Aulas (141-152)
Aula 141-142 (22 [3.ª, 1.ª], 23/mai [4.ª]) Resolução de itens sobre vários
aspetos de história e geografia do Português:
17. A palavra «cegonha» teve origem no termo latino «ciconia». Enumere os processos
fonológicos que se verificaram nessa evolução.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
18. Qual é o nome que se dá à queda de um segmento sonoro no meio
de uma palavra?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
19. Embora tenham formas e sentidos diferentes, as palavras «plano»
e «chão» provêm do mesmo étimo latino: «planum».
Por isso, designam-se palavras...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
20. Quais são as três variedades da língua portuguesa?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
21. Indique cronologicamente as três fases da evolução do
português.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
22. Diga o nome de quatro línguas românicas.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
23. Qual é o tipo de modalidade expressa na frase «Talvez os alunos
gostem dos poetas portugueses do século XX.»
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
24. Na frase «O poeta é um fingidor.», indique o valor aspetual
traduzido pela forma verbal.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
25. Qual é o mecanismo de coesão lexical presente na frase «Almeida
Garrett e Alexandre Herculano foram escritores românticos.»?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
26. Na frase «Pedro da Maia, personagem romântica, suicida-se, dado
que foi incapaz de suportar a traição de Maria Monforte.» utiliza-se a coesão
interfrásica?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
27. Identifique dois deíticos presentes na frase: «Quem te diria
que eu morri, se não fosse eu mesma, Simão?».
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
28. Identifique o processo irregular de formação de palavras
presente na frase «Li um fragmento do Livro do desassossego em PDF.».
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Leituras em voz alta
Apoiando-te na p. 4 do
anexo do manual, resolve estes exercícios que roubei a Maria Regina Rocha, Gramática
de português, Porto, Porto Editora, 2016, pp. 190-191.
Continuemos as sínteses de
capítulos surripiadas a um manual da Leya:
VIII (resto) — (m.)
_________ marca um encontro com Ricardo Reis, no Alto de Santa Catarina.
Enquanto aguarda por ela, Reis é "visitado" por Fernando Pessoa que o
questiona sobre as suas relações amorosas. Durante o encontro, a filha do
doutor Sampaio pede a Ricardo Reis que lhe escreva a dar notícias da entrevista
para que fora intimado.
IX — Ricardo Reis vai à
polícia e é interrogado num clima de suspeição. Regressado ao hotel, diz a
Lídia que tudo correu bem e escreve a Marcenda tranquilizando-a. Mais tarde,
informa a criada de que vai deixar o Bragança, e esta prontifica-se a ir
visitá-lo nos seus dias de folga. Ricardo Reis aluga casa (n.) ___________ defronte à estátua (o.) ____________.
Aula 143-144 (22/mai [1.ª], 26 [3.ª], 27/mai [4.ª]) Regressamos à tabela (que roubei a um manual da Leya) com sínteses de cada capítulo de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Completa:
Cap. X — Ricardo Reis escreve a
Marcenda para a informar da nova morada. Dias depois deixa o hotel. Na sua
primeira noite na casa alugada, recebe a visita de Fernando Pessoa e falam
sobre solidão.
Cap. XI — Lídia vai visitar
Ricardo Reis para verificar se está bem instalado e ele acaba por beijá-la na
boca. Dias depois, recebe a visita de (q) ________, que, pela primeira
vez na vida, é beijada por um homem.
Cap. XII — Lídia prontifica-se a
cuidar da limpeza da nova casa e os dois acabam por se envolver. Ricardo Reis
escreve uma carta confusa a Marcenda. Começa, entretanto, a trabalhar,
substituindo temporariamente um colega especialista em coração e pulmões. Esta
situação leva-o a escrever novamente a Marcenda. Entretanto, quase ao fim de um
mês, recebe (r) ________ da jovem, de Coimbra, anunciando que o visitará
no consultório.
Cap. XIII — Ricardo Reis
encontra-se com Fernando Pessoa junto à estátua do Adamastor e os dois
conversam acerca da relação de Reis (s) ______ e sobre a vida e a morte.
Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com (t) _______ e, a propósito
disso, falam da ida de Ricardo Reis à polícia, de Salazar e de Hitler. Lídia,
enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo que está com um
problema de impotência, o médico repele-a, o que a deixa tristíssima e sem perceber
o que se passava. Marcenda aparece no consultório e Ricardo propõe (u)
________. Ela recusa, alegando (v) ________.
1. «Não penso em casar com a Lídia, e ainda não sei se virei a
perfilhar a criança, Meu querido Reis, se me permite uma opinião, isso é uma
safadice, Será, o Álvaro de Campos também pedia emprestado e não pagava, O
Álvaro de Campos era, rigorosamente, e para não sair da palavra, um safado,
Você nunca se entendeu muito bem com ele, Também nunca me entendi muito bem
consigo»;
2. «Ricardo Reis tirou a carteira do bolso interior do
casaco, extraiu dela um papel dobrado, fez menção de o entregar a Fernando
Pessoa, mas este recusou com um gesto, disse, Já não sei ler, leia você, e
Ricardo Reis leu, Fernando Pessoa faleceu Stop Parto para Glasgow Stop Álvaro
de Campos, quando recebi este telegrama decidi regressar, senti que era uma
espécie de dever, É muito interessante o tom da comunicação, é o Álvaro de
Campos por uma pena, mesmo em tão poucas palavras nota-se uma espécie de satisfação
maligna, quase diria um sorriso, no fundo da sua pessoa o Álvaro é assim»;
3. «Acho-a muito bonita, e ficou a olhar para ela por um
segundo só, não aguentou mais do que um segundo; virou costas, há momentos em
que seria bem melhor morrer, Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
também tu Álvaro de Campos, todos nós. A porta fechou-se devagar, houve uma
pausa, e só depois se ouviram os passos de Lídia afastando-se»;
4. «O barco onde não vamos é que seria o barco da nossa
viagem, Ah, todo o cais, uma saudade de pedra, e agora que já cedemos à
fraqueza sentimental de citar, dividido por dois, um verso do Álvaro de Campos
que há-de ser tão célebre quanto merece, console-se nos braços da sua Lídia, se
ainda dura esse amor, olhe que eu nem isso tive, Boa noite, Fernando, Boa
noite, Ricardo, vem aí o carnaval, divirta-se»;
5. «Ricardo Reis está sozinho na sua casa, se para almoçar e
jantar, vê da janela o rio e os longes do Montijo, o pedregulho do Adamastor,
os velhos pontões, as palmeiras, desce uma vez por outra ao jardim, lê duas
páginas de um livro, deita-se cedo, pensa em Fernando Pessoa que já morreu,
também em Alberto Caeiro, desaparecido na flor da idade e de quem tanto haveria
ainda a esperar, em Álvaro de Campos que foi para Glasgow, pelo menos dizia-o
no telegrama, e provavelmente por lá se deixará ficar, a construir barcos, até
ao fim da vida ou à reforma, senta-se uma vez por outra num cinema, a ver O Pão
Nosso de Cada Dia, de King Vidor, ou Os Trinta e Nove Degraus, com Robert Donat
e Madeleine Carrol, e não resistiu a ir ao S. Luís ver Audioscópicos, cinema em
relevo, trouxe para casa, como recordação, os óculos de celuloide que têm de
ser usados, verde de um lado, encarnado do outro, estes óculos são um
instrumento poético, para ver certas coisas não bastam os olhos naturais»;
6. «É fácil concluir que sim, você sabe o que são as
educações e as famílias, Uma criada não tem complicações, Às vezes, Diz você
muito bem, basta lembrar-nos do que dizia o Álvaro de Campos, que muitas vezes
foi cómico às criadas de hotel, Não é nesse sentido, Então, qual, Uma criada de
hotel também é uma mulher»;
7. «Não diz mais este jornal, outro diz doutra maneira o
mesmo, Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da Mensagem, poema de exaltação
nacionalista, dos mais belos que se têm escrito, foi ontem a enterrar,
surpreendeu-o a morte num leito cristão do Hospital de S. Luís, no sábado à
noite, na poesia não era só ele, Fernando Pessoa, ele era também Álvaro de
Campos, e Alberto Caeiro, e Ricardo Reis, pronto, já cá faltava o erro»;
8. «Para dar só um exemplo, aí temos o Alberto Caeiro,
coitado, que, tendo morrido em mil novecentos e quinze, não leu o Nome de
Guerra, Deus saberá a falta que lhe fez, e a Fernando Pessoa, e a Ricardo Reis,
que também já não será deste mundo quando o Almada Negreiros publicar a sua
história».
