam do Natal, Deixem nevar. |
o = ____ (cujo referente
são os versos 4-7; trata-se, portanto de uma ____ {anáfora/catáfora}). [eu] (subentendido) = _____ à minha volta = ______ à minha volta = ______ o sentimento = ______ cresce = _______ escrito no vento = ______ Está onde quer que vá =
_____ do Natal = _______ [vocês] (subentendido) = ______ |
TPC — Aproveita para ler contos
(o mais que puderes) — cfr. última tarefa na Classroom.
Aula 51-52 (3 [1.ª], 8 [3.ª, 5.ª], 9/jan [4.ª]) Correção do trabalho com didascália de cenário (ver Apresentação).
Lê o excerto de verbete que se segue:
Frei Luís de Sousa — Drama de Garrett, em três atos, em prosa, justamente
considerado a obra-prima do teatro português. Foi representado pela primeira
vez em 4 de julho de 1843, num teatro particular (o da Quinta do Pinheiro, a
Sete Rios, pertença de Duarte de Sá), e por amadores da melhor sociedade (o
próprio autor desempenhou o papel de Telmo). A 1.ª edição data de
Jacinto do Prado Coelho (dir.), Dicionário de literatura portuguesa [...],
3.ª ed., Porto, Figueirinhas, 1984, s. v.
Outros dados históricos úteis para se perceber a intriga:
D. Pedro I nasceu em 1320, iniciou o reinado em 1357 e morreu
em 1367. (Inês de
Luís de Camões nasceu em 1524 (ou 1525) e morreu a 10-6-1580.
A Batalha de Alcácer Quibir ocorreu em 4-8-1578. O rei português
era então D. Sebastião, nascido em 1554 e desaparecido (provavelmente, morto)
nessa batalha.
Entre 1580 e 1640 foram reis de Portugal Filipe I (de 1580 a 1598),
Filipe II (1598-1621) e Filipe III (1621-1640), respetivamente Filipe II, III e
IV de Espanha.
Manuel de Sousa Coutinho (aka
Frei Luís de Sousa) nasceu c. 1555 e morreu em 1632 (em S. Domingos de Benfica);
foi um dos melhores prosadores da língua portuguesa.
João de Portugal, fidalgo da casa de Vimioso, terá morrido em
Alcácer Quibir (1578); este D. João não era rei de Portugal («Portugal» é um
apelido).
Almeida Garrett nasceu em 1799 e morreu em 1854.
Dia em que começa a ação
da peça (e em que decorre o Ato I): 28
de julho de 1599
Lê a p. 83, que contém a cena I do ato I de Frei Luís de Sousa, mas revê também o
cenário deste primeiro ato (na p. 82). Vai respondendo:
p. 82, l. 3 Vê-se toda
Lisboa porque a casa-palácio fica {circunda
a solução certa} num ponto alto da capital / em Almada / num ponto
privilegiado do Bairro da Jamaica
p. 82, ll. 4-5 O retrato será de {circunda
o nome certo} D. João de Portugal / Manuel de Sousa / D. Sebastião / Telmo
/ um cocó vestido de cavaleiro de Malta
p. 83, ll. 13-15 O facto de Madalena
recitar o passo dos Lusíadas que
precede a chegada dos algozes de Inês de Castro («Estavas, linda Inês») pretenderá
{risca o que consideres errado} acentuar
os hábitos literários da personagem / prenunciar que algo funesto sucederá /
possibilitar analogias entre os amores de Inês e de Madalena
p. 83, ll. 16-19 Madalena considera-se {circunda
a solução certa} mais infeliz do que Inês / mais feliz do que Inês / tão
infeliz quanto Inês
p. 83, l. 19 O pronome pessoal «ele» tem função de {circunda a solução certa} complemento direto / complemento indireto
/ complemento oblíquo / sujeito
p. 83, l. 19 Este pronome «ele» refere-se a {circunda a solução certa} Manuel de Sousa Coutinho / D. João de
Portugal / Telmo / D. Pedro
p. 83, ll. 16-23 No monólogo de Madalena, as reticências, a interrogação e as exclamações
concorrem para exprimir {risca o que
consideres errado} a angústia / a intranquilidade / a fome de golo / o
apetite sexual / a euforia / o entusiasmo.
