Aulas (101-118)
Aula 101-102 (29 [3.ª], 30/abr [1.ª], 2 [4.ª], 3/mai
[5.ª]) Correção de texto sobre «A insubmissão é uma ignomínia [...]».
Na p. 302 lê o texto sob «Letras Prévias», de Maria Filomena
Mónica, que nos informa das circunstâncias da produção de «O Sentimento dum Ocidental», o mais importante poema de Cesário Verde. A seguir, centra-te nos
cinco primeiros quartetos do poema (p. 303, vv. 1-20).
Transpõe esses vv. 1-20 de «O Sentimento dum Ocidental» para
contexto diferente:
sentimentos disfóricos > alegria, otimismo ou outros
sentimentos «positivos»
ruas de uma cidade > campo, praia, montanha ou qualquer
espaço diferente destas ruas
anoitecer > outro momento do dia
século XIX > século XXI
versos com rima e métrica regular > versos sem rima nem
métrica
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
_________________________
Em prova de exame de 2014, usavam-se as mesmas estrofes de Cesário
Verde:
Grupo
I-B
Leia as cinco estrofes iniciais do
poema «O Sentimento dum Ocidental», de Cesário Verde.
1 Nas
nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal
melancolia,
Que as sombras, o bulício, o
Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de
sofrer.
5 O
céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me,
perturba;
E os edifícios, com as chaminés,
e a turba
Toldam-se duma cor monótona e
londrina.
Batem os carros de aluguer, ao
fundo,
10 Levando
à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista exposições,
países:
Madrid, Paris, Berlim, S.
Petersburgo, o mundo!
Semelham-se a gaiolas, com
viveiros,
As edificações somente
emadeiradas:
15 Como
morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres
carpinteiros.
Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro,
enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por
boqueirões, por becos,
20 Ou
erro pelos cais a que se atracam botes.
Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde, edição de Joel Serrão, Lisboa,
Livros Horizonte, 1988, p. 151
Apresente,
de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
4.
Caracterize
o estado de espírito do sujeito poético e relacione-o com os efeitos que a
cidade nele provoca.
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . .
5.
Identifique
duas características temáticas da poesia de Cesário Verde, fundamentando a sua
resposta com elementos textuais pertinentes.
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . .
Segue-se o resto da parte I de «O Sentimento dum Ocidental». Em
cada um dos versos sabotei uma só palavra: ou troquei uma sua letra ou troquei
a palavra toda por outra do mesmo campo lexical (co-hipónima ou co-merónima).
Procura repô-las.
E evoco, então, as crónicas
nabais:
Ciganos, baixéis, heróis,
tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul,
salvando um DVD, a nado!
Singram soberbas trotinetes
que eu não verei jamais!
E o fim da noite
inspira-me; e incomoda!
De um couraçado
luxemburguês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de
loucas e talheres
Flamejam, ao jantar alguns
hotéis da mona.
Num trem de praça arengam
dois futebolistas;
Um trôpego arlequim braceja
numas ondas;
Os querubins do VAR flutuam
nas varandas;
Às mortas, em cabelo,
enfadam-se os lojistas!
Vazam-se os manchésteres e
as oficinas;
Reluz, viscoso, o tio,
apressam-se as obreiras;
E num rebanho negro,
hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza,
assomam as narinas.
Vêm sacudindo as orelhas
opulentas!
Seus broncos varonis
recordam-me pilastras;
E algumas, à axila, embalam
nas canastras
Os bisnetos que depois
naufragam nas tormentas.
Descalças! Nas descargas de
Marvão,
Desde manhã à noite, a
bordo das motorizadas;
E apinham-se num bairro
aonde miam patas,
E
o peixe podre gela os focos de infeção!
Classifica as orações presentes nestas frases de «Homicídio na paragem de autocarro»
(série Barbosa). Pode ser útil teres o
manual aberto nas pp. 381-385.
Zé Tolas, assististe à tragédia |
que se verificou aqui, hoje de manhã? |
Subordinante |
_____________ |
A paragem acabou de fugir |
e foi naquela direção. |
____________ |
Coordenada ___________ |
A paragem de autocarro estava ali, |
fugiu agora mesmo, |
foi naquela direção |
____________ |
___________ |
__________ |
Acho |
que a vi ali. |
___________ |
_____________ |
Tens o direito |
a permanecer calada. |
___________ |
Subordinada substantiva
completiva não finita (infinitiva) |
Enquanto fores suspeita |
não abrigarás utentes dos transportes públicos. |
Subordinada __________ |
____________ |
Vamos festejar, |
que nós merecemos. |
____________ |
Subordinada adverbial ________ |
Ficavas muito aborrecido |
se eu te dissesse |
que andava a dormir com a tua mulher? |
Subordinante |
Subordinada adverbial
______ |
|
|
Subordinante |
___________ |
Senhores detetives, tenho em meu poder um envelope repleto
de informação |
que o comprova. |
______________ |
_____________ |
Não será melhor |
interrogarem a testemunha |
que ainda ali está? |
__________ |
Subordinada ________ completiva
não finita (infinitiva) |
|
|
Subordinante |
Subordinada _______
relativa restritiva |
TPC — Prepara leitura em voz
alta, expressiva, dos sonetos de Antero nas pp. 278 («Hino à Razão»),
284 («Em viagem»), 286 («A Germano Meireles»), 290 («A ideia. VIII»). Continua
a avançar na leitura da obra de Eça (A Ilustre Casa de Ramires ou
Os Maias).
Aula 103-104 (6 [3.ª, 5.ª], 7/mai [1.ª, 4.ª]) Correção de textos segundo início de sobre «O Sentimento dum Ocidental»; reexplicação da estrutura de «O Sentimento dum Ocidental».
Situando-te
nas pp. 303-304, vv. 13-44, relê as oito últimas estrofes da parte I de «O Sentimento dum Ocidental» (parte que veio a ter o título «Ave
Marias») e completa, com personagens ou tipos sociais, a tabela:
Espaço |
Personagens/Tipos |
Caracterização (ou ação caracterizadora) |
edificações somente
emadeiradas |
_________ |
saltam de viga em viga,
como morcegos |
[rua] |
_________ |
voltam aos magotes, de
jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos |
por boqueirões, becos |
sujeito poético |
embrenha-se a cismar |
pelos cais |
erra [isto é, ‘vagueia’] |
|
hotéis da moda |
[clientes que jantam] |
num tinir de louças e
talheres |
trem de praça |
dois ______ |
arengam |
[rua] |
um ______ |
trôpego, braceja numas
andas |
Frederico Marquises |
querubins do ___ |
flutuam |
às portas [das lojas] |
________ |
enfadam-se |
arsenais, oficinas |
operários («obreiras») |
apressam-se |
[rua] |
_________ |
hercúleas, galhofeiras,
correndo com firmeza, sacodem ancas opulentas, têm troncos varonis, embalam
os filhos nas canastras, descalças, etc. |
Na parte II de «O Sentimento dum Ocidental» (na publicação em livro, intitulada
«Noite fechada») há referências a espaços que quem conheça Lisboa consegue
identificar. Seguindo os quartetos que estão nas pp. 309-310, completa o que
falte na tabela:
cadeias, Aljube |
só tem
____ e crianças, raramente uma mulher das classes altas |
prisões, Sé, Cruzes |
fazem
o «eu» sentir-se _____ e desconfiar de aneurisma |
andares, tascas, cafés,
tendas, _____ |
vão-se iluminando |
as duas igrejas de um
saudoso largo |
lançam a nódoa negra e
fúnebre do _____ |
construções retas,
iguais, _______ |
muram o «eu» |
íngremes subidas (e o
tanger dos sinos) |
afrontam o ______ |
um
recinto público e vulgar, «épico d’ outrora» (Camões), «brônzeo», «de
proporções guerreiras» |
ascende num ____ |
[idem] e
acumulação de corpos enfezados |
o «eu» sonha com _______ |
________ recolhem
(sombrios e espectrais) |
|
um palácio (em frente de
um ____) |
inflama-se [ilumina-se] |
dos
arcos dos quartéis que foram já conventos |
partem patrulhas de _____
(Idade Média!) |
às montras dos ____ |
as elegantes sorriem
curvadas |
dos magasins |
descem as ______, as
floristas, algumas serão comparsas ou coristas |
na brasserie |
entra o «eu», que acha
sempre assuntos para ____ revoltados |
nas mesas de emigrados |
joga-se, com risos, o
______ |
Passemos à parte III
de «O Sentimento dum Ocidental», pp.
312-313. Na edição que o manual adota, surge o título «Ao gás». Enquanto na primeira parte o sujeito poético iniciara as
suas deambulações «ao anoitecer», nesta terceira parte já «a noite pesa» e as
ruas são iluminadas por candeeiros a gás. «Ao gás» significa que a cidade é
vista sob a iluminação propiciada por esses candeeiros.
1. Na sua deambulação, o
sujeito poético continua a sofrer os efeitos opressivos do ambiente da cidade,
mas, neste começo da parte III (estrofes 1-3), quando «a noite pesa, esmaga», o
estado de espírito do poeta agudiza-se. Relaciona esse sentimento com a doença
e o contexto.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2. Destaca a importância da quarta quadra (vv. 13-16), atendendo
à oposição temática que estabelece com os restantes quartetos.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.
Já na p. 313, a última quadra de «Ao gás» (vv. 41-44) retoma a sensação de
cansaço, doença, miséria, que já conhecemos.
Na última quadra, dá-se um exemplo
dessa miséria: {completa}
. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
Liga dos Campeões
{em breve}
#
TPC — Prepara leitura em voz
alta, expressiva, da parte I de «O Sentimento dum Ocidental» (Liga dos
Campeões) ou da parte II do mesmo poema de Cesário Verde (Liga Europa).
Continua a avançar na leitura da obra de Eça (A Ilustre Casa de Ramires
ou Os Maias).
Aula 105-106 (8 [3.ª, 1.ª], 9 [4.ª], 10/mai [5.ª]) Relativamente ao texto da p. 311 («Cidade mulher da minha carestia de vida»), completa esta resposta ao item 1.1:
Ponto de vista (ou Tese):
as difíceis condições de _________________ em Lisboa
constituem ______ oportunidades para os portugueses.
Argumentos:
______________ das rendas em Lisboa permite concluir que
«somos mais ricos do que pensávamos » (ll. 6-7) e possuímos casas mais valiosas
do que outros europeus;
encontrar rendas mais acessíveis em Barcelona __________ os
lisboetas, que evitam o trânsito matinal, passam a ser detentores de uma casa
no estrangeiro e podem fazer compras num mercado com uma taxa de IVA inferior à
nacional.
