Sunday, September 05, 2021

Aula 153-154

Aula 153-154 (27/mai [1.ª, 3.ª]) Por favor, usa o manual apenas nas pp. 288-290, as relativas ao texto «A partida», um excerto de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Tentei pôr aqui itens à grupo II de exame (compreensão de texto; compreensão de texto com gramática leve; uns itens de gramática mais ativos) e controlar alguma coisa da leitura da obra.

O «jardim» que é referido na l. 1 é o

a) da Celeste.

b) do Adamastor.

c) da Estrela.

d) do Hotel Bragança.

 

O constituinte «ao jardim» (l. 1) desempenha a função sintática de

a) complemento do nome.

b) modificador do grupo verbal.

c) complemento indireto.

d) complemento oblíquo.

 

Em «morar aqui perto» (ll. 1-2) — sobretudo se assumirmos que é frase pensada mais pelo protagonista do que pelo narrador —, «aqui» é uma marca deítica

a) temporal.

b) espacial.

c) pessoal.

d) pessoal e espacial.

 

O irmão de Lídia, Daniel, era

a) da Armada e seguidor do Estado Novo.

b) da PVDE e seguidor do Estado Novo.

c) marinheiro e contra a situação política vigente.

d) da Marinha e sem convicções políticas.

 

«foi atingido» (ll. 11-12) tem valor aspetual

a) imperfetivo.

b) iterativo.

c) perfetivo.

d) genérico.

 

Quem batia palmas (l. 12) fá-lo-ia por

a) estar a favor do regime político.

b) ser contra o regime político.

c) entusiasmo infantil de quem segue um despique a que é indiferente.

d) má interpretação do que acontecia.

 

«os velhos» (l. 13) são

a) vizinhos de Reis que habitualmente liam jornais.

b) os professores, nomeadamente o de Português.

c) Ricardo Reis e Fernando Pessoa.

d) grupo de habitantes do bairro atraídos pelo que acontecia.

 

«tudo isto» (l. 16) é

a) predicativo do sujeito.

b) sujeito.

c) complemento direto.

d) predicativo do complemento direto.

 

O forte de Almada disparava (l. 25)

a) ao serviço dos espanhóis.

b) pelo lado dos revoltosos.

c) contra os amotinados.

d) a favor dos franquistas.

 

O «senhor doutor» (l. 39) é

a) Fernando Pessoa.

b) um médico.

c) um brasileiro.

d) um cocó com estudos.

 

«Não vás ao mar Tonho» (l. 46) recupera

a) momento passado no Dona Maria.

b) conversa havida numa deambulação por Lisboa.

c) canção que Marcenda costumava cantar.

d) canção que Lídia costumava cantar.

 

«vespertinos» [= ‘jornais da tarde’] (l. 73), «jornal» (74), «títulos de primeira página» (74-75), «notícia» (75), «página central dupla» (75) «outros títulos» (75-76) concorrem para a coesão

a) referencial.

b) temporal.

c) lexical.

d) interfrásica.

 

«parado no meio da rua» (ll. 77-78) desempenha a função sintática de

a) complemento direto.

b) predicativo do sujeito.

c) modificador restritivo do nome.

d) modificador do grupo verbal.

 

As palavras sublinhadas em «Lídia andará à procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e irreparável desgosto» (ll. 85-86) conferem à passagem

a) nexo explicativo.

b) sentido de posterioridade.

c) aceção de alternativa.

d) conotação de tristeza.

 

O quarto referido na l. 92 é o

a) de Lídia.

b) do Alto de Santa Catarina.

c) de Reis, no Hotel Bragança.

d) de Fernando Pessoa.

 

«nos» (l. 100) é

a) complemento indireto.

b) complemento direto.

c) sujeito.

d) complemento oblíquo.

 

«só tinha para uns meses» (l. 101) reporta-se a

a) tempo de Reis em Lisboa.

b) vida póstuma de Pessoa.

c) gravidez de Lídia.

d) garrafas de aguardente do poeta.

 

«The god of the labyrinth» (ll. 103-104) era livro

a) de Jorge Luis Borges.

b) escrito por personagem de conto de Pessoa.

c) escrito, supostamente, por Herbert Quain.

d) escrito por heterónimo de Pessoa.

