Aulas (3.º período, 2.ª parte: 97-112)
Aula 97-98 (19 [1.ª], 20 [5.ª, 2.ª,
4.ª], 21/abr [3.ª]) Correção da biografia de personagem castiça (segundo o
modelo dos primeiros parágrafos do cap. I de Amor de Perdição).
[pp. 206-207]
«de bons humores para dar
ao autor de seus dias um resto de velhice feliz» (ll. 3-4) significa
a) ‘com sentido de humor
para dar a Camilo Castelo Branco um fim de vida agradável’.
b) ‘com disposição para
cumprir a vontade do pai’.
c) ‘de bom humor para
conceder a Camilo uns últimos dias aceitáveis’.
d) ‘com vontade de
corresponder a um apelo de Deus’.
O parágrafo «O silêncio de
Teresa era interrogador.» (l. 5) quer dizer que
a) Teresa a si própria se
perguntava das razões daquele silêncio.
b) Teresa falava com a
colega ao lado durante a secante atividade «Ouvindo o silêncio, lendo».
c) a filha de Tadeu de
Albuquerque usara uma interrogação retórica.
d) Teresa não percebera a
situação.
Na l. 6, «minha filha»
desempenha a função sintática de
a) vocativo.
b) sujeito.
c) modificador apositivo
do nome.
d) complemento direto.
O advérbio «cegamente» (l.
7) significa
a) ‘de olhos vendados’.
b) ‘como se não houvesse
amanhã’.
c) ‘com confiança em
outrem’.
d) ‘tipo Stevie Wonder’.
«e talvez com o desfalque do
teu grande património» (l. 11) alude à possibilidade de Tadeu
a) deserdar a filha.
b) tirar do banco joias
que pertenciam à filha.
c) atirar um cocó de cão à
cara da sonsa da filha.
d) roubar a Teresa a
coleção de Barbies e Nenucos e a filmografia anotada de Violetta.
«desassombrada do
diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração» (ll. 12-13)
significa
a) ‘sem influência do
sacana do Simão’.
b) ‘sem o espírito do
diabo assombrar a sua ingenuidade’.
c) ‘liberta do fascínio das
ideias malditas do Diabo’.
d) ‘com o coração puro livre
das más influências dos infiéis’.
O determinante possessivo
«seu» (l. 16) tem como referente
a) Tadeu de Albuquerque.
b) o primo Baltasar.
c) Simão.
d) Domingos Botelho.
Para Albuquerque, Baltasar
é um «composto de todas as virtudes» (l. 24),
a) só lhe faltando a beleza.
b) quer
quanto às relevantes (ser rico, sabedor, bom cristão), quer nas acessórias (não
ser um emplastro).
c) tanto no domínio sexual
como no espiritual.
d) só comparável a compostos
como CaCO3 ou COCÓ2.
Em termos de classificação
de orações podemos descrever «Quero que cases!» (l. 35) assim:
a) Subordinante + Subordinada
adjetiva relativa explicativa.
b) Subordinante +
Subordinada consecutiva.
c) Subordinante + Subordinada
substantiva completiva.
d) Subordinante + Subordinada
adjetiva relativa restritiva.
Segundo o que se lê no parágrafo
das ll. 45-50, o conselho que Baltasar deu a seu tio foi
a) que não pusesse Teresa
num convento e mandasse matar Simão.
b) que deixasse Simão a seu
cargo e permitisse a Teresa ficar em casa.
c) que fizesse Teresa entrar
num convento e esperasse que Simão chegasse de Coimbra.
d) esquecer tudo e avançar
bastante na leitura de Os Maias ou a Ilustre Casa de Ramires.
[pp. 208-209]
Ainda antes de terminada a
leitura da carta de Teresa (ll. 1-5), Simão pensou
a) em matar Baltasar, por
um ímpeto resultante da paixão.
b) em apunhalar o primo de
Teresa, por um imperativo do seu amor pela fidalga de Viseu.
c) que era urgente começar
a preparar leitura expressiva de sonetos de Antero.
d) em matar Baltasar, mais
por feitio do que pelo amor a Teresa.
No período que começa com «Nenhuma daquelas páginas» (l. 11),
diz-se-nos que
a) Simão lera com paixão
todas as cartas enviadas por Teresa.
b)
Simão, assim que lia as cartas de Teresa, ficava fortalecido, vencia os seus ímpetos
mais irracionais.
c) as páginas da história
do coração de Simão eram as cartas que recebia de Teresa.
d) Simão, ao estudar,
pensava sempre em Teresa.
No último período do
primeiro parágrafo (ll. 18-19), Simão
a) procura convencer-se de
que as afrontas de Baltasar não seriam assim tão graves.
b) atribui as ameaças de
Baltasar a má interpretação por Teresa.
c) atinge o auge da sua
fúria, dadas as ameaças e os insultos que lhe relata Teresa.
d) decide-se pela vingança
(que horrorizará a própria Teresa).
Em
«Perguntou ao arrieiro se conhecia alguma casa em Viseu onde ele pudesse estar
escondido uma noite ou duas, sem receio de ser denunciado» (ll. 27-29), a
oração começada por «se» é
a)
subordinada substantiva completiva e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa explicativa.
b) subordinada
substantiva relativa e a começada por «onde» é subordinada adjetiva relativa
restritiva.
c)
subordinada adverbial condicional e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa explicativa.
d)
subordinada substantiva completiva e a começada por «onde» é subordinada
adjetiva relativa restritiva.
No último parágrafo,
«arrieiro» (ll. 25, 28, 29) e «homem»
(31) concorrem para a coesão
a) lexical (por reiteração
e por hiperonímia).
b) referencial.
c) lexical (por sinonímia).
d) interfrásica.
O uso de «e» (31) é um
processo de coesão
a) interfrásica.
b) lexical.
c) frásica.
d) referencial.
Amor
de Perdição. Memórias duma família (novela
de Camilo
Castelo Branco) |
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Um
Amor de Perdição (filme de Mário Barroso) |
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Tempo |
[Camilo:] Ação decorre no século ___, em dois momentos. Na moldura
introdutória estávamos nos anos sessenta do século XIX — quando o narrador lê
os registos da Cadeia da Relação —; a intriga propriamente dita decorre
sessenta anos antes, nos inícios do XIX (1801-1807), se descartarmos o resumo
dos antecedentes da família. |
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[Barroso:] Ação decorre no século ___. |
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Espaço |
[Camilo:] Ação decorre em ___ (e em Coimbra e, mais tarde, no
Porto). |
|
[Barroso:] Ação decorre em ___. |
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Narrador |
[Camilo:] Embora de 1.ª pessoa, não é ____, exceto na moldura do
1.º nível narrativo, quando nos diz como chegou à história que vai contar. Depois,
só esporadicamente usa a 1.ª pessoa (mas há alusões aos «leitores» e às «leitoras»,
o que reforça o caráter subjetivo da narração) e a focalização parece quase
omnisciente. A certa altura (cap. XII), transcreve-se carta de Rita com os
«tristes acontecimentos da minha mocidade». (É aliás comum o recurso a cartas
para preencher o relato da narrativa.) |
|
[Barroso:] É homodiegético, já que é a voz de ____ que vamos ouvindo. |
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Personagens |
Simão |
[Camilo:] É rebelde mas genial. Em Coimbra, onde estuda
Humanidades, arranja desacatos por defender ideias da Revolução Francesa, mas
passa nos exames. Em Viseu, luta sozinho contra o povo para defender um criado
que fora atacado no ____. |
[Barroso:] É rebelde mas genial. No colégio, a que aliás vai pouco,
tem vintes e só um dezasseis, mas agride professor. Na noite de Lisboa, luta
sozinho para defender Zé Xavier, que fora atacado numa _____. |
||
Pai |
[Camilo:] Domingos Botelho, corregedor, inicialmente ____ Simão, mas
é frio, inconstante, impiedoso. Tem características ridicularizadas pelo narrador. |
|
[Barroso:] Domingos Botelho, juiz, inicialmente defende Simão, mas
quer sobretudo que o filho não o _____. Não é tão castiço como a personagem
do livro. |
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Mãe |
[Camilo:] Rita Preciosa, nobre decadente e pretensiosa, preocupa-se
com Simão, mesmo que se aborreça com o desprezo a que este vota os Caldeirões
e prefira o filho ___. |
|
[Barroso:] [Rita] Preciosa, burguesa rica, fútil no seu
quotidiano, tem comportamentos quase incestuosos com ____, mas não deixa de
se preocupar com Simão. |
||
Manuel |
[Camilo:] É personagem quase instrumental. Queixa-se do irmão. É visto
como mais fraco. Estuda Direito, em ____; por sugestão da mãe, tentará ser
cadete de cavalaria, em Bragança; depois, regressará a Coimbra para
Matemáticas. Reconcilia-se com Simão, mas foge com uma açoriana casada. (Terá
de novo intervenção só no cap. XVI.) |
|
[Barroso:] É personagem mais
saliente do que no livro. Queixa-se do irmão. É o estereótipo do
fraco. Parece amante da mãe; estuda no mesmo colégio que o irmão, mas, por
sugestão da mãe, prefere ser transferido para o Colégio ___. Tem má relação com Rita. |
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Irmãs & Zé |
[Camilo:] As três irmãs (Maria, Ana, Rita) «são o prazer e a vida toda
do coração de sua mãe». A mais nova, Rita, é a ___ de Simão. |
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[Barroso:] Rita e Simão dão-se muito bem. Rita, que detesta Manuel,
está a ler Amor de Perdição. (Não
há mais irmãs.) Zé Xavier é, para já, personagem instrumental (desempenha funções
que, no livro, cabem a criados). Parece interessar-se por ___. |
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Teresa |
[Camilo:] É ___ de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai de
Simão (magistrado sentenciara em desfavor de Tadeu). |
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[Barroso:] É filha de Tadeu de Albuquerque, grande inimigo do pai
de Simão (segundo a mãe, porque o Albuquerque o impedira de ser ___). |
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Amor |
[Camilo:] Simão vê Teresa na ___ em frente e logo se apaixona.
