Sunday, September 10, 2023

Aulas (101-118)

Aula 101-102 (29 [3.ª], 30/abr [1.ª], 2 [4.ª], 3/mai [5.ª]) Correção de texto sobre «A insubmissão é uma ignomínia [...]».

Na p. 302 lê o texto sob «Letras Prévias», de Maria Filomena Mónica, que nos informa das circunstâncias da produção de «O Sentimento dum Ocidental», o mais importante poema de Cesário Verde. A seguir, centra-te nos cinco primeiros quartetos do poema (p. 303, vv. 1-20).

Transpõe esses vv. 1-20 de «O Sentimento dum Ocidental» para contexto diferente:

sentimentos disfóricos > alegria, otimismo ou outros sentimentos «positivos»

ruas de uma cidade > campo, praia, montanha ou qualquer espaço diferente destas ruas

anoitecer > outro momento do dia

século XIX > século XXI

versos com rima e métrica regular > versos sem rima nem métrica

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Em prova de exame de 2014, usavam-se as mesmas estrofes de Cesário Verde:

Grupo I-B

Leia as cinco estrofes iniciais do poema «O Sentimento dum Ocidental», de Cesário Verde.

1             Nas nossas ruas, ao anoitecer,

               Há tal soturnidade, há tal melancolia,

               Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia

               Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

 

5             O céu parece baixo e de neblina,

               O gás extravasado enjoa-me, perturba;

               E os edifícios, com as chaminés, e a turba

               Toldam-se duma cor monótona e londrina.

 

               Batem os carros de aluguer, ao fundo,

10           Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!

               Ocorrem-me em revista exposições, países:

               Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!

 

               Semelham-se a gaiolas, com viveiros,

               As edificações somente emadeiradas:

15           Como morcegos, ao cair das badaladas,

               Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.

 

               Voltam os calafates, aos magotes,

               De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;

               Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,

20           Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde, edição de Joel Serrão, Lisboa, Livros Horizonte, 1988, p. 151

Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

4. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético e relacione-o com os efeitos que a cidade nele provoca.

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5. Identifique duas características temáticas da poesia de Cesário Verde, fundamentando a sua resposta com elementos textuais pertinentes.

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Segue-se o resto da parte I de «O Sentimento dum Ocidental». Em cada um dos versos sabotei uma só palavra: ou troquei uma sua letra ou troquei a palavra toda por outra do mesmo campo lexical (co-hipónima ou co-merónima). Procura repô-las.

E evoco, então, as crónicas nabais:

Ciganos, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!

Luta Camões no Sul, salvando um DVD, a nado!

Singram soberbas trotinetes que eu não verei jamais!

 

E o fim da noite inspira-me; e incomoda!

De um couraçado luxemburguês vogam os escaleres;

E em terra num tinir de loucas e talheres

Flamejam, ao jantar alguns hotéis da mona.

 

Num trem de praça arengam dois futebolistas;

Um trôpego arlequim braceja numas ondas;

Os querubins do VAR flutuam nas varandas;

Às mortas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

 

Vazam-se os manchésteres e as oficinas;

Reluz, viscoso, o tio, apressam-se as obreiras;

E num rebanho negro, hercúleas, galhofeiras,

Correndo com firmeza, assomam as narinas.

 

Vêm sacudindo as orelhas opulentas!

Seus broncos varonis recordam-me pilastras;

E algumas, à axila, embalam nas canastras

Os bisnetos que depois naufragam nas tormentas.

 

Descalças! Nas descargas de Marvão,

Desde manhã à noite, a bordo das motorizadas;

E apinham-se num bairro aonde miam patas,

E o peixe podre gela os focos de infeção!

Classifica as orações presentes nestas frases de «Homicídio na paragem de autocarro» (série Barbosa). Pode ser útil teres o manual aberto nas pp. 381-385.

 

Zé Tolas, assististe à tragédia

que se verificou aqui, hoje de manhã?

Subordinante

_____________

 

A paragem acabou de fugir

e foi naquela direção.

____________

Coordenada ___________

 

A paragem de autocarro estava ali,

fugiu agora mesmo,

foi naquela direção

____________

___________

__________

 

Acho

que a vi ali.

___________

_____________

 

Tens o direito

a permanecer calada.

___________

Subordinada substantiva completiva não finita (infinitiva)

 

Enquanto fores suspeita

não abrigarás utentes dos transportes públicos.

Subordinada __________

____________

 

Vamos festejar,

que nós merecemos.

____________

Subordinada adverbial ________

 

Ficavas muito aborrecido

se eu te dissesse

que andava a dormir com a tua mulher?

Subordinante

Subordinada adverbial ______

 

 

Subordinante

___________

 

Senhores detetives, tenho em meu poder um envelope repleto de informação

que o comprova.

______________

_____________
_____________

 

Não será melhor

interrogarem a testemunha

que ainda ali está?

__________

Subordinada ________ completiva não finita (infinitiva)

 

 

Subordinante

Subordinada _______ relativa restritiva

TPC — Prepara leitura em voz alta, expressiva, dos sonetos de Antero nas pp. 278 («Hino à Razão»), 284 («Em viagem»), 286 («A Germano Meireles»), 290 («A ideia. VIII»). Continua a avançar na leitura da obra de Eça (A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias).

 

 

Aula 103-104 (6 [3.ª, 5.ª], 7/mai [1.ª, 4.ª]) Correção de textos segundo início de sobre «O Sentimento dum Ocidental»; reexplicação da estrutura de «O Sentimento dum Ocidental».

Situando-te nas pp. 303-304, vv. 13-44, relê as oito últimas estrofes da parte I de «O Sentimento dum Ocidental» (parte que veio a ter o título «Ave Marias») e completa, com personagens ou tipos sociais, a tabela:

Espaço

Personagens/Tipos

Caracterização (ou ação caracterizadora)

edificações somente emadeiradas

_________

saltam de viga em viga, como morcegos

[rua]

_________

voltam aos magotes, de jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos

por boqueirões, becos

sujeito poético

embrenha-se a cismar

pelos cais

erra [isto é, ‘vagueia’]

hotéis da moda

[clientes que jantam]

num tinir de louças e talheres

trem de praça

dois ______

arengam

[rua]

um ______

trôpego, braceja numas andas

Frederico Marquises

querubins do ___

flutuam

às portas [das lojas]

________

enfadam-se

arsenais, oficinas

operários («obreiras»)

apressam-se

[rua]

_________

hercúleas, galhofeiras, correndo com firmeza, sacodem ancas opulentas, têm troncos varonis, embalam os filhos nas canastras, descalças, etc.

Na parte II de «O Sentimento dum Ocidental» (na publicação em livro, intitulada «Noite fechada») há referências a espaços que quem conheça Lisboa consegue identificar. Seguindo os quartetos que estão nas pp. 309-310, completa o que falte na tabela:

cadeias, Aljube

só tem ____ e crianças, raramente uma mulher das classes altas

prisões, Sé, Cruzes

fazem o «eu» sentir-se _____ e desconfiar de aneurisma

andares, tascas, cafés, tendas, _____

vão-se iluminando

as duas igrejas de um saudoso largo

lançam a nódoa negra e fúnebre do _____

construções retas, iguais, _______

muram o «eu»

íngremes subidas (e o tanger dos sinos)

afrontam o ______

um recinto público e vulgar, «épico d’ outrora» (Camões), «brônzeo», «de proporções guerreiras»

ascende num ____

[idem] e acumulação de corpos enfezados

o «eu» sonha com _______

________ recolhem (sombrios e espectrais)

um palácio (em frente de um ____)

inflama-se [ilumina-se]

dos arcos dos quartéis que foram já conventos

partem patrulhas de _____ (Idade Média!)

às montras dos ____

as elegantes sorriem curvadas

dos magasins

descem as ______, as floristas, algumas serão comparsas ou coristas

na brasserie

entra o «eu», que acha sempre assuntos para ____ revoltados

nas mesas de emigrados

joga-se, com risos, o ______

Passemos à parte III de «O Sentimento dum Ocidental», pp. 312-313. Na edição que o manual adota, surge o título «Ao gás». Enquanto na primeira parte o sujeito poético iniciara as suas deambulações «ao anoitecer», nesta terceira parte já «a noite pesa» e as ruas são iluminadas por candeeiros a gás. «Ao gás» significa que a cidade é vista sob a iluminação propiciada por esses candeeiros.

1. Na sua deambulação, o sujeito poético continua a sofrer os efeitos opressivos do ambiente da cidade, mas, neste começo da parte III (estrofes 1-3), quando «a noite pesa, esmaga», o estado de espírito do poeta agudiza-se. Relaciona esse sentimento com a doença e o contexto.

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2. Destaca a importância da quarta quadra (vv. 13-16), atendendo à oposição temática que estabelece com os restantes quartetos.

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3. Já na p. 313, a última quadra de «Ao gás» (vv. 41-44) retoma a sensação de cansaço, doença, miséria, que já conhecemos.

Na última quadra, dá-se um exemplo dessa miséria: {completa}

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Liga dos Campeões {em breve}

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TPC — Prepara leitura em voz alta, expressiva, da parte I de «O Sentimento dum Ocidental» (Liga dos Campeões) ou da parte II do mesmo poema de Cesário Verde (Liga Europa). Continua a avançar na leitura da obra de Eça (A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias).

 

 

Aula 105-106 (8 [3.ª, 1.ª], 9 [4.ª], 10/mai [5.ª]) Relativamente ao texto da p. 311 («Cidade mulher da minha carestia de vida»), completa esta resposta ao item 1.1:

Ponto de vista (ou Tese):

as difíceis condições de _________________ em Lisboa constituem ______ oportunidades para os portugueses.

Argumentos:

______________ das rendas em Lisboa permite concluir que «somos mais ricos do que pensávamos » (ll. 6-7) e possuímos casas mais valiosas do que outros europeus;

encontrar rendas mais acessíveis em Barcelona __________ os lisboetas, que evitam o trânsito matinal, passam a ser detentores de uma casa no estrangeiro e podem fazer compras num mercado com uma taxa de IVA inferior à nacional.

