Aula 112-113
Aula 112-113 (22 [1.ª] 23/mar [3.ª]) Resolve estas perguntas de um exame de 12.º
ano já antigo (2007, 1.ª fase), aproveitando o que já lancei nas respostas. Não deixes de ler as perguntas, é claro.
Grupo I — Parte A
Leia,
atentamente, o texto a seguir transcrito.
Acordo de noite, muito de noite,
no silêncio todo.
São
— tictac visível — quatro horas de tardar o dia.
Abro
a janela diretamente, no desespero da insónia.
E,
de repente, humano,
5 O
quadrado com cruz de uma janela iluminada!
Fraternidade
na noite!
Fraternidade
involuntária, incógnita, na noite!
Estamos
ambos despertos e a humanidade é alheia.
Dorme.
Nós temos luz.
10 Quem
serás? Doente, moedeiro falso, insone simples como eu?
Não
importa. A noite eterna, informe, infinita,
Só
tem, neste lugar, a humanidade das nossas duas janelas,
O
coração latente das nossas duas luzes,
Neste
momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida.
15 Sobre
o parapeito da janela da traseira da casa,
Sentindo
húmida da noite a madeira onde agarro,
Debruço-me
para o infinito e, um pouco, para mim.
Nem
galos gritando ainda no silêncio definitivo!
Que
fazes, camarada, da janela com luz?
20 Sonho,
falta de sono, vida?
Tom
amarelo cheio da tua janela incógnita...
Tem
graça: não tens luz elétrica.
Ó
candeeiros de petróleo da minha infância perdida!
Álvaro de Campos, Poesia, Lisboa, Assírio & Alvim,
2002
Apresente, de forma bem estruturada, as
suas respostas aos itens que se seguem.
1. Identifique os sentimentos do
“eu” expressos nas três primeiras estrofes.
2.
Refira as sensações representadas no poema, transcrevendo os elementos do texto
em que se fundamenta.
3.
Apresente uma interpretação possível para o seguinte verso: “O coração latente das nossas duas luzes” (v.
13).
4.
Comente o sentido da apóstrofe do último verso, tendo em conta a globalidade do
poema.
______
moedeiro falso: pessoa que falsifica
moeda.|| insone: pessoa
que tem insónias.
1. Os sentimentos do sujeito poético expressos nas
três primeiras estrofes são o “desespero”, ou contrariedade, pela ‘insónia” que
o afeta a meio da noite (v. 3); a surpresa e alguma satisfação ou consolo, ao
deparar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .; e algum interesse e até fraternidade para com . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.
No poema estão representadas sensações visuais nos versos “O quadrado com cruz
de uma janela iluminada!” (v. 5),
“Tom amarelo cheio da tua janela incógnita...” (v. 21) e nas referências à luz
nos versos 9, 13, 19 e 22. Estão também presentes sensações auditivas — . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . É de registar, ainda,
a presença de sensações táteis no(s) verso(s) . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Finalmente, no
verso 2, há uma sobreposição de sugestões auditivas e visuais, uma sinestesia,
portanto: “tictac visível”.