Comunicação entre os dois será feita sobretudo por carta. |
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[Barroso:] Simão vê Teresa num vídeo da equipa de ___ de Rita e
logo se apaixona. Comunicação entre os dois será feita sobretudo por telemóvel. |
Assistência a curtos momentos de filme de 1943 (minutos
30-32,15; 35-38,15):
e a dois minutos do filme de Manoel de Oliveira (2-4):
«A
submissão é uma ignomínia, quando o poder paternal é uma afronta» é uma frase
célebre de uma das cartas de Simão a Teresa (cap. VIII). Discute a sua
modernidade, num breve texto de opinião (180-220 palavras) que tenha em conta o
que já conheces da obra.
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TPC
— Continua a procurar avançar na leitura da obra de Eça que tenhas escolhido (A
Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias).
Aula 99-100 (21 [1.ª], 22 [3.ª, 2.ª, 5.ª], 23/abr [4.ª]) Correção do questionário de compreensão feito na aula anterior (sobre cap. IV de Amor de Perdição). (Ver Apresentação.)
Assistência a Amor de Perdição de António Lopes
Ribeiro nestes minutos: 38.50-41.30; 48,30-51,40; 1.02.40-1.06.40 (e, mais
tarde, também a 1.19.30-1,25,20; 1.28.30-1.32):
Vejamos o que se passa entre o capítulo IV e o X [uso Carlos
Reis, «Amor de Perdição», Camilo Castelo
Branco, ‘Leituras Orientadas’, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 82-83]:
Capítulo V —
Celebra-se o aniversário de Teresa, que se prepara para se encontrar com Simão.
Baltasar Coutinho interpõe-se e enfrenta Simão. Este regressa a casa de João da
Cruz, que lhe explica a dívida que tem para com o pai, Domingos Botelho. Também
por isso, João da Cruz, já antes de acolher Simão, recusara matar Simão por
incumbência de Baltasar. Vai-se manifestando o amor de Mariana por Simão.
Capítulo VI —
Nova emboscada noturna de Baltasar Coutinho e dois criados a Simão, que está
acompanhado por João da Cruz e pelo cunhado deste, quando se vai encontrar com Teresa.
A espera torna-se violenta: os criados de Baltasar são mortos e Simão é ferido.
Capítulo VII —
Simão recolhe a casa de João da Cruz e, ao mesmo que é tratado do ferimento,
troca cartas com Teresa, cujo pai quer encerrá-la num convento, como efetivamente
acontece. Teresa fica isolada do mundo e, no convento, vai-se apercebendo de
intrigas impróprias da vida religiosa.
Capítulo VIII —
Mariana é encarregada de tratar de Simão e vai-se tornando sua confidente. Simão
toma conhecimento de que Teresa está no convento e decide resgatá-la; ao mesmo
tempo, apercebe-se de que a dedicação de Mariana é um verdadeiro sentimento
amoroso.
Capítulo IX —
Simão continua a ser protegido por João da Cruz e por Mariana e vai recebendo
cartas de Teresa. Entretanto, Tadeu de Albuquerque trata da mudança da filha
para um convento do Porto. Simão é informado por Teresa e manda-lhe uma carta
por Mariana, que se prontifica para a entregar.
O passo que
vais ler agora — já do Capítulo X (excerto
1, pp. 210-212 do manual) — inclui, precisamente, a entrega da carta de Simão a
Teresa, feita por Mariana. Vai lendo esse texto e respondendo a estas perguntas.
[ll. 1-26 e 27-32]
1.
Identifica, no diálogo entre Teresa e Mariana, as marcas linguísticas reveladoras
do seu diferente estatuto social. Refere depois, justificando-a, a
informalidade do diálogo entre Joaquina e Mariana.
[Completa a resposta:]
A diferença social entre as duas é evidente na forma como Mariana se dirige a
Teresa, servindo-se de expressões como «vossa _______» ou do vocativo «_______».
Também o narrador acentua essa
diferença, na medida em que, logo no início do excerto, assumindo a perspetiva
de Mariana através da focalização interna, se refere à filha de Tadeu de
Albuquerque como «_____». Por seu lado, Teresa não faz uso de qualquer título
para se dirigir a Mariana. (Entretanto, Joaquina, igualmente do povo, trata
Teresa por «____».)
Entre Mariana e Joaquina o
tratamento é informal. Usa-se a 2.ª pessoa do singular, o «tu»; Mariana recorre
ao diminutivo em «____» (podia ter sido o hipocorístico «Quina»); Joaquina
socorre-se dos vocativos «Mariana» e «____».
2.
Justifica a atitude de Mariana quando recusa o anel de Teresa.
[Completa esta resposta:]
A recusa pode justificar-se pelo facto de Mariana evidenciar ____. Agia não em
favor de Teresa mas de Simão, e, por isso, «a receber alguma paga [haveria] de
ser de quem [a lá mandara]» (ll. 25-26). Para todos os efeitos, Mariana vê em
Teresa uma ______ e seria ofensivo para si própria aceitar aquela oferenda.
[ll. 33-43]
3.
Focando-te nestes quatro parágrafos (os das ll. 33-43), caracteriza Mariana.
[Completa a resposta só
com citações:] Mariana sente-se inferior a Teresa, tanto social como
fisicamente («________», ll. 35-36), embora seja ela própria atraente.
Entretanto, abnegada, não deixa de ir memorizando a mensagem que ficou de
transmitir («________», l. 33), o que faria com eficiência («_______», l. 42).
[ll. 44-83]
4.
Apresenta a perspetiva de João da Cruz sobre os relacionamentos amorosos,
associando--a à época retratada na obra.
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[ll. 84-106]
5.
Na carta de Simão a Teresa, o sentimento mais importante não parece ser o do amor
mas o apego ao destino, à tragédia, à honra. Comenta.
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Amor Simão-Teresa |
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Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco) |
Um Amor de Perdição (Mário Barroso) |
Oponentes |
||
Tadeu de Albuquerque |
Primeiro, não deixa que Teresa saia de casa;
depois, encerra-a num ______. |
Não deixa que Teresa vá ao liceu; ameaça
interná-la numa _____. |
Baltasar Coutinho |
O primo de Teresa é formal no trato, retórico.