Contra-argumento
(antecipado pelos adeptos do «derrotismo nacional»):
«a taxa de esforço para pagar o arrendamento de uma casa em
Lisboa é superior à de outras cidades europeias » (ll. 3-4).
Resolve toda a parte de Gramática na p. 305:
1.
A = ___ | B = ___ | C =
___ | D = ___ | E = ___
2.
a =
___________________________
b =
___________________________
c =
___________________________
d =
___________________________
e =
___________________________
3. = ____
4.
a = ___________ | b =
____________
Resolve o item 4. da p. 310:
A consciência social manifesta-se na poesia de Cesário Verde
em passagens reveladoras dos seus sentimentos face a situações e personagens.
Assim, através da _________ (a) concretizada na forma
verbal «Inflama-se» (v. 28), referente a «um palácio», o sujeito poético
insinua _________ (b) das classes mais abastadas e intensifica os
contrastes sociais.
No verso 35, o recurso à ________ (c) sugere a
consternação do sujeito poético perante as mulheres conotadas com a riqueza e
com a artificialidade, sentimento distinto da ________ (d) que revela em
relação às mulheres simples e trabalhadoras.
Vai lendo as pp. 318-319, com a parte IV de «O Sentimento dum Ocidental».
Introduz uma quadra que se integrasse no clima desta parte IV. Usa o esquema rimático de todas as estrofes
do longo poema (ABBA) e a mesma métrica
(o primeiro verso é sempre um decassílabo; os restantes são dodecassilábicos).
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
___________________________
________________________________
________________________________
________________________________
Se te despachares cedo, cria ainda outro quarteto.
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
___________________________
________________________________
________________________________
________________________________
Ou outro ainda.
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
___________________________
________________________________
________________________________
________________________________
Classifica as orações em
que já fui dividindo algumas das frases que ouvimos em «Curso de Literatura
para Porteiras» (série Lopes da Silva):
Se não me engano,
Subordinada adverbial condicional
esta
é a nossa terceira aula do novo curso de literatura para porteiras.
__________________________________
Em
certa medida, este romance é como uma reflexão sobre as relações da beleza com
a corrupção.
Frase simples
Eu
não tenho pena nenhuma dela,
__________________________________
porque
a Madame Bovary, […], tem de se dar ao respeito,
__________________________________
se
quer ser respeitada.
__________________________________
O
Sr. Carlos é um bocado chocho,
__________________________________
mas
é bom homem.
__________________________________
Da
Damaia sou eu
__________________________________
e
não sou tão badalhoca.
__________________________________
Ó
Dona Fernanda, como sabe
__________________________________
que,
para a semana, vamos dar Os Maias?
__________________________________
E
agora saiu uma,
__________________________________
que
é a Colóquio-Letras Mais Atrevida,
__________________________________
que
traz todas as posições
__________________________________
que
ela fez com o irmão.
__________________________________
Classifica os segmentos sublinhados em termos aspetuais,
temporais, modais.
Pensamos no futuro amanhã
(interpret.: Ana
Bacalhau | letra e música: João Só)
O
sonho vulgar
De
um futuro invulgar
De
olhos fixos no teto
De
um quarto secreto
A
arrumar as estrelas
Em
mapas e tabelas
Como
se alguém pudesse contê-las,
Vamos
conquistando
o nosso canto no espaço valor aspetual: _________
No
vaivém de um gesto
Na
incerteza de um abraço
Nada
de novo debaixo do céu
A
não ser tu, a não ser eu
Nada
de novo no ecrã
Pensamos
no futuro, amanhã valor
temporal: ________
Pensamos
no futuro, amanhã
Tens
a vida toda pela frente valor
modal: _________ (certeza)
Diz
toda a gente
Mas
é agora que se torce o futuro valor
temporal: _________
Metido
no escuro
Andas
a ver
mosquitos na outra banda valor aspetual: _________
Diz
quem pode, diz quem manda valor modal: ________ (permissão)
Vamos
conquistando
o nosso porto inseguro valor temporal: ________
O
nosso universo
Para
lá do muro
Nada
de novo debaixo do céu
A
não ser tu, a não ser eu
Nada
de novo no ecrã
Pensamos
no futuro, amanhã valor
modal: _________ (obrigação)
TPC —
Vê as instruções da ‘Tarefa sobre obra de Eça’, que porei em Gaveta de Nuvens
nos próximos dias. Mais tarde farei a chamada para Classroom, mas convém ir já
pensando no assunto. (E, se não o fizeste, vai concluindo leitura de Os
Maias / A Ilustre
Casa de Ramires.)
Aula 107-108 (13 [3.ª, 5.ª], 14/mai [1.ª, 4.ª]) Correção de tarefa da aula anterior (com métrica e rima).
Na p. 198, vai lendo a apreciação crítica «Pôr do Sol: a
novela da RTP que goza com todas as novelas é absurda (e muito divertida)» e
escolhendo a melhor alínea de cada item. (Consulta só o texto. Não uses outras
páginas do manual.)
De acordo com o texto, contribuem para a dimensão satírica de Pôr
do Sol
a) o realismo nos
pormenores de realização.
b) o contraste entre o tom
e o conteúdo das falas.
c) a exploração da
temática do amor proibido.
d) as referências cómicas
às novelas televisivas.
Ao recorrer à expressão
«enorme caldeirão de clichés» (l. 4), o autor utiliza
a) a hipérbole, para
salientar a qualidade da linguagem.
b) a antítese, para opor a
quantidade de frases-feitas à escassez de personagens.
c) a metáfora, para
sugerir a combinação de recursos típicos das novelas.
d) a ironia, para
denunciar a extensão do argumento.
Os aspetos valorizados na
novela de Henrique Dias Cardoso e Manuel Pureza não incluem
a) a verosimilhança.
b) o tom humorístico.
c) o desempenho dos
atores.
d) o trabalho do guionista
e do realizador.
Do ponto de vista do
autor, o grande mérito de Pôr do Sol é
a) evidenciar o carácter
disruptivo das novelas portuguesas.
b) recorrer a temas e
processos originais.
c) transformar o formato
tradicional da novela.
d) refletir a cultura
nacional.
«Se
tudo isto parece absurdo e forçado – é porque é.» (l. 18) visa
a)
mostrar que a série tenta fazer a caricatura de novelas mas é verosímil,
realista.
b)
vincar a índole propositadamente disparatada de muitas situações de Pôr de
Sol.
c) sublinhar que também na
vida real há situações que parecem absurdas e forçadas.
d) deixar ao critério do
leitor se a ação em Pôr do Sol é estapafúrdia ou realista.
Ao escrever-se que Pôr
do Sol «é talvez uma
das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33),
a) assume-se que Pôr do
Sol é uma verdadeira novela.
b) não se pretende dizer
que se trata de uma novela mas considera-se que é uma muito boa série.
c) deixa-se claro que as
novelas portuguesas têm um caráter específico, diferente de todas as outras.
d) insinua-se que, sendo
as novelas más, o mérito de Pôr de Sol está em ser diferente delas.
No primeiro período (l. 1)
há
a) duas orações
(subordinante e subordinada).
b) duas orações
(coordenada e coordenada assindética).
c) uma oração.
d) duas orações
(coordenada e subordinante).
Considerando que «mini» é
um afixo (não é um radical), «mininovela» (l. 1), quanto à formação, é uma
palavra
a) derivada por
prefixação.
b) composta
morfologicamente.
c) derivada não afixal.
d) formada por conversão.
No segundo período do
texto (ll. 2-3), «que
domina a televisão portuguesa (e não só)» é uma oração subordinada
a) substantiva relativa.
b) substantiva completiva.
c) adjetiva relativa
explicativa.
d) adjetiva relativa
restritiva.
O constituinte «pela filha
da família rica» (l. 6) desempenha a função sintática de
a) predicativo do sujeito.
b) complemento oblíquo.
c) complemento agente da
passiva.
d) sujeito.
A utilização do pronome
«eles» (l. 7) e da expressão «na verdade» (l. 8) contribui para a coesão
a) gramatical frásica, no
primeiro caso, e lexical por reiteração, no segundo caso.
b) gramatical lexical por
reiteração, no primeiro caso, e interfrásica, no segundo caso.
c) gramatical referencial,
no primeiro caso, e gramatical frásica, no segundo caso.
d) gramatical referencial,
no primeiro caso, e gramatical interfrásica, no segundo caso.
Em «Gabriela Barros interpreta as
gémeas Matilde e Filipa.» (ll. 10-11) há um ato de fala
a)
assertivo.
b)
declarativo.
c)
compromissivo.
d)
expressivo.
A função sintática de
«que» (l. 14) é de
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) complemento do
adjetivo.
d) complemento oblíquo.
A modalidade em «tem de
lidar com o seu irmão rancoroso, Simão» (ll. 14-15) é
a) epistémica, com o valor
de certeza.
b) deôntica, com o valor
de obrigação.
c) apreciativa, com o
valor de obrigação.
d) epistémica, com o valor
de permissão.
«da principal revista de
moda em Portugal» (l. 17) desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) complemento do
adjetivo.
c) complemento do nome.
d) complemento oblíquo.
Em «está a tentar descobrir as suas
origens» (l. 17),
a)
o valor aspetual é imperfetivo e o valor temporal é de simultaneidade.
b)
o valor aspetual é habitual e o valor temporal é de simultaneidade.
c)
o valor aspetual é perfetivo e o valor temporal é de posterioridade.
d)
o valor aspetual é genérico e o valor temporal é de anterioridade.
A função sintática de
«pelo guião» (l. 25) é de
a) complemento do nome.
b) complemento do
adjetivo.
c) modificador do grupo
verbal.
d) complemento oblíquo.
«viciante» (l. 30)
desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) complemento do
adjetivo.
A oração «que estamos a um
milímetro de se quebrar a chamada “quarta parede”» (ll. 30-31) é
a) subordinada substantiva
completiva, com função de complemento oblíquo.
b) subordinada substantiva
completiva, com função de complemento direto.
c) subordinada substantiva
relativa, com função de complemento direto.
d) subordinada substantiva
relativa, com função de complemento do nome.
A modalidade em «é talvez
uma das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33) é
a) epistémica, com o valor
de certeza.
b) epistémica, com o valor
de probabilidade.
c) apreciativa, com o
valor de possibilidade.
d) deôntica, com o valor
de obrigação.
