Sunday, September 05, 2021

Cábula 4 (a pergunta 7 do grupo I — ou Parte C)

A uma sebenta de provas de exame (neste caso, da Areal, por Fernanda Bela Delindro e Maria João Pereira) fui roubar estes modelos de item 7 do grupo I (ou Parte C). Ponho o enunciado e a solução proposta pelas autoras:

 

Parte C

O humor e o cómico são temas recorrentes na literatura portuguesa.

Escreva uma exposição entre 130 a 170 palavras na qual aborde a forma como este tema é tratado na obra de Gil Vicente que estudou.

A sua exposição deve incluir:

uma introdução ao tema;

um desenvolvimento no qual explicite, na obra que estudou, a diversidade que assume a sátira vicentina;

uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

[Solução:]

Gil Vicente, recorrendo ao humor, analisou a socie­dade quinhentista, dando-a a conhecer através de uma vasta obra, desde autos de fundo religioso a far­sas que caracterizam o quotidiano medieval. Na Farsa de Inês Pereira estão refletidas satirica- mente as transformações económicas, sociais e políti­cas que levaram a uma crise de valores. Na verdade, nesta farsa, Gil Vicente satirizou a sociedade do seu tempo através de diversas personagens-tipo e do có­mico de linguagem e de situação. Assim, encontramos personagens que provocam o riso, como Pero Mar­ques e Brás da Mata, quer pelas atitudes como pela mentalidade que representam. Satiriza-se ainda o comportamento das jovens levianas como Inês, que pretendem ascender socialmente através do casa­mento. A preocupação constante da mãe que não concorda com as atitudes da filha evidencia de uma forma humorística o conflito de gerações. Podemos ainda referir as personagens que desempenham o papel de casamenteiras, que criam também muitos momentos de cómico de situação. Em suma, este dramaturgo recriou o seu tempo, diver­tiu, criticou e moralizou os costumes.

 

Parte C

As reflexões do Poeta em Os Lusíadas são um dos momentos mais atuais do poema épico.

Escreva uma exposição (130-170 palavras), na qual apresente a reflexão do Poeta que considera mais atual.

A sua exposição deve incluir:

uma introdução ao tema;

um desenvolvimento no qual apresente a reflexão que escolheu, fundamentando a escolha com pelo menos um exemplo significativo da sua atualidade;

uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

[Solução:]

Em Os Lusíadas, encontramos, no final de vários cantos, reflexões do Poeta geralmente sugeridas pelos temas abordados ao longo do Canto. A reflexão que me parece mais atual é a que encontra­mos no Canto VIII sobre o poder corruptor do dinheiro. Nesta reflexão, o Poeta lança uma crítica clara ao ma­terialismo da sociedade em geral e à valorização do dinheiro como fonte de corrupção em particular. Alerta ainda para o facto de todos os homens, desde a Anti­guidade, serem afetados pela sedução do "vil metal" Parte, de seguida, para uma enumeração de vários grupos sociais que se deixam corromper: os amigos, os guerreiros, o rei, os homens de ciência, os homens das leis e até os religiosos. Esta generalização social acaba por abranger todos os estratos sociais, o que torna esta crítica atemporal e válida para todas as épocas.

Em suma, esta reflexão do Poeta sobre o poder cor­ruptor do dinheiro tem uma dimensão transversal a to­dos os tempos, o que reforça a sua atualidade.

 

Parte C

A reflexão sobre a vida pessoal é um dos temas que atravessa a literatura portuguesa.

Escreva uma exposição (130-170 palavras) na qual exponha a forma como é abordado este tema nos poemas das Rimas de Luís de Camões.

A sua exposição deve incluir:

uma introdução ao tema;

um desenvolvimento no qual explicite a forma como é desenvolvido o tema nas dife­rentes vertentes da lírica camoniana, fundamentando as características apresentadas em, pelo menos, um exemplo;

uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

[Solução:]

Luís de Camões notabilizou-se pela escrita da epo­peia, mas também foi muito admirado pela sua poesia, compilada na obra Rimas.