Resolve o item 3 da
p. 83 (escreve mesmo os termos):
A primeira cena da peça corresponde a um ______, durante o
qual Madalena, através de uma linguagem emotiva, marcada pelas _______, expressa
a sua ________.
Na primeira cena da obra, encontramos D. Madalena numa
reflexão motivada por dois versos de Os Lusíadas, relativos a Inês de
Castro.
Contextualiza os versos na obra de Luís de Camões.
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Sintetiza a forma como D. Madalena os transpõe para a sua
própria existência.
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[Nas turmas 3.ª, 4.ª e 5.ª, o que se segue foi realizado em
aula anterior, 49-50; e deu-se aqui o que fora objeto da segunda parte da aula
49-50 do 11.º 1.ª; cfr. aula 49-50]
Escolhe, entre as citações bonitas nos livros distribuídos,
uma, duas ou três que pudessem servir de epígrafe(s) a um conto que escreverás.
Transcreve-as com cuidado (quer frase quer autor).
Começa o conto (vai escrevendo, mais em qualidade do que em
quantidade — com a preocupação já de como se «resolverá» o conto na sua
totalidade).
{Depois, dentro de chavetas, tenta antecipar-me o que se
seguirá.}
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TPC — Aproveita para ler contos
(o mais que puderes) — cfr. última tarefa na Classroom.
Aula 53-54 (9 [1.ª], 10 [3.ª], 11 [4.ª], 15/jan [5.ª]) Assistência a versão de Frei Luís de Sousa (1950), em filme de António Lopes Ribeiro, cena II.
Vai
lendo a cena II (pp. 84-89) do Frei Luís
de Sousa, a maior da peça, e circunda a melhor alínea.
Na sua primeira fala (ll.
1-2), Telmo trata Madalena na
a) 2.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à segunda
pessoa do plural.
b) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à
segunda pessoa do plural.
c) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à
segunda pessoa do singular.
d) 2.ª pessoa do singular, tratamento que manterá nas
restantes falas desta cena.
Nas linhas 5-6, o livro que é referido é
a) a vida, o passado.
b) a Bíblia.
c) Os Lusíadas.
d) Frei Luís de Sousa.
Relê «como meu senhor... quero dizer como o Sr. Manuel de
Sousa Coutinho» (ll. 7-8). A reformulação a meio da frase significa que Telmo
a) considerava ainda D. João de Portugal o seu verdadeiro amo.
b) invocara Deus, por lapso, mas, pouco depois, retomava a
frase devidamente.
c) tinha má opinião acerca de Manuel de Sousa Coutinho.
d) pretendia mostrar independência e que não se considerava
escudeiro de ninguém.
«lá isso!...» (l. 8) implica
a) juízo claramente favorável acerca de Manuel de Sousa.
b) menorização de D. João de Portugal relativamente a Manuel
de Sousa Coutinho.
c) certa desvalorização de Manuel de Sousa, apesar do reconhecimento
de capacidades suas.
d) correção do que dissera Madalena.
Entre as linhas 7 e 15, alude-se
a) ao facto de a Bíblia
dever estar escrita em inglês, a língua de todos.
b) às relações de Telmo com as correntes revolucionárias.
c) à Bíblia e à
língua em que poderia ser lida.
d) aos hereges.
Centrando-te nas linhas 16-34: Madalena trata Telmo
a) na 2.ª pessoa do plural.
b) ora na 2.ª pessoa do plural ora na 2.ª pessoa do singular.
c) na 3.ª pessoa do singular.
d) na 2.ª pessoa do singular.
As falas das linhas 26-34 permitem saber que Telmo fora aio
a) da família de Dona Madalena.
b) do primeiro marido de Dona Madalena.
c) da família de Manuel de Sousa Coutinho.
d) de Manuel de Sousa Coutinho.