Completa este esquema (que
tirei de Palavras 11):
Início de A Ilustre Casa de Ramires:
Desde as quatro horas da
tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre, em
chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a camisa de chita cor de
rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires (que naquela sua velha aldeia de Santa
Ireneia, e na vila vizinha, a asseada e vistosa Vila Clara, e mesmo na cidade,
em Oliveira, todos conheciam pelo «Fidalgo da Torre») trabalhava numa novela
histórica, A Torre de D. Ramires, destinada ao primeiro número dos Anais
de Literatura e de História, revista nova, fundada por José Lúcio
Castanheiro, seu antigo camarada de Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico,
em casa das Severinas.
Início de Os Maias:
A casa que os Maias vieram
habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S.
Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete,
ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda
campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um
renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida
fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspeto tristonho de
residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora D.
Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-se-ia a um colégio
de Jesuítas. O nome de Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado
de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do Escudo de Armas, que nunca
chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por
uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data.
Completa:
Pôr do Sol |
Os Maias. Episódios da
vida romântica |
A Ilustre |
Há
sempre um legado de família representado numa propriedade/edifício: |
||
a
________, onde está também o cerejal que constitui o negócio dos Bourbon de
Linhaça. |
o
________, agora remodelado, que, vendida Benfica e a Tojeira, era o que
restava aos Maias em Lisboa. |
a
_______, que recorda a glória dos Ramires e é parte do título da novela
histórica que Gonçalo tenta escrever. |
No
presente da narração, apesar da decadência que se sente subliminarmente, há
sonhos de nova glória provindos de |
||
_________
do comércio de cerejas, em busca de novos mercados. |
________
de Carlos em Lisboa, com expetativas de sucesso profissional. |
________
de novela histórica, que Gonçalo espera lhe dê notoriedade. |
No
entanto, os anseios de vitória (e redenção) que tomam conta dos protagonistas
contrastam com os pequenos pecados que não deixam de atormentar a consciência
destes heróis |
||
Madalena
_______ o facto de a sua filha Matilde não ser, na verdade, uma Bourbon de
Linhaça. |
Carlos
vai ceder pouco depois ao diletantismo, ______ a flirts, procrastinar
o trabalho, etc. |
Gonçalo,
falho de inspiração e de conhecimentos da história da família, _______ o
poema do tio Duarte. |
Ao
mesmo tempo, há alusões às glórias passadas: |
||
mencionam-se
os milhares de anos da linhagem dos Bourbon de Linhaça e alude-se à relíquia
que é o ____ de São Cajó. |
ainda
no capítulo inicial (e até ao cap. IV) começa a fazer-se a _______ da
família. |
à
medida que Gonçalo vai escrevendo, acompanhamos os ________ desde a Idade
Média. |
TPC — Está em curso tarefa
sobre A Ilustre Casa de Ramires / Os Maias. Se ainda não o fizeste,
consulta as instruções em Gaveta de Nuvens. Independentemente dessa
tarefa, a leitura do livro de Eça é imprescindível (e será controlada muito
proximamente).
Aula 109-110 (15 [3.ª, 1.ª], 16 [4.ª], 20/mai [5.ª]) Correção de questionário de compreensão feito na aula anterior.
Apresentam-se os inícios (1-8) e os finais (A-H)
de oito romances de Eça de Queirós.
(Dos publicados em vida do autor só não estão Os Maias e A Ilustre Casa de Ramires, que aliás é
semipóstumo. Também não incluo, por ter sido escrito
Põe ao lado dos títulos os que te pareçam ser os respetivos
inícios (
Romances de Eça de
Queirós (segundo a ordem de publicação) |
Inícios (1-8) |
Finais (A-H) |
O
Crime do Padre Amaro |
|
|
O
Primo Basílio |
|
|
O
Mandarim |
|
|
A
Relíquia |
|
|
A
Cidade e as Serras |
|
|
A
Capital! (começos duma carreira) |
|
|
O
Conde de Abranhos |
|
|
Alves
& C.ª |
|
|
Inícios
1 A estação de Ovar, no caminho de ferro do Norte, estava
muito silenciosa, pelas seis horas, antes da chegada do comboio do Porto.
2 À EX.MA SR.A
CONDESSA DE ABRANHOS
MINHA SENHORA: — Tive, durante quinze anos, a honra tão invejada de ser o secretário
particular de seu Ex.mo Marido, Alípio Severo Abranhos, Conde de Abranhos, e
consumo-me, desde o dia da sua morte, no desejo de glorificar a memória deste
varão eminente, orador, publicista, estadista, legislador e filósofo.
3 Nessa manhã, Godofredo da Conceição Alves, encalmado,
soprando por ter vindo do Terreiro do Paço quase a correr, abria o batente de
baetão verde do seu escritório num entressolo na Rua dos Douradores, quando o
relógio de parede por cima da carteira do guarda-livros batia as duas horas,
naquele tom, cavo, a que os tetos baixos do entressolo davam uma sonoridade
dolente, e cava. Godofredo parou, verificou o seu próprio relógio preso por uma
corrente de cabelo sobre o colete branco, e não conteve um gesto de irritação
vendo a sua manhã assim perdida, pelas repartições do Ministério da Marinha: e
era sempre assim quando o seu negócio de comissões para o Ultramar o levava lá:
apesar de ter um primo de sua mulher Diretor-Geral, de escorregar de vez em
quando uma placa de cinco tostões na mão dos contínuos, de ter descontado a
dois segundos oficiais letras de favor, eram sempre as mesmas dormentes esperas
pelo ministro, um folhear eterno de papelada, hesitações, demoras, todo um
trabalho irregular, rangente e desconjuntado de velha máquina meio
desaparafusada.
4 Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria que o
pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O
pároco era um homem sanguíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos
comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da
Botica — que o detestava —
costumava dizer, sempre que o via
sair depois da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:
— Lá vai a
jiboia esmoer. Um dia estoura!
5 O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove
contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.
No
Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando por
colina e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os
campos desta velha família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em
tempos de el-rei D. Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo
Douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas,
todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga
até ao mar de Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre
habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, n.° 202.
6 Decidi compor, nos vagares deste
verão, na minha Quinta do Mosteiro (antigo solar dos condes de Lindoso), as
memórias da minha Vida — que neste século, tão consumido pelas incertezas da
Inteligência e tão angustiado pelos tormentos do Dinheiro, encerra, penso eu e
pensa meu cunhado Crispim, uma lição lúcida e forte.
7 Eu chamo-me Teodoro — e fui amanuense do Ministério do
Reino.
Nesse
tempo vivia eu à Travessa Conceição n.° 106, na casa de hóspedes da D. Augusta,
a esplêndida D. Augusta, viúva do major Marques. Tinha dois companheiros: o
Cabrita, empregado na Administração do bairro central, esguio e amarelo como
uma tocha de enterro; e o possante, o exuberante tenente Couceiro, grande
tocador de viola francesa.
8 Tinham dado onze horas no cuco da sala de jantar.
Jorge fechou o volume de Luís Figuier que estivera folheando devagar, estirado
na velha voltaire de marroquim escuro, espreguiçou-se, bocejou e disse:
— Tu não
te vais vestir, Luísa?
Finais
A Artur, instintivamente, olhou o molho de erva, que a pequena
com muito cuidado apertava na dobra da saia, contra o ventrezinho. Já havia
naquela erva, pensou, — porque sempre, de Coimbra, conservara ideias panteístas
— havia já alguma coisa da doce velha.
— Para que
é a erva, tio Jacinto?
— A erva? Ah, que é muito tenra. Escolhi-a de propósito. Saiba
V. S.ª que é para os coelhos — respondeu o tio Jacinto, fechando a grade de
ferro do cemitério.
B E não é sem uma emoção profunda que ali vou cada ano em
piedosa romagem, contemplar a alta figura, marmórea, com o seu porte majestoso,
o peito coberto das condecorações que lhe valeu o seu merecimento, uma das mãos
sustentando o rolo dos seus manuscritos, para indicar o homem de letras, a
outra assente sobre o punho do seu espadim de moço fidalgo, para designar o
homem de Estado — e os olhos, por trás dos óculos de aros de ouro, erguidos
para o firmamento, simbolizando a sua fé em Deus e nos destinos imortais da
Pátria!
C E todavia, ao expirar, consola-me prodigiosamente esta
ideia: que do Norte ao Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da
Tartária até às ondas do Mar Amarelo, em todo o vasto Império da China, nenhum
Mandarim ficaria vivo, se tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e
herdar-lhe os milhões, ó leitor, criatura improvisada por Deus, obra má de má
argila, meu semelhante e meu irmão!
D E tudo isto perdera! Porquê? Porque houve um momento em
que me faltou esse descarado heroísmo de afirmar, que, batendo na Terra
com pé forte, ou palidamente elevando os olhos ao Céu — cria, através da
universal ilusão, ciências e religiões.
E E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos,
através da natureza campestre e mansa — o meu Príncipe, atrigueirado nas
soalheiras e nos ventos da serra, a minha prima Joaninha, tão doce e risonha
mãe, os dois primeiros representantes da sua abençoada tribo, e eu — tão longe
de amarguradas ilusões e de falsas delicias, trilhando um solo eterno, e de
eterna solidez, com a alma contente, e Deus contente de nós, serenamente e
seguramente subíamos — para o Castelo da Grã-Ventura!
F E o homem de Estado, os dois homens de religião, todos
três em linha, junto às grades do monumento, gozavam de cabeça alta esta
certeza gloriosa da grandeza do seu país, — ali ao pé daquele pedestal, sob o
frio olhar de bronze do velho poeta, ereto e nobre, com os seus largos ombros
de cavaleiro forte, a epopeia sobre o coração, a espada firme, cercado dos
cronistas e dos poetas heroicos da antiga pátria — para sempre passada, memória
quase perdida!
G — E nós que estivemos para nos bater, Machado! A gente em
novo sempre é muito imprudente... E por causa duma tolice, amigo Machado!
E o outro
bate-lhe no ombro também, responde sorrindo:
— Por
causa duma grande tolice, Alves amigo!
H Ao fundo do Aterro voltaram; e o visconde Reinaldo
passando os dedos pelas suíças:
— De modo
que estás sem mulher...
Basílio
teve um sorriso resignado. E, depois dum silêncio, dando um forte raspão no
chão com a bengala:
— Que ferro! Podia ter trazido a
Alphonsine!
E foram
tomar xerez à Taverna Inglesa.
Continuação de _____ || . . . . . . . .
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Trecho antecedente de _____ || . . . . . . . .
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Título ||
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Início || . . . . . . . . . . .
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TPC — Está em curso tarefa
sobre A Ilustre Casa de Ramires / Os Maias. Se ainda não o fizeste,
consulta as instruções em Gaveta de Nuvens. Independentemente dessa
tarefa, a leitura do livro de Eça é imprescindível (e será controlada muito
proximamente).
