Thursday, September 07, 2023

Aula 107-108

Aula 107-108 (13 [3.ª, 5.ª], 14/mai [1.ª, 4.ª]) Correção de tarefa da aula anterior (com métrica e rima).

Na p. 198, vai lendo a apreciação crítica «Pôr do Sol: a novela da RTP que goza com todas as novelas é absurda (e muito divertida)» e escolhendo a melhor alínea de cada item. (Consulta só o texto. Não uses outras páginas do manual.)

De acordo com o texto, contribuem para a dimensão satírica de Pôr do Sol

a) o realismo nos pormenores de realização.

b) o contraste entre o tom e o conteúdo das falas.

c) a exploração da temática do amor proibido.

d) as referências cómicas às novelas televisivas.

 

Ao recorrer à expressão «enorme caldeirão de clichés» (l. 4), o autor utiliza

a) a hipérbole, para salientar a qualidade da linguagem.

b) a antítese, para opor a quantidade de frases-feitas à escassez de personagens.

c) a metáfora, para sugerir a combinação de recursos típicos das novelas.

d) a ironia, para denunciar a extensão do argumento.

 

Os aspetos valorizados na novela de Henrique Dias Cardoso e Manuel Pureza não incluem

a) a verosimilhança.

b) o tom humorístico.

c) o desempenho dos atores.

d) o trabalho do guionista e do realizador.

 

Do ponto de vista do autor, o grande mérito de Pôr do Sol é

a) evidenciar o carácter disruptivo das novelas portuguesas.

b) recorrer a temas e processos originais.

c) transformar o formato tradicional da novela.

d) refletir a cultura nacional.

 

«Se tudo isto parece absurdo e forçado – é porque é.» (l. 18) visa

a) mostrar que a série tenta fazer a caricatura de novelas mas é verosímil, realista.

b) vincar a índole propositadamente disparatada de muitas situações de Pôr de Sol.

c) sublinhar que também na vida real há situações que parecem absurdas e forçadas.

d) deixar ao critério do leitor se a ação em Pôr do Sol é estapafúrdia ou realista.

 

Ao escrever-se que Pôr do Sol «é talvez uma das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33),

a) assume-se que Pôr do Sol é uma verdadeira novela.

b) não se pretende dizer que se trata de uma novela mas considera-se que é uma muito boa série.

c) deixa-se claro que as novelas portuguesas têm um caráter específico, diferente de todas as outras.

d) insinua-se que, sendo as novelas más, o mérito de Pôr de Sol está em ser diferente delas.

 

No primeiro período (l. 1) há

a) duas orações (subordinante e subordinada).

b) duas orações (coordenada e coordenada assindética).

c) uma oração.

d) duas orações (coordenada e subordinante).

 

Considerando que «mini» é um afixo (não é um radical), «mininovela» (l. 1), quanto à formação, é uma palavra

a) derivada por prefixação.

b) composta morfologicamente.

c) derivada não afixal.

d) formada por conversão.

 

No segundo período do texto (ll. 2-3), «que domina a televisão portuguesa (e não só)» é uma oração subordinada

a) substantiva relativa.

b) substantiva completiva.

c) adjetiva relativa explicativa.

d) adjetiva relativa restritiva.

 

O constituinte «pela filha da família rica» (l. 6) desempenha a função sintática de

a) predicativo do sujeito.

b) complemento oblíquo.

c) complemento agente da passiva.

d) sujeito.

 

A utilização do pronome «eles» (l. 7) e da expressão «na verdade» (l. 8) contribui para a coesão

a) gramatical frásica, no primeiro caso, e lexical por reiteração, no segundo caso.

b) gramatical lexical por reiteração, no primeiro caso, e interfrásica, no segundo caso.

c) gramatical referencial, no primeiro caso, e gramatical frásica, no segundo caso.

d) gramatical referencial, no primeiro caso, e gramatical interfrásica, no segundo caso.

 

Em «Gabriela Barros interpreta as gémeas Matilde e Filipa.» (ll. 10-11) há um ato de fala

a) assertivo.

b) declarativo.

c) compromissivo.

d) expressivo.

 

A função sintática de «que» (l. 14) é de

a) complemento direto.

b) sujeito.

c) complemento do adjetivo.

d) complemento oblíquo.