Prepara um atentado contra _____, mas acaba por perder dois criados. |
O primo de Teresa vai buscá-la à ____, revela-se
cabotino. Reage a uma ameaça de agressão por Simão, mas acaba por perder no
despique verbal que se sucede. |
Adjuvantes |
||
João da Cruz |
É ferrador (trata das ferraduras dos animais).
Está em dívida com o pai de Simão, porque este o absolvera da culpa de _____. |
É mecânico (trata de motores de automóveis). Está
em dívida com o pai de Simão, porque, em África, na guerra, este o livrara de
acusação de ____. |
«Condutores» |
Um arrieiro (condutor de ____) é quem
leva Simão até João da Cruz. |
Zé Xavier (que trata do Volvo e do _____) leva
Simão até João da Cruz. |
Mariana |
Ajuda o pai, João da Cruz, na lida da casa. Cedo
se apaixona por Simão (já o conhecia como filho do _____ do pai). Quando ferido,
trata-o. Serve também para transmitir mensagens entre o par amoroso (ainda
que o faça com sofrimento). É humilde, altruísta. |
Ajuda o pai, João da Cruz, na oficina e em casa.
Cedo se apaixona por Simão (já o olhara fixamente no episódio da discoteca). Quando
ferido, trata-o. Ajuda o par amoroso (ainda que o faça com sofrimento). Não
_____ a possibilidade de também seduzir Simão. |
Outros |
Joaquina (criada no Mosteiro de Viseu), Mendiga,
Constança (criada dos Albuquerque que acompanha Teresa) permitem a ______,
sobretudo por carta, entre Simão e Teresa. |
Zé Xavier e Rita acumulam com a sua própria ação
o papel instrumental de tentarem ligar Simão ao mundo. Parte da comunicação
entre Teresa e Simão passa pelo uso do ______. |
TPC
— Vai lendo, pelo menos, os primeiros capítulos da obra de Eça que tenhas escolhido
— A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias. Proximamente, aferiremos
em aula a leitura de, aproximadamente, o primeiro terço de cada obra (mais
tarde, avaliaremos cerca de metade; depois, a totalidade). Livros de resumos ou
filmes não servem para este efeito.
Aula 101-102 (26 [1.ª], 27 [5.ª, 2.ª, 4.ª], 28/abr [3.ª]) Passamos à «Conclusão» de Amor de Perdição (os capítulos obrigatórios são «Introdução», «Conclusão» e dois à escolha entre I, IV, X, XIX). Fica aqui o que se passou entretanto (desde o cap. X que terminara com a prisão de Simão):
Capítulo XI —
Domingos Botelho sabe da prisão de Simão e determina que ele seja tratado de
acordo com a lei. Simão aceita com indiferença esse tratamento e dá entrada na
prisão. Apresenta-se Mariana, para lhe dar apoio.
Capítulo XII —
O narrador transcreve parte de uma carta de Rita, recordando, cinquenta e sete
anos depois, a reação da família à prisão de Simão. Depois, relata-se o julgamento
de Simão, condenado a morrer na forca, «arvorada no local do delito». Mariana
entra num estado próximo da loucura.
Capítulo XIII —
Depois da prisão de Simão, Teresa é conduzida ao convento de Monchique e dá
sinais de fraqueza e doença. Nas cartas trocadas com Simão, expressa-se o
desgosto de ambos pela separação e pela próxima morte de Teresa.
Capítulo XIV — Tadeu de Albuquerque chega ao convento e pretende
levar Teresa para Viseu, que, todavia, recusa ir. A madre apoia Teresa; Tadeu,
apesar das diligências que faz, não consegue o que deseja.
Capítulo XV — Simão continua preso, na Cadeia da Relação, e
escreve as suas meditações sobre o seu destino. Visitado por João da Cruz,
Simão sabe que Mariana melhorou. É o ferrador quem leva uma carta a Teresa.
Entretanto, Mariana ficará a cuidar de Simão.
Capítulo XVI — Conta-se a história da fuga de Manuel Botelho,
irmão de Simão, com «uma dama desleal a seu marido». Trata-se de um incidente
que o narrador reconhece «não muito concertado com o seguimento da história»,
mas que mostra o modo de ser do pai de Manuel e Simão.
Capítulo XVII — João da Cruz está em casa e dedica-se ao
trabalho de ferrador. Entretanto, chega um estranho que dispara sobre ele,
matando-o, num ato de vingança. Mariana, estando na prisão com Simão, é informada.
Ambos reagem com grande emoção.
Capítulo XVIII — Pena de Simão é comutada em dez anos de degredo
para a Índia, também por causa de intervenção de Domingos Botelho (mais por
capricho de contrariar Albuquerque do que por amor paternal). Seria até autorizado
que a pena fosse cumprida na cadeia de Vila Real, mas Simão não aceita.
Mariana, agora sem pai, decide acompanhar Simão no degredo. Acentuam-se as
manifestações de dedicação a Simão, ao ponto de Mariana anunciar que se suicidará,
quando a sua companhia já não for necessária.
Capítulo XIX — Teresa pede a Simão que
aceite cumprir pena na cadeia (em Vila Real), que assim ainda haveria esperança
para ambos, mas ele recusa essa solução. Teresa escreve-lhe que, assim, ela morrerá.
Capítulo XX — Simão é conduzido à nau que o levará ao
degredo. Já a bordo, vê Teresa. A nau passa diante do convento, no momento em
que Teresa desfalece e morre.
Vamos ler
hoje a primeira parte da «Conclusão» de Amor
de Perdição (pp. 222-224). Circunda a melhor alínea de cada item. (Usa
apenas as páginas deste texto.)
O constituinte «num beliche
de passageiro» (l. 2) desempenha a função sintática de
a) complemento agente da
passiva.
b) complemento indireto.
c) complemento oblíquo.
d) modificador do grupo
verbal.
A conjunção coordenativa
copulativa «e» (l. 2) constitui um mecanismo de coesão
a) lexical.
b) frásica.
c) referencial.
d) interfrásica.
Em «tê-lo-ia» (ll. 10-11),
o pronome é
a) catáfora de «Simão Botelho»
(l. 7).
b) anáfora de «O ouvido»
(l. 10).
c) anáfora de «[um] arame» (l.
10).
d) anáfora de «Simão
Botelho» (l. 7).
A «voz única no silêncio da
terra e do céu» (ll. 13-14) reporta-se
a) ao comandante.
b) a Mariana.
c) a Simão.
d) ao vento.
Através da oração adjetiva
relativa explicativa «que era dela» (l. 16) percebemos que
a) no maço enviado haveria
cartas de Simão.
b) a carta em causa era de
Mariana.
c) a carta em causa não
tivera a intermediação da mendiga.
d) o maço das cartas fora
enviado por Teresa.
No período (e oração) que
constitui a l. 18, o predicado é
a) «Dizia assim».
b) «Dizia».
c) «Dizia assim a carta».
d) «a carta».
Em vez de «se me Deus não
engana» (l. 20), diríamos hoje «se Deus não me engana». Em qualquer dos casos,
o pronome desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) complemento oblíquo.
d) complemento indireto.
Na mesma l. 20, «em
descanso» é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) modificador do grupo
verbal.
d) predicativo do sujeito.
A «esposa do céu» (ll.
21-22) remete para
a) Teresa.
b) Nossa Senhora.
c) Rita.
d) Mariana.
«a última esperança» (l.
31) alude à circunstância de
a) Simão não ter aceitado uma
derradeira comutação da pena, preferindo o degredo.
b) Teresa estar a morrer
(ou já ter morrido até).
c) Simão ter confessado a
Mariana que nunca a amaria senão como irmã.
d) o Sporting poder perder
pontos em Braga.
A paisagem que se infere de
«Estou vendo a casinha que tu descrevias defronte de Coimbra, cercada de
árvores, flores e aves» (ll. 42-43) corresponde
a) à paisagem romântica
típica (agreste, espontânea) e aludirá a Romeu e Julieta.
b) à paisagem característica
das cantigas de amor medievais.
c) ao ambiente que Simão encontraria
no degredo, na Índia.
d) a um lugar calmo, simples,
recatado (locus amœnus) e parece
remeter também para Pedro e Inês.
