Aula 99-100
Aula 99-100 (21 [1.ª], 22 [3.ª, 2.ª, 5.ª], 23/abr [4.ª]) Correção
do questionário de compreensão feito na aula anterior (sobre cap. IV de Amor de Perdição). (Ver Apresentação.)
Assistência a Amor de Perdição de António Lopes
Ribeiro nestes minutos: 38.50-41.30; 48,30-51,40; 1.02.40-1.06.40 (e, mais
tarde, também a 1.19.30-1,25,20; 1.28.30-1.32):
Vejamos o que se passa entre o capítulo IV e o X [uso Carlos
Reis, «Amor de Perdição», Camilo Castelo
Branco, ‘Leituras Orientadas’, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 82-83]:
Capítulo V —
Celebra-se o aniversário de Teresa, que se prepara para se encontrar com Simão.
Baltasar Coutinho interpõe-se e enfrenta Simão. Este regressa a casa de João da
Cruz, que lhe explica a dívida que tem para com o pai, Domingos Botelho. Também
por isso, João da Cruz, já antes de acolher Simão, recusara matar Simão por
incumbência de Baltasar. Vai-se manifestando o amor de Mariana por Simão.
Capítulo VI —
Nova emboscada noturna de Baltasar Coutinho e dois criados a Simão, que está
acompanhado por João da Cruz e pelo cunhado deste, quando se vai encontrar com Teresa.
A espera torna-se violenta: os criados de Baltasar são mortos e Simão é ferido.
Capítulo VII —
Simão recolhe a casa de João da Cruz e, ao mesmo que é tratado do ferimento,
troca cartas com Teresa, cujo pai quer encerrá-la num convento, como efetivamente
acontece. Teresa fica isolada do mundo e, no convento, vai-se apercebendo de
intrigas impróprias da vida religiosa.
Capítulo VIII —
Mariana é encarregada de tratar de Simão e vai-se tornando sua confidente. Simão
toma conhecimento de que Teresa está no convento e decide resgatá-la; ao mesmo
tempo, apercebe-se de que a dedicação de Mariana é um verdadeiro sentimento
amoroso.
Capítulo IX —
Simão continua a ser protegido por João da Cruz e por Mariana e vai recebendo
cartas de Teresa. Entretanto, Tadeu de Albuquerque trata da mudança da filha
para um convento do Porto. Simão é informado por Teresa e manda-lhe uma carta
por Mariana, que se prontifica para a entregar.
O passo que
vais ler agora — já do Capítulo X (excerto
1, pp. 210-212 do manual) — inclui, precisamente, a entrega da carta de Simão a
Teresa, feita por Mariana. Vai lendo esse texto e respondendo a estas perguntas.
[ll. 1-26 e 27-32]
1.
Identifica, no diálogo entre Teresa e Mariana, as marcas linguísticas reveladoras
do seu diferente estatuto social. Refere depois, justificando-a, a
informalidade do diálogo entre Joaquina e Mariana.
[Completa a resposta:]
A diferença social entre as duas é evidente na forma como Mariana se dirige a
Teresa, servindo-se de expressões como «vossa _______» ou do vocativo «_______».
Também o narrador acentua essa
diferença, na medida em que, logo no início do excerto, assumindo a perspetiva
de Mariana através da focalização interna, se refere à filha de Tadeu de
Albuquerque como «_____». Por seu lado, Teresa não faz uso de qualquer título
para se dirigir a Mariana. (Entretanto, Joaquina, igualmente do povo, trata
Teresa por «____».)
Entre Mariana e Joaquina o
tratamento é informal. Usa-se a 2.ª pessoa do singular, o «tu»; Mariana recorre
ao diminutivo em «____» (podia ter sido o hipocorístico «Quina»); Joaquina
socorre-se dos vocativos «Mariana» e «____».
2.
Justifica a atitude de Mariana quando recusa o anel de Teresa.