 

A modalidade em «tem de lidar com o seu irmão rancoroso, Simão» (ll. 14-15) é

a) epistémica, com o valor de certeza.

b) deôntica, com o valor de obrigação.

c) apreciativa, com o valor de obrigação.

d) epistémica, com o valor de permissão.

 

«da principal revista de moda em Portugal» (l. 17) desempenha a função sintática de

a) sujeito.

b) complemento do adjetivo.

c) complemento do nome.

d) complemento oblíquo.

 

Em «está a tentar descobrir as suas origens» (l. 17),

a) o valor aspetual é imperfetivo e o valor temporal é de simultaneidade.

b) o valor aspetual é habitual e o valor temporal é de simultaneidade.

c) o valor aspetual é perfetivo e o valor temporal é de posterioridade.

d) o valor aspetual é genérico e o valor temporal é de anterioridade.

 

A função sintática de «pelo guião» (l. 25) é de

a) complemento do nome.

b) complemento do adjetivo.

c) modificador do grupo verbal.

d) complemento oblíquo.

 

«viciante» (l. 30) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) complemento oblíquo.

d) complemento do adjetivo.

 

A oração «que estamos a um milímetro de se quebrar a chamada “quarta parede”» (ll. 30-31) é

a) subordinada substantiva completiva, com função de complemento oblíquo.

b) subordinada substantiva completiva, com função de complemento direto.

c) subordinada substantiva relativa, com função de complemento direto.

d) subordinada substantiva relativa, com função de complemento do nome.

 

A modalidade em «é talvez uma das melhores novelas portuguesas de sempre» (ll. 32-33) é

a) epistémica, com o valor de certeza.

b) epistémica, com o valor de probabilidade.

c) apreciativa, com o valor de possibilidade.

d) deôntica, com o valor de obrigação.

Completa este esquema (que tirei de Palavras 11):



Início de A Ilustre Casa de Ramires:

Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre, em chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a camisa de chita cor de rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires (que naquela sua velha aldeia de Santa Ireneia, e na vila vizinha, a asseada e vistosa Vila Clara, e mesmo na cidade, em Oliveira, todos conheciam pelo «Fidalgo da Torre») trabalhava numa novela histórica, A Torre de D. Ramires, destinada ao primeiro número dos Anais de Literatura e de História, revista nova, fundada por José Lúcio Castanheiro, seu antigo camarada de Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico, em casa das Severinas.

Início de Os Maias:

A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspeto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-se-ia a um colégio de Jesuítas. O nome de Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do Escudo de Armas, que nunca chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data.

Completa:

Pôr do Sol

Os Maias. Episódios da vida romântica

A Ilustre
Casa de Ramires

Há sempre um legado de família representado numa propriedade/edifício:

a ________, onde está também o cerejal que constitui o negócio dos Bourbon de Linhaça.

o ________, agora remodelado, que, vendida Benfica e a Tojeira, era o que restava aos Maias em Lisboa.

a _______, que recorda a glória dos Ramires e é parte do título da novela histórica que Gonçalo tenta escrever.

No presente da narração, apesar da decadência que se sente subliminarmente, há sonhos de nova glória provindos de

_________ do comércio de cerejas, em busca de novos mercados.

________ de Carlos em Lisboa, com expetativas de sucesso profissional.

________ de novela histórica, que Gonçalo espera lhe dê notoriedade.

No entanto, os anseios de vitória (e redenção) que tomam conta dos protagonistas contrastam com os pequenos pecados que não deixam de atormentar a consciência destes heróis

Madalena _______ o facto de a sua filha Matilde não ser, na verdade, uma Bourbon de Linhaça.

Carlos vai ceder pouco depois ao diletantismo, ______ a flirts, procrastinar o trabalho, etc.

Gonçalo, falho de inspiração e de conhecimentos da história da família, _______ o poema do tio Duarte.

Ao mesmo tempo, há alusões às glórias passadas:

mencionam-se os milhares de anos da linhagem dos Bourbon de Linhaça e alude-se à relíquia que é o ____ de São Cajó.

ainda no capítulo inicial (e até ao cap. IV) começa a fazer-se a _______ da família.

à medida que Gonçalo vai escrevendo, acompanhamos os ________ desde a Idade Média.

TPC — Está em curso tarefa sobre A Ilustre Casa de Ramires / Os Maias. Se ainda não o fizeste, consulta as instruções em Gaveta de Nuvens. Independentemente dessa tarefa, a leitura do livro de Eça é imprescindível (e será controlada muito proximamente).

 

 

#