Comenta um/dois destes trechos, enquadrando-o(s) na obra e
discorrendo acerca dos efeitos conseguidos em termos narrativos ou
estilísticos. Usa caneta. Assinala o(s) excerto(s) de que te vais ocupar.
(Evita trapalhices de ortografia ou de sintaxe, revendo bem, sem medo de riscar
e reescrever.)
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Sobre alguns dos excertos:
O
excerto 2 referia o telegrama que fora afinal o pretexto para Reis
atravessar o Atlântico, regressando a Lisboa. Esse telegrama fora-lhe enviado
por Álvaro de Campos, que anunciava duas coisas: a morte de Pessoa; e a sua, de
Campos, partida para Glasgow. Podiam ter lembrado que, segundo a carta de
Pessoa a Adolfo Casais Monteiro a explicar a génese dos heterónimos, Campos se
licenciara em Engenharia Naval naquela cidade escocesa (não haveria outra
ligação à cidade); quanto a mim, Saramago foi até pouco imaginativo neste
ponto: eu veria Campos a emigrar para cidades mais cosmopolitas ou mais
industriais ou a viajar. Por vezes fizeram confusão, pensando que se tratava de
carta, o que é natural pois que a vossa geração já não lidou com telegramas. O
telegrama é apropriado a Campos (distância, modernidade, imediatismo). Era
importante dizer que se trata do «reencontro» de Reis com Pessoa, logo nos
primeiros capítulos do livro.
No
excerto 3 referia-se um verso do «Poema em linha reta», de Álvaro de
Campos: «eu que tenho sido cómico às criadas de hotel». Veja-se o poema todo,
que revela tédio, depressão, irritação, em torno de discussão acerca de
ridículo e vileza, e, por isso, não é inadequado a um momento em que Reis
parece um pouco ridículo por namoriscar uma Lídia muito mais nova e que, no
fundo, o servia). O «Poema em linha reta» não deixa de ter laivos do Campos
mais vertiginoso («arre», «porrada», a extensão de alguns dos versos, os
paralelismos repetições-enumerações, a apóstrofe «Ó príncipe»). Mas a ironia
amarga é mais a do Campos abúlico do que do Campos sensacionista-futurista.
O
excerto 5 volta a jogar com elementos que só poderiam ser bebidos na
carta a Adolfo Casais Monteiro e, mais concretamente, na passagem com a
biografia dos heterónimos (a morte, cedo, de Caeiro, em 1915); aproveita-se
também o miradouro de Santa Catarina (Adamastor, paisagem avistada até
Montijo), o que permitiria situar o passo já nessa segunda parte passada em
casa própria. Há ainda referência a filmes da época: além de uma experiência no
São Luís — que ficava na rua da PVDE, a António Maria Pereira — de cinema
tridimensional, os filmes — que passaram efetivamente em 1936, em Lisboa — O
Pão Nosso de Cada Dia, de King Vidor, e o ainda mais célebre Os trinta e
nove degraus, de Alfred Hitchcock.
No
excerto 7, a menção às notícias da morte de Pessoa plasmadas nos jornais
permitia situarmos o passo na parte inicial do romance. Podiam citar a
circunstância de Pessoa ser então visto sobretudo como o autor de Mensagem,
a única obra em português que publicara (e aliás um ano antes apenas). Há aí
ainda uma brincadeira com Ricardo Reis não poder ser citado como falecido
também («já cá faltava o erro»).
O
excerto 8 foca-se numa obra de escritor-pintor amigo de Fernando Pessoa
— Nome de Guerra, de José de Almada Negreiros. Ora, é verdade que este
livro de Almada só foi publicado em 1938; portanto nem Reis nem, muito menos,
Caeiro seriam «deste mundo quando Almada Negreiros publicar a sua obra».
Circunda
a alínea correta ou completa com a classificação devida.
Alguns itens de exame
sobre Classificação de orações
[2024, 1.ª fase, grupo II]
7. Os vocábulos «que», na
linha 12 [«dizer, por exemplo, que um certo tipo de música»] e na linha 19
[«muitas das disciplinas que tradicionalmente pertencem às humanidades»], são
(A) um pronome, no
primeiro caso, e uma conjunção, no segundo caso.
(B) pronomes, em ambos os casos.
(C) conjunções, em ambos os casos.
(D) uma conjunção, no primeiro caso, e um pronome,
no segundo caso.
[2024, 2.ª fase, grupo II]
7. Todas as orações abaixo
identificadas são subordinadas substantivas completivas, exceto
(A) a oração iniciada por
«que» na linha 7 [«precisava que o dia tivesse quarenta e oito horas»].
(B) a oração iniciada por «que» na linha 27
[«Aceitar porventura que amanhã teremos de recomeçar»].
(C) a oração iniciada por «que» na linha 20 [«A
gestão do tempo é uma aprendizagem que, como indivíduos e como sociedade,
precisamos de fazer.»].
(D) a oração iniciada por «que» na linha 29
[»Creio que o momento de viragem acontece quando olhamos de outra forma para o
inacabado»].
[2023, 1.ª fase, grupo II]
6. Tal como em «que não
somos nem estamos de todo no centro do mundo, do Universo» (linhas 19 e 20),
está presente uma oração subordinada substantiva completiva em
(A) «de onde vimos» (linha
9 [«leva-nos hoje à ideia mais nítida de sempre sobre de onde vimos»]).
(B) «ainda que faltem milhares de milhões de anos»
(linhas 11 e 12).
(C) «que operamos com as nossas mãos» (linha 15
[«Um olhar focado em pequenos ecrãs que operamos com as nossas mãos»]).
(D) «que, afinal, somos mesmo muito importantes»
(linha 24 [«que nos dizem que, afinal, somos mesmo muito importantes»]).
[2020, 2.ª fase, grupo II]
7. Classifique a oração
introduzida por «que» na linha 11 [«Não estranhemos que um realista lúcido como
Eça escreva uma carta de amor a Emília de Resende»].
___________________________
[2024, fase especial,
grupo II]
7. Todas as orações abaixo
transcritas são adjetivas relativas, exceto a oração
(A) «em que cada
participante coloca uma questão a todos os outros» (linhas 15 e 16 [«exceto nas
sessões em que cada participante coloca uma questão a todos os outros»]).
(B) «que se revela pela sua colocação em cena, e
pela prática teatral» (linhas 20 e 21 [«há uma verdade que se revela pela sua
colocação em cena, e pela prática teatral»]).
(C) «que estabelecem «umas com as outras» (linhas
23 e 24 [«pelas reações que exprimem e pelas relações que estabelecem umas com
as outras»]).
(D) «que a solidão e o sentimento de perda se
mitigam ao celebrar a vida» (linhas 31 e 32 [«a provar que a solidão e o
sentimento de perda se mitigam3 ao celebrar a vida»]).
[2023, fase especial,
grupo II]
7. As
orações iniciadas por «que» na linha 12 [O mesmo é válido tanto para os sons
(fonemas) que significam alguma coisa (uma palavra falada), como para uma
estrela de cinco pontas no código militar?] e na linha 28 [«Verá que muitos
deles correspondem a expressões faciais»] classificam-se como
(A) oração subordinada
adjetiva relativa restritiva, no primeiro caso, e oração subordinada
substantiva completiva, no segundo caso.
(B) oração subordinada substantiva completiva, no
primeiro caso, e oração subordinada adjetiva relativa restritiva, no segundo
caso.
(C) orações subordinadas adjetivas relativas
restritivas, em ambos os casos.
(D) orações subordinadas substantivas completivas,
em ambos os casos.
[2021, 1.ª fase, grupo II]
5. Todas as orações abaixo
transcritas são subordinadas substantivas completivas, exceto a oração
(A) «que os “Modernistas”
portugueses são todos singulares» (linha 1 [«Se é verdade que os «Modernistas»
portugueses são todos singulares»]).
(B) «que é um pintor» (linha 13 [«quando diz de si
que é um pintor»]).
(C) «que aprende a viver» (linhas 27-28 [«interior
da cabeça de um homem que aprende a viver»]).
(D) «que a poesia não se confunde com a história
das formas poéticas» (linha 30 [«Dizemos, com ele, que a poesia não se confunde
com a história das formas poéticas»]).