Contra-argumento (antecipado pelos adeptos do «derrotismo nacional»):

«a taxa de esforço para pagar o arrendamento de uma casa em Lisboa é superior à de outras cidades europeias » (ll. 3-4).

Resolve toda a parte de Gramática na p. 305:

1.

A = ___ | B = ___ | C = ___ | D = ___ | E = ___

2.

a = ___________________________

b = ___________________________

c = ___________________________

d = ___________________________

e = ___________________________

3. = ____

4.

a = ___________ | b = ____________

Resolve o item 4. da p. 310:

A consciência social manifesta-se na poesia de Cesário Verde em passagens reveladoras dos seus sentimentos face a situações e personagens.

Assim, através da _________ (a) concretizada na forma verbal «Inflama-se» (v. 28), referente a «um palácio», o sujeito poético insinua _________ (b) das classes mais abastadas e intensifica os contrastes sociais.

No verso 35, o recurso à ________ (c) sugere a consternação do sujeito poético perante as mulheres conotadas com a riqueza e com a artificialidade, sentimento distinto da ________ (d) que revela em relação às mulheres simples e trabalhadoras.

Vai lendo as pp. 318-319, com a parte IV de «O Sentimento dum Ocidental». Introduz uma quadra que se integrasse no clima desta parte IV. Usa o esquema rimático de todas as estrofes do longo poema (ABBA) e a mesma métrica (o primeiro verso é sempre um decassílabo; os restantes são dodecassilábicos).

[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]

               ___________________________

________________________________

________________________________

________________________________

Se te despachares cedo, cria ainda outro quarteto.

[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]

               ___________________________

________________________________

________________________________

________________________________

Ou outro ainda.

[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]

               ___________________________

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________________________________

Classifica as orações em que já fui dividindo algumas das frases que ouvimos em «Curso de Literatura para Porteiras» (série Lopes da Silva):

Se não me engano,

Subordinada adverbial condicional

esta é a nossa terceira aula do novo curso de literatura para porteiras.

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Em certa medida, este romance é como uma reflexão sobre as relações da beleza com a corrupção.

Frase simples

 

Eu não tenho pena nenhuma dela,

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porque a Madame Bovary, […], tem de se dar ao respeito,

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se quer ser respeitada.

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O Sr. Carlos é um bocado chocho,

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mas é bom homem.

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Da Damaia sou eu

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e não sou tão badalhoca.

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Ó Dona Fernanda, como sabe

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que, para a semana, vamos dar Os Maias?

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E agora saiu uma,

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que é a Colóquio-Letras Mais Atrevida,

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que traz todas as posições

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que ela fez com o irmão.

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Classifica os segmentos sublinhados em termos aspetuais, temporais, modais.

Pensamos no futuro amanhã

(interpret.: Ana Bacalhau | letra e música: João Só)

O sonho vulgar

De um futuro invulgar

De olhos fixos no teto

De um quarto secreto

A arrumar as estrelas

Em mapas e tabelas

Como se alguém pudesse contê-las,

Vamos conquistando o nosso canto no espaço   valor aspetual: _________

No vaivém de um gesto

Na incerteza de um abraço

 

Nada de novo debaixo do céu

A não ser tu, a não ser eu

Nada de novo no ecrã

Pensamos no futuro, amanhã   valor temporal: ________

Pensamos no futuro, amanhã

 

Tens a vida toda pela frente   valor modal: _________ (certeza)

Diz toda a gente

Mas é agora que se torce o futuro   valor temporal: _________

Metido no escuro

Andas a ver mosquitos na outra banda   valor aspetual: _________

Diz quem pode, diz quem manda   valor modal: ________ (permissão)

 

Vamos conquistando o nosso porto inseguro   valor temporal: ________

O nosso universo

Para lá do muro

 

Nada de novo debaixo do céu

A não ser tu, a não ser eu

Nada de novo no ecrã

Pensamos no futuro, amanhã   valor modal: _________ (obrigação)

TPC — Vê as instruções da ‘Tarefa sobre obra de Eça’, que porei em Gaveta de Nuvens nos próximos dias. Mais tarde farei a chamada para Classroom, mas convém ir já pensando no assunto. (E, se não o fizeste, vai concluindo leitura de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires.)

 

 

Aula 107-108 (13 [3.ª, 5.ª], 14/mai [1.ª, 4.ª]) Correção de tarefa da aula anterior (com métrica e rima).

Na p. 198, vai lendo a apreciação crítica «Pôr do Sol: a novela da RTP que goza com todas as novelas é absurda (e muito divertida)» e escolhendo a melhor alínea de cada item. (Consulta só o texto. Não uses outras páginas do manual.)

De acordo com o texto, contribuem para a dimensão satírica de Pôr do Sol

a) o realismo nos pormenores de realização.

b) o contraste entre o tom e o conteúdo das falas.

c) a exploração da temática do amor proibido.

d) as referências cómicas às novelas televisivas.

 

Ao recorrer à expressão «enorme caldeirão de clichés» (l. 4), o autor utiliza

a) a hipérbole, para salientar a qualidade da linguagem.

b) a antítese, para opor a quantidade de frases-feitas à escassez de personagens.

c) a metáfora, para sugerir a combinação de recursos típicos das novelas.

d) a ironia, para denunciar a extensão do argumento.

 

Os aspetos valorizados na novela de Henrique Dias Cardoso e Manuel Pureza não incluem

a) a verosimilhança.

b) o tom humorístico.

c) o desempenho dos atores.

d) o trabalho do guionista e do realizador.

 

Do ponto de vista do autor, o grande mérito de Pôr do Sol é

a) evidenciar o carácter disruptivo das novelas portuguesas.

b) recorrer a temas e processos originais.

c) transformar o formato tradicional da novela.

d) refletir a cultura nacional.

 

«Se tudo isto parece absurdo e forçado – é porque é.» (l. 18) visa

a) mostrar que a série tenta fazer a caricatura de novelas mas é verosímil, realista.

b) vincar a índole propositadamente disparatada de muitas situações de Pôr de Sol.

c) sublinhar que também na vida real há situações que parecem absurdas e forçadas.

d) deixar ao critério do leitor se a ação em Pôr do Sol é estapafúrdia ou realista.

 

Ao escrever-se que Pôr do Sol «é talvez uma das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33),

a) assume-se que Pôr do Sol é uma verdadeira novela.

b) não se pretende dizer que se trata de uma novela mas considera-se que é uma muito boa série.

c) deixa-se claro que as novelas portuguesas têm um caráter específico, diferente de todas as outras.

d) insinua-se que, sendo as novelas más, o mérito de Pôr de Sol está em ser diferente delas.

 

No primeiro período (l. 1) há

a) duas orações (subordinante e subordinada).

b) duas orações (coordenada e coordenada assindética).

c) uma oração.

d) duas orações (coordenada e subordinante).

 

Considerando que «mini» é um afixo (não é um radical), «mininovela» (l. 1), quanto à formação, é uma palavra

a) derivada por prefixação.

b) composta morfologicamente.

c) derivada não afixal.

d) formada por conversão.

 

No segundo período do texto (ll. 2-3), «que domina a televisão portuguesa (e não só)» é uma oração subordinada

a) substantiva relativa.

b) substantiva completiva.

c) adjetiva relativa explicativa.

d) adjetiva relativa restritiva.

 

O constituinte «pela filha da família rica» (l. 6) desempenha a função sintática de

a) predicativo do sujeito.

b) complemento oblíquo.

c) complemento agente da passiva.

d) sujeito.

 

A utilização do pronome «eles» (l. 7) e da expressão «na verdade» (l. 8) contribui para a coesão

a) gramatical frásica, no primeiro caso, e lexical por reiteração, no segundo caso.

b) gramatical lexical por reiteração, no primeiro caso, e interfrásica, no segundo caso.

c) gramatical referencial, no primeiro caso, e gramatical frásica, no segundo caso.

d) gramatical referencial, no primeiro caso, e gramatical interfrásica, no segundo caso.

 

Em «Gabriela Barros interpreta as gémeas Matilde e Filipa.» (ll. 10-11) há um ato de fala

a) assertivo.

b) declarativo.

c) compromissivo.

d) expressivo.

 

A função sintática de «que» (l. 14) é de

a) complemento direto.

b) sujeito.

c) complemento do adjetivo.

d) complemento oblíquo.

 

A modalidade em «tem de lidar com o seu irmão rancoroso, Simão» (ll. 14-15) é

a) epistémica, com o valor de certeza.

b) deôntica, com o valor de obrigação.

c) apreciativa, com o valor de obrigação.

d) epistémica, com o valor de permissão.

 

«da principal revista de moda em Portugal» (l. 17) desempenha a função sintática de

a) sujeito.

b) complemento do adjetivo.

c) complemento do nome.

d) complemento oblíquo.

 

Em «está a tentar descobrir as suas origens» (l. 17),

a) o valor aspetual é imperfetivo e o valor temporal é de simultaneidade.

b) o valor aspetual é habitual e o valor temporal é de simultaneidade.

c) o valor aspetual é perfetivo e o valor temporal é de posterioridade.

d) o valor aspetual é genérico e o valor temporal é de anterioridade.

 

A função sintática de «pelo guião» (l. 25) é de

a) complemento do nome.

b) complemento do adjetivo.

c) modificador do grupo verbal.

d) complemento oblíquo.

 

«viciante» (l. 30) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) complemento oblíquo.

d) complemento do adjetivo.

 

A oração «que estamos a um milímetro de se quebrar a chamada “quarta parede”» (ll. 30-31) é

a) subordinada substantiva completiva, com função de complemento oblíquo.

b) subordinada substantiva completiva, com função de complemento direto.

c) subordinada substantiva relativa, com função de complemento direto.

d) subordinada substantiva relativa, com função de complemento do nome.

 

A modalidade em «é talvez uma das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33) é

a) epistémica, com o valor de certeza.

b) epistémica, com o valor de probabilidade.

c) apreciativa, com o valor de possibilidade.

d) deôntica, com o valor de obrigação.