 

O verbo auxiliar do complexo verbal «Devia ficar» (l. 105) tem valor

a) temporal de anterioridade.

b) modal deôntico.

c) modal epistémico.

d) modal apreciativo.

 

«Vamos» (l. 115), dito por Pessoa e replicado logo por Reis, vale como expressão deítica

a) pessoal.

b) temporal e espacial.

c) pessoal, temporal, espacial.

d) temporal.

 

«Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll. 83-84) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:

a) ________.

 

«Deixo o mundo aliviado de um enigma» (ll. 112-113) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes sublinhados:

a) ________;

b) ________.

 

Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (ll. 99-100):

a) ________;

b) ________;

c) ________.

 

Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 102-103):

a) ________;

b) ________.

 

Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 109-110):

a) ________;

b) ________.

Eis o grupo III da 2.ª fase do exame nacional do ano passado (2021). Como se vê, tratou-se de uma apreciação crítica (e não de texto de opinião, o outro formato comum):

Grupo III

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a apreciação crítica da pintura A Engomadeira, da autoria de José de Almada Negreiros.

O seu texto deve incluir:

– a descrição da imagem apresentada, destacando elementos significativos da sua composição;

– um comentário crítico, fundamentando a sua apreciação em, pelo menos, três aspetos relevantes e utilizando um discurso valorativo.



José de Almada Negreiros, A Engomadeira, 1938, in www.gulbenkian.pt (consultado em outubro de 2020).

Redige a apreciação crítica pedida numa das provas do ano passado, mas fazendo que cada período comece com letra de três nomes teus. No slide dou exemplo como seria com LUIS ANTONIO PRISTA. No primeiro parágrafo usaria L, U, I, S como iniciais de cada período. No segundo parágrafo, haveria A, N, T, O, N, I, O. No terceiro, e último, ...

Logo ao primeiro relance, a pintura de Almada surpreende pela geometria. Uma gaiola ao canto superior esquerdo é rigorosamente cúbica. Inesperadas, pela sua perfeição retangular, surgem três frestas de janela. Sobre o ferro a carvão, a engomadeira debruça-se com ombros e braços (e cabelo desgrenhado) a constituírem um ângulo agudo, agudíssimo.

A um olhar mais atento, não escapam as cores. Na verdade, predominam verdes […]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Classifica as orações.

«A Terra Gira» (Os Quatro e Meia)

Eu não sei     ________

Nem como nem quando aqui cheguei.     Substantiva(s) (coordenadas entre si)

Sem saber,

Dou por mim a viver a correr.

 

E o mundo segue

Sem olhar para nós.

Queremos tudo,     __________

Mas vivemos tudo a sós.     Coordenada ________

 

A terra gira em contramão,

Ficamos tontos sem direção,

Corremos até nos faltar o ar     Coordenada _________

E a vida vai ficando para depois

E continuamos os dois a sonhar.     Coordenada _________

 

Mal me vi

No caminho até chegar aqui,

Sem contar

Corro às cegas

Sem saber onde chegar.

 

E o mundo segue

Sem olhar para nós.

Queremos tudo,

Mas vivemos tudo a sós.

 

A terra gira em contramão,     ___________

Ficamos tontos sem direção,     ____________

Corremos até nos faltar o ar

E a vida vai ficando para depois     ___________

E continuamos os dois a sonhar.

 

E a terra gira em contramão,

Ficamos tontos sem direção,

Corremos até nos faltar o ar

E a vida vai ficando para depois

E continuamos os dois a sonhar.

 

Bis

 

E, mal nos encostamos aos lençóis     Subordinada adverbial __________

Com a lua iluminando este T2,

Num instante adormecemos os dois,     __________ (e Coordenada)

Mas logo chega a hora de acordar.     __________

TPC — [para os dos quartos de final de LE e de LC:] prepara leitura de Cesário Verde; [para todos:] completa a apreciação a «A Engomadeira» começada em aula; [para todos, mas só para sexta:] prepara recitação de poema que indicar (aqui).

 

 

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