[Completa esta resposta:]
A recusa pode justificar-se pelo facto de Mariana evidenciar ____. Agia não em
favor de Teresa mas de Simão, e, por isso, «a receber alguma paga [haveria] de
ser de quem [a lá mandara]» (ll. 25-26). Para todos os efeitos, Mariana vê em
Teresa uma ______ e seria ofensivo para si própria aceitar aquela oferenda.
[ll. 33-43]
3.
Focando-te nestes quatro parágrafos (os das ll. 33-43), caracteriza Mariana.
[Completa a resposta só
com citações:] Mariana sente-se inferior a Teresa, tanto social como
fisicamente («________», ll. 35-36), embora seja ela própria atraente.
Entretanto, abnegada, não deixa de ir memorizando a mensagem que ficou de
transmitir («________», l. 33), o que faria com eficiência («_______», l. 42).
[ll. 44-83]
4.
Apresenta a perspetiva de João da Cruz sobre os relacionamentos amorosos,
associando--a à época retratada na obra.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
[ll. 84-106]
5.
Na carta de Simão a Teresa, o sentimento mais importante não parece ser o do amor
mas o apego ao destino, à tragédia, à honra. Comenta.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . .
Amor Simão-Teresa |
||
|
Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco) |
Um Amor de Perdição (Mário Barroso) |
Oponentes |
||
Tadeu de Albuquerque |
Primeiro, não deixa que Teresa saia de casa;
depois, encerra-a num ______. |
Não deixa que Teresa vá ao liceu; ameaça
interná-la numa _____. |
Baltasar Coutinho |
O primo de Teresa é formal no trato, retórico.
Prepara um atentado contra _____, mas acaba por perder dois criados. |
O primo de Teresa vai buscá-la à ____, revela-se
cabotino. Reage a uma ameaça de agressão por Simão, mas acaba por perder no
despique verbal que se sucede. |
Adjuvantes |
||
João da Cruz |
É ferrador (trata das ferraduras dos animais).
Está em dívida com o pai de Simão, porque este o absolvera da culpa de _____. |
É mecânico (trata de motores de automóveis). Está
em dívida com o pai de Simão, porque, em África, na guerra, este o livrara de
acusação de ____. |
«Condutores» |
Um arrieiro (condutor de ____) é quem
leva Simão até João da Cruz. |
Zé Xavier (que trata do Volvo e do _____) leva
Simão até João da Cruz. |
Mariana |
Ajuda o pai, João da Cruz, na lida da casa. Cedo
se apaixona por Simão (já o conhecia como filho do _____ do pai). Quando ferido,
trata-o. Serve também para transmitir mensagens entre o par amoroso (ainda
que o faça com sofrimento). É humilde, altruísta. |
Ajuda o pai, João da Cruz, na oficina e em casa.
Cedo se apaixona por Simão (já o olhara fixamente no episódio da discoteca). Quando
ferido, trata-o. Ajuda o par amoroso (ainda que o faça com sofrimento). Não
_____ a possibilidade de também seduzir Simão. |
Outros |
Joaquina (criada no Mosteiro de Viseu), Mendiga,
Constança (criada dos Albuquerque que acompanha Teresa) permitem a ______,
sobretudo por carta, entre Simão e Teresa. |
Zé Xavier e Rita acumulam com a sua própria ação
o papel instrumental de tentarem ligar Simão ao mundo. Parte da comunicação
entre Teresa e Simão passa pelo uso do ______. |
TPC
— Vai lendo, pelo menos, os primeiros capítulos da obra de Eça que tenhas escolhido
— A Ilustre Casa de Ramires ou Os Maias. Proximamente, aferiremos
em aula a leitura de, aproximadamente, o primeiro terço de cada obra (mais
tarde, avaliaremos cerca de metade; depois, a totalidade). Livros de resumos ou
filmes não servem para este efeito.
#
<< Home