[2020, fase especial,
grupo II]
5. Todas as orações abaixo
transcritas são adjetivas relativas, exceto a oração
(A) «que, com grande
sabedoria e conhecimento, realizou uma partitura excecional» (linhas 19 e 20
[«crítico que, com grande sabedoria e conhecimento, realizou uma partitura
excecional, uma montagem pró-cinematográfica»]).
(B) «que atores e público do século XXI se
impressionem e partilhem emoções» (linhas 20 e 21 [«a tornar possível que
atores e público do século XXI se impressionem e partilhem emoções
universais»]).
(C) «que esta tragédia tão poeticamente transmite»
(linha 23 [«o exacerbamento das paixões e a reflexão política sobre o conflito
entre a liberdade individual e o poder do estado, que esta tragédia tão
poeticamente transmite»]).
(D) «que também compõe a música» (linha 25 [«O seu
trabalho fica notabilizado na rica, inventiva e dinâmica encenação do jovem
Ignácio García (1977) — que também compõe a música —,»]).
[2021, 2.ª fase, grupo II]
6. A oração «que aquela
hora não tornará jamais» (linha 5 [«conscientes de que aquela hora não tornará
jamais»]) é
(A) subordinada
substantiva relativa, com função de complemento direto.
(B) subordinada substantiva relativa, com função
de complemento do nome.
(C) subordinada substantiva completiva, com função
de complemento oblíquo.
(D) subordinada substantiva completiva, com função
de complemento do adjetivo.
Alguns itens de exame
sobre Dêixis
[2023, 1.ª fase, grupo II]
7. A única expressão em
que estão presentes exemplos dos três tipos de dêixis (temporal, espacial e
pessoal) é
(A)
«leva-nos hoje à ideia mais nítida de sempre sobre de onde vimos, como chegámos
aqui» (linhas 8 e 9).
(B) «Olhar o céu é apontar em direção às nossas
origens cósmicas» (linhas 12 e 13).
(C) «A nossa viagem em busca das nossas origens,
olhando ou não o céu, parece ter começado muito, muito cedo» (linhas 18 e 19).
(D) «somos total e completamente insignificantes,
espacial e temporalmente» (linhas 20 e 21)
Responde a
este Grupo III da prova de exame de 2021 (1.ª fase):
Quando se pensa no futuro
da humanidade, a primeira ideia que ocorre a muitas pessoas é a importância do
progresso científico e tecnológico. Mas não será que o progresso implica também
a valorização das artes, enquanto dimensão fundamental de uma formação de base
humanista?
Num texto de opinião bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta
palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada.
No seu texto:
– explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista,
fundamentando-o em dois argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo
significativo;
– utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
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TPC — Lança na Classroom segunda versão de
comentário a Frei Luís de Sousa e canção (se já tiveres recebido a
primeira versão emendada).
Aula 145 (27 [1.ª], 28 [3.ª], 29/mai [4.ª]) Sobre Frei Luís de Sousa (e comentário a canções). Correção de miscelânea de itens de exames sobre orações.
Leituras em voz alta de textos ensaísticos do manual (para Ligas).
1.º período — Frase simples.
2.º período — Subordinada adverbial concessiva + Subordinante.
3.º período — Subordinada adverbial temporal + Subordinante.
4.º período — Coordenada + Coordenada (assindética) +
Coordenada copulativa.
5.º período — Coordenada + Coordenada adversativa (que será
também Subordinante da oração que se segue) + Subordinada substantiva
completiva.
6.º período — Frase simples.
Estive a experimentar e a mim chegaram-me umas setenta e cinco
palavras. Resolve por isso tudo em cerca de setenta a cem palavras. Estes seis
períodos constituiriam normalmente um único parágrafo, mas admito que, para
efeitos de clareza da resposta, possas pôr cada período num novo parágrafo,
ficando assim com seis parágrafos.
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No texto abaixo — uma resposta-modelo ao Grupo III cujo
enunciado se viu [na aula anterior] —, marca o argumento 1, o respetivo exemplo,
o argumento 2 e o seu exemplo.
O futuro da humanidade é indissociável do progresso científico
e tecnológico, mas, tal como no passado, não deixará de implicar a valorização
das artes, enquanto dimensão fundamental de uma formação de base humanista.
Na verdade, o conhecimento científico e tecnológico
desenvolve-se a um ritmo intenso, o que nos coloca enormes desafios, entre os
quais a urgência da construção de uma sociedade centrada na pessoa e na
dignidade humana como valores fundamentais. Deste modo, a interseção da arte e
da tecnologia é um assunto cada vez mais mobilizador e o caso da Royal College
of Arts, uma das melhores universidades de design do mundo, torna-se emblemático. Esta instituição anunciou
recentemente um plano que aposta no potencial de jovens profissionais que
consigam misturar soluções tecnológicas e criatividade artística.
Podemos, sem dúvida, perguntar: a tecnologia será capaz de
eliminar as mais belas expressões de arte? Creio que a resposta será negativa
porque a humanidade nunca perderá valores essenciais como a sensibilidade e a
criatividade. Pelo contrário, a tecnologia, cada vez mais veloz e ousada, abre
enormes perspetivas para profundas mudanças na literatura, na música, nas artes
plásticas, na arquitetura. Lembremo-nos da importância da tecnologia durante a
pandemia na transmissão de vários eventos artísticos online, como, por exemplo, os vários concertos em streaming disponibilizados pela Casa da Música, no Porto.
Em suma, a tecnologia e a ciência têm vindo a transformar
profundamente o homem e o mundo como os conhecíamos, mas também têm contribuído
para o desenvolvimento de ideias e de projetos que visam a promoção da
sensibilidade estética e artística em diferentes suportes tecnológicos.
[265 palavras; resposta
modelo roubada a uma sebenta da Areal Editores]
Classifica as orações sublinhadas:
A gente vai continuar (Jorge Palma)
Tira a mão do queixo, não penses mais nisso,
O que lá vai já deu o que tinha a dar. | ____________
Quem ganhou ganhou e usou-se disso.
Quem perdeu há de ter mais cartas p’ra dar. | ____________
E, enquanto alguns fazem figura, | ______________
Outros sucumbem à batota.
Chega aonde tu quiseres | ____________
Mas goza bem a tua rota. | _______________
Enquanto
houver estrada p’ra andar,
A gente vai continuar. | ____________
Enquanto houver estrada pra andar,
Enquanto houver ventos e mar.
A gente não vai parar,
Enquanto houver ventos e mar. | ____________
Todos nós
pagamos por tudo o que usamos,
O sistema é antigo e não poupa ninguém. |____________
Somos todos escravos do que precisamos, | ____________
Reduz as necessidades se queres passar bem.| ____________
Que a
dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo | ____________
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo. | _____________
Enquanto
houver estrada pra andar,
A gente vai continuar.
Enquanto houver estrada pra andar,
Enquanto houver ventos e mar.
A gente não vai parar,
Enquanto houver ventos e mar.
Aula 146-147 (29 [3.ª, 1.ª], 30/mai [4.ª]) Correção dos exercícios intertextuais com Pessoa. Escolha de temas dos sonetos de Camões. (1.ª:) Texto com OAMRR a partir de matriz sintática. / (3.ª/4.ª:) Leituras em voz alta. Assistência a trecho de O ano da morte de Ricardo Reis, de João Botelho. Leitura de passo de Lídia a querer ficar com o nascituro.
XIV |
Reis recebe uma carta de Marcenda a assegurar
que nunca mais se voltarão a ver, a pedir-lhe para nunca mais lhe escrever e
a informá-lo de que irá a Fátima. |
Restabelece-se, entretanto, a relação de Reis
com Lídia, mas o médico vai a (v.) _________, com o intuito de ver
Marcenda. No entanto, não consegue encontrá-la. |
|
XV |
Ricardo Reis fica a saber que o colega que está
a substituir vai retomar o seu lugar e isso leva-o a começar a pensar em
regressar ao Brasil. |
Fernando Pessoa visita
novamente Ricardo Reis e os dois falam sobre o facto de Reis continuar a ser
vigiado por Victor, sobre as relações amorosas de ambos e sobre o destino e a
ordem. |
|
XVI |
Ricardo Reis escreve um poema dedicado a (w.)