Completa este esquema (que tirei de Palavras 11):



Início de A Ilustre Casa de Ramires:

Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre, em chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a camisa de chita cor de rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires (que naquela sua velha aldeia de Santa Ireneia, e na vila vizinha, a asseada e vistosa Vila Clara, e mesmo na cidade, em Oliveira, todos conheciam pelo «Fidalgo da Torre») trabalhava numa novela histórica, A Torre de D. Ramires, destinada ao primeiro número dos Anais de Literatura e de História, revista nova, fundada por José Lúcio Castanheiro, seu antigo camarada de Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico, em casa das Severinas.

Início de Os Maias:

A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspeto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-se-ia a um colégio de Jesuítas. O nome de Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do Escudo de Armas, que nunca chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data.

Completa:

Pôr do Sol

Os Maias. Episódios da vida romântica

A Ilustre
Casa de Ramires

Há sempre um legado de família representado numa propriedade/edifício:

a ________, onde está também o cerejal que constitui o negócio dos Bourbon de Linhaça.

o ________, agora remodelado, que, vendida Benfica e a Tojeira, era o que restava aos Maias em Lisboa.

a _______, que recorda a glória dos Ramires e é parte do título da novela histórica que Gonçalo tenta escrever.

No presente da narração, apesar da decadência que se sente subliminarmente, há sonhos de nova glória provindos de

_________ do comércio de cerejas, em busca de novos mercados.

________ de Carlos em Lisboa, com expetativas de sucesso profissional.

________ de novela histórica, que Gonçalo espera lhe dê notoriedade.

No entanto, os anseios de vitória (e redenção) que tomam conta dos protagonistas contrastam com os pequenos pecados que não deixam de atormentar a consciência destes heróis

Madalena _______ o facto de a sua filha Matilde não ser, na verdade, uma Bourbon de Linhaça.

Carlos vai ceder pouco depois ao diletantismo, ______ a flirts, procrastinar o trabalho, etc.

Gonçalo, falho de inspiração e de conhecimentos da história da família, _______ o poema do tio Duarte.

Ao mesmo tempo, há alusões às glórias passadas:

mencionam-se os milhares de anos da linhagem dos Bourbon de Linhaça e alude-se à relíquia que é o ____ de São Cajó.

ainda no capítulo inicial (e até ao cap. IV) começa a fazer-se a _______ da família.

à medida que Gonçalo vai escrevendo, acompanhamos os ________ desde a Idade Média.

TPC — Está em curso tarefa sobre A Ilustre Casa de Ramires / Os Maias. Se ainda não o fizeste, consulta as instruções em Gaveta de Nuvens. Independentemente dessa tarefa, a leitura do livro de Eça é imprescindível (e será controlada muito proximamente).

 

 

Aula 109-110 (15 [3.ª, 1.ª], 16 [4.ª], 20/mai [5.ª]) Correção de questionário de compreensão feito na aula anterior.

Apresentam-se os inícios (1-8) e os finais (A-H) de oito romances de Eça de Queirós. (Dos publicados em vida do autor só não estão Os Maias e A Ilustre Casa de Ramires, que aliás é semipóstumo. Também não incluo, por ter sido escrito em colaboração com Ramalho Ortigão, O Mistério da Estrada de Sintra.)

Põe ao lado dos títulos os que te pareçam ser os respetivos inícios (1 a 8) e finais (A a H):

Romances de Eça de Queirós (segundo a ordem de publicação)

Inícios (1-8)

Finais (A-H)

O Crime do Padre Amaro

 

 

O Primo Basílio

 

 

O Mandarim

 

 

A Relíquia

 

 

A Cidade e as Serras

 

 

A Capital! (começos duma carreira)

 

 

O Conde de Abranhos

 

 

Alves & C.ª

 

 

Inícios

1             A estação de Ovar, no caminho de ferro do Norte, estava muito silenciosa, pelas seis horas, antes da chegada do comboio do Porto.

2            À EX.MA SR.A CONDESSA DE ABRANHOS

               MINHA SENHORA: Tive, durante quinze anos, a honra tão invejada de ser o secretário particular de seu Ex.mo Marido, Alípio Severo Abranhos, Conde de Abranhos, e consumo-me, desde o dia da sua morte, no desejo de glorificar a memória deste varão eminente, orador, publicista, estadista, legislador e filósofo.

3            Nessa manhã, Godofredo da Conceição Alves, encalmado, soprando por ter vindo do Terreiro do Paço quase a correr, abria o batente de baetão verde do seu escritório num entressolo na Rua dos Douradores, quando o relógio de parede por cima da carteira do guarda-livros batia as duas horas, naquele tom, cavo, a que os tetos baixos do entressolo davam uma sonoridade dolente, e cava. Godofredo parou, verificou o seu próprio relógio preso por uma corrente de cabelo sobre o colete branco, e não conteve um gesto de irritação vendo a sua manhã assim perdida, pelas repartições do Ministério da Marinha: e era sempre assim quando o seu negócio de comissões para o Ultramar o levava lá: apesar de ter um primo de sua mulher Diretor-Geral, de escorregar de vez em quando uma placa de cinco tostões na mão dos contínuos, de ter descontado a dois segundos oficiais letras de favor, eram sempre as mesmas dormentes esperas pelo ministro, um folhear eterno de papelada, hesitações, demoras, todo um trabalho irregular, rangente e desconjuntado de velha máquina meio desaparafusada.

4            Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria que o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem sanguíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica — que o detestava — costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:

               — Lá vai a jiboia esmoer. Um dia estoura!

5            O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.

               No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando por colina e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em tempos de el-rei D. Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo Douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas, todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, n.° 202.

6            Decidi compor, nos vagares deste verão, na minha Quinta do Mosteiro (antigo solar dos condes de Lindoso), as memórias da minha Vida — que neste século, tão consumido pelas incertezas da Inteligência e tão angustiado pelos tormentos do Dinheiro, encerra, penso eu e pensa meu cunhado Crispim, uma lição lúcida e forte.

7             Eu chamo-me Teodoro — e fui amanuense do Ministério do Reino.

               Nesse tempo vivia eu à Travessa Conceição n.° 106, na casa de hóspedes da D. Augusta, a esplêndida D. Augusta, viúva do major Marques. Tinha dois companheiros: o Cabrita, empregado na Administração do bairro central, esguio e amarelo como uma tocha de enterro; e o possante, o exuberante tenente Couceiro, grande tocador de viola francesa.

8            Tinham dado onze horas no cuco da sala de jantar. Jorge fechou o volume de Luís Figuier que estivera folheando devagar, estirado na velha voltaire de marroquim escuro, espreguiçou-se, bocejou e disse:

               — Tu não te vais vestir, Luísa?

 

Finais

A           Artur, instintivamente, olhou o molho de erva, que a pequena com muito cuidado apertava na dobra da saia, contra o ventrezinho. Já havia naquela erva, pensou, — porque sempre, de Coimbra, conservara ideias panteístas — havia já alguma coisa da doce velha.

               — Para que é a erva, tio Jacinto?

— A erva? Ah, que é muito tenra. Escolhi-a de propósito. Saiba V. S.ª que é para os coelhos — respondeu o tio Jacinto, fechando a grade de ferro do cemitério.

B            E não é sem uma emoção profunda que ali vou cada ano em piedosa romagem, contemplar a alta figura, marmórea, com o seu porte majestoso, o peito coberto das condecorações que lhe valeu o seu merecimento, uma das mãos sustentando o rolo dos seus manuscritos, para indicar o homem de letras, a outra assente sobre o punho do seu espadim de moço fidalgo, para designar o homem de Estado — e os olhos, por trás dos óculos de aros de ouro, erguidos para o firmamento, simbolizando a sua fé em Deus e nos destinos imortais da Pátria!

C            E todavia, ao expirar, consola-me prodigiosamente esta ideia: que do Norte ao Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da Tartária até às ondas do Mar Amarelo, em todo o vasto Império da China, nenhum Mandarim ficaria vivo, se tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e herdar-lhe os milhões, ó leitor, criatura improvisada por Deus, obra má de má argila, meu semelhante e meu irmão!

D           E tudo isto perdera! Porquê? Porque houve um momento em que me faltou esse descarado heroísmo de afirmar, que, batendo na Terra com pé forte, ou palidamente elevando os olhos ao Céu — cria, através da universal ilusão, ciências e religiões.

E            E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos, através da natureza campestre e mansa — o meu Príncipe, atrigueirado nas soalheiras e nos ventos da serra, a minha prima Joaninha, tão doce e risonha mãe, os dois primeiros representantes da sua abençoada tribo, e eu — tão longe de amarguradas ilusões e de falsas delicias, trilhando um solo eterno, e de eterna solidez, com a alma contente, e Deus contente de nós, serenamente e seguramente subíamos — para o Castelo da Grã-Ventura!

F            E o homem de Estado, os dois homens de religião, todos três em linha, junto às grades do monumento, gozavam de cabeça alta esta certeza gloriosa da grandeza do seu país, — ali ao pé daquele pedestal, sob o frio olhar de bronze do velho poeta, ereto e nobre, com os seus largos ombros de cavaleiro forte, a epopeia sobre o coração, a espada firme, cercado dos cronistas e dos poetas heroicos da antiga pátria — para sempre passada, memória quase perdida!

G           — E nós que estivemos para nos bater, Machado! A gente em novo sempre é muito imprudente... E por causa duma tolice, amigo Machado!

               E o outro bate-lhe no ombro também, responde sorrindo:

               — Por causa duma grande tolice, Alves amigo!

H           Ao fundo do Aterro voltaram; e o visconde Reinaldo passando os dedos pelas suíças:

               — De modo que estás sem mulher...

               Basílio teve um sorriso resignado. E, depois dum silêncio, dando um forte raspão no chão com a bengala:

               Que ferro! Podia ter trazido a Alphonsine!

               E foram tomar xerez à Taverna Inglesa.

