Aula 117-118
Aula 117-118 (16 [5.ª, 4.ª], 20/mai [3.ª, 1.ª]) Devolução
de soneto antónimo de «Erros meus, má fortuna, amor ardente», já anotado ou corrigido.
Nas pp. 264-266, lê o final do canto V, as estâncias 92-100, já depois de o Gama terminar o seu longuíssimo discurso ao
Rei de Melinde. Ao mesmo tempo, completa as paráfrases de cada estância
(tirei-as da edição de Campos Monteiro). Por vezes, as palavras em falta na
«tradução» são idênticas às de Camões, outras vezes correspondem a atualização
do vocabulário ou descodificação de alguma figura de estilo. O itálico marca os
acrescentos (feitos para facilitarem a compreensão).
92 Quão doce
não é o louvor e a justa glória dos nossos
feitos, quando os vemos ____________! Todo o homem de nobres sentimentos se
esforça por _______ ou igualar em fama os antepassados ilustres. As emulações produzidas pela história dos outros
dão lugar, muitas vezes, a gloriosos feitos. A quem se propõe à __________ de
obras valiosas, muito o incita e estimula o louvor alheio.
93 Alexandre Magno tinha
em menos apreço os feitos gloriosos de Aquiles na _______ que os maviosos
versos do seu cantor. Só a estes encarecia e fazia jus. Os famosos troféus de
Milcíades tiravam o sono ao _________ Temístocles, que afirmava nada lhe ser
tão agradável como as vozes que _________ as
suas façanhas.
94 Vasco da Gama esforçou-se por mostrar que essas expedições navais exalçadas por todo mundo
não _________ tamanha glória e fama
como a sua, que assombrou o _____ e a terra. Sim, mas Octaviano Augusto, que
tanto prezou e recompensou, com dádivas, mercês, favores e honrarias o poeta
Vergílio, foi quem fez ecoar o nome de Eneias e alastrar a ________
de Roma.
95 A terra portuguesa produz também Cipiões, Césares, Alexandres
e ________; mas não lhes concede, a esses heróis, aqueles dotes cuja falta
os torna rudes e incultos. Octaviano, entre as mais angustiosas conjunturas,
compunha ________ eruditos e formosos. Fúlvia poderia confirmar este asserto, quando António a trocou por
_________.
96 Júlio
César subjugou toda a Gália, e os trabalhos da guerra não o impediram
de cultivar as letras; antes, sustentando numa mão a _______ e
noutra a lança, conseguiu ________ a eloquência do Cícero. De Cipião Emiliano sabemos nós que tinha grande prática
de literatura teatral. E Alexandre Magno lia as obras de Homero tanto a miúdo que
nunca lhe saíam da ________ do leito.
97 Enfim, não houve general romano, grego, ou mesmo bárbaro,
que não fosse ao mesmo tempo ilustrado e _________; só entre os portugueses não
acontece assim. Não o digo sem vergonha; porque o motivo de não serem muitos heróis
portugueses cantados em _________ é não serem os versos apreciados por
eles, pois que quem desconhece a arte poética não pode _________.
98 Por isso, e não por falta de
inspiração, não há também em Portugal
Vergílios nem ________; nem haverá, se este costume persistir, pios Eneias ou
bravos _________. E ainda o pior de tudo é que o destino fez os nossos guerreiros tão soberbos e tão bruscos,
tão ________ e tão apoucados de inteligência, que pouco ou nada se importam com
isso.
99 Pode o nosso Gama ________ às Musas portuguesas o intenso amor da pátria
que as levou a dar aos seus descendentes fama e nomeada, cantando
os seus gloriosos e ________ trabalhos; visto que nem
ele, nem quem da sua
geração usa o seu nome, usufrui tanto a amizade de Calíope, ou das ninfas do
Tejo, que estas se dignassem abandonar as
telas de oiro para o _________.
100 Porque o único estímulo e o único
propósito das Tágides gentis são o ______ fraternal que elas dedicam
aos portugueses
e o desinteressado prazer de dar a todos os seus feitos militares o louvor que estes
merecem. Não obstante, ninguém deixe de ter a alma sempre disposta para os ________ empreendimentos; pois que por esta, ou por
qualquer outra forma, nunca _________ o seu prémio nem o seu valor.
Podendo socorrer-te dos valores modais (modalidade) apontados na p. 277, preenche a coluna à direita. De
qualquer modo, os termos a usar serão:
epistémica
(valor de certeza) || epistémica (valor de probabilidade)
|| deôntica (valor de obrigação) || deôntica (valor de permissão) || apreciativa.