Enquanto poeta lírico, Camões escreveu poesia tradicio­nal e cultivou também o soneto com especial mestria. Nestas duas vertentes, um dos temas versados foi a re­flexão sobre sua vida pessoal. Em poemas como "Erros meus, má Fortuna, Amor ardente" o sujeito culpa o des­tino pela sua má sorte e enumera uma série de experiên­cias pessoais de pendor negativo. Assim, analisa o seu percurso pessoal marcado pelo sofrimento, pela angús­tia e pela inquietação. A experiência infeliz do amor, a recordação de um bem passado, a miséria, o desejo de vingança ou de morte são algumas ideias que atraves­sam os poemas. Na verdade, nos poemas que refletem sobre a sua vida pessoal, o "eu" lírico cai numa profunda tristeza que denota um grande sofrimento. Em suma, a reflexão sobre a vida pessoal na poesia lírica de Camões é marcada pela infelicidade, o que origina ainda uma análise sobre o desconcerto do mundo.

 

Parte C

A poesia portuguesa versa vários temas que, numa perspetiva intertextual, encontra­mos em textos de diferentes momentos da literatura portuguesa.

Escreva uma exposição (130-170 palavras) na qual apresente dois temas que atraves­sam a poesia lírica desde a época medieval até aos poetas contemporâneos.

A sua exposição deve incluir:

uma introdução ao tema;

um desenvolvimento no qual explicite a presença de dois temas em momentos diacronicamente diferentes, fundamentando as características apresentadas em pelo menos dois momentos significativos;

uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

[Solução:]

A poesia portuguesa surge no século XII ligada à mú­sica e percorre um longo caminho até ao século XXI, versando temas recorrentes nuns casos e inovadores noutros.

Assim, podemos considerar que temas como a arte poética ou as figurações do poeta atravessam toda a poesia portuguesa até aos nossos dias. Já D. Dinis, numa cantiga de amor, refletia sobre a construção do poema, analisando se deveria ser feito ou não à ma­neira provençal. Poetas contemporâneos como Miguel Torga ou Nuno Júdice refletem ainda hoje, como antes Fernando Pessoa, sobre o fazer poético e a arte de construção de um poema.

Do mesmo modo, as figurações do poeta surgem na lírica trovadoresca, quando o trovador se autocaracteriza como sofredor pela não correspondência amo­rosa, mas estão também presentes em poetas como Antero de Quental, Cesário Verde, Fernando Pessoa ou Ana Luísa Amaral.

Em suma, os poetas contemporâneos retomam fre­quentemente a tradição, reescrevendo-a e, ao mesmo tempo, reinventam a poesia.

 

Outros itens com soluções apenas esboçadas

Também os itens que se seguem correspondem ao que pode ser exigido num item 7 (ou parte C) do grupo I. Tirei-os do Caderno de atividades de Plural 12, mas pus logo a seguir a resposta recomendada (no caderno, estas soluções estão só no final). Notem ainda que estas soluções são demasiado breves — funcionam mais como sugestão de plano. Além disso, o que é sugerido para o último parágrafo, como é óbvio, não nos ajuda nada.

Finalmente, embora aqui, para sermos mais breves, o enunciado esteja simplificado, no exame, nestas perguntas 7 do grupo I (parte C), viria aquela indicação que conhecem: «A sua exposição deve incluir: uma introdução ao tema; um desenvolvimento no qual refira [aqui repete-se o que se pedira]; uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «Alberto Caeiro: a natureza apreendida através das sensações».

Introdução — Alberto Caeiro é o Mestre sensacionista de Pessoa e dos outros heterónimos, aquele que sobrepõe as sensações ao pensamento.

Desenvolvimento — Caeiro, poeta bucólico: acolhe as sensações, sobretudo as visuais, que a Natureza lhe proporciona; sente, com alegria e deslumbramento, cada instante oferecido pelo ciclo das estações que o seu olhar lhe permite ver; como um rio ou uma árvore, sente-se fazendo parte dessa Natureza e é feliz.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A Natureza na lírica de Camões: reflexo da presença ou da ausência da amada».

Introdução — Camões, como todos os poetas renascentistas, usou a Natureza como tema nos seus sonetos e redondilhas.

Desenvolvimento — A Natureza: normalmente representada segundo o modelo clássico do locus amoenus, é a paisagem ideal, recriação do paraíso harmonioso e belo; é o reflexo da amada, por isso, a beleza da Natureza traz felicidade ao sujei­to poético, quando a amada está presente, mas também aumenta a tristeza e a saudade, quando a amada está ausente.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A nostalgia da infância: tema comum a Pessoa ortónimo e ao heterónimo Álvaro de Campos»

Introdução — Álvaro de Campos partilha com Fernando Pessoa ortónimo o tema da nostalgia da infância, presente em muitos poemas assi­nados por ambos.