A carta transcrita (ll. 19-68)
é um texto encaixado cujo narrador é
a) homodiegético.
b) externo.
c) omnisciente.
d) heterodiegético.
A oração «que levantava a
cabeça ao menor movimento dele» (ll. 69-70) desempenha a função de
a) modificador apositivo.
b) modificador restritivo.
c) complemento oblíquo.
d) complemento direto.
No período «Rogo-lhe que
vá, porque não é necessário o seu sacrifício» (l. 74), temos
a) subordinante +
subordinada adverbial causal.
b) subordinante +
subordinada substantiva completiva + subordinada adverbial causal.
c) subordinante +
subordinada substantiva relativa + subordinada adverbial causal.
d) subordinante +
subordinada adjetiva relativa explicativa + subordinada adverbial causal.
Na fala das ll. 88-89,
Simão
a) quer tranquilizar o capitão,
que sabe estar do seu lado.
b) ironiza, para amesquinhar
o capitão.
c) mente, determinado a
tentar o suicídio depois.
d) está irritado com o
capitão.
Nas linhas 91-95, o
comandante
a) diz ir descer ao quarto,
despede-se de Simão e de Mariana.
b) diz ir descer ao quarto,
para conversar a sós com Mariana.
c) pede a Simão que desça
ao quarto, Simão anui, mas diz sofrer mais, e ainda fica no convés.
d) sugere a Simão que vá
para o quarto, Simão assente (embora diga ir sofrer mais) e descem ambos.
Assistência
a trecho de episódio 3 de Programa do Aleixo (17-21):
[Jogo do Stop:] Nos sujeitos e nos
complementos diretos não contam eventuais determinantes (a letra será a do nome
ou pronome); no complemento indireto, haverá sempre, é claro, a preposição «a»
(contraída ou não), mas o que conta será o resto; o «por» não conta no caso de
agentes da passiva; no caso de modificadores ou de complementos oblíquos, se
houver preposição inicial, esta não conta para definir a letra inicial. Nos
verbos das frases passivas, o auxiliar não conta (é a inicial do particípio
passado que interessará).
Letra |
Estrutura |
|||
I |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Modificador do grupo verbal |
Complemento oblíquo [País] |
A
Irene |
irá |
no
inverno |
a
Inglaterra |
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento indireto |
Complemento
direto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Predicativo do c. direto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo verbal [País] |
|
|
|
|
|
|
Modificador do GV [Capital] |
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Predicativo do sujeito |
|
|
|
|
|
|
Sujeito |
Núcleo do Predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Figura artística] |
Modificador apositivo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
|
|
|
|
|
Vocativo |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Figura pública] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Desportista] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Modificador restritivo do nome |
|
|
|
|
|
|
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
Complemento indireto |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Sujeito [Banda] |
Núcleo do predicado |
Agente da passiva |
Modificador do grupo verbal |
|
|
|
|
|
|
Modificador de frase |
Sujeito [Escritor] |
Núcleo do Predicado |
Complemento direto |
|
|
|
|
O primeiro a terminar a
frase corretamente ganha 3 pontos; o segundo, 2; o terceiro, 1. A cada frase
que se revele errada é atribuído um ponto negativo (-1 ponto).
TPC — Reformula crónica de
«Fugas» (abrirei espaço na Classroom para o efeito).
Aula 103-104 (28 [1.ª], 29 [5.ª, 2.ª, 3.ª], 30/abr [4.ª]) Correção do questionário de compreensão (sobre Conclusão de Amor de Perdição, 1.ª parte).
Depois de leres a 2.ª
parte da Conclusão de Amor de Perdição
(pp. 224-226) e relanceando algumas outras páginas que vá citando, completa o lado
esquerdo da tabela.
Camilo
Castelo Branco, Amor de Perdição |
Mário
Barroso, Um Amor de Perdição |
Crime |
|
No dia em que Teresa
seria transferida para o convento de ____, no Porto, Simão, contra o pedido
da amada, vai à saída dela do convento em Viseu, luta com ___ e mata-o a tiro. |
No dia em que Teresa
seria transferida para o ___, Simão, contra o pedido da amada, aparece quando
já chegara a ambulância, luta com segurança e mata ____ a tiro. |
Prisão |
|
É Rita Preciosa que avisa
o marido, o corregedor _____ Botelho, de que Simão matara Baltasar Coutinho e
está preso. |
É o marido, juiz, que
avisa (Rita) Preciosa de que tinham ___ Simão porque matara um homem. |
Condenação |
|
Simão é condenado à
forca, mas o tribunal de segunda instância comuta a pena para ____ anos de
degredo na Índia e, «instigado mais do seu capricho que do amor paternal»,
Domingos Botelho consegue até que pudesse cumpri-la na cadeia de Vila Real, o
que Simão ____ («queria a liberdade do degredo»). |
Simão não aceita alegar
legítima defesa, como o aconselha o advogado, visita lá de casa, mas de quem
o acusado ______, como aliás das ajudas dos pais e das visitas de todos. |
Teresa morre |
|
Mariana acompanha Simão
na cadeia, costurando, cozinhando e cuidando da limpeza do quarto. Teresa, sempre
por carta, pede a Simão que aceite cumprir a pena na cadeia de Vila Real
(«[e]m dez anos terá _____ meu pai e eu serei tua esposa») [cfr. p. 220]; porém, como Simão está
determinado a partir para o degredo, Teresa anuncia-lhe que morrerá. Mais tarde,
em carta que Simão relerá já na nau, concretiza mesmo: «Rompe a manhã. Vou
ver a minha última aurora... a última dos meus _____ anos!» [cfr. p. 223]. |
Na prisão, Simão só
aceita visitas de Mariana, que lhe vai dando conta da progressiva ____ de
Teresa. Não come (ao longo do filme, veladamente, há alusões a problemas de
anorexia no passado de Teresa), fala na morte, ri-se, diz que se reunirá a
Simão no céu. Morre ____ dias depois de entrar em coma. |
Mariana segue Simão |
|
Enquanto estava com Simão
na prisão, Mariana sabe que o seu pai foi assassinado por vingança do filho
de Bento Machado, o recoveiro que ____ matara em legítima defesa. Mariana
deixa a casa à tia e o resto da herança nas mãos de Simão, que já decidiu ir
acompanhar no ____ para a Índia. |
Na presença da filha,
João da Cruz é assassinado pelo filho do alferes ____, vítima da sua legítima
reação nos tempos da guerra do ultramar. Mariana vende a oficina do pai,
aluga quarto perto do hospital e consegue ir visitando Simão. |
Simão morre |
|
Simão assegura ao capitão
que não se _____ [cfr, p. 224, l.
88]. O médico que visita a nau a pedido do comandante faz prognóstico de que
Simão teria uma _____ maligna e que morreria no caminho [cfr. p. 224]. Saindo a nau barra fora, os _____ também não
favoreceram o estado de saúde de Simão [cfr.
p. 225]. Cerca de ____, já depois do sexto dia de viagem, ao nono da doença,
começou a delirar (lembrou então o plano da «casinha na margem do _____») [cfr. p. 225]. O primeiro _____ de
Mariana a Simão foi dado assim que este morreu [cfr. p. 226]. |
Simão, que se sente
culpado da morte de Teresa, deixa de falar e de comer e é transferido para
hospital. No hospital tentam alimentá-lo à força, mas ele retira os tubos que
conduziam o soro, e acaba por se suicidar com um ____, que não se sabe como
obteve. |
Mariana suicida-se |
|
Mariana, no momento em
que o cadáver de Simão era lançado ao mar, suicidou-se, atirando-se de modo a
acompanhá-lo, levando no _____ os papéis de Simão e Teresa. Uma _____ fez que
o corpo de Simão viesse ao seu encontro e o pudesse _____, seguindo-o para o
fundo. Apercebendo-se do salto de Mariana, o ____ ainda ordena que tentem salvá-la,
o que não foi possível [cfr. p.