Frase de Último a sair, passo de traição de
Débora |
Modalidade (valor de ...) |
Pões-me
creme? [Débora para Bruno] |
deôntica
(valor de obrigação) |
Podes
pôr-me creme, faz favor. [Débora para Bruno] |
|
Posso.
[Bruno para Débora] |
|
Então
não posso. [Bruno para Débora] |
|
As
tuas mãos são uma coisa, Bruno! [Débora
para Bruno] |
|
São
super-fortes! [Débora para Bruno] |
|
Eu
até me estou a sentir mal. [Bruno para Débora] |
|
O
Unas é que devia estar a fazer isto...
[Bruno] |
|
Não
te preocupes. [Débora para Bruno] |
|
O
quintal ainda não é aí. [Débora para Bruno] |
|
E
o vizinho não tem de saber de
nada. [Débora para Bruno] |
|
Se calhar, posso
espalhar por mais sítios? [Bruno para Débora] |
|
Claro.
[Débora para Bruno] |
|
É
isso. [Débora para Bruno] |
|
Está
ótimo! [Débora para Bruno] |
|
Tens
uma melga aqui. [Unas para Débora] |
|
Posso matá-la? [Unas para
Débora] |
|
Granda
melga! Bem! [Bruno para Unas] |
|
[...]
quando podes ter o original [Bruno
para Débora] |
|
Se calhar, até quero o original.
[Débora para Bruno] |
|
Tipo duas
melgas que voavam mais ou menos
assim. [Bruno] |
|
Unas, isso é aquela conversa que não interessa a ninguém.
[Débora] |
|
Recorda as
estâncias 1 a 3 dos Lusíadas (p. 248),
que constituem a Proposição. Pensa
agora num assunto a que pudesses consagrar um poema épico (ou a paródia de um
poema épico), para, de seguida, escreveres a proposição dessa epopeia.
Assumimos que as estâncias
serão oitavas, como as de Os Lusíadas, e adotaremos o mesmo
esquema rimático — A-B-A-B-A-B-C-C —,
embora este esquema não impeça, naturalmente, que as exatas rimas sejam
diferentes de estrofe para estrofe. Quanto à métrica, deves tentar que os
versos sejam, aproximadamente,
decassilábicos. (Faremos uma proposição com duas estrofes apenas. Os Lusíadas têm mais uma terceira oitava
em que ainda se apresenta o assunto da epopeia.)
[Assunto do poema épico, ou herói-cómico, seria: _______________]
Canto I
1.
As ______ e os ________ assinalados (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (A)
_____________________________ (B)
_____________________________ (C)
_____________________________ (C)
2.
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
_____________________________ (D)
_____________________________ (E)
Cantando espalharei por toda a parte, (F)
Se a tanto me ajudar o engenho e a arte. (F)
TPC — Prepara as leituras em
voz alta de estâncias de Lusíadas segundo a tabela em baixo. No blogue,
tentarei deixar leitura minha, só para advertir dificuldades (mas sem investir
na interpretação, o que, porém, vocês devem fazer). Também no blogue está parte
de uma edição de Os Lusíadas com explicações/traduções estrofe a estrofe,
que talvez lhes possa ser útil no caso de querem compreender bem o passo em
causa. (Na Liga Europa, se o jogo que indico em certas turmas não se pode
realizar, o clube sobrante não tem de preparar a leitura.)
Liga
dos Campeões, oitavos de final
A1 vs.
B4 p. 248, I, 1-3; p. 250, I,
4-5; p. 252, I, 6
C1 vs.
D4 p. 252, I, 7-12
B1 vs.
A4 p. 253, I, 13-18
D1 vs.
C4 p. 262, I, 105-106; pp. 264-265,
V, 90, 92-94
A2 vs.
B3 pp. 265-266, V, 95-100
C2 vs.
D3 p. 269-270, VII, 78-83
B2 vs.
A3 pp. 270-271, VII, 84-87; p.
274, VIII, 96-97
D2 vs. C3 p.
275, VIII, 98-99; pp. 279-280, IX, 88-91
Liga Europa,
pré-eliminatórias
A8 vs.
D7 p. 280, IX, 92-95
A6 vs.
B7 pp. 283, X, 145-148
C6 vs.
D7 ou α pp. 284-285, X, 149-153
B6 vs.
A7 p. 285, X, 154-156; p. 255,
IX, 52
D6 vs.
C7 ou β pp. 255-256, IX, 53, 66-68
Esta fase das duas ligas
deve começar na terça, 23 (10.º 4.ª e 10.º 5.ª), e na sexta, 26 (10.º 1.ª e 10.º 3.ª).
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