Aula 111-112 (21 [4.ª; metade da turma em sala; a outra metade relanceará a aula na classroom], 22 [1.ª, 3.ª], 24/mai [5.ª]) Lê «Cristalizações», de Cesário Verde.
Como se trata de poema
cujo «eu» (sujeito poético, sujeito lírico) é um quase-narrador — e, mais uma
vez, em deambulação pela cidade —, é possível fazer sínteses-resumos de cada
estrofe. Já o fiz para três quintilhas; procede agora do mesmo modo para as seis
em falta. (Nota que o poema é bastante maior. O original tem vinte estrofes.)
Não uses em cada síntese
mais do que vinte palavras.
Cristalizações
Faz frio. Mas, depois d’uns dias de aguaceiros,
Vibra
uma imensa claridade crua.
De
cócoras, em linha, os calceteiros,
Com
lentidão, terrosos e grosseiros,
5 Calçam
de lado a lado a longa rua.
Como
as elevações secaram do relento,
E
o descoberto sol abafa e cria!
A
frialdade exige o movimento;
E
as poças d’água, como um chão vidrento,
10 Refletem
a molhada casaria.
Em
pé e perna, dando aos rins que a marcha agita,
Disseminadas,
gritam as peixeiras;
Luzem,
aquecem na manhã bonita,
Uns
barracões de gente pobrezita,
15 E
uns quintalórios velhos, com parreiras.
Não
se ouvem aves; nem o choro d’uma nora!
Tomam
por outra parte os viandantes;
E
o ferro e a pedra — que união sonora! —
Retinem
alto pelo espaço fora,
20 Com
choques rijos, ásperos, cantantes.
Bom
tempo. E os rapagões, morosos, duros, baços,
Cuja
coluna nunca se endireita,
Partem
penedos. Voam-lhe estilhaços.
Pesam
enormemente os grossos maços,
25 Com
que outros batem a calçada feita.
A
sua barba agreste! A lã dos seus barretes!
Que
espessos forros! Numa das regueiras
Acamam-se
as japonas, os coletes;
E
eles descalçam com os picaretes,
30 Que
ferem lume sobre pederneiras.
E
nesse rude mês, que não consente as flores,
Fundeiam,
como esquadra em fria paz,
As
árvores despidas. Sóbrias cores!
Mastros,
enxárcias, vergas! Valadores
35 Atiram
terra com as largas pás.
Eu
julgo-me no Norte, ao frio — o grande agente! —
Carros
de mão, que chiam carregados,
Conduzem
saibro, vagarosamente;
Vê-se
a cidade, mercantil, contente:
40 Madeiras,
águas, multidões, telhados!
Negrejam
os quintais; enxuga a alvenaria;
Em
arco, sem as nuvens flutuantes,
O
céu renova a tinta corredia;
E
os charcos brilham tanto que eu diria
45 Ter
ante mim lagoas de brilhantes!
Cesário Verde, Cânticos do Realismo e
Outros Poemas
Vv. |
Resumo-Síntese |
1-5 |
|
6-10 |
O frio e o sol convidam ao trabalho. No chão
molhado, vê-se a cidade refletida. |
11-15 |
Passam peixeiras enérgicas, a apregoarem.
Veem-se barracas pobres e quintalórios. |
16-20 |
|
21-25 |
|
26-30 |
|
31-35 |
|
36-40 |
|
41-45 |
Também as cores e os reflexos devidos às poças de água impressionam o
«eu». |
Documentário «O Livro de Cesário Verde» (série 'Grandes Livros')
Ouvidos os primeiros dez
minutos do episódio da série ‘Grandes livros’ acerca de Cesário Verde, escreve V(erdadeiro) ou F(also) à esquerda dos
seguintes períodos.
O documentário começa com
a pergunta «Será que só existe poesia na beleza?»
Diz-se-nos depois que a
poesia também é possível na noite, no feio, nos cocós, nas pequenas coisas.
Também haveria poesia no
real, no mundo, no quotidiano, na vizinha do lado, no frio, no cansaço.
Metaforicamente,
anuncia-se-nos irmos «abrir os Cânticos
do Realismo».
Na introdução ao contexto,
refere-se estar-se no tempo da Regeneração — o tempo dos comboios, dos
telégrafos, das estradas, das pontes, com a ascensão da burguesia e o
crescimento das cidades.
Em 1886, os jornais
noticiaram, por azarada gralha, a morte de Cesário Azul, um comerciante de
Lisboa que também poetava.
Cesário morreu com apenas
71 anos.
O Livro de Cesário Verde foi publicado, por iniciativa de Silva
Pinto, logo em 1887.
Cesário Verde trabalhava
na loja de chinês do pai, na Baixa.
Foi estudante, ainda que
fugazmente, da Faculdade de Direito de Lisboa.
O espólio de Cesário Verde
perdeu-se num tsunâmi que fez submergir a casa de Linda-a-Pastora.
A família de Cesário Verde
vivia com dificuldades económicas.
Em vida, Cesário não foi
reconhecido como bom poeta.
O poema «Esplêndida» teve
esplêndida receção por parte de leitores e direção do Diário de Notícias, que o publicara.
Cesário Verde foi acusado
de ter sido influenciado por Les Fleurs
du Mal, de Baudelaire.
Ramalho Ortigão
recomendou-lhe que fosse menos Verde e mais Cesário.
Para Pedro Mexia, a forma
como Cesário descreve as mulheres é «tudo menos lírica — é uma forma bastante
brutal e, hoje, diríamos ‘misógina’»; não era um poeta que escrevesse para
agradar.
Cesário Verde serviu-se de
novas palavras, de métrica e rimas inovadoras, de uma adjetivação sem paralelo.
Para o ensaísta Eugénio
Lisboa, o único equivalente a Cesário na sua época seria Eça de Queirós, ainda
que este tivesse sido prosador.
Segundo refere Maria
Filomena Mónica, o primeiro poema de Cesário Verde é de 1873.
Resolve, num comentário
conjunto (num único texto), os itens 1.1 e 1.2 de «Letras Prévias» (p. 284 do
manual).
Viagem (Tiago Bettencourt)
Faz
essa viagem, meu bem
Que as tuas mãos livres venham cheias
Que teus pés descalços ganhem vidas
Serenem no alívio dessa estrada
Faz
essa viagem, meu bem
Tudo o que se perde ganha asas
Anjos que caminham lado a lado
Vozes que nos guiam as palavras
Vai
além, segue vida, segue tempo
Como folha na corrente
Vai, meu bem, segue luta, fogo ardente
Choro, riso, segue em frente
Voltarás
um dia também
Como todos nós que um dia vamos
Procurando luzes que nos faltam
Encontrando os passos onde andamos
Tens
essa coragem, eu sei
De largar as coisas mais amadas
Descobrir o sítio onde se lavam
Dores que se querem descansadas
Vai,
além, segue vida, segue tempo
Como folha na corrente
Vai, meu bem, segue luta, fogo ardente
Choro, riso, segue, em frente
Vai,
meu bem
Voltarás
um dia, eu sei
Com teus anjos fortes pelo ombro
Infinito amor em cada asa
De braços abertos para casa
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . .
Completa depois de vermos o começo do
filme.
Malèna
(Giuseppe Tornatore) |
Os Maias
(Eça de Queirós) |
A Ilustre Casa de Ramires
(Eça de Queirós) |
|
Género
perseguido — Modelo inspirador |
|
Malèna pretende ser um filme de memórias (memórias da infância ou, melhor, do começo da
adolescência). Há também algum parentesco com as narrativas de formação, em que acompanha-mos o crescimento, a
educação, do herói. Terá estado na ideia do realizador repetir o êxito que
tivera com Nuovo Cinema Paradiso
(1989), que, tal como Malèna,
também versa mais sobre a nostalgia, a memória, do que sobre o _____ (no Cinema Paraíso, o lado da formação do
futuro cineasta é evidente, aqui é a iniciação _____ que é aflorada). |
Os Maias pretende contar a história de uma família (até à _____ que se abate sobre ela) mas
é também, como se entrevê pelo _____ («episódios
da vida romântica») um retrato da sociedade. Nesta parte, Eça seguiria o
programa de Balzac, na enorme série de romances que constituem a Comédie Humaine (também Eça pensara
numa série de obras com «Cenas da Vida Portuguesa»). |
A Ilustre Casa de Ramires tem um escopo,
apresentar o Portugal do século XIX, o
«dos Ramires de braços cruzados», em contraste com o Portugal antigo, o dos Ramires
retratados na novela ____, passada no século XII, que Gonçalo vai escrevendo.
Uma das influências de Eça sempre lembradas é a de Flaubert (neste caso,
também pela assunção de um tema histórico). Há ainda a intenção de
caricaturar o estilo romântico, rebuscado e excessivo, das novelas
históricas, através da sua paródia-pastiche no texto que escreve o _____. |
|
Narrador —
Articulação narrativa |
|
No início e no fim de
Malèna há uma voz em off. É um narrador que percebemos
estar no presente, coincidente com o nosso (mesmo se o filme é de 2000), que
nos leva até ao enredo que interessa, um pouco como acontecia em Amor de Perdição. Esse narrador homodie-gético, que também se vai
apagar bastante durante a história que vamos conhecer (porque, no cinema, não
convém abusar da «narração»), não se identifica, porém, com um sobrinho do
herói (como ____ relativamente a Camilo) mas antes com o próprio
protagonista. No fundo, o narrador é o sexagenário ou septuagenário
correspondente ao adulto em que _____ se terá tornado. |
Nos Maias o narrador é heterodiegético, não se identifica
com nenhuma personagem em especial, embora, graças sobretudo ao uso do
discurso indireto livre, se vá focalizando em quase todas elas. A história
não é contada linearmente. Começamos já com a instalação no Ramalhete, mas,
depois, recuamos no tempo e é-nos contada a «intriga secundária» (Pedro e _____), necessária para o desfecho
trágico da intriga principal
(Carlos e Maria Eduarda), que ocupará todo o romance a partir de quando se
chega de novo ao momento da instalação de Carlos em Lisboa. O epílogo sucede
a uma elipse da ação: passaram dez anos, dando-se agora o ____ de Carlos. |
Na Ilustre Casa o narrador é heterodiegético. Ao longo de onze
capítulos, a ação principal é
narrada em relativa sequencialização temporal, se descartarmos que há quase
sempre «alternância» com a ação da
narrativa encaixada, a novela
histórica escrita por ____, que aliás parece, aqui e ali, interligada com
circunstâncias da ação principal. O último capítulo, XII, sucede a uma elipse
da ação: passaram quatro anos, dando-se agora o _____ de Gonçalo. |
Indica a função sintática
do que esteja sublinhado:
Velha infância
(Tribalistas)
Você
é assim,
Um
sonho p’ra mim,
E,
quando eu não te vejo, _____________
Eu
penso em você
Desde
o amanhecer
Até
quando eu me deito.