_________. |
Lídia comunica-lhe que está grávida e que não
tenciona (x.) _________. |
|
Fernando Pessoa faz nova
visita a Ricardo Reis e os dois falam sobre a perspetiva do regime em relação
a diferentes personalidades e sobre o seu obscurantismo. Durante a conversa,
Ricardo Reis confessa-lhe que vai ser pai e que ainda não decidiu se vai ou
não perfilhar a criança. |
|
XVII |
Ricardo Reis vai visitar Fernando Pessoa ao
Cemitério dos Prazeres e dialogam sobre o golpe militar ocorrido em Espanha. |
Vamos
contrastar o cap. XVI de O Ano da Morte de Ricardo Reis e o filme
Locke. O capítulo do livro de José Saramago é importante porque nele se
fica a saber que Lídia está grávida.
O ano da morte de Ricardo
Reis,
cap. XVI |
Locke, primeiros quinze minutos |
A ação decorre pouco
depois do 10 de junho de 1936, num quarto na casa da Rua de ______, estando
na cama Ricardo Reis e ______. |
A ação decorre num fim de
tarde ou começo de noite, dentro de um carro, que se dirige a _______, em que
está apenas _____ Locke. |
Há dois incidentes
assinaláveis enquanto Ricardo e Lídia estão na cama: um tremor de terra; a
informação dada por Lídia de que deve ________ («tenho um atraso de dez
dias»). |
O foco do enredo durante
a viagem são dois acontecimentos na vida do protagonista: __________; e uma
operação de construção civil decisiva. |
Através do discurso do
narrador — omnisciente e focalizado no protagonista —, ficamos a saber que
Ricardo Reis está surpreendido e procura _______ antes de responder («Que foi
que disseste[?]»). Depois, reage com certo alheamento, com _______ («embora
ciente de que é sua obrigação contribuir para a solução do problema, não se
senti[a] implicado na origem dele»). |
Através de um primeiro
telefonema — dirigido a Bethan, que declara não amar —, ficamos a saber que
Ivan Locke tenta chegar rapidamente a _______, porque se sente implicado no
nascimento que vai acontecer. Os telefonemas imediatos mostram a sua _______
em avisar a família (estava combinado um jantar-serão animado) e em contactar
subordinados e superiores da firma em que trabalha. |
Ricardo Reis, «tenteando
com mil ______, pesando cada palavra, distribui as responsabilidades, Não
tivemos cuidado». O narrador acha que Lídia até deveria ter perguntado «Que
cuidados devia eu ter tido, nunca ele se retirou no momento crítico, nunca
usou aqueles carapuços de borracha». No entanto, sem nada lhe _______, ela
apenas repete «Estou grávida, afinal é uma coisa que acontece a quase todas
as mulheres, não é nenhum terramoto». |
Ivan Locke procura com
todas as ______ que os filhos não fiquem ao corrente do que se passa, pedindo
a Katrina que use o telefone do outro andar. Na conversa com a mulher, não
lhe oculta nada, mas começa por contextualizar defensivamente o acontecido —
a amante, ocasional, tinha já quarenta e três anos, não era nenhuma estampa,
tinham bebido uns copos. No entanto, fá-lo mais para atenuar o choque que
Katrina iria ter do que para mitigar a própria ________. |
Só então Reis se _______
a saber as intenções de Lídia («Pensas em deixar vir a criança[?]», o que o
narrador diz poder ser percebido como Reis a «sugerir o desmancho»). Lídia,
sempre mais serena do que Ricardo, responde «Vou deixar vir o menino».
Perguntar-lhe-á a seguir se ele não ficara ______ com ela. Ele diz que não,
mas, no fundo, está irritado: «se ela não faz o aborto, , fico para aqui com
um filho às costas». E Lídia diz a Ricardo «as incríveis palavras»: «Se não
quiser _______ o menino, não faz mal, fica sendo filho de pai incógnito, como
eu». |
Katrina, que investira
muito naquele particular serão — cfr. salsichas, cerveja, camisola do
clube vestida —, começa por estranhar a _______ tomada pelo marido de falhar
uma noite que se previa tão alegre. Fica preocupada depois da insistência
para que mude de telefone. Começa a ficar _______ quando há indícios da
infidelidade de Ivan: «porque me estás a falar de uma mulher?». Sempre
estoico, Ivan mantém um discurso sereno e assume ir _______ o nascituro:
«Esta noite, ela vai dar à luz e o filho é meu». Katrina desliga. |
Reis tem afeto por Lídia
— e dormiu com ela _______ vezes — mas não parece assumir verdadeiramente a
________ de ter gerado o filho que ela espera. |
Locke não tem grande
afeto por Bethan — só dormiu com ela numa _______ noite de estroinice — mas
assume que a deve apoiar no momento do parto e toma atitude _______. |
TPC — Prepara recitação do
poema que te calhou e leituras que atribuí há pouco. Termina leitura do livro
de Saramago.
Aula 148-149 (2 [3.ª], 3 e 5 [4.ª, antecipa-se, neste caso, a aula 150, que troca com parte desta 148-149], 5/jun]) e CXLVIII-CXLIX (30/mai [1.ª]) Correção de exercício com Pessoa na Brasileira e de Parte C com estátuas.
2019,
1.ª fase
7.
Do diálogo de José Saramago com
o «passado» emerge, em romances como Memorial do Convento e O Ano da
Morte de Ricardo Reis, uma visão crítica sobre o tempo histórico
representado e sobre a sociedade desse tempo.
Escreva
uma breve exposição na qual comprove a afirmação anterior, baseando-se na sua
experiência de leitura de um dos romances mencionados. A sua exposição deve
incluir:
• uma introdução
ao tema;
• um desenvolvimento no qual
explicite dois aspetos que são objeto de
crítica pelo narrador, fundamentando cada um desses
aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
• uma conclusão
adequada ao desenvolvimento do tema.
Comece
por indicar, na folha de respostas, o título da obra por si selecionada.
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Resolve estes exercícios roubados a Maria Regina Rocha, Gramática
de Português. Ensino Secundário, 10.º, 11.º e 12.º ano, Porto, Porto
Editora, 2016, pp. 238-239:
1. Em cada uma das frases que
se seguem, sublinhe o complemento do nome.
a) A tia do Abílio fez cem
anos ontem.
b) O Marco tem, desde
pequeno, a paixão pelo judo.
c) Os contos de Miguel
Torga são lidos por todos os alunos.
d) Esta ida a Madrid foi
muito cansativa.
e) Ele feriu-se num dedo
da mão esquerda.
f) Não se nota nada a
diferença de idade entre as duas irmãs.
g) O teorema de Pitágoras
foi descoberto e demonstrado no século VI a.C.
h) Os navios que estavam
perto aperceberam-se do pedido de socorro.
j) Ele sempre mostrou ter
respeito pelos mais velhos.
k) O patrão do meu
sobrinho gosta muito dele.
i) O relacionamento entre
os dois não foi afetado por este equívoco.
l) O Monumento aos
Descobrimentos localiza-se em Belém.
m) A escassez de água é
uma triste realidade.
n) Tenho muito medo dos
sismos, pois não temos defesa.
o) Esta perna da mesa está
mais curta do que as outras e, por isso, a mesa balança.
Continuo a roubar exercícios à generosa Maria Regina Rocha (p.