226]. |
Mariana não foi ao funeral
de Simão. Ter-se-á suicidado, abrindo o gás, embora as autoridades
considerassem ter-se tratado de acidente. Junto dela foi encontrada a ____
onde apontava as mensagens entre Teresa e Simão. Só acompanharam o funeral de
Mariana Rita e Zé Xavier. |
Testemunhos escritos |
|
____ veem à flor da água
um rolo de papéis que recolhem na ____, que os leitores percebem ser a
correspondência de Teresa e Simão. [cfr.
p. 226] (Estas cartas terão apoiado a narrativa, que muitas vezes as ____.) |
Rita, junto ao rio, já
depois da morte de Simão, relê apontamentos de _____ com os recados apontados
para fazer comunicar Teresa e Simão. (Estes apontamentos terão sido aproveitados
em outros momentos do filme.) |
Voltando ao primeiro nível narrativo |
|
Já depois da conclusão,
um parágrafo adicional que o manual omite diz-nos que «vive ainda, em Vila
Real de Trás-os-Montes, a senhora D. ____ Emília da Veiga Castelo Branco, a
irmã predileta d[e Simão Botelho]» e que _____ Botelho, pai do autor, falecera
havia vinte e seis anos. |
Já depois de fechada a
ação da intriga principal, vemos Rita, a irmã predileta de Simão, e Zé
Xavier, juntos no que podemos supor ser uma ____ mais otimista do que a do
segundo nível narrativo. |
Escreve um comentário sobre a tua personagem favorita de Amor
de Perdição, cumprindo esta matriz sintática:
1.º período = [Sujeito subentendido]
+ Verbo (transitivo-predicativo) + Complemento direto + Predicativo do complemento
direto.
2.º período = Modificador de frase + Sujeito
+ Modificador apositivo + Verbo (copulativo) + Predicativo do sujeito. | 3.º
período = Sujeito + Verbo + Complemento direto. | 4.º período = [Sujeito
subentendido] + Verbo + Complemento indireto + Complemento direto. | 5.º
período = Sujeito + Verbo + Complemento oblíquo + Modificador do grupo
verbal.
6.º período = Modificador do grupo
verbal + Sujeito + Verbo (copulativo) + Predicativo do sujeito. | Períodos a
seguir (se tiveres tempo) = Sem matriz imposta.
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O final nas duas versões em filme que temos visto (a partir de
2 horas e sete minutos, em ALR; a partir de 42 minutos, em MO):
TPC — Para as turmas 3.ª e
4.ª (porque só hoje devolvi as primeiras versões): reformula crónica de «Fugas»,
descarregando ficheiro na Classroom que abri para esse efeito (nas restantes
turmas já este processo estava em curso). Para todos: é cada vez mais necessário
terem começado a leitura de A Ilustre Casa de Ramires ou de Os Maias
(e aliás avançado o mais possível).
Aula 105-106 (3 [1.ª], 4 [5.ª, 2.ª, 4.ª], 5/mai [3.ª]) Correção de redação segundo matriz sintática (ver Apresentação).
Sem
abrir o livro, lerás a «A débil», a que retirei a última palavra de quase todos
os versos. Deixei a primeira e a última quadra completas. Por elas ficas a saber
que em cada estrofe há rima interpolada
e emparelhada, num esquema a-b-b-a. Quanto à métrica, por esses oito
versos se vê que se trata de decassílabos.
Tentarás colocar nos espaços estas palavras
deles retirados.
suspirando
/ suspeites / monarca / bordado / turbulento / respeito / loura / miserável / brando
/ imaculada / entanto / sossego / ostentação / pisada / quieta / corruptora /
sinto / matinais / cabeça / pedestal / fina / peito / braço / saudável / envidraçada
/ espessa / natural / tanto / casares / nação / pretos / embaraçada / poeta
A Débil
Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.
Sentado à mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e __________,
Nesta Babel tão velha e ____________,
Tive tenções de oferecer-te o ___________.
E, quando socorreste um _____________,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque ____________
Que me tornas prestante, bom, __________.
«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e ____________,
O teu corpo que pulsa, alegre e __________,
Na frescura dos linhos ____________.
Via-te pela porta _____________;
E invejava, — talvez que
não o ___________! —
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, ____________.
Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a _____________.
Uma turba ruidosa, negra, _____________,
Voltava das exéquias dum _____________.
Adorável! Tu, muito _____________,
Seguias a pensar no teu _____________;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num _____________.
Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no __________,
A tua boa mãe, que te ama ____________,
Que não te morrerá sem te ____________!
Soberbo dia! Impunha-me _____________
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de ____________,
Desejava beijar sobre o teu ____________.
Com elegância e sem ______________,
Atravessavas branca, esbelta e ___________,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da ____________.
«Mas se a atropela o povo ____________!
Se fosse, por acaso, ali ____________!»
De repente, paraste _____________
Ao pé dum numeroso ajuntamento.
E eu, que urdia estes fáceis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de ___________,
Uma pombinha tímida e ____________
Num bando ameaçador de corvos __________.
E foi, então, que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.
Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde
Vai respondendo
às seguintes perguntas na p. 329 (ou completando as respostas).
Educação literária
1. «Eu» | «feio» | «_______» | «______» || «Ela» | «______»| «frágil»
| «_______». Os adjetivos usados em cada um dos casos, apesar de antitéticos,
sugerem que se podem complementar, na perspetiva de que os opostos se atraem e
completam. O «eu», consciente da sua degradação, diz-se capaz de lhe ser leal,
adotando os valores por ela representados (recato, honestidade).
2. O sujeito poético está «[s] ______» (v. 5), «[n]______» (v. 7)
e bebe «_______» (v. 10).
3. Os três recursos são a tripla adjetivação, em «_____, _____,
_____» (v. 2); a hipálage, em «______» (v. 4); e a _____ em «[existência] de
cristal» (v. 4). Pretende-se caracterizar o tipo de vida associado à figura feminina:
uma existência pura, transparente, imaculada, perfeita, como o cristal.
4. A figura feminina, na sua brancura e luminosidade, é
«recatada», enquanto a turba é «ruidosa, ______, ______». Os traços sombrios e ameaçadores
da multidão contrastam, vivamente, com a naturalidade e a brandura da jovem que
passa..
Gramática
1. a) ________. ([sugestão: vê se na 3.ª pessoa seria lhe ou o/a])
b) _______. ([sugestões: é trocável
por o/a? Qual é a expressão que faz
que o verbo esteja no singular (ou no plural)?])
c) _______.
[Pergunta que surgirá em slide]
Discorre sobre a perspetiva que o sujeito poético tem
acerca da «débil» e como essa visão vai evoluindo, com o «eu» a alterar a sua atitude para com aquela
mulher.
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[Resposta
possível]
A dita débil, no início do
texto, além de admirada pela beleza, juventude, naturalidade (vv. 2, 15, 19,
20, 25, 34, 37, 38), é vista como frágil (vv. 2, 6), de tal modo que o sujeito
poético manifesta vontade de a proteger
da agitação da cidade. Com ela imagina «uma família, um ninho de sossego» (v.
35). E, perante a ameaça de «um numeroso ajuntamento», o eu, com a sua «vista
de poeta», transfigura a rapariga, «tímida e quieta», numa «pombinha branca» cercada
por «um bando ameaçador de corvos pretos» (vv. 46-48). No entanto, o retrato da
«débil» é complexo, ambivalente: também surge como figura capaz de atravessar a
multidão «com elegância e sem ostentação» (v. 37), impondo a sua presença.
Na última estrofe, o sujeito lírico assume mesmo a decisão de dedicar
à rapariga a sua «pobre vida» e por ela está disposto a modificar-se. Aquele que
no início se se definia como «feio», aparentemente com falta de saúde (v. 12),
triste e com dores de cabeça (v. 22) diz-se agora «hábil, prático, viril» (v.
52), pronto a corresponder ao poder do exemplo da jovem, que, afinal, seria «débil»
apenas no título do poema.
TPC — Escreve comentário
sobre Amor de Perdição e filme, cujas instruções estão aqui.