Na fala das linhas 26-30
a) Telmo é caracterizado indiretamente.
b) Telmo é caracterizado diretamente (heterocaracterização).
c) Madalena faz uma autocaracterização.
d) Telmo e Madalena saem caracterizados indiretamente.
O aparte na l. 35 («Terá...») visa mostrar que Telmo
a) está revoltado por não ter agora o papel relevante que já fora
seu.
b) desconfia da «santidade» do seu primeiro amo.
c) acredita que D. Sebastião não morrera em Alcácer Quibir.
d) não acredita na morte de D. João de Portugal.
«seu pai» (l. 41) refere-se
a) ao pai de Telmo.
b) a Manuel de Sousa.
c) a D. João de Portugal.
d) a D. João.
«nessas coisas» (l. 44) — o que Madalena pede a Telmo que não
aborde nas conversas com a filha — engloba assuntos
a) de índole sexual e religiosa.
b) de índole sexual, religiosa e política.
c) ligados a Alcácer Quibir, sobretudo, e porventura outros
considerados demasiado intelectuais ou «de política».
d) ligados à pedofilia, à droga, à violência doméstica.
Maria era
a) alta, saudável.
b) fisicamente desenvolvida e uma joia de moça.
c) frágil.
d) linda de morrer.
Telmo não podia ver Maria (l. 55) por
a) esta ser fruto do amor de Madalena por outro que não o seu
primeiro amo, D. João.
b)
esta lhe lembrar o pai, D. João de Portugal.
c)
preferir moças mais cheiinhas.
d)
estar cada vez mais míope.
As
falas nas linhas 63-65 e 69 mostram um Telmo
a)
supersticioso.
b) agoirento,
potenciando a angústia de Madalena.
c)
que gosta de contradizer os outros.
d)
dócil ante o pedido de Madalena.
Telmo
considerava que Maria era digna de ter nascido em melhor estado (l. 84), por
a)
não ter conhecido o pai.
b) o
segundo casamento de Madalena poder não ser legítimo.
c)
ter nascido já sob o domínio filipino.
d)
ter nascido doente.
«Para essa houve poder maior que as minhas forças...» (l. 117).
O poder a que se reporta Madalena é o
a) da
morte.
b) de
Deus.
c) do
amor.
d) da
guerra.
A dúvida de Telmo (l. 129) quanto à morte do amo
a) assentava também no que se dizia numa carta entregue a Frei
Jorge.
b) devia-se sobretudo ao seu sebastianismo.
c) era resultado apenas da sua fidelidade a D. João.
d) era
mero palpite de aio fiel e teimoso.
O segundo casamento de Madalena
a) não fora consentido pela família do primeiro marido.
b) tivera o consentimento, um pouco contrariado, da família de
D. João.
c) fora bem acolhido pela família de D. João mas não pela de
Manuel de Sousa.
d) fora
bem aceite pelas três famílias.
Frei
Jorge, cunhado de Madalena e
a)
franciscano, era irmão de D. João de Portugal.
b)
dominicano, era irmão de Manuel de Sousa.
c) sabadiano, era sogro de Telmo.
d) dominicano, era irmão de D. João de Portugal.
Ao terminar a cena (ll. 195-207), Madalena está preocupada com
a demora do marido por este
a) não ser bom mareante.
b) ser bom mareante e poder ter-se entusiasmado num Tejo que é
perigoso quando há nortada.
c) não se eximir a tomar posições nas querelas políticas, por
haver peste em Lisboa e por o Tejo ser traiçoeiro.
d) ser atreito a pisar cocós de cão, podendo depois as suas
botifarras empestarem o palácio.
Preenche o esquema do item 1 da p. 89 do manual:
1. Ao longo da cena, Madalena e Telmo recordam o seu passado comum. Com
base nas informações do texto, preenche a sequência.
Casamento de Madalena e D. João de Portugal |
______________ ______________ ____________ (a) |
Casamento de Madalena com Manuel de Sousa
Coutinho |
_______________ _______________ ____________ (c) |
Presente da ação |
|
1578 |
____________ (b) |
1586 |
____________ (d) |
Resolve o item
1 de Gramática, na p. 90 do manual:
1. Atenta no excerto.
«Madalena – Valha-me Deus, Telmo! Conheço que desarrazoais;
e contudo as vossas palavras metem-me medo… Não me façais mais desgraçada.» (ll.