240):
E este ainda (p. 241):
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Alice |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
Ana |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
André |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Carlos |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Carol |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Cristian |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Eduardo |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Frederico |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Gonçalo
F. |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
Gonçalo
S. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
Helena |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
Joana S. |
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Joana C. |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
João |
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Laura |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Margarida |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Cecília |
|
|
18 |
Um mover d’olhos, brando e piadoso, |
Neves |
|
|
19 |
Doces águas e
claras do Mondego, |
Mariana |
|
|
20 |
Ah, minha
Dinamene assi deixaste |
Matias |
|
|
21 |
Brandas águas
do Tejo que, passando |
Matilde |
|
|
22 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Miguel
B. |
|
|
23 |
Ditoso
seja aquele que somente |
Miguel
M. |
|
|
24 |
Sete
anos de pastor Jacob servia |
|
|
|
25 |
Crecei,
desejo meu, pois que a Ventura |
Rafaela |
|
|
26 |
Doces
lembranças da passada glória, |
Ranya |
|
|
27 |
Gostos falsos
de amor, gostos fingidos, |
Salvador |
|
|
28 |
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, |
Tiago M. |
|
|
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Afonso |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
André |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
Anna |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Carolina
V. |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Carolina
S. |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Edwin |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Eliana |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Francisco |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Gonçalo
V. |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
Gonçalo
S. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
Joana |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
João |
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Keyla |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
Leonor M. |
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Leonor |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Leonor C. |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Letícia |
|
|
18 |
Um mover d’olhos, brando e piadoso, |
Manuel |
|
|
19 |
Doces águas e
claras do Mondego, |
Margarida |
|
|
20 |
Ah, minha
Dinamene assi deixaste |
Mariana A. |
|
|
21 |
Brandas águas
do Tejo que, passando |
Rodrigues |
|
|
22 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Lourenço |
|
|
23 |
Ditoso
seja aquele que somente |
Rafa |
|
|
24 |
Sete
anos de pastor Jacob servia |
Santiago |
|
|
25 |
Crecei,
desejo meu, pois que a Ventura |
Sofia |
|
|
26 |
Doces
lembranças da passada glória, |
Ribeiro |
|
|
27 |
Gostos falsos
de amor, gostos fingidos, |
Tiago N. |
|
|
28 |
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, |
Mada |
|
|
# |
Soneto de Camões |
Recitador |
Eu |
Mestre |
1 |
A fermosura desta fresca serra |
Ana Rita |
|
|
2 |
Acho-me da Fortuna salteado; |
Bea A. |
|
|
3 |
Alegres
campos, verdes arvoredos, |
Beatriz |
|
|
4 |
Alma
minha gentil, que te partiste |
Bea
B. |
|
|
5 |
Amor
é um fogo que arde sem se ver, |
Dinis |
|
|
6 |
Aquela
triste e leda madrugada, |
Francisca |
|
|
7 |
Busque
Amor novas artes, novo engenho, |
Henrique |
|
|
8 |
Correm
turvas as águas deste rio, |
Jair |
|
|
9 |
Enquanto
quis Fortuna que tivesse |
Joana |
|
|
10 |
Erros
meus, má fortuna, amor ardente |
João
C. |
|
|
11 |
Grão tempo há
já que soube da Ventura |
João G. |
|
|
12 |
Está o
lascivo e doce passarinho |
|
|
|
13 |
Leda
serenidade deleitosa, |
Madalena |
|
|
14 |
O céu, a terra, o vento sossegado... |
|
|
|
15 |
Oh! como se me alonga, de ano em ano, |
Sarah |
|
|
16 |
Posto me tem fortuna em tal estado, |
Tomás |
|
|
17 |
Transforma-se o amador na cousa amada, |
Clara |
|
|
Preenche a coluna da direita, classificando
a função sintática do
constituinte sublinhado na
coluna da esquerda. (A coluna do centro é apenas para ajudar.)
Frase (de O último a sair ou sobre
o mesmo passo) |
A ter em atenção |
Função sintática |
Segundo Unas, o público
verá Filipa como boa (e não como burra). |
Considerá-la-á boa (e
não burra). |
|
Porque está há semanas
no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
Sente encarquilhada a
pele. |
|
Porque está há semanas
no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. |
subordinada adverbial causal |
|
Na verdade, só esteve alguns minutos no jacúzi. |
* É na verdade que só esteve
... |
|
Débora diz a Unas que está
farta daquelas conversas. |
«farta», sem mais,
ficaria incompleto |
|
Esta reunião faz-me
lembrar a minha infância lá em Trás-os-Montes. |
faz-me lembrá-la |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
só nome «direito» ficaria
incompleto |
|
Temos o direito de
sonhar, nesta casa. |
√ Que acontece nesta
casa? Temos ... |
|
Vou-vos perguntar. |
Vou-*os [√-lhes]
perguntar |
|
Se ganhassem o
Euromilhões, o que é que faziam? |
subordinada adverbial
condicional |
|
Acho que comprava uma casa junto ao mar. |
subordinada substantiva
completiva |
|
Eu comprava um banco. |
Eu ... e tu também. |
|
Ó Filipa, se comprares um banco não ficas com o dinheiro das
pessoas. |
«autónomo», entre
vírgulas |
|
Todos me disseram que
eu não tinha lá dinheiro. |
todos mo
disseram |
|
Vamos fazer uma coisa que
eu acho do agrado de todos. |
«eu» é o sujeito |
|
Vamos fazer uma coisa que
eu acho do agrado de todos. |
acho-a assim ou assado |
|
Mandava fazer uma
igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= , que seria
revestida... |
|
Mandava fazer uma
igreja linda, revestida a casca de sapateira. |
= que seria linda |
|
Punha primeiro o
dinheiro a render. |
√ Que fazia ela
primeiro? Punha ... |
|
Continuo a não
gostar da minha personagem. |
cfr. verbo copulativo |
|
Eu ia para África. |
*Que faz ela para
África? Ia. |
|
Este assunto, de
África, tira-me a fome. |
Estes assuntos ...
tiram ... |
|
Precisas de água
para ir à internet? |
*Que faz ela de água?
Precisa ... |
|
Por todos foi ouvida a
voz da casa. |
cfr. Todos ouviram a voz da casa |
|
Por todos foi ouvida a voz da casa. |
auxiliar «ser»,
preposição |
|
Completa
a tabela. (Na coluna da esquerda, a sobre a obra de José Saramago, uso vários
trechos tirados do manual Entre Nós e as Palavras, de Alexandre Dias
Pinto e Patrícia Nunes.)
Título, género, espaço, sociedade |
|
O Ano da Morte de
Ricardo Reis |
Locke |
O título esclarece-nos sobre o foco principal e
o género da obra. |
|
O título
inclui nomes próprios, dois antropónimos, primeiro nome e apelido da
personagem principal. Mas antes do complemento do nome «Ricardo Reis», temos
palavras que parecem evocar o género ________. Com efeito, «O Ano da Morte» faz adivinhar que se trata também de
relatar um dado período de tempo e que o romance visa acompanhar a história
de Portugal numa fase crucial do século _____. |
O título
socorre-se de um nome próprio, um antropónimo, o apelido da personagem
principal. Esta escolha deve significar que se pretende realçar a _____ do
herói. Com efeito, mostra-se-nos Ivan Locke sozinho com as suas resoluções,
que explicita aos outros sem hesitar, raciocinando agora apenas para levar a
cabo as decisões que já tomara. Algures se considera este filme um thriller
________. |
Ambas as obras se movem entre a história, a
ficção e a sociedade. |
|
A ação
da obra cruza-se com os acontecimentos históricos, as personagens acompanham
os acontecimentos sociais e políticos e são afetados por eles: Reis é
interrogado pela polícia política do ________, cruza-se com os espanhóis
fugidos à Guerra Civil; o irmão de Lídia, Daniel Martins, morre na revolta
dos marinheiros; etc. O
narrador está conotado com uma perspetiva progressista da realidade política,
que contrasta com a visão __________ do Estado Novo. |
O filme
não deixa de retratar situações que revelam preocupações de ordem ________
(as relações familiares, a solidão, as hierarquias profissionais, o desporto
e a televisão), ainda que nos pareçam menos programáticas do que as do livro
de Saramago). Os
contactos de Ivan dão-nos ideia de diversos perfis profissionais: Donal, os
________, o albanês, outros biscateiros (versus patrão em Chicago; e chefe local), funcionários da Câmara,
etc. |
Espaço é
determinante da ação. |
|
_________
é o lugar geográfico em que a ação se desenrola. A rede de ruas forma o
labirinto que Reis percorre nas suas deambulações pela cidade e do qual não
consegue _____. A personagem sente-se perdida e presa em Lisboa e às
circunstâncias sociais e políticas do seu ______. A
capital portuguesa é um lugar carregado de memórias do passado que assumem
significados para o presente. Nela coexistem o Tejo, o Terreiro do Paço ou a
_______ de Camões. Por exemplo, o cais de Lisboa e as estátuas de Camões e do
Adamastor são inevitavelmente conotados com o tempo dos feitos heroicos da
expansão, que contrasta com o ______ medíocre e cinzento. |
Quanto ao espaço físico, o ______ é o lugar onde a ação
visível se desenrola. A autoestrada que liga a Londres a cidade em que vive
Ivan é o caminho que o protagonista percorre e do qual não pretende _____.