Continuação de _____ || . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Trecho antecedente de _____ || . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Título || _______________________________

Início || . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Está em curso tarefa sobre A Ilustre Casa de Ramires / Os Maias. Se ainda não o fizeste, consulta as instruções em Gaveta de Nuvens. Independentemente dessa tarefa, a leitura do livro de Eça é imprescindível (e será controlada muito proximamente).

 

 

Aula 111-112 (21 [4.ª; metade da turma em sala; a outra metade relanceará a aula na classroom], 22 [1.ª, 3.ª], 24/mai [5.ª])«Cristalizações», de Cesário Verde.

Como se trata de poema cujo «eu» (sujeito poético, sujeito lírico) é um quase-narrador — e, mais uma vez, em deambulação pela cidade —, é possível fazer sínteses-resumos de cada estrofe. Já o fiz para três quintilhas; procede agora do mesmo modo para as seis em falta. (Nota que o poema é bastante maior. O original tem vinte estrofes.)

Não uses em cada síntese mais do que vinte palavras.

                          Cristalizações

               Faz frio. Mas, depois d’uns dias de aguaceiros,

               Vibra uma imensa claridade crua.

               De cócoras, em linha, os calceteiros,

               Com lentidão, terrosos e grosseiros,

5             Calçam de lado a lado a longa rua.

 

               Como as elevações secaram do relento,

               E o descoberto sol abafa e cria!

               A frialdade exige o movimento;

               E as poças d’água, como um chão vidrento,

10           Refletem a molhada casaria.

 

               Em pé e perna, dando aos rins que a marcha agita,

               Disseminadas, gritam as peixeiras;

               Luzem, aquecem na manhã bonita,

               Uns barracões de gente pobrezita,

15           E uns quintalórios velhos, com parreiras.

 

               Não se ouvem aves; nem o choro d’uma nora!

               Tomam por outra parte os viandantes;

               E o ferro e a pedra — que união sonora! —

               Retinem alto pelo espaço fora,

20           Com choques rijos, ásperos, cantantes.

 

               Bom tempo. E os rapagões, morosos, duros, baços,

               Cuja coluna nunca se endireita,

               Partem penedos. Voam-lhe estilhaços.

               Pesam enormemente os grossos maços,

25           Com que outros batem a calçada feita.

 

               A sua barba agreste! A lã dos seus barretes!

               Que espessos forros! Numa das regueiras

               Acamam-se as japonas, os coletes;

               E eles descalçam com os picaretes,

30           Que ferem lume sobre pederneiras.

 

               E nesse rude mês, que não consente as flores,

               Fundeiam, como esquadra em fria paz,

               As árvores despidas. Sóbrias cores!

               Mastros, enxárcias, vergas! Valadores

35           Atiram terra com as largas pás.

 

               Eu julgo-me no Norte, ao frio — o grande agente! —

               Carros de mão, que chiam carregados,

               Conduzem saibro, vagarosamente;

               Vê-se a cidade, mercantil, contente:

40          Madeiras, águas, multidões, telhados!

 

               Negrejam os quintais; enxuga a alvenaria;

               Em arco, sem as nuvens flutuantes,

               O céu renova a tinta corredia;

               E os charcos brilham tanto que eu diria

45           Ter ante mim lagoas de brilhantes!

Cesário Verde, Cânticos do Realismo e Outros Poemas

Vv.

Resumo-Síntese

1-5

 

6-10

O frio e o sol convidam ao trabalho. No chão molhado, vê-se a cidade refletida.

11-15

Passam peixeiras enérgicas, a apregoarem. Veem-se barracas pobres e quintalórios.

16-20

 

21-25

 

26-30

 

31-35

 

36-40

 

41-45

Também as cores e os reflexos devidos às poças de água impressionam o «eu».

Documentário «O Livro de Cesário Verde» (série 'Grandes Livros')

Ouvidos os primeiros dez minutos do episódio da série ‘Grandes livros’ acerca de Cesário Verde, escreve V(erdadeiro) ou F(also) à esquerda dos seguintes períodos.

O documentário começa com a pergunta «Será que só existe poesia na beleza?»

Diz-se-nos depois que a poesia também é possível na noite, no feio, nos cocós, nas pequenas coisas.

Também haveria poesia no real, no mundo, no quotidiano, na vizinha do lado, no frio, no cansaço.

Metaforicamente, anuncia-se-nos irmos «abrir os Cânticos do Realismo».

Na introdução ao contexto, refere-se estar-se no tempo da Regeneração — o tempo dos comboios, dos telégrafos, das estradas, das pontes, com a ascensão da burguesia e o crescimento das cidades.

Em 1886, os jornais noticiaram, por azarada gralha, a morte de Cesário Azul, um comerciante de Lisboa que também poetava.

Cesário morreu com apenas 71 anos.

O Livro de Cesário Verde foi publicado, por iniciativa de Silva Pinto, logo em 1887.

Cesário Verde trabalhava na loja de chinês do pai, na Baixa.

Foi estudante, ainda que fugazmente, da Faculdade de Direito de Lisboa.

O espólio de Cesário Verde perdeu-se num tsunâmi que fez submergir a casa de Linda-a-Pastora.

A família de Cesário Verde vivia com dificuldades económicas.

Em vida, Cesário não foi reconhecido como bom poeta.

O poema «Esplêndida» teve esplêndida receção por parte de leitores e direção do Diário de Notícias, que o publicara.

Cesário Verde foi acusado de ter sido influenciado por Les Fleurs du Mal, de Baudelaire.

Ramalho Ortigão recomendou-lhe que fosse menos Verde e mais Cesário.

Para Pedro Mexia, a forma como Cesário descreve as mulheres é «tudo menos lírica — é uma forma bastante brutal e, hoje, diríamos ‘misógina’»; não era um poeta que escrevesse para agradar.

Cesário Verde serviu-se de novas palavras, de métrica e rimas inovadoras, de uma adjetivação sem paralelo.

Para o ensaísta Eugénio Lisboa, o único equivalente a Cesário na sua época seria Eça de Queirós, ainda que este tivesse sido prosador.

Segundo refere Maria Filomena Mónica, o primeiro poema de Cesário Verde é de 1873.

Resolve, num comentário conjunto (num único texto), os itens 1.1 e 1.2 de «Letras Prévias» (p. 284 do manual).

Viagem (Tiago Bettencourt)

Faz essa viagem, meu bem
Que as tuas mãos livres venham cheias
Que teus pés descalços ganhem vidas
Serenem no alívio dessa estrada

 

Faz essa viagem, meu bem
Tudo o que se perde ganha asas
Anjos que caminham lado a lado
Vozes que nos guiam as palavras

 

Vai além, segue vida, segue tempo
Como folha na corrente
Vai, meu bem, segue luta, fogo ardente
Choro, riso, segue em frente

 

Voltarás um dia também
Como todos nós que um dia vamos
Procurando luzes que nos faltam
Encontrando os passos onde andamos

 

Tens essa coragem, eu sei
De largar as coisas mais amadas
Descobrir o sítio onde se lavam
Dores que se querem descansadas

 

Vai, além, segue vida, segue tempo
Como folha na corrente
Vai, meu bem, segue luta, fogo ardente
Choro, riso, segue, em frente

 

Vai, meu bem

 

Voltarás um dia, eu sei
Com teus anjos fortes pelo ombro
Infinito amor em cada asa
De braços abertos para casa

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Completa depois de vermos o começo do filme.

Malèna (Giuseppe Tornatore)

Os Maias (Eça de Queirós)

A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós)

Género perseguido — Modelo inspirador

Malèna pretende ser um filme de memórias (memórias da infância ou, melhor, do começo da adolescência). Há também algum parentesco com as narrativas de formação, em que acompanha-mos o crescimento, a educação, do herói. Terá estado na ideia do realizador repetir o êxito que tivera com Nuovo Cinema Paradiso (1989), que, tal como Malèna, também versa mais sobre a nostalgia, a memória, do que sobre o _____ (no Cinema Paraíso, o lado da formação do futuro cineasta é evidente, aqui é a iniciação _____ que é aflorada).

Os Maias pretende contar a história de uma família (até à _____ que se abate sobre ela) mas é também, como se entrevê pelo _____ («episódios da vida romântica») um retrato da sociedade. Nesta parte, Eça seguiria o programa de Balzac, na enorme série de romances que constituem a Comédie Humaine (também Eça pensara numa série de obras com «Cenas da Vida Portuguesa»).

A Ilustre Casa de Ramires tem um escopo, apresentar o Portugal do século XIX, o «dos Ramires de braços cruzados», em contraste com o Portugal antigo, o dos Ramires retratados na novela ____, passada no século XII, que Gonçalo vai escrevendo. Uma das influências de Eça sempre lembradas é a de Flaubert (neste caso, também pela assunção de um tema histórico). Há ainda a intenção de caricaturar o estilo romântico, rebuscado e excessivo, das novelas históricas, através da sua paródia-pastiche no texto que escreve o _____.

Narrador — Articulação narrativa

No início e no fim de Malèna há uma voz em off. É um narrador que percebemos estar no presente, coincidente com o nosso (mesmo se o filme é de 2000), que nos leva até ao enredo que interessa, um pouco como acontecia em Amor de Perdição. Esse narrador homodie-gético, que também se vai apagar bastante durante a história que vamos conhecer (porque, no cinema, não convém abusar da «narração»), não se identifica, porém, com um sobrinho do herói (como ____ relativamente a Camilo) mas antes com o próprio protagonista. No fundo, o narrador é o sexagenário ou septuagenário correspondente ao adulto em que _____ se terá tornado.

Nos Maias o narrador é heterodiegético, não se identifica com nenhuma personagem em especial, embora, graças sobretudo ao uso do discurso indireto livre, se vá focalizando em quase todas elas. A história não é contada linearmente. Começamos já com a instalação no Ramalhete, mas, depois, recuamos no tempo e é-nos contada a «intriga secundária» (Pedro e _____), necessária para o desfecho trágico da intriga principal (Carlos e Maria Eduarda), que ocupará todo o romance a partir de quando se chega de novo ao momento da instalação de Carlos em Lisboa. O epílogo sucede a uma elipse da ação: passaram dez anos, dando-se agora o ____ de Carlos.