3. O verso 13 do poema pode significar que . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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[Vimos os minutos 43 a 53 deste episódio da História
Essencial de Portugal:]
Sorteio da Liga dos Campeões
Pote
1 — os que tiveram 17,5 ou
mais na leitura expressiva dos poetas do século XX
Turma 1 // Mariana D. (19),
Maria (18,75), Mariana C. (18,25), Andrea (18), Diana (18), Daniel (17,5),
Francisca S.-L. (17,5)
Turma 3 // Madá (18), Pina (18), Mariana
(17,75), Leonor (17,5)
Pote
2 — os que tiveram entre
17,25 e 16,25
Turma 1 // Duarte (17,25), Miguel (17),
Francisco (16,75), João M. (16,75)
Turma 3 // Nuno (17), Tiago (17), Henrique (16,5),
Margarida S. (16,5), Neves (16,25)
Pote
3 — os que tiveram entre
16 e 15,5
Turma 1 // João N. (16), João F. (16),
Ricardo S. (16), Inês (15,75) Nuno (15,75), Sara (15,5)
Turma 3 // Diogo (16), Inês S. (16), Joana
M. (16), João C. (16), Marta (16), Margarida R. (16), Eduardo C. (15,5), Pedro
(15,5)
Pote
4 — os que tiveram 15 ou
menos
Turma 1 // Ricardo M. (15),
Martim (15), Rita (15), Rafa (15), Tomás (15), Diogo (14,75), João C. (14,75),
Tiago (14,75), Francisca P. (14,5), Catarina (14), Ricardo N. (13,5)
Turma 3 // Inês G. (15), Joana
N. (15), João P. (15), Martinho (15), Madalena (14,75), Raams (14,75), Eduardo
H. (14), Miguel (14)
Liga dos Campeões — constituição dos grupos
Grupo A |
Grupo B |
Grupo C |
Grupo D |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
11 |
12 |
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
18 |
19 |
20 |
21 |
22 |
23 |
24 |
25 |
26 |
27 |
28 |
Posteriormente, a classificação resultará
das pontuações de vários «jogos» (leituras). Serão apurados para a fase final
da Liga dos Campeões os quatro primeiros de cada grupo, seguindo-se
eliminatórias (A1 × B4; B1 × A4;
...). Restantes clubes (alunos) ficam apurados para a Liga Europa, nesta se
incorporando também os eliminados nos oitavos da Champions.
O número à direita nas quadrículas serve
para referir os trechos cuja leitura em voz alta devem preparar (começaremos
sexta-feira). Cfr. essa
correspondência — e uns conselhos — no tepecê em Gaveta de Nuvens.
Classifica as
orações sublinhadas:
«Fazes-me falta» (João Pedro Pais)
Se
te fizesse Subordinada __________condicional
Tudo aquilo que me
apetece
As vezes que eu pudesse,
Ias
rir-te de mim. ____________
Mesmo que desse Subordinada
adverbial___________
Para ser tudo o que
parece,
Um
homem não esmorece Subordinante (e Coordenada)
E luta até ao fim. Coordenada ____________
Eu
não me esqueço, Coordenada
És aquilo que conheço, _____________
Tenho
a vida que mereço. Coordenada assindética
Se te perco,
fico tenso Subordinada adverbial _________ ; Subordinante
Porque
és tudo para mim. Subordinada causal
O teu olhar é tão
intenso,
Ainda temos algum
tempo,
Semeio flores no teu
jardim.
Quando tu me pedes,
eu dou, Subordinada adverbial _________
Onde tu me levas
eu vou, Subordinada ___________
Tudo o que me fazes é
bom,
Só eu sei que fazes
falta aqui. Subordinada
substantiva _________
Se tu disseres,
Quantas vezes me
quiseres,
És deusa feita mulher,
Vou dizer-te sempre que
sim.
Se me mostrares
Tudo aquilo que
escondeste, Subordinada adjetiva
__________
O que não deste e
prometeste,
Vou cuidar de ti.
Quando tu me pedes, eu
dou,
Onde tu me levas eu
vou,
Tudo o que me fazes é
bom,
Só eu sei que tu fazes
falta aqui.
Enquanto pudermos dar, Subordinada
adverbial ___________
Termos vontade e
querer,
Mesmo que saibamos
estar,
Já só nos resta fazer.
Podemos ter ideais,
Deixar ser e pertencer,
A isto tu pedes mais,
Eu quero ouvir-te
querer,
Eu quero ouvir-te
querer.
Quando tu me pedes, eu
dou, ____________
Onde tu me levas eu
vou,
Tudo o que me fazes é
bom,
Só eu sei que fazes
falta aqui.
TPC — Para efeitos da
fase de grupos da Liga dos Campeões, prepara a leitura em voz alta dos três
poemas que correspondem ao teu número de sorteio (ver números nas quadrículas da tabela). Ver aqui.
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