Aula 107-108 (5 [1.ª], 6 [5.ª, 2.ª, 3.ª], 7/mai [4.ª]) Lê «A uma transeunte» (p. 330), poema de Baudelaire que procuraremos comparar com «A débil» (p. 328), de Cesário Verde. Lê primeiro a tradução no manual, mas lê também a tradução de Maria Gabriela Llansol, que ponho a seguir. Qual preferes?
Depois, dá uma vista de
olhos ao original francês, que é útil para percebermos o esquema rimático.
Tradução por Maria Gabriela
Llansol (Charles Baudelaire, As Flores do
Mal, Lisboa, Relógio D’Água, 2003, pp. 213 e 215):
A uma transeunte
A rua ensurdecedora em meu redor berrava
Alta,
esguia, de luto carregado, dor majestosa,
Uma
mulher passou, com sua mão faustosa
Erguendo,
baloiçando o ramo e a bainha
Ágil
e nobre, com sua perna de estátua.
Eu
bebia, crispado como extravagante,
No
seu olhar, céu lívido onde nasce o furacão,
A
doçura que fascina e o prazer que mata.
Um
raio... em seguida, a noite! — Beleza fugitiva
Cujo
olhar me fez repentinamente renascer,
Só
voltarei a ver-te na eternidade?
Algures,
bem longe daqui! Demasiado tarde! Nunca talvez!
Eu
não sei para onde fugiste, tu não sabes para onde vou,
Tu
que eu teria amado, tu que sabias que sim!
Versão original:
A une passante
La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d’une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l’ourlet;
Agile
et noble, avec sa jambe de statue.
Moi,
je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans
son œil, ciel livide où germe l’ouragan,
La
douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un
éclair... puis la nuit! — Fugitive beauté
Dont le regard m’a fait soudainement renaître,
Ne
te verrai-je plus que dans l’éternité?
Ailleurs, bien loin d’ici! trop tard! jamais peut-être!
Car
j’ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
O
toi que j’eusse aimée, ô toi qui le savais!
Preenche as lacunas na
tabela.
AUTOR |
|
Cesário Verde (1855-1886) |
Charles Baudelaire (1821-1867) |
naturalidade: Lisboa (Portugal) |
naturalidade: Paris (_____) |
TEXTO |
|
«A débil» |
«A uma
transeunte»
(fr.: «A une passante») |
publicado no periódico A Evolução, em 1876 |
publicado na revista L’Artiste, em 1855 |
coligido em O
Livro de Cesário Verde (1901) |
coligido em Les
Fleurs du Mal, 2.ª ed. (1861) |
FORMA |
|
treze _____ |
um soneto (= duas quadras e dois _____) |
________ |
dodecassílabos |
a-b-b-a || ____ || e-f-f-e || g-h-h-g || etc. |
a-b-b-a || ____ || e-f-e || f-g-g |
O SUJEITO
LÍRICO |
|
observador e _____ (talvez
apaixonado) |
_____ e apaixonado |
admira a mulher, ______ com ela («Mas se a
atropela o povo turbulento / Se fosse por acaso ali pisada!», vv. 41-42) |
admira a mulher, ______ por ela («Um raio...»,
v. 9; «Tu que eu teria amado», v. 14) |
vê na mulher que passa a esperança de uma
transformação regeneradora («sinto / que me tornas prestante, bom, ____», vv.
11-12) |
vê na mulher que passa a esperança de um amor
regenerador («cujo olhar me fez ____», v. 10) |
no final, quer «dedicar[-lhe] a [sua] pobre
vida» (v. 50) e revela-se já transformado («sou hábil, _____, viril», v. 52) |
no final, revela-se resignado por a ter perdido
(«e depois noite!», v. 9; «Só te verei de novo na ______?», v. 11; «Noutro
lugar, bem longe! é tarde! talvez nunca!», v. 12) |
A
MULHER |
|
é o «tu» do poema («_____», v. 2; passim) |
é o ____ do poema («Só te verei», v. 11; «sabes»,
«ias», v. 13; «Tu», «tu», «sabias», v. 14) |
é ______; mas frágil («A débil»), discreta («recatada»,
«honesta», «recolhida»), «simples», inocente (cfr. «A tua boa mãe»), bondosa («socorreste um miserável») |
é bela; «majestosa» (v. 2), com mãos «_______»
(v. 3), «nobre e ágil», talvez extrovertida («Erguia e agitava a orla do vestido»,
v. 4) |
O
ESPAÇO |
|
rua citadina, ruidosa, movimentada, cheia de _____
|
rua decerto citadina, ______ («A rua ia gritando
e eu ensurdecia», v. 1) |
Vamos rever
as orações
(no manual, este assunto está entre as pp. 381 e 385).
Quanto às coordenadas,
distinguimos as assindéticas (sem
conjunção, ou seja, ligadas por vírgulas) e as sindéticas, que são classificadas em função da conjunção coordenativa que as introduza: copulativa, adversativa,
disjuntiva, explicativa, conclusiva.
Ainda as teremos de estudar melhor, mas devem ir tendo em memória as referidas
conjunções (cfr. p. 371, mas há listas melhores).
Na subordinação,
distinguimos subordinantes e subordinadas. Consoante o tipo de
função sintática que desempenham (à sua subordinante), as subordinadas
agrupam-se em substantivas, adjetivas, adverbiais.
Nas orações subordinadas
adverbiais (cfr. p. 385) temos a causal, a temporal, a final (que funcionam como modificadores
do grupo verbal), a condicional, a concessiva* (que são modificadores de frase), a comparativa, a consecutiva.
[ * No quadro na p. 385, o exemplo da
concessiva está incorreto.]
Vamos sobrevoar agora as adjetivas
e as substantivas
(cfr. p. 384).
As orações subordinadas adjetivas
desempenham funções sintáticas típicas de adjetivos e são orações relativas, por serem introduzidas por palavras relativas (pronomes relativos,
sobretudo — «que», «onde», «cujo», ...). Estas orações podem ter valor restritivo (e desempenharão a função de
modificador restritivo do nome) ou explicativo (e corresponderão a um modificador apositivo do nome).
Exemplos (marquei a negro o pronome
relativo):
modificador restritivo
Ela
tem um gato dócil
de olhos azuis
Ela tem um gato que mia angustiadamente
subordinante subordinada
adjetiva relativa restritiva
modificador apositivo
O
gato da Heliodora, um pastor alemão, fala francês.
O
gato da Heliodora, que é um
pastor alemão, fala francês.
s u b o r d i subordinada adjetiva relativa explicativa n a n t e
{Classifica tu:}
O gato da Heliodora que é um
pastor alemão fala francês.
______________________________
Classifica
as orações nas linhas sob as frases — do início do episódio 6 da 2.ª temporada de O Programa do Aleixo. (Já classifiquei algumas
das orações talvez mais complicadas.)
Só
faço ‘Revista de imprensa’ / quando não foste com o jornal para a casa de
banho.
_______________ /
______________
Achas / que as regras dos jornais são as / que se
aplicam ao Brick Game.
Subordinante
/ Subordinada
substantiva completiva / Subordinada adjetiva relativa
(e Subordinante
da seguinte)
Viseu
ganha em Portugal / mas Lisboa ganha no mundo.
____________ / _____________
É
um ranking só para as cidades / que estão sempre em obras.
_____________ / _____________
É
um ranking para as cidades / onde é tudo mais longe e mais caro / do que é nas
outras.
__________ / ___________ / Subordinada
adverbial comparativa
É um ranking de cidades / que
acham / que um pastel de nata e um pastel de Belém
são coisas diferentes.
Subordinante /Subordinada
adjetiva relativa/ Subordinada substantiva completiva
Aqui
diz / que
foram analisadas duzentas e vinte e uma cidades de todo o mundo.
Subordinante / Subordinada
substantiva completiva
Busto, costumas ter tanto
azar nos sorteios, / que te escolhemos já.
_____________ / ______________
As orações
subordinadas substantivas exercem funções sintáticas típicas de
grupos nominais. Podem ser completivas ou relativas (sem antecedente).