Na Ilustre Casa o narrador é heterodiegético. Ao longo de onze capítulos, a ação principal é narrada em relativa sequencialização temporal, se descartarmos que há quase sempre «alternância» com a ação da narrativa encaixada, a novela histórica escrita por ____, que aliás parece, aqui e ali, interligada com circunstâncias da ação principal. O último capítulo, XII, sucede a uma elipse da ação: passaram quatro anos, dando-se agora o _____ de Gonçalo.

Indica a função sintática do que esteja sublinhado:

Velha infância (Tribalistas)

Você é assim,

Um sonho p’ra mim,

E, quando eu não te vejo,    _____________

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito.

 

Eu gosto de você     _____________

E gosto de ficar com você.

Meu riso é tão feliz contigo,

O meu melhor amigo

É o meu amor.

 

E a gente canta

E a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança,

A gente brinca    _____________

Na nossa velha infância.

 

Seus olhos, meu clarão,

Me guiam dentro da escuridão,

Seus pés me abrem o caminho,    _____________

Eu sigo e nunca me sinto só.

 

Você é assim,    _____________

Um sonho p’ra mim,

Quero te encher de beijos.

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito.

 

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você.

Meu riso é tão feliz contigo,    _____________

O meu melhor amigo

É o meu amor.

 

E a gente canta,    _____________

A gente dança,

A gente não se cansa

De ser criança.

A gente brinca

Na nossa velha infância.

 

Seus olhos, meu clarão,

Me guiam dentro da escuridão,    _____________

Seus pés me abrem o caminho,

Eu sigo e nunca me sinto .    _____________

 

Você é assim,

Um sonho p’ra mim.

Você é assim,    _____________

Você é assim,

Um sonho p’ra mim.

Você é assim.

TPC — Recordo o caderno de encargos até ao fim do ano: (i) terminar leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires; (ii) entregar tarefa sobre a referida obra de Eça (até fim de semana de 25-26 de maio); (iii) rever gramática (funções sintáticas; orações; outros assuntos mais pequenos).

 

 

Aula 113-114 (23 [4.ª], 27 [3.ª, 5.ª], 28/mai [1.ª]) Correções dos textos a imitar Eça.

Resolve, num comentário conjunto (num único texto), os itens 1.1 e 1.2 de «Criticar/Analisar» (p. 330 do manual).

«Na minha rua» (Anaquim, As vidas dos outros)

Na minha rua há restos de vidas
Restos de famílias de mães desaparecidas
E outras há que deram vida às vidas que por ali param
Vindas de passagem e de passagem lá ficaram

Na minha rua há restos de cartazes
Restos de eleições, de “Sim ao aborto” e outras frases
Que eu não votei mas fiz pressão p’ra que outro alguém votasse
E a minha consciência passa a vida num impasse

Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar

Na minha rua há restos de namoros
De beijos e abraços de zangas e desaforos
E eu não tive ninguém que se dignasse a odiar-me
No meu mau feitio de preguiça, humor e charme

Na minha rua há restos de noites,

Restos de garrafas, bebedeiras e açoites
Gemidos disfarçados p’la euforia dos turistas
À porta de boîtes tão baratas como ariscas

É tão bom saber que há vida assim

Ai faz tão bem ter histórias p’ra contar
Eu quero ir, poder então fugir
É bom p’ra mim, é bom para quem tão bem me quer

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Circunda a(s) alínea(s) que descreve(m) a tua situação relativamente à leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires. Antes, nesta linha que acabámos de abandonar, começa por circundar o título do livro de Eça que leste, estás a ler ou tencionas ler.

a) Li o livro na totalidade.

b) Li quase todo livro, faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).

c) Li cerca de metade da obra.

d) Li cerca de um terço da obra.

e) Li os dois ou três primeiros capítulos.

f) Na verdade, ainda não li mais do que o primeiro capítulo (mas esse li-o todo).

g) Ainda não completei o primeiro capítulo mas já li as páginas iniciais do livro.

h) Li a capa, o anterrosto, o frontispício (ah!, e a lombada).

i) Li o livro o ano passado, já que estava no 11.º ano.

j) Li o livro o ano passado (na verdade, não o cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei‑o e ouvi falar sobre ele, já que estava no 11.º ano).

k) Li resumos mas quase nada do livro propriamente dito.

l) Li todo o livro, mas nas férias de verão, pelo que já tudo se me varreu do meu cérebro tão cheio de solicitações.

m) Vi o filme realizado por João Botelho (que é bem secante!).

n) Li todo o livro, mas fi-lo há dez anos pelo que já não me lembro do enredo.

o) Não li, mas tenciono ler nas férias, na véspera do exame de Física e Química.

p) Não li e não tenciono ler, por ser difícil compatibilizar os meus afazeres próximos — treino intensivo para uma competição de curling — com a leitura do grande romance do magistral Eça.

q) Não li, não tenciono ler e tenho ódio a quem leu.

LEITURAS EM VOZ ALTA

Malèna (Giuseppe Tornatore)

Os Maias (Eça de Queirós)

A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós)

Tempo — tempo da história vs. tempo do discurso

O tempo da diegese (isto é, o tempo da história, o tempo das acontecimentos narrados) está bem ______. O narrador-protagonista refere que se lembra bem da data por que vai começar, o dia em que estreou uma bicicleta, na Primavera de 1940, aos doze anos e meio. E é um acontecimento histórico que permite situar o exato começo da ação: nessa mesma data, o Duce (Mussolini) anunciava a entrada da Itália na guerra (a Segunda Grande Guerra). Com efeito, em Malena o contexto histórico tem uma função enquadradora importante. O tempo da história corresponde aos anos que dura a guerra, cuja evolução vai aliás influenciar os acontecimentos que nos são «narrados». O fim do filme coincide com o recomeço da vida normal, uma vez terminada a guerra. Esses cinco anos encerram a paixão de que trata o filme. (Além das incidências da guerra, também as fitas de cinema que o adolescente revê em sonhos constituem uma moldura contextualizadora.) Sabemos que o tempo do discurso vai até mais longe, já que o narrador compara aquele seu amor com todos os outros que depois teve, pelo que percebemos que o tempo da enunciação é o de um adulto com vida longa, que virá até próximo do nosso ______.

Nos Maias, quando o cap. I começa, estamos em 1875 e, durante umas páginas, descreve-se-nos o Ramalhete. Ainda durante o cap. I e até ao IV, vamos ter uma ______ que nos dá a história da família entre 1820 a 1875 (juventude, exílio e casamento de Afonso; infância de Pedro em Inglaterra, regresso a Benfica, suicídio de Pedro; infância e educação de Carlos — um dia de abril em Santa Olávia ocupa quase todo o capítulo III —, estudos em Coimbra; viagem pela Europa). Os capítulos IV a XVII são o miolo da narrativa, incluindo a ação da _____ principal, 1875-1876. No início do capítulo XVIII, vários anos são-nos dados em sumário, de umas três páginas (Carlos e Ega a viajarem, em1877, e o regresso de Ega a Lisboa); e, depois de uma elipse que nos coloca em 1886-1887, temos algumas horas apenas de Carlos regressado a Lisboa dadas em todo o resto do capítulo. Em suma, o discurso não cumpre a ordem temporal da história (dada a analepse nos três primeiros capítulos) e também não é proporcional, em termos de duração (há resumos, elipses, resumos-elipses — «Mas esse ano passou, outros anos passaram» (início do cap. III); «E esse ano passou. [...] Outros anos passaram» (cap. XVIII) — decerto muitos momentos de pausa, em que o tempo da história é «menor» do que o do discurso, como sucede na ______ inicial do Ramalhete), embora também haja isocronias (as várias cenas dialogadas). O tempo da história corresponde a cerca de setenta anos (o tempo do discurso, se quisermos, ao total de páginas de cada edição).

Na Ilustre Casa de Ramires, se não considerarmos o tempo da novela ______ encaixada, tudo se passa quase segundo a ordem da diegese (se também descartarmos, ainda no capítulo I, a analepse em que se nos dá, em relativo resumo, o passado de Gonçalo e da família). Quanto à relação discurso/história em termos de duração, temos de assinalar, no início do cap. XII, uma elipse de quatro anos («Quatro anos passaram ligeiros e leves sobre a velha Torre, como voos de ave»), que antecede o ______ que constitui todo esse último capítulo. Entretanto, a novela histórica e todas as alusões aos ascendentes de Gonçalo implicam recuos diversos, pontuais, sobretudo ao século XII.

Classifica as orações sublinhadas:

«Fazes-me falta» (João Pedro Pais)

Se te fizesse    Subordinada ________condicional
Tudo aquilo que me apetece
As vezes que eu pudesse,
Ias rir-te de mim.    __________

 

Mesmo que desse    Subordinada adverbial________
Para ser tudo o que parece
,
Um homem não esmorece    Subordinante (e Coordenada)
E luta até ao fim.    Coordenada _________

 

Eu não me esqueço,    Coordenada
És aquilo que conheço,    ___________________
Tenho a vida que mereço.    Coordenada assindética
Se te perco, fico tenso   Subordinada adverbial _______  ;  Subordinante

Porque és tudo para mim.    Subordinada                       causal

 

O teu olhar é tão intenso,
Ainda temos algum tempo,
Semeio flores no teu jardim.

 

Quando tu me pedes, eu dou,    Subordinada adverbial _______
Onde tu me levas eu vou,    Subordinada __________
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que fazes falta aqui.    Subordinada substantiva ________

 

Se tu disseres,
Quantas vezes me quiseres,
És deusa feita mulher,
Vou dizer-te sempre que sim.

 

Se me mostrares
Tudo aquilo que escondeste,    Subordinada adjetiva ________
O que não deste e prometeste,
Vou cuidar de ti.

 

Quando tu me pedes, eu dou,
Onde tu me levas eu vou,
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que tu fazes falta aqui.

 

Enquanto pudermos dar,    Subordinada adverbial _________
Termos vontade e querer,
Mesmo que saibamos estar,
Já só nos resta fazer.