147-148)
1.1. Identifica os deíticos presentes na fala de
Madalena. [Sublinha-os no excerto.]
1.2. Refere a classe da palavra «que».
[Resposta:] Conjunção subordinativa
completiva (é um «que» que introduz uma oração subordinada substantiva completiva).
1.3. Indica a função sintática do pronome «me»,
nas três ocorrências. [Anota no excerto.]
Reescreve a
última fala de Madalena na cena II (p. 89, ll. 195-207), transpondo a mesma
situação (espera por alguém que vem de Lisboa para a Outra Banda) para a
atualidade.
Registo linguístico também
deve ser o que conviria a personagens do nosso século. Inclui didascálias e o
«formato» (e extensão aproximada) do trecho em causa. A tinta.
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Depois de vermos o início de Entre Irmãos (Brothers),
completa:
Frei Luís de Sousa |
Entre Irmãos |
No final do primeiro trecho que veremos de Entre Irmãos teremos o equivalente da
situação de Madalena em 1578 —
vinte e um anos, menos uma semana, antes do momento a que se reporta a ação
da peça no ato I, que decorre em 28 de julho de ______. |
|
Madalena era então casada com ________, cuja família
conhecera ainda menina. |
Grace é casada com ______ Cahill, com quem namorou
desde adolescente. |
Casal não tinha filhos. (Maria só nascerá oito
anos depois, em 1586, sendo filha de Madalena e de ______.) |
Casal tem duas filhas (Isabelle e ______). |
Ambos os homens (Portugal e Cahill) são
sensíveis à mobilização militar, a que, de certo modo, quase dão prioridade
relativamente à família. Entretanto, ambas as iniciativas militares
(portugueses em _________; americanos no Afeganistão) são vistas nos respetivos
países com muita desconfiança, como desnecessárias e aventureiras. |
|
______ integra exército em Alcácer Quibir. |
Sam é enviado para o ______. |
Na madrugada do dia da batalha (4-8-1578),
escreve uma carta dirigida a Madalena (vivo ou morto ainda há de vê-la) e
entregue a _______. |
Quatro dias antes de iniciar a comissão
(7-10-2007), escreve carta dirigida a ______ e pede a um major que, se viesse
a ser necessário, a entregasse à mulher |
Tropas cristãs são ________ pelos infiéis («marroquinos»). |
Helicóptero americano é ______ pelos talibãs
afegãos. |
Aula 55-56 (10 [1.ª], 15 [3.ª, 5.ª], 16/jan [4.ª]) Explicação sobre redações feitas na aula anterior e entretanto comentadas.
Depois de ouvirmos «O Sebastianismo: História e ficção» (cfr.
p. 96), responde ao item 1, assinalando com V ou F as afirmações:
a. O Sebastianismo está desde
a sua génese associado a um retorno funesto.
b. A crença sebastianista concretiza-se na valorização
de figuras marcadas pela excecionalidade e pelo altruísmo.
c. Em Frei Luís de Sousa, a crença sebastianista
é vivida pelas personagens femininas.
d. O Sebastianismo liga-se, na peça, a lugares e a objetos
evocativos do passado.
[Assistência a cenas
III-IV na versão de Quem és tu? Leitura das cenas III e IV para
completar sínteses com trechos em falta. Assistência a versão de Jorge Listopad
das cenas em causa. Assistência a trecho de Madalena.]
Lê as cenas III e IV do
Ato I de Frei Luís de Sousa (pp.
91-93), a fim de completares as sínteses aqui em baixo. Procura que a tua
redação se integre bem na sintaxe dos textos que esbocei.