Em «Reunião de condóminos
com o Drácula» há subordinadas
substantivas completivas (são as que já sublinhei; ao lado, sem sublinha,
a oração subordinante). Escreve a função sintática (sujeito, complemento direto,
indireto, oblíquo, etc.) que cada uma destas completivas desempenha
relativamente à sua subordinante.
Subordinante Subordinada substantiva completiva
A porteira disse-me que o vizinho do sétimo
andar tem um gato.
função
sintática: _____________
[nota que a
oração é substituível pelo pronome «o»: ‘A porteira disse-mo’]
Todos sabemos que os animais não são permitidos
neste prédio.
_____________________
Não quer que eu ponha o gatinho na rua...
_________________________
Perguntou-lhe se queria o gatinho na rua.
_____________________
É um escândalo que me falem em gritos.
__________________
[=
Isso é um escândalo.]
As subordinadas
substantivas completivas finitas são introduzidas pelas conjunções completivas que ou se.
Mas também há subordinadas
substantivas completivas não finitas, com o verbo no
infinitivo, e essas não precisam de conjunção:
Subordinante Subordinada
substantiva completiva não finita
Todos sabemos não serem os animais permitidos neste
prédio.
Troca a completiva finita
por uma completiva não finita:
É um escândalo que me
falem em gritos.
__________________________________
Vejamos agora
casos de subordinadas substantivas
relativas. Escreve a função sintática desempenhada pela oração que
sublinhei:
Subordinante | Subordinada
substantiva relativa sem antecedente
Sabes onde há sangue fresquinho?
___________________
Fugiam-lhe quantas
velhas ou crianças acorrentasse à parede.
____________________
Quem sobe pela escada fica com as cabeças dos
cadáveres todas moídas.
__________________
Portanto, as subordinadas
substantivas relativas são introduzidas por palavras relativas (pronomes relativos, advérbios relativos, quantificador
relativo) que, ao contrário do que acontecia nas subordinadas adjetivas
relativas, não se reportam a um antecedente (por isso estas orações se dizem «subordinadas
substantivas relativas sem antecedente»).
As subordinadas
substantivas relativas podem ser não finitas (infinitivas):
Subordinante |Subordinada
substantiva relativa sem antecedente não finita
Sabes onde encontrar sangue fresquinho?
Substitui o trecho
sublinhado por uma oração subordinada completiva:
Só lhe
digo isto: «animais dentro de casa é nojento»!
Só lhe digo
_______________
Subordinante | Subordinada substantiva
completiva (finita / não finita)
Atenta agora na frase seguinte, sabendo já
que a subordinada não é substantiva
e que a função que desempenha é antes típica de um adjetivo. Classifica a
oração.
Subordinante| ________________
É um cheiro que se entranha nas rendas.
modificador restritivo do nome
Classifica
as orações
sublinhadas (a propósito de trecho de Último
a sair).
Foi
um momento chocante, teve a entrada do INEM, porque a situação estava complicada.
Vou fazer uma cena que
ainda não mostrei a ninguém.
É um salto muito
complicado, mas tens de o ver.
Quero que dês um
mortal e que te partas todo.
Quero
que dês um mortal e que te partas todo.
Se te partisses todo,
deixavas-me em paz.
Vês o mortal ou
não vês o mortal.
É um mortal que
eu vi num filme.
A produção já
contactou o 112 e o Inem está a chegar à casa.
Nuno Lopes perguntou
se não o queriam no programa.
Não tenho trabalho
até setembro, portanto faço aí umas macacadas.
Nuno Lopes entrará
na casa, pois Bruno Nogueira partiu a perna.
Mal saia Bruno,
entrará Nuno.
Como Sónia não lhe ligava,
Bruno fez um mortal.
Para que voltes a
falar comigo, é preciso o quê?
Bruno quer Sónia, embora
esta pouco lhe ligue.
Nuno Lopes representa
tão bem como canta Luciana Abreu.
Bruno Nogueira, que
é também o argumentista, partiu a perna.
Saltou tão mal que
partiu a perna.
Quem se porta mal na
casa recebe más votações.
TPC
— Lembro apenas o tepecê da aula passada, que lhes disse poderem entregar ao
longo destas duas semanas.
Aula 109-110 (10 [1.ª], 11 [5.ª, 2.ª, 4.ª], 12/mai [3.ª]) Põe na ordem correta os dezasseis versos do poema (em quatro estrofes: 4 + 4 + 4 + 4) de Cesário Verde dentro do sobrescrito. Desenho dos fragmentos de papel não é indicativo (versos já estavam misturados quando os recortei). Ao contrário, as rimas são úteis (a rima é cruzada).
[Versos desordenados:]
A um granzoal azul de grão-de-bico
Dos teus dois seios como duas rolas,
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Naquele pic-nic de burguesas,
Foi quando tu, descendo do burrico,
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Foste colher, sem imposturas tolas,
Era o supremo encanto da merenda
Houve uma coisa simplesmente bela,
Em todo o caso dava uma aguarela.
O ramalhete rubro das papoulas!
E houve talhadas de melão, damascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E pão de ló molhado em malvasia.
E que, sem ter história nem grandezas,
Um ramalhete rubro de papoulas.
Procurei fazer uma análise do texto,
seguindo estas linhas de sentido (aconselhadas no manual Antologia. 11.º ano,
Lisboa, Lisboa Editora, 2004): relação título-texto; sugestão de uma «aguarela»
(notações cromáticas — ou seja, de cor —, pormenores figurativos); estrutura
narrativa (espaço, tempo, ação, personagens); função do sujeito poético
enquanto observador e relator; marcas de erotismo; valor simbólico de «o
ramalhete rubro de papoulas»; relevância expressiva de alguns aspetos formais e
recursos estilísticos.
Completa a minha análise, sabendo
que as lacunas correspondem sempre a expressões a transcrever do próprio poema.
Logo o título, «______», que é um
modificador temporal, remete para um momento, uma coisa «________», que merecia
ser registado numa «_______», apesar de aparentemente irrelevante.
Poderíamos dizer que o momento em
causa era suscetível de ser fixado numa polaroid (se no século XX) ou numa
imagem em instagram (atualmente), mas a pintura coaduna-se bem com as várias
referências cromáticas: o «granzoal ______», o «ramalhete ______» ou, quando
sai da renda, «______». Quanto ao sol a pôr-se («______»), é uma notação de
ordem visual e mais um elemento que aproxima o poema das pinturas
impressionistas (vem à lembrança, por exemplo, o quadro «Déjeuner sur l’herbe»,
de Edouard Manet — cfr. p. 323). Além
das cores, há pormenores figurativos: o rendilhado do decote por onde saem
«______» (com que se comparam os «_______»).
Nem só o sentido da visão é
convocado, outros sentidos estão presentes: o olfato e o gosto, a propósito das
«_________», dos «________», do «______» embebido em vinho doce; e não será
forçado vermos algo de tátil na alusão às «________» que saem do decote da
rapariga.
Muito característica do poema (e de
Cesário Verde) é a sua narratividade. O poeta parece ser um observador que faz
parte do grupo (vejam-se os deíticos pessoais «_____», «____», o demonstrativo
«[n]_____» e o possessivo «_____»). Relata um episódio cuja protagonista
é uma rapariga (uma burguesa?) capaz de colher ramalhetes de papoulas «______».
As ações estão demarcadas em função dos espaços («a _____», «em _____») e do
tempo («_____», «_____»).
A última quadra (não, não é um
soneto: são quatro quartetos) apresenta-nos o sujeito poético (o «narrador»)
embevecido com o supremo encanto do «______» (e não é interessante o uso do
estrangeirismo?). Esse primeiro plano da câmara termina com o verso «______»,
que quase repete o v. 8 («_______»). Os artigos definidos no último verso do
poema («____», em vez do indefinido «_____», que estava no v. 8; e «[d]_____»,
em vez da preposição simples «______») mostram que a observação se foi
aproximando e que o ramalhete de que se fala já é inconfundível. A outra
diferença entre os versos é o v. 16 terminar com um _____.