A personagem sente-se condicionada no carro, mas procura controlar as
circunstâncias daquela ______. Através
do telefone mantemo-nos ao corrente do que se passa nos outros espaços em que
se concentram as outras linhas de ação (a casa, a _______, o estaleiro da
obra). O espaço de que o herói não pode sair constrange-o mas não é obstáculo
inultrapassado (cfr. o esquecimento do livro-guia). Serve também para
diálogos monologais com o pai que lembram um _______ frustrante. |
TPC —Prepara recitação do
poema que te calhou e leituras que atribuí há pouco. Termina leitura do livro
de Saramago. Revê gramática.
Aula 150 (3/jun [1.ª, 3.ª, 4.ª]) Segue-se um trecho do último capítulo de O Ano da Morte... (a meio, cortei um pouco):
[...] Quando Ricardo Reis chegou ao jardim havia já muitas pessoas,
morar aqui perto era um privilégio, não há melhor sítio em Lisboa para ver
entrar e sair os barcos. Não eram os navios de guerra que estavam a bombardear
a cidade, era o forte de Almada que disparava contra eles. Contra um deles.
Ricardo Reis perguntou, Que barco é aquele, teve sorte, calhou dar com um
entendido, É o Afonso de Albuquerque. Era então ali que ia o irmão de Lídia, o
marinheiro Daniel, a quem nunca vira, por um momento quis imaginar um rosto,
viu o de Lídia, a estas horas também ela chegou a uma janela do Hotel Bragança,
ou saiu para a rua, vestida de criada, atravessou a correr o Cais do Sodré,
agora está na beira do cais, aperta as mãos sobre o peito, talvez a chorar,
talvez com os olhos secos e as faces incendiadas, de repente dando um grito
porque o Afonso de Albuquerque foi atingido por um tiro, logo outro, há quem
bata palmas no Alto de Santa Catarina, neste momento apareceram os velhos,
quase lhes rebentam os pulmões, como terão eles conseguido chegar aqui tão
depressa, em tão pouco tempo, morando lá nas profundas do bairro, mas
prefeririam morrer a perder o espetáculo, ainda que venham a morrer por não tê-lo
perdido. Parece, tudo isto, um sonho. O Afonso de Albuquerque navega devagar,
provavelmente foi atingido em algum órgão vital, a casa das caldeiras, o leme.
O forte de Almada continua a disparar, parece o Afonso de Albuquerque que
respondeu, mas não há a certeza. Deste lado da cidade começaram a soar tiros,
mais violentos, mais espaçados, É o forte do Alto do Duque, diz alguém, estão
perdidos, já não vão poder sair. E é neste momento que outro barco começa a
navegar, um contratorpedeiro, o Dão, só pode ser ele, procurando ocultar-se no fumo das suas próprias chaminés e encostando-se à margem sul
para escapar ao fogo do forte de Almada, mas, se deste escapa, não foge ao do
Alto do Duque, as granadas rebentam na água, contra o talude, estas são de
enquadramento, as próximas atingem o barco, o impacto é direto, já sobe no Dão uma bandeira branca, rendição, mas o bombardeamento
continua, o navio vai adernado, então são mostrados sinais de maior dimensão,
lençóis, sudários, mortalhas, é o fim, o Bartolomeu Dias nem chegará a largar a
boia. São nove horas, cem minutos passaram desde que isto principiou, a neblina
da primeira manhã já se desvaneceu, o sol brilha desafogado, a esta hora devem
andar a caçar os marinheiros que se atiraram à água. Deste miradouro não há
mais nada para ver. Ainda aí vêm uns retardatários, não puderam chegar mais
cedo, os veteranos explicam como foi, Ricardo Reis sentou-se num banco, sentaram-se depois
ao lado dele os velhos, que, escusado será dizer, quiseram meter conversa, mas
o senhor doutor não responde, está de cabeça baixa como se tivesse sido ele o
que quis ir ao mar e acabou apanhado na rede. Enquanto os adultos conversam,
cada vez menos excitadamente, os rapazitos começaram a saltar ao eixo, as meninas
cantam, Fui ao jardim da Celeste, o que foste lá fazer, fui lá buscar uma rosa,
e outra podia ser a cantiga, nazarena, Não vás ao mar Tonho, podes morrer
Tonho, ai Tonho Tonho, que desgraçado tu és, não tem esse nome o irmão de
Lídia, mas em desgraça não será grande a diferença. Ricardo Reis levanta-se
do banco, os velhos, ferozes, já não dão por ele, o
que valeu foi ter dito uma mulher, compassiva, Coitadinhos, refere-se
aos marinheiros, mas Ricardo Reis sentiu esta doce
palavra como um afago, a mão sobre a testa ou suave correndo pelo cabelo, e
entra em casa, atira-se para cima da
cama desfeita, escondeu os olhos com o antebraço para poder chorar à vontade,
lágrimas absurdas, que esta revolta não foi sua, sábio é o que se contenta com
o espetáculo do mundo, hei de dizê-lo mil vezes, que
importa àquele a quem já nada importa que um perca e outro vença. Ricardo Reis levanta-se,
põe a gravata, vai sair, mas ao passar a mão pela
cara sente a barba crescida, não precisa de olhar-se ao espelho para saber que não gosta de si neste estado, os pelos
brancos brilhando, cara de sal e pimenta, anunciação da velhice. Os dados já
foram atirados sobre a mesa, a carta jogada foi coberta pelo ás de trunfo, por
mais depressa que corras não salvarás o teu pai da forca, são ditos comuns que
ajudam a tornar suportáveis para o vulgo as resoluções do destino, sendo assim
vai Ricardo Reis barbear-se e lavar-se, é um homem
vulgar, enquanto se barbeia não pensa, dá apenas atenção ao deslizar da
navalha, um destes dias terá de assentar-lhe o fio,
que parece dobrado. Eram onze e meia quando saiu de casa, vai ao Hotel Bragança,
é natural, ninguém pode estranhar que um antigo cliente, que não o foi de
passagem, mas por quase três contínuos meses, ninguém estranhará que esse
cliente, tão bem servido por uma das criadas do hotel, a qual teve um irmão
nesta revolta, ela lho tinha dito, Ah, sim senhor doutor, tenho um irmão que é
marinheiro no Afonso de Albuquerque, ninguém estranhará que vá saber, interessar-se,
Coitada da rapariga, o que lhe havia de ter
acontecido, há pessoas que nascem sem sorte. [...]
Durante
toda a tarde, Lídia não apareceu. Na hora da distribuição dos vespertinos
Ricardo Reis saiu para comprar o jornal. Percorreu rapidamente os títulos da
primeira página, procurou a continuação da notícia na página central dupla,
outros títulos, ao fundo, em normando, Morreram doze marinheiros, e vinham os
nomes, as idades, Daniel Martins de vinte e três anos, Ricardo Reis ficou
parado no meio da rua, com o jornal aberto, no meio de um silêncio absoluto, a
cidade parara, ou passava em bicos de pés, com o dedo indicador sobre os lábios
fechados, de repente o barulho voltou ensurdecedor, a buzina dum automóvel, o despique
de dois cauteleiros, o choro duma criança a quem a mãe puxava as orelhas, Se
tornas a fazer outra, deixo-te sem conserto. Lídia não estava à espera nem havia sinal de que tivesse passado. É quase noite.
Diz o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil, depois
para a Mitra, que os mortos, alguns por identificar, se encontram no
necrotério. Lídia andará à procura do irmão, ou está
em casa da mãe, chorando ambas o grande e irreparável desgosto.
Então
bateram à porta. Ricardo Reis correu, foi abrir, já prontos os braços para
recolher a lacrimosa mulher, afinal era Fernando Pessoa, Ah, é você, Esperava
outra pessoa, Se sabe o que aconteceu, deve calcular que sim, creio ter-lhe dito
um dia que a Lídia tinha um irmão na Marinha, Morreu, Morreu. Estavam no
quarto, Fernando Pessoa sentado aos pés da cama, Ricardo Reis numa cadeira.