Cena III (p. 91)
Na primeira fala, percebemos que Maria acredita
que D. Sebastião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . Na sua segunda fala, Maria interroga-se sobre o que leva o pai a mudar de semblante
quando se alude ao regresso de D. Sebastião, e inferimos por que motivo ocorre
essa mudança de estado de espírito: Manuel de Sousa Coutinho . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Na terceira fala de Maria, é a
própria adolescente que, perante o choro da mãe, lhe promete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . Na última fala, o aparte de Telmo serve para se nos
esclarecer que Maria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
Cena IV (92-93)
Nas suas primeiras quatro ou cinco falas, Maria
revela preocupação por os pais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . Depois, Madalena pede-lhe que . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . E, na última fala da cena, a mesma Madalena
volta a mostrar-se preocupada por Manuel . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . .
«Fizz Limão» (Miguel Araújo)
Se alguém pudesse pôr um fim à maldição
Que entristece a nossa antigeração
Talvez se o Maradona ainda jogasse futebol
E o rock n’roll ainda fosse a canção
Tantas memórias, tantas pontas desconexas
Se o Chuck Norris ainda fosse o rei do Texas
E derrubasse o muro entre o nós e o amanhã
Sem fé no futuro, rumo ao passado a cantar, cantar, cantar
Não ficamos à espera, não sustemos a respiração
À espera que o D. Sebastião nos traga a redenção
O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução
Porque o Fizz Limão? Ai o Fizz Limão há-de voltar?
Num dia de sol, o Fizz Limão há-de voltar!
A nossa estética perdeu-se no vazio
A nossa ética anda presa por um fio
Valham-nos as memórias de um céu bem mais azul
De quando o Verão azul dava na televisão
Não sinto orgulho nas notícias da manhã
Já só vasculho nos baús da minha irmã
E o cheiro a naftalina é que me aquece o coração
Lalalá lalá, rumo ao passado a cantar, cantar, cantar
Não ficamos à espera, não sustemos a respiração
À espera que o D. Sebastião nos traga a redenção
O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução
Porque o Fizz Limão? Ai o Fizz Limão há-de voltar?
Num dia de sol, o Fizz Limão há-de voltar!
No nosso tempo ninguém morria
No nosso tempo ninguém sofria
Tanto que no nosso tempo
Ninguém dizia o nosso tempo
Não ficamos à espera, não sustemos a respiração
À espera que o D. Sebastião nos traga a redenção
O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução
Porque o Fizz Limão? Ai o Fizz Limão há-de voltar?
Num dia de sol, o Fizz Limão há-de voltar!
Na p. 91, responde ao item
1.1
1.1. Explicita o sentido
global da canção, relacionando-o com as alusões a D. Sebastião e ao Fizz limão.
. . . . . . . . . . . . .
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TPC — Desenvolve o conto cujo
começo devolvi (haverá chamada à Classroom).
Aula 57-58 (17 [1.ª, 3.ª], 19 [5.ª], 23/jan [4.ª]) Entrega de contos e instrução para reformulações; autorização para concurso. Correção do questionário sobre cena II.
Resolve
o item 4 da p. 93 [escreve mesmo a expressão por extenso]:
Em Frei Luís
de Sousa, certos elementos funcionam como sinais prenunciadores de uma desgraça
futura. Nas cenas III e IV do primeiro ato, além da crença sebastianista, surgem
como indícios trágicos ____________ e o murchar das flores,
simbolicamente associados ____________.
Lê as cenas V a VIII do Ato I de Frei Luís de Sousa (pp. 97-101), a fim de completares as sínteses
que ficam aqui em baixo. Procura que a tua redação se integre bem na sintaxe do
texto que esbocei.
Cena V (pp. 97-98)
A cena serve para Jorge
vir avisar que os governadores ao serviço de Espanha querem sair de Lisboa, alegadamente
por causa da . . . . . . . . . . ., e, por isso, quatro deles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . Isto revolta Maria. Entretanto, ouvindo melhor do que os
outros, Maria percebe que o pai está a chegar.
Cena VI (p. 98)
Um criado, . . . . . . . .
. . . . ., confirma a chegada de Manuel. O resto da cena serve para, através de
um comentário de Madalena e, sobretudo, de um aparte de Jorge, se acentuar que
Maria . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .
Cena VII (pp. 98-100)
Pela primeira vez,
intervém . . . . . . . . . . . . . Está emocionado e com pressa. Já resolveu
que têm de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,
antes que cheguem os governadores. Decide também que a família irá para a casa
que pertencera a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .
Cena VIII (pp. 100-101)
Madalena tenta convencer
Manuel a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ., já
que a perspetiva de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . a deixa em pânico.
Transpõe o início da cena VII (pp. 98-99, 58-77) para texto
narrativo (de um romance, por exemplo), cujo narrador homodiegético fosse
Maria.
Não te coles demasiado às frases do original: a mudança de modo
literário (dramático > narrativo) e de focalização (perspetiva passa a ser
de Maria) implicam também sintaxe e léxico por vezes diferentes dos do texto de
Garrett.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Depois
de vermos mais um trecho de Entre Irmãos,
retomaremos o ponto em que estávamos na comparação com Frei Luís de Sousa (em 4-8-1578, derrota em Alcácer Quibir; em
2007, queda de helicóptero americano, alvejado por afegãos):
Frei
Luís de Sousa |
Entre
Irmãos |
Desaparece D. João de
Portugal, que será procurado nos ______ anos seguintes, assumindo quase todos
a sua morte. |
Desaparece Sam Cahill,
sendo comunicada a sua morte a Grace, notícia de cuja veracidade ninguém _____. |
Carta entregue a Frei Jorge
Coutinho por João de Portugal terá sido transmitida a Madalena logo aquando
do regresso a Portugal do frade e futuro _____. Ficou também ciente do seu
conteúdo, pelo menos, Telmo. |
Carta deixada por Sam
para o caso de não regressar é entregue a Grace pelo major ___ no final da
missa em memória do falecido. À noite, Grace pega na carta mas não chega a
abri-la. |
Madalena, passados ____
anos, casara com Manuel de Sousa Coutinho. Um ano depois, tiveram uma filha,
Maria. Passados catorze anos sobre o casamento, Maria tem agora treze e falta
uma semana para se perfazerem ____ anos sobre Alcácer Quibir. |
Nos primeiros tempos, Grace
fica _____ com a ausência do marido. Tommy, o cunhado, está bastante presente,
até porque precisa de pedir ajuda a Grace, dadas as estroinices em que persiste.
Depois parece querer apoiá-la no luto recente. |
Telmo é quem mais recorda
João de Portugal, com isso angustiando Madalena. Não se inibe de comparar o
primeiro amo, que considera superior, com ____, que respeita mas não incensa
do mesmo modo superlativo. |
Frank Cahill é quem
parece ter ficado mais inconformado com a presumida morte de Sam, que lembra
sobretudo por comparação com ___, que recrimina e considera não ter as
qualidades do outro filho. |
TPC — Lança a segunda versão
do conto na Classroom.
Aula 59-60 (22 [3.ª, 5.ª], 23 [1.ª], 25/jan [4.ª]) Correção
de texto escrito na última aula (texto monologal de Maria). Assistência a cenas
9-12 do ato I no filme de António Lopes Ribeiro.
Durante
os próximos quarenta minutos não posso estar cá. Ficarão a escrever o texto que
lhes ia pedir no segundo tempo. Peço-lhes que estejam com os telemóveis desligados
e fechados nas malas. Não quero a mínima consulta à net. Volto a repetir que é
gravíssimo o que se já se passou, por parte de meia dúzia de rapazes, no que
concerne a plágios. Evitem também dispersar-se, conversarem demasiado, etc.
Trata-se
de texto para o concurso «A ética no desporto e na vida». Destaco estes
elementos que retiro de regulamento e aviso de abertura:
Do regulamento |
Comentário meu |
«O Concurso Literário
“A Ética na Vida e no Desporto” tem como objetivo estimular a produção de
trabalhos escritos, subordinados ao tema da ética no desporto, por parte dos
estudantes do ensino secundário»; realiza-se em duas fases: regional (Norte,
Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira) e
nacional sendo apurados vencedores em ambas as fases, pelos júris da fase
regional e fase nacional do concurso. Passam à fase nacional até seis textos
por região.» |
Prémios para os
vencedores da fase nacional: «1.º Prémio — 750 euros (setecentos e cinquenta euros),
troféu, publicação do texto no jornal A Bola e entrevista (edição
impressa); 2.º Prémio — 500 euros (quinhentos euros), troféu e publicação na
edição online do jornal A Bola; 3.º Prémio — 250 euros (duzentos e
cinquenta euros), troféu e publicação na edição online do jornal A Bola».