 

Podemos ter ideais,
Deixar ser e pertencer,
A isto tu pedes mais,
Eu quero ouvir-te querer,
Eu quero ouvir-te querer.

 

Quando tu me pedes, eu dou,    __________
Onde tu me levas eu vou,
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que fazes falta aqui.

TPC — (i) termina leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires; (ii) entrega tarefa sobre a referida obra de Eça (até ao fim de semana de 25-26 de maio); (iii) revê gramática (funções sintáticas; orações; outros assuntos mais pequenos).

 

 

Aula 115-116 (28 [4.ª], 29 [3.ª, 1.ª], 31/mai [5.ª]) Correções dos questionários sobre obras de Eça a ler.

Este assunto é de gramática mas também respeita ao estilo de Eça de Queirós, já que o discurso indireto livre é uma sua característica muito notória. Para já, passa um trecho de Os Maias (cap. II) que está em discurso direto para discurso indireto:

Discurso direto

— Mas para onde fugiram, Pedro? Que sabes tu, filho? Não é só chorar...

— Não sei nada — respondeu Pedro num longo esforço. — Sei que fugiu. Eu saí de Lisboa na segunda-feira. Nessa mesma noite, ela partiu de casa numa carruagem, com uma maleta, o cofre de joias, uma criada italiana que tinha agora, e a pequena. Disse à governanta e à ama do pequeno que ia ter comigo. Elas estranharam, mas que haviam de dizer?... Quando voltei, achei esta carta.

Discurso indireto

Afonso perguntou _______ para onde _________. Perguntou ______ que ________ e disse que não era só [ou não bastava] chorar.

Num longo esforço Pedro ________________ e acrescentou que _____ que ela ________. Disse também que ele saíra de Lisboa na segunda-feira e que, __________ noite, ela partira de casa numa carruagem, com uma maleta, o cofre de joias, uma criada italiana que tinha _________, e a pequena. Pedro relatou depois que Maria _______ à governanta e à ama do filho que ia ter _______ e que elas _______. Exclamou que não poderiam ter dito outra coisa e disse que, quando ______, tinha achado ________ carta.

Sintetizemos as alterações (incluindo também as que não calhou serem necessárias) que decorrem na passagem do discurso direto a discurso indireto:

Travessão ou dois pontos (a delimitarem verbo de elocução) dão lugar a conjunção subordinativa completiva

Eg «— respondeu Pedro» >

«Pedro respondeu ___ [...]»

Vocativo passa a Complemento indireto

Eg «Pedro» > «________»

Trocas de tempo (se o verbo introdutor estiver no Pretérito Perfeito)

Presente > ______;

Perfeito > ___________; Futuro > Condicional; Imperativo > Conjuntivo

Trocas de pessoa (se o verbo introdutor estiver na 3.ª pessoa)

1.ª, 2.ª > ___

Trocas de deíticos

ontem > na véspera; hoje > naquele dia; amanhã > no dia seguinte; aqui > ___; cá > lá; este/esse > aquele; isto/isso > ____

Acomodações (mas só as imprescindíveis) de eventuais marcas de oralidade

Eg «Não é só chorar...» talvez pudesse ficar «não bastava chorar»

Repara agora como ficaria o mesmo passo em Discurso indireto livre:

Mas para onde tinham fugido? Que sabia ele? Não era só chorar...

Pedro não sabia nada. Sabia que ela fugira. Ele saíra de Lisboa na segunda-feira. Nessa mesma noite, ela partira de casa numa carruagem, com uma maleta, o cofre de joias, uma criada italiana que tinha agora, e a pequena. Dissera à governanta e à ama do pequeno que ia ter com ele. Elas tinham estranhado, mas que haviam de dizer?... Quando voltara, achara aquela carta.

No discurso indireto livre, o narrador relata as falas das personagens quase que as reproduzindo literalmente mas sem fronteira com a sua própria voz. Omite-se o verbo introdutor e conservam-se marcas de oralidade (interjeições, pontuação expressiva). Relativamente ao discurso direto, a diferença é que, tal como no discurso indireto comum, no indireto livre os tempos verbais mudam. (No manual, esta matéria está nas pp. 240-241 e 366-367.)

Seguem-se dois passos de Os Maias que abordam diferentes modelos de educação: a de Pedro (romântica) e a de Carlos. O segundo também está em «A educação de Carlos» (manual, p. 237)

[cap. I]

Odiando tudo o que fosse inglês, não consentira que seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao colégio de Richmond. Debalde Afonso lhe provou que era um colégio católico. Não queria: aquele catolicismo sem romarias, sem fogueiras pelo S. João, sem imagens do Senhor dos Passos, sem frades nas ruas — não lhe parecia a religião. A alma do seu Pedrinho não abandonaria ela à heresia; — e para o educar mandou vir de Lisboa o padre Vasques, capelão do conde de Runa.

O Vasques ensinava-lhe as declinações latinas, sobretudo a cartilha: e a face de Afonso da Maia cobria-se de tristeza, quando, ao voltar de alguma caçada ou das ruas de Londres, de entre o forte rumor da vida livre — ouvia no quarto dos estudos a voz dormente do reverendo, perguntando como do fundo de uma treva:

Quantos são os inimigos da alma?

E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando:

— Três. Mundo, Diabo e Carne...

Pobre Pedrinho! Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo Vasques, obeso e sórdido, arrotando do fundo da sua poltrona, com o lenço do rapé sobre o joelho...

[cap. III]

Vilaça, sem óculos, um pouco arrepiado, passava a ponta da toalha molhada pelo pescoço, por trás da orelha, e ia dizendo:

— Então o nosso Carlinhos não gosta de esperar, hem? Já se sabe, é ele quem governa... Mimos e mais mimos, naturalmente...

Mas o Teixeira, muito grave, muito sério, desiludiu o senhor administrador. Mimos e mais mimos, dizia Sua Senhoria? Coitadinho dele, que tinha sido educado com uma vara de ferro! Se ele fosse a contar ao sr. Vilaça! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes a gear lá fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do avô pela criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus lhe perdoe, ele, Teixeira, chegara a pensá-lo... Mas não, parece que era sistema inglês! Deixava-o correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas... E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita dureza.

No primeiro trecho, relativo à educação de Pedro, há duas ou três linhas que podem exemplificar o discurso indireto livre. Sublinha-as.

No trecho já do cap. III, com a ida de Vilaça a Santa Olávia, que testemunha a educação de Carlos (contrastada com a de Eusebiozinho, que, no fundo, replicava a que seguira o pai de Carlos), temos todo um parágrafo em discurso indireto livre, o {circunda a melhor opção} primeiro / segundo / terceiro /nonagésimo segundo. Para nos apercebermos das características desta maneira de reproduzir o diálogo, completa com o que lhe corresponderia nos outros modos de reprodução do discurso no discurso:

Discurso direto

— ________ Senhoria, ______ «mimos e mais mimos»? Coitadinho dele, que ___________ com uma vara de ferro! __________! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes a gear lá fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do avô pela criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus _____________________... Mas não, parece que ___ o sistema inglês. _______ correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas... E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita dureza. — desiludiu o Teixeira, muito grave, muito sério, _________.

Discurso indireto

Mas o Teixeira, muito grave, muito sério, desiludiu Vilaça, retorquindo-lhe que Carlos não era mimado e que o coitado _________ com uma vara de ferro. Disse ainda que se _______________________. {basta até aqui}

Malèna

(Giuseppe Tornatore)

Os Maias (Eça de Queirós)

A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós)

Espaço — espaço físico; simbolismo

O local em que começam e acabam as memórias daqueles cerca de cinco anos é o mesmo, a avenida marginal da vila siciliana. De resto, o espaço físico da narrativa está muitíssimo ________, tudo se passa em Castelcuto.

Nos Maias, Lisboa é o espaço da parte ‘______ de costumes’ (o sarau, na Trindade; as corridas, em Belém; o jantar, no Hotel Central; etc.). Como espaços da parte ‘intriga’, destacaríamos as várias casas da família (Benfica, Santa Olávia, Ramalhete; a Toca), Coimbra, Lisboa, Sintra. Há alusões pontuais a Inglaterra, França, Itália, Espanha, Brasil. No epílogo, no episódio do passeio final, o cenário é bastante ________: Carlos e Ega sobem do Passeio Público até ao Chiado, à estátua de Camões, para concluírem que Portugal, tendo mudado, não mudou.

Na Ilustre Casa, o espaço físico principal pertence a uma zona a partir da Torre (Santa Ireneia, ____, Oliveira). Esta geografia é inspirada no que Eça conhecia da área de Resende (Lamego), sede da nobre família da sua mulher. Há, porém, ambiguidades (cfr. referência à orla marítima). Surgem como espaços a que se alude pontualmente Coimbra, Porto, Lisboa. África, no final, começa por ser vista como hipótese de regeneração., como desfecho das outras viagens de Gonçalo. A Torre dos Ramires também _______ ora os feitos dos Ramires heroicos ora a própria decadência de Gonçalo (e de Portugal).

 

Malèna

(Giuseppe Tornatore)

Os Maias (Eça de Queirós)

A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós)

Personagens — caracterização (direta/indireta); composição (modelada, ou redonda/plana/tipos)

Quase todas as personagens são planas, mesmo personagens-tipo (o professor gozado pelos alunos; os adolescentes gabarolas; as vizinhas maledicentes; a descarada amante do barão não sei quantos; o pai de Renato, emotivo e antifascista; ...). Serão aliás mais figurantes, do que personagens secundárias. Malèna é que se pode considerar personagem menos óbvia, mais ____. Há aliás diferença entre a sua heterocaracterização (retratada pelos outros é apenas aquela que se insinua aos homens) e a caracterização ____ (o que vamos sabendo através das suas ações). Renato é, muitas vezes, um tipo, o do adolescente obsessivamente apaixonado, mas, quando assumido pelo narrador, já é mais modelado, mais redondo.