Eu
gosto de você _____________
E
gosto de ficar com você.
Meu
riso é tão feliz contigo,
O
meu melhor amigo
É
o meu amor.
E
a gente canta
E
a gente dança
E
a gente não se cansa
De
ser criança,
A
gente
brinca _____________
Na
nossa velha infância.
Seus
olhos, meu clarão,
Me
guiam dentro da escuridão,
Seus
pés me abrem o caminho, _____________
Eu
sigo e nunca me sinto só.
Você
é assim, _____________
Um
sonho p’ra mim,
Quero
te encher de beijos.
Eu
penso em você
Desde
o amanhecer
Até
quando eu me deito.
Eu
gosto de você
E
gosto de ficar com você.
Meu
riso é tão feliz contigo, _____________
O
meu melhor amigo
É
o meu amor.
E
a gente canta, _____________
A
gente dança,
A
gente não se cansa
De
ser criança.
A
gente brinca
Na
nossa velha infância.
Seus
olhos, meu clarão,
Me guiam dentro da
escuridão, _____________
Seus
pés me abrem o caminho,
Eu
sigo e nunca me sinto só. _____________
Você
é assim,
Um
sonho p’ra mim.
Você
é assim, _____________
Você
é assim,
Um
sonho p’ra mim.
Você
é assim.
TPC
— Recordo o caderno de encargos até ao fim do ano: (i) terminar leitura de Os
Maias ou A Ilustre Casa de Ramires; (ii) entregar tarefa sobre a
referida obra de Eça (até fim de semana de 25-26 de maio); (iii) rever
gramática (funções sintáticas; orações; outros assuntos mais pequenos).
Aula 113-114 (23 [4.ª], 27 [3.ª, 5.ª], 28/mai [1.ª]) Correções dos textos a imitar Eça.
Resolve, num comentário
conjunto (num único texto), os itens 1.1 e 1.2 de «Criticar/Analisar» (p. 330
do manual).
«Na minha rua» (Anaquim, As vidas dos outros)
Na minha rua há restos
de vidas
Restos de
famílias de mães desaparecidas
E outras há
que deram vida às vidas que por ali param
Vindas de
passagem e de passagem lá ficaram
Na minha rua há restos
de cartazes
Restos de
eleições, de “Sim ao aborto” e outras frases
Que eu não
votei mas fiz pressão p’ra que outro alguém votasse
E a minha
consciência passa a vida num impasse
Na minha
rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados
pelo tempo e pelo espaço
Na minha
rua há pedaços de mim por toda a parte
Rasgados e
atirados pelo ar
Na minha
rua há restos de namoros
De beijos e
abraços de zangas e desaforos
E eu não
tive ninguém que se dignasse a odiar-me
No meu mau
feitio de preguiça, humor e charme
Na minha rua há restos de noites,
Restos de
garrafas, bebedeiras e açoites
Gemidos
disfarçados p’la euforia dos turistas
À porta de
boîtes tão baratas como ariscas
É tão bom saber que há vida assim
Ai faz tão
bem ter histórias p’ra contar
Eu quero
ir, poder então fugir
É bom p’ra
mim, é bom para quem tão bem me quer
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Circunda a(s) alínea(s) que
descreve(m) a tua situação relativamente à leitura de Os Maias ou A Ilustre Casa de
Ramires. Antes, nesta linha que acabámos de abandonar, começa por
circundar o título do livro de Eça que leste, estás a ler ou tencionas ler.
a) Li o livro na
totalidade.
b) Li quase todo livro,
faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).
c) Li cerca de metade da
obra.
d) Li cerca de um terço da
obra.
e) Li os dois ou três
primeiros capítulos.
f) Na verdade, ainda não
li mais do que o primeiro capítulo (mas esse li-o todo).
g) Ainda não completei o
primeiro capítulo mas já li as páginas iniciais do livro.
h) Li a capa, o
anterrosto, o frontispício (ah!, e a lombada).
i) Li o livro o ano
passado, já que estava no 11.º ano.
j) Li o livro o ano
passado (na verdade, não o cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei‑o e
ouvi falar sobre ele, já que estava no 11.º ano).
k) Li resumos mas quase
nada do livro propriamente dito.
l) Li todo o livro, mas
nas férias de verão, pelo que já tudo se me varreu do meu cérebro tão cheio de
solicitações.
m) Vi o filme realizado
por João Botelho (que é bem secante!).
n) Li todo o livro, mas
fi-lo há dez anos pelo que já não me lembro do enredo.
o) Não li, mas tenciono
ler nas férias, na véspera do exame de Física e Química.
p) Não li e não tenciono
ler, por ser difícil compatibilizar os meus afazeres próximos — treino
intensivo para uma competição de curling
— com a leitura do grande romance do magistral Eça.
q) Não li, não tenciono
ler e tenho ódio a quem leu.
LEITURAS
EM VOZ ALTA
Malèna
(Giuseppe Tornatore) |
Os Maias
(Eça de Queirós) |
A Ilustre Casa de Ramires
(Eça de Queirós) |
|
Tempo —
tempo da história vs. tempo do
discurso |
|
O tempo da diegese (isto é, o tempo da história, o tempo das
acontecimentos narrados) está bem ______. O narrador-protagonista refere que
se lembra bem da data por que vai começar, o dia em que estreou uma
bicicleta, na Primavera de 1940, aos doze anos e meio. E é um acontecimento
histórico que permite situar o exato começo da ação: nessa mesma data, o Duce (Mussolini) anunciava a entrada
da Itália na guerra (a Segunda Grande Guerra). Com efeito, em Malena o contexto histórico tem uma função enquadradora importante. O tempo da história corresponde aos
anos que dura a guerra, cuja evolução vai aliás influenciar os acontecimentos
que nos são «narrados». O fim do filme coincide com o recomeço da vida
normal, uma vez terminada a guerra. Esses cinco anos encerram a paixão de que
trata o filme. (Além das incidências da guerra, também as fitas de cinema que
o adolescente revê em sonhos constituem uma moldura contextualizadora.)
Sabemos que o tempo do discurso
vai até mais longe, já que o narrador compara aquele seu amor com todos os
outros que depois teve, pelo que percebemos que o tempo da enunciação é o de um adulto com vida longa, que virá até
próximo do nosso ______. |
Nos Maias, quando o cap. I começa, estamos
em 1875 e, durante umas páginas, descreve-se-nos o Ramalhete. Ainda durante o
cap. I e até ao IV, vamos ter uma ______ que nos dá a história da família
entre 1820 a 1875 (juventude, exílio e casamento de Afonso; infância de Pedro
em Inglaterra, regresso a Benfica, suicídio de Pedro; infância e educação de
Carlos — um dia de abril em Santa Olávia ocupa quase todo o capítulo III —,
estudos em Coimbra; viagem pela Europa). Os capítulos IV a XVII são o miolo
da narrativa, incluindo a ação da _____ principal, 1875-1876. No início do
capítulo XVIII, vários anos são-nos dados em sumário, de umas três páginas (Carlos e Ega a viajarem, em1877, e
o regresso de Ega a Lisboa); e, depois de uma elipse que nos coloca em 1886-1887, temos algumas horas apenas de
Carlos regressado a Lisboa dadas em todo o resto do capítulo. Em suma, o discurso não cumpre a ordem temporal da história (dada a analepse nos três primeiros capítulos) e também
não é proporcional, em termos de duração
(há resumos, elipses, resumos-elipses
— «Mas esse ano passou, outros anos passaram» (início do cap. III); «E esse
ano passou. [...] Outros anos passaram» (cap. XVIII) — decerto muitos
momentos de pausa, em que o tempo
da história é «menor» do que o do discurso, como sucede na ______ inicial do
Ramalhete), embora também haja isocronias
(as várias cenas dialogadas). O tempo
da história corresponde a cerca de setenta anos (o tempo do discurso, se quisermos, ao total de páginas de cada
edição). |
Na Ilustre Casa de Ramires, se não
considerarmos o tempo da novela ______ encaixada, tudo se passa quase segundo
a ordem da diegese (se também
descartarmos, ainda no capítulo I, a analepse
em que se nos dá, em relativo resumo,
o passado de Gonçalo e da família). Quanto à relação discurso/história em
termos de duração, temos de
assinalar, no início do cap. XII, uma elipse
de quatro anos («Quatro anos passaram ligeiros e leves sobre a velha Torre,
como voos de ave»), que antecede o ______ que constitui todo esse último
capítulo. Entretanto, a novela histórica e todas as alusões aos ascendentes
de Gonçalo implicam recuos diversos, pontuais, sobretudo ao século XII. |
Classifica
as orações sublinhadas:
«Fazes-me falta»
(João Pedro Pais)
Se te fizesse Subordinada ________condicional
Tudo aquilo que me apetece
As vezes que eu pudesse,
Ias rir-te de mim. __________
Mesmo que desse Subordinada adverbial________
Para ser tudo o que parece,
Um homem não esmorece Subordinante
(e Coordenada)
E luta até ao fim. Coordenada
_________
Eu
não me esqueço, Coordenada
És aquilo que conheço, ___________________
Tenho a vida que mereço. Coordenada
assindética
Se te perco, fico tenso Subordinada adverbial _______ ; Subordinante
Porque és tudo para
mim. Subordinada causal
O teu olhar é tão intenso,
Ainda temos algum tempo,
Semeio flores no teu jardim.
Quando tu me pedes,
eu dou, Subordinada adverbial
_______
Onde tu me levas eu vou, Subordinada
__________
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que fazes falta aqui.
Subordinada substantiva ________
Se tu disseres,
Quantas vezes me quiseres,
És deusa feita mulher,
Vou dizer-te sempre que sim.
Se me mostrares
Tudo aquilo que escondeste, Subordinada
adjetiva ________
O que não deste e prometeste,
Vou cuidar de ti.
Quando tu me pedes, eu dou,
Onde tu me levas eu vou,
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que tu fazes falta aqui.
Enquanto pudermos dar, Subordinada adverbial _________
Termos vontade e querer,
Mesmo que saibamos estar,
Já só nos resta fazer.
Podemos ter ideais,
Deixar ser e pertencer,
A isto tu pedes mais,
Eu quero ouvir-te querer,
Eu quero ouvir-te querer.
Quando tu me pedes, eu dou, __________
Onde tu me levas eu vou,
Tudo o que me fazes é bom,
Só eu sei que fazes falta aqui.