Anoitecera por completo. Meia hora passou assim, ouviram-se as pancadas de um
relógio no andar de cima, É estranho, pensou Ricardo Reis, não me lembrava
deste relógio, ou esqueci-me dele depois de o ter
ouvido pela primeira vez. Fernando Pessoa tinha as mãos sobre o joelho, os
dedos entrelaçados, estava de cabeça baixa. Sem se mexer, disse, Vim cá para
lhe dizer que não tornaremos a ver-nos, Porquê, O meu tempo chegou ao fim,
lembra-se de eu lhe ter dito que só tinha para uns meses, Lembro-me, Pois
é isso, acabaram-se. Ricardo Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu
o casaco. Foi à mesa de cabeceira buscar The god of the labyrinth, meteu-o debaixo
do braço, Então vamos, disse, Para onde é que você vai, Vou consigo, Devia
ficar aqui, à espera da Lídia, Eu sei que devia, Para a consolar do desgosto de
ter ficado sem o irmão, Não lhe posso valer, E esse livro, para que é, Apesar
do tempo que tive, não cheguei a acabar de lê-lo, Não irá ter tempo, Terei o
tempo todo, Engana-se, a leitura é a primeira virtude que se perde, lembra-se. Ricardo
Reis abriu o livro, viu uns sinais incompreensíveis, uns riscos pretos, uma
página suja, Já me custa ler, disse, mas mesmo assim vou levá-lo, Para quê,
Deixo o mundo aliviado de um enigma. Saíram de casa, Fernando Pessoa ainda
observou, Você não trouxe chapéu, Melhor do que eu sabe que não se usa lá.
Estavam no passeio do jardim, olhavam as luzes pálidas do rio, a sombra
ameaçadora dos montes. Então vamos, disse Fernando Pessoa, Vamos, disse Ricardo
Reis. O Adamastor não se voltou para ver, parecia-lhe
que desta vez
ia ser capaz de dar o grande grito. Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera.
Por favor, usa apenas a
folha com o texto que distribuí. Tentei imitar itens à grupo II de exame
(compreensão de texto; compreensão de texto com gramática leve; uns itens de
gramática mais ativos) e controlar alguma coisa da leitura da obra.
O «jardim» que é referido
na l. 1 é o
a) da Celeste.
b) do Adamastor.
c) da Estrela.
d) do Hotel Bragança.
O constituinte «ao jardim» (l. 1) desempenha a
função sintática de
a) complemento do nome.
b) modificador do grupo verbal.
c) complemento indireto.
d) complemento oblíquo.
Em «morar aqui perto» (l. 1) — sobretudo se
assumirmos que é frase pensada mais pelo protagonista do que pelo narrador —,
«aqui» é uma marca deítica
a) temporal.
b) espacial.
c) pessoal.
d) pessoal e espacial.
O irmão de Lídia, Daniel, era
a) da Armada e seguidor do Estado Novo.
b) da PVDE e seguidor do Estado Novo.
c) marinheiro e contra a situação política
vigente.
d) da Marinha e sem convicções políticas.
«foi atingido» (l. 10) tem valor aspetual
a) imperfetivo.
b) iterativo.
c) perfetivo.
d) genérico.
Quem batia palmas (l. 11) fá-lo-ia por
a) estar a favor do regime político.
b) ser contra o regime político.
c) entusiasmo infantil de quem segue um despique a
que é indiferente.
d) má interpretação do que acontecia.
«os velhos» (ll. 11-12) são
a) vizinhos de Reis que habitualmente liam
jornais.
b) os professores, nomeadamente o de Português.
c) Ricardo Reis e Fernando Pessoa.
d) grupo de habitantes do bairro atraídos pelo que
acontecia.
«tudo isto» (l. 14) é
a) predicativo do sujeito.
b) sujeito.
c) complemento direto.
d) predicativo do complemento direto.
O forte de Almada disparava (ll. 21-22)
a) ao serviço dos espanhóis.
b) pelo lado dos revoltosos.
c) contra os amotinados.
d) a favor dos franquistas.
O «senhor doutor» (l. 32) é
a) Fernando Pessoa.
b) um médico.
c) um brasileiro.
d) um cocó com estudos.
«Não vás ao mar Tonho» (l. 36) recupera
a) momento passado no Dona Maria.
b) conversa havida numa deambulação por Lisboa.
c) canção que Marcenda costumava cantar.
d) canção que Lídia costumava cantar.
«vespertinos» [= ‘jornais da tarde’] (l. 59),
«jornal» (60), «títulos de primeira página» (60), «notícia» (61), «página
central dupla» (61) «outros títulos» (61) concorrem para a coesão
a) referencial.
b) temporal.
c) lexical.
d) interfrásica.
«parado no meio da rua» (l. 63) desempenha a
função sintática de
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo do nome.
d) modificador do grupo verbal.
As palavras sublinhadas em «Lídia andará à
procura do irmão, ou está em casa da mãe, chorando ambas o grande e
irreparável desgosto» (ll. 70-71) conferem à passagem
a) nexo explicativo.
b) sentido de posterioridade.
c) aceção de alternativa.
d) conotação de tristeza.
O quarto referido na l. 75 é o
a) de Lídia.
b) do Alto de Santa Catarina.
c) de Reis, no Hotel Bragança.
d) de Fernando Pessoa.
«nos» (l. 80) é
a) complemento indireto.
b) complemento direto.
c) sujeito.
d) complemento oblíquo.
«só tinha para uns meses» (l. 81) reporta-se a
a) tempo de Reis em Lisboa.
b) vida póstuma de Pessoa.
c) gravidez de Lídia.
d) garrafas de aguardente do poeta.
«The
god of the labyrinth» (l. 83) era livro
a) de Jorge Luis Borges.
b) escrito por personagem de conto de Pessoa.
c) escrito, supostamente, por Herbert Quain.
d) escrito por heterónimo de Pessoa.
O verbo auxiliar do complexo verbal «Devia ficar»
(l. 84) tem valor
a) temporal de anterioridade.
b) modal deôntico.
c) modal epistémico.
d) modal apreciativo.
«Vamos» (ll. 92-93),
dito por Pessoa e replicado logo por Reis, vale como expressão deítica
a) pessoal.
b) temporal e espacial.
c) pessoal, temporal, espacial.
d) temporal.
«Diz o jornal que os presos foram levados
primeiro para o Governo Civil» (ll. 68-69) — classifica quanto à função
sintática o constituinte sublinhado:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
«Deixo o mundo aliviado de um enigma»
(l. 90) — classifica quanto à função sintática os dois constituintes
sublinhados:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Classifica as orações em «Vim cá / para lhe dizer
/ que não tornaremos a ver-nos» (l. 80):
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Classifica as orações sublinhadas em «Ricardo
Reis subiu o nó da gravata, levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 82-83):
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Classifica as orações em «[A] leitura é a primeira
virtude / que se perde» (ll. 87-88):
a) . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .;
b) . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . ..
Completa (em geral, com termos de
narratologia ou com nomes de personagens):
Tempo do discurso vs.
Tempo da história |
|
O Ano da Morte de Ricardo Reis |
Locke |
Há
alterações na ordem dos
acontecimentos? |
|
Os acontecimentos do enredo são relatados,
predominantemente, numa sequência cronológica linear. Há, no entanto, leves
transgressões dessa linearidade _______, quando se alude a acontecimentos
passados ou futuros. A _____ não é recurso essencial, mas, por vezes,
somos informados de factos anteriores à história que está a ser narrada (há
alusões sobretudo a factos anteriores à intriga mas da vida de Fernando
Pessoa, mais do que da história em geral). As ______ são mais significativas,
até porque costumam ser menos habituais nos romances. Neste caso, temos, por
exemplo, como objeto de antecipação o 25 de abril de 1974. O discurso do ______ é atravessado por outros
discursos. Destacam-se os textos dos jornais e da rádio, que irrompem na ______
e desenham a imagem de um Portugal idealizado, sob a batuta de Salazar.