Nos Maias, segundo Carlos Reis, a caracterização de Pedro da Maia é tipicamente naturalista (Pedro seria o resultado da hereditariedade e do estilo de ______ recebida), visando-se comprovar uma tese (para esta escola, a literatura seguiria metodologia experimental). Nem tanto assim, a de Maria Eduarda e, ainda menos, a de Carlos. Carlos é sobretudo caracterizado indiretamente (pelo que vai fazendo) e é personagem relativamente modelada. Também assim, Afonso da Maia, o próprio Ega. Mais planas, por vezes verdadeiros tipos, são as personagens secundárias (Alencar, o poeta romântico; Dâmaso, o novo-rico; Cavalão, o jornalista corrupto; Gouvarinho, o político; _____, o gentleman; Castro Gomes, o «brasileiro»; Cohen, o banqueiro; Rufino, o deputado; Taveira, o funcionário público; a Gouvarinho, a adúltera; etc.). Aquelas que são exclusivas da vertente ‘crónica de costumes’ (episódios da vida do XIX) tendem a ser verdadeiros tipos sociais/profissionais.

Na Ilustre Casa, o protagonista, Gonçalo Mendes Ramires, é personagem relativamente modelada, não se pode dizer que seja sempre a personagem-tipo do fidalgo de província decadente e que vive dos pergaminhos dos ________. Tem defeitos que se repetem (ser timorato, por exemplo; a ambição fútil que o leva a ceder em matéria de princípios), mas mostra-se-nos também a sua má-consciência, o que torna a personagem mais verdadeira, não um simples estereótipo; e, no final, com a aventura africana, parece haver uma regeneração (que não é talvez conclusiva, porque o epílogo deixa tudo em aberto). As personagens secundárias são personagens mais planas, funcionando como tipos, muitas vezes: o criado Bento; a cozinheira Rosa; o bom padre Soeiro; o governador civil e «Don Juan» André Cavaleiro; o Videirinha, dado ao violão, que receberá, conseguido por Gonçalo, o lugar de amanuense; o deputado por Vila Clara Sanches Lucena; as maledicentes manas _____; as mulheres sempre um pouco fúteis e frágeis (mesmo Gracinha); o «boa pessoa» e ingénuo Barrolo. Há uma outra galeria de personagens (Tructezindo, o «Bastardo», etc.), as que pertencem à novela histórica, que serão mais caricaturas do que tipos, porque se trata de uma paródia-pastiche.

Gramática

Versão com fãs de Taylor Swift a usarem saias prateadas

Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica as orações sublinhadas. Poderás ter de usar: coordenada; assindética, copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; subordinante, subordinada; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa; restritiva, explicativa. A classificação deve ficar completa (o que, em alguns casos, implicará um termo; noutros, quatro).

Para que percebamos Antero, convém olhar para as suas barbas fulvas.

 

Umas escolas escolhem O ano da morte de Ricardo Reis, outras escolhem Memorial do Convento.

 

O estúpido do stor pretendia que nos espalhássemos naquele item.

 

As paisagens que vemos na poesia de Cesário são urbanas e rurais.

 

Como há greve de estivadores, não sei se os Prémios Tia Albertina chegarão a tempo.

 

Espero que os Tia Albertina, que aliás são apetecíveis e valiosos, cheguem a tempo.

 

Ponta Delgada, onde nasceu Antero, deu outros vultos importantes à cultura portuguesa.

 

Como a abstenção foi demasiado grande, serão todos doravante obrigados a votar.

 

Quem concorra ao Concurso José Gomes Ferreira arrisca-se a vencer.

 

António Costa votou na Jorge Barradas pois agora vive em Benfica.

 

O Liverpool perderá se não marcar bem o simpático coreano Son.

 

Amou, perdeu-se, morreu amando.

 

 

Renato gostava tanto de Malèna, que lhe escrevia cartas e cartas.

 

Ainda que o prazo termine em breve, haverá decerto concorrentes ao José Gomes Ferreira.

 

As aulas terminarão na terça mas os alunos vão estudar para os exames.

 

Indica a função sintática dos segmentos sublinhados (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; complemento do nome, complemento do adjetivo, modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome).

Xavi considera João Félix inegociável.

 

É importante escolhermos com atenção os Tia Albertina.

 

Cumprimenta-nos, ganhámos a lotaria!

 

A sopa de espinafres, que adoro, está azeda até dizer chega.

 

Ufa!. Felizmente, chegaram enfim as férias.

 

Indica o mecanismo de coesão dos segmentos sublinhados (coesão lexical, coesão temporal, coesão referencial, coesão frásica, coesão interfrásica).

As fãs de Swift usavam saias prateadas. Estas tinham muitas lantejoulas.

 

As raparigas foram a caminho do Estádio da Luz. As moças estavam entusiasmadas.

 

No Manchester jogou Bruno e ele estava em forma.

 

Indica o valor aspetual (genérico, imperfetivo, perfetivo, habitual, iterativo).

Os calceteiros de Cesário estão a calçar as ruas.

 

Cesário Verde escreveu o «Sentimento dum Ocidental» em 1880.

 

Pepe tem jogado jogo sim jogo não.

 

Indica a modalidade (epistémica, deôntica, apreciativa).

Se quiser ter hipóteses, o Porto deve fazer melhor.

 

Amanhã deve estar bom tempo.

 

Classifica o ato de fala (expressivo, diretivo, declarativo, compromissivo, assertivo).

Talvez o Benfica tenho melhorado este ano.

 

Tens aí a chave, Arnaldo?

 

Versão com Lady Betty a entregar os papéis do divórcio

Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica as orações sublinhadas. Poderás ter de usar: coordenada; assindética, copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; subordinante, subordinada; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa; restritiva, explicativa. A classificação deve ficar completa (o que, em alguns casos, implicará um termo; noutros, quatro).

Sabes que até nem gosto desta pergunta?

 

 

Por comeres pouco limão, tens as gengivas, que até eram bonitas, completamente podres.

 

se as cábulas não ficam à vista do professor.

 

Os bolos que se vendem no Califa são tremendamente bonitos e dulcíssimos.

 

Marta, cujo trabalho tratou de Perseu e Andrómeda, venceu as Olimpíadas da Cultura Clássica.

 

Decerto vencerás o Concurso Literário José Gomes Ferreira se concorreres em teatro.

 

Ainda os aceitarei, portanto vamos fazer trabalhos atrasados.

 

Quem vença o Concurso da «Ética na vida e no desporto» ganha uma batelada de dinheiro.

 

Mal chegou o bom tempo, foi tudo para a praia estudar gramática.

 

Vim, vi e venci.

 

 

A Mariana de Um Amor de Perdição era tão boa enfermeira, que beijava o sangue de Simão.

 

Apesar de Os Maias não serem fáceis, alguns alunos fizeram interessantes trabalhos.

 

As aulas terminam a 4 e as reuniões de avaliação começam a 6.

 

No 12.º lê-se O ano da morte de Ricardo Reis ou estuda-se Memorial do Convento.

 

A fim de tudo ser justo, nas finais da Liga Europa e da Liga dos Campeões haverá árbitros estrangeiros.

 

Indica a função sintática dos segmentos sublinhados (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; complemento do nome, complemento do adjetivo, modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome).

O exercício que estão a resolver é mais fácil que o exame de não sei quê.

 

Olhei-te de frente, de cabeça levantada.

 

 

Os exames fazem que regressem as angústias.

 

É triste chumbarem tantos alunos por causa da gramática.

 

Todos achámos Amor de Perdição muito triste.

 

Indica o mecanismo de coesão dos segmentos sublinhados (coesão lexical, coesão temporal, coesão referencial, coesão frásica, coesão interfrásica).

Podiam concorrer ao José Gomes Ferreira. O prémio literário da nossa escola dá muita fama.

 

Não concorro porque já sei que ganhava.

 

Via-a ontem. Estava linda a Mónica.

 

Indica o valor aspetual (genérico, imperfetivo, perfetivo, habitual, iterativo).

Eça ainda abandonou A Capital! a meio.

 

Os lisboetas são parvos.

 

Andou a escrever durante o verão.

 

Indica a modalidade (epistémica, deôntica, apreciativa).

Podes ir ver o jogo desde que não venhas tarde.

 

Podes estar com sorte, nunca se sabe...

 

Classifica o ato de fala (expressivo, diretivo, declarativo, compromissivo, assertivo).

Creio que Lady Betty entregou os papéis para o divórcio.

 

A partir deste momento considero divorciados Elizabeth Grafstein e José Alberto Castelo Branco [diz notário].

 

TPC — Se ainda não fizeste: (i) acaba de ler livro de Eça; (ii) entrega, na Classroom, tarefa sobre capítulo livro de Eça que te calhasse; (iii) vai-me trazendo livros que tenha emprestado e de que já não precises.

 

 

Aula 117-118 (3 [3.ª, 5.ª], 4/jun [1.ª, 4.ª]) Correções breves de aspetos do questionário de gramática.

Soluções da versão com fãs de Taylor Swift a usarem saias prateadas

Para que percebamos Antero, convém olhar para as suas barbas fulvas.

Subordinada adverbial final

Umas escolas escolhem O ano da morte de Ricardo Reis, outras escolhem Memorial do Convento.

Coordenada

O estúpido do stor pretendia que nos espalhássemos naquele item.

Subordinada substantiva completiva

As paisagens que vemos na poesia de Cesário são urbanas e rurais.

Subordinada adjetiva relativa restritiva

Como há greve de estivadores, não sei se os Prémios Tia Albertina chegarão a tempo.

Subordinada substantiva completiva

Espero que os Tia Albertina, que aliás são apetecíveis e valiosos, cheguem a tempo.

Subordinada adjetiva relativa explicativa

Ponta Delgada, onde nasceu Antero, deu outros vultos importantes à cultura portuguesa.

Subordinada adjetiva relativa explicativa

Como a abstenção foi demasiado grande, serão todos doravante obrigados a votar.

Subordinada adverbial causal

Quem concorra ao Concurso José Gomes Ferreira arrisca-se a vencer.

Subordinada substantiva relativa

António Costa votou na Jorge Barradas pois agora vive em Benfica.