Na fase
regional, que venceu o ano passado a Joana B. (do então 10.º 4.ª), 100 euros. |
«Os
textos a concurso devem versar, exclusivamente, o tema da ética no desporto.»
|
Este
«exclusivamente» não quer dizer que o texto tenha de referir muitas vezes a
palavra «ética». Significa que a lição retirada do texto se centrará nesse tópico
(ética no desporto). Creio que a melhor solução será partir de situação, ou
situações, que ilustrem o tema. Isso pode conseguir-se tanto de modo mais
narrativo como mais expositivo, ou, numa espécie de meio termo, de modo cronístico.
|
«Limite
de carateres (sem contabilizar os espaços): 2.500» |
Não vão ficar a contar carateres; reservamos isso para
quando passarem a computador o texto que agora escreverem. Corresponde a cerca
de quinhentas palavras, mas faço notar que esse é o limite máximo, o que significa
que o texto pode ter menos palavras (mas, atenção, um texto pequeno não terá
hipóteses – diria que, com menos de quatrocentas palavras, já não será premiável).
Pode acrescentar-se texto na fase de passagem a computador (mas hoje é para ficar
quase completo). |
«A qualidade dos trabalhos admitidos a concurso é
avaliada, pelos júris da 1.ª fase ou fase regional e da 2.ª fase ou fase
nacional do concurso, de acordo com os seguintes critérios: a) Respeito pelo
tema da ética no desporto; b) Criatividade e inovação; c) Adequação/correção
linguística.» |
A
parte da alínea c) pode ser aperfeiçoada na fase da passagem a computador,
até porque já terão as minhas revisões. As partes a) e b) dependem de boas
ideias agora. Não esqueças título (embora sugira que penses nele só no final). |
Sairão
para o intervalo às exatas 10 horas (pedirei a Dona Beatriz que os venha
avisar). Deixarão as folhas com o texto sobre a mesa. Às 10.20 regressarei.
. . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . .
[Não ligues, para já, ao
que se segue; é para a segunda parte da aula]
Vai lendo (pp.
104-105) as cenas finais do ato I de Frei
Luís de Sousa e completa:
Cena IX (104)
Ficamos a saber que os governadores . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cenas X, XI
e XII (104-105)
Mostra-se-nos a saída da família. Vemos que Manuel
resolveu . . . . . . . . . . . . . a casa. Assim que o percebe, Madalena pede que
lhe salvem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ., o
que . . . . . {já não / ainda} foi possível.
Resolve
o item 2 da p. 105, escrevendo por extenso o que falta nas lacunas:
No monólogo da cena XI, Manuel
justifica a ação que está prestes a tomar com argumentos de natureza . . . . .
. . . . . . . . . . (a) . Através da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . (b) , antecipa as possíveis consequências negativas da sua
decisão, cujo carácter fatídico é reforçado pela referência . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . (c). Essa referência e a presença do fogo, símbolo
de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (d), adquirem
o valor de indícios trágicos.
Na
p. 103, resolve itens 2 e 3:
2.
1. «Façam o que lhes disse. Já, sem mais detença.»
(ll. 58-59) | Ato _______
2. «Ah? inda bem, meu pai!» (l. 71) | Ato ______
3. «Hei de lhes dar uma lição, a eles e a este
escravo deste povo que os sofre, […].» (ll. 82-83) | Ato ______
4. «Em verdade nunca te vi assim» (l. 148) |
Ato ______
3. [item está
mal feito; na verdade, «ali» não é, neste caso, deítico]
Aqui o advérbio «ali» não é deítico, é uma
______.
TPC — Vai arrumando o dossiê
de Português; revê gramática; lê partes ensaísticas, sobre Frei Luís de
Sousa, no manual.
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