Aula 75-76
Aula 75-76 (4 [3.ª, 5.ª], 5/mar [4.ª, 1.ª]) Os autores do 2.º semestre; aspetos narratológicos de Amor de Perdição.
Tem o livro aberto na p.
170 (é já o Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco). Usa
só essa página. Vai lendo e circundando a melhor alínea de cada item.
Nas ll. 1-3, o narrador é
a) Camilo Castelo Branco e omnisciente.
b) homodiegético, identificável com Simão.
c) homodiegético.
d) Simão Botelho.
Nas ll. 4-10, transcreve-se
a) o que disse Simão.
b) documento da responsabilidade de Filipe Moreira
Dias, que identifica um preso.
c) o que escreveu Camilo Castelo Branco ao entrar
na Cadeia da Relação.
d) texto do filho de Domingos José Correia Botelho
e Dona Rita Preciosa Caldeirão Castelo Branco.
A nota à margem «Foi para a Índia em 17 de março
de 1807» (l. 12) teria sido escrita por
a) Filipe Moreira Dias.
b) alguém da cadeia mesmo que já não Filipe
Moreira Dias.
c) Simão Botelho.
d) Camilo Castelo Branco.
À data da entrada na cadeia, Simão tinha
a) menos de dezasseis anos.
b) dezoito anos.
c) dez aninhos.
d) vinte anos.
Em «Não seria fiar demasiadamente na sensibilidade
do leitor» (l. 13), «na sensibilidade do leitor» desempenha a função sintática
de
a) complemento do nome.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto.
d) complemento indireto.
No parágrafo correspondente às ll. 15-21, o
narrador mostra-se
a) irónico.
b) sinceramente compungido.
c) irritado.
d) alegre.
Em «dos braços de mãe» (l. 17), «de mãe»
desempenha a função sintática de
a) complemento do adjetivo.
b) complemento do nome.
c) complemento oblíquo.
d) sujeito.
No parágrafo constituído pelas ll. 22-23, o
narrador tem como narratários (isto é, destinatários da narração)
a) homens e mulheres, portugueses e portuguesas,
não os tratando de modo discriminatório.
b) homens e mulheres, considerando estas,
ironicamente, como seres capazes de se emocionar com histórias inventadas.
c) talvez prioritários as leitoras, que considera
as únicas suscetíveis de se sensibilizarem com o destino de Simão.
d) homens e mulheres, discriminando-os, pois que
considera irem ser tocados, em grau diferente, pela história de Simão.
«Amou, perdeu-se, e morreu amando» (l. 24)
sintetiza a vida de Simão Botelho, herói romântico de Amor de Perdição.
Se quiséssemos formular uma síntese semelhante para Manuel de Sousa Coutinho,
era acertado escrever
a) «Amou, perdeu-se, morreu e deixou de amar,
viveu de novo».
b) «Amou, perdeu-se, e morreu amando».
c) «Nunca amou, perdeu-se, e viveu amando».
d) «Não amou, perdeu-se, encontrou-se, morreu
amando».
«essa» (l. 27) é
a) uma anáfora que tem como termo antecedente «a
mulher [...] misericórdia» (ll.
25-27).
b) anáfora de «a minha leitora» (l. 27).
c) palavra homónima de «Eça».
d) catáfora de «história» (l. 25).
Os segmentos «a minha leitora» e «a carinhosa
amiga de todos os infelizes» (l. 27) são
a) modificadores restritivos do nome.
b) modificadores apositivos do nome.
c) sujeito.
d) complemento direto e predicativo do complemento
direto.
Tirando as três primeiras palavras, todo o
parágrafo nas ll. 25-29 é, em termos de figuras de estilo (recursos
estilísticos ou expressivos),
a) hipérbole.
b) metáfora.
c) interrogação retórica.
d) ironia.
«aquelas linhas» (ll. 30-31) remete para
a) «Chorava, chorava!» (l. 30).
b) todo o parágrafo das ll. 25-29.
c) «Amou, perdeu-se, e morreu amando» (l. 24).
d) a citação feita nas ll. 4-10.
A palavra «verão» (l. 32), em termos de
classificação de classe, é
a) verbo (futuro do indicativo de «ver»).
b) verbo (futuro do indicativo de «vir»).
c) verbo (presente do indicativo de «var»).
d) nome (significando ‘estação do ano que antecede
o outono e sucede à primavera’).
Em «A tempo verão se é perdoável o ódio» (l. 32),
a oração subordinada substantiva completiva «se é perdoável o ódio» desempenha
a função sintática de
a) sujeito.
b) predicado.
c) complemento direto.
d) complemento oblíquo.
Em «se é perdoável o ódio» (l. 32), «o ódio»
desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) sujeito.
d) complemento indireto.
Em «das sentenças que eu aqui lavrar contra a
falsa virtude de homens» (ll. 33-34), «que» é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) sujeito.
d) complemento indireto.
Em «das sentenças que eu aqui lavrar contra a
falsa virtude de homens» (ll. 33-34), o narrador anuncia ir
a) defender a sua honra, em tribunal, contra a
falsa virtude dos que se lhe opuserem.
b) criticar a hipocrisia dos homens que, por
questões de honra, atuem barbaramente.
c) lavrar sentenças em defesa da sua honra, contra
os homens falsos e sem virtude.
d) atacar os que, por sua honra, atuem contra a
virtude, como bárbaros.
A
«Introdução» de Amor de Perdição visa dar o pretexto para, a partir do
presente do narrador (1861, na cadeia da Relação, no Porto), inserir uma
narrativa «encaixada» passada meio século antes e que vai ocupar todo o resto
do livro (logo a partir do início do cap. I).
Nesta
«Introdução» (p. 170) há doze linhas que servem para dar conta de um documento
encontrado; e segue-se, nas ll. 13-34, uma espécie de síntese da história
encaixada que vai ser relatada a propósito dessa descoberta.
Depois,
no cap. I (p. 172), começa a história encaixada, passada meio século antes.
Cria
um texto que inclua
(i)
relato do encontro do narrador (homodiegético) com algum testemunho (convém que
não seja um registo da cadeia) que levará a que se conte uma história;
(ii)
síntese/comentário a essa narrativa encaixada que se vai contar;
(iii)
início — apenas uma linha ou duas — do cap. I (o início da tal narrativa que a
descoberta do testemunho fez que o narrador quisesse contar).
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Classifica quanto à função sintática os
constituintes sublinhados:
Anda estragar-me os planos
(Salvador Sobral)
Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes, ___________
Já tenho a minha conta de serões serenos,
Quero ir dançar.
_________
Sei por onde vou,
_________
É o melhor caminho,
Não deixo nada ao acaso; c. direto | _______
Por favor, anda trocar-me o passo.
Tenho uma rotina
Para todos os dias, ________
Há de durar muitos anos;
Por favor, anda estragar-me os planos. _________
Tira os livros da ordem certa,
Deixa a janela do
quarto aberta, c. direto | _______
Faz-me esquecer que amanhã vou trabalhar. _______
Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes,
Já tenho a minha conta de serões
serenos, _______
Quero ir dançar.
Um, dois...
Ah, faltam-me as saudades e os ciúmes, _______
Já tenho a minha conta de serões serenos,
Tardes tontas, manhãs mecânicas, _______
Eu quero é ir dançar.
TPC — [A alguns alunos apenas
foi marcado trabalho de escrita para Olimpíadas da Cultura Clássica.]
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