Desenvolvimento — A memória de infância é frequentemente acionada por uma imagem, um som, um episódio do presente que o sujeito poético associa ao passado. O passado, para o qual é transportado, é visto como um tempo irreme­diavelmente perdido, em que não existia angústia nem tristeza, apesar de o sujeito, em criança, não ter consciência desse bem. O passado é um tempo feliz, exatamente, por sentir sem pensar.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A saudade é um tema recorrente nas cantigas de amigo».

Introdução — Na produção poética galaico-portuguesa, destacam-se, pela sua originalidade autóctone, as cantigas de amigo nas quais a sau­dade é um tema recorrente.

Desenvolvimento — A donzela, sujeito poético que expressa os seus sentimentos, manifesta a saudade do amigo ausente, muitas vezes na guerra. A mãe, as amigas e até a Natureza são as confidentes escolhidas para desa­bafar essa saudade provocada pelo afastamento involuntário ou voluntário do amigo.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «Ricardo Reis, o heterónimo clássico consciente da mortalidade».

Introdução — Na poesia de Ricardo Reis, o poeta clássico criado por Pessoa, a consciência da mortalidade condiciona toda a reflexão e vivência.

Desenvolvimento — Consciente da condição humana efémera, o sujeito poético procura estratégias para enfrentar o medo da morte: numa perspetiva epicurista de carpe diem, afirma ser preciso viver cada instante que passa, sem pensar no futuro; numa perspetiva que segue o estoicismo, defende que o prazer de cada momento deve ser vivido com disciplina, dignidade e resignação, perante o Destino que deve seguir o seu curso.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A imortalidade é o prémio alcançado pelo herói épico de Os Lusíadas».

Introdução — A imortalidade, valor estimado pelos renascentistas, é o grande desejo expresso pelo poeta e é, sobretudo, o prémio alcançado pelo herói da epopeia.

Desenvolvimento — Os Portugueses («o peito ilustre lusitano»), representados, no plano da via­gem, por Vasco da Gama e os marinheiros, empreendem um caminho de ousadia e coragem, ultrapassando todos os obstáculos. Como prémio, são recebidos na Ilha dos Amores, lugar mítico que os mi­tifica, e aí recebem as coroas de louros, símbolo da imortalidade alcançada.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «Sebastianismo e Quinto Império na Mensagem de Fernando Pessoa».

Introdução (breve) — O mito do Sebastianismo, associado ao sonho do Quinto Império, é o tema estruturante de Mensagem, de Fernando Pessoa.

Desenvolvimento — A obra organiza-se em três partes: nascimento da pátria/império, realiza­ção dos Descobrimentos, morte da energia vital que é preciso ressuscitar. Essa morte é associada ao desaparecimento de D. Sebastião, não físico, mas no plano do sonho. É a capacidade de sonhar, a loucura e a utopia de D. Sebastião que o poeta propõe como remédio para a «hora errada» que Portugal vive no presente. E é nesse sentido que propõe a construção do Quinto Império, não terreno, mas espiritual.

Conclusão — Segundo Mensagem, só o sonho e a utopia restituirão o ful­gor a Portugal.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «Sebastianismo em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett»

Introdução — O Sebastianismo, tema recorrente da cultura portu­guesa está patente em Frei Luís de Sousa.

Desenvolvimento — A ação da peça ocorre na sequência da derrota de Alcácer Quibir, do desaparecimento de D. Sebastião (e do primeiro marido da protagonista), estan­do Portugal sob o domínio espanhol. As personagens Maria e Telmo anseiam pelo regresso de D. Sebastião, acreditando que ele está vivo, crença insensata, quando associada à possibilidade de estar também vivo o primeiro marido de D. Madalena (D. João de Portugal). Ele está, de facto, vivo e o seu regresso destrói toda a família construída sobre a convicção da sua morte. Maria, a sebastianista convicta, paga com a própria vida o desejo de um regresso ao passado.

Conclusão — O Sebastianismo, nesta peça, é uma esperança enganadora, um olhar para o passado que mata o futuro.

 

Recorda o estudo que fizeste do conto «Sempre é uma companhia», de Manuel da Fonseca. Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «O objeto que mudou o universo social das personagens do conto».

Introdução — (breve) A ação do conto situa-se no Alentejo rural, num espa­ço sacudido pela mudança trazida por um aparelho de rádio.

Desenvolvimento — 0 conto como representação de uma realidade social em mudança: a solidão das pessoas num espaço social isolado; o afastamento e o desconhecimento do mundo pela falta de informação; a revolução nos hábitos e nas relações, proporcionada pela chegada de um aparelho de rádio, veículo de informação.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A representação da cidade e de alguns tipos sociais em O Sentimento dum Ocidental, de Cesário Verde».