Também emergem as referências a obras literárias (cfr.
intertextualidade). |
Não há propriamente analepses ou prolepses, uma
vez que o tempo do discurso (medido em «película» de filme) e o tempo da ________
(no fundo, o de uma viagem de carro entre duas cidades inglesas) parecem
coincidir completamente. Pretende-se que acreditemos que a ação decorre
«em direto» (abordagem que implica não haver distorções entre tempo da
história e do _____). Há alusões ao passado, mas apenas na conversa entre
personagens (entre Locke e ______ ou Katrina, sobretudo relativamente a um
dia de há sete meses; ou em desabafos dos colegas de trabalho de Locke,
acerca dos nove ou dez anos anteriores). Não se pode considerar que essas menções ao
passado por parte das personagens constituam alterações da ______ dos
acontecimentos. O mesmo se diga de intenções quanto ao ______, reveladas aqui
e ali, por parte de Locke ou das duas mulheres. São apenas isso: atos de fala
de cada uma das personagens. |
Há
distorções na duração (omissões,
resumos, pausas)? |
|
Não são muito significativas as omissões (por
elipse ou por resumo), embora, é claro, como em qualquer romance, sejam
evitadas as repetições: o quotidiano do protagonista não nos pode ser
constantemente relatado. Logo que as ações típicas estão suficientemente
ilustradas, cabe-nos assumir que, durante aquela época da _______, Ricardo
Reis cumpriria dias semelhantes. Ao contrário, haverá zonas em que o relato
parece demorar-se excessivamente, ________ a velocidade da narrativa, uma vez
que a narração é entrelaçada com comentários e digressões do narrador, que
interpreta os acontecimentos, para dar conta das circunstâncias em que o povo
português vive em 1935 e 1936. Nesses passos, o tempo do _________ parece
mais lento do que o da história. |
A duração do discurso, no caso do cinema,
corresponderá ao que demora o filme a ser visto (num livro, a duração do
_______ pode ser medida em páginas). Tal como se viu acontecer em termos de
ordem, também quanto à duração em Locke
se assume haver completa equivalência entre o tempo da ação e o da nossa
receção. Por exemplo, somos instados a crer que não há
______ e que, portanto, não houve momentos mortos na viagem: Locke esteve
sempre ao telemóvel ou em monologais ajustes de contas com o ____ (e estes
monólogos até parecem demorar o tempo «real»). Se considerássemos dentro da
diegese o que originara a ação presente, poder-se-ia dizer que se recorrera a
________, incluídos nos diálogos, para se conseguir incorporar,
compactados, esses longos sete meses. |
Eis o grupo III da 2.ª fase do exame nacional de 2021.
Como se vê, tratou-se de uma apreciação crítica (e não de texto de opinião, o
outro formato comum):
Grupo III
Num texto bem estruturado,
com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a
apreciação crítica da pintura A Engomadeira, da autoria de José de
Almada Negreiros.
O seu texto deve incluir:
– a descrição da imagem apresentada, destacando
elementos significativos da sua composição;
– um comentário crítico, fundamentando a sua
apreciação em, pelo menos, três aspetos relevantes e utilizando um discurso
valorativo.
José de Almada Negreiros, A
Engomadeira, 1938, in www.gulbenkian.pt (consultado em outubro de 2020).
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Aula 151-152 (5 [3.ª], 6/jun [1.ª, 4.ª]) Correções. Finais das ligas.
Versão
1
Correção da parte de funções
sintáticas do questionário
«Diz
o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll.
68-69) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:
a)
complemento direto.
«Deixo
o mundo aliviado de um enigma» (l. 90) — classifica quanto à
função sintática os dois constituintes sublinhados:
a)
complemento direto;
b)
predicativo do complemento direto.
Correção da parte de orações
do questionário
Classifica
as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (l. 80):
a)
subordinante;
b)
subordinada adverbial final;
c)
subordinada substantiva completiva.
Classifica
as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata,
levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 82-83):
a)
coordenada;
b)
coordenada assindética.
Classifica
as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 87-88):
a)
subordinante;
b)
subordinada adjetiva relativa restritiva.
Versão 2
Correção da parte de orações
do questionário
Classifica
as orações sublinhadas em «Ricardo Reis subiu o nó da gravata,
levantou-se, vestiu o casaco» (ll. 82-83):
a)
coordenada;
b)
coordenada assindética.
Classifica
as orações em «[A] leitura é a primeira virtude / que se perde» (ll. 87-88):
a)
subordinante;
b)
subordinada adjetiva relativa restritiva.
Classifica
as orações em «Vim cá / para lhe dizer / que não tornaremos a ver-nos» (l. 80):
a)
subordinante;
b)
subordinada adverbial final;
c)
subordinada substantiva completiva.
Correção da parte de funções
sintáticas do questionário feito na última aula
«Diz
o jornal que os presos foram levados primeiro para o Governo Civil» (ll.
68-69) — classifica quanto à função sintática o constituinte sublinhado:
a)
complemento direto.
«Deixo
o mundo aliviado de um enigma» (l. 90) — classifica quanto à
função sintática os dois constituintes sublinhados:
a)
complemento direto;
b)
predicativo do complemento direto.
2.º semestre — alguns focos do ensino e da avaliação
(que, porém,
não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Leitura |
||
Aula |
Questionário de compreensão de crónica de
Capicua (aula 87-88) |
|
Questionário de compreensão
do início do conto «Sempre é uma companhia» (aula 97-98) |
||
Questionário sobre a
apreciação crítica «Um filme em forma de O’Neill» (aula 111-112) |
||
Questionário com escolha de
sinónimos sobre texto sobre rémora (aula 122-123) |
||
Questionário sobre discurso
de Saramago («Eis o espetáculo do mundo») (aula 125-126) |
||
Questionário sobre últimas
páginas de O Ano da Morte de Ricardo Reis (aula 150) |
||
Observação direta da eficiência a resolver as
tarefas com textos em todas as aulas |
||
Escrita |
||
Aula |
Comparação de «O Infante» com a campanha
«Portugal sou eu» (aula 82-83) |
|
Comparação de «Gisela» com Farsa de Inês
Pereira (aula 95-96) |
||
Comparação entre trailer de Sonho
de Wadjda e «Sempre é uma companhia» (aula 99-100) |
||
Sinopse para DVD com «Do alvoroço que foi na cidade
[...]» (aula 104-105 ou 106-107) |
||
Criação de títulos para contos lidos (aula
106-107 ou 109-110) |
||
Apreciação crítica da campanha do Pingo Doce
«Químicos» (aula 114-115) |
||
Redação de argumentos sobre «redes sociais»
(aula 87-88) |
||
Comentário a «Albertina» e criação de frases
O’Neillianas (aula 109-110) |
||
Comentário em torno de «desimportantizar» a
poesia e O’Neill (aula 119-120) |
||
Comentário em torno de «tempo e Pessoa» [só na
turma 1.ª] (aula 70-71) |
||
Discursos interiores no jantar de Marcenda (aula
130) |
||
Redação de texto com catorze títulos de Saramago
(aula 136-137) |
||
Exposição (parte C) sobre Lídia/Mariana e
Marcenda/Teresa (aula 136-137) |
||
Comentário a trechos intertextuais de
heterónimos em O Ano da Morte (aula 143-144) |
||
Exposição (parte C) sobre percursos de Cesário e
de Reis (aula 140 ou 141-142) |
||
Apreciação crítica a paratexto de O Ano da
Morte... (aula 131-132 ou 133-134) |
||
1.ª versão de texto sobre «Ética no desporto e
na vida» (aula 85-86) |
||
Casa |
2.ª e 3.ª versões do anterior (tepecês de aulas
87-88 e 90-91) |
|
Comentário a Frei Luís de
Sousa e canção (tepecê da aula 137-138) |
||
Reformulação do anterior (tepecê de aula
143-144) |
||
Oral
+ Educação literária |
||
Casa Aula |
Leituras expressivas da fase de grupos da Liga
dos Campeões (passim) |
|
Leituras em voz alta da fase a eliminar das
Ligas (passim) |
||
Recitação de sonetos de Camões (aula 148-150 ou
151-152) |
||
Vídeo (ou escrito) para Olimpíadas da Cultura
Clássica [voluntário] (tepecê 119-120) |
||
Leitura de «Sempre é uma companhia», pedido para
leitura em casa (tepecê de 85-86) |
||
Leituras de livros (ao longo do semestre) |
||
Gramática |
||
(Casa) Aula |
Atos de fala exemplificados num dado tema (aula
125-126) |
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Miscelânea de itens de exame em torno de funções
sintáticas (aula 134) |
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Miscelânea de itens de exame em torno de orações
(aula 143-144) |
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Criação de texto segundo
matriz sintática, dada uma imagem de Pessoa (aula 146-147) |
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Questionário sobre conclusão de O Ano... incluindo orações e
funções sintáticas (aula 150) |
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Assiduidade,
pontualidade, material |
Antes
dos exames
— Durante a semana que vem tentarei pôr no blogue o que pense ser útil para
exame (mas já lá estão Cábulas para exame, que, embora feitas há quatro
anos, estão relativamente atuais).
Mas devem ir aproveitando
para, com o que têm (manuais dos três anos, folhas nossas, o que já está no
blogue), relembrar ou melhorar matérias.
E esclarecerei prontamente
dúvidas que me ponham por mail (luisprista@netcabo.pt).
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