Coordenada explicativa

O Liverpool perderá se não marcar bem o simpático coreano Son.

Subordinada adverbial condicional

Amou, perdeu-se, morreu amando.

Coordenada assindética

Renato gostava tanto de Malèna, que lhe escrevia cartas e cartas.

Subordinada adverbial consecutiva

Ainda que o prazo termine em breve, haverá decerto concorrentes ao José Gomes Ferreira.

Subordinada adverbial concessiva

As aulas terminarão na terça mas os alunos vão estudar para os exames.

Coordenada adversativa

 

Xavi considera João Félix inegociável.

Predicativo do complemento direto

É importante escolhermos com atenção os Tia Albertina.

Sujeito

Cumprimenta-nos, ganhámos a lotaria!

Complemento direto

A sopa de espinafres, que adoro, está azeda até dizer chega.

Modificador apositivo do nome

Ufa!. Felizmente, chegaram enfim as férias.

Sujeito

 

As fãs de Swift usavam saias prateadas. Estas tinham muitas lantejoulas.

coesão referencial

As raparigas foram a caminho do Estádio da Luz. As moças estavam entusiasmadas.

coesão lexical

No Manchester jogou Bruno e ele estava em forma.

coesão interfrásica

 

Os calceteiros de Cesário estão a calçar as ruas.

Imperfetivo

Cesário Verde escreveu o «Sentimento dum Ocidental» em 1880.

Perfetivo

Pepe tem jogado jogo sim jogo não.

Iterativo

 

Se quiser ter hipóteses, o Porto deve fazer melhor.

Deôntica

Amanhã deve estar bom tempo.

Epistémica

 

Talvez o Benfica tenha melhorado este ano.

Assertivo

Tens aí a chave, Arnaldo?

Diretivo

Soluções da versão com Lady Betty a entregar os papéis do divórcio

Sabes que até nem gosto desta pergunta?

Subordinada substantiva completiva

Por comeres pouco limão, tens as gengivas, que até eram bonitas, completamente podres.

Subordinada adjetiva relativa explicativa

se as cábulas não ficam à vista do professor.

Subordinada substantiva completiva

Os bolos que se vendem no Califa são tremendamente bonitos e dulcíssimos.

Subordinada adjetiva relativa restrititiva

Marta, cujo trabalho tratou de Perseu e Andrómeda, venceu as Olimpíadas da Cultura Clássica.

Subordinada adjetiva relativa explicativa

Decerto vencerás o Concurso Literário José Gomes Ferreira se concorreres em teatro.

Subordinada adverbial condicional

Ainda os aceitarei, portanto vamos fazer trabalhos atrasados.

Coordenada conclusiva

Quem vença o Concurso da «Ética na vida e no desporto» ganha uma batelada de dinheiro.

Subordinada substantiva relativa

Mal chegou o bom tempo, foi tudo para a praia estudar gramática.

Subordinada adverbial temporal

Vim, vi e venci.

Coordenada assindética

A Mariana de Um Amor de Perdição era tão boa enfermeira, que beijava o sangue de Simão.

Subordinada adverbial consecutiva

Apesar de Os Maias não serem fáceis, alguns alunos fizeram interessantes trabalhos.

Subordinada adverbial concessiva

As aulas terminam a 4 e as reuniões de avaliação começam a 6.

Coordenada copulativa

No 12.º lê-se O ano da morte de Ricardo Reis ou estuda-se Memorial do Convento.

Coordenada disjuntiva

A fim de tudo ser justo, nas finais da Liga Europa e da Liga dos Campeões haverá árbitros estrangeiros.

Subordinante

 

O exercício que estão a resolver é mais fácil que o exame de não sei quê.

Modificador restritivo do nome

Olhei-te de frente, de cabeça levantada.

Complemento direto

Os exames fazem que regressem as angústias.

Sujeito

É triste chumbarem tantos alunos por causa da gramática.

Sujeito

Todos achámos Amor de Perdição muito triste.

Predicativo do complemento direto

 

Podiam concorrer ao José Gomes Ferreira. O prémio literário da nossa escola dá muita fama.

Coesão lexical

Não concorro porque já sei que ganhava.

Coesão interfrásica

Via-a ontem. Estava linda a Mónica.

Coesão referencial

 

Eça ainda abandonou A Capital! a meio.

Perfetivo

Os lisboetas são parvos.

Genérico

Andou a escrever durante o verão.

Imperfetivo

 

Podes ir ver o jogo desde que não venhas tarde.

Deôntica

Podes estar com sorte, nunca se sabe...

Epistémica

 

Creio que Lady Betty entregou os papéis para o divórcio.

Assertivo

A partir deste momento considero divorciados Elizabeth Grafstein e José Alberto Castelo Branco [diz notário].

Declarativo

Leituras expressivas para as finais das duas Ligas.

Bem sei que não estamos a seguir Cantar!, mas vimo-lo no décimo ano e dá-me jeito comparar o filme com as duas obras de Eça quanto a aspetos da tragédia. Podia ter usado Frei Luís de Sousa, mas já tinha esta tabela preparada:

Cantar!

Os Maias

A Ilustre Casa de Ramires

Hybris (ou desafio ao destino por parte do protagonista)

Moon prosseguiu o concurso, mesmo sabendo que não teria dinheiro para o _______. (E há outro desafio: o ______ com lulas que Buster cria para tornar o cenário espetacular.)

Carlos aceitou ir encontrar-se com Maria Eduarda já depois de haver indícios de que se tratava da ___ (___ trazido por Guimarães é crucial como testemunho do parentesco).

Gonçalo, por ambições políticas, favorece aproximação entre Cavaleiro e _____, tendo consciência de que essa aproximação faria mal ao casamento da ____.

Catástrofe ou desfecho trágico

Teatro de Moon é destruído na sequência de ________ (pelo meio, há uma peripécia com cofre).

Afonso da Maia morre, depois de perceber que o neto, Carlos, prosseguia a relação incestuosa com a outra ______.

Gracinha e Cavaleiro encontram-se no mirante e chegará a Barrolo uma carta anónima a relatar o _______.

Depois da tragédia (ou pós-catástrofe)

Depois de cumprir uma penitência, retomando profissão de lavador de carros, Moon não desiste e vence mesmo o destino (Cantar!, afinal, não é uma ______).

Depois de período em Santa Olávia, Carlos parte para uma viagem fora do país; e regressará a Lisboa dez anos depois, para constatar como está tudo ______.

Depois de período em Lisboa, Gonçalo partirá para África, com intenções regeneradoras; quatro anos depois, regressará a um Portugal que não parece muito _______.

2.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)


Leitura

Aula

Questionário sobre cena I do ato III de Frei Luís de Sousa (aula 67-68)

 

Redação de argumento sobre quem é protagonista de Frei e de título (aula 69-70)

Questionário sobre «Introdução» de Amor de Perdição (aula 75-76)

Questionário sobre capítulo IV de Amor de Perdição (aula 89-90)

Questionário sobre primeira parte da «Conclusão» de Amor de Perdição (aula 95-96)

Questionário sobre apreciação crítica a Pôr do Sol (aula 107-108)

Observação direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas


Educação literária

Aula

Casa

Leitura de livros (cfr. Classroom)

 

Efetiva leitura de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (cfr. folha da aula 111-112)

Questionário sobre primeiro terço de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (aula 113-114)

Questionário sobre a totalidade de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (aula 117-118)

Escrita

Aula

Texto com encaixe à maneira da introdução de Amor de Perdição (aula 75-76)

 

Biografia de personagem segundo modelo da de Domingos Botelho (aula 77-78)

Comentário sobre ‘Simão como herói romântico’ (aula 87-88) [exceto no 11.º 3.ª]

Comparação entre «Antes de ela dizer que sim» e Amor de Perdição (aula 89-90)

Texto de opinião sobre «A submissão é uma ignomínia [...]» (aula 95-96)

Reescrita dos vv. 1-20 de «O Sentimento dum Ocidental» (aula 101-102)

Criação de quarteto para parte IV de «O Sentimento dum Ocidental» (aula 105-106)

Redação de continuação de começo de livro de Eça e criação de outro (aula 109-110)

Manuscrito para concurso «Ética na vida e no desporto» (aula 59-60) [exceto 11.º 4.ª]

Casa

Reformulação do texto anterior com passagem a computador (tepecê de aula 67-68)

Reformulação do anterior (tepecê da aula 69-70)

Argumentação sobre ‘Portugal é o pior país do mundo’ (tepecê da aula 73-74)

Texto para Olimpíadas da Cultura Clássica [só alguns foram chamados a fazer] (87-88)

Reformulação do anterior [só alguns foram chamados a fazer]

Compreensão do oral/Expressão oral

Aula/Casa

Leituras em voz alta, para Liga dos Campeões e Liga Europa (77-78; ao longo do semestre)

 

Casa

Vídeo para Olimpíadas da Cultura Clássica (tepecê de aula 87-88)

 

Vídeo a pretexto de capítulo de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (tepecê da aula 105-106)

 

Gramática

(Casa)

Aula

Questionário com classificação de orações (aula 83-84)

 

Texto sobre personagem de Amor de Perdição segundo matriz sintática (aula 97-98)

Questionário sobre sintaxe: orações e funções sintáticas (aula 115-116)

Questionário sobre outros conteúdos de gramática (aula 115-116)

Assiduidade, pontualidade, material

 

Sobre leitura integral no 12.º ano — Escola ainda vai escolher obra de leitura integral no 12.º ano. Decisão é entre O ano da morte de Ricardo Reis e Memorial do Convento, ambas de José Saramago, mas tem-se optado por O ano da morte de Ricardo Reis.

De qualquer modo, se se tratar, como espero, de O ano da morte de Ricardo Reis, é obra que ganha em ser começada a ler só depois de se dar em aula Fernando Pessoa. Portanto, neste caso, talvez não devessem avançar já na leitura do livro de Saramago. Mas as férias são boa oportunidade para ler livros, é claro.

A propósito, se tiverem livros meus, não os percam. E, logo que possam, tragam-mos.

 

 

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