Introdução — Referência geral ao poema como deambulação do sujeito poético por um espaço social que é a Lisboa das últimas décadas do século XIX.

Desenvolvimento — A cidade e os tipos sociais representados: a Baixa e o Chiado comerciais e burgueses, a zona mais soturna da Sé e do Aljube, a zona pobre e operária dos becos junto ao rio; os tipos sociais: os operários, as varinas, os lojistas e as costureiras, as bur­guesas que olham as montras, os bêbados das tabernas...

Conclusão — Referência ao título «O sentimento dum Ocidental», que integra o sentir do sujeito poético num sentir mais vasto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema ‘O diálogo entre realidade, memória e imaginação, no conto «George»’.

Introdução — George regressa para vender o que ainda a liga ao passado (a casa de família).

Desenvolvimento — Aspetos a ter em conta: o conceito de vida de George, mulher adulta, realizada e livre de compro­missos; o encontro de George com o seu «eu» da juventude (Gi); nostalgia de imediato controlada; o encontro de George com o seu outro «eu» envelhecido (Georgina); o questionamento de George sobre a vida escolhida e a solidão resultante da renúncia às raízes.

Conclusão: A complexidade da vida.

 

Recorda o estudo que fizeste de uma novela romântica (Viagens…; Amor de Perdição; A Abóbada). Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «O herói romântico: superar a realidade, seguir a imaginação e o sonho».

Introdução (breve) — Identificação do herói, de acordo com a obra escolhida. Desenvolvimento — Dependendo da obra romântica escolhida, são de considerar os aspetos seguintes: a realidade adversa que a personagem enfrenta; o investimento na imaginação e / ou no sonho para superar ou vencer a realidade adversa; a ação ou inação da personagem.

Conclusão — Resultado (desfecho).

 

O humor é conseguido, recorrendo a estratégias como as situações insólitas ou divertidas, as personagens invulgares, ridículas, caricaturais, a linguagem cómica ou irónica. Recorda o estudo que fizeste do conto «Famílias desavindas», de Mário de Carvalho. Elabora uma apreciação crítica das estratégias humorísticas patentes na obra.

Introdução — Apresentação sumária do invento e do seu relevo na narrativa.

Desenvolvimento — Aspetos a considerar: a ironia patente em apontamentos do quotidiano (ex.: o objeto luminoso, o concurso); os traços caricaturais dos médicos; o não-motivo para uma zanga de gerações, que conduziu a uma reversão da situação.

Conclusão — Humor como observação incomum e crítica da sociedade.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema ‘A dimensão satírica na Farsa de Inês Pereira», de Gil Vicente’.

Introdução — Apresentação do tema geral da peça

Desenvolvimento — Aspetos de sátira a considerar: o recurso aos casamenteiros: a Alcoviteira; os Judeus; as personagens e as situações: a visita de Pero Marques; a conversa entre o Escudeiro e o criado; a ida de Inês ao mosteiro, às cavalitas em Pero Marques (cómico de situação, de carácter, de linguagem).

Conclusão — O humor, forma de crítica social.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «O eu e os outros na poesia de (poeta contemporâneo escolhido)».

Introdução (breve) — Brevíssima apresentação do poeta escolhido.

Desenvolvimento — De acordo com o poeta escolhido e os poemas estu­dados, podem ser abordadas linhas temáticas como: a relação eu-tu — o sujeito poético e o(s) destinatário(s) do poema; a relação amorosa — realização, complementaridade, rejeição, ciúme, perda...; a relação com ou outros — amigos, família, seres vivos, objetos, Natureza; a relação do poeta com o mundo em que vive: harmonia, conflito, opo­sição, luta...

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.

 

Elabora uma exposição escrita subordinada ao tema «A afirmação da consciência coletiva na Crónica de D. João I, de Fernão Lopes».

Introdução  — A Crónica de D. João I, de Fernão Lopes, inclui o relato dos acontecimentos relativos à Revolução de 1383-1385.

Desenvolvimento — A luta patriótica dos partidários do Mestre de Avis contra Leonor Teles e os seus partidários, aliados de Castela, sai vitoriosa devido à ação determinante da personagem coletiva povo de Lisboa. A consciência coletiva é um dos fatores de originalidade e modernidade do cronista Fernão Lopes, que não se limitou a contar a História das figuras individuais.

Conclusão — Pequeno parágrafo de fecho do texto.