E, se atentarmos no som, perceberemos
que há nesse verso uma aliteração [cfr.
p. 393], conseguida pela repetição da consoante «___». (Já na segunda estrofe
havia uma figura fónica idêntica, entre a assonância (‘repetição de som
vocálico’) e a aliteração, no verso «______», em que predominavam as vogais
nasais e a consoante z.)
Acerca da quadra final é ainda
preciso referir que a alteração da ordem natural da frase, um hipérbato [cfr. p. 394], faz que o último verso
seja o sintagma nominal que se pretende destacar («______»). Por outro lado,
por marcar uma oposição, uma reorientação, a conjunção adversativa «______»
valoriza o que depois será o foco da quadra.
Também o tempo verbal usado nesta
quarta estrofe, o imperfeito do indicativo («______»), marca a perenidade
daquela visão singular, por contraste com o incidente, efémero, que era a
merenda de burguesas (a que convinha o perfeito do indicativo: «houve», «foi»,
«_____», «______», «______»).
Na p. 341, lê o poema «Homenagem
a Cesário Verde», de Mário
Cesariny, poeta já do século XX. Perceberás que é quase uma paródia
do poema «De tarde». Retomam-se alguns elementos, subverte-se a maioria. De
qualquer modo, o sentido global é de louvor a Cesário, como se vê no último
dístico: «Chegou a noite e foram todos para casa ler / Cesário Verde que ainda
há passeios ainda há poetas cá no país».
Escreve um texto em
prosa sobre um momento que devesse ficar fixado (talvez realçado dentro de um
incidente que tudo destinasse ao esquecimento). Será uma espécie de polaroid — ou imagem de
instagram? — redigida.nSó as
partes já lançadas seguem o modelo de «De tarde». No resto, aconselho apenas
que a descrição/narração seja detalhada e se evite estilo brincalhão ou
irónico.
[título:] ____________
{grupo preposicional ou — mais genericamente —
modificador do grupo verbal, como é De tarde}
Em {ou Em contraído (como Naquele/a)} . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . , houve . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — A partir da próxima aula talvez já comecemos a abordar Os
Maias/A Ilustre Casa de Ramires. Na próxima semana, podes mesmo
trazer o livro que tenhas escolhido (quando testar a efetiva leitura, não o
faremos com consulta da obra, mas pode o livro ser útil para outras tarefas —
e, confesso, interessa-me assegurar que têm mesmo o livro).
Aula 111-112 (12 [1.ª], 13 [5.ª, 2.ª, 3.ª], 14/mai [4.ª]) Como outros poemas de Cesário
Verde, «Num bairro moderno»
(pp. 325-326) apresenta características narrativas (é possível identificar espaço, tempo, figuras intervenientes e suas
ações). Não é difícil, por isso, conceber sínteses para cada uma das estrofes,
como se se tratasse de um texto em prosa narrativa. Em cada trecho a seguir, há
uma lacuna a preencher e um segmento a riscar.
vv. 1-5 Naquele bairro moderno
por onde passa, às dez horas, chamam a atenção do sujeito poético os efeitos
causados pelas incidências da ______. Um pedaço da brita do macadame entra-lhe
numa vista.
6-10 Dentro das ______, ressacados ainda da noitada, os residentes
só agora começam a despertar.
11-15 Um pouco invejoso da vida burguesa que adivinhava naquela
rua, o poeta — que não está de extraordinária saúde — ia a caminho do ______,
sem pressas, já que queria irritar o patrão.
16-20 Atentou então numa vendedeira, humilde, que pousara a sua
cesta numa ______, ficando a jogar xadrez (com peças de mármore).
21-25 Olhou-a, salientando no retrato da rapariga o ar popular, a
máscara contra o Coronavírus, a fealdade, o _______ em desalinho.
26-30 Viu-a também à conversa com um ______, que a assediava com
proposta indecente, oferecendo-lhe apenas uma moeda.
31-35 Perante os vegetais, iluminados pelo _____, o «eu» do poema
propõe-se imaginá-los transfigurados num belo corpo humano, que depois
canibalizaria.
36-40 Repara também no movimento que o bairro começa a ter. Nota
ainda as diversas sensações (____, auditivas, visuais) que impregnam o
ambiente. Rapazes, na brincadeira, tocam às campainhas.
41-45 Como antes prometera, o sujeito poético vê nos vegetais
transportados pela rapariga elementos antropomórficos: na ______, uma cabeça;
nuns repolhos, seios; num ananás, um umbigo.
46-50 Identifica as azeitonas com tranças; os _______, com ossos;
as uvas, com olhos; os kunâmis, com esternocleidomastóideos.
51-55 Certos frutos lembram-lhe colos, ombros, ______, uma cara.
Num cheiroso melão que está entre as hortaliças, vê uma barriga e uma orelha.
56-60 Nos legumes, carnes tentadoras; nas cenouras, _______; nos
tomates, corações; na ginja, ketchup a imitar sangue.
61-65 Entretanto, a rapariga, não esperando mais clientela, pede ao
poeta que a ______, no sentido de pôr a canastra das sardinhas à cabeça.
66-70 Afável, ele apoia-a e conseguem ________ aquele enorme peso
(cinco toneladas), dada a excelente musculatura de ambos.
71-75 O _______ da regateira (acompanhado de generosa gorjeta)
revigorou o poeta.
76-80 Enquanto a rapariga se afasta e se veem comboios, sob o calor
de _______, o sujeito poético pode reparar na sua magreza e palidez.
81-85 E apercebe-se do ambiente ao redor: uma criança rega uma ______
(e esta ação sugere uma comparação poética). Sportinguistas festejam fim de
jejum de vinte anos.
86-90 Ao mesmo tempo que sente os cheiros vindos da giga,
chegam-lhe outros motivos sensoriais (som de chilreios de ______ e do bulício
das criadas, cor dos raios de sol, sabor do bife à Império).
91-95 E logo se foca, de novo, na rapariga, observando a sua
energia, realçada até pela aparente fragilidade física (por sua vez,
contrastante com as _______ repolhudas). É uma «desgraça alegre» que entusiasma
o poeta, apesar de infetadíssimo por uma estirpe esquimó de Covid-19.
96-100 Regressa então às fantasias inspiradas na visão dos vegetais:
umas abóboras lembram-lhe as pernas de um _______, um halterofilista
desclassificado por doping.
Resolve as seguintes perguntas da p. 327:
9. 1. =___; 2. =___; 3. = ___; 4. = ___; 5. = ___; 6. = ___; 7.
= ___.
7. Nas estrofes 17 e 18, há referência, explícita e implícita, a
diferentes cores e tons: «janela ____» (v. 82), «nuvens ____» (v. 85), «um _____»
(v. 87) (amarelo), «raios de laranja» (v. 90). A luz do sol está presente, na
estrofe 17, em palavras e expressões como «joeira» (v. 83), «borrifa _____» (v.
84) e «poeira que eleva nuvens altas» (vv. 84-85), pois a água que sai do ralo
do regador forma uma nuvem de gotículas com a incidência dos raios solares. Na
estrofe 18, a luminosidade aparece associada a «______» (v. 88) e à belíssima
imagem do sol que estende os seus «raios de _____ destilada» (v. 90) nos versos
finais.
8. Estas personagens permitem denunciar as condições de vida das
classes sociais desfavorecidas, como é o caso da vendedeira e dos «padeiros». O
«criado», ainda que proveniente do povo, assume um estatuto privilegiado e, com
sobranceria e desdém, humilha a vendedeira, atirando-lhe a moeda, de forma
«______» (v. 29) (assinale-se a expressividade do adjetivo). O sujeito lírico
parece tomar o partido dos mais fracos («Eu acerquei-me d’ela, sem ______», v.
66).
Escreve um texto em prosa, tendencialmente literária, cujo
narrador percorra espaço dentro da cidade e vá observando o cenário (com
pormenor idêntico ao usado por Cesário Verde). A certa altura, haverá breve
diálogo com alguém (como sucedia em «Num Bairro Moderno»). A caneta. (160 a 200
palavras.)
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
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TPC
— Quando puderes, lê os vários excertos de ensaios sobre Cesário Verde nas pp.
319-321 e, já agora, também os das pp. 316-317.
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