TPC — (i) termina leitura de Os
Maias ou A Ilustre Casa de Ramires; (ii) entrega tarefa sobre a
referida obra de Eça (até ao fim de semana de 25-26 de maio); (iii) revê
gramática (funções sintáticas; orações; outros assuntos mais pequenos).
Aula 115-116 (28 [4.ª], 29 [3.ª, 1.ª], 31/mai [5.ª]) Correções dos questionários sobre obras de Eça a ler.
Discurso direto
— Mas para onde fugiram, Pedro? Que sabes tu, filho? Não é só
chorar...
— Não sei nada — respondeu Pedro num longo esforço. — Sei que
fugiu. Eu saí de Lisboa na segunda-feira. Nessa mesma noite, ela partiu de casa
numa carruagem, com uma maleta, o cofre de joias, uma criada italiana que tinha
agora, e a pequena. Disse à governanta e à ama do pequeno que ia ter comigo.
Elas estranharam, mas que haviam de dizer?... Quando voltei, achei esta carta.
Discurso indireto
Afonso perguntou _______ para onde _________. Perguntou ______
que ________ e disse que não era só [ou
não bastava] chorar.
Num longo esforço Pedro ________________ e acrescentou que
_____ que ela ________. Disse também que ele saíra de Lisboa na segunda-feira e
que, __________ noite, ela partira de casa numa carruagem, com uma maleta, o
cofre de joias, uma criada italiana que tinha _________, e a pequena. Pedro
relatou depois que Maria _______ à governanta e à ama do filho que ia ter
_______ e que elas _______. Exclamou que não poderiam ter dito outra coisa e
disse que, quando ______, tinha achado ________ carta.
Sintetizemos
as alterações (incluindo também as que não calhou serem necessárias) que
decorrem na passagem do discurso direto
a discurso indireto:
Travessão ou dois pontos
(a delimitarem verbo de elocução) dão lugar a conjunção subordinativa
completiva |
Eg «— respondeu Pedro» >
«Pedro respondeu ___
[...]» |
Vocativo passa a
Complemento indireto |
Eg «Pedro» > «________» |
Trocas de tempo (se o
verbo introdutor estiver no Pretérito Perfeito) |
Presente > ______; Perfeito > ___________;
Futuro > Condicional; Imperativo > Conjuntivo |
Trocas de pessoa (se o
verbo introdutor estiver na 3.ª pessoa) |
1.ª, 2.ª > ___ |
Trocas de deíticos |
ontem > na véspera;
hoje > naquele dia; amanhã > no dia seguinte; aqui > ___; cá >
lá; este/esse > aquele; isto/isso > ____ |
Acomodações (mas só as
imprescindíveis) de eventuais marcas de oralidade |
Eg «Não é só chorar...»
talvez pudesse ficar «não bastava chorar» |
Repara
agora como ficaria o mesmo passo em Discurso
indireto livre:
Mas
para onde tinham fugido? Que sabia ele? Não era só chorar...
Pedro
não sabia nada. Sabia que ela fugira. Ele saíra de Lisboa na segunda-feira.
Nessa mesma noite, ela partira de casa numa carruagem, com uma maleta, o cofre
de joias, uma criada italiana que tinha agora, e a pequena. Dissera à
governanta e à ama do pequeno que ia ter com ele. Elas tinham estranhado, mas
que haviam de dizer?... Quando voltara, achara aquela carta.
No discurso indireto livre, o narrador
relata as falas das personagens quase que as reproduzindo literalmente mas sem
fronteira com a sua própria voz. Omite-se o verbo introdutor e conservam-se
marcas de oralidade (interjeições, pontuação expressiva). Relativamente ao
discurso direto, a diferença é que, tal como no discurso indireto comum, no
indireto livre os tempos verbais mudam. (No
manual, esta matéria está nas pp. 240-241 e 366-367.)
Seguem-se
dois passos de Os Maias que abordam
diferentes modelos de educação: a de Pedro (romântica) e a de Carlos. O segundo
também está em «A educação de Carlos» (manual, p. 237)
[cap. I]
Odiando tudo o que
fosse inglês, não consentira que seu filho, o Pedrinho, fosse estudar ao
colégio de Richmond. Debalde Afonso lhe provou que era um colégio católico. Não
queria: aquele catolicismo sem romarias, sem fogueiras pelo S. João, sem
imagens do Senhor dos Passos, sem frades nas ruas — não lhe parecia a religião.
A alma do seu
Pedrinho
não abandonaria ela à heresia; — e para o educar mandou vir de Lisboa o padre
Vasques, capelão do conde de Runa.
O Vasques ensinava-lhe as declinações
latinas, sobretudo a cartilha: e a face de Afonso da Maia cobria-se de tristeza, quando,
ao voltar de alguma caçada ou das ruas de Londres, de entre o forte rumor da
vida livre — ouvia no quarto dos estudos a voz dormente do reverendo,
perguntando como do fundo de uma treva:
— Quantos
são os inimigos da alma?
E o pequeno, mais
dormente, lá ia murmurando:
— Três. Mundo, Diabo
e Carne...
Pobre Pedrinho!
Inimigo da sua alma só havia ali o reverendo Vasques, obeso e sórdido,
arrotando do fundo da sua poltrona, com o lenço do rapé sobre o joelho...
[cap. III]
Vilaça, sem óculos, um pouco arrepiado, passava a ponta da
toalha molhada pelo pescoço, por trás da orelha, e ia dizendo:
— Então o nosso Carlinhos
não gosta de esperar, hem? Já se sabe, é ele quem governa... Mimos e mais
mimos, naturalmente...
Mas o Teixeira, muito grave, muito sério, desiludiu o senhor
administrador. Mimos e mais mimos, dizia Sua Senhoria? Coitadinho dele, que
tinha sido educado com uma vara de ferro! Se ele fosse a contar ao sr. Vilaça!
Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina; e todas
as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes a gear lá
fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do avô pela
criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus lhe perdoe, ele, Teixeira,
chegara a pensá-lo... Mas não, parece que era sistema inglês! Deixava-o correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor
com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas... E às vezes a
criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita dureza.
No primeiro trecho, relativo à educação de Pedro, há duas ou
três linhas que podem exemplificar o discurso
indireto livre. Sublinha-as.
No trecho já do cap. III, com a ida de Vilaça a Santa Olávia,
que testemunha a educação de Carlos (contrastada com a de Eusebiozinho, que, no
fundo, replicava a que seguira o pai de Carlos), temos todo um parágrafo em
discurso indireto livre, o {circunda a
melhor opção} primeiro / segundo / terceiro /nonagésimo segundo. Para nos apercebermos das características
desta maneira de reproduzir o diálogo, completa com o que lhe corresponderia
nos outros modos de reprodução do discurso no discurso:
Discurso
direto
— ________ Senhoria, ______ «mimos e
mais mimos»? Coitadinho dele, que ___________ com uma vara de ferro!
__________! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem
lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes
a gear lá fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do
avô pela criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus
_____________________... Mas não, parece que ___ o sistema inglês. _______
correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho
de caseiro. E depois o rigor com as comidas! Só a certas horas e de certas
coisas... E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita
dureza. — desiludiu o Teixeira, muito grave, muito sério, _________.
Discurso indireto
Mas o Teixeira, muito grave, muito
sério, desiludiu Vilaça, retorquindo-lhe que Carlos não era mimado e que o
coitado _________ com uma vara de ferro. Disse ainda que se
_______________________. {basta até aqui}
Malèna (Giuseppe
Tornatore) |
Os
Maias
(Eça de Queirós) |
A
Ilustre Casa de Ramires
(Eça de Queirós) |
|
Espaço — espaço físico; simbolismo |
|
O
local em que começam e acabam as memórias daqueles cerca de cinco anos é o
mesmo, a avenida marginal da vila siciliana. De resto, o espaço físico da narrativa está muitíssimo ________, tudo se
passa em Castelcuto. |
Nos
Maias, Lisboa é o espaço da parte ‘______
de costumes’ (o sarau, na Trindade; as corridas, em Belém; o jantar, no
Hotel Central; etc.). Como espaços da parte ‘intriga’, destacaríamos as
várias casas da família (Benfica, Santa Olávia, Ramalhete; a Toca), Coimbra,
Lisboa, Sintra. Há alusões pontuais a Inglaterra, França, Itália, Espanha,
Brasil. No epílogo, no episódio do passeio final, o cenário é bastante
________: Carlos e Ega sobem do Passeio Público até ao Chiado, à estátua de
Camões, para concluírem que Portugal, tendo mudado, não mudou. |
Na
Ilustre Casa, o espaço físico
principal pertence a uma zona a partir da Torre (Santa Ireneia, ____,
Oliveira). Esta geografia é inspirada no que Eça conhecia da área de Resende
(Lamego), sede da nobre família da sua mulher. Há, porém, ambiguidades (cfr. referência à orla marítima).
Surgem como espaços a que se alude pontualmente Coimbra, Porto, Lisboa.
África, no final, começa por ser vista como hipótese de regeneração., como
desfecho das outras viagens de Gonçalo. A Torre dos Ramires também _______ ora
os feitos dos Ramires heroicos ora a própria decadência de Gonçalo (e de
Portugal). |
Malèna (Giuseppe
Tornatore) |
Os
Maias
(Eça de Queirós) |
A
Ilustre Casa de Ramires
(Eça de Queirós) |
|
Personagens — caracterização (direta/indireta); composição (modelada, ou
redonda/plana/tipos) |
|
Quase
todas as personagens são planas,
mesmo personagens-tipo (o
professor gozado pelos alunos; os adolescentes gabarolas; as vizinhas
maledicentes; a descarada amante do barão não sei quantos; o pai de Renato,
emotivo e antifascista; ...). Serão aliás mais figurantes, do que personagens
secundárias. Malèna é que se pode considerar personagem menos óbvia, mais
____. Há aliás diferença entre a sua heterocaracterização
(retratada pelos outros é apenas aquela que se insinua aos homens) e a caracterização ____ (o que vamos
sabendo através das suas ações). Renato é, muitas vezes, um tipo, o do adolescente obsessivamente
apaixonado, mas, quando assumido pelo narrador, já é mais modelado, mais redondo. |
Nos
Maias, segundo Carlos Reis, a caracterização de Pedro da Maia é
tipicamente naturalista (Pedro seria o resultado da hereditariedade e do
estilo de ______ recebida), visando-se comprovar uma tese (para esta escola,
a literatura seguiria metodologia experimental). Nem tanto assim, a de Maria
Eduarda e, ainda menos, a de Carlos. Carlos é sobretudo caracterizado indiretamente (pelo que vai fazendo)
e é personagem relativamente modelada.
Também assim, Afonso da Maia, o próprio Ega. Mais planas, por vezes verdadeiros tipos, são as personagens secundárias (Alencar, o poeta
romântico; Dâmaso, o novo-rico; Cavalão, o jornalista corrupto; Gouvarinho, o
político; _____, o gentleman; Castro Gomes, o «brasileiro»; Cohen, o
banqueiro; Rufino, o deputado; Taveira, o funcionário público; a Gouvarinho,
a adúltera; etc.). Aquelas que são exclusivas da vertente ‘crónica de
costumes’ (episódios da vida do XIX) tendem a ser verdadeiros tipos sociais/profissionais. |
Na
Ilustre Casa, o protagonista,
Gonçalo Mendes Ramires, é personagem relativamente modelada, não se pode dizer que seja sempre a personagem-tipo do fidalgo de
província decadente e que vive dos pergaminhos dos ________. Tem defeitos que
se repetem (ser timorato, por exemplo; a ambição fútil que o leva a ceder em
matéria de princípios), mas mostra-se-nos também a sua má-consciência, o que
torna a personagem mais verdadeira, não um simples estereótipo; e, no final,
com a aventura africana, parece haver uma regeneração (que não é talvez
conclusiva, porque o epílogo deixa tudo em aberto). As personagens secundárias são personagens mais planas, funcionando como tipos,
muitas vezes: o criado Bento; a cozinheira Rosa; o bom padre Soeiro; o
governador civil e «Don Juan» André Cavaleiro; o Videirinha, dado ao violão,
que receberá, conseguido por Gonçalo, o lugar de amanuense; o deputado por
Vila Clara Sanches Lucena; as maledicentes manas _____; as mulheres sempre um
pouco fúteis e frágeis (mesmo Gracinha); o «boa pessoa» e ingénuo Barrolo. Há uma outra galeria de personagens (Tructezindo,
o «Bastardo», etc.), as que pertencem à novela histórica, que serão mais caricaturas do que tipos, porque se trata de uma
paródia-pastiche. |
Versão com fãs de Taylor Swift a usarem
saias prateadas
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica as orações
sublinhadas. Poderás ter de usar: coordenada;
assindética, copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; subordinante, subordinada; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa;
restritiva, explicativa. A classificação deve ficar completa (o que, em alguns
casos, implicará um termo; noutros, quatro).
Para que percebamos
Antero, convém olhar para as
suas barbas fulvas. |
|
Umas escolas escolhem O ano da morte de Ricardo Reis, outras escolhem Memorial
do Convento. |
|
O estúpido do stor
pretendia que nos espalhássemos naquele item. |
|
As paisagens que
vemos na poesia de Cesário são urbanas e rurais. |
|
Como há greve de
estivadores, não sei se os Prémios Tia Albertina chegarão a tempo. |
|
Espero que os Tia
Albertina, que aliás são apetecíveis e valiosos, cheguem a tempo. |
|
Ponta Delgada, onde
nasceu Antero, deu outros vultos importantes à cultura portuguesa. |
|
Como a abstenção foi
demasiado grande, serão todos doravante
obrigados a votar. |
|
Quem concorra ao
Concurso José Gomes Ferreira arrisca-se a vencer. |
|
António Costa votou na
Jorge Barradas pois agora vive em Benfica. |
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O Liverpool perderá se
não marcar bem o simpático coreano Son. |
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Amou, perdeu-se,
morreu amando. |
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Renato gostava tanto de
Malèna, que lhe escrevia cartas e cartas. |
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Ainda que o prazo
termine em breve, haverá decerto
concorrentes ao José Gomes Ferreira. |
|
As aulas terminarão na
terça mas os alunos vão estudar para os exames. |
|
Indica
a função sintática dos segmentos sublinhados (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento
direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; complemento do nome, complemento do adjetivo, modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome).
Xavi considera João
Félix inegociável. |
|
É importante escolhermos
com atenção os Tia Albertina. |
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Cumprimenta-nos,
ganhámos a lotaria! |
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A sopa de espinafres, que
adoro, está azeda até dizer chega. |
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Ufa!. Felizmente,
chegaram enfim as férias. |
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Indica o mecanismo de
coesão dos segmentos sublinhados (coesão lexical, coesão temporal, coesão
referencial, coesão frásica, coesão interfrásica).
As fãs de Swift usavam saias
prateadas. Estas tinham muitas lantejoulas. |
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As raparigas
foram a caminho do Estádio da Luz. As moças estavam entusiasmadas. |
|
No Manchester jogou
Bruno e ele estava em forma. |
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Indica o valor aspetual (genérico,
imperfetivo, perfetivo, habitual, iterativo).
Os calceteiros de
Cesário estão a calçar as ruas. |
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Cesário Verde escreveu o
«Sentimento dum Ocidental» em 1880. |
|
Pepe tem jogado jogo sim
jogo não. |
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Indica
a modalidade (epistémica,
deôntica, apreciativa).
Se quiser ter hipóteses,
o Porto deve fazer melhor. |
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Amanhã deve estar
bom tempo. |
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Classifica
o ato de fala (expressivo, diretivo, declarativo,
compromissivo, assertivo).
Talvez o Benfica tenho
melhorado este ano. |
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Tens aí a chave,
Arnaldo? |
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Versão com Lady Betty a entregar os
papéis do divórcio
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica as orações
sublinhadas. Poderás ter de usar: coordenada;
assindética, copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva, explicativa; subordinante, subordinada; adjetiva, substantiva, adverbial; relativa, completiva, temporal, causal, final, condicional, concessiva, consecutiva, comparativa;
restritiva, explicativa. A classificação deve ficar completa (o que, em alguns
casos, implicará um termo; noutros, quatro).
Sabes que até nem
gosto desta pergunta? |
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Por comeres pouco limão,
tens as gengivas, que até eram bonitas, completamente podres. |
|
Vê se as cábulas não
ficam à vista do professor. |
|
Os bolos que se
vendem no Califa são tremendamente bonitos e dulcíssimos. |
|
Marta,
cujo trabalho tratou de Perseu e Andrómeda, venceu as Olimpíadas da
Cultura Clássica. |
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Decerto vencerás o
Concurso Literário José Gomes Ferreira se concorreres em teatro. |
|
Ainda os aceitarei, portanto
vamos fazer trabalhos atrasados. |
|
Quem vença o Concurso da
«Ética na vida e no desporto»
ganha uma batelada de dinheiro. |
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Mal chegou o bom tempo, foi tudo para a praia estudar gramática. |
|
Vim, vi e venci. |
|
A Mariana de Um Amor de Perdição era tão boa
enfermeira, que beijava o sangue de Simão. |
|
Apesar de Os Maias não serem fáceis, alguns alunos fizeram interessantes trabalhos. |
|
As aulas terminam a 4 e
as reuniões de avaliação começam a 6. |
|
No 12.º lê-se O ano da morte de Ricardo Reis ou
estuda-se Memorial do Convento. |
|
A fim
de tudo ser justo, nas finais da Liga Europa e da Liga dos Campeões haverá
árbitros estrangeiros. |
|
Indica
a função sintática dos segmentos sublinhados (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento
direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; complemento do nome, complemento do adjetivo, modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome).
O exercício que estão
a resolver é mais fácil que o exame de não sei quê. |
|
Olhei-te de
frente, de cabeça levantada. |
|
Os exames fazem que
regressem as angústias. |
|
É triste chumbarem
tantos alunos por causa da gramática. |
|
Todos achámos Amor de Perdição muito triste. |
|
Indica o mecanismo de
coesão dos segmentos sublinhados (coesão lexical, coesão temporal, coesão
referencial, coesão frásica, coesão interfrásica).
Podiam concorrer ao José
Gomes Ferreira. O prémio literário da nossa escola dá muita fama. |
|
Não concorro porque
já sei que ganhava. |
|
Via-a ontem.
Estava linda a Mónica. |
|
Indica o valor aspetual (genérico,
imperfetivo, perfetivo, habitual, iterativo).
Eça ainda abandonou A
Capital! a meio. |
|
Os lisboetas são parvos. |
|
Andou a escrever durante
o verão. |
|
Indica
a modalidade (epistémica,
deôntica, apreciativa).
Podes ir ver o jogo desde que não venhas tarde. |
|
Podes estar com sorte, nunca se sabe... |
|
Classifica
o ato de fala (expressivo, diretivo, declarativo,
compromissivo, assertivo).
Creio que Lady Betty
entregou os papéis para o divórcio. |
|
A partir deste momento
considero divorciados Elizabeth Grafstein e José Alberto Castelo Branco [diz
notário]. |
|
TPC — Se ainda não fizeste: (i) acaba de ler livro de
Eça; (ii) entrega, na Classroom, tarefa sobre capítulo livro de Eça que te
calhasse; (iii) vai-me trazendo livros que tenha emprestado e de que já não
precises.
Aula 117-118 (3 [3.ª, 5.ª], 4/jun [1.ª, 4.ª]) Correções breves de aspetos do questionário de gramática.
Soluções
da versão com fãs de Taylor Swift a usarem saias prateadas
Para que percebamos
Antero, convém olhar para as
suas barbas fulvas. |
Subordinada adverbial
final |
Umas escolas escolhem O ano da morte de Ricardo Reis, outras escolhem Memorial
do Convento. |
Coordenada |
O estúpido do stor
pretendia que nos espalhássemos naquele item. |
Subordinada substantiva
completiva |
As paisagens que vemos
na poesia de Cesário são urbanas e rurais. |
Subordinada adjetiva
relativa restritiva |
Como há greve de
estivadores, não sei se os Prémios Tia Albertina chegarão a tempo. |
Subordinada substantiva
completiva |
Espero que os Tia
Albertina, que aliás são apetecíveis e valiosos, cheguem a tempo. |
Subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Ponta Delgada, onde
nasceu Antero, deu outros vultos importantes à cultura portuguesa. |
Subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Como a abstenção foi
demasiado grande, serão todos doravante
obrigados a votar. |
Subordinada adverbial
causal |
Quem concorra ao Concurso
José Gomes Ferreira arrisca-se a vencer. |
Subordinada substantiva
relativa |
António Costa votou na
Jorge Barradas pois agora vive em Benfica. |
Coordenada explicativa |
O Liverpool perderá se
não marcar bem o simpático coreano Son. |
Subordinada adverbial
condicional |
Amou, perdeu-se,
morreu amando. |
Coordenada assindética |
Renato gostava tanto de
Malèna, que lhe escrevia cartas e cartas. |
Subordinada adverbial
consecutiva |
Ainda que o prazo termine
em breve, haverá decerto
concorrentes ao José Gomes Ferreira. |
Subordinada adverbial
concessiva |
As aulas terminarão na
terça mas os alunos vão estudar para os exames. |
Coordenada adversativa |
Xavi considera João Félix
inegociável. |
Predicativo do
complemento direto |
É importante escolhermos
com atenção os Tia Albertina. |
Sujeito |
Cumprimenta-nos,
ganhámos a lotaria! |
Complemento direto |
A sopa de espinafres, que
adoro, está azeda até dizer chega. |
Modificador apositivo do
nome |
Ufa!. Felizmente,
chegaram enfim as férias. |
Sujeito |
As fãs de Swift usavam saias
prateadas. Estas tinham muitas lantejoulas. |
coesão referencial |
As raparigas foram
a caminho do Estádio da Luz. As moças estavam entusiasmadas. |
coesão lexical |
No Manchester jogou Bruno
e ele estava em forma. |
coesão interfrásica |
Os calceteiros de Cesário
estão a calçar as ruas. |
Imperfetivo |
Cesário Verde escreveu o
«Sentimento dum Ocidental» em 1880. |
Perfetivo |
Pepe tem jogado jogo sim
jogo não. |
Iterativo |
Se quiser ter hipóteses,
o Porto deve fazer melhor. |
Deôntica |
Amanhã deve estar
bom tempo. |
Epistémica |
Talvez o Benfica tenha
melhorado este ano. |
Assertivo |
Tens aí a chave, Arnaldo? |
Diretivo |
Soluções da versão com Lady Betty a entregar os papéis do
divórcio
Sabes que até nem
gosto desta pergunta? |
Subordinada substantiva
completiva |
Por comeres pouco limão,
tens as gengivas, que até eram bonitas, completamente podres. |
Subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Vê se as cábulas não
ficam à vista do professor. |
Subordinada substantiva
completiva |
Os bolos que se vendem
no Califa são tremendamente bonitos e dulcíssimos. |
Subordinada adjetiva
relativa restrititiva |
Marta, cujo trabalho
tratou de Perseu e Andrómeda, venceu as Olimpíadas da Cultura Clássica. |
Subordinada adjetiva
relativa explicativa |
Decerto vencerás o
Concurso Literário José Gomes Ferreira se concorreres em teatro. |
Subordinada adverbial
condicional |
Ainda os aceitarei, portanto
vamos fazer trabalhos atrasados. |
Coordenada conclusiva |
Quem vença o Concurso da
«Ética na vida e no desporto»
ganha uma batelada de dinheiro. |
Subordinada substantiva
relativa |
Mal chegou o bom tempo, foi tudo para a praia estudar gramática. |
Subordinada adverbial
temporal |
Vim, vi e venci. |
Coordenada assindética |
A Mariana de Um Amor de Perdição era tão boa
enfermeira, que beijava o sangue de Simão. |
Subordinada adverbial
consecutiva |
Apesar de Os Maias não serem fáceis, alguns alunos fizeram interessantes trabalhos. |
Subordinada adverbial
concessiva |
As aulas terminam a 4 e
as reuniões de avaliação começam a 6. |
Coordenada copulativa |
No 12.º lê-se O ano da morte de Ricardo Reis ou
estuda-se Memorial do Convento. |
Coordenada disjuntiva |
A fim de tudo ser justo, nas
finais da Liga Europa e da Liga dos Campeões haverá árbitros estrangeiros. |
Subordinante |
O exercício que estão
a resolver é mais fácil que o exame de não sei quê. |
Modificador restritivo do
nome |
Olhei-te de
frente, de cabeça levantada. |
Complemento direto |
Os exames fazem que
regressem as angústias. |
Sujeito |
É triste chumbarem
tantos alunos por causa da gramática. |
Sujeito |
Todos achámos Amor de Perdição muito triste. |
Predicativo do
complemento direto |
Podiam concorrer ao José
Gomes Ferreira. O prémio literário da nossa escola dá muita fama. |
Coesão lexical |
Não concorro porque
já sei que ganhava. |
Coesão interfrásica |
Via-a ontem.
Estava linda a Mónica. |
Coesão referencial |
Eça ainda abandonou A
Capital! a meio. |
Perfetivo |
Os lisboetas são parvos. |
Genérico |
Andou a escrever durante
o verão. |
Imperfetivo |
Podes ir ver o jogo desde que não venhas tarde. |
Deôntica |
Podes estar com sorte, nunca se sabe... |
Epistémica |
Creio que Lady Betty
entregou os papéis para o divórcio. |
Assertivo |
A partir deste momento
considero divorciados Elizabeth Grafstein e José Alberto Castelo Branco [diz
notário]. |
Declarativo |
Leituras expressivas para as finais das
duas Ligas.
Bem sei que não estamos a seguir Cantar!,
mas vimo-lo no décimo ano e dá-me jeito comparar o filme com as duas obras de
Eça quanto a aspetos da tragédia. Podia ter usado Frei Luís de Sousa,
mas já tinha esta tabela preparada:
Cantar! |
Os
Maias |
A Ilustre Casa de Ramires |
Hybris (ou
desafio ao destino por parte do protagonista) |
||
Moon prosseguiu o concurso, mesmo sabendo que
não teria dinheiro para o _______. (E há outro desafio: o ______ com lulas
que Buster cria para tornar o cenário espetacular.) |
Carlos aceitou ir encontrar-se com Maria Eduarda
já depois de haver indícios de que se tratava da ___ (___ trazido por
Guimarães é crucial como testemunho do parentesco). |
Gonçalo, por ambições políticas, favorece
aproximação entre Cavaleiro e _____, tendo consciência de que essa
aproximação faria mal ao casamento da ____. |
Catástrofe
ou desfecho trágico |
||
Teatro de Moon é destruído na sequência de
________ (pelo meio, há uma peripécia com cofre). |
Afonso da Maia morre, depois de perceber que o
neto, Carlos, prosseguia a relação incestuosa com a outra ______. |
Gracinha e Cavaleiro encontram-se no mirante e
chegará a Barrolo uma carta anónima a relatar o _______. |
Depois
da tragédia (ou pós-catástrofe) |
||
Depois de cumprir uma penitência, retomando
profissão de lavador de carros, Moon não desiste e vence mesmo o destino (Cantar!,
afinal, não é uma ______). |
Depois de período em Santa Olávia, Carlos parte
para uma viagem fora do país; e regressará a Lisboa dez anos depois, para
constatar como está tudo ______. |
Depois de período em Lisboa, Gonçalo partirá
para África, com intenções regeneradoras; quatro anos depois, regressará a um
Portugal que não parece muito _______. |
2.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser
vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
||
Aula |
Questionário sobre cena I do ato III de Frei
Luís de Sousa (aula 67-68) |
|
Redação de
argumento sobre quem é protagonista de Frei e de título (aula 69-70) |
||
Questionário
sobre «Introdução» de Amor de Perdição (aula 75-76) |
||
Questionário
sobre capítulo IV de Amor de Perdição (aula 89-90) |
||
Questionário
sobre primeira parte da «Conclusão» de Amor
de Perdição (aula 95-96) |
||
Questionário
sobre apreciação crítica a Pôr do Sol (aula 107-108) |
||
Observação direta da eficiência a resolver as
tarefas com textos em todas as aulas |
||
Educação
literária |
||
Aula Casa |
Leitura de livros (cfr. Classroom) |
|
Efetiva leitura de Os
Maias / A Ilustre Casa de Ramires (cfr. folha da aula 111-112) |
||
Questionário sobre primeiro terço de Os
Maias / A Ilustre Casa de Ramires
(aula 113-114) |
||
Questionário sobre a totalidade de Os
Maias / A Ilustre Casa de Ramires
(aula 117-118) |
||
Escrita |
||
Aula |
Texto com encaixe à maneira da introdução de Amor
de Perdição (aula 75-76) |
|
Biografia de personagem segundo modelo da de
Domingos Botelho (aula 77-78) |
||
Comentário sobre ‘Simão como
herói romântico’ (aula 87-88) [exceto no 11.º 3.ª] |
||
Comparação entre «Antes de ela dizer que sim» e Amor de Perdição (aula 89-90) |
||
Texto de opinião sobre «A submissão é uma
ignomínia [...]» (aula 95-96) |
||
Reescrita dos vv. 1-20 de «O Sentimento dum
Ocidental» (aula 101-102) |
||
Criação de quarteto para parte IV de «O
Sentimento dum Ocidental» (aula 105-106) |
||
Redação de continuação de começo de livro de Eça
e criação de outro (aula 109-110) |
||
Manuscrito para concurso «Ética na vida e no
desporto» (aula 59-60) [exceto 11.º 4.ª] |
||
Casa |
Reformulação do texto anterior com passagem a
computador (tepecê de aula 67-68) |
|
Reformulação do anterior (tepecê da aula 69-70) |
||
Argumentação sobre ‘Portugal é o pior país do
mundo’ (tepecê da aula 73-74) |
||
Texto para Olimpíadas da Cultura Clássica [só
alguns foram chamados a fazer] (87-88) |
||
Reformulação do anterior [só alguns foram
chamados a fazer] |
||
Compreensão
do oral/Expressão oral |
||
Aula/Casa |
Leituras em voz alta, para
Liga dos Campeões e Liga Europa (77-78; ao longo do semestre) |
|
Casa |
Vídeo para Olimpíadas da
Cultura Clássica (tepecê de aula 87-88) |
|
Vídeo a pretexto de capítulo
de Os Maias / A Ilustre Casa de Ramires (tepecê da aula 105-106) |
|
|
Gramática |
||
(Casa) Aula |
Questionário com classificação de orações (aula
83-84) |
|
Texto sobre personagem de Amor de Perdição
segundo matriz sintática (aula 97-98) |
||
Questionário sobre sintaxe: orações e funções
sintáticas (aula 115-116) |
||
Questionário sobre outros conteúdos de gramática
(aula 115-116) |
||
Assiduidade,
pontualidade, material |
||
|
Sobre leitura integral no
12.º ano
— Escola ainda vai escolher obra de leitura integral no 12.º ano. Decisão é
entre O ano da morte de Ricardo Reis e Memorial do Convento,
ambas de José Saramago, mas tem-se optado por O ano da morte de Ricardo Reis.
De qualquer modo, se se
tratar, como espero, de O ano da morte de Ricardo Reis, é obra que ganha
em ser começada a ler só depois de se dar em aula Fernando Pessoa. Portanto,
neste caso, talvez não devessem avançar já na leitura do livro de Saramago. Mas
as férias são boa oportunidade para ler livros, é claro.
A propósito, se tiverem
livros meus, não os percam. E, logo que possam